"EUA estão totalmente comprometidos com NATO e artigo 5.º", garante Rutte

[migluso]

Depois de Vitor Gaspar que admitiu o falhanço da Estartégia e saiu do Governo a falar da necessidade do investimento, temos Alvaro santos Pereira..

Vitor Gaspar admitiu? Quando? Não ouvi nada nem li nada nesse sentido.

O último registo que tenho de declarações do Gaspar é a sua carta de demissão. Nela ele identifica claramente aquela que, para ele, deve ser a prioridade de um país a viver uma crise de financiamento externo - recuperar a confiança dos credores internacionais. Considero que nesta matéria a política de Gaspar foi exemplar. Um sucesso, apesar de tudo.

Os opositores desta política como forma de reequilibrar as contas públicas, para além de não apresentarem alternativas credíveis, valem-se do parágrafo onde Gaspar afirma que falhou as metas do défice e da dívida, sendo esta, supostamente, a verdadeira razão para a sua demissão.

Na minha opinião, estão bem expressas as razões da demissão de Vítor Gaspar: os chumbos do TC e a armadilha montada por Portas que impediu um desenvolvimento "atempado" da sétima avaliação.

Quanto às metas falhadas, em lado nenhum Gaspar afirma que foram as medidas tomadas que tiveram um impacto negativo acima do previsto no lado da receita. Ele apenas afirma que houve uma quebra da procura interna superior à prevista e que teve como consequência a quebra das receitas.

É muito provável que o efeito das medidas tivesse sido mais recessivo que o previsto. Anormal seria se ele tivesse acertado na mouche.

Mas não tenham dúvidas, o factor que mais contribuiu para a quebra da receita foi o aumento da poupança.

Mesmo com menos mil milhões nos bolsos, os portugueses pouparam mais 3 mil milhões em 2012 do que em 2011 (de 11,5 mil milhões passámos para 14,5 mil milhões, ou seja, mais 26%). Que modelo seria capaz de prever um comportamento destes ?!?!?!?!?!?!?!?

Cálculo grosseiro: em vez de 3 mil milhões, os portugueses aumentavam a poupança em apenas 1,5 mil milhões e gastavam em consumo os outros 1,5 mil milhões. Isto só em IVA quanto seria a mais? E em IRS? Provavelmente o suficiente para explicar mais de 80% no desvio das receitas.

É curioso ouvir as piadas sobre os modelos econométricos e a folha de excel, como se eles fossem capazes de prever o comportamento humano ao pormenor.
O comportamento dos portugueses foi e está a ser exemplar.
Poupámos e continuamos a poupar mais do que o Gaspar e todos os organismos previram. Isto cria dificuldades acrescidas às contas públicas no curto prazo, é um facto. Por outro lado, é a melhor forma de se criar uma base sólida para no futuro termos um crescimento sustentado, o que, por sua vez, oferece melhores perspectivas para as contas públicas a médio prazo.

Gaspar falhou, sobretudo, a previsão de aumento da taxa de poupança.

Isto prova-me duas coisas: que Gaspar não é bruxo e que os portugueses são exemplares na gestão do seu orçamento familiar e muito mais responsáveis que os nossos governantes (estes são peritos em desperdiçar o dinheiro dos outros).

Acho que tinha dado um 13 a Gaspar quando ele saiu. Depois de ler a carta subi para 15. Agora, depois de todo este silêncio, subo para 16.

Tivessem os sem vergonha, os cara-de-pau dos cangalheiros deste país - Sócrates e Teixeira dos Santos (mas também Ferreira Leite) - o recato e o carácter de Vítor Gaspar.

[Rantamplan]

É arrepiante constatar o vazio da legislação que dia, atrás de dia, atrás de dia .... vai sendo publicada em Diário da República.
Quando mais necessitamos, não há nada de estruturante, uma medida que rompa com a estagnação e mediocridade. Nada.

Reflexo e consequência de um país triste e de um triste país.

O sumário do dia (poderia ser um outro qualquer, o conteúdo era semelhante)

DR 212 SÉRIE I de 2013-11-01

Portaria n.º 325/2013
Presidência do Conselho de Ministros
Primeira alteração à Portaria n.º 205/2013, de 19 de junho, que aprova o Regulamento do Programa de Ocupação de Tempos Livres

Portaria n.º 326/2013
Presidência do Conselho de Ministros
Define os aspetos relativos às ações de formação contínua de treinador de desporto

Aviso n.º 101/2013
Ministério dos Negócios Estrangeiros
Torna público que a República Portuguesa depositou o seu instrumento de ratificação à Convenção Quadro do Conselho da Europa relativa ao Valor do Património Cultural para a Sociedade, aberta a assinatura em Faro, em 27 de outubro de 2005

Aviso n.º 102/2013
Ministério dos Negócios Estrangeiros
Torna público que foram cumpridas as formalidades constitucionais internas de aprovação do Protocolo Modificativo da Convenção entre Portugal e a Suíça para Evitar a Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e sobre o Capital e do seu Protocolo Adicional, assinados em Berna em 26 de setembro de 1974, assinado em Lisboa, em 25 de junho de 2012

[MiamiBlue]

Pergunto-me, o que andou Álvaro Santos Pereira a fazer no governo??

Mas pronto, deve ser mais um que agora deve começar a ser conotado como apoiante do PS, PCP ou BE..

O problema é estar "deste" ou "do outro" lado da barricada... o Pires de Lima também já mudou um bocado o discurso, e até teve sorte por estar apanhar uma fase onde há alguns indicadores onde se agarrar.

Eu até compreendo que num governo tem de haver alguma solidariedade, compreendo que se engulam alguns sapos, acho é que muitos deles têm feito tudo completamente ao contrário do que sempre defenderam, a comçar logo pelo primeiro ministro. Ainda ontem, ou no dia anterior vi na Tv um qualquer político de referência (acho que foi aquele do PSD que tem sempre uma barba por fazer e que agora não me lembro o nome) dizia com a maior das naturalidades que isso de prometer coisas nas campanhas e fazer o contrário era algo que não tinha grande importância. As palavras não foram estas mas a desvalorização da importância das diferenças brutais, entre o que se promete em campanha, e o que se faz na realidade é, para mim, arrepiante...

