Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica com
Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Blue Epsilon Escreveu:Parece-me que alguns lobbies estão já demasiado envolvidos com Angola... Existe sempre o receio de verem algum tipo de bloqueio que lhes prejudique esse negócios, por isso a atitude é mansa...
Entretanto a lavagem de dinheiro continua através da compra de partes de empresas portuguesas, nas mais diversas áreas.
O Brasil é demasiado grande para se preocupar com Angola. Internamente já tem problemas que chegue e tem outras prioridades.
Já viram o título da última "Forbes" edição brasileira? Sem papas na lingua.
Ora aí está: era Portugal que deveria impor um bloqueio ao dinheiro Angolano de origem duvidosa. Dinheiro sujo paga-se bem caro, vejam o que aconteceu no Chipre por causa do dinheiro sujo vindo da Rússia.
Para além do mais acho desprestigiante para um país que pertence à maior potencia económica do mundo andar a mendigar dinheiro criminoso de países como Angola e China oriundo da exploração da miséria que lá continua a existir. Alguém me explica o que ganha Portugal com isto? É obvio que isto só é possível porque já estão instalados lobbys com poder em Portugal. Fora outra a situação e o governo português já teria tido uma posição bem mais firme.
Não será mais vindo o capital Europeu ou Americano, acompanhado de apoio político e de know-how.
E um pormenor: os angolanos estão a comprar nos "Saldos"...
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Parece-me que alguns lobbies estão já demasiado envolvidos com Angola... Existe sempre o receio de verem algum tipo de bloqueio que lhes prejudique esse negócios, por isso a atitude é mansa...
Entretanto a lavagem de dinheiro continua através da compra de partes de empresas portuguesas, nas mais diversas áreas.
O Brasil é demasiado grande para se preocupar com Angola. Internamente já tem problemas que chegue e tem outras prioridades.
Já viram o título da última "Forbes" edição brasileira? Sem papas na lingua.
Entretanto a lavagem de dinheiro continua através da compra de partes de empresas portuguesas, nas mais diversas áreas.
O Brasil é demasiado grande para se preocupar com Angola. Internamente já tem problemas que chegue e tem outras prioridades.
Já viram o título da última "Forbes" edição brasileira? Sem papas na lingua.
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Lion_Heart Escreveu:PF acusa general angolano de tráfico de mulheres
General é casado com uma sobrinha do presidente de Angola, José Eduardo Santos, no cargo desde 1979
A Polícia Federal (PF) acusa um parente do presidente de Angola de chefiar esquema internacional de tráfico de mulheres do Brasil para África do Sul, Portugal, Angola e Áustria. O Estado apurou que, na Operação Garina deflagrada na quinta-feira (24)), a PF pediu e a Justiça concedeu a prisão do general Bento dos Santos Kangamba, caso ele desembarque no Brasil, e incluiu seu nome e o de um comparsa na lista de procurados da Interpol.
Chamado de “tio Bento” ou “tio Chico” pelos integrantes da quadrilha, o general é casado com uma sobrinha do presidente de Angola, José Eduardo Santos, no cargo desde 1979. O general é dirigente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), mesmo partido do presidente, e tem influência no governo por meio de sua mulher, uma filha de Avelino dos Santos, irmão do presidente.
Saiba maisPF desarticula quadrilha internacional que aliciava brasileiras
Presidente do grupo Kabuscorp, um complexo industrial com sede em Angola, o general também é influente no mundo dos negócios. Kangamba é o maior patrocinador do Vitória Sport Clube, da primeira divisão de Portugal, e tem, ainda, um time de futebol no país africano. Duas atividades usadas na lavagem de dinheiro do crime organizado.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o braço do esquema do general no Brasil é Wellington Eduardo Santos de Sousa, que a PF identificou nos relatórios de inteligência como Latino, um ex-pagodeiro da banda Desejos.
Em um ano de investigação, a PF descobriu que a quadrilha aliciava mulheres em casas noturnas paulistanas no bairro de Indianópolis, zona sul de São Paulo, mediante promessa de pagamento de US$ 10 mil para se prostituírem pelo período de uma semana para clientes de elevado poder econômico. Modelos de capas de revistas masculinas e que participavam de programas de TV receberam até US$ 100 mil para se relacionar sexualmente com o general.
Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente de sua liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros. Para essas vítimas, os criminosos ofereciam um falso coquetel de drogas antiaids. Foram cumpridos ontem 16 mandados judiciais: 5 de prisão e 11 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo, Cotia e Guarulhos. A PF apreendeu 11 carros de luxo, 23 passaportes, 9 cópias de passaportes, 14 pedidos de visto para Angola, moeda estrangeira e drogas.
Luxo
Segundo a PF, a organização movimentou US$ 45 milhões com o tráfico internacional de mulheres desde 2007. O enriquecimento da família do presidente de Angola tem sido noticiado em todo o mundo. A filha do presidente, Isabel dos Santos, foi apontada pela revista americana Forbes como a mulher mais rica e poderosa da África. A revista noticiou que a fortuna tem origem em corrupção: ela fica com uma parte de empresas que querem estabelecer-se em Angola e recebe comissão em troca da assinatura do pai numa lei ou decreto.
Em julho, a imprensa de Portugal noticiou que Kangamba comprou uma casa de 12 milhões nos arredores de Madri, no mesmo condomínio em que mora o jogador Cristiano Ronaldo. O nome da operação, Garina, significa menina na gíria de Angola. A Embaixada de Angola no Brasil foi procurada, mas não respondeu à ligação.
In http://www.jornaldelondrina.com.br/
La se foi a parceria estratégica com o Brasil.
Realmente é de perguntar o que tem Portugal a ganhar com parcerias diplomáticas com um país gerido por criminosos e privilegiar relações com a China, Angola e Brasil, em detrimento dos nossos tradicionais aliados (Estados Unidos e Inglaterra) e dos nossos parceiros da UE?
Não sei se a imprensa portuguesa tem dado destaque à crescente mobilização internacional em torno das dúvidas que rodeiam o "milagre da multiplicação dos pães" da fortuna de Isabel dos Santos. Quando os Estados Unidos se fartarem da brincadeira, a família Santos vai fazer companhia à do Khadaffi.
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
PF acusa general angolano de tráfico de mulheres
General é casado com uma sobrinha do presidente de Angola, José Eduardo Santos, no cargo desde 1979
A Polícia Federal (PF) acusa um parente do presidente de Angola de chefiar esquema internacional de tráfico de mulheres do Brasil para África do Sul, Portugal, Angola e Áustria. O Estado apurou que, na Operação Garina deflagrada na quinta-feira (24)), a PF pediu e a Justiça concedeu a prisão do general Bento dos Santos Kangamba, caso ele desembarque no Brasil, e incluiu seu nome e o de um comparsa na lista de procurados da Interpol.
Chamado de “tio Bento” ou “tio Chico” pelos integrantes da quadrilha, o general é casado com uma sobrinha do presidente de Angola, José Eduardo Santos, no cargo desde 1979. O general é dirigente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), mesmo partido do presidente, e tem influência no governo por meio de sua mulher, uma filha de Avelino dos Santos, irmão do presidente.
Saiba maisPF desarticula quadrilha internacional que aliciava brasileiras
Presidente do grupo Kabuscorp, um complexo industrial com sede em Angola, o general também é influente no mundo dos negócios. Kangamba é o maior patrocinador do Vitória Sport Clube, da primeira divisão de Portugal, e tem, ainda, um time de futebol no país africano. Duas atividades usadas na lavagem de dinheiro do crime organizado.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o braço do esquema do general no Brasil é Wellington Eduardo Santos de Sousa, que a PF identificou nos relatórios de inteligência como Latino, um ex-pagodeiro da banda Desejos.
