BES - Tópico Geral
Re: BES - Tópico Geral
ovelhaxone Escreveu:PAM1999 Escreveu:ovelhaxone Escreveu:com que parte boa é que ficariamos nós todos se não houvesse a manobra do fim-de-semana?
Já entendi, é uma troca de favores: os accionistas do BES salvam o país, os contribuintes dão algum aos salvadores
apenas usei a sua argumentação ad absurdum![]()
por mim a culpa essencial da perda é do accionista mas seria ingénuo e injusto pensar que a actuação do BdP, da CMVM e do governo não ajudou a que muitos accionistas se deixassem ficar.
é certo que a negociação em bolsa não pode ser encarada de ânimo leve mas os investidores não qualificados, em especial o zé do talho ou o toni taxista devem ser protegidos pois o seu dinheiro é importante para o mercado funcionar.
agora, podemos andar a discutir eternamente os méritos e deméritos da actuação do BdP, da CMVM, do governo e dos accionistas, mas uma coisa que não nos podemos esquecer é da LEI. se é a LEI que mandou desta vez ser diferente, então é porque a LEI existe para todos, quer se goste ou não dela.
é que os que nos separa da selvagaria, e de alguem ir a sua casa e dar-lhe uns bons sopapos porque achou os seus comentários estúpidos, é o facto de haver justiça, balizada pela lei.![]()
na verdade, nem me interessa quem é o culpado e quem paga o quê. interessa-me que a lei é clara: o que foi feito no BES foi uma expropriação ilegal.
se prefere pensar que o accionista é o único culpado e que a solução encontrada foi a melhor, tudo bem, não tenho nada contra, mas isso não muda a realidade da ilegalidade cometida.
Tambem concordo!
Para mim este caso levanta vários problemas, mas quanto aos acionistas(onde me enquadro), o que mais me "incomoda" foi o facto de ter sido permitido este ultimo AC e depois disso, as declarações que fizeram muitos ficar como bem referiste e foi por essas declarações que tomei como confiáveis tendo em conta a fonte de onde vinham, que eu e familiares, e mesmo outros investidores, se deixaram ficar e acabaram por perder mais
E depois ainda o facto de ao adquirir uma ação paguei pelo bom e pelo mau, não apenas pelo mau.
Eu sei que estes argumentos ja foram dados várias vezes, mas é o que me incomoda mais em toda esta situação onde não esperava, e penso que ninguem esperava, perder tudo ou quase tudo, mesmo sabendo que os riscos são mais altos.
Não quero dizer que estou totalmente contra a solução encontrada, acho que se foi a forma de salvar o banco e os depositantes, aceito e é bom que tenham salvo, ou pelo menos por agora aguentar, o banco e ainda alguns dos seus funcionários e balcões. Acho é que a forma como foram tratados os investidores não foi justa e sinceramente não noto grande preocupação pelas entidades e que apenas parecem dizer "sofrem todas as perdas". Isto talvez possa parecer uma opinião ingenua ou pouco informada na area, mas algo como participação no futuro banco, nem digo na totalidade do que foi subscrito quando ainda era bes mas talvez por exemplo metade good bank/metade bad-bank, penso que seria algo mais justo e que não elevaria tanto as perdas sofridas e acalmaria muitos de nós.
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Re: BES - Tópico Geral
ovelhaxone Escreveu:PAM1999 Escreveu:ovelhaxone Escreveu:com que parte boa é que ficariamos nós todos se não houvesse a manobra do fim-de-semana?
Já entendi, é uma troca de favores: os accionistas do BES salvam o país, os contribuintes dão algum aos salvadores
apenas usei a sua argumentação ad absurdum![]()
por mim a culpa essencial da perda é do accionista mas seria ingénuo e injusto pensar que a actuação do BdP, da CMVM e do governo não ajudou a que muitos accionistas se deixassem ficar.
é certo que a negociação em bolsa não pode ser encarada de ânimo leve mas os investidores não qualificados, em especial o zé do talho ou o toni taxista devem ser protegidos pois o seu dinheiro é importante para o mercado funcionar.
agora, podemos andar a discutir eternamente os méritos e deméritos da actuação do BdP, da CMVM, do governo e dos accionistas, mas uma coisa que não nos podemos esquecer é da LEI. se é a LEI que mandou desta vez ser diferente, então é porque a LEI existe para todos, quer se goste ou não dela.
é que os que nos separa da selvagaria, e de alguem ir a sua casa e dar-lhe uns bons sopapos porque achou os seus comentários estúpidos, é o facto de haver justiça, balizada pela lei.![]()
na verdade, nem me interessa quem é o culpado e quem paga o quê. interessa-me que a lei é clara: o que foi feito no BES foi uma expropriação ilegal.
se prefere pensar que o accionista é o único culpado e que a solução encontrada foi a melhor, tudo bem, não tenho nada contra, mas isso não muda a realidade da ilegalidade cometida.
TOTALMENTE DE ACORDO. NEM DIRIA MAIS.
Re: BES - Tópico Geral
PAM1999 Escreveu:ovelhaxone Escreveu:com que parte boa é que ficariamos nós todos se não houvesse a manobra do fim-de-semana?
