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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por Storgoff » 15/12/2013 19:18



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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por Storgoff » 15/12/2013 18:30

mcarvalho Escreveu:

vale a pena ler .. realidade ou ficção ? ... cada um que avalie


http://noticiasonline89.com/2013/11/29/ ... u-a-crise/
-

O dia em que acabou a crise!


Quando terminar a recessão teremos perdido 30 anos de direitos e salários…

Um dia no ano 2014 vamos acordar e vão anunciar-nos que a crise terminou. Correrão rios de tinta escrita com as nossas dores, celebrarão o fim do pesadelo, vão fazer-nos crer que o perigo passou embora nos advirtam que continua a haver sintomas de debilidade e que é necessário ser muito prudente para evitar recaídas. Conseguirão que respiremos aliviados, que celebremos o acontecimento, que dispamos a actitude critica contra os poderes e prometerão que, pouco a pouco, a tranquilidade voltará à nossas vidas.

Um dia no ano 2014, a crise terminará oficialmente e ficaremos com cara de tolos agradecidos, darão por boas as politicas de ajuste e voltarão a dar corda ao carrocel da economia. Obviamente a crise ecológica, a crise da distribuição desigual, a crise da impossibilidade de crescimento infinito permanecerá intacta mas essa ameaça nunca foi publicada nem difundida e os que de verdade dominam o mundo terão posto um ponto final a esta crise fraudulenta (metade realidade, metade ficção), cuja origem é difícil de decifrar mas cujos objectivos foram claros e contundentes:

Fazer-nos retroceder 30 anos em direitos e em salários

Um dia no ano 2014, quando os salários tiverem descido a níveis terceiro-mundistas; quando o trabalho for tão barato que deixe de ser o factor determinante do produto; quando tiverem ajoelhado todas as profissões para que os seus saberes caibam numa folha de pagamento miserável; quando tiverem amestrado a juventude na arte de trabalhar quase de graça; quando dispuserem de uma reserva de uns milhões de pessoas desempregadas dispostas a ser polivalentes, descartáveis e maliáveis para fugir ao inferno do desespero, ENTÃO A CRISE TERÁ TERMINADO.

Um dia do ano 2014, quando os alunos chegarem às aulas e se tenha conseguido expulsar do sistema educativo 30% dos estudantes sem deixar rastro visível da façanha; quando a saúde se compre e não se ofereça; quando o estado da nossa saúde se pareça com o da nossa conta bancária; quando nos cobrarem por cada serviço, por cada direito, por cada benefício; quando as pensões forem tardias e raquíticas; quando nos convençam que necessitamos de seguros privados para garantir as nossas vidas, ENTÃO TERÁ ACABADO A CRISE.

Um dia do ano 2014, quando tiverem conseguido nivelar por baixo todos e toda a estrutura social (excepto a cúpula posta cuidadosamente a salvo em cada sector), pisemos os charcos da escassez ou sintamos o respirar do medo nas nossas costas; quando nos tivermos cansado de nos confrontarmos uns aos outros e se tenhas destruído todas as pontes de solidariedade. ENTÃO ANUCIARÃO QUE A CRISE TERMINOU.

Nunca em tão pouco tempo se conseguiu tanto. Somente cinco anos bastaram para reduzir a cinzas direitos que demoraram séculos a ser conquistados e a estenderem-se. Uma devastação tão brutal da paisagem social só se tinha conseguido na Europa através da guerra.

Ainda que, pensando bem, também neste caso foi o inimigo que ditou as regras, a duração dos combates, a estratégia a seguir e as condições do armistício.

Por isso, não só me preocupa quando sairemos da crise, mas como sairemos dela. O seu grande triunfo será não só fazer-nos mais pobres e desiguais, mas também mais cobardes e resignados já que sem estes últimos ingredientes o terreno que tão facilmente ganharam entraria novamente em disputa.

Neste momento puseram o relógio da história a andar para trás e ganharam 30 anos para os seus interesses. Agora faltam os últimos retoques ao novo marco social: um pouco mais de privatizações por aqui, um pouco menos de gasto público por ali e “voila”: A sua obra estará concluída.

Quando o calendário marque um qualquer dia do ano 2014, mas as nossas vidas tiverem retrocedido até finais dos anos setenta, decretarão o fim da crise e escutaremos na rádio as condições da nossa rendição.”
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por MiamiBlue » 15/12/2013 17:09

MiamiBlueHeart Escreveu:
Passos acusa o FMI de “hipocrisia institucional”


Ehhh...

Mt boa piada, Sr. PM..



6 de junho de 2011:

Pedro Passos Coelho comprometeu-se, esta manhã, em entrevista à agência Reuters, a cumprir as medidas do memorando de ajuda externa. Disse ainda que irá "surpreender" indo mais longe do que o imposto pela troika.
O líder do PSD, que venceu as eleições legislativas no domingo, prometeu cumprir os compromissos assumidos por Portugal no acordo de ajuda externa com a Comissão Europeia, BCE e FMI. Acrescentou ainda que o próximo governo pode "surpreender" e ir mais além das metas acordadas.
"Não queremos ser um peso para os nossos parceiros, nem mais um dia, nem mais um segundo", afirmou o líder do PSD. "Portugal precisa de voltar a criar uma onda de confiança nos mercados".
Nesta entrevista, que decorreu antes do encontro desta tarde com o presidente da República, cavaco Silva, Passos afirmou que Portugal fará "aquilo que for necessário, durante o tempo que for necessário, para as medidas mais importantes poderem ser tomadas de modo a que todos os prazos previstos no acordo com a UE e o FMI possam ser respeitados".
O líder do PSD disse ainda que apresentará o novo Governo "em tempo recorde" e que as negociações com o CDS nesse sentido "deverão ser muito rápidas".
Depois deste entrevista, às 15h20, Passos Coelho reuniu-se com o presidente da República Cavaco Silva, que o convidou a formar Governo (VER ARTIGO RELACIONADO).


E depois vir PPC vir falar de hipocrisia relativamente às palavras do FMI é hilariante - uma vergonha para quem tem a mínima memória dos factos.

E depois gostava de saber: o que fez PPC quando ouviu as declarações..
- Foi falar com a presidente do FMI?
- Foi a Bruxelas falar com Durão barroso?
- Foi a Berlim falar com a sua mentor?

A resposta a todas estão questões é uma rotundo NÃO.


PPC é um JS, nada mais, e até os apoiantes são parecidos. Por algum motivo as palavras da Presidente do FMI passaram em claro para muito gente - não convém admitir os erros de quem defendeu a mesma teoria do PM e de Vitor Gaspar.

Portugal só não vai ser um 2º resgate por um motivo simples, a Europa não quer admitir o fracasso. Tivéssemos em 2011, e o 2º resgate era limpinho..
Editado pela última vez por MiamiBlue em 15/12/2013 18:37, num total de 1 vez.
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por mcarvalho » 15/12/2013 12:31

http://noticiasonline89.com/2013/11/29/ ... u-a-crise/


vale a pena ler .. realidade ou ficção ? ... cada um que avalie
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por Storgoff » 15/12/2013 4:32

-
Alemanha delirante
13 Dezembro 2013, 16:17 por Marcel Fratzscher

Recentemente, o representante da Alemanha no Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE)
manifestou o seu desacordo com a decisão do banco central de cortar a taxa de juro de referência
na reunião de 7 de Novembro.


http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/ ... rante.html


É bom saber que ainda há algumas vozes lúcidas na Alemanha.
É pena que no entanto a cegueira suicidária não parece estar a abrandar
Pelo andar da carruagem provavelmente seremos conduzidos mais cedo do que tarde a isto:




Futuro do Euro – Explosão ou reconfiguração

http://www.culturgest.pt/actual/03/24-volta-a-europa.html
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por Storgoff » 15/12/2013 4:14

mcarvalho Escreveu:http://apodrecetuga.blogspot.pt/2013/12/o-impressionante-contorcionismo.html#.UqzqwNL7q2E

O impressionante contorcionismo económico, mudar para pior



Ricardo Araújo Pereira
No que diz respeito à economia, quando fazemos a travessia do deserto não vemos miragens, vemos viragens.