Em um ano de investigação, a PF descobriu que a quadrilha aliciava mulheres em casas noturnas paulistanas no bairro de Indianópolis, zona sul de São Paulo, mediante promessa de pagamento de US$ 10 mil para se prostituírem pelo período de uma semana para clientes de elevado poder econômico. Modelos de capas de revistas masculinas e que participavam de programas de TV receberam até US$ 100 mil para se relacionar sexualmente com o general.
Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente de sua liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros. Para essas vítimas, os criminosos ofereciam um falso coquetel de drogas antiaids. Foram cumpridos ontem 16 mandados judiciais: 5 de prisão e 11 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo, Cotia e Guarulhos. A PF apreendeu 11 carros de luxo, 23 passaportes, 9 cópias de passaportes, 14 pedidos de visto para Angola, moeda estrangeira e drogas.
Luxo
Segundo a PF, a organização movimentou US$ 45 milhões com o tráfico internacional de mulheres desde 2007. O enriquecimento da família do presidente de Angola tem sido noticiado em todo o mundo. A filha do presidente, Isabel dos Santos, foi apontada pela revista americana Forbes como a mulher mais rica e poderosa da África. A revista noticiou que a fortuna tem origem em corrupção: ela fica com uma parte de empresas que querem estabelecer-se em Angola e recebe comissão em troca da assinatura do pai numa lei ou decreto.
Em julho, a imprensa de Portugal noticiou que Kangamba comprou uma casa de 12 milhões nos arredores de Madri, no mesmo condomínio em que mora o jogador Cristiano Ronaldo. O nome da operação, Garina, significa menina na gíria de Angola. A Embaixada de Angola no Brasil foi procurada, mas não respondeu à ligação.
In http://www.jornaldelondrina.com.br/
La se foi a parceria estratégica com o Brasil.
General é casado com uma sobrinha do presidente de Angola, José Eduardo Santos, no cargo desde 1979
A Polícia Federal (PF) acusa um parente do presidente de Angola de chefiar esquema internacional de tráfico de mulheres do Brasil para África do Sul, Portugal, Angola e Áustria. O Estado apurou que, na Operação Garina deflagrada na quinta-feira (24)), a PF pediu e a Justiça concedeu a prisão do general Bento dos Santos Kangamba, caso ele desembarque no Brasil, e incluiu seu nome e o de um comparsa na lista de procurados da Interpol.
Chamado de “tio Bento” ou “tio Chico” pelos integrantes da quadrilha, o general é casado com uma sobrinha do presidente de Angola, José Eduardo Santos, no cargo desde 1979. O general é dirigente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), mesmo partido do presidente, e tem influência no governo por meio de sua mulher, uma filha de Avelino dos Santos, irmão do presidente.
Saiba maisPF desarticula quadrilha internacional que aliciava brasileiras
Presidente do grupo Kabuscorp, um complexo industrial com sede em Angola, o general também é influente no mundo dos negócios. Kangamba é o maior patrocinador do Vitória Sport Clube, da primeira divisão de Portugal, e tem, ainda, um time de futebol no país africano. Duas atividades usadas na lavagem de dinheiro do crime organizado.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o braço do esquema do general no Brasil é Wellington Eduardo Santos de Sousa, que a PF identificou nos relatórios de inteligência como Latino, um ex-pagodeiro da banda Desejos.
Em um ano de investigação, a PF descobriu que a quadrilha aliciava mulheres em casas noturnas paulistanas no bairro de Indianópolis, zona sul de São Paulo, mediante promessa de pagamento de US$ 10 mil para se prostituírem pelo período de uma semana para clientes de elevado poder econômico. Modelos de capas de revistas masculinas e que participavam de programas de TV receberam até US$ 100 mil para se relacionar sexualmente com o general.
Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente de sua liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros. Para essas vítimas, os criminosos ofereciam um falso coquetel de drogas antiaids. Foram cumpridos ontem 16 mandados judiciais: 5 de prisão e 11 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo, Cotia e Guarulhos. A PF apreendeu 11 carros de luxo, 23 passaportes, 9 cópias de passaportes, 14 pedidos de visto para Angola, moeda estrangeira e drogas.
Luxo
Segundo a PF, a organização movimentou US$ 45 milhões com o tráfico internacional de mulheres desde 2007. O enriquecimento da família do presidente de Angola tem sido noticiado em todo o mundo. A filha do presidente, Isabel dos Santos, foi apontada pela revista americana Forbes como a mulher mais rica e poderosa da África. A revista noticiou que a fortuna tem origem em corrupção: ela fica com uma parte de empresas que querem estabelecer-se em Angola e recebe comissão em troca da assinatura do pai numa lei ou decreto.
Em julho, a imprensa de Portugal noticiou que Kangamba comprou uma casa de 12 milhões nos arredores de Madri, no mesmo condomínio em que mora o jogador Cristiano Ronaldo. O nome da operação, Garina, significa menina na gíria de Angola. A Embaixada de Angola no Brasil foi procurada, mas não respondeu à ligação.
In http://www.jornaldelondrina.com.br/
La se foi a parceria estratégica com o Brasil.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Boas,
Sinceramente não percebo todo este medo em volta dos investidores Angolanos, o que eu tenho / tinha medo é da reacção dos mercados em relação ao suposto medo irracional.
Se pensarmos racional pelo menos na minha óptica, nos casos ZON, BPI, Galp e outros grandes investimentos, não é por causa de uma birra que vão anular todos os investimentos que demorarão possivelmente anos e muitos milhões, estando alguns deles ainda em progressão.
É tudo uma questão de ego e muitos milhões para ganhar, e nestes casos quem tem o $ pode fazer umas birrinhas de vez enquanto.
Sinceramente não percebo todo este medo em volta dos investidores Angolanos, o que eu tenho / tinha medo é da reacção dos mercados em relação ao suposto medo irracional.
Se pensarmos racional pelo menos na minha óptica, nos casos ZON, BPI, Galp e outros grandes investimentos, não é por causa de uma birra que vão anular todos os investimentos que demorarão possivelmente anos e muitos milhões, estando alguns deles ainda em progressão.
É tudo uma questão de ego e muitos milhões para ganhar, e nestes casos quem tem o $ pode fazer umas birrinhas de vez enquanto.
Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Ontem publiquei um post no blogue sobre o anúncio do presidente angolano e o PSI-20 e hoje, misteriosamente, desapareceu! Só ficou o link, a apontar para nenhures.
Não queria levantar teorias da conspiração mas acho que fui censurado... nunca me tinha desaparecido nenhum post horas após a publicação! Estarei a devanear?
Não queria levantar teorias da conspiração mas acho que fui censurado... nunca me tinha desaparecido nenhum post horas após a publicação! Estarei a devanear?

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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
rasteiro Escreveu:Federer Escreveu:rasteiro Escreveu:
Abraços
Esses etc, etc q pões são que empresas?
Fonix, se andas no mundo da bolsa não sabes?
OK, eu explico:
Zon, Galp,sporting, mas penso que ainda há mais
abraços
N te xateies pá. N tinha visto a listagem ainda. Obgd
Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
mcarvalho Escreveu:YUAN. Moeda simboliza as relações fortes entre a China e Angola, dois países que têm um peso determinante no PSI-20: a China através da EDP, Angola com posições diversas.
Já estou a ver o cenário:
Portugal vai ser uma especie de Tibete e o Cavaco o Dalai Lama
Federer vê aqui
http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... uesas.html
Já vi obgd
Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Curiosamente .. as empresas do Psi que mais ganham são ... as que têm interesse de e em Angola 

mcarvalho
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Analistas: Fim da parceria pode aumentar riscos para empresas portuguesas
15/10/2013
São várias as empresas nacionais com exposição ao mercado angolano quer por via das exportações quer pela realização de investimentos directos neste país lusófono. Neste sentido, Albino Oliveira, da Fincor, considera que o fim da parceria entre Portugal e Angola são “más notícias”.
