Ao minuto: Petróleo atenua escalada com mercados à espera de resposta do Irão

[PairOfJacks]

Então com uma carteira de 10k, por cada trade apenas podes perder 50 euros ( os tais 0,5%), sendo que desses 50 euros, 10 seria para comissões, se colocasses um stop de 10%, então cada posição seria de 500 euros... É isto?

Sim, as contas são essas e esse é o (meu) limite da aceitabilidade. De qualquer maneira com esses montantes ia fugir dos stops de 10% e procurar entradas com melhores timings e stops mais curtos.

[Elias]

Parabéns pela iniciativa. Gosto dessa forma de estar no mercado, especialmente a de trend following, que é aquela que considero mais rentável no longo prazo.

Duas pequenas questões:
IM significa Imtech?
€ significa cash?

1 abraço,
Elias

[PairOfJacks]

Quantas posições tencionas deixar em aberto ao mesmo tempo?
Obrigado

Esqueci-me de responder a esta parte: Para já, enquanto acreditar num bull market, a liquidez e a dimensão das posições que as regras ditarem são o limite. A liquidez que mantenho resulta, infelizmente de ter o capital disperso por duas instituições, uma das quais não de deixa investir fora de Portugal, pelo que aquela % da carteira que não está investida só poderá ser aplicada em ações Tugas (daí estar ali) - sim eu sei, sou preguiçoso, podia simplesmente fazer uma transferência mas essa instituição ainda por cima obriga-me a fracionar imenso as transferências pelo que o processo (sem ser ao balcão) ia demorar uns dias a concretizar. Só ainda não fechei conta lá porque quando fui para fechar me pediram 300 ou 400€ para transferir a carteira de títulos.

Quando o mercado me mostrar sinais de inversão (ou quando eu deixar de ver sinais que me agradem para entradas) se calhar ponderarei alocar a totalidade ou parte do capital a outro tipo de ativo, como obrigações por exemplo.

Abc

[Sr_SNiper]

Boas,

A pergunta é boa e eu próprio tive que me debruçar sobre isso recentemente. A cara metade resolveu lançar-se na bolsa com uma carteira relativamente modesta e a solução que me pareceu mais viável foi aumentar a perda máxima admissível da carteira para 1,25%, utilizando um sistema similar ao meu. Tudo o que fosse abaixo disso provocava demasiada dispersão do capital e as comissões pesavam demais.

Outro fator a referir é que este drawdown é aceitável para a minha forma de estar nos mercados, que é cada vez mais de trend following. Para quem anda a apanhar swings, com take profits de 2 ou 4% parece-me que a perda potencial terá que ser ainda mais reduzida, uma vez que o ganho potencial também é mais reduzido.

Respondendo à pergunta em concreto: Parece-me "justo" que as comissões representem até cerca de 10% desses 0,5% da carteira que estou disposto a perder, mas não tenho nenhum estudo em que me basear, é só o meu bitaite... perder mais de 10% da minha margem para as comissões ia-me deixar pouco confortável. Ou seja, considerando custos de 10€ (compra+venda), por exemplo, a carteira teria que andar pelos 20k. Com comissões de 5€ (compra+venda), já se faria a festa com 10k. Menos que isso e a minha escolha pessoal ia ser aumentar o drawdown admissível.

Cumps

Então com uma carteira de 10k, por cada trade apenas podes perder 50 euros ( os tais 0,5%), sendo que desses 50 euros, 10 seria para comissões, se colocasses um stop de 10%, então cada posição seria de 500 euros... É isto?

[PairOfJacks]

Boas,

A pergunta é boa e eu próprio tive que me debruçar sobre isso recentemente. A cara metade resolveu lançar-se na bolsa com uma carteira relativamente modesta e a solução que me pareceu mais viável foi aumentar a perda máxima admissível da carteira para 1,25%, utilizando um sistema similar ao meu. Tudo o que fosse abaixo disso provocava demasiada dispersão do capital e as comissões pesavam demais.

Outro fator a referir é que este drawdown é aceitável para a minha forma de estar nos mercados, que é cada vez mais de trend following. Para quem anda a apanhar swings, com take profits de 2 ou 4% parece-me que a perda potencial terá que ser ainda mais reduzida, uma vez que o ganho potencial também é mais reduzido.

Respondendo à pergunta em concreto: Parece-me "justo" que as comissões representem até cerca de 10% desses 0,5% da carteira que estou disposto a perder, mas não tenho nenhum estudo em que me basear, é só o meu bitaite... perder mais de 10% da minha margem para as comissões ia-me deixar pouco confortável. Ou seja, considerando custos de 10€ (compra+venda), por exemplo, a carteira teria que andar pelos 20k. Com comissões de 5€ (compra+venda), já se faria a festa com 10k. Menos que isso e a minha escolha pessoal ia ser aumentar o drawdown admissível.

Cumps

[Sr_SNiper]

Par de Valetes, que carteira consideras, em euros, que daria fazer fazer um sistema como o teu, tendo em consideração a percentagem alocada a cada trade e o stop de 0,5%, considerando as comissões de transações? Uma carteira de 10K, 30k? 50k? 100K?
Quantas posições tencionas deixar em aberto ao mesmo tempo?
Obrigado

[PairOfJacks]

Antes de mais um agradecimento pelos comentários do Sniper e do Ulisses.