Artista,

Nunca ouvi o atual Governo, que teve um representante a negociar o Plano da troika- que entretanto já foi alterado 7/9 vezes unilateralmente por ESTE Governo - a criticar esta estratégia europeia. O Governo critica as metas, mas não a estratégia para as atingir.

Nunca ouvi na UE, o Governo a criticar a atual estratégia de austeridade.

Nunca vi o atual Governo desenvolver esforços para juntamente com outros países intervencionados, alterar esta estratégia.

O que se vê, é um submissão total da posição Alemã. Posição esta, que é defendida por muitos portugueses...

Como Vitor Gaspar, Álvaro santos Pereira faria melhor figura se não presta-se declarações - porque infelizmente o que se verifica mal as pessoas saem do Governo, começam a defender posições muito diferentes do que defenderam no Governo e isso, só lhes fica muito mal.

Se enquanto estavam no Governo, não concordavam com a estratégia - saiam pelo seu "pé".

[artista_]

Pergunto-me, o que andou Álvaro Santos Pereira a fazer no governo??

Mas pronto, deve ser mais um que agora deve começar a ser conotado como apoiante do PS, PCP ou BE..

O problema é estar "deste" ou "do outro" lado da barricada... o Pires de Lima também já mudou um bocado o discurso, e até teve sorte por estar apanhar uma fase onde há alguns indicadores onde se agarrar.

Eu até compreendo que num governo tem de haver alguma solidariedade, compreendo que se engulam alguns sapos, acho é que muitos deles têm feito tudo completamente ao contrário do que sempre defenderam, a comçar logo pelo primeiro ministro. Ainda ontem, ou no dia anterior vi na Tv um qualquer político de referência (acho que foi aquele do PSD que tem sempre uma barba por fazer e que agora não me lembro o nome) dizia com a maior das naturalidades que isso de prometer coisas nas campanhas e fazer o contrário era algo que não tinha grande importância. As palavras não foram estas mas a desvalorização da importância das diferenças brutais, entre o que se promete em campanha, e o que se faz na realidade é, para mim, arrepiante...

[MiamiBlue]

Depois de Vitor Gaspar que admitiu o falhanço da Estartégia e saiu do Governo a falar da necessidade do investimento, temos Alvaro santos Pereira..

O antigo ministro da Economia do actual Governo Álvaro Santos Pereira afirmou esta quinta-feira que a Europa "se arrisca a ter novamente ditaduras" se se insistir no caminho da "austeridade cega" e se não houver uma solução europeia.
"Se não tivermos uma solução europeia, arriscamo-nos a ter novamente ditaduras na Europa", afirmou hoje Santos Pereira numa conferência em Lisboa organizada pela revista Exame, acrescentando que o caminho da "austeridade cega" vai exaltar "os extremismos" europeus.

O antigo governante disse ainda que "a Europa só tem ministro das Finanças", considerando que "mais cedo ou mais tarde [isso] não vai funcionar".

"Toda a gente na Europa se preocupa com tesouraria. A Europa só tem ministro das Finanças, só tem Ecofin [ministros das Finanças da União Europeia] e Eurogrupo [ministros das Finanças da zona euro] e, quando só há ministro das Finanças, mais cedo ou mais tarde não vai funcionar", defendeu.

Álvaro Santos Pereira começou a sua intervenção por referir "as vantagens" de já não estar no Governo, dizendo que podia "falar abertamente" sobre o que pensa e o que deve ser feito.

O economista elogiou os sinais positivos de recuperação que começam a surgir e defendeu que "há reformas que já estão feitas" e das quais os futuros governos vão beneficiar.

Sublinhando que "o país faliu em 2011", Santos Pereira destacou ainda que os principais factores de risco para as finanças públicas a longo prazo são a quebra da natalidade, o aumento da emigração e o aumento do desemprego.

O antigo ministro da Economia do Governo PSD/CDS defendeu também um papel mais activo do Banco Central Europeu, considerando que "a união monetária não está a funcionar".

"Dizem que as regras têm de ser iguais para todos por razões de concorrência [mas] onde é que está a concorrência aqui? A união monetária é igual para todos mas é mais igual para uns do que para outros e é mais igual para umas empresas do que para outras", criticou.

Pergunto-me, o que andou Álvaro Santos Pereira a fazer no governo??

Mas pronto, deve ser mais um que agora deve começar a ser conotado como apoiante do PS, PCP ou BE..

[Storgoff]

A proposta de OE é suficientemente radical para correr o risco de ser chumbada nos seus pontos chave, mas o governo sabe muito bem disso e joga forte com esse factor.

Para o actual governo toda a desgraça que o país vive ou venha a viver nos tempos próximos é culpa dos outros.

Os bodes expiatórios aumentam à medida que o tempo passa.


"
... era o tempo de Sócrates e os governos PS, uma gente maléfica que endividou e saqueou o país trazendo para cá os carrascos da Troika, mas eis que chegaram os cavaleiros do bem numa missão abnegada e patriotica.
Tentam correr com essas criaturas hediondas e com sucesso tomam a peito a missão de salvação nacional.
O caminho que encontram pela frente é pedregoso, cheio de obstáculos e aqui e além redutos das ditas criaturas preparam emboscadas com ataques insidiosos à marcha dos cavaleiros do Bem.
Um mundo hostil e penoso para quem se propôs assumir tal missão patriótica.

....