“Angola é, há muitos anos, um mercado de destino de exportações para as empresas portuguesas, não só por apresentar uma economia com elevadas taxas de crescimento, mas também como resultado dos laços culturais que unem os dois países” diz ao Negócios este analista que, acrescenta: “várias empresas portuguesas realizaram investimentos directos no país, para os quais estas notícias representam naturalmente um factor acrescido de risco”.
Pedro Lino, da Dif Broker, partilha da visão que o fim da parceria “não é positivo para as empresas portuguesas que têm interesses no mercado angolano, ou pelo menos para novos investimentos”. Neste sentido, a decisão “não terá grande impacto na decisão dos empresários angolanos, que investem em Portugal”. Contudo, os portugueses que investem em Angola “poderão sentir mais dificuldades”.
“Diria que é provável que o ritmo de investimento desses empresários abrande”, defende Pedro Lino. O CEO da Dif Broker vai mais longe e sublinha que “esta decisão pode gerar algum receio junto dos investidores que, mal foi conhecida a decisão do presidente de Angola, venderam títulos de empresas mais expostas ao mercado angolano”.
Por seu turno, Albino Oliveira defende que o fim desta parceria não terá “implicações negativas” nos investimentos já em curso, como é o caso da fusão da Zon Optimus, a operação que está no seu início. No entanto, a situação pode alterar-se caso não exista uma nova aproximação dos dois países. “Na hipótese de não haver uma reaproximação entre os dois países, então a realização de novos investimentos no futuro por parte de Angola em empresas portuguesas poderia ser bem menos provável”, afirma o analista da Fincor.
Por isso, “a cimeira bilateral, prevista para o mês de Fevereiro do próximo ano, será provavelmente fundamental para que exista uma clarificação nas relações entre os dois países”. “Ao longo dos próximos meses, os riscos subjacentes aos investimentos já realizados pelas empresas portuguesas em Angola poderão ser mais elevados, traduzindo, por exemplo, maiores dificuldades em conseguir repatriar os lucros obtidos em Angola ou mesmo na obtenção de novas encomendas”, acrescenta.
Para as cotadas do PSI-20 com exposição a Angola “o sector bancário, ou seja o BCP e, principalmente o BPI, parecem ser os mais expostos a estas notícias, tendo em conta a importância de Angola na estratégia de crescimento de ambos os bancos”. “Os dois bancos têm negócios bastante rentáveis no país”.
A balança comercial luso-angolana é tradicionalmente muito desequilibrada e favorável a Portugal, tendo registado em 2012 um saldo positivo de 1,2 mil milhões de euros. Em termos de investimento, em 2012, Angola situou-se no 4º lugar da tabela dos destinos do investimento directo português no exterior, com uma quota de 3,48% do total, enquanto que na qualidade de emissor de investimento para o nosso país a sua posição tem sido menos relevante,11ª em 2012.
15/10/2013
São várias as empresas nacionais com exposição ao mercado angolano quer por via das exportações quer pela realização de investimentos directos neste país lusófono. Neste sentido, Albino Oliveira, da Fincor, considera que o fim da parceria entre Portugal e Angola são “más notícias”.
“Angola é, há muitos anos, um mercado de destino de exportações para as empresas portuguesas, não só por apresentar uma economia com elevadas taxas de crescimento, mas também como resultado dos laços culturais que unem os dois países” diz ao Negócios este analista que, acrescenta: “várias empresas portuguesas realizaram investimentos directos no país, para os quais estas notícias representam naturalmente um factor acrescido de risco”.
Pedro Lino, da Dif Broker, partilha da visão que o fim da parceria “não é positivo para as empresas portuguesas que têm interesses no mercado angolano, ou pelo menos para novos investimentos”. Neste sentido, a decisão “não terá grande impacto na decisão dos empresários angolanos, que investem em Portugal”. Contudo, os portugueses que investem em Angola “poderão sentir mais dificuldades”.
“Diria que é provável que o ritmo de investimento desses empresários abrande”, defende Pedro Lino. O CEO da Dif Broker vai mais longe e sublinha que “esta decisão pode gerar algum receio junto dos investidores que, mal foi conhecida a decisão do presidente de Angola, venderam títulos de empresas mais expostas ao mercado angolano”.
Por seu turno, Albino Oliveira defende que o fim desta parceria não terá “implicações negativas” nos investimentos já em curso, como é o caso da fusão da Zon Optimus, a operação que está no seu início. No entanto, a situação pode alterar-se caso não exista uma nova aproximação dos dois países. “Na hipótese de não haver uma reaproximação entre os dois países, então a realização de novos investimentos no futuro por parte de Angola em empresas portuguesas poderia ser bem menos provável”, afirma o analista da Fincor.
Por isso, “a cimeira bilateral, prevista para o mês de Fevereiro do próximo ano, será provavelmente fundamental para que exista uma clarificação nas relações entre os dois países”. “Ao longo dos próximos meses, os riscos subjacentes aos investimentos já realizados pelas empresas portuguesas em Angola poderão ser mais elevados, traduzindo, por exemplo, maiores dificuldades em conseguir repatriar os lucros obtidos em Angola ou mesmo na obtenção de novas encomendas”, acrescenta.
Para as cotadas do PSI-20 com exposição a Angola “o sector bancário, ou seja o BCP e, principalmente o BPI, parecem ser os mais expostos a estas notícias, tendo em conta a importância de Angola na estratégia de crescimento de ambos os bancos”. “Os dois bancos têm negócios bastante rentáveis no país”.
A balança comercial luso-angolana é tradicionalmente muito desequilibrada e favorável a Portugal, tendo registado em 2012 um saldo positivo de 1,2 mil milhões de euros. Em termos de investimento, em 2012, Angola situou-se no 4º lugar da tabela dos destinos do investimento directo português no exterior, com uma quota de 3,48% do total, enquanto que na qualidade de emissor de investimento para o nosso país a sua posição tem sido menos relevante,11ª em 2012.
mcarvalho
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Federer Escreveu:rasteiro Escreveu:MUITO CUIDADO COM ESTAS AFIRMAÇÕES.
pode levar meia duzia de cotadas nacionais a levar forte e feio na sua desvalorização na bolsa.
A Mota Engil, é preciso ter cuidado, BCP, BPI, Cofina, etc, etc.
estou a sair de estas ações que tenho em carteira, até ver as coisas mais clarificadas.
Abraços
Esses etc, etc q pões são que empresas?
Fonix, se andas no mundo da bolsa não sabes?
OK, eu explico:
Zon, Galp,sporting, mas penso que ainda há mais
abraços
Rasteiro
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
YUAN. Moeda simboliza as relações fortes entre a China e Angola, dois países que têm um peso determinante no PSI-20: a China através da EDP, Angola com posições diversas.
Já estou a ver o cenário:
Portugal vai ser uma especie de Tibete e o Cavaco o Dalai Lama
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Já estou a ver o cenário:
Portugal vai ser uma especie de Tibete e o Cavaco o Dalai Lama

Federer vê aqui
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mcarvalho
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
rasteiro Escreveu:MUITO CUIDADO COM ESTAS AFIRMAÇÕES.
pode levar meia duzia de cotadas nacionais a levar forte e feio na sua desvalorização na bolsa.
A Mota Engil, é preciso ter cuidado, BCP, BPI, Cofina, etc, etc.
estou a sair de estas ações que tenho em carteira, até ver as coisas mais clarificadas.
Abraços
Esses etc, etc q pões são que empresas?
Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
MUITO CUIDADO COM ESTAS AFIRMAÇÕES.
pode levar meia duzia de cotadas nacionais a levar forte e feio na sua desvalorização na bolsa.