O dia lá fora foi feioso no geral e o meu stop na E. ON foi atingido. A ordem de venda para a abertura de amanhã ficaria já dada se não fossem as "rotinas de execução noturna" a impedir-me... Será dada ainda hoje se possível ou em alternativa amanhã bem cedo. Aquilo que em Setembro me pareciam sinais de inversão já perderam todo o significado e pelo menos no médio prazo (cerca de um ano) reconheço estarmos agora numa clara lateralização. No longo (ou muito longo) prazo a tendência é nitidamente descendente. Moral da história: Não tentar adivinhar inversões...

Ainda assim as ações da nossa praça, às quais estou muito exposto, arrastaram o saldo do dia para o lado verde.

[Ulisses Pereira]

PairofJacks, não sei qual vai ser o desempenho, mas as regras são excelentes.

Um abraço,
Ulisses

[Sr_SNiper]

Também vou passar por aqui frequentemente para acompanhar este tópico, embora aos sábados possa falar pessoalmente contigo sobre a carteira
Um abraço e bons negócios

[PairOfJacks]

Obrigado pela recomendação R. Sacramento. Já comecei a leitura.

Cumps

[rsacramento]

Problemas identificados em 2013:
1. Ainda há espaço para melhorar na disciplina (respeitar o plano);
(...)
parece-me que o problema advém de não ajustar os stops com o passar do tempo como devia

Trading in the zone (nunca é demais recomendar a leitura deste livro)

[PairOfJacks]

À semelhança do que fez o Sr_Sniper, também eu já tinha decidido que para 2014 vou expor publicamente as minhas decisões de trading.

Problemas identificados em 2013:
1. Ainda há espaço para melhorar na disciplina (respeitar o plano);
2. Tive (e tenho) posições abertas durante muito tempo sem resultados significativos (posições com 1 ano a ganhar/perder 2% por exemplo) - parece-me que o problema advém de não ajustar os stops com o passar do tempo como devia, deixando por vezes desaparecer ganhos significativos.

Objetivos do exercício:
1. Garantir uma maior disciplina (principalmente no fecho de posições onde ainda vou tendo algumas dificuldades em respeitar o plano inicial);
2. Receber críticas sobre as decisões tomadas, obrigando-me a rever as minhas perspetivas sobre os trades em causa. Tenho reparado que as análises nos tópicos das cotadas recebem pouco feedback, ao passo que tópicos deste género são altamente frequentados e tendem a gerar mais discussão.

Algumas regras que vou aplicar nesta carteira:
1. São negociadas ações dos seguintes mercados Europeus: Lisboa, Paris, Frankfurt, Amsterdão e Bruxelas. Estes são os mercados com os quais estou mais familiarizado e que tenho acompanhado. Não excluo no entanto vir a fazer umas incursões por Madrid ou Milão, para onde estou a começar a olhar, se aparecer alguma coisa interessante;
2. A perda máxima admissível por trade corresponde a 0,5% da carteira;
3. As entradas são dimensionadas em função deste valor. Ou seja, a quantidade de ações a comprar é igual à dimensão da carteira * 0,005/(preço entrada - stop);
4. Dos anteriores resulta que obrigatoriamente tenho um stop definido para cada posição antes de a abrir e que a posição é tanto maior quanto menor a distância entre a entrada e o stop;
5. São permitidos reforços num determinado papel apenas depois de o stop original ter sido subido, garantindo que o saldo desse trade seja sempre positivo (excetuando claro a situação de movimentos tão bruscos que me obriguem a vender muito abaixo do stop);
6. Não há preços alvo definidos para venda, ou seja, venderei sempre em alturas de correção/inversão, ou numa perspetiva de preservação de capital quando achar que a correção ultrapassou valores aceitáveis ou por acreditar que houve uma inversão de tendência;
7. Todas as posições são do lado longo e a consulta das cotações e formulação de decisões é, como regra, end of day. A maior parte das ordens (compra e venda) serão deixadas em sistema para a abertura seguinte.
8. O ano começa com posições abertas, mas a valorização/desvalorização passada não é tida em conta para cálculo da prestação da carteira PoJ14. Para este calculo os valores "de entrada" são os valores de fecho de 2013, ou seja da sessão de hoje. Da mesma forma o valor inicial da carteira é o valor de hoje (tendo em conta as ações em carteira e o montante em liquidez).
9. Não vou justificar as decisões passadas, nem apresentar os valores de entrada das posições que tenho (ver ponto anterior), uma vez que seria um exercício algo inútil.
10. E como dez regras me parecem suficientes para já, deixo os gráficos da composição da carteira por papel e por mercado.

Editado: Disclaimer: A generalidade dos gráficos apresentados são ajustados a dividendos, pelo que os valores históricos apresentados, resistências, suportes e no limite o própria identificação de padrões pode diferir da perspetiva tida quando em observação de um gráfico não ajustado.

Cumprimentos e boas entradas para todos,
PoJ