Novas medidas do Governo pressionam contas em 0,6% do PIB

[djovarius]

Boas,

Se o TC chumbar "tudo", o Governo, tendo em conta as eleições, só pode fazer uma coisa: colocar-se à disposição do Presidente, até porque cairíamos novamente num pântano.
Nada melhor do que clarificar as coisas logo para eleger um Governo forte. É que nunca se sabe como será o pós-Troika. Pode até ser necessária uma nova Troika, caso não consigamos baixar o défice perante esse chumbo. E para aumentar impostos e arrumar umas medidas alternativas, nada como um Governo com nova legitimidade eleitoral, nomeadamente dizendo ao eleitorado aquilo que ninguém jamais disse antes de um ato eleitoral: que pode ser necessário voltar a arrumar a casa.
É de lamentar a falta de coragem para medidas estruturais difíceis para arrumar a casa no longo prazo. Assim, poderemos estar sujeitos a oscilações de curto prazo, sempre ao sabor errático dos ventos...

Abraço, ótimo fds

dj

[Optimiza]

Certo Perseu, só tinha pensado nos bens essenciais.

O aumento do iva para 24,5% equivale a uma receita de 900milhões adicionais... mantendo o consumo constante.
Mas é mais um aumento "brutal", cerda de 6,5%.

Não esquecer que há uma almofada, salvo erro, superior a 1000 milhões, mais umas privatizações que podem correr bem etc.

Agora, é certo que o governo não vai hesitar em aumentar os impostos este ano de forma a poder descer qq coisa em ano de eleições.

E Wofg, caso o TC vá pela "medida grande", o menor problema do Governo vão ser as eleições de 2015, porque existem 3 problemas mais complicados.

1 - IMPOSTOS/CRESCIMENTO: Ao aumentar impostos fortemente e novamente, põe em causa o espírito pós-troika, põe em causa o seu sucesso e põe em causa a retoma económica.

2 - CREDIBILIDADE/RISCO: Põe em causa a percepção financeira do País. o risco de crédito, numa escala liliputiana reforça o risco creditício dos PIIGS, a notação das agências e sobretudo a boa vontade da comissão Europeia. Negociar com a Comissão Europeia um maior défice pode ser uma outra consequência.

3 - DÍVIDA PÚBLICA/DÍVIDA PRIVADA - Os subscritores institiucionais de dívida da Rep., o BCE e o FMI vão ficar atónitos e alertas. Será difícil manter as Yields de há 2 dias daqui a a 2 meses! - isto apesar de as taxas de cedência de liquidez do BCE ficarem para a semana pratica/e a 0

[bboniek33]

O imposto a alterar devia ser o IRS pois ee o que permite maior justica social.

[WofG]

Certo Perseu, só tinha pensado nos bens essenciais.

O aumento do iva para 24,5% equivale a uma receita de 900milhões adicionais... mantendo o consumo constante.
Mas é mais um aumento "brutal", cerda de 6,5%.

Não esquecer que há uma almofada, salvo erro, superior a 1000 milhões, mais umas privatizações que podem correr bem etc.

Agora, é certo que o governo não vai hesitar em aumentar os impostos este ano de forma a poder descer qq coisa em ano de eleições.

[trend=friend]

Diria que o Junho está certíssimo. Normalmente as mudanças na taxa respeitam os períodos trimestrais, por questões administrativas/de gestão do imposto. Logo, nova taxa nunca antes do 3T, e antecipação possível de consumos em Junho (especialmente automóveis, já se sabe...)

[Optimiza]

Perseu,

Não percebi esta:
- Antecipação do consumo para Junho, queda consequente.

E discordo desta:
- Queda do PIB no 3º trim.
Mais dinheiro na economia, mais consumo...[/quote]

Wofg, Terás razão relativamente ao PIB, porque porventura a queda do consumo induzida pelo aumento do IVA é compensada pela libertação de cash para funcionários públicos e reformados.

A antecipação do consumo para Junho prende-se com o efeito prático de as famílias, perante o aumento do IVA, vão antecipar compras (carros, computadores, telemóveis, e outras transações de valor elevado que levem IVA), e o aumento em si só deverá ser efectivado em fins de Julho ou Agosto (trâmites legais e operacionais).

[dragom]

Não percebi esta:
- Antecipação do consumo para Junho, queda consequente.

Pelo que entendi da opinião do Perseu, tem a ver com o aumento do IVA, que não pode entrar logo em vigor, tem de ser decidido, anunciado, publicado e demora pelo menos um mês. Logo haverá alguma antecipação no consumo para Junho antes da entrada em vigor da nova taxa.

[WofG]

Perseu,

Não percebi esta:
- Antecipação do consumo para Junho, queda consequente.

E discordo desta:
- Queda do PIB no 3º trim.
Mais dinheiro na economia, mais consumo...

[Optimiza]

Bom dia caros foristas,

Estou a tentar antecipar o efeito nos mercados da decisão e consequências apartir de Junho (sobre as consequências não tenho lido quase nada nos media).

Parto do princípio que o trib. Constitucional vai chumbar pelo menos 3 das 4 medidas mais impactantes do governo (que valem 1.6 biliões de euros/ano), no tocante a

- Cortes na viuvez (Os viúvos que tenham pensões acima de 2.000 euros sofreram cortes nas pensões).
- Extinção de Cortes salariais (Em 2014 o Governo agravou substancialmente os cortes médios de 5%, aplicados a um universo quase total dos funcionários públicos (acima de 675 euros brutos).
- Cortes nos complementos da função pública e empresas do Estado.
- Cortes no Desemprego e doença.

Consequências plausíveis:

- Subida das yields da dívida pública
- Buraco orcamental/orçamento retificativo
- Aumento de impostos - IVA para 24,5% e actualização de escalões de IRS em baixa (ou contrib. extraordinária para todos os trabalhadores no activo)
- Redução minimalista dos Deferred tax assets para a banca
- Queda das acções do sector bancário (e em menor escala de outros sectores)
- Antecipação do consumo para Junho, queda consequente.
- Queda do PIB no 3º trim.
- Facilita o quantitative easing do BCE (embora já descontado pelo Mercado)
- Afecta na segunda feira o desempenho do IBEX e das Yields dos outros PIIGS (sobretudo Grécia e Itália)

Na Vossa óptica, quais as implicações imediatas e mediatas que determinam? Que outras consequências podem indicar e como poderemos reagir no Mercado às mesmas?

Cumps, perseu