A Mota Engil, é preciso ter cuidado, BCP, BPI, Cofina, etc, etc.
estou a sair de estas ações que tenho em carteira, até ver as coisas mais clarificadas.
Abraços
pode levar meia duzia de cotadas nacionais a levar forte e feio na sua desvalorização na bolsa.
A Mota Engil, é preciso ter cuidado, BCP, BPI, Cofina, etc, etc.
estou a sair de estas ações que tenho em carteira, até ver as coisas mais clarificadas.
Abraços
Rasteiro
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
MAV8 Escreveu:Federer Escreveu:mcarvalho Escreveu:Lá se vai o El Dorado
O que é c erto é que a nossa Maria já está a cair ... então a Mota Engil :oh".
Quem é a Maria?
Já que falam na Mota, alguém sabe qual a percentagem de Angola na carteira de negócios da MotaEngil ?
Penso que já não é assim tão grande como já foi, não quero com isto dizer que não possa haver um arrombo grande...
http://www.mota-engil.pt/images/content/2619_1_G.pdf
este é o ultimo relatório trimestral. Infelizmente nao encontrei a resposta à pergunta. A única coisa que se pode dizer que é africa representa 40% da carteira de encomendas e que 80% da carteira de encomendas são fora de portugal.
Stilgar: Take my life Usul (Paul), it's the only way.
Paul: I'M POINTING THE WAY!
DUNE 2
Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... olano.html
O abc do poder angolano
15 Outubro 2013, 12:18 por Celso Filipe | cfilipe@negocios.pt
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Os angolanos são os investidores estrangeiros com maior peso no PSI-20. O conjunto das suas posições vale cerca de 2,8 mil milhões de euros, valor que oscila em função da volatilidade das acções. A sua influência, contudo, está longe de se esgotar na bolsa. O poder angolano tece-se em várias teias
(Notícia publicada inicialmente no Negócios a 30 de Agosto)
A
António Mosquito e Álvaro Sobrinho. O primeiro tornou-se mediático em Portugal por ser dado como putativo comprador da Controlinveste, empresa que detém, entre outros, o "DN", a "TSF" e o "JN" e "O Jogo". Enquanto esta operação se mantém num impasse, Mosquito vai concretizar a compra de 66,7% do capital da Soares da Costa por 70 milhões de euros. O empresário tem 12% do Banco Caixa Geral Totta e em Angola está em áreas como o imobiliário, o automóvel e o petróleo. Representa as marcas Audi e VW e um dos seus maiores clientes é o Estado angolano. Em Angola há quem o elogie e quem o questione, dizendo que não se lhe conhecesse um negócio que funcione. Já Álvaro Sobrinho, o rosto da família Madaleno (directa ou indirectamente através da Newshold), é dono do jornal "Sol", tem um contrato de gestão do "I", 15% da Cofina (proprietária do Negócios), 1% da Impresa ("Expresso e SIC) e 23,5% da SAD do Sporting. A Newshold comprou também 80% da Cofaco, uma empresa conserveira que tem marcas como o Bom Petisco. Sobrinho foi presidente executivo e não executivo do Banco Espírito Santo da Angola, de onde saiu em conflito nunca assumido publicamente com o BES.
B
Banca. Os angolanos têm interesses fortes na banca nacional. Assim, Isabel dos Santos controla 19,5 % do capital do BPI e 25% do BIC Português e BIC Angola, dois bancos que têm uma estrutura accionista similar. O BIC Português é liderado por Mira Amaral, o BIC Angola por Fernando Teles. Américo Amorim também tem 25% destes dois bancos. O BIC comprou o BPN ao Estado português no final de 2011 por 40 milhões de euros. Já o general Manuel Hélder Vieira Dias (Kopelipa) detém 10,19% do banco BIG. O maior destaque vai para o BCP, onda a Sonangol é a maior accionista (19,5%) e outra empresa angolana, a Interoceânico, possui 2,6% do capital, alinhando posições com os brasileiros da Camargo Côrrea.
C
Carlos Silva. É o rosto da Interoceânico e presidente do angolano Banco Privado Atlântico (BPA). É também vice-presidente do BCP e tido como próximo de Manuel Vicente, actual vice-presidente da República de Angola. Está também ligado à Mota-Engil Angola, através de duas empresas, a Globalpactum e a Finicapital (empresas associadas da Sonangol e do BPA) Quanto foi apresentada em Portugal, em Fevereiro de 2011, a Interoceânico anunciou ter 75 milhões de euros para investir em sectores como o financeiro, agro-indústria e a energia. A Interoceânico, através da Finicapital, teve uma parceria com a Impresa em Angola através da qual nasceu a revista "Rumo". A publicação fechou em Janeiro de 2013, numa altura em que o semanário "Expresso" vinha noticiando investigações da justiça portuguesa a altura figuras de Angola.
D
Daniel Proença de Carvalho. O advogado é presidente não executivo da Zon, cujo maior accionista é Isabel dos Santos. Proença de Carvalho foi também um dos advogados que tratou da restituição de 150 milhões de dólares que Angola havia transferido para um advogado para comprar 49% do Banif. O caso iniciou-se em 1994, mas o Estado angolano só se considerou ressarcido em 2010. É um também um dos accionistas da Interoceânico. O advogado é igualmente presidente não executivo da Cimpor, dominada pela Camargo Corrêa, aliada da Interoceânico no BCP.
E
Escom. Empresa que o Grupo Espírito Santo acordou vender à Sonangol. O desfecho desta operação, acordada em 2010, tem-se arrastado. Pelo caminho a empresa viu-se sob investigação do DCIAP por causa do dinheiro envolvido na transacção. Entretanto, três gestores terão também sido constituídos arguidos no chamado caso dos submarinos. A polémica em torno da Escom faz também parte de uma "guerra" entre duas facções do poder angolano.
F
Filipe Vilaça Barreiros. É uma figura discreta que representa o general Kopelipa nos muitos negócios que este tem em Portugal, da banca aos vinhos, através da empresa World Wide Capital. É um apaixonado pelo desporto automóvel e costuma disputar provas ao volante de um Ferrari.
G
Galp. Tem dados bons dividendos mas é uma pedra no sapato dos investidores angolanos, Sonangol e Isabel dos Santos, que detêm indirectamente 15% da petrolífera portuguesa, a partir da posição de 45% que possuem na Amorim Energia. Esta 'holding', controlada a 55% por Américo Amorim, tem uma posição de 33,34% da Galp. Os angolanos sempre quiseram ter uma participação mais activa na gestão da Galp, mas Amorim tem-se constituído como um obstáculo a esta pretensão. Este é um dos motivos do seu mau relacionamento com Isabel dos Santos.
H
Higino Carneiro. Discreto, influente e muito rico. São-lhe atribuídos investimentos em Portugal nas áreas da hotelaria e restauração. Já foi ministro das Obras Públicas de Angola. É actualmente governador da província do Kuando Kubango. Terá perdido influência política.
I
Isabel dos Santos. É a empresa com investimentos mais elevados e notórios em Portugal. Concretizou agora a fusão da Zon com a Optimus, é accionista do BPI, do BIC e da Galp e a "Forbes" classificou-a como a primeira multimilionária africana. Além do casamento com a Optimus tem um acordo com a Sonae para implantar a cadeia de hipermercados Continente em Angola. O facto de ser filha do presidente da República, José Eduardo dos Santos, coloca-o sob constante escrutínio. Os seus defensores realçam os seus méritos como empresária e as suas apostas acertadas. Os seus críticos dizem que só chegou a este nível por ser filha de quem é.