Já entendi, é uma troca de favores: os accionistas do BES salvam o país, os contribuintes dão algum aos salvadores
apenas usei a sua argumentação ad absurdum

por mim a culpa essencial da perda é do accionista mas seria ingénuo e injusto pensar que a actuação do BdP, da CMVM e do governo não ajudou a que muitos accionistas se deixassem ficar.
é certo que a negociação em bolsa não pode ser encarada de ânimo leve mas os investidores não qualificados, em especial o zé do talho ou o toni taxista devem ser protegidos pois o seu dinheiro é importante para o mercado funcionar.
agora, podemos andar a discutir eternamente os méritos e deméritos da actuação do BdP, da CMVM, do governo e dos accionistas, mas uma coisa que não nos podemos esquecer é da LEI. se é a LEI que mandou desta vez ser diferente, então é porque a LEI existe para todos, quer se goste ou não dela.
é que os que nos separa da selvagaria, e de alguem ir a sua casa e dar-lhe uns bons sopapos porque achou os seus comentários estúpidos, é o facto de haver justiça, balizada pela lei.

na verdade, nem me interessa quem é o culpado e quem paga o quê. interessa-me que a lei é clara: o que foi feito no BES foi uma expropriação ilegal.
se prefere pensar que o accionista é o único culpado e que a solução encontrada foi a melhor, tudo bem, não tenho nada contra, mas isso não muda a realidade da ilegalidade cometida.
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BES - the Angolan story (Forbes)
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Re: BES - Tópico Geral
E os amigos que lhe aplicarem esses 10 anos sem exercer, já devem contar que o homem vai ficar um bocado aborrecido com eles, devia ser menos. t
alvez uma repreensão basta-se

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Re: BES - Tópico Geral
Sr_SNiper Escreveu:Bart Simpson Escreveu:Fala-se dos investidores, fala-se dos que emprestaram dinheiro, fala-se dos que se tornaram sócios do banco no último aumento de capital, fala-se do porreirismo da PT emprestadar 900 milhões, mas a pergunta que eu gostava de ver respondida ainda ninguém a colocou, nem politicos, nem comentadores de meia-tijela e assombrosamente nem aqui no Caldeirão.
Porque é que todos os bens do grupo e da familia Espirito Santo, não foram expropriados de forma a reforçar o capital do banco BES com esses ativos ?
Por causa da responsabilidade limitada, julgo eu.
Ficaria surpreendido se o processo do Exmo Sr. Dr. Salgado não prescrevesse daqui por uns anitos.
No máximo apanha uma pena pesada como os do BPP. 10anos , repito, 10 (DEZ)anos sem poderem exercer funcoes como banqueiros. Toma lá que é para aprenderem. 10 anos em liberdade e sem poderem ser banqueiros. Teem a vida arruinada.

Re: BES - Tópico Geral
Erro
Editado pela última vez por zecatreca_1 em 9/8/2014 21:29, num total de 1 vez.
Re: BES - Tópico Geral
Bart Simpson Escreveu:Porque é que todos os bens do grupo e da familia Espirito Santo, não foram expropriados de forma a reforçar o capital do banco BES com esses ativos ?
Quais bens?

Ricardo Salgado não tem nenhum bem em seu nome
Ricardo Salgado não tem nenhum bem imobiliário em seu nome. A mulher, Maria João, também não. A SIC sabe que nos registos da Autoridade Tributária e Aduaneira nada consta em nome do antigo homem forte do Grupo Espírito Santo.
http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/ge ... m-seu-nome
Re: BES - Tópico Geral
Bart Simpson Escreveu:Fala-se dos investidores, fala-se dos que emprestaram dinheiro, fala-se dos que se tornaram sócios do banco no último aumento de capital, fala-se do porreirismo da PT emprestadar 900 milhões, mas a pergunta que eu gostava de ver respondida ainda ninguém a colocou, nem politicos, nem comentadores de meia-tijela e assombrosamente nem aqui no Caldeirão.
Porque é que todos os bens do grupo e da familia Espirito Santo, não foram expropriados de forma a reforçar o capital do banco BES com esses ativos ?
Por causa da responsabilidade limitada, julgo eu.
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Re: BES - Tópico Geral
Fala-se dos investidores, fala-se dos que emprestaram dinheiro, fala-se dos que se tornaram sócios do banco no último aumento de capital, fala-se do porreirismo da PT emprestadar 900 milhões, mas a pergunta que eu gostava de ver respondida ainda ninguém a colocou, nem politicos, nem comentadores de meia-tijela e assombrosamente nem aqui no Caldeirão.
Porque é que todos os bens do grupo e da familia Espirito Santo, não foram expropriados de forma a reforçar o capital do banco BES com esses ativos ?
Porque é que todos os bens do grupo e da familia Espirito Santo, não foram expropriados de forma a reforçar o capital do banco BES com esses ativos ?
Os profetas do mercado enchem os novos ouvidos, mas nunca encherão as nossas carteiras - Warren Buffett
Os patos voam em bando.
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Re: BES - Tópico Geral
Para quem ainda acha(va) que havia "alternativas". Haver, havia.
Bastava que os donos (a.k.a. accionistas) se chegassem à frente com 10.000.000.000 €; assim uns 9 (nove!) Aumentos de Capital... em 3 (três) dias!