A 6 de Janeiro de 2012, Passos Coelho disse: "2012 será um ano de viragem económica para o País".
Depois, a 14 de Agosto, Passos Coelho disse: "2013 será um ano de inversão da actividade económica em Portugal".
Mais tarde, a 21 de Dezembro, Passos Coelho disse: "2013 será um ano de estabilização e de viragem que preparará o regresso do crescimento em 2014."
Ainda em 2012, a 25 de Junho, Paulo Portas tinha dito: "Queria que soubessem que, sendo 2012 um ano difícil, esperamos uma viragem de crescimento económico em 2013".
Entretanto, a 23 de Janeiro deste ano, Fernando Ulrich disse: "a emissão de dívida marca um momento de viragem na economia portuguesa".
No entanto, a 14 de Novembro de 2011, Álvaro Santos Pereira disse: "2012 certamente irá marcar o fim da crise e será o ano da retoma para o crescimento de 2013 e 2014".
Por outro lado, a 24 de Outubro de 2006, José Sócrates disse: "a economia portuguesa está num momento de mudança e viragem".
Mas a 12 de Março de 2006, José Sócrates já havia dito que o seu primeiro ano de Governo tinha sido "o ano da viragem para Portugal, marcado pelo regresso da confiança".
A 17 de Junho de 2009, José Sócrates disse: "Estou muito convencido de que a crise se inverterá já em 2010".
Dois meses depois, José Sócrates anunciou "um momento de viragem na economia portuguesa" que não era "o fim da crise, mas sim o princípio do fim da crise".
A 1 de Junho de 2010, Sócrates registou "sinais positivos da inversão da tendência do desemprego".
Dois anos depois, a 4 de Maio de 2012, Cavaco disse esperar, apoiado em indicadores positivos do nosso tecido empresarial, "uma inversão da taxa de desemprego no segundo semestre" desse ano.
Três meses antes, a 25 de Fevereiro, Cavaco tinha dito: "Em termos de ambição, seria muito importante que na parte final de 2012 já ocorresse uma inversão da tendência " recessiva.
Há cinco meses, a 6 de Março, Cavaco disse que a espiral recessiva se mantinha e acrescentou: "o ano 2013 tem de ser o ano de inversão desta tendência".
E há duas semanas, a 12 de Julho, Passos Coelho disse que já havia "sinais de viragem " na economia portuguesa.
Em menos de 10 anos, e tendo em conta apenas a opinião deste punhado de especialistas, a economia portuguesa já passou por oito viragens e cinco inversões. Aparentemente, no que diz respeito à economia, quando fazemos a travessia do deserto não vemos miragens, vemos viragens.
Fazendo a conta, creio que são safanões económicos a mais, e o problema é sem dúvida agravado pelo facto de haver um número ímpar de inversões e um número par de viragens
Para um país como Portugal que, à data do início das viragens e inversões, se encontrava em recessão, passar por um número par de viragens é prejudicial, na medida em que, terminada a última viragem, o país continua a dar por si voltado na direcção do empobrecimento.
No âmbito das inversões, aí sim, é possível dizer que a economia se encontra virada para o progresso. Uma vez que a economia vira um pouco mais vezes do que inverte, é possível que, não estando tudo na mesma, esteja ligeiramente pior. fonte




ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2013/1 ... z2nUmHCMqc


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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por Sr_SNiper » 15/12/2013 2:18

Qual é o espanto?
O Passos é igual ao Sócrates e o Seguro, infelizmente, como é alucinado com a realidade ainda será pior...
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por mcarvalho » 15/12/2013 0:36

http://apodrecetuga.blogspot.pt/2013/12 ... qzqwNL7q2E

O impressionante contorcionismo económico, mudar para pior



Ricardo Araújo Pereira
No que diz respeito à economia, quando fazemos a travessia do deserto não vemos miragens, vemos viragens.

A 6 de Janeiro de 2012, Passos Coelho disse: "2012 será um ano de viragem económica para o País".
Depois, a 14 de Agosto, Passos Coelho disse: "2013 será um ano de inversão da actividade económica em Portugal".
Mais tarde, a 21 de Dezembro, Passos Coelho disse: "2013 será um ano de estabilização e de viragem que preparará o regresso do crescimento em 2014."
Ainda em 2012, a 25 de Junho, Paulo Portas tinha dito: "Queria que soubessem que, sendo 2012 um ano difícil, esperamos uma viragem de crescimento económico em 2013".
Entretanto, a 23 de Janeiro deste ano, Fernando Ulrich disse: "a emissão de dívida marca um momento de viragem na economia portuguesa".
No entanto, a 14 de Novembro de 2011, Álvaro Santos Pereira disse: "2012 certamente irá marcar o fim da crise e será o ano da retoma para o crescimento de 2013 e 2014".
Por outro lado, a 24 de Outubro de 2006, José Sócrates disse: "a economia portuguesa está num momento de mudança e viragem".
Mas a 12 de Março de 2006, José Sócrates já havia dito que o seu primeiro ano de Governo tinha sido "o ano da viragem para Portugal, marcado pelo regresso da confiança".
A 17 de Junho de 2009, José Sócrates disse: "Estou muito convencido de que a crise se inverterá já em 2010".
Dois meses depois, José Sócrates anunciou "um momento de viragem na economia portuguesa" que não era "o fim da crise, mas sim o princípio do fim da crise".
A 1 de Junho de 2010, Sócrates registou "sinais positivos da inversão da tendência do desemprego".
Dois anos depois, a 4 de Maio de 2012, Cavaco disse esperar, apoiado em indicadores positivos do nosso tecido empresarial, "uma inversão da taxa de desemprego no segundo semestre" desse ano.
Três meses antes, a 25 de Fevereiro, Cavaco tinha dito: "Em termos de ambição, seria muito importante que na parte final de 2012 já ocorresse uma inversão da tendência " recessiva.
Há cinco meses, a 6 de Março, Cavaco disse que a espiral recessiva se mantinha e acrescentou: "o ano 2013 tem de ser o ano de inversão desta tendência".
E há duas semanas, a 12 de Julho, Passos Coelho disse que já havia "sinais de viragem " na economia portuguesa.
Em menos de 10 anos, e tendo em conta apenas a opinião deste punhado de especialistas, a economia portuguesa já passou por oito viragens e cinco inversões. Aparentemente, no que diz respeito à economia, quando fazemos a travessia do deserto não vemos miragens, vemos viragens.
Fazendo a conta, creio que são safanões económicos a mais, e o problema é sem dúvida agravado pelo facto de haver um número ímpar de inversões e um número par de viragens
Para um país como Portugal que, à data do início das viragens e inversões, se encontrava em recessão, passar por um número par de viragens é prejudicial, na medida em que, terminada a última viragem, o país continua a dar por si voltado na direcção do empobrecimento.
No âmbito das inversões, aí sim, é possível dizer que a economia se encontra virada para o progresso. Uma vez que a economia vira um pouco mais vezes do que inverte, é possível que, não estando tudo na mesma, esteja ligeiramente pior. fonte




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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por MiamiBlue » 13/12/2013 17:37

Passos acusa o FMI de “hipocrisia institucional”


Ehhh...