J
José Eduardo dos Santos. É presidente de Angola desde 1979 e esta sua longevidade na liderança, a maior em África, diz praticamente tudo sobre o seu poder. Tem conhecimento, directo ou indirecto, de todos os investimentos em Portugal e tem sido, no interior do MPLA, um dos defensores da aproximação entre os dois países. O relacionamento a nível governativo melhorou significativamente a partir da chegada de José Sócrates a primeiro-ministro. O grande receio reside em saber se após a saída de Eduardo dos Santos, Angola conseguirá manter a sua estabilidade social e política.
K
Kopelipa. Nome pelo qual é conhecido o general Manuel Hélder Vieira Dias. Ministro de Estado e chefe da Casa Militar de José Eduardo dos Santos. A seguir ao presidente, será provavelmente a segunda figura mais poderosa em Angola. Em Portugal tem investimentos pessoais em imobiliário, avaliados em mais de 10 milhões de euros, quintas no Douro, e uma participação de 10,19% no banco BIG. Kopelipa é o homem em que José Eduardo dos Santos tem total confiança. E isto basta para ilustrar a sua influência.
L
Lopo do Nascimento. Foi primeiro-ministro, ministro e secretário-geral do comité central do MPLA. No início da primeira década do século XXI houve quem olhasse para ele como um figura credível que poderia congregar as elites descontentes com o Governo do país. Hoje é deputado eleito pelo MPLA. Em 2010 integrou um consórcio que adquiriu 49% da Coba, uma empresa portuguesa de consultoria em engenharia civil e ambiental. É actualmente presidente do conselho geral e de supervisão desta empresa.
M
Mário Leite da Silva. Discreto. O economista que Isabel dos Santos foi resgatar aos quadros de Américo Amorim é o número dois da empresária angolana e uma pessoa da sua máxima confiança. Está, por exemplo, nas administrações da Zon, BPI e De Grisogono, uma empresa suíça de jóias e relógios que Isabel dos Santos comprou.
N
Noé Baltazar. Ex-presidente da Endiama e que manteve negócios no sector dos diamantes. É muito próximo de José Eduardo dos Santos e um dos muitos ilustres angolanos que comprou um apartamento no Estoril Sol Residence. A "Maka Angola" baptizou-o de "prédio dos angolanos". Lá têm casa, entre outros, José Pedro Morais (ex-ministro das Finanças), António Domingos Pitra Neto (actual ministro da Administração Pública), Álvaro Sobrinho (Newshold) e Teresa Giovetty, mulher do general Kopelipa.
O
Oloeoga. Empresa que se dedica à produção de azeite e que tem como accionista Monteiro Pinto Kapunga, deputado do MPLA eleito pelo círculo de Malanje. Em 2008 juntou-se ao elvense João Garção e investiram dois milhões de euros num lagar de azeite.
P
Paulo Azevedo. O seu pai, Belmiro de Azevedo, tinha dúvidas em relação a Angola. Paulo, se as tem, não as mostra. Aliou-se a Isabel dos Santos para fundir a sua empresa de telecomunicações, a Optimus, com a Zon, e também acordou com a empresária a instalação de hipermercados Continente em Angola. Isabel dos Santos criou a empresa Condis que terá uma participação de 51% neste projecto, ficando a Sonae com uma posição minoritária.
Q
Quintas. Quinta da Marinha, Quinta do Lago ou Quinta da Beloura. São três exemplos de empreendimentos imobiliários de luxo onde a elite angolana tem casa. Estes investimentos revelam o seu poder financeiro, mas são também um porto seguro caso a situação social e política em Angola se deteriore, em resultado do processo de sucessão de José Eduardo dos Santos.
R
Rafael Marques de Morais. O jornalista e líder do site Maka Angola é porventura o crítico do regime com maior notoriedade. Recentemente foi co-autor de um artigo publicado pela "Forbes" que atribui o enriquecimento de Isabel dos Santos a favores do pai. É autor do livro "Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola" e alvo de processos movidos por generais angolanos. A sua exposição mediática irrita solenemente a nomenclatura angolana.
S
Sindika Dokolo. Marido de Isabel dos Santos. É membro da administração da Amorim Energia. Possui a mais importante colecção de arte africana contemporânea, com cerca de três mil obras. É cada vez mais influente no círculo restrito de José Eduardo dos Santos.
T
Tobis. A empresa portuguesa produtora de cinema foi comprada por investidores angolanos em 2012, os quais pagaram ao Estado português sete milhões de euros. A Tobis foi adquirida pela Filmdrehtsich , detida a 100% por uma sociedade com sede em Angola, a Berkeley Gestão e Serviços, cujos accionistas se desconhecem. Em 2007, Pepetela, um dos mais aclamados escritores angolanos, havia publicado um livro intitulado "O Terrorista de Berkeley, Califórnia". A participação da Berkely foi posteriormente comprada pela Elokuva, também angolana. A Filmdrehtsich tem como gerente Maria Pereira Vinagre.
U
Unitel. É a principal empresa de telecomunicações de Angola. Isabel dos Santos é accionista de referência e a PT tem uma participação de 25%. Com a fusão Zon/Optimus esta aliança será certamente reavaliada. O processo de separação terá tanto de natural como de demorado.
V
Viauto. Empresa de comércio automóvel que Manuel Hélder Vieira Dias "Júnior", filho de Kopelipa, comprou em 2012 à Santogal, do Grupo Espírito Santo. Representa em Portugal as marcas de luxo Ferrari e Maserati.
W
Welwitschia. Nome de baptismo de Tchizé dos Santos, filha de José Eduardo dos Santos. Em 2012 comprou 30% da Central de Frutas do Painho, através da empresa Goodness Country. Esta empresa é uma organização de produtores de pêra rocha do Cadaval, região de onde é originário o seu marido, Hugo Pêgo.
X
xadrez. A maior parte dos investimentos angolanos são feitos através de várias empresas que partilham accionistas. Um autêntico jogo.
Y
YUAN. Moeda simboliza as relações fortes entre a China e Angola, dois países que têm um peso determinante no PSI-20: a China através da EDP, Angola com posições diversas.
Z
Zon. Isabel dos Santos tornou-se accionista maioritária da empresa e depois lançou-se no processo de fusão da empresa com a Optimus. A Zon é uma das estrelas cintilantes na constelação dos seus interesses no sector das telecomunicações.
O abc do poder angolano
15 Outubro 2013, 12:18 por Celso Filipe | cfilipe@negocios.pt
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Os angolanos são os investidores estrangeiros com maior peso no PSI-20. O conjunto das suas posições vale cerca de 2,8 mil milhões de euros, valor que oscila em função da volatilidade das acções. A sua influência, contudo, está longe de se esgotar na bolsa. O poder angolano tece-se em várias teias
(Notícia publicada inicialmente no Negócios a 30 de Agosto)
A
António Mosquito e Álvaro Sobrinho. O primeiro tornou-se mediático em Portugal por ser dado como putativo comprador da Controlinveste, empresa que detém, entre outros, o "DN", a "TSF" e o "JN" e "O Jogo". Enquanto esta operação se mantém num impasse, Mosquito vai concretizar a compra de 66,7% do capital da Soares da Costa por 70 milhões de euros. O empresário tem 12% do Banco Caixa Geral Totta e em Angola está em áreas como o imobiliário, o automóvel e o petróleo. Representa as marcas Audi e VW e um dos seus maiores clientes é o Estado angolano. Em Angola há quem o elogie e quem o questione, dizendo que não se lhe conhecesse um negócio que funcione. Já Álvaro Sobrinho, o rosto da família Madaleno (directa ou indirectamente através da Newshold), é dono do jornal "Sol", tem um contrato de gestão do "I", 15% da Cofina (proprietária do Negócios), 1% da Impresa ("Expresso e SIC) e 23,5% da SAD do Sporting. A Newshold comprou também 80% da Cofaco, uma empresa conserveira que tem marcas como o Bom Petisco. Sobrinho foi presidente executivo e não executivo do Banco Espírito Santo da Angola, de onde saiu em conflito nunca assumido publicamente com o BES.