Já vai longa a jornada.
Muito sangue suor e lágrimas.
A legião de cavaleiros apesar de exausta continua o seu combate, no entanto o sucesso da missão parece estar a ser posto definitivamente em causa.
Segundo informações de um posto avançado, foi visto o reduto mais perigoso de todos.
Apesar de não muito numeroso o grupo encerra um enorme poder destruidor como os cavaleiros do bem nunca tinham visto.
Essas criaturas reúnem-se de forma secreta e não mantém contacto com o mundo exterior, arquitectam planos destruidores que fazem chegar aos seus executantes.
São uma casta superior no reino das criaturas maléficas, são os sacerdotes do mal.
Inspiram o medo e o terror com as suas togas negras.
Temidos por todos, são os Rattons.

O que fazer agora??

Os cavaleiros reúnem-se em oração ao Divino.
Apelam à sua intervenção para que o bem vença o mal.
Mas nem um pequeno sinal.

Parecem estar abandonados à sua sorte.
Nuvens negras avizinham-se no horizonte e sobre eles o cheiro do mal paira no ar como uma brisa que tolhe o moral dos cavaleiros.
A força do mal é tal que foi temida pelo Divino.
Nada mais resta.
Tudo está perdido.
Por ordem do líder, batem em retirada.


....
Muitos dirão de forma infame que a legião lavou as suas mãos como Poncio Pilatus.
Mas a verdade é que o heroísmo destes cavaleiros nunca mais será esquecido.
"




Excertos da Obra:
Histórias de embalar para crianças com mais de 18 anos

[MiamiBlue]

O povo não é parvo Sabe que a elite e esquerdistas se agarra-se a C constituição para defender os seu privilégios s ... Com tempo voterie a falar da mentalidade totalitário da oposição que se esconde no TC.

O Governo já a apresentou formalmente uma proposta para alteração da Constituição?

Não concordo com muitas decisões do TC, mas não tenho a mínima dúvidas, que atualmente o TC TAMBÉM está a ser utilizado para justificar muita incompetência deste Governo. O TC está a ser o garante deste Governo, infelizmente.

Enquanto o atual Governo não apresentar uma proposta de alteração da Constituição, é porque concorda com a atual - por isso, muitas das criticas, valem o que valem.

[Lion_Heart]

RUI RIO NA A.R. EM 1998 !Mas ninguém o ouviu ?

Foi por causa disto que há 13 anos o mandaram para o Porto convencidos de que ele não iria ganhar as eleições… e que, depois, estaria politicamente morto!
Agora é tarde e Inês é morta…
Em 1998!!!!!!!!!!!!!!!!! Há 14 anos!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=Dz35rdFwcO0

Sendo assim foi no tempo de Marcelo Rebelo de Sousa e Durão Barroso que foi expurgado. Ou seja, muitos dos que o querem hoje colocar no poder na altura queriam vê-lo pelas costas.

[Opcard33]

SEDES critica "errância das decisões, a confusão dos conceitos, a impreparação das soluções" do Governo

Num documento de alerta e crítico, a SEDES, presidida por Luís Campos e Cunha, clama pelo fim da incerteza, onde escreve que já "ninguém confia em quase nada que seja prometido pelo Governo". A incerteza e a violação de Estado de Direito é que têm afundado a economia.
Num documento de sete páginas, a SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, presidida pelo ex-ministro das Finanças Luís Campos e Cunha, atira a matar sobre a situação que se vive no país, uma situação social e económica que diz ser "dramática", tendo a crise tomado proporções "inesperadas até pelos mais pessimistas".

A SEDES pede, acima de tudo, que se acabe com a incerteza. Aliás é esse o título documento: "Acabar com a incerteza", que "é insustentável".

"Mais do que a austeridade, que todos sabíamos que seria dura e prolongada, tem sido a incerteza e a violação de Estado de Direito a afundar a economia e a acarretar um nível de desemprego politicamente inaceitável, socialmente perigoso e pessoalmente injusto", escreve o conselho coordenador da SEDE que, além do presidente, tem ainda como signatários Catarina Valença Gonçalves, Critina Azevedo, Henrique Neto, Luís Barata, Manuel Alves Monteiro, Maria Perpétua Rocha, Pedro Magalhães e Paulo Sande.

A SEDES pede, por isso, urgência na reforma do Estado, mas também na reforma do sistema político e na forma de fazer política. "É fundamental acabar de vez com a incerteza desnecessária que mina a confiança dos cidadãos em si mesmos, na economia e em quem os representa e por si decide".

A falta de confiança começa pelo Governo. Para a SEDES, hoje, "ninguém confia em quase nada que seja prometido pelo Governo: isso é incompatível com uma saudável vivência democrática". A SEDES critica o que diz ser "a errância das decisões, a confusão dos conceitos, a impreparação das soluções, a intermitência dos anúncios, a contradição dos agentes (ministros, secretários de Estado, consultores, oposição)". E "parece não haver uma verdadeira ideia do que se pretende conseguir com cada medida e das suas consequências. Ouvir, analisar e pensar antes de decidir e de anunciar parece trivial. Actualmente é tudo menos isso".

À Segurança Social é reservado um capítulo neste documento. "Neste momento, o Governo descredibilizou e retirou certeza jurídica ao sistema de pensões sem proceder a qualquer reforma visível". A pensão, lembra a SEDES, é um contrato entre Estado e cidadão e, por isso, não se entende o que chama ser uma campanha sobre a suposta insustentabilidade do sistema, "pois essa mesma exigência se poderia aplicar às PPP rodoviárias ou aos apoios a energias renováveis, que são contratos muito mais susceptíveis de serem postos em causa". Só que a alteração unilateral destes contratos levaria o Estado a sentar-se no banco dos réus com processos fortes.

E contesta a CES (contribuição extraordinária de solidariedade), que considera "inadmissível".

"Se o sistema de pensões servir (e tem servido indevidamente) para redistribuir o rendimento, então a TSU (taxa social única) deixa de ser uma 'taxa' para ser um 'imposto' especial sobre o rendimento, tornando-se necessariamente inconstitucional, tanto em Portugal como em qualquer Estado de Direito. O mesmo se passa com a CES, já objecto de 'aviso' por parte do Tribunal Constitucional e passível de condenação a prazo, caso perca o seu carácter 'excepcional'".

