Petróleo sob pressão após ataque dos EUA ao Irão

[O Estóico Ocioso]

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[O Estóico Ocioso]

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[Texano Bill]

Trocando por miúdos, o BPI procura parcerias (ou outras ajudas...) para comprar o Novo Banco

BPI pode comprar o Novo Banco? “Será difícil que isso aconteça”


Os “sinais das dificuldades” no Banco Espírito Santo (BES) e GES tinham aparecido nos últimos tempos, mas Artur Santos Silva foi surpreendido pela escala e diz que as suspeitas sobre a administração do banco são “gravíssimas”.
Lamenta o fim de uma "marca valiosa" e espera que a venda do "Novo Banco seja feita o mais rapidamente possível" mesmo que tire os bancos nacionais da corrida. Mas, diz, a defesa dos centros de decisão nacionais nunca foi a sua batalha.
Artur Santos Silva não se quer alongar nos comentários sobre a queda do Espírito Santo e foram várias as vezes que o referiu. Está sobretudo preocupado com a forma como se vai executar a solução encontrada.

Tem sido um protagonista do sistema bancário nos últimos 30 anos. Até que ponto foi apanhado de surpresa com esta implosão do BES?
Ao longo dos últimos tempos havia vários sinais que revelavam dificuldades no Banco Espírito Santo (BES) e no GES. Mas nunca pensei que a situação fosse aquela que nos foi descrita, quer pelas contas que foram publicadas com os resultados de Junho, quer pelo que o Banco de Portugal nos comunicou. Não queria estar a fazer grandes comentários sobre isto a não ser que aquilo de que a administração do banco é acusada é gravíssimo.

Sobre a solução encontrada...
O instrumento encontrado para resolver o problema é a primeira vez que é aplicado na Europa e ainda não tem totalmente reflectida no direito interno a directiva comunitária sobre o mecanismo de resolução. Preocupa-me a maneira como tudo isto vai ser executado, sobretudo porque o esquema não prevê qualquer participação dos bancos. O Fundo de Resolução é financiado com contribuições dos bancos mas eles não têm qualquer voz activa, ao contrário do que acontece no Fundo de Garantia de Depósitos, onde o sistema bancário está representado. O Ministério das Finanças e o Governador de Portugal reconheceram isso, que é uma falha da regulação europeia, e vão procurar consultar-nos sobre os caminhos a seguir.
O que o preocupa na solução?
Há um elemento que foi destruído, que é a marca, que constitui um activo imaterial importante de uma instituição bancária...

É recuperável?
Acho muito difícil depois do que aconteceu. É uma marca valiosa que desaparece. O Novo Banco não tem esse activo. Em segundo lugar, aquilo que me preocupa na gestão de uma instituição financeira é a gestão dos activos de crédito. Uma avaliação de riscos de crédito é sempre difícil. Temos beneficiado das avaliações sistemáticas que têm sido feitas pelo Banco de Portugal no âmbito da ‘troika', e agora já no âmbito da supervisão europeia. Agora temos um conhecimento muito mais completo da qualidade do crédito, mas naturalmente essa é uma área onde pode haver problemas. O outro é o nível de depósitos de banco, em que medida é que os clientes do banco vão ser intranquilizados por esta situação.

Teme o perigo de contágio?
Penso que não há esse perigo, que está eliminado com a solução encontrada, ter-se separado os problemas dos activos do banco nesse banco mau. O nível de cobertura por imparidades do crédito em risco do banco hoje é confortável. Espero que daí não venham notícias menos positivas.

Pareceu-lhe a melhor solução ou acha que havia alternativa?
A solução encontrada era uma das possíveis. Acho que a solução da liquidação era impensável, pelo impacto que isto tinha na sociedade em geral. Portanto, as soluções oferecidas residiam na resolução, na recapitalização pelo Estado ou na nacionalização. Na solução encontrada há aspectos que têm de ser bem ponderados e é muito importante que a alienação do Novo Banco seja feita o mais rapidamente possível.

Uma dessas implicações foi mais uma machadada no mercado de capitais. Os investidores não compreenderam muito bem como se decidiu fazer isto dias depois de uma operação de aumento de capital...
É óbvio que teve grandes implicações... O índice accionista português evidenciava uma das evoluções mais favoráveis da Europa em 2014, e agora é um dos três piores. Isso é natural. O BES tinha uma importância muito relevante no sistema financeiro, na economia, e como é óbvio o mercado ficou muito surpreendido com a existência de um problema desta dimensão.

Na forma como está desenhada a solução será o sistema financeiro a suportar eventuais custos. Tem capacidade para isso?
O esquema europeu tem um limite para os custos a a suportar por cada banco que é três vezes a contribuição anual para o Fundo de Resolução. Estou convencido de que se não haver problemas adicionais de imparidades no crédito, com relevo significativo, e se a base de depósitos se mantiver, não prevejo sérias implicações. Repito, porém, que é muito importante que haja uma solução tão rápida quanto possível.