B
Banca. Os angolanos têm interesses fortes na banca nacional. Assim, Isabel dos Santos controla 19,5 % do capital do BPI e 25% do BIC Português e BIC Angola, dois bancos que têm uma estrutura accionista similar. O BIC Português é liderado por Mira Amaral, o BIC Angola por Fernando Teles. Américo Amorim também tem 25% destes dois bancos. O BIC comprou o BPN ao Estado português no final de 2011 por 40 milhões de euros. Já o general Manuel Hélder Vieira Dias (Kopelipa) detém 10,19% do banco BIG. O maior destaque vai para o BCP, onda a Sonangol é a maior accionista (19,5%) e outra empresa angolana, a Interoceânico, possui 2,6% do capital, alinhando posições com os brasileiros da Camargo Côrrea.
C
Carlos Silva. É o rosto da Interoceânico e presidente do angolano Banco Privado Atlântico (BPA). É também vice-presidente do BCP e tido como próximo de Manuel Vicente, actual vice-presidente da República de Angola. Está também ligado à Mota-Engil Angola, através de duas empresas, a Globalpactum e a Finicapital (empresas associadas da Sonangol e do BPA) Quanto foi apresentada em Portugal, em Fevereiro de 2011, a Interoceânico anunciou ter 75 milhões de euros para investir em sectores como o financeiro, agro-indústria e a energia. A Interoceânico, através da Finicapital, teve uma parceria com a Impresa em Angola através da qual nasceu a revista "Rumo". A publicação fechou em Janeiro de 2013, numa altura em que o semanário "Expresso" vinha noticiando investigações da justiça portuguesa a altura figuras de Angola.
D
Daniel Proença de Carvalho. O advogado é presidente não executivo da Zon, cujo maior accionista é Isabel dos Santos. Proença de Carvalho foi também um dos advogados que tratou da restituição de 150 milhões de dólares que Angola havia transferido para um advogado para comprar 49% do Banif. O caso iniciou-se em 1994, mas o Estado angolano só se considerou ressarcido em 2010. É um também um dos accionistas da Interoceânico. O advogado é igualmente presidente não executivo da Cimpor, dominada pela Camargo Corrêa, aliada da Interoceânico no BCP.
E
Escom. Empresa que o Grupo Espírito Santo acordou vender à Sonangol. O desfecho desta operação, acordada em 2010, tem-se arrastado. Pelo caminho a empresa viu-se sob investigação do DCIAP por causa do dinheiro envolvido na transacção. Entretanto, três gestores terão também sido constituídos arguidos no chamado caso dos submarinos. A polémica em torno da Escom faz também parte de uma "guerra" entre duas facções do poder angolano.
F
Filipe Vilaça Barreiros. É uma figura discreta que representa o general Kopelipa nos muitos negócios que este tem em Portugal, da banca aos vinhos, através da empresa World Wide Capital. É um apaixonado pelo desporto automóvel e costuma disputar provas ao volante de um Ferrari.
G
Galp. Tem dados bons dividendos mas é uma pedra no sapato dos investidores angolanos, Sonangol e Isabel dos Santos, que detêm indirectamente 15% da petrolífera portuguesa, a partir da posição de 45% que possuem na Amorim Energia. Esta 'holding', controlada a 55% por Américo Amorim, tem uma posição de 33,34% da Galp. Os angolanos sempre quiseram ter uma participação mais activa na gestão da Galp, mas Amorim tem-se constituído como um obstáculo a esta pretensão. Este é um dos motivos do seu mau relacionamento com Isabel dos Santos.
H
Higino Carneiro. Discreto, influente e muito rico. São-lhe atribuídos investimentos em Portugal nas áreas da hotelaria e restauração. Já foi ministro das Obras Públicas de Angola. É actualmente governador da província do Kuando Kubango. Terá perdido influência política.
I
Isabel dos Santos. É a empresa com investimentos mais elevados e notórios em Portugal. Concretizou agora a fusão da Zon com a Optimus, é accionista do BPI, do BIC e da Galp e a "Forbes" classificou-a como a primeira multimilionária africana. Além do casamento com a Optimus tem um acordo com a Sonae para implantar a cadeia de hipermercados Continente em Angola. O facto de ser filha do presidente da República, José Eduardo dos Santos, coloca-o sob constante escrutínio. Os seus defensores realçam os seus méritos como empresária e as suas apostas acertadas. Os seus críticos dizem que só chegou a este nível por ser filha de quem é.
J
José Eduardo dos Santos. É presidente de Angola desde 1979 e esta sua longevidade na liderança, a maior em África, diz praticamente tudo sobre o seu poder. Tem conhecimento, directo ou indirecto, de todos os investimentos em Portugal e tem sido, no interior do MPLA, um dos defensores da aproximação entre os dois países. O relacionamento a nível governativo melhorou significativamente a partir da chegada de José Sócrates a primeiro-ministro. O grande receio reside em saber se após a saída de Eduardo dos Santos, Angola conseguirá manter a sua estabilidade social e política.
K
Kopelipa. Nome pelo qual é conhecido o general Manuel Hélder Vieira Dias. Ministro de Estado e chefe da Casa Militar de José Eduardo dos Santos. A seguir ao presidente, será provavelmente a segunda figura mais poderosa em Angola. Em Portugal tem investimentos pessoais em imobiliário, avaliados em mais de 10 milhões de euros, quintas no Douro, e uma participação de 10,19% no banco BIG. Kopelipa é o homem em que José Eduardo dos Santos tem total confiança. E isto basta para ilustrar a sua influência.
L
Lopo do Nascimento. Foi primeiro-ministro, ministro e secretário-geral do comité central do MPLA. No início da primeira década do século XXI houve quem olhasse para ele como um figura credível que poderia congregar as elites descontentes com o Governo do país. Hoje é deputado eleito pelo MPLA. Em 2010 integrou um consórcio que adquiriu 49% da Coba, uma empresa portuguesa de consultoria em engenharia civil e ambiental. É actualmente presidente do conselho geral e de supervisão desta empresa.
M
Mário Leite da Silva. Discreto. O economista que Isabel dos Santos foi resgatar aos quadros de Américo Amorim é o número dois da empresária angolana e uma pessoa da sua máxima confiança. Está, por exemplo, nas administrações da Zon, BPI e De Grisogono, uma empresa suíça de jóias e relógios que Isabel dos Santos comprou.
N
Noé Baltazar. Ex-presidente da Endiama e que manteve negócios no sector dos diamantes. É muito próximo de José Eduardo dos Santos e um dos muitos ilustres angolanos que comprou um apartamento no Estoril Sol Residence. A "Maka Angola" baptizou-o de "prédio dos angolanos". Lá têm casa, entre outros, José Pedro Morais (ex-ministro das Finanças), António Domingos Pitra Neto (actual ministro da Administração Pública), Álvaro Sobrinho (Newshold) e Teresa Giovetty, mulher do general Kopelipa.
O
Oloeoga. Empresa que se dedica à produção de azeite e que tem como accionista Monteiro Pinto Kapunga, deputado do MPLA eleito pelo círculo de Malanje. Em 2008 juntou-se ao elvense João Garção e investiram dois milhões de euros num lagar de azeite.
P
Paulo Azevedo. O seu pai, Belmiro de Azevedo, tinha dúvidas em relação a Angola. Paulo, se as tem, não as mostra. Aliou-se a Isabel dos Santos para fundir a sua empresa de telecomunicações, a Optimus, com a Zon, e também acordou com a empresária a instalação de hipermercados Continente em Angola. Isabel dos Santos criou a empresa Condis que terá uma participação de 51% neste projecto, ficando a Sonae com uma posição minoritária.