A SEDES não é contra uma reforma com vista à sustentabilidade do sistema, mas mostra-se contra "um conjunto avulso de medidas, circunstancial e ditada pela conjuntura, que mina um pilar fundamental da vida social - a confiança - agravando a insegurança".

O povo não é parvo Sabe que a elite e esquerdistas se agarra-se a C constituição para defender os seu privilégios s ... Com tempo voterie a falar da mentalidade totalitário da oposição que se esconde no TC.

"75% dos portugueses concorda com o corte nas pensões de sobrevivência
27 Outubro 2013, 19:20 por Nuno Aguiar | naguiar@negocios.pt



Sondagem da Aximage mostra que a maioria dos portugueses concorda com a decisão do Governo. No entanto, 60% acha que existem alternativas aos cortes.
A forma como o Governo apresentou a medida foi muito criticada, mas os portugueses parecem apoiar os cortes nas pensões de sobrevivência. Segundo uma sondagem da Aximage para o Negócios e "Correio da Manhã", 75% concorda com a decisão do Executivo.

"O governo anunciou uma medida que vai fazer cortes nas pensões de sobrevivência desde que a soma da pensão com outra existente seja superior a dois mil euros por mês. Pessoalmente, o que pensa desta intenção do governo?" A pergunta foi feita pela empresa de sondagens a 607 portugueses. 74,6% dos inquiridos disse concordar, 23,2% mostrou-se contra e 2,2% disse não ter opinião sobre o tema.

O corte nas pensões de sobrevivência foi noticiado pela TSF no início deste mês e confirmada posteriormente pelo Governo. A primeira confirmação de Pedro Mota Soares admitia "a introdução de uma condição de recurso", mas não dava informações sobre o tecto mínimo a partir do qual o corte começaria.

A falta de informação inicial sobre a abrangência da medida provocou várias críticas ao Executivo e obrigou Paulo Portas a interromper o Conselho de Ministros de preparação do Orçamento do Estado para fazer uma conferência de imprensa extraordinária. O vice-primeiro-ministro explicou que a medida se aplicará a quem tem duas ou mais pensões com um valor acumulado superior a dois mil euros. Portas garantiu na altura que "só 3,5% [dos 800 mil beneficiários de pensões de sobrevivência], não mais de 25 mil" sentirão o impacto da medida.

[mcarvalho]

RUI RIO NA A.R. EM 1998 !Mas ninguém o ouviu ?

Foi por causa disto que há 13 anos o mandaram para o Porto convencidos de que ele não iria ganhar as eleições… e que, depois, estaria politicamente morto!
Agora é tarde e Inês é morta…
Em 1998!!!!!!!!!!!!!!!!! Há 14 anos!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=Dz35rdFwcO0

[MiamiBlue]

SEDES critica "errância das decisões, a confusão dos conceitos, a impreparação das soluções" do Governo

Num documento de alerta e crítico, a SEDES, presidida por Luís Campos e Cunha, clama pelo fim da incerteza, onde escreve que já "ninguém confia em quase nada que seja prometido pelo Governo". A incerteza e a violação de Estado de Direito é que têm afundado a economia.
Num documento de sete páginas, a SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, presidida pelo ex-ministro das Finanças Luís Campos e Cunha, atira a matar sobre a situação que se vive no país, uma situação social e económica que diz ser "dramática", tendo a crise tomado proporções "inesperadas até pelos mais pessimistas".

A SEDES pede, acima de tudo, que se acabe com a incerteza. Aliás é esse o título documento: "Acabar com a incerteza", que "é insustentável".

"Mais do que a austeridade, que todos sabíamos que seria dura e prolongada, tem sido a incerteza e a violação de Estado de Direito a afundar a economia e a acarretar um nível de desemprego politicamente inaceitável, socialmente perigoso e pessoalmente injusto", escreve o conselho coordenador da SEDE que, além do presidente, tem ainda como signatários Catarina Valença Gonçalves, Critina Azevedo, Henrique Neto, Luís Barata, Manuel Alves Monteiro, Maria Perpétua Rocha, Pedro Magalhães e Paulo Sande.

A SEDES pede, por isso, urgência na reforma do Estado, mas também na reforma do sistema político e na forma de fazer política. "É fundamental acabar de vez com a incerteza desnecessária que mina a confiança dos cidadãos em si mesmos, na economia e em quem os representa e por si decide".

A falta de confiança começa pelo Governo. Para a SEDES, hoje, "ninguém confia em quase nada que seja prometido pelo Governo: isso é incompatível com uma saudável vivência democrática". A SEDES critica o que diz ser "a errância das decisões, a confusão dos conceitos, a impreparação das soluções, a intermitência dos anúncios, a contradição dos agentes (ministros, secretários de Estado, consultores, oposição)". E "parece não haver uma verdadeira ideia do que se pretende conseguir com cada medida e das suas consequências. Ouvir, analisar e pensar antes de decidir e de anunciar parece trivial. Actualmente é tudo menos isso".

À Segurança Social é reservado um capítulo neste documento. "Neste momento, o Governo descredibilizou e retirou certeza jurídica ao sistema de pensões sem proceder a qualquer reforma visível". A pensão, lembra a SEDES, é um contrato entre Estado e cidadão e, por isso, não se entende o que chama ser uma campanha sobre a suposta insustentabilidade do sistema, "pois essa mesma exigência se poderia aplicar às PPP rodoviárias ou aos apoios a energias renováveis, que são contratos muito mais susceptíveis de serem postos em causa". Só que a alteração unilateral destes contratos levaria o Estado a sentar-se no banco dos réus com processos fortes.

E contesta a CES (contribuição extraordinária de solidariedade), que considera "inadmissível".

