O que significaria o bloqueio do Estreito de Ormuz?

[Lion_Heart]

Hramos, Os fundos disponíveis foram cedidos pela troika e pagos a preço de ouro pela banca que recorreu a esse empréstimo. Foi um encaixe positivo, muito positivo para o estado português e não o oposto.

Sinceramente eu as vezes não te percebo Pata , devias querer que o Estado emprestasse a perder não?

Portanto o Estado foi a correr salvar a Banca , assumir riscos que os respectivos accionistas não queriam correr senão tinham la posto o seu €€€€€ e ainda querias uma taxa de amigo , mais ainda?

Eu também te posso dizer que a Banca cobra a peso de Diamantes os empréstimos que faz a grande parte dos seus clientes , mesmo levando a mãe, o pai, o cão , o gato e etc. Spreads de 5% ou mais no créd. habit. mais de 20%!!!! nos cartões créd. e etc. etc.

[HRamos_3]

OK, era aí mesmo que queria chegar.

Pelo que li entendia que o estado teria pedido empréstimo à cabeça na ordem dos 12000M para ficar à disponibilidade caso fossem necessários, e que neste momento algo como 10800M estariam a ganhar pó por aí algures à espera do BES.

Assim sim, é bom negócio para o estado e tudo o que interessa nas contas é o spread e o montante emprestado aos bancos.

Ou seja, e voltando à mercearia, se os bancos requisitaram 6400M, o estado paga 6400M x 3.3% à Troika e os bancos pagam 6400M x 8.5% ao estado.

Assim parece-me bem e retracto as minhas palavras.

[Pata-Hari]

Sim, eu percebo isso, mas a minha duvida prende-se com o horizonte temporal do empréstimo e com a taxa de utilização dos fundos disponívei.

Assim de cabeça, se a taxa de utilização dos fundos disponíveis for inferior a 20%, o estado acaba por pagar mais sobre os 12MM do que o que recebe dos bancos.

Pelo que percebo, a taxa de utilização máxima foi aprox. 50%, e agora é de cerca de 10%.

Não seria preferível o estado ter pago uma parte do que deve à banca and if needs be, pedir novo empréstimo à troika futuramente?

Desculpa ,não percebi o teu raciocínio. Taxa de utilização de fundos? o estado vai buscar o que for necessário, não tem que pagar nada pelo que não vai buscar.

[HRamos_3]

Estive agora a fazer umas contas, (de merceeiro, sempre)

12000M * 3.3% = 396M
4659M * 8.5% = 396.015M

Confirma-se?

[HRamos_3]

Sim, eu percebo isso, mas a minha duvida prende-se com o horizonte temporal do empréstimo e com a taxa de utilização dos fundos disponívei.

Assim de cabeça, se a taxa de utilização dos fundos disponíveis for inferior a 20%, o estado acaba por pagar mais sobre os 12MM do que o que recebe dos bancos.

Pelo que percebo, a taxa de utilização máxima foi aprox. 50%, e agora é de cerca de 10%.

Não seria preferível o estado ter pago uma parte do que deve à banca and if needs be, pedir novo empréstimo à troika futuramente?

[Pata-Hari]

Hramos, Os fundos disponíveis foram cedidos pela troika e pagos a preço de ouro pela banca que recorreu a esse empréstimo. Foi um encaixe positivo, muito positivo para o estado português e não o oposto.

[HRamos_3]

Obrigado pelo esclarecimento.

Se calhar é melhor dar uma vista de olhos aos outros que recorreram a esse instrumento.

Ainda assim, a não ser usado, esse fundo de maneio custa 3.3% ao contribuinte/estado pelo simples facto de existir, ou estou errado?

Se neste momento estão a ser usados 1170 milhões de 12000 milhões... O custo para o contribuinte é na ordem dos 300 milhões ao ano, ou estou a ver mal a coisa mais uma vez?

[ricardmag]

Por acaso, os CoCos, dinheiro emprestado aos bancos no período troika foi e no caso do BCP e BANIF ainda é um negócio bastante lucrativo para o estado/contribuintes. Foi aplicada uma taxa de juro de 8,5%.

Cumprimentos

[HRamos_3]

Tudo o que dizes é verdade,

Sempre o disse, o problema principal de Portugal é a JUSTIÇA (ou falta dela).

A partir do momento que o risco moral deixa de imperar, all bets are off. E já não impera há muuuuuuito tempo.

Quando vi o Passos Coelho a dizê-lo enquanto Governo, bati palmas e pensei "Bom, se calhar é desta que voto...".

Já ver o Seguro a dizê-lo, teve o efeito do costume, apeteceu levantar-me do sofá, ir até Lisboa ou lá onde é que ele está, e enfiar-lhe duas bofardas nas fuças.

Quanto ao Portas, acho que é a modos que óbvio que ele é muita bom, mas é para si próprio e para o CDS. É (+) um (ou vários...) caso(s) de Justiça.

(Disclaimer: Sou liberal, signifique isso o que significar... Não tenho qualquer filiação partidária, tirando duas reuniões no BE lá do sítio - erros de juventude, quem os não tem - até me aperceber que aquilo eram só otários e bullshit.)




PS: (não, não é o partido)

Acho graça à canalha que diz que o BES ainda tem o dinheiro de reserva do FMI caso seja necessário sem carregar no contribuinte, como se esse dinheiro tivesse surgido do ar e não tenha custos para o contribuinte.

[Lion_Heart]

Quem escuta os políticos (Passos,Portas,Seguros,etc.) a dizer esta frase nos últimos dias (para não ir mais atrás) podia ficar com a ideia que isto é verdade e pior que o próprio Estado não vai buscar dinheiro aos contribuintes para pagar erros do próprio Estado.

A administração publica sempre se pautou pelo síndroma do telefone , ou seja quando o dinheiro acaba pegam no telefone e pedem mais (ou pediam) , os grandes grupos económicos em Portugal fazem o mesmo.


Basta ver a quantidade de vezes que a banca por exemplo já aumentou o capital nos últimos anos e como o GES faliu? (ou foi descapitalizado) , a quantidade de vezes que as empresas publicas já pediram mais e mais emprestadar ao Estado (a começar pelos transportes e pelas câmaras) .

Isto é Gestão? Para mim gerir é utilizar os recursos disponíveis da melhor maneira possível e só em ultimo caso recorrer a empréstimos. Logo se tenho 100 não posso gastar 200 e depois pegar no telefone ou fazer um ac para pagar os desvarios.

Seria de esperar que com a crise de 2008 se tivesse aprendido algo, mas não tudo continua na mesma ou até pior.

Quantos gestores,administradores se demitiram ou foram despedidos? Quantos foram acusados de gestão danosa?