Que passa pela aquisição...
Exacto, que haja uma entidade disposta a adquirir este Novo Banco. Uma ou mais entidades.

O BPI é uma dessas entidades?
Acho que não é altura de estar a tratar disso. À primeira vista penso que será difícil que isso possa acontecer, pelas exigências do esforço que teria de ser feito. Mas neste momento não há grandes condições para garantir qualquer previsão.

Se a compra for feita por um banco estrangeiro isso é factor de perturbação? Quando houve a venda do Grupo Champalimaud ao Santander, os banqueiros nacionais alertaram as autoridades para os riscos para a economia desta transferência de propriedade. O quadro mudou muito, mas...
Exacto, mudou, hoje muitos dos principais accionistas dos bancos portugueses são entidades estrangeiras. Aliás, nunca acreditei na defesa voluntarista dos centros de decisão nacional. Isso faz-se porque as instituições querem, os agentes querem, e não é com movimentos de carácter cívico que isso se resolve. O que aconteceu quando o Banco Pinto & Sotto Mayor e o Banco Totta foram vendidos foi que havia uma falta de transparência no negócio anunciado pelo poder que tinha o accionista minoritário, o Grupo Santander. E foi isso que levou a Associação Portuguesa de Bancos a dizer que tal acordo com o Grupo Santander não reflectia com transparência a economia da operação. E foi isso mesmo que levou as autoridades monetárias a intervir e a não autorizar a operação.

http://economico.sapo.pt/noticias/bpi-p ... 00091.html

[Artista Romeno]

Bom dia a todos
Tenho uma questão que me intriga dirigida aos caldeireiros mais conhecedores:
se os designados "activos tóxicos" e correspondente risco de imparidades ficaram com o BES;
se o NOVOBANCO ficou apenas com os "activos bons" (depósitos, créditos "bons", etc...);
se o banco tinha antes da "crise" uma "almofada" de cerca de 2,1 mil milhões de euros que, presumo, ficou no NOVOBANCO.
Porquê a necessidade de injectar agora 4,9 mil milhões de euros, quando já não há necessidade de cobrir possíveis default das empresas do GES, Angola e afins?
Cumprimentos ao fórum.

isso da almofada era em basileia 2, e nunca sequer a calculei para saber se era mesmo esse o numero, talvez com impostos, agora em basel 3 isso foi sempre mentira e e como quando se usava o poc e ja se sabia que ele ia morrer... o que conta é o snc....logo almofada sim sim

[bboniek33]

"A agência de notação financeira Moody's atribuiu esta terça-feira uma nota B3 à dívida sénior e B2 aos depósitos do Novo Banco, ambos em níveis de lixo, e com perspectiva de novos cortes do rating atribuído."

in Publico (online)
http://www.publico.pt/

[Hero]

Bom dia a todos
Tenho uma questão que me intriga dirigida aos caldeireiros mais conhecedores:
se os designados "activos tóxicos" e correspondente risco de imparidades ficaram com o BES;
se o NOVOBANCO ficou apenas com os "activos bons" (depósitos, créditos "bons", etc...);
se o banco tinha antes da "crise" uma "almofada" de cerca de 2,1 mil milhões de euros que, presumo, ficou no NOVOBANCO.
Porquê a necessidade de injectar agora 4,9 mil milhões de euros, quando já não há necessidade de cobrir possíveis default das empresas do GES, Angola e afins?
Cumprimentos ao fórum.

[*manchini*]

Boas,

Esses ficaram com os depósitos no BES mau.
Ou seja....
Era o caso da PT, senão tivesse tirado de lá os depósitos de +100M, que tinha.
Falam na família, mas cheira-me que esses já lá não tinham nada...

Manchini

[Lusitanians Traders]

Boas,

Não é um pouco vergonhoso que os clientes do BES estejam todos bem, menos os que tinham + de 2% do banco.

Boas Manchini.


O que queres dizer com os clientes que tinham +2% do banco?

Obrigado

[*manchini*]

Boas,

Não é um pouco vergonhoso que os clientes do BES estejam todos bem, menos os que tinham + de 2% do banco.
Enquanto os do BPP não tiveram a mesma sorte e foram aplicados a regra dos 100mil€.
Não queria que fossem penalizados, mas isto demonstra o critérios em Portugal.
É conforme sopra o vento, quem acredita nestes gajos, que falam em almofadas, estavam era a DORMIR...

Manchini

[Lusitanians Traders]

http://www.esquerda.net/artigo/bes-admi ... acao/33644

[kelaisso]

Já li, acho que no tópico do BES, que depois da ordem ser executada fica tudo ok, não é preciso ficar preocupado.