"Se o sistema de pensões servir (e tem servido indevidamente) para redistribuir o rendimento, então a TSU (taxa social única) deixa de ser uma 'taxa' para ser um 'imposto' especial sobre o rendimento, tornando-se necessariamente inconstitucional, tanto em Portugal como em qualquer Estado de Direito. O mesmo se passa com a CES, já objecto de 'aviso' por parte do Tribunal Constitucional e passível de condenação a prazo, caso perca o seu carácter 'excepcional'".

A SEDES não é contra uma reforma com vista à sustentabilidade do sistema, mas mostra-se contra "um conjunto avulso de medidas, circunstancial e ditada pela conjuntura, que mina um pilar fundamental da vida social - a confiança - agravando a insegurança".

[mcarvalho]

http://o-antonio-maria.blogspot.pt/2013 ... dajoz.html

Enquanto os comboios portugueses continuam a descarrilar, a rede espanhola de bitola europeia, articulada com os seus portos de águas profundas e o resto da Europa, avança!



e ..

capitalismo selvagem

http://apodrecetuga.blogspot.pt/2013/10 ... reado.html

[pvg80713]

Mais uma manifestação de palhaços.

....

Vai ser mesmo preciso esperar por 2015 para correr com este Governo.

talvez nao seja preciso esperar por 2015... se o TC chumbar muita coisa.... o Governo cai.

havia neste fórum um tópico sobre greves ... eu acho que isto está muito calmo... então vão ao bolso aos FP e não há nem um bocadinho de porrada nas ruas ?

somos mesmo "cornos mansos"

[Sr_SNiper]

Mais uma manifestação de palhaços.

A manifestação ocorrida hoje foi mais uma palhaçada. Pelo que vi e ouvi nas noticias, o protesto no Porto acabou as 17h e em Castelo Branco foi cancelado por falta de adesão. Em Lisboa e apesar de ainda não ter começado o jornal das 20h, decerteza que já desmobilizou.

Quem é que foi à manifestação? Eu não.

É verdade que fui à manifestação de 12 de Março e 15 de Setembro do ano passado. Mas concluí que nada extraordinário iria acontecer e por isso deixem de ir. Precisamente nesse mesmo ano houve uma manifestação com carga policial. Mas pelo que vi na TV não foi nada de especial.

Vai ser mesmo preciso esperar por 2015 para correr com este Governo.

O problema não é e nunca foi correr com este governo, o problema é, quem é que depois vai para lá? O seguro cai dinheiro das árvores? É igual a este...

[scotch]

Mais uma manifestação de palhaços.

A manifestação ocorrida hoje foi mais uma palhaçada. Pelo que vi e ouvi nas noticias, o protesto no Porto acabou as 17h e em Castelo Branco foi cancelado por falta de adesão. Em Lisboa e apesar de ainda não ter começado o jornal das 20h, decerteza que já desmobilizou.

Quem é que foi à manifestação? Eu não.

É verdade que fui à manifestação de 12 de Março e 15 de Setembro do ano passado. Mas concluí que nada extraordinário iria acontecer e por isso deixem de ir. Precisamente nesse mesmo ano houve uma manifestação com carga policial. Mas pelo que vi na TV não foi nada de especial.

Vai ser mesmo preciso esperar por 2015 para correr com este Governo.

[Opcard33]

Trialul ,

Não percebo onde quer chegar com o seu comentário.
Alias nem percebo o que é que ele tem a ver com a questão do artigo do FT.

Uma coisa é a apreciação que se pode fazer das decisões do TC após elas serem proferidas, cá estaremos para falar delas quando forem conhecidas,
Outra coisa bem diferente e muito perigosa numa sociedade democrática é criar um terrível clima de condicionamento da decisão dum tribunal que existe precisamente para defender os princípios constitucionais.


Acho que a ignorância está exactamente no facto de não se conhecerem os pilares básicos de um estado de direito.
Aquele em que as sociedades evoluídas com as quais nos queremos comparar escolheram para viver.
A menos que seja adepto da possibilidade de suspender a democracia por tempo indeterminado como alguém da nossa praça já defendeu.

Um estado de direito tem regras próprias.
Existem leis, não sei se sabe disso.
As leis são aprovadas por maiorias e o governo tem tão simplesmente que governar no quadro legislativo que lhe é imposto.
Se o governo não gosta das decisões do TC é porque não gosta da constituição.
Tem bom remédio, proponha uma revisão constitucional.
Só precisa de convencer 2/3 dos deputados na AR.

O pais é de mais de 10 milhoes de cidadãos não é uma coutada do governo

No seu comentário fala do T C alemão , se toda a gente o respeita mesmo o F T é porque dão ao respeito . Infelizmente não é o caso do nosso , nem a nossa justiça se dá ao respeito , vendo o que se passou ontem é grave muito grave que justiça é a nossa !



Sim um estado de direito tem regras , mas é o TC que não respeita a nossa constituição no seu artigo 105° Há mais de 20 anos:



Artigo 105.º
Orçamento

1. O Orçamento do Estado ....

4. O Orçamento prevê as receitas necessárias para cobrir as despesas, definindo a lei as regras da sua execução, as condições a que deverá obedecer o recurso ao crédito público e os critérios que deverão presidir às alterações que, durante a execução, poderão ser introduzidas pelo Governo nas rubricas de classificação orgânica no âmbito de cada programa orçamental aprovado pela Assembleia da República, tendo em vista a sua plena realização.

[mrod0]

Sabes que o Strogonoff é perito a falar do que não sabe.

Esta e a do Keynes...é sempre a somar!

[Storgoff]

Trialul ,

Não percebo onde quer chegar com o seu comentário.
Alias nem percebo o que é que ele tem a ver com a questão do artigo do FT.

Uma coisa é a apreciação que se pode fazer das decisões do TC após elas serem proferidas, cá estaremos para falar delas quando forem conhecidas,
Outra coisa bem diferente e muito perigosa numa sociedade democrática é criar um terrível clima de condicionamento da decisão dum tribunal que existe precisamente para defender os princípios constitucionais.