Acta, aqui: http://www.lawrei.com/resources/Ata%20d ... 5B5%5D.pdf (ler ponto 6, na pág 3 da acta)

Bastava que os donos (a.k.a. accionistas) se chegassem à frente com 10.000.000.000 €; assim uns 9 (nove!) Aumentos de Capital... em 3 (três) dias!
Fonte: http://observador.pt/2014/08/09/banco-c ... rar-o-bes/
Banco Central Europeu obrigou Portugal a enterrar o BES
Decisão sobre o BES foi forçada pelo Banco Central Europeu. É o que está escrito, preto no branco, na ata da reunião de emergência do Banco de Portugal.
A decisão portuguesa de partir o BES foi forçada pelo Banco Central Europeu (BCE). Após a publicação dos enormes prejuízos do Banco Espírito Santo no primeiro semestre de 2014, na ordem dos 3500 milhões de euros, o BCE reagiu na sexta-feira 1 de agosto. Suspendeu o estatuto de contraparte que era devido ao BES e exigiu o reembolso imediato de 10 mil milhões de euros até ao fim do dia útil seguinte — 4 de agosto, segunda-feira.
(...)
Acta, aqui: http://www.lawrei.com/resources/Ata%20d ... 5B5%5D.pdf (ler ponto 6, na pág 3 da acta)
Re: BES - Tópico Geral
Desde Domingo que tenho tido alguma insónias, sabe-se lá porquê!!!
Mas esta noite e ao contrário das noites anteriores tive um sonho que passo a descrever;
"Estava a tomar o pequeno almoço na pastelaria do costume, entra um amigo e conta-me que tinha ido depositar (ao banco de todos os contribuintes) um cheque gordo, como era do tal banco que os accionistas ficaram zerados, foi só problemas, exigências e até teve que haver um pedido de autorização superior.
Depois de autorização superior concedida foi lhe dado a conhecer a exigências para fazer o tal depósito especial, uma panóplia de produtos, como por exemplo a conta ordenado, acontece que esse amigo como já tem conta ordenado em outro banco por causa do empréstimo à habitação, acabou por ter que ir meter o tal cheque gordo no maior banco privado."
Será mesmo que sonhei ou foi verdade ? já estou baralhado deve ser das insónias do últimos dias
Mas esta noite e ao contrário das noites anteriores tive um sonho que passo a descrever;
"Estava a tomar o pequeno almoço na pastelaria do costume, entra um amigo e conta-me que tinha ido depositar (ao banco de todos os contribuintes) um cheque gordo, como era do tal banco que os accionistas ficaram zerados, foi só problemas, exigências e até teve que haver um pedido de autorização superior.
Depois de autorização superior concedida foi lhe dado a conhecer a exigências para fazer o tal depósito especial, uma panóplia de produtos, como por exemplo a conta ordenado, acontece que esse amigo como já tem conta ordenado em outro banco por causa do empréstimo à habitação, acabou por ter que ir meter o tal cheque gordo no maior banco privado."
Será mesmo que sonhei ou foi verdade ? já estou baralhado deve ser das insónias do últimos dias

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Re: BES - Tópico Geral
Sem ser no caso das obrigações, em relação ao resto parece que ele desconhece a Lei e não sabe nem percebe o que se está a passar! 

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Re: BES - Tópico Geral
Ex-juiz do TC diz que foram feridos os princípios da confiança, da igualdade e da equidade
Guilherme da Fonseca, ex-juiz conselheiro do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal Administrativo, considera que a opção tomada pelo Banco de Portugal para resolver o buraco do Banco Espírito Santo e do GES fere a Constituição Portuguesa e que os accionistas prejudicados podem impugnar as medidas nos tribunais administrativos com base na violação da Constituição.
"Desde logo", disse Guilherme da Fonseca ao i, "a situação que o governo criou - a expectativa de que o problema seria resolvido pelos investidores - e depois, de um momento para o outro, ter separado o banco em dois, um mau e um bom, prejudicando os accionistas, viola o princípio da confiança. Os investidores perderam tudo de um momento para o outro, quando quer o governo quer o regulador continuavam a garantir que os portugueses podiam confiar no Banco Espírito Santo".
O segundo princípio violado, na opinião do ex-juiz conselheiro do Tribunal Constitucional, foi o da igualdade e da equidade relativamente a duas situações diferentes. A primeira porque foi feita uma diferenciação entre os accionistas com mais de 2% de acções, que passaram para o banco mau, mantendo- -se no Novo Banco os investidores com uma participação inferior a 2%. "Porque é que houve essa distinção dos 2% e não foi de 5 ou de 10%? Qual a justificação?", interroga o antigo juiz conselheiro.
Finalmente houve uma outra distinção entre os obrigacionistas subordinados, que passaram para o banco mau, enquanto outros obrigacionistas ficaram no banco bom, "o que viola igualmente o princípio da igualdade e da justa equidade", disse a mesma fonte.
Guilherme da Fonseca considera que todas estas decisões podem ser impugnadas porque são medidas administrativas do Banco de Portugal, mas como os principais atingidos não o poderão fazer directamente junto do Tribunal Constitucional, terão de invocar a violação da lei fundamental nos tribunais administrativos.
