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Caldeirão da Bolsa

"Privatização" dos CTT

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: "Privatização" dos CTT

por mcarvalho » 7/10/2013 21:39

Urbanos: Governo pode perder dinheiro com IPO dos CTT

07/10/2013

“Acho muito estranho que isso aconteça, num momento em que o Estado tem 8 propostas privadas” para os CTT, disse ao Negócios, Alfredo Casimiro.

O presidente da Urbanos admitiu que foi com surpresa que viu a notícia do "Expresso" que dava conta que o Governo estava a preparar a dispersão do capital dos Correios em Bolsa.

“Não sei como é que o Estado vai conseguir cumprir o que está inscrito no Conselho de Ministros, como a manutenção durante cinco anos do projecto e que haja capital estrangeiro”, acrescentou.

Para o presidente da Urbanos é claro que, numa altura em que os mercados estão fragilizados que “o rating da República está como está e os bancos desvalorizados, de certeza que o Governo vai vender a empresa a um valor abaixo do possível”.

“A nossa carta de intenções tem um valor de compra entre os 500 e os 600 milhões de euros, para um projecto mais vasto, não acredito que um IPO valorize a empresa além dos 400 milhões de euros”, detalhou a mesma fonte.

E se a opção do Governo for alienar apenas 51%, “o encaixe não iria além dos 150 ou 180 milhões de euros, muito aquém do que são as perspectivas actuais”.

A Urbanos entregou a proposta com a Shuaa Capital, um banco de investimento com sede no Dubai.
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Re: "Privatização" dos CTT

por richardj » 7/10/2013 20:31


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Re: "Privatização" dos CTT

por richardj » 7/10/2013 15:30

linkes com os resultados consulidados de 2012 e do 1º semestre deste ano:

http://www.ctt.pt/fectt/export/download ... s_2012.pdf

http://www.ctt.pt/fectt/export/download ... m_2013.pdf


ainda falta saber em que moldes poderá haver um OPV. Alias pode haver a impossibilidade de depois vender as acções por 5 anos.

http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... ei-1605074

já agora, alem consegue atirar um numero para o valor dos CTT ? E explicar como chegou a esse valor?

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Re: "Privatização" dos CTT

por pmpcpinto » 7/10/2013 15:18

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Re: "Privatização" dos CTT

por mcarvalho » 7/10/2013 15:13

concordo Elias... e penso que percebeste onde queria chegar...

Agora vale tudo... sacrificam-se as pessoas a trabalhar em permanencia .. quando já não há necessidade..estas medidas deveriam ter sido tomadas há muito ... mas se alguém se preocupasse com o país e não com os votos que garantiam o taccho!

os camaleões, os lagartos e os viscosos .. continuam a adaptar-se , seguindo Darwin (um Erradamente , ou não, apelidado de evolucionista, por conveniencia dos que dele se aproveitaram ) .. Adaptam-se só para comerem a parte deles e dos outros.

Tantas revoluções, tantos miguel de vasconcelos .. tanto faz chineses , como franceses, ingleses, angolanos ou qualquer raça alienigena que esteja para vier .. ganha sempre a esta porcaria



PORTUGAL TEVE ORIGEM NUMA DISPUTA ENTRE UM FILHO MAL CRIAdo E UMA MÃE LEVIANA .. do pai .. pouco se sabe

abraço

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Re: Re:

por Lion_Heart » 7/10/2013 15:04

Elias Escreveu:
dfviegas Escreveu:pelo menos agora as pessoas tem uma vantagem em ser em floristas, supermercados etc...
É que estão abertos a horas em que servem as pessoas que trabalham. E deixa de haver necessidade de faltar algumas horitas ao trabalho para levantar uma encomenda.


(nota: o sublinhado acima é da minha responsabilidade)

Muitas vezes tenho a sensação de que as pessoas querem ter direito ao seu descanso diário e semanal, mas ao mesmo tempo têm a expectativa de que uma data de outros serviços permaneçam disponíveis na sua hora de descanso (à noite e ao fim-de-semana), nomeadamente restauração, comércio, transportes, postos de combustíveis, entre tantas outras coisas.

Convém não esquecer que as pessoas que prestam esses serviços também estão a trabalhar.
E estão a trabalhar nesses horários pós-laboral ou de fim-de-semana, muitas vezes com sacrifício da sua vida pessoal, para que quem tem os horários ditos normais possa dispor desses serviços à hora a que mais lhes convém.



O Lema é: desde que sejam os outros, esta tudo bem. Aplicado a tudo
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Re:

por Elias » 7/10/2013 14:52

dfviegas Escreveu:pelo menos agora as pessoas tem uma vantagem em ser em floristas, supermercados etc...
É que estão abertos a horas em que servem as pessoas que trabalham. E deixa de haver necessidade de faltar algumas horitas ao trabalho para levantar uma encomenda.