Acho que a ignorância está exactamente no facto de não se conhecerem os pilares básicos de um estado de direito.
Aquele em que as sociedades evoluídas com as quais nos queremos comparar escolheram para viver.
A menos que seja adepto da possibilidade de suspender a democracia por tempo indeterminado como alguém da nossa praça já defendeu.

Um estado de direito tem regras próprias.
Existem leis, não sei se sabe disso.
As leis são aprovadas por maiorias e o governo tem tão simplesmente que governar no quadro legislativo que lhe é imposto.
Se o governo não gosta das decisões do TC é porque não gosta da constituição.
Tem bom remédio, proponha uma revisão constitucional.
Só precisa de convencer 2/3 dos deputados na AR.

O pais é de mais de 10 milhoes de cidadãos não é uma coutada do governo

[Opcard33]

FT: Juízes do Constitucional ameaçam lançar Portugal num segundo resgate

24/10/2013

“Tribunal Constitucional ameaça resgate de Portugal” é o título do texto do Financial Times publicado nesta quinta-feira no qual, depois de ouvir analistas nacionais e internacionais, o jornal de referência do mundo dos negócios e da finança conclui que os 13 juízes do Palácio Ratton têm nas mãos o destino de Portugal e, em boa medida, também o da Zona Euro.

“Vestidos de preto e acostumados à tranquilidade dos seus aposentos em Lisboa, os treze juízes do Tribunal Constitucional de Portugal viram-se inesperadamente transportados para o palco da disputa da alta política europeia. Defensores da inviolabilidade das legislações nacionais para alguns, inimigos da reforma para outros, estes sete homens e seis mulheres tornaram-se fundamentais para o sucesso ou para o fracasso do programa de resgate a Portugal e, consequentemente, para a resolução da crise da Zona Euro”, escreve o FT.

Para sustentar essa conclusão, o jornal falou com analistas. Mujtaba Rahman, do Eurasia Group, que se apresenta como a maior consultora do mundo em risco político, é taxativo. “O Constitucional é uma pedra no sapato do Governo e de Bruxelas e é interpretado como sendo quase comunista pelos mercados. Não é exagero dizer-se que é o maior impedimento a uma saída limpa do resgate”.

Mujtaba Rahman considera que as recentes decisões revelam que o Constitucional português está desligado da realidade mais ampla em que o país se insere e que esse é um problema que se estende a outros países, onde o enquadramento constitucional não foi adaptado à integração europeia e aos novos mecanismos criados para salvar o euro.

António Costa Pinto, professor de política no Instituto de Ciências Sociais de Lisboa, concorda, lembrando que, até agora, “só Portugal, Grécia e Irlanda tiveram de lidar com esse dilema”, mas outros países poderão enfrentá-lo de futuro. "A maioria das Constituições nacionais não foi feita no pressuposto de uma moeda única. O que costumava ser alcançado através de desvalorizações da moeda nacional tem agora de ser feito através da ‘desvalorização interna’, o que envolve cortes nos salários e nas prestações sociais que podem chocar com as constituições nacionais”.

Porque será que essa cambada do FT não diz o mesmo do TC Alemão quando este não só decide sobre questões internas mas também questões relativas às principais políticas europeias?
Sabem que tudo o que possa ter a ver por ex. com alterações de estatutos do BCE ou com a aprovação de mecanismo de resgates aos países membros do euro é susceptível de decisão do Bundesverfassungsgericht ( O TC lá do sítio)

Mais uma vez cospem e mijam em cima de Portugal como se isto não passasse duma qualquer pocilga frequentada pelos famosos PIGS.

E os representantes do estado português o que tem a dizer sobre este tipo de artigos feitos por encomenda?
Lamentavelmente nada!!

Será que as autoridades alemãs aceitariam este tipo de pressão externa sobre o seu TC?
Reflictam um pouco e não se deixem levar por lavagens de cérebro.

Só a ignorância permite este tipo de comentário .

Em Karlsruhe, os oito juízes do Tribunal Constitucional são gente sensata , são muito atentos aos direitos que não custam dinheiro
Mas sabem que não há direitos materiais sem meios .

Por isso não se opuseram a agenda 2010" [o programa governamental iniciado em 2003 de reformas estruturais para as áreas do mercado trabalho, saúde e pensões que visava dinamizar a economia germânica )

[migluso]

...se existe economia é porque existem pessoas, sendo que a economia não é mais do que o resultado da interacção dos indivíduos em sociedade no sentido de satisfazerem as suas necessidades.

Só acrescentaria, ..."interacção de indivíduos LIVRES em sociedade...". É uma frase digna de ser repetida por qualquer liberal.

De resto, continuo a pensar que está a fazer alguma confusão.
Primeiro, não sou um defensor de modelos econométricos, aliás, considero-os bastante limitados e não raras vezes enganadores.
Segundo, acima do pensamento económico coloco ideais fundamentais como o direito à vida, a igualdade de oportunidades, a liberdade, a propriedade, a justiça ou a segurança.

O facto de uma economia funcionar melhor quando a organização social garante aqueles valores aos indivíduos, só revela a beleza da mãe natureza (ou do criador).

Quanto às outras considerações, quer sobre o liberalismo quer sobre o modelo de crescimento chinês, não vou alongar o debate. Teríamos pano para mangas.

Um abraço

EDIT - editar a citação

[Laribau]

FT: Juízes do Constitucional ameaçam lançar Portugal num segundo resgate

24/10/2013

“Tribunal Constitucional ameaça resgate de Portugal” é o título do texto do Financial Times publicado nesta quinta-feira no qual, depois de ouvir analistas nacionais e internacionais, o jornal de referência do mundo dos negócios e da finança conclui que os 13 juízes do Palácio Ratton têm nas mãos o destino de Portugal e, em boa medida, também o da Zona Euro.