Recorde-se que, como o i já noticiou, há já centenas de pequenos e médios accionistas que estão a preparar providências cautelares para começarem a entrar nos tribunais a partir de Setembro. Estas acções estarão a ser suportadas pelos grandes accionistas e mesmo os advogados estão a ser escolhidos a dedo.
Esta estratégia poderá pôr em causa a vontade manifestada pela ministra das Finanças de alienar o Novo Banco o mais rapidamente possível. Ontem, os quatro principais bancos a operar em Portugal garantiram os mais de 600 milhões de euros de financiamento da banca ao Fundo de Resolução que servirá para capitalizar o Novo Banco. A CGD, o BCP, o BPI e o Santander Totta tomarão firme o financiamento de 635 milhões se nenhuma outra instituição financeira avançar. A Caixa e o BCP deverão assumir mais de 40% do montante.
http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/ ... nal/pag/-1
Guilherme da Fonseca, ex-juiz conselheiro do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal Administrativo, considera que a opção tomada pelo Banco de Portugal para resolver o buraco do Banco Espírito Santo e do GES fere a Constituição Portuguesa e que os accionistas prejudicados podem impugnar as medidas nos tribunais administrativos com base na violação da Constituição.
"Desde logo", disse Guilherme da Fonseca ao i, "a situação que o governo criou - a expectativa de que o problema seria resolvido pelos investidores - e depois, de um momento para o outro, ter separado o banco em dois, um mau e um bom, prejudicando os accionistas, viola o princípio da confiança. Os investidores perderam tudo de um momento para o outro, quando quer o governo quer o regulador continuavam a garantir que os portugueses podiam confiar no Banco Espírito Santo".
O segundo princípio violado, na opinião do ex-juiz conselheiro do Tribunal Constitucional, foi o da igualdade e da equidade relativamente a duas situações diferentes. A primeira porque foi feita uma diferenciação entre os accionistas com mais de 2% de acções, que passaram para o banco mau, mantendo- -se no Novo Banco os investidores com uma participação inferior a 2%. "Porque é que houve essa distinção dos 2% e não foi de 5 ou de 10%? Qual a justificação?", interroga o antigo juiz conselheiro.
Finalmente houve uma outra distinção entre os obrigacionistas subordinados, que passaram para o banco mau, enquanto outros obrigacionistas ficaram no banco bom, "o que viola igualmente o princípio da igualdade e da justa equidade", disse a mesma fonte.
Guilherme da Fonseca considera que todas estas decisões podem ser impugnadas porque são medidas administrativas do Banco de Portugal, mas como os principais atingidos não o poderão fazer directamente junto do Tribunal Constitucional, terão de invocar a violação da lei fundamental nos tribunais administrativos.
Recorde-se que, como o i já noticiou, há já centenas de pequenos e médios accionistas que estão a preparar providências cautelares para começarem a entrar nos tribunais a partir de Setembro. Estas acções estarão a ser suportadas pelos grandes accionistas e mesmo os advogados estão a ser escolhidos a dedo.
Esta estratégia poderá pôr em causa a vontade manifestada pela ministra das Finanças de alienar o Novo Banco o mais rapidamente possível. Ontem, os quatro principais bancos a operar em Portugal garantiram os mais de 600 milhões de euros de financiamento da banca ao Fundo de Resolução que servirá para capitalizar o Novo Banco. A CGD, o BCP, o BPI e o Santander Totta tomarão firme o financiamento de 635 milhões se nenhuma outra instituição financeira avançar. A Caixa e o BCP deverão assumir mais de 40% do montante.
http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/ ... nal/pag/-1
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Re: BES - Tópico Geral
Alguns comentários sobre a notícia que diz que o salgado não tem bens no nome dele
Fico na dúvida se o Luis Filipe foi au aumento de capital, ou se a gestora de conta lhe recomendou umas subordinadas iguais às minhas
Fico na dúvida se o Luis Filipe foi au aumento de capital, ou se a gestora de conta lhe recomendou umas subordinadas iguais às minhas

Editado pela última vez por Sr_SNiper em 9/8/2014 14:38, num total de 1 vez.
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Re: BES - Tópico Geral
TexanoBill Escreveu:boxopen Escreveu:É sabido que na sexta a DBRS cortou o rating para LIXO, e o BCE a partir dessa altura era obrigado a "fechar a torneira".
(aliás, se bem me lembro, a agência DBRS é que tem sido a tábua-de-salvação de uma série de coisas em dificuldades)
Não foi bem isso caro boxopen. O BCE fechou a torneira ao BES porque este deixou de cumprir com o mínimo do Core Tier I de 7%. Como o BES não foi capaz de arranjar por meios próprios o capital para cumprir com o rácio, leia-se suficiente interesse privado, o Estado teve de intervir com as consequências que sabemos. O rating do BES está na categoria de 'lixo' há anos, e assim ficará enquanto o rating da Rep. Portuguesa não sair dessa categoria, pois assim as convenções o impõem.
Olha que parece-me que aquilo da DBRS foi exactamente o que espoletou a coisa... mesmo que, por precaução, já a estivessem a preparar.