Q
Quintas. Quinta da Marinha, Quinta do Lago ou Quinta da Beloura. São três exemplos de empreendimentos imobiliários de luxo onde a elite angolana tem casa. Estes investimentos revelam o seu poder financeiro, mas são também um porto seguro caso a situação social e política em Angola se deteriore, em resultado do processo de sucessão de José Eduardo dos Santos.
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Rafael Marques de Morais. O jornalista e líder do site Maka Angola é porventura o crítico do regime com maior notoriedade. Recentemente foi co-autor de um artigo publicado pela "Forbes" que atribui o enriquecimento de Isabel dos Santos a favores do pai. É autor do livro "Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola" e alvo de processos movidos por generais angolanos. A sua exposição mediática irrita solenemente a nomenclatura angolana.
S
Sindika Dokolo. Marido de Isabel dos Santos. É membro da administração da Amorim Energia. Possui a mais importante colecção de arte africana contemporânea, com cerca de três mil obras. É cada vez mais influente no círculo restrito de José Eduardo dos Santos.
T
Tobis. A empresa portuguesa produtora de cinema foi comprada por investidores angolanos em 2012, os quais pagaram ao Estado português sete milhões de euros. A Tobis foi adquirida pela Filmdrehtsich , detida a 100% por uma sociedade com sede em Angola, a Berkeley Gestão e Serviços, cujos accionistas se desconhecem. Em 2007, Pepetela, um dos mais aclamados escritores angolanos, havia publicado um livro intitulado "O Terrorista de Berkeley, Califórnia". A participação da Berkely foi posteriormente comprada pela Elokuva, também angolana. A Filmdrehtsich tem como gerente Maria Pereira Vinagre.
U
Unitel. É a principal empresa de telecomunicações de Angola. Isabel dos Santos é accionista de referência e a PT tem uma participação de 25%. Com a fusão Zon/Optimus esta aliança será certamente reavaliada. O processo de separação terá tanto de natural como de demorado.
V
Viauto. Empresa de comércio automóvel que Manuel Hélder Vieira Dias "Júnior", filho de Kopelipa, comprou em 2012 à Santogal, do Grupo Espírito Santo. Representa em Portugal as marcas de luxo Ferrari e Maserati.
W
Welwitschia. Nome de baptismo de Tchizé dos Santos, filha de José Eduardo dos Santos. Em 2012 comprou 30% da Central de Frutas do Painho, através da empresa Goodness Country. Esta empresa é uma organização de produtores de pêra rocha do Cadaval, região de onde é originário o seu marido, Hugo Pêgo.
X
xadrez. A maior parte dos investimentos angolanos são feitos através de várias empresas que partilham accionistas. Um autêntico jogo.
Y
YUAN. Moeda simboliza as relações fortes entre a China e Angola, dois países que têm um peso determinante no PSI-20: a China através da EDP, Angola com posições diversas.
Z
Zon. Isabel dos Santos tornou-se accionista maioritária da empresa e depois lançou-se no processo de fusão da empresa com a Optimus. A Zon é uma das estrelas cintilantes na constelação dos seus interesses no sector das telecomunicações.
Editado pela última vez por mcarvalho em 15/10/2013 14:45, num total de 1 vez.
mcarvalho
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
E Nacionalizar os interesses Angolanos e depois devolve-los ao povo quando aquilo for uma Democracia. Ou seja podemos gastar a vontade. 

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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Conheça as participações detidas por investidores angolanos em empresas portuguesas
15 Outubro 2013, 13:30 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
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São várias as empresas portuguesas que têm entre os principais accionistas investidores angolanos. Conheça as participações detidas em empresas portuguesas, cotadas e não cotadas, de empresários e empresas angolanos.
Galp, Zon Optimus, BPI e BCP estão entre as cotadas onde Isabel dos Santos e Sonangol detêm participações com relevo. Mas estes não são os únicos a deterem posições em empresas.
Os sectores onde operam as empresas são dos mais variados. Saiba quais são as empresas e qual a dimensão das participações.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... uesas.html
Nota: Esperaza é uma holding detida pela Sonangol (55%) e por Isabel dos Santos (45%). Esta holding, por sua vez, controla 45% da participação de 33,34% que a Amorim Energia detém na Galp. Assim, de forma indirecta, é imputada à Esperaza uma participação accionista de 15% na petrolífera portuguesa.
15 Outubro 2013, 13:30 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
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São várias as empresas portuguesas que têm entre os principais accionistas investidores angolanos. Conheça as participações detidas em empresas portuguesas, cotadas e não cotadas, de empresários e empresas angolanos.
Galp, Zon Optimus, BPI e BCP estão entre as cotadas onde Isabel dos Santos e Sonangol detêm participações com relevo. Mas estes não são os únicos a deterem posições em empresas.
Os sectores onde operam as empresas são dos mais variados. Saiba quais são as empresas e qual a dimensão das participações.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... uesas.html
Nota: Esperaza é uma holding detida pela Sonangol (55%) e por Isabel dos Santos (45%). Esta holding, por sua vez, controla 45% da participação de 33,34% que a Amorim Energia detém na Galp. Assim, de forma indirecta, é imputada à Esperaza uma participação accionista de 15% na petrolífera portuguesa.
Editado pela última vez por mcarvalho em 15/10/2013 14:42, num total de 1 vez.
mcarvalho
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
nvestigador: Fim da parceria "não é para levar muito a sério"
15/10/2013
Hoje, durante o discurso sobre o estado da nação, que abre a sessão legislativa na Assembleia Nacional de Angola, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos anunciou o fim da parceria estratégica com Portugal.
"Só com Portugal, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político atual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada", disse José Eduardo Santos.
Em declarações à Lusa, Eugénio Costa Almeida, professor e investigador do Centro de Estudos Africanos do ISCTE -- Instituto Universitário de Lisboa e natural de Angola, recorda que, geralmente, as investidas "diárias" da imprensa angolana contra Portugal, nomeadamente do Jornal de Angola, costumam desencadear "sempre um qualquer 'quid pro quo'" nas relações bilaterais.
Mas, agora, é preciso aguardar "os desenvolvimentos" das diplomacias portuguesa e angolana, frisou, recordando que a declaração do Presidente angolano foi "sucinta", embora quem a ela assistiu descreva que José Eduardo Santos "não estava, de facto, muito satisfeito".
Se, eventualmente, o fim da parceria estratégica se vier a concretizar, Eugénio Costa Almeida admite que "pode pôr em causa a cimeira [bilateral] já prevista". Portugal e Angola agendaram para fevereiro, em Luanda, a realização da primeira cimeira bilateral.
A lista de negócios que podem sentir os efeitos do fim da parceria também é extensa, apontou.
"Pode pôr em causa, direta ou indiretamente, a fusão da Zon e Optimus, pode pôr em causa os investimentos da Sonangol, nomeadamente no setor financeiro, em Portugal, pode pôr em causa a participação estratégica da Sonae em Angola e, se me permite a ironia, pode provocar um certo tremor de terra na Avenida da Liberdade", enumerou o investigador, aludindo às compras que cidadãos angolanos fazem nas lojas caras da avenida lisboeta.
Eugénio Costa Almeida desvaloriza o peso do caso que envolveu o ministro dos Negócios Estrangeiros português na declaração do Presidente angolano.
Há uma semana, o Diário de Notícias noticiou que, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, divulgada no dia 19 de setembro, Rui Machete pediu desculpa a Angola por investigações do Ministério Público português a empresários angolanos.
Recordando que a entrevista à Rádio Nacional de Angola data de setembro, o professor considera que "o impacto em Angola foi diminuto", se comparado com "os efeitos secundários" que teve em Portugal.