“Vestidos de preto e acostumados à tranquilidade dos seus aposentos em Lisboa, os treze juízes do Tribunal Constitucional de Portugal viram-se inesperadamente transportados para o palco da disputa da alta política europeia. Defensores da inviolabilidade das legislações nacionais para alguns, inimigos da reforma para outros, estes sete homens e seis mulheres tornaram-se fundamentais para o sucesso ou para o fracasso do programa de resgate a Portugal e, consequentemente, para a resolução da crise da Zona Euro”, escreve o FT.

Para sustentar essa conclusão, o jornal falou com analistas. Mujtaba Rahman, do Eurasia Group, que se apresenta como a maior consultora do mundo em risco político, é taxativo. “O Constitucional é uma pedra no sapato do Governo e de Bruxelas e é interpretado como sendo quase comunista pelos mercados. Não é exagero dizer-se que é o maior impedimento a uma saída limpa do resgate”.

Mujtaba Rahman considera que as recentes decisões revelam que o Constitucional português está desligado da realidade mais ampla em que o país se insere e que esse é um problema que se estende a outros países, onde o enquadramento constitucional não foi adaptado à integração europeia e aos novos mecanismos criados para salvar o euro.

António Costa Pinto, professor de política no Instituto de Ciências Sociais de Lisboa, concorda, lembrando que, até agora, “só Portugal, Grécia e Irlanda tiveram de lidar com esse dilema”, mas outros países poderão enfrentá-lo de futuro. "A maioria das Constituições nacionais não foi feita no pressuposto de uma moeda única. O que costumava ser alcançado através de desvalorizações da moeda nacional tem agora de ser feito através da ‘desvalorização interna’, o que envolve cortes nos salários e nas prestações sociais que podem chocar com as constituições nacionais”.

Porque será que essa cambada do FT não diz o mesmo do TC Alemão quando este não só decide sobre questões internas mas também questões relativas às principais políticas europeias?
Sabem que tudo o que possa ter a ver por ex. com alterações de estatutos do BCE ou com a aprovação de mecanismo de resgates aos países membros do euro é susceptível de decisão do Bundesverfassungsgericht ( O TC lá do sítio)

Mais uma vez cospem e mijam em cima de Portugal como se isto não passasse duma qualquer pocilga frequentada pelos famosos PIGS.

E os representantes do estado português o que tem a dizer sobre este tipo de artigos feitos por encomenda?
Lamentavelmente nada!!

Será que as autoridades alemãs aceitariam este tipo de pressão externa sobre o seu TC?
Reflictam um pouco e não se deixem levar por lavagens de cérebro.

E como é que quer que quem encomenda tenha alguma coisa a dizer sobre o que encomendou ?

[Storgoff]

FT: Juízes do Constitucional ameaçam lançar Portugal num segundo resgate

24/10/2013

“Tribunal Constitucional ameaça resgate de Portugal” é o título do texto do Financial Times publicado nesta quinta-feira no qual, depois de ouvir analistas nacionais e internacionais, o jornal de referência do mundo dos negócios e da finança conclui que os 13 juízes do Palácio Ratton têm nas mãos o destino de Portugal e, em boa medida, também o da Zona Euro.

“Vestidos de preto e acostumados à tranquilidade dos seus aposentos em Lisboa, os treze juízes do Tribunal Constitucional de Portugal viram-se inesperadamente transportados para o palco da disputa da alta política europeia. Defensores da inviolabilidade das legislações nacionais para alguns, inimigos da reforma para outros, estes sete homens e seis mulheres tornaram-se fundamentais para o sucesso ou para o fracasso do programa de resgate a Portugal e, consequentemente, para a resolução da crise da Zona Euro”, escreve o FT.

Para sustentar essa conclusão, o jornal falou com analistas. Mujtaba Rahman, do Eurasia Group, que se apresenta como a maior consultora do mundo em risco político, é taxativo. “O Constitucional é uma pedra no sapato do Governo e de Bruxelas e é interpretado como sendo quase comunista pelos mercados. Não é exagero dizer-se que é o maior impedimento a uma saída limpa do resgate”.

Mujtaba Rahman considera que as recentes decisões revelam que o Constitucional português está desligado da realidade mais ampla em que o país se insere e que esse é um problema que se estende a outros países, onde o enquadramento constitucional não foi adaptado à integração europeia e aos novos mecanismos criados para salvar o euro.

António Costa Pinto, professor de política no Instituto de Ciências Sociais de Lisboa, concorda, lembrando que, até agora, “só Portugal, Grécia e Irlanda tiveram de lidar com esse dilema”, mas outros países poderão enfrentá-lo de futuro. "A maioria das Constituições nacionais não foi feita no pressuposto de uma moeda única. O que costumava ser alcançado através de desvalorizações da moeda nacional tem agora de ser feito através da ‘desvalorização interna’, o que envolve cortes nos salários e nas prestações sociais que podem chocar com as constituições nacionais”.

Porque será que essa cambada do FT não diz o mesmo do TC Alemão quando este não só decide sobre questões internas mas também questões relativas às principais políticas europeias?
Sabem que tudo o que possa ter a ver por ex. com alterações de estatutos do BCE ou com a aprovação de mecanismo de resgates aos países membros do euro é susceptível de decisão do Bundesverfassungsgericht ( O TC lá do sítio)

Mais uma vez cospem e mijam em cima de Portugal como se isto não passasse duma qualquer pocilga frequentada pelos famosos PIGS.

E os representantes do estado português o que tem a dizer sobre este tipo de artigos feitos por encomenda?
Lamentavelmente nada!!

Será que as autoridades alemãs aceitariam este tipo de pressão externa sobre o seu TC?
Reflictam um pouco e não se deixem levar por lavagens de cérebro.

[Storgoff]

Migluso,


Não sou assim tão desatento como queres fazer crer e muito menos escrevo sem reflectir sobre os temas

A tua abordagem a toda a questão que se tem estado aqui a discutir é lapidar e paradigmática duma certa visão do mundo.