Estou em crer que no BCE a situação do Core Tier I seria mais facilmente "flexibilizada" temporariamente, que uma regra de rating aceitável.
Um artigo da Helena Garrido, de Abril (antes do AC), explica a importância crucial da DBRS para Portugal logo, extrapolando, para o BES.
"BCE só aceita títulos que estejam avaliados como tendo classificação de “investimento” de pelo menos uma agência das quatro que estão credenciadas"
Link: http://www.sabado.pt/Opiniao/Helena-Gar ... anada.aspx
Mais,... e aqui é que os pequenos accionistas podem "agradecer" furiosamente o orgulhoso-disparate aos "colegas" accionistas que administravam o BES:
"Esta regra geral foi suspensa pelo BCE para os países intervencionados. O que significa que Portugal terá de passar a respeitá-la assim que a troika sair. O que deixa o País nas mãos da companhia canadiana de avaliação de risco, a DBRS, a única que dá aos títulos portugueses o grau de “investimento”. A dívida pública portuguesa está classificada como “lixo” pelas três mais importantes agências de rating – Moody’s, S&P e Fitch.
Se a agência canadiana baixar o rating são 40 mil milhões de euros que deixam de poder ser cedidos pelo BCE sob a forma de empréstimo."
Se, onde se lê "Portugal" e "País" se substituir por "BES", vê-se que a situação passou num ápice de CRÍTICA a CATASTRÓFICA, em termos de financiamento.
(nem se pode dizer que foi por a troika ter saído,... com ou sem troika no instante em que a DBRS cortasse o rating o BES passava a ser um "morto-vivo"!)
Quanto aos pormenores: o Público anunciava na sexta-feira da "crise" que: http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... es-1665157
"A DBRS cortou nesta sexta-feira o rating da dívida de longo prazo e dos depósitos do Banco Espírito Santo (BES) de BBB (low) para BB (low)...
... baixou ainda a nota atribuída à dívida subordinada emitida pelo BES e pelas suas subsidiárias de B (high) para CC (high)..."
Para comparar ratings entre agências ver: http://multiple-markets.com/5_agencies.htm
Editado pela última vez por boxopen em 9/8/2014 14:37, num total de 1 vez.
Re: BES - Tópico Geral
TexanoBill Escreveu:Banco de Portugal começou a preparar resgate do BES cinco dias antes da intervenção
Não foi na sexta-feira, como tem sido dito, que o regulador equacionou pela primeira vez o resgate ao BES. Dias antes da apresentação das contas os alarmes soaram na Rua do Comércio, onde funciona a sede do Banco de Portugal (BdP).
O PÚBLICO apurou que o Banco de Portugal começou a planear o resgate ao BES no princípio da semana passada quando se tornou evidente que a trajectória descendente da cotação do banco era já imparável e que os indícios de que poderia a qualquer momento haver uma corrida aos levantamentos se acentuaram. Foi nessa altura que o BdP contratou o gabinete de advocacia VdA para prestar assessoria na matéria e ajudar a “formatar” uma solução que respeitasse o novo quadro da União Bancária europeia.
O PÚBLICO apurou que naquela altura havia entre os responsáveis do BdP, e em certos círculos do Governo, a forte convicção de que o banco poderia “cair” na quinta, 31 de Julho, ou na sexta-feira, 1 de Agosto. Até porque, na noite de quarta-feira, 30, o BES, que tinha sido alvo de várias inspecções por parte do BdP, iria pôr à mostra todas as suas fraquezas e revelar o maior prejuízo da história empresarial portuguesa, 3600 milhões, e imparidades de 4300 milhões [perdas potenciais]. A gravidade da situação do BES “surpreendeu” o governador Carlos Costa, como o próprio relatou esta semana aos deputados de Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
A dimensão dos prejuízos levou os investidores, no dia seguinte, a reagir atirando as acções do BES ao tapete: a cotação recuou 42,07% para 0,20 euros. Um dia também de perdas para os restantes títulos bancários: o BCP recuou 4,37% para 0,10 euros, o Banif perdeu 3,23% para 0,009 euros e o BPI cedeu 0,99% para 1,50 euros. A evolução negativa bolsista foi acompanhada de novos levantamentos de depósitos aos balcões do grupo, uma tendência que começou aliás, na semana anterior à saída de Ricardo Salgado do BES.
Na sexta-feira, dia 1 de Agosto, as acções do BES foram suspensas à cotação uma hora antes do fecho do mercado, após uma queda de 50%. O BdP procurava ganhar tempo para encontrar a solução que melhor defendesse os vários interesses em jogo e afinar durante o fim-de-semana o cenário que seria adoptado. Se nada fosse feito o banco reabriria segunda-feira insolvente, desde logo porque o BCE não voltaria a emprestar fundos ao grupo.
E foi isto que Carlos Costa foi também contar aos deputados na passada quinta-feira: “Tenho consciência de que estivemos em cima do fio da navalha e que saímos bem desta situação.” “O BES tinha e tem grande importância do ponto de vista do sistema financeiro português e estivemos na iminência de incidente sistémico, que abrangeria todos os bancos do sistema.” Ou seja: a falência em cascata dos restantes bancos. O mesmo disse Mario Draghi, governador do Banco Central Europeu, na conferência de imprensa mensal: “O que posso dizer é que as autoridades agiram rapidamente e de forma eficaz”.