Obrigado! Deve estar relacionado com os conceitos de "liquidação financeira" e "liquidação física".

[ricardmag]

Já li, acho que no tópico do BES, que depois da ordem ser executada fica tudo ok, não é preciso ficar preocupado.

[kelaisso]

É isso que me deixa a pensar pikota, parece que muita gente já sabia o que ia acontecer este fim-de-semana.

A malta que vendeu nos últimos minutos da sessão de sexta-feira, essa sim é que quase de certeza sabia o que ia acontecer no fim de semana.

Este fim de semana, foi muito mau para muita gente, tenho lido por aí fora com cada registo, quilha-se.
http://i.imgur.com/bOLILPb.png

Questão: será que quem vendeu na sexta está descansado, sabendo que usualmente entre a ordem de venda ser executada e a posição ser liquidada decorrem alguns dias?

[Pedro447]

pergunta/observação parva:

este novo banco é apenas para gerir os activos/recursos/clientes que existem, ou vai aceitar abrir novas contas, fazer novos depósitos, novos créditos, e no fundo fazer concorrência de certa forma desleal aos restantes bancos da praça.. (pois este novo banco é completamente seguro!!)

O Novo Banco de novo só tem 3 coisas: os donos, o nome e o facto de não ter no balanço exposição a activos tóxicos de empresas do grupo GES, nem obrigações subordinadas, tudo o resto é igual ao BES de sempre.

Nota: o banco tem o risco normal para um banco periférico com core tier I de 8.5% ou coisa parecida e à partida sem mais esqueletos no armário, não é certamente "completamente seguro". Isso nenhum é, nem aqui nem em parte nenhuma.

[chopsuey29]

pergunta/observação parva:

este novo banco é apenas para gerir os activos/recursos/clientes que existem, ou vai aceitar abrir novas contas, fazer novos depósitos, novos créditos, e no fundo fazer concorrência de certa forma desleal aos restantes bancos da praça.. (pois este novo banco é completamente seguro!!)

[marciop]

É isso que me deixa a pensar pikota, parece que muita gente já sabia o que ia acontecer este fim-de-semana.

A malta que vendeu nos últimos minutos da sessão de sexta-feira, essa sim é que quase de certeza sabia o que ia acontecer no fim de semana.

Este fim de semana, foi muito mau para muita gente, tenho lido por aí fora com cada registo, quilha-se.
http://i.imgur.com/bOLILPb.png

[pcm79]

Aparentemente os fundos de investimento continuam na mesma. Subscrevi hoje o Portugal Ações com uma pequena quantia.

Sabes qual era a exposição desse fundo as ações do BES?

Não sei, só sei a evolução da cotação do fundo. Desceu ultimamente, mas nada fora do comum.

[Pata-Hari]

independentemente da exposição, a cotação a que irá ser feita a subscrição já terá em conta que o BES vale zero.

[Lusitanians Traders]

Aparentemente os fundos de investimento continuam na mesma. Subscrevi hoje o Portugal Ações com uma pequena quantia.

Sabes qual era a exposição desse fundo as ações do BES?

[pcm79]

Aparentemente os fundos de investimento continuam na mesma. Subscrevi hoje o Portugal Ações com uma pequena quantia.

[pikota]

É isso que me deixa a pensar pikota, parece que muita gente já sabia o que ia acontecer este fim-de-semana. Desde programadores a designers...
Uma coisa é certa, eu não tive informação privilegiada.

A instituição em si tem equipas de desenvolvimento e de designer, a alteração realizada ao site é simples, nada de complexo.

Provavelmente muitas pessoas relacionadas com o BES já saberiam o que iria acontecer mas essa informação não pode ser passada de qualquer forma cá para fora.
Já chega o que se descobriu nas últimas semanas.

[ricardmag]

É isso que me deixa a pensar pikota, parece que muita gente já sabia o que ia acontecer este fim-de-semana. Desde programadores a designers...
Uma coisa é certa, eu não tive informação privilegiada.

[pikota]

Já repararam que tiraram a publicidade do BES no topo do edifício? Photoshop a funcionar...tudo no fim de semana, será que foi?
Cumprimentos

De certeza que eles já tinham tomado a decisão já algum tempo.
Era muito difícil durante o fim de semana fazer tudo isto.

[Lusitanians Traders]

Já repararam que tiraram a publicidade do BES no topo do edifício? Photoshop a funcionar...tudo no fim de semana, será que foi?
Cumprimentos

Devia ter sido o Photoshop mas é para tirar a publicidade física.

[ricardmag]

Já repararam que tiraram a publicidade do BES no topo do edifício? Photoshop a funcionar...tudo no fim de semana, será que foi?
Cumprimentos