Mt boa piada, Sr. PM..
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por Opcard33 » 13/12/2013 15:21

Pata-Hari Escreveu:Esse artigo é muito engraçado, gostei muito e aprendi.


E podemos continuar , até os nossos comentadores e" Outros" viam nas eleições franceses solução para os nossos males , depois a cura estava nas eleições alemãs e haveria sempre uma alternativa que era não pagar .

Estavam completamente enganados mas contaminaram 95% do povo que não percebe esta coisa elementar , quantos mais" Estaleiros de Viana do Castelo " na posse do estado , mais os governos serão obrigados a cortar nas pensões e salários.


"Chile versus Argentina

Michael Boskin

________________________________________


09/12/2013

Os economistas habitualmente comparam economias semelhantes para isolar o impacto de uma diferença particular. Esta abordagem dá uma imagem convincente do papel de factores específicos, quer para o contributo quer para o enfraquecimento, do sucesso económico.

Por exemplo, apesar das suas raízes históricas e culturais, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul são duas sociedades muito diferentes. A Coreia do Norte tem um padrão de vida consideravelmente mais baixo, devido ao governo comunista e à economia centralizada. Já a Coreia do Sul tem um governo democrático e uma economia capitalista mista, o que contrasta fortemente com o vizinho do norte.
A experiência alemã depois da Segunda Guerra Mundial dá um outro exemplo eloquente. Quando o Muro de Berlim caiu, apenas duas gerações depois do fim da guerra, o padrão de vida da Alemanha de Leste - que era comunista - era um quinto do nível da Alemanha Ocidental.

A mesma abordagem pode ser utilizada para se perceber porque é que o Chile está a prosperar enquanto a vizinha Argentina está a enfrentar dificuldades.

Em primeiro lugar, as semelhanças. Ambos os países são orientados ao longo de um eixo norte-sul e são caracterizados por terrenos variados, longas linhas costeiras e abundante agricultura, fazendas e vinhas. Os dois países conseguiram a independência de Espanha há dois séculos. A maioria da população, nos dois casos, é composta maioritariamente por descendentes de europeus. Ambos os países têm na sua história um período de regência militar. E ambos viveram recentemente um clima de instabilidade política, incluindo protestos públicos que trouxeram um elevado número de pessoas para as ruas. Protestos esses que, por vezes, foram violentos.

Além disso, tanto o Chile como a Argentina são democracias que foram governadas por partidos de direita e de esquerda. No Chile, um presidente pode cumprir vários mandatos, mas não de forma consecutiva. Por isso, o presidente Sebastián Piñera – um centrista que lidera uma coligação de centro direita – não pode candidatar-se à reeleição, mas poderá candidatar-se em 2018

O governo de coligação do Chile – especialmente o ministro das Finanças, Felipe Larraín – fez muito para fortalecer o desempenho macroeconómico do país, mas teve de lutar também para encontrar um candidato presidencial forte. A um escândalo seguiu-se uma intensa batalha interna para a sucessão, o que fez com que a coligação de centro-direita tenha escolhido como candidato à presidência a sua terceira opção. A líder da aliança de centro-esquerda, Michelle Bachelet, do Partido Socialista, (e que foi a antecessora de Piñera), venceu a primeira volta das presidenciais com facilidade e é esperado que seja eleita na segunda volta que se realiza neste mês de Dezembro.

Entretanto, e apesar de ter aumentado o poder do seu gabinete, a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner – que sucedeu ao seu falecido marido, Néstor Kirchner, em 2007 – está proibida pela Constituição de candidatar-se a um terceiro mandato consecutivo. Além de a actual presidente não ter conseguido a maioria de dois terços no parlamento para alterar a Constituição, o facto de os candidatos da oposição terem obtido um bom resultado nas eleições intermédias sugere que a Argentina pode virar à direita em 2015.

Agora as diferenças. As políticas económicas dos dois países divergem em aspectos importantes. O Chile tem utilizado políticas económicas razoáveis – às vezes também inovadoras. Por exemplo, as receitas provenientes do cobre, que representam 13% do orçamento, têm de ser gastas com base num plano de longo prazo, verificado de forma independente, sendo que o excedente das receitas vai para um fundo que será usado quando os preços do cobre baixarem.
Além disso, o Banco Central do Chile manteve a inflação baixa – está em cerca de 2% - e o orçamento está próximo do equilíbrio. O sistema de pensões do país dá ênfase às poupanças dos privados e à responsabilidade individual. O acordo de comércio livre bilateral facilitou o crescimento do comércio com os Estados Unidos. E o Chile tem participado activamente nas negociações para o acordo comercial chamado Parceria Trans-Pacífico (TPP)

Para ser claro, as propostas de Michelle Bachelet de subir os impostos pagos pelas empresas, aumentar as despesas sociais, apertar o controlo governamental sobre as pensões e reavaliar a participação do Chile no TPP ameaça reverter muitos destes progressos. Mas se, uma vez no cargo, Bachelet apostar em políticas mais centristas como as do seu anterior mandato, o Chile pode manter a sua dinâmica económica.

Por outro lado, a Argentina está envolvida numa convulsão económica auto-infligida. Com o dobro da população do Chile, que recentemente descobriu depósitos energéticos e com uma capital vibrante, a Argentina tem um elevado potencial económico. De facto, há um século, era um dos países mais ricos do mundo, com um padrão de vida semelhante ao dos Estados Unidos. Actualmente, porém, o rendimento per capita dos argentinos representa apenas 40% do dos norte-americanos e está consideravelmente abaixo do rendimento per capita dos chilenos.

O diferencial entre a taxa de câmbio oficial e a taxa do mercado negro – apelidada de “Dolar Blue” – é agora de 60%. Sem surpresas, praticamente todos os retalhistas em Buenos Aires estabelecem um preço em dólares e outro em pesos. Isto pode ser explicado, em parte, pela elevada inflação, que analistas independentes colocam próximos dos 25% - mais do dobro das estimativas oficiais, que apontam para 10%.
Desde que Kirchner substituiu o princiapl indicador de inflação do Instituto Nacional de Estatísticas, em 2007, que os números oficiais da inflação têm sido manifestamente mais baixos do que de outras estimativas. (Os números da inflação no Chile também têm sido criticados, ainda que numa proporção menor, e o Instituto de Estatística do Chile é muito mais independente do Governo do que o da Argentina).

O Governo de Cristina Fernández de Kirchner intimida e nacionaliza as empresas e pressiona o Banco Central a utilizar as reservas internacionais para pagamentos de dívida. E o principal acordo comercial da Argentina, o Mercosul, perdeu uma parte importante do seu potencial. Durante os próximos cinco anos, o Fundo Monetário Internacional espera que a Argentina registe um crescimento mais fraco que o Chile bem como, que a inflação suba mais e que haja mais desemprego.

Felizmente, os eleitores estão, cada vez mais, contra o Governo de Cristina Kirchner. Em Agosto, candidatos da oposição como Sérgio Massa e Maurício Macri obtiveram um elevado apoio eleitoral com a sua campanha favorável às empresas e contra a elevada inflação, fazendo com que seja provável que se tornem candidatos às presidenciais de 2015. Mesmo que a actual presidente não cause muitos danos até às eleições, o seu sucessor vai ter de restabelecer a credibilidade da Argentina, ao nível interno e externo, para evitar uma fuga de capitais.