Mas os termos gerais do “plano” apenas seriam definidos no sábado à noite e os detalhes finais articulados minuto ao minuto durante o domingo, 3 de Agosto. E a comunicação de que o resgate ao BES estava em curso chegou às 22h. O banco reabriu na segunda-feira seguinte, só com a parte “boa” e com outra designação (ainda que transitória). Para o Novo Banco transitaram os depósitos e os créditos normais ou recuperáveis, assim como os trabalhadores e as agências. O “lixo” ficou concentrado no BES, onde também permanecem os accionistas e subscritores de dívida subordinada.
Dentro do sector há quem admita que o BdP teria preferido que o resgate do BES fosse mais directo e não envolvesse o resto do sector, o que exigiria o recurso ao fundo de recapitalização da troika, num aumento de capital que desse entrada a um novo accionista: o Estado. O que trazia custos para os contribuintes e se iria reflectir no agravamento do défice público. Pedro Passos Coelho recusou a alternativa do BdP. E só assim se explica que na quinta-feira da semana passada, três dias antes da intervenção, o Governo continuasse a falar, através do seu porta-voz, Marques Guedes, “numa via para o BES essencialmente privada”. O que, aliás, também fizeram, na véspera, Carlos Costa e o CEO do BES/Novo Banco, Vítor Bento.
http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... 00?page=-1
...
Estes meninos são peritos a mandar a bolsa abaixo, têm um ASCO aos mercados:
1º (2012) Aquela palhaçada com os descontos para a seg.social, que desencadeou manifs até mais não
2ª (2013) Paulo Portas apresenta demissão irrevogável
3º (2014) Paulo Portas, Maria Luis e Carlos Costa ASSALTAM o BES
Se contabilizarmos em euros já deve ir prai em 50.000 Milhões de euros...mais de 50% do resgate.
Imaginem só a guita que um gajo ganhava com esta informação privilegiada a carregar em curtos ?
Mas alguém precisa de inimigos com governantes destes?
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Re: BES - Tópico Geral
Banco de Portugal começou a preparar resgate do BES cinco dias antes da intervenção
Não foi na sexta-feira, como tem sido dito, que o regulador equacionou pela primeira vez o resgate ao BES. Dias antes da apresentação das contas os alarmes soaram na Rua do Comércio, onde funciona a sede do Banco de Portugal (BdP).
O PÚBLICO apurou que o Banco de Portugal começou a planear o resgate ao BES no princípio da semana passada quando se tornou evidente que a trajectória descendente da cotação do banco era já imparável e que os indícios de que poderia a qualquer momento haver uma corrida aos levantamentos se acentuaram. Foi nessa altura que o BdP contratou o gabinete de advocacia VdA para prestar assessoria na matéria e ajudar a “formatar” uma solução que respeitasse o novo quadro da União Bancária europeia.
O PÚBLICO apurou que naquela altura havia entre os responsáveis do BdP, e em certos círculos do Governo, a forte convicção de que o banco poderia “cair” na quinta, 31 de Julho, ou na sexta-feira, 1 de Agosto. Até porque, na noite de quarta-feira, 30, o BES, que tinha sido alvo de várias inspecções por parte do BdP, iria pôr à mostra todas as suas fraquezas e revelar o maior prejuízo da história empresarial portuguesa, 3600 milhões, e imparidades de 4300 milhões [perdas potenciais]. A gravidade da situação do BES “surpreendeu” o governador Carlos Costa, como o próprio relatou esta semana aos deputados de Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
A dimensão dos prejuízos levou os investidores, no dia seguinte, a reagir atirando as acções do BES ao tapete: a cotação recuou 42,07% para 0,20 euros. Um dia também de perdas para os restantes títulos bancários: o BCP recuou 4,37% para 0,10 euros, o Banif perdeu 3,23% para 0,009 euros e o BPI cedeu 0,99% para 1,50 euros. A evolução negativa bolsista foi acompanhada de novos levantamentos de depósitos aos balcões do grupo, uma tendência que começou aliás, na semana anterior à saída de Ricardo Salgado do BES.
Na sexta-feira, dia 1 de Agosto, as acções do BES foram suspensas à cotação uma hora antes do fecho do mercado, após uma queda de 50%. O BdP procurava ganhar tempo para encontrar a solução que melhor defendesse os vários interesses em jogo e afinar durante o fim-de-semana o cenário que seria adoptado. Se nada fosse feito o banco reabriria segunda-feira insolvente, desde logo porque o BCE não voltaria a emprestar fundos ao grupo.
E foi isto que Carlos Costa foi também contar aos deputados na passada quinta-feira: “Tenho consciência de que estivemos em cima do fio da navalha e que saímos bem desta situação.” “O BES tinha e tem grande importância do ponto de vista do sistema financeiro português e estivemos na iminência de incidente sistémico, que abrangeria todos os bancos do sistema.” Ou seja: a falência em cascata dos restantes bancos. O mesmo disse Mario Draghi, governador do Banco Central Europeu, na conferência de imprensa mensal: “O que posso dizer é que as autoridades agiram rapidamente e de forma eficaz”.