Um mundo baseado num punhado de teorias económicas acompanhadas dum conjunto de formulas de econometria que tudo explicam e tudo solucionam.
São teorias não teoremas.
Estes últimos resultam da demonstração cabal pelos métodos científicos, mas a economia está muito longe de ser uma ciência, pelo menos no sentido estrito do termo.

Uma visão do mundo onde se esquece que se existe economia é porque existem pessoas, sendo que a economia não é mais do que o resultado da interacção dos indivíduos em sociedade no sentido de satisfazerem as suas necessidades.

A teoria Economica, não é física não é quimica, é apenas um ramo especifico da sociologia que de alguma forma tenta quantificar este comportamento social.
O crescimento económico que se feito de forma saudável trará mais bem estar para todos, depende exactamente das expectativas e motivações desses mesmos indivíduos que contribuem para o dito crescimento.

É aqui que entra a política.

E é aqui que discordamos em completo, porque eu não acredito minimamente que as teorias Neo-liberais sejam a solução para o problema, tal como não foi o liberalismo económico que se viveu no sec. XIX e início do seculo XX e tal como não foi o comunismo.

Alias veja-se o resultado das teorias Neo-liberias postas em pratica a partir dos anos 80 nos acontecimentos a nível mundial desde a década passada até hoje.
A própria situação que Portugal vive hoje se deve em grande parte a tudo isso.

É natural que sempre existam defensores das teorias extremadas na justa medida em que isso aparentemente os favoreça.
Os grande detentores de capital financeiro defendem em regra a génese do neo-liberalismo , os extremamente desfavorecidos da sociedade alinham pelas visões e propostas de extrema esquerda.
Os primeiros tem o poder e como tal tem vindo a impor a sua vontade.
Vontade essa que neste momento já não afecta apenas as franjas das sociedades mas começou a atacar o seu núcleo central e a sua sustentação.
As classes médias.



Portanto falar de economia esquecendo pura e simplesmente as pessoas e as suas expectativas é no mínimo bizarro.
Devo-te lembrar que a economia está ao serviço das sociedades e não o contrário.

Já percebi que admiras e aplaudes o modelo económico chinês e portanto Portugal estaria muito bem se seguisse o mesmo caminho.
Mais uma vez a justificação tem a ver com mais um rácio econométrico e nada a ver com bem estar, progresso , direitos e liberdades, políticas ambientais, etc.
Não, o importante é um numero jeitoso não interessa saber à custa de quê.

E se queres resumir a conversa às queridas formulas, mantenho o que disse , o consumo de bens importados diminui o PIB exactamente no valor da componente de importação.
O efeito global do consumo desses bens no computo do PIB ficará reduzido ao valor da margem de intermediação dos bens importados com a forte agravante do aumento da dívida externa ao contrário do consumo dos bens não importados.
Mas se quiseres mais podemos falar do aumento do crédito para as actividades especulativas.
O crédito que faz insuflar os mercados financeiros e que embeleza os balanços dos bancos.
O crédito jactante que já há muito tempo a esta parte tem vindo a ser a política dos principais bancos centrais.

Ou também achas que o insuflar dos preços dos activos financeiros é sinal de crescimento económico e bem estar.
Estou a referir-me à realidade palpável não à abstracção de um qualquer rácio financeiro.
Enfim seria infindável esta conversa.

Uma coisa é clara, a economia é feita por pessoas e são exactamente os factores sociais que ditam o seu crescimento ou não.
Crescimento populacional , alterações das piramidais etárias e os outros que referi anteriormente assim como muitos outros que poderíamos aqui elencar são de facto os motores do crescimento do PIB mundial.

O consumo, a produção , o crédito, etc, são apenas formas de medir o facto mas não são seguramente as suas causas.

[Lion_Heart]

O famoso guião está com D. Sebastião.



Triste País este.

[Opcard33]

FT: Juízes do Constitucional ameaçam lançar Portugal num segundo resgate

24/10/2013

“Tribunal Constitucional ameaça resgate de Portugal” é o título do texto do Financial Times publicado nesta quinta-feira no qual, depois de ouvir analistas nacionais e internacionais, o jornal de referência do mundo dos negócios e da finança conclui que os 13 juízes do Palácio Ratton têm nas mãos o destino de Portugal e, em boa medida, também o da Zona Euro.

“Vestidos de preto e acostumados à tranquilidade dos seus aposentos em Lisboa, os treze juízes do Tribunal Constitucional de Portugal viram-se inesperadamente transportados para o palco da disputa da alta política europeia. Defensores da inviolabilidade das legislações nacionais para alguns, inimigos da reforma para outros, estes sete homens e seis mulheres tornaram-se fundamentais para o sucesso ou para o fracasso do programa de resgate a Portugal e, consequentemente, para a resolução da crise da Zona Euro”, escreve o FT.

Para sustentar essa conclusão, o jornal falou com analistas. Mujtaba Rahman, do Eurasia Group, que se apresenta como a maior consultora do mundo em risco político, é taxativo. “O Constitucional é uma pedra no sapato do Governo e de Bruxelas e é interpretado como sendo quase comunista pelos mercados. Não é exagero dizer-se que é o maior impedimento a uma saída limpa do resgate”.

Mujtaba Rahman considera que as recentes decisões revelam que o Constitucional português está desligado da realidade mais ampla em que o país se insere e que esse é um problema que se estende a outros países, onde o enquadramento constitucional não foi adaptado à integração europeia e aos novos mecanismos criados para salvar o euro.

António Costa Pinto, professor de política no Instituto de Ciências Sociais de Lisboa, concorda, lembrando que, até agora, “só Portugal, Grécia e Irlanda tiveram de lidar com esse dilema”, mas outros países poderão enfrentá-lo de futuro. "A maioria das Constituições nacionais não foi feita no pressuposto de uma moeda única. O que costumava ser alcançado através de desvalorizações da moeda nacional tem agora de ser feito através da ‘desvalorização interna’, o que envolve cortes nos salários e nas prestações sociais que podem chocar com as constituições nacionais”.