(nota: o sublinhado acima é da minha responsabilidade)

Muitas vezes tenho a sensação de que as pessoas querem ter direito ao seu descanso diário e semanal, mas ao mesmo tempo têm a expectativa de que uma data de outros serviços permaneçam disponíveis na sua hora de descanso (à noite e ao fim-de-semana), nomeadamente restauração, comércio, transportes, postos de combustíveis, entre tantas outras coisas.

Convém não esquecer que as pessoas que prestam esses serviços também estão a trabalhar.
E estão a trabalhar nesses horários pós-laboral ou de fim-de-semana, muitas vezes com sacrifício da sua vida pessoal, para que quem tem os horários ditos normais possa dispor desses serviços à hora a que mais lhes convém.
 
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Re: "Privatização" dos CTT

por mcarvalho » 7/10/2013 14:43

é pena que seja só agora...em que a grande maioria das pessoas tem tempo demais e não tem para onde ir, não se importa de ir para as filas destas empresas , onde está sentada e com ar condicionado. porque foi reformada, despedida ou executada à força :roll:

num café é expulsa.. por indigente ou não fazer despesa
Editado pela última vez por mcarvalho em 7/10/2013 14:53, num total de 1 vez.
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Re:

por ghorez » 7/10/2013 14:40

ppbogos Escreveu:
dfviegas Escreveu:pelo menos agora as pessoas tem uma vantagem em ser em floristas, supermercados etc...
É que estão abertos a horas em que servem as pessoas que trabalham. E deixa de haver necessidade de faltar algumas horitas ao trabalho para levantar uma encomenda.


É exactamente isso que sinto. Os CTT neste momento estão virados para as minhas necessidades do dia-a-dia. Já consigo registar cartas e levantar encomendas e avisados às 19H00.
Mas se alguma vez se pensasse colocar turnos nos correios até essas horas....Ui, vinha logo as bandeirinhas à porta para fazer manif's.

Cumprimentos

[/b]


Sem dúvida alguma, finalmente é possível tratar de assuntos depois do horário laboral ou até (pasme-se!) a um sábado de manhã. Estão a evoluir para muito melhor!
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Re: "Privatização" dos CTT

por Elias » 6/9/2013 15:16

Quem comprar acções dos CTT não as poderá vender por cinco anos
ANA FERNANDES 06/09/2013 - 11:42
publico

Está dado mais um passo para a alienação de 100% do capital da empresa pública.


Com a publicação, nesta sexta-feira em Diário da República, do decreto-lei que aprova o processo de privatização dos CTT, é dado mais um passo para a venda de 100% do capital desta empresa pública. Quem adquirir acções poderá ficar impedido de as vender num prazo máximo de cinco anos e de alienar partes de empresas vitais para a actividade dos CTT.

A privatização, aprovada no final do mês de Julho pelo Conselho de Ministros, pode ser feita por três vias: por operações de venda directa de referência através de negociação particular com os investidores interessados, por oferta pública de venda no mercado que pode ser combinada com uma venda directa institucional. Estas modalidades podem ser combinadas entre si. Aos trabalhadores estão garantidas até 5% das acções, como é obrigatório por lei.

Segundo o decreto-lei, “as acções adquiridas no âmbito da venda directa de referência podem ser sujeitas ao regime da indisponibilidade por um período máximo de até cinco anos a fixar por resolução do Conselho de Ministros”. Já as acções adquiridas pelos trabalhadores ficarão indisponíveis por 90 dias.

“O regime de indisponibilidade no âmbito da venda directa de referência pode aplicar -se a negócios jurídicos dos quais resulte a transferência ou perda de controlo sobre as empresas actualmente detidas, directa ou indirectamente, pela CTT, que sejam mais relevantes para o desenvolvimento da sua actividade”, acrescenta o decreto-Lei. Entre as empresas participadas que também serão alienadas estão, por exemplo, a CTT Expresso, Payshop e PostContact.

O Governo decidiu ainda que “as acções sujeitas a indisponibilidade não podem ser objecto de negócios jurídicos que visem a sua oneração ou a transmissão, temporária ou definitiva, da respectiva titularidade ou dos seus direitos de voto ou outros direitos inerentes, ainda que sujeitas a eficácia futura”.

“O Governo reserva -se o direito de, em qualquer momento e mediante resolução do Conselho de Ministros, suspender ou anular o processo de privatização, sempre que razões de interesse público o justifiquem”, salvaguarda o decreto-Lei.
No dia em que foi aprovada a privatização, o secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues disse que a nomeação da comissão de acompanhamento da privatização