O investigador apontou ainda que, apesar de "a bomba" do discurso de José Eduardo dos Santos, pelo menos para as relações externas, ter sido "a hipótese do fim da parceria estratégica com Portugal", o que mais importou aos angolanos "foi a ênfase que ele deu à defesa da riqueza e dos mais ricos".
15/10/2013
Hoje, durante o discurso sobre o estado da nação, que abre a sessão legislativa na Assembleia Nacional de Angola, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos anunciou o fim da parceria estratégica com Portugal.
"Só com Portugal, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político atual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada", disse José Eduardo Santos.
Em declarações à Lusa, Eugénio Costa Almeida, professor e investigador do Centro de Estudos Africanos do ISCTE -- Instituto Universitário de Lisboa e natural de Angola, recorda que, geralmente, as investidas "diárias" da imprensa angolana contra Portugal, nomeadamente do Jornal de Angola, costumam desencadear "sempre um qualquer 'quid pro quo'" nas relações bilaterais.
Mas, agora, é preciso aguardar "os desenvolvimentos" das diplomacias portuguesa e angolana, frisou, recordando que a declaração do Presidente angolano foi "sucinta", embora quem a ela assistiu descreva que José Eduardo Santos "não estava, de facto, muito satisfeito".
Se, eventualmente, o fim da parceria estratégica se vier a concretizar, Eugénio Costa Almeida admite que "pode pôr em causa a cimeira [bilateral] já prevista". Portugal e Angola agendaram para fevereiro, em Luanda, a realização da primeira cimeira bilateral.
A lista de negócios que podem sentir os efeitos do fim da parceria também é extensa, apontou.
"Pode pôr em causa, direta ou indiretamente, a fusão da Zon e Optimus, pode pôr em causa os investimentos da Sonangol, nomeadamente no setor financeiro, em Portugal, pode pôr em causa a participação estratégica da Sonae em Angola e, se me permite a ironia, pode provocar um certo tremor de terra na Avenida da Liberdade", enumerou o investigador, aludindo às compras que cidadãos angolanos fazem nas lojas caras da avenida lisboeta.
Eugénio Costa Almeida desvaloriza o peso do caso que envolveu o ministro dos Negócios Estrangeiros português na declaração do Presidente angolano.
Há uma semana, o Diário de Notícias noticiou que, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, divulgada no dia 19 de setembro, Rui Machete pediu desculpa a Angola por investigações do Ministério Público português a empresários angolanos.
Recordando que a entrevista à Rádio Nacional de Angola data de setembro, o professor considera que "o impacto em Angola foi diminuto", se comparado com "os efeitos secundários" que teve em Portugal.
O investigador apontou ainda que, apesar de "a bomba" do discurso de José Eduardo dos Santos, pelo menos para as relações externas, ter sido "a hipótese do fim da parceria estratégica com Portugal", o que mais importou aos angolanos "foi a ênfase que ele deu à defesa da riqueza e dos mais ricos".
mcarvalho
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Federer Escreveu:mcarvalho Escreveu:Lá se vai o El Dorado
O que é c erto é que a nossa Maria já está a cair ... então a Mota Engil :oh".
Quem é a Maria?
Já que falam na Mota, alguém sabe qual a percentagem de Angola na carteira de negócios da MotaEngil ?
Penso que já não é assim tão grande como já foi, não quero com isto dizer que não possa haver um arrombo grande...
MAV8
Carteira 69
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Já perguntaram ao homem se o corte é só para o povo Angolano ou se é também para os seus investimentos e da filha!!!
Parece é que já cá meteram a massa toda que queriam meter, agora devem estar a pensar noutro destino ou a fazerem-se dificeis (as virgens) para receberem favores ...
Parece é que já cá meteram a massa toda que queriam meter, agora devem estar a pensar noutro destino ou a fazerem-se dificeis (as virgens) para receberem favores ...
MAV8
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
BE: "Portugal não se soube dar ao respeito, por isso está a ser desrespeitado" por Angola
15/10/2013
“Esta postura do regime [angolano] tem clara relação” com as declarações de Rui Machete, sublinhou o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares. “Quem não se dá ao respeito não é respeitado, isso é factual neste contexto”, acrescentou. “Portugal não se deu ao respeito, e ao não se dar a esse respeito, é agora pressionado e novamente desrespeitado”, lamentou.
Pedro Filipe Soares entende que está na hora de Rui Machete deixar o Ministério dos Negócios Estrangeiros. “O Governo disse que queria manter Rui Machete e dava a entender que era devido às relações com Angola”, mas agora já não pode invocar esse argumento, considera o deputado.
“É a desastrosa condução de todo este processo que está a ser colocada sob o crivo da crítica”, analisa. O fim da parceria estratégica, hoje anunciado pelo presidente angolano José Eduardo dos Santos, “é um desrespeito sobre um Estado de Direito como é Portugal”, e é “uma pressão sobre a separação de poderes, de haver uma lei que é cumprida para todos”.
Em resumo, “Portugal não se soube dar ao respeito, por isso está a ser desrespeitado nesta matéria”. “Quem deve dar explicações” sobre este tema “é o primeiro-ministro”, afirmou ainda Pedro Filipe Soares.
15/10/2013
“Esta postura do regime [angolano] tem clara relação” com as declarações de Rui Machete, sublinhou o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares. “Quem não se dá ao respeito não é respeitado, isso é factual neste contexto”, acrescentou. “Portugal não se deu ao respeito, e ao não se dar a esse respeito, é agora pressionado e novamente desrespeitado”, lamentou.
Pedro Filipe Soares entende que está na hora de Rui Machete deixar o Ministério dos Negócios Estrangeiros. “O Governo disse que queria manter Rui Machete e dava a entender que era devido às relações com Angola”, mas agora já não pode invocar esse argumento, considera o deputado.
“É a desastrosa condução de todo este processo que está a ser colocada sob o crivo da crítica”, analisa. O fim da parceria estratégica, hoje anunciado pelo presidente angolano José Eduardo dos Santos, “é um desrespeito sobre um Estado de Direito como é Portugal”, e é “uma pressão sobre a separação de poderes, de haver uma lei que é cumprida para todos”.
Em resumo, “Portugal não se soube dar ao respeito, por isso está a ser desrespeitado nesta matéria”. “Quem deve dar explicações” sobre este tema “é o primeiro-ministro”, afirmou ainda Pedro Filipe Soares.
mcarvalho
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
Eurouro Escreveu:The Wave Escreveu:José Eduardo dos Santos anunciou hoje em Luanda o fim da parceria estratégica com Portugal, durante o discurso sobre o estado da Nação.
"Só com Portugal, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada", disse José Eduardo Santos.
Portugal e Angola têm previsto realizar, em Luanda, em fevereiro do próximo ano, a primeira cimeira bilateral, cuja realização foi anunciada em fevereiro passado pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas.
Económico com Lusa
15/10/13 11:06
Que as pessoas não se esqueçam disto! É Angola a virar costas a Portugal porque temos politicos desgovernantes da comunidade.
Não é tanto pelos desgovernantes...
É claramente o passo a seguir...para que vais formar sociedade com alguém de que já não precisas e tens possibilidades de comprar esse alguém e colocá-lo a trabalhar para ti?
Sei que vou fazer um comentário radical, mas é o que acredito, Portugal será "comprado" por Angola, é uma questão de tempo, basta ver aquilo a que eles andavam a chamar de "posicionamento" estratégio em alguns títulos do nosso Psi entre outras coisas... E digo mais, os parceiros dos Angolanos, obviamente serão os chineses.
Aguardem...
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Re: Presidente angolano anuncia fim da parceria estratégica
alias, nos nem temos moral para dizer nada a esse respeito, o que não faltam são políticos em portugal que ganharam o deles pelo governo. Basta ver o passado mais recente.
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