Mas os termos gerais do “plano” apenas seriam definidos no sábado à noite e os detalhes finais articulados minuto ao minuto durante o domingo, 3 de Agosto. E a comunicação de que o resgate ao BES estava em curso chegou às 22h. O banco reabriu na segunda-feira seguinte, só com a parte “boa” e com outra designação (ainda que transitória). Para o Novo Banco transitaram os depósitos e os créditos normais ou recuperáveis, assim como os trabalhadores e as agências. O “lixo” ficou concentrado no BES, onde também permanecem os accionistas e subscritores de dívida subordinada.
Dentro do sector há quem admita que o BdP teria preferido que o resgate do BES fosse mais directo e não envolvesse o resto do sector, o que exigiria o recurso ao fundo de recapitalização da troika, num aumento de capital que desse entrada a um novo accionista: o Estado. O que trazia custos para os contribuintes e se iria reflectir no agravamento do défice público. Pedro Passos Coelho recusou a alternativa do BdP. E só assim se explica que na quinta-feira da semana passada, três dias antes da intervenção, o Governo continuasse a falar, através do seu porta-voz, Marques Guedes, “numa via para o BES essencialmente privada”. O que, aliás, também fizeram, na véspera, Carlos Costa e o CEO do BES/Novo Banco, Vítor Bento.
http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... 00?page=-1
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Re: BES - Tópico Geral
Gonçalo Sá Escreveu:Cada um tem o seu proprio caso... Eu tb só investi no BES pelas palavras de conforto do presidente do banco de portugal e pelos nossos governantes. Se nao se lembram ( nao confundam ges com bes, uma coisa é a parte financeira do grupo, outra é a parte nao financeira, o banco aida á pouco fez aumento de capital, por isso esta totalmente capitalizado, existem investidores internacionais interessados, o banco tem uma almofada de 2,1 mil milhoes de euros, bla bla bla) enfim, pelas palavras estava segurissimo.
Com estas palavras, quem tinha duvidas em investir?, quem pensava que ia acabar assim!!!! Fiqei com uma desconfiança tal, que no psi20, nao invisto mais...
Eu compreendo o que dizes e concordo que isto tudo foi muito infeliz. Defendo desde o primeiro dia que o governador devia ter apresentado desde logo a sua demissão, assumindo as suas responsabilidades. Mas os acionistas também têm de assumir as suas, não estão à espera que seja o Carlos Costa a pagar-vos pelo que disse?
Responsabilidades "materiais", neste caso, têm de ser pedidas à anterior administração, caso tenham realmente existido fraudes... ou melhor, elas existirão, só que neste país acontece de tudo, e não me surpreenderá que tenha havido fraudes mas não tenham sido praticadas por ninguém, e que o dinheiro desviado nessas fraudes esteja em parte incerta!
Não sei se já se falou aqui de um pormenor do que o governador disse no parlamento. Referindo-se ao processo que levou à decisão que apresentou no domingo passado, ele disse que pediu à nova administração que averiguasse da possibilidade de haver acionistas que recapitalizassem o banco. E que, salvo erro no sábado, Vitor Bento lhe disse que não. Obviamente que VB deve ter consultado os acionistas de referência para confirmar que não estava interessados, ou não tinham disponibilidade financeira, para colocar no banco os elevados montantes que eram necessários. Isto prova que não havia privados interessados em recapitalizar o banco.
Perante este problema, havia poucas alternativas, e era preciso agir rapidamente. Quanto a mim a solução encontrada, embora tenha alguns riscos, é boa, tendo em conta até o escasso tempo que havia para intervir, não era possível deixar as coisas como estavam, na segunda seria o caos, que provavelmente se estenderia a outros bancos e não apenas ao BES.
Alguém aqui falou na possibilidade de se ter optado por uma solução idêntica à do BPI e BCP. Não concordo. A legislação mudou, não é possível agora fazer intervenções do género das utilizadas nesses bancos. A razão principal para estas mudanças, foi exatamente porque ela protegia os acionistas e colocava o risco do lado dos contribuintes que, ainda assim, na atual legislação, têm alguns riscos, embora significativamente menores. Ou seja, o estado estava a assumir um risco elevado por negócios privados, retirando aos donos desses negócios, uma boa parte dos riscos. Obviamente que um banco é uma empresa diferente de todas as outras, por isso têm alguma proteção por parte do estado, mas não me parece que essa proteção possa atingir o ponto de, numa determinada altura, quando os problemas são muito graves, o estado ir lá assumir os riscos e, se a coisa correr bem, ganham todos, se correr mal, perde o estado. Seria o que aconteceria se os bancos não devolvessem (ou não devolverem porque alguns ainda não devolveram tudo) o dinheiro ao estado.
Resumindo e concluíndo, eu acho que os atuais acionistas têm todo o direito em pedir responsabilidades políticas à regulação, BdP e CMVM. Têm todo o direito em exigir que seja feita uma investigação aprofundada a isto tudo, e exigir responsabilidades materiais à anterior administração, caso tenham havido fraudes (parece que não há grandes dúvidas que houve), mas não acho que tenham nada a dizer sobre a solução encontrada... todas as outras alternativas, legalmente aplicáveis, eram piores, eu pelo menos não conheço nenhuma melhor!