Poderá um presidente da Argentina promover uma descida da inflação e manter o apoio dos eleitores durante um período de crescimento mais lento ou mesmo de recessão? Aconteceu nos Estados Unidos, durante a presidência de Ronald Reagan. Reagan apoiou a descida da inflação promovida pelo presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), Paul Volcker, apesar de a economia atravessar uma recessão profunda, ter registado uma subida do desemprego e ter perdido as eleições intermédias. A economia rapidamente recuperou e Ronald Reagan foi reeleito. A estabilidade dos preços permitiu que durante 25 anos o crescimento económico tenha sido forte e o desemprego baixo, interrompido brevemente por duas recessões suaves. Este foi o melhor desempenho macroeconómico da história dos Estados Unidos.
É esperado que a Argentina aprenda com o seu vizinho ocidental – e que o governo de Michelle Bachelet, no Chile, olhe além da Cordilheira dos Andes, reconhecendo onde podem as suas propostas levar o país, e mudar de rumo antes que seja tarde demais"
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por Pata-Hari » 13/12/2013 14:48

Esse artigo é muito engraçado, gostei muito e aprendi.
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por Opcard33 » 13/12/2013 11:55

"....onda de saques dos últimos dias que deixou pelo menos 12 mortos e dezenas de feridos..."

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 7406,0.htm


Como esta noticia não teve destaque em Portugal será porque:

(O ex-Presidente da República Mário Soares ...aponta o exemplo da Argentina, dizendo que em plena crise financeira se recusou a pagar e nada se passou )


"O exemplo argentino

António Amaro de Matos
Jornal de negócios

09/12/2013 00:01

O caso da Argentina, muito longe de estar resolvido, é uma cadeia de situações, de decisões, de consequências das decisões, que deve dar para pensar que não há soluções simples e intuitivas para problemas complexos como o de Portugal.

O caso da Argentina, muito longe de estar resolvido, deve dar para pensar que não há soluções simples e intuitivas para problemas complexos como o de PortugalAdolfo Rodriguez Saá, descendente de imigrantes palestinos, foi eleito presidente da Argentina em 22 de Dezembro de 2001, na sequência da renúncia de Fernando De la Rúa. No seu discurso de investidura decretou o "default" da dívida pública argentina. Foi aplaudido de pé, entusiasticamente, pelos deputados. Festejou-se a independência relativamente aos credores internacionais.

Renunciou uma semana depois... A criação de uma nova moeda que ele tinha anunciado, o "argentino", lastreada no património fundiário do Estado e destinada a substituir as "quase-moedas" informais improvisadas com que se supria a falta de dinheiro na economia, não teve seguimento. Eduardo Duhalde sucedeu-lhe e exerceu até Maio de 2003, quando foi substituído por Néstor Kirchner.Para compreender a Argentina de hoje, tem de se recuar a 1990, quando Carlos Menem, debatendo-se com uma hiperinflação que atingiu 5 000% ao ano (!), nomeou Domingo Cavallo como ministro da Economia. Eliminou a inflação, fixando a taxa de câmbio do "austral" ao dólar.


Pouco depois restabeleceu o peso como moeda nacional. Livremente convertível em dólar na relação 1:1. Não é muito diferente de substituir a moeda por outra mais forte que não se controla. A estabilidade do peso melhorou a qualidade de vida. Importações facilitadas, a possibilidade de ter crédito em dólares a taxas normais, etc.. Conhecemos isso. E também que a indústria decaiu pelo desvio do consumo para o exterior. Começaram os problemas de desemprego. O governo Menem foi um governo despesista e acentuou-se a corrupção que teria chegado ao topo do Banco Central. A dívida pública cresceu sem controlo. A evasão fiscal e lavagem de dinheiro, mesmo dentro do próprio sistema financeiro, motivaram desvio avultado de fundos para offshores. A revalorização do dólar e o desencadear de crises em 1999 em outros países da América Latina, clientes importantes da Argentina, agravaram a crise. A estabilidade económica transformou-se em estagnação, depois em depressão. Foi por esta altura, com a falta de dinheiro, que apareceram as "quase-moedas", o "patacon" e o "lecop", as mais fortes.O FMI fez empréstimos para suprir dificuldades de balança de pagamentos até que cessou a sua ajuda por incumprimento das metas orçamentais acordadas. Em final de 2001, já no terceiro ano de uma violenta crise, o levantamento da classe média - na sequência de cortes nas pensões e do congelamento dos depósitos (o "corralito") - resultou em violentos tumultos que motivaram a renúncia dos elementos-chave do governo e depois do próprio presidente. Substituído pelo "one week president" como ficou conhecido Rodriguez Saá. A crise argentina do final dos anos 90 até 2002 resultou indubitavelmente da convergência dos três factores: a convertibilidade a taxa fixa do peso relativamente ao dólar; a despesa pública descontrolada e a insuficiência das receitas fiscais.Em 2002, já com Duhalde, o "corralito" passou a "corralón" com os depósitos bancários liberados apenas sob a forma de títulos denominados em pesos. O peso foi desvalorizado para a relação 1,40:1. Posteriormente flutuou chegando a atingir a relação de 4 pesos para 1 dólar, gerando ganhos para quem, a tempo, tinha transferido dólares para o exterior...

Num país em que 57% da população, nessa altura, vivia abaixo do limiar da pobreza, sofrendo no auge da crise as maiores privações, criavam-se também grandes fortunas. A cessação de pagamento da dívida libertando recursos para apoio às actividades económicas, a subida internacional dos preços da soja e da carne e a competitividade ganha com a desvalorização do peso, além da baixa de salários correspondente a taxas de desemprego elevadas, deram um considerável impulso à recuperação da economia argentina. Que foi o que Néstor Kirchner encontrou logo no início do seu mandato, em Maio de 2003.Coube a este presidente, o "Pinguim" como lhe chamavam os amigos, recordando a sua origem na Patagónia, iniciar negociações com os credores, tentando combater a imagem de pária que a Argentina tinha nos mercados financeiros. Até hoje, só a Venezuela comprou, e limitadamente, títulos de dívida argentinos, mas a uma taxa que, creio, rondou os 15%. A evolução favorável da economia deu para liquidar em 2006 a dívida contraída com o FMI, estatutariamente um crédito privilegiado.

Mas ainda não foi paga a dívida ao Clube de Paris. Em entrevista a um jornal brasileiro disse Kirchner em 2008, já não era presidente, que não desejava a ninguém nem a nenhum povo passarem por aquilo que ele e o povo argentino tinham passado. Eu li.Em 2005, a Argentina, depois de muitas tentativas falhadas para negociar com os credores, fez uma oferta unilateral em termos julgados muito desfavoráveis para os credores. Mesmo assim, cerca de 75%, correspondendo a 62 biliões de dólares, aceitaram receber títulos no valor facial de 35 biliões, perdendo os juros vencidos. Não é difícil de entender. Ainda antes do "default", os títulos de dívida argentina já estavam desvalorizados. A última emissão, em 1999, tinha sido feita a um juro de 16% e no mercado secundário, de 2001 até 2005, o preço dos títulos foi descendo até aos 11% do valor nominal.