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Re: BES - Tópico Geral
boxopen Escreveu:Na suposta "nacionalização", como os acionistas lhe chamam, há um facto relevante que creio justificou a operação toda.
(mas que, curiosamente, ainda não vi referido com a importância crucial que teve no desfecho daquele fim-de-semana)
É sabido que na sexta a DBRS cortou o rating para LIXO, e o BCE a partir dessa altura era obrigado a "fechar a torneira".
(aliás, se bem me lembro, a agência DBRS é que tem sido a tábua-de-salvação de uma série de coisas em dificuldades)
Não foi bem isso caro boxopen. O BCE fechou a torneira ao BES porque este deixou de cumprir com o mínimo do Core Tier I de 7%. Como o BES não foi capaz de arranjar por meios próprios o capital para cumprir com o rácio, leia-se suficiente interesse privado, o Estado teve de intervir com as consequências que sabemos. O rating do BES está na categoria de 'lixo' há anos, e assim ficará enquanto o rating da Rep. Portuguesa não sair dessa categoria, pois assim as convenções o impõem.
Re: BES - Tópico Geral
JorgeM2014 Escreveu:Bom dia.
Com esta decisão do Governo sinto-me muito prejudicado. Em 2 compras e 2 aumentos de capital investi 10.500 euros. Como felizmente somo mais valias em outras acções este ano que equivalem a esta potencial perda preciso e acho muito pertinente para todos os investidores de perceber até que ponto e quando se pode usar esta potencial menos valia para efeitos de IRS. Já ouvi falar em venda através de OTC.... Alguém já obteve informação sobre isto???
Obrigado.
Bom dia,
O Sniper já efetuou uma venda OTC com sucesso, segundo disse.
No caso dele penso que se tratava apenas de obrigações, mas é possível fazê-lo com ações.
No fundo, trata-se de uma transação de compra e venda fora dos mecanismos da bolsa.
Também estou a pensar fazer o mesmo, mas apenas lá mais para a frente. Quero ver primeiro o desenrolar dos próximos capítulos desta novela "BES"...
Cumprimentos.
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Re: BES - Tópico Geral
Bom dia.
Com esta decisão do Governo sinto-me muito prejudicado. Em 2 compras e 2 aumentos de capital investi 10.500 euros. Como felizmente somo mais valias em outras acções este ano que equivalem a esta potencial perda preciso e acho muito pertinente para todos os investidores de perceber até que ponto e quando se pode usar esta potencial menos valia para efeitos de IRS. Já ouvi falar em venda através de OTC.... Alguém já obteve informação sobre isto???
Obrigado.
Com esta decisão do Governo sinto-me muito prejudicado. Em 2 compras e 2 aumentos de capital investi 10.500 euros. Como felizmente somo mais valias em outras acções este ano que equivalem a esta potencial perda preciso e acho muito pertinente para todos os investidores de perceber até que ponto e quando se pode usar esta potencial menos valia para efeitos de IRS. Já ouvi falar em venda através de OTC.... Alguém já obteve informação sobre isto???
Obrigado.
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Re: BES - Tópico Geral
msp1978 Escreveu:O Bes podia ter sido alvo de um resgate semelhante ao do BPI ou BCP, com sucesso e lucro para os contribuintes. Só não o foi pq com medo da demagogia e populismo da oposição e da comuniação social
Isso tudo é treta. Simplesmente foram aplicadas as novas regras acordadas na UE de resgate bancário. Alguem ouviu o PSD dizer algo contra quando essas novas regras foram aprovadas? Eu nao ouvi. Votaram PSD aguentem
carlosalvesjorge Escreveu:Uma vez que, para efeitos formais, as acções não foram vendidas e possivelmente nunca o serão poderão ser colocadas como menos-valia no IRS?
Mandem uma petição pro Paulo Portas pode ser que daqui a 6 anos ele responda. É óbvio que devia contar como menos-valia e é óbvio também que fizeram a lei tão mal feita que não vão poder declarar como menos-valia. É telefonar para as finanças e perguntar mas tenho a certeza que vão dizer que não
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http://www.usdebtclock.org/world-debt-clock.html
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Re: BES - Tópico Geral
Uma vez que, para efeitos formais, as acções não foram vendidas e possivelmente nunca o serão poderão ser colocadas como menos-valia no IRS?
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Re: BES - Tópico Geral
Cada um tem o seu proprio caso... Eu tb só investi no BES pelas palavras de conforto do presidente do banco de portugal e pelos nossos governantes. Se nao se lembram ( nao confundam ges com bes, uma coisa é a parte financeira do grupo, outra é a parte nao financeira, o banco aida á pouco fez aumento de capital, por isso esta totalmente capitalizado, existem investidores internacionais interessados, o banco tem uma almofada de 2,1 mil milhoes de euros, bla bla bla) enfim, pelas palavras estava segurissimo.
Com estas palavras, quem tinha duvidas em investir?, quem pensava que ia acabar assim!!!! Fiqei com uma desconfiança tal, que no psi20, nao invisto mais...
Com estas palavras, quem tinha duvidas em investir?, quem pensava que ia acabar assim!!!! Fiqei com uma desconfiança tal, que no psi20, nao invisto mais...
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