É a altura em que os "fundos abutre" intervêm e compram. Para quem comprou assim, a oferta da Argentina de pagar cerca de 56% do valor nominal com uma boa taxa de juro representa um lucro avultado. Não vejo como condená-los.Os resistentes ("holdouts") que não aceitaram representam cerca de 19 biliões de dólares. Alguns têm litigado contra a Argentina e um navio da marinha argentina chegou a ser apreendido a pedido de credores. Qualquer bem da República Argentina corre o mesmo risco, o que deixa o país sem poder acorrer aos mercados internacionais. O governo decidiu fazer nova oferta em 2010 dirigida a estes resistentes e conseguiu a aceitação para a troca de títulos no valor de cerca de 13 biliões. No total, está reestruturada mais de 90% da dívida total com juros relativamente elevados (até 5,25% para individuais e 8,28% para institucionais) e vencimento postergado para 2035. Se tivesse este resultado sido obtido por negociação, mesmo sem CAC, não haveria dificuldade de maior para a Argentina regressar aos mercados financeiros. Haveria compreensão.Ainda recentemente um tribunal em Nova Iorque decidiu favoravelmente a alguns "hedge funds" que resistiram e querem ver reconhecidos pela Argentina e pagos os seus créditos. O tribunal, interpretando a cláusula "pari passu", entendeu que não pode a Argentina pagar aos credores que aceitaram a reestruturação sem pagar também aos outros, deixando o NYB Melon, através do qual os pagamentos são feitos e que não pode ignorar o tribunal, coagido a não pagar aos que aceitaram. Será um novo "default", se a Argentina insistir em não pagar aos "hedge funds".


Entretanto, a presidente da Argentina propõe-se abrir uma nova oferta de troca, agora dos títulos reestruturados, por outros emitidos na Argentina e sujeitos às leis do país. "The last tango", como escreveu um analista financeiro, não vai facilitar o regresso da Argentina ao mercado.Em pesadelos, o drama argentino parece-nos familiar nas suas causas e em algumas propostas. O grito "Que se lixem os credores" também levantaria o País em aplausos. Junte-se a saída do euro e seria o delírio, como que o fim de uma guerra com o povo nas ruas celebrando. O pior seria o despertar, como na Argentina foi e ainda está sendo. Voltou o "corralito" (em Outubro de 2012) e os "caçarolazos" (o último em Agosto último) contra a situação do país, como antes da queda de De la Rúa. As províncias em dificuldades pagaram apenas parcialmente aos funcionários e vêm aí novamente os "patacons". A relação peso/dólar hoje é 10:1 no mercado livre.Como síntese, o caso da Argentina, muito longe de estar resolvido, é uma cadeia de situações, de decisões, de consequências das decisões, que deve dar para pensar que não há soluções simples e intuitivas para problemas complexos como o de Portugal..... 2
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por MiamiBlue » 13/12/2013 10:33

Noticia fantástica..

anco Central Europeu vai exigir mais capital para obrigar os bancos a financiarem a economia
O Banco Central Europeu (BCE) está preocupado com o ciclo vicioso que se criou com o financiamento que dá aos bancos mais afectados pela crise da zona euro. Os bancos desviam o dinheiro emprestado pelo BCE para a compra de dívida soberana de risco elevado, mas com remuneração atractiva, ao invés de canalizarem os recursos para financiarem as famílias e as empresas. Para alguns, este ciclo vicioso pode ser em parte culpado pelo prolongamento da crise da moeda única.

Em entrevista ao "Financial Times", Peter Praet, membro do comité executivo do BCE, deixou o aviso de que as regras para a detenção de títulos soberanos vão ser mais exigentes. Se os títulos de dívida pública receberem o tratamento adequado ao risco que representam para o capital das instituições, nos próximos testes de stress, então será provável que os bancos não usem tanta a liquidez do BCE para comprar mais Obrigações do Tesouro, explicou.

A discrição é mais ou menos fiel à realidade portuguesa, cujo sector bancário contava com fundos de 50 mil milhões de euros do BCE em Outubro passado. A análise à evolução do investimento da banca à dívida portuguesa revela que o nível de exposição tem vindo a aumentar, a um ritmo mais ou menos constante, pelo menos desde que rebentou a crise das dívidas periféricas do euro, em Maio de 2010. Nos quatro últimos meses, foram batidos valores recordes, consecutivos, no montante de dívida portuguesa que está na posse da banca a operar em Portugal. Segundo os dados do Banco de Portugal, o valor atingiu os 34,8 mil milhões de euros em Outubro e tem subido todos os meses desde Agosto.

"Os bancos portugueses têm sido os principais financiadores do Estado e têm-no feito com recurso aos fundos do BCE.", reconhece ao i o professor de economia e especialista em banca, Paulo Soares Pinho, que classifica estas declarações do responsável do BCE como "um sinal amarelo" a esta estratégia das instituições financeiras.

O Banco de Portugal também acendeu o sinal amarelo. No relatório de estabilidade financeira, divulgado em Novembro, o supervisor alertava para o aumento da exposição da banca ao Estado, com a dívida pública a constituir 7% dos activos detidos no final do primeiro semestre. Este investimento "representa uma exposição relevante ao risco de subida nas taxas de juro aplicáveis aos prazos médios e longos". O regulador avisava para a incerteza no tratamento prudencial a aplicar a futuras exposições ao risco soberano, que poderiam impor novas almofadas de capital.
http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/ ... ses/pag/-1


No tempo do anterior Governo, JS era acusado de obruigar a banca a comprar dívida pública, afinal a banca continua a cumular dívida pública- a culpa ainda será do anterior governo??

E depois, temos um BCE surpreendido porque o dinheiro que emprestou á banca, praticamente de borla, não foi injectado na economia mas os bancos utilizaram a via fácil. Que novidade????

Que hipocrisia financeira e inocência falsa em que vivemos.

Continuamos a destruir a União Europa, e os culpados não são os cidadãos- esses são as vítimas - são os políticos, banca e certa elite que considera que descobriu um certo "ovo de colombo".
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por violas3 » 11/12/2013 7:07

lmg_202 Escreveu:Alguém sabe porque os pensionistas não receberam o subsidio de Natal....mesmo aqueles com pensões mais baixas?

Agradeço desde já as respostas.


Receberam em duodécimos.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... id=2996353
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por lmg_202 » 11/12/2013 0:10

Alguém sabe porque os pensionistas não receberam o subsidio de Natal....mesmo aqueles com pensões mais baixas?

Agradeço desde já as respostas.
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por MiamiBlue » 10/12/2013 19:33

Para o Governo, que nunca se assumiu uma posição forte na presente questão, bem pelo contrário, até apoiou e queria uma dose mais forte..

E para todos aqueles que gozavam com o conceito de austeridade excessiva..

Christine Lagarde admitiu hoje que o "erro" em relação aos efeitos da austeridade obrigou Portugal e Grécia a aplicarem programas de ajustamento num espaço de tempo demasiado curto.

No entanto, a diretora-geral do FMI reafirma que isso não altera a posição da organização em relação à substância da questão: "Penso que o FMI não mudou de posição, mas foi o primeiro a dizer 'atenção, é demasiada consolidação orçamental, demasiado depressa, é preciso dar tempo ao tempo'. E dissemos a mesma coisa tanto para a Grécia, como para Portugal, ou para Espanha, que não estava sob programa".

A questão surgiu no decorrer de uma conferência em Bruxelas, em que Lagarde foi interpelada sobre a questão dos chamados "multiplicadores automáticos", cujo erro de cálculo em relação ao respetivo efeito já havia sido reconhecido pelo próprio FMI: "Dissemo-lo porque é também uma questão de honra para o FMI reconhecer os seus erros quando eles são cometidos ou de reconhecer que alguns temas não foram suficientemente abordados e explorados a fundo", acrescentou a antiga ministra das Finanças francesa.

No entanto, Christine Lagarde diz que este mea culpa não leva o FMI a rever o que foram as suas opiniões em relação à "substância" do programa aplicado na Grécia. Em contrapartida, "o que claramente teria resultado (deste reconhecimento), não apenas para a Grécia mas também para outros países, é a reavaliação do espaço temporal em que os programas foram aplicados".

Este ponto de vista nunca foi admitido nestes termos pela Comissão Europeia, embora perante a derrapagem sucessiva das metas do défice Bruxelas tenha acabado por, em duas ocasiões, decidido dar mais um ano a Portugal para reduzir o défice. Uma flexibilidade que foi igualmente alargada a outros países, mas sempre justificada com a deterioração do contexto económico e não como o reconhecimento de um erro de análise.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/lagarde-admite- ... z2n69Xv7YK
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por Opcard33 » 8/12/2013 12:23

Já não será cabeça de lista do PS para as próxima eleições europeias

"O constitucionalista Vital Moreira, eleito eurodeputado pelo PS, defende que o Tribunal Constitucional pode viabilizar o corte de pensões. Recomendando cautela aos “leigos” que asseguram que o diploma do Governo tem chumbo assegurado no processo de fiscalização preventiva, junta três argumentos para um desfecho favorável ao Governo.
O texto publicado no blogue Causa Nossa, intitulado “Um pouco mais de prudência, sff”, contraria os que apostam na verificação de uma “violação do princípio da protecção da confiança”, incluindo a direcção do PS.

Um dos pontos polémicos é a defesa da supremacia das razões financeiras do direito europeu. Diz Vital que “há um outro princípio constitucional, importado do direito constitucional da UE (e que, por isso, goza de primazia sobre os princípios do direito constitucional interno)”. O “princípio da sustentabilidade orçamental”, continua, prevalecerá “se se mostrar que não havia medida menos gravosa nem mais equitativa para alcançar os objectivos da redução do défice orçamental a que o País está obrigado”.

Recordando a sentença sobre as 40 horas, Vital sublinha ainda que “os princípios constitucionais nunca são absolutos”, dispondo o juiz de “uma margem maior ou menor de liberdade”.

Finalmente, Vital defende que o princípio da protecção da confiança “tem de se articular” com o princípio da igualdade. Remetendo para outro texto do seu blogue, explica que o TC tem nas mãos um problema complicado: ao defender as pensões do sector público, “mantém uma flagrante desigualdade” em desfavor do sector privado. E prejudica os novos pensionistas do sector público, que receberão menos.

manuel.a.magalhaes@sol.pt
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por MiamiBlue » 4/12/2013 20:13

Os meus parabéns ao atual Governo (situação rara) pelo trabalho efetuado ao combate à evasão fiscal..

Área em que à muitos anos deveriamos ter avançado para haver o mínimo de justiça, entre os contribuintes.

Paulo Núncio avançou com estes dados no decorrer da conferência sobre o 'Sistema de Pagamentos'
O cruzamento dos dados fiscais e dos pagamentos com cartões de crédito e de débito permitiram ao Governo detetar que, desde 2012, 16 mil contribuintes declararam rendimentos abaixo dos pagamentos que receberam, num montante de 400 milhões de euros.

"Foram identificados mais de 16 mil contribuintes em que o valor declarado para efeitos de IVA e IRC foi inferior ao valor dos pagamentos efetuados através de cartões de crédito e de débito", revelou hoje o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, especificando que "o valor dos pagamentos detetados que não foram declarados pelos contribuintes para efeitos de IVA e de IRC ascende a mais de 400 milhões de euros".

Paulo Núncio avançou com estes dados no decorrer da conferência sobre o 'Sistema de Pagamentos', promovida em Lisboa pela Associação Portuguesa de Bancos (APB), tendo posteriormente reforçado aos jornalistas a importância da colaboração dos bancos no combate à economia paralela.

"Em 2012 e 2013, foram comunicados à Autoridade Tributária, por um conjunto de 114 entidades declarantes, pagamentos no valor de cerca de 75 mil milhões de euros a cerca de 180 mil empresas", realçou, vincando que "desde 2012 que as instituições de crédito colaboram neste esforço de combate à economia paralela", através do envio à Autoridade Tributária dos valores dos fluxos de pagamentos com cartões de crédito e de débito efetuados por seu intermédio.

"Esta informação tem sido decisiva no cruzamento com os dados que constam das declarações de IVA e de impostos sobre o rendimento, tendo como objetivo confrontar os rendimentos declarados pelos contribuintes com os pagamentos recebidos através de cartões de crédito e de débito e, assim, identificar pagamentos não declarados e situações de subfaturação", sublinhou o governante.

Segundo Paulo Núncio, "os resultados desta estratégia têm sido muito expressivos", e demonstram "o empenho do Governo no combate contra a evasão fiscal e a economia paralela"..
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por mcarvalho » 3/12/2013 15:02

Paulo Portas : Emir do Qatar "quis claramente colocar Portugal no radar dos investimentos"

03/12/2013

"Tradicionalmente a sua Alteza o Emir recebe primeiros-ministros e presidentes da República e não foi certamente por mim, foi por Portugal [que me recebeu], que ele quis claramente colocar Portugal no radar dos investimentos. Isso é muito importante porque o Qatar tem muitos capitais", disse Paulo Portas, que hoje de manhã esteve reunido com o Emir Sheikh Tamim Bin Hamad Al Thani e com os ministros das Finanças e da Economia.

O governante revelou que o Emir chamou para a reunião "uma parte do Governo, as autoridades de investimento" e "sabia os sinais de confiança que Portugal está a dar".

"Politicamente também demos um passo bem bom nesta relação com o Qatar e vamos ter uma comissão mista em Portugal já nos próximos meses", adiantou.

Paulo Portas afirmou ainda que "há confiança suficiente para justificar esse novo passo" nas relações entre Portugal e o Qatar e avisou que "as empresas exportadoras portuguesas devem ter mercados e parcerias abertas" neste país.

"O Qatar fez tradicionalmente investimentos em França, Espanha, Itália e tradicionalmente na Inglaterra. E [hoje] quis muito nitidamente mostrar que as empresas do Qatar se devem interessar no nosso país", sublinhou.

Paulo Portas disse não poder "estar mais satisfeito", já que isto "é um claro sinal de que o Qatar quer investir em Portugal".

A intenção do Qatar de investir em Portugal "teve evidência" nas reuniões entre o governante português com o primeiro-ministro, o vice-primeiro-ministro, os ministros das finanças e economia e as autoridades de investimento e obras públicas daquele país, segundo Paulo Portas.

O governante falava da missão empresarial ao Qatar e aos Emirados Árabes Unidos, na qual participam 42 empresários portugueses, sobretudo das áreas do turismo, agro-alimentar, farmacêutica, construção e tecnologias de informação.

A missão segue dentro de duas horas rumo a Abu Dhabi.

O Qatar é o maior exportador mundial de gás natural e considerado pelo Banco Mundial o país mais rico do mundo em termos de PIB Per Capita.
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por MiamiBlue » 3/12/2013 13:56

Para quem duvidava, que temos um Governo mais Alemão, que a própria Alemanha ao fim de quase 2,5 anos de ajustamento..

Bruno Maçães recusou uma frente de países do Sul. Imprensa grega ficou surpresa com a proximidade à posição alemã
A visita do secretário de Estado dos Assuntos Europeus à Grécia há uma semana valeu a Bruno Maçães a qualificação de "o alemão" na imprensa helénica.

No dia seguinte à passagem do governante pela capital grega, onde participou numa mesa--redonda sobre o tema "Governância económica e crise europeia", dois diários do país publicaram artigos de opinião expressando surpresa com a proximidade do discurso de Maçães à posição alemã. O secretário de Estado recusou a ideia de uma união de esforços a sul - nomeadamente entre os países intervencionados, mas contando também com a Itália ou a França. Os dois jornais sublinharam a falta de "solidariedade" com os países da União que defendem um caminho diferente do da Alemanha.

No final do encontro, promovido pela embaixada de Portugal em Atenas e pela Fundação Helénica para a Política Europeia e Estrangeira (ELIAMEP), Bruno Maçães respondeu a algumas questões da comunicação social que fazia a cobertura do evento. Um dos jornalistas aí presentes conta ao i que a reacção às palavras do secretário de Estado foi de "bastante surpresa" porque "se mostrou resolutamente contra uma frente europeia do Sul na zona euro". Bruno Maçães terá ainda defendido que as questões fiscais no seio da União devem ser tratadas a nível nacional, ao mesmo tempo que se mostrou a favor de uma política económica comum entre os estados-membros, apesar de não concordar com a criação de um lugar de ministro da Economia para a zona euro.

"Ficámos verdadeiramente desiludidos, porque tínhamos a expectativa de encontrar um amigo da periferia europeia que se revelou um rigoroso académico sem qualquer solidariedade com um país com problemas semelhantes ao seu", diz um dos jornalistas que confrontaram Maçães com o resultado do encontro entre os líderes francês e italiano. No dia anterior ao do encontro em Atenas, François Hollande e Enrico Letta participaram numa cimeira bilateral em Itália. No final, Letta assumiu que a aposta numa "capacidade fiscal" da zona euro como um todo "representa um grande objectivo". A união de esforços entre os dois países contra a posição alemã da União Europeia levou à divulgação de uma declaração conjunta, no final do encontro, onde os governantes defendiam uma "maior harmonização" fiscal que dê à zona euro uma "capacidade financeira real" para investir na economia e criar mais emprego - ideias já rejeitadas pela Alemanha.

A reacção dos jornais helénicos à "posição germânica" do secretário de Estado português aconteceu no dia seguinte. No diário "Ta Nea" - próximo do partido socialista grego (PASOK) -, um editorial não assinado, mas cuja responsabilidade cabe em regra à editoria de política, referia-se ironicamente à "boa solidariedade" de Bruno Maçães, apresentado como um português que "fez de alemão". Um governante que o jornal considera ser "mais troikano que os troikanos", por considerar que não deve ser pedido mais tempo para os países intervencionados executarem as reformas exigidas pelos credores internacionais.

No outro diário que focou a intervenção do secretário de Estado, o "E Kathimerini", Maçães é também descrito como "mais alemão que os alemães" por "proclamar com paixão quão importante é a disciplina fiscal".
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/secretario-estado-portugues-foi-grecia-saiu-la-alemao/pag/-1


Quando se vai para fora, ouve-se a real verdade.

E depois vêm os membros do Governo culpar a Troika pelas medidas.

Mentiras, atrás de mentiras que são ditas para fugir às responsabilidades..

Para este Governo nunca existem alternativas por que ESTE Governo APOIA e TEM esta estratégia..

P.S. Já os Irlandeses tinham dito praticamente o mesmo de Vitor Gaspar..
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por setas » 3/12/2013 1:38

Finanças

Isenção para motoristas e auxiliares custa 350 mil euros


Márcia Galrão e Denise Fernandes
03/12/13 00:05



.O Governo conta com 341 auxiliares, pessoal de apoio-técnico administrativo e motoristas que ficam isentos do corte de 5% nos salários em 2014.

O Governo vai gastar mais 350 mil euros em 2014 com as despesas dos membros dos seus gabinetes, depois de ter decidido isentar do corte de 5% os salários dos 341 auxiliares, pessoal de apoio-técnico-administrativo e motoristas
que compõem estas estruturas



http://economico.sapo.pt/noticias/isenc ... 82892.html
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por mcarvalho » 2/12/2013 23:35

http://apodrecetuga.blogspot.pt/


PENSÕES VITALÍCIAS DOS POLÍTICOS DUPLICAM AOS 60 ANOS? ESCONDE LÁ ESSA VERGONHA!


Quando alguém tem que esconder ao patrão quanto retira da caixa, é porque concorda que o que retira não é justo mas vergonhoso... porque acha que o que tira, não é merecido, ou é demasiado, ao ponto de poder indignar as vitimas, e arriscar provocar a ira de alguém, arriscar que lhe façam justiça, já que eles, os beneficiados, não a fazem? Roubar é sempre vergonhoso, ninguém gosta de roubar à vista de todos. É mais confortável roubar pela calada.
Por essa razão, estes senhores, ex políticos que nos desgovernaram, se sentem no direito de esconder os rendimentos, de quem lhes paga. Mais algum patrão, aceitaria tal desplante e promiscuidade?

Nós contribuintes, como patrões dos políticos, temos o direito e o dever de exigir saber quanto pagamos, àqueles que nos roubaram e roubam legitimamente, mas injustamente. Já que não temos o poder de os deter, porque esse poder nos foi também roubado, pelo menos exigimos que seja exposto o vergonhoso saque, que sejam julgados em praça pública e assumam o roubo, o desplante, o descaramento a falta de dignidade e ética.
Mas o mais vergonhoso e que os leva a ocultar todo este escândalo, este roubo descarado, é porque estas subvenções duplicam aos 60 anos, e já começa a haver muitos ex políticos a chegar a esse patamar, o roubo vai passar a ser mais escandaloso e ofensivo, por isso há que esconder, para não ferir susceptibilidades...
E ainda decidiram também esconder outro saque vergonhoso, o Subsidio de reintegração??? Que pouca vergonha é esta? Mas qual é o deputado ou politico que precisa de apoio para arranjar novo emprego? Depois de ser deputado, jamais se volta a ser desempregado, a não ser que se arme em honesto e contrarie os grandes empregadores nacionais, que se fazem representar muito bem e assiduamente pelos deputados que elegemos e pagamos, como afirma Paulo Morais neste video.
Veja em baixo os saques que aturamos...

Estado esconde pensões políticas
Comissão Nacional de Protecção de Dados impede, por deliberação de 2011, a Assembleia da República de divulgar os nomes dos beneficiários.
Os nomes dos políticos que pedem ao Estado a atribuição da pensão mensal vitalícia passaram a ser secretos. Quando a sociedade portuguesa clama por mais transparência, a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), cujo presidente é eleito pelos deputados, considera que a subvenção vitalícia não é uma informação pública.
Por isso, a Assembleia da República, que até há pouco tempo divulgava os nomes dos beneficiários dessa regalia, está agora impedida de o fazer.
A decisão da CNPD, organismo presidido por Luís Silveira desde 2001, não protege só os beneficiários da pensão vitalícia: os nomes dos políticos que solicitem a atribuição do subsídio de reintegração, pago aos políticos que cessam os cargos e ficam no desemprego, também não podem ser divulgados. E o montante do subsídio não pode também ser público.
A Assembleia da República, em resposta às questões do CM, é categórica: "Relativamente à indicação nominal dos senhores ex-deputados que solicitaram quer a subvenção mensal vitalícia quer o subsídio de reintegração, a Comissão Nacional de Protecção de Dados, na sua Deliberação nº 14/2011, considera que as informações respeitantes a esta matéria são dados pessoais, não públicos, pelo que não é possível responder às questões colocadas."
A subvenção vitalícia e o subsídio de reintegração foram extintos em Outubro de 2005. Os políticos que, nessa data já tivessem adquirido esse direito podem ainda pedir a atribuição.(...)

MAIS DE 400 COM REGALIA
A antecipação das eleições legislativas de 2011 já deu origem à entrada na Assembleia da República (AR) de dois pedidos de atribuição da subvenção vitalícia e cinco de subsídio de reintegração. Por isso, neste momento, o número de políticos com pensão para toda a vida já ultrapassa os 400 beneficiários. O valor médio dessa regalia rondará os dois mil euros por mês.
Entre os beneficiários desta regalia contam-se personalidades conhecidas do meio político: é o caso de Almeida Santos, do PS, Luís Filipe Menezes, do PSD, Narana Coissoró, do CDS-PP, Odete Santos, do PCP, Isabel Castro, de Os Verdes.
Os serviços da AR estão ainda a apreciar os pedidos de atribuição dos subsídios de reintegração. "O seu pagamento só poderá ocorrer ao fim de 90 dias do final do mandato", garante a Assembleia.
Presidente da CNPD, RECEBEU 60 MIL EUROS INDEVIDOS
Luís Silveira, que é também pai do ex-secretário de Estado socialista João Tiago Silveira, terá recebido indevidamente 59 817 euros entre Abril de 2006 e Dezembro do ano passado. Segundo o jornal ‘i’, o Tribunal de Contas detectou a acumulação de salários e pensões do presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados e de outros dois vogais num total de 184 mil euros. Luís Silveira é jubilado da Procuradoria-Geral da República com um cargo equiparado a procurador-geral adjunto.
VERBA PODERÁ NÃO SER SUFICIENTE
O ex-deputado socialista Vera Jardim foi o único a assumir ter solicitado a subvenção vitalícia com o fim da última legislatura. Para além do pedido do histórico socialista, deram entrada na Assembleia da República (AR) mais um pedido de subvenção vitalícia e mais cinco pedidos de subsídios de reintegração na vida activa. Mas novos pedidos poderão ainda surgir. Os 604 mil euros previstos no Orçamento da AR para estes subsídios poderão ser insuficientes. fonte

Os partidos políticos criaram em Portugal, um sistema de roubo legal para os seus membros, baseado na acumulação de reformas e pensões vitalícias.
Só o número de ex deputados com pensão para toda a vida (de todas as cores e para todos os gostos) já ultrapassa os 400 beneficiários. O valor dessa regalia rondará os oitocentos mil Euros por mês. Para os que querem saber mais... Consulte este site, TretasOrg, que compila informações preciosas sobre este assunto e outros mais.

NÃO LARGAM O OSSO...
Com todos os cortes e mudanças a que a Função Pública está sujeita, há uma classe que não abdica do estatuto especial. A insistência tem sido muita, mas os funcionários do Parlamento não querem que a revogação dos benefícios avance. O estatuto especial a que os funcionários do Parlamento estão sujeitos confere-lhes regalias que não são atribuídas aos restantes trabalhadores da Função Pública. O Executivo muito tem lutado (desde 2011) para que tal deixe de acontecer, mas os deputados não cedem e, por unanimidade, impedem a revogação do estatuto especial. (...) Mas as críticas aos funcionários parlamentares repetem-se, dando conta de que a AR está a legislar em causa própria e a beneficiar os seus próprios trabalhadores. FONTE
Quando se trata de defender o deles são os maiores, até por uma garrafinha de água mineral se esfolam.

18 de Novembro 2012,Numa altura em que Portugal atravessa a maior crise financeira e económica desde a II Guerra Mundial, assiste-se a uma corrida de ex-deputados à pensão para toda a vida: desde o início deste ano, 11 ex-políticos pediram ao Parlamento a atribuição da subvenção vitalícia. E em 2013, segundo o Orçamento do Estado, as subvenções vitalícias de 409 beneficiários custarão 6,4 milhões de euros.
O Parlamento não revela o nome dos ex-deputados que pediram a subvenção.
E frisa que, "tendo presente a orientação restritiva na matéria, por parte da CNPD [Comissão Nacional de Protecção de Dados], estão a ser equacionados os termos da respectiva resposta, sendo para breve a respectiva solução." Por comparação, o nome dos funcionários públicos reformados, e respectiva pensão, é publicado todos os meses em Diário da República.
politicos deviam estar na cadeia apodrecetuga
É impressão minha ou alguns deles deviam estar na cadeia?
Que nada, ainda são pagos por quem roubaram...?
só mesmo em Portugal... os criminosos são sustentados
pelas vitimas e apoiados pelo estado?
MAS NÃO É SÓ NAS REFORMAS, VEJA
ESTE VIDEO DE PAULO MORAIS E PASME
Certo é que, após as eleições legislativas de 2011 saíram do Parlamento vários deputados que podem pedir a subvenção vitalícia, como Jaime Gama, Orlando Castro, Vera Jardim, Marques Júnior, Jaime Magalhães - todos do PS - e Montalvão Machado, Luís Capoulas, Agostinho Branquinho - do PSD.
A CNPD esclareceu, no Verão passado, que "nunca se pronunciou sobre a divulgação dos nomes dos deputados que solicitam à Assembleia da República a subvenção mensal vitalícia ou o subsídio de reintegração.

395 MIL€ PARA REINTEGRAÇÃO... (subsidio para ajudar a procurar novo emprego??)
No decurso deste ano, dois ex-deputados solicitaram a atribuição do subsídio de reintegração à Assembleia da República. Tendo em conta "a orientação restritiva" da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), os serviços do Parlamento não revelam, para já, os nomes dos ex-parlamentares que solicitaram o apoio financeiro para regressar à vida civil.
No orçamento da Assembleia da República para este ano está prevista uma despesa superior a 395 mil euros com o subsídio de reintegração de ex-parlamentares. E essa é também a verba prevista para 2013.
O subsídio de reintegração foi criado em 1985 e extinto em 2005, mantendo-se esse apoio para quem já tinha adquirido esse direito. fonte




ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2013/1 ... z2mMMhnFAS
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por ruimat0 » 2/12/2013 13:18

mcarvalho Escreveu:
o Strogoff esquerdalha e criminoso? :shame:

Andas por aqui há pouco tempo .. não?=!

vê se entras com calma :?


Citar textos como aquele não é incentivar à violência? Citar frases de pseudo-democratas a incentivar à violência - desde que não seja acompanhada por um comentário a condenar esse incentivo - não é crime?

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... 0Em%20Foco
Alguns especialistas tentam até abordar as razões para o paradoxo. Por que razão a violência, há tanto tempo prevista, ainda não se realizou? Como nunca colocam a hipótese de estar errados, deve haver causas estranhas para a paz social. Curiosamente, entre os motivos invocados não aparece o mais óbvio: que a violência nada resolve e só agrava. Com conflitos, a austeridade ficaria maior, não menor; a crise aumentaria, não diminuiria; a situação seria mais grave, não menos. É surpreendente que tantas eminências nunca tenham pensado nisto.


Nunca a violência irá resolver seja o que for.
Por isso condeno veemente qualquer tipo de incentivo a este tipo de "ajuste"...incluindo os "encapotados"/disfarçados.
Se ele condenar tudo o que Mário Soares, Helena Roseta, Vasco Lourenço e afins defendem, então apaguem os meus posts. Retirarei tudo o que disse.

O problema português é claro e, após décadas de ilusões, as alternativas são poucas. Num prédio a arder é preciso apagar o fogo. Muito já se fez, mas o défice permanece. O rescaldo ainda tarda. A única surpresa é que pessoas eminentes, sábias e respeitáveis tenham tanta dificuldade em entender aquilo que o povo percebe facilmente. O que não espanta se notarmos que, em geral, os comentadores nunca produziram nada e raramente trabalharam. A vida deles nunca foi o País, mas a ilusão mediática.
 
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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por mcarvalho » 1/12/2013 23:47

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Re: Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austerid

por mcarvalho » 1/12/2013 23:22

não é gralha nenhuma ---foi neste a ano de de 1053 AC que o Imperador Barraca Abana dos States .. conquistou a Persia

há duvidas mas quem tem certezas?
:mrgreen:

http://richard-sander.blogspot.pt/2008/ ... blica.html



http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:List ... dos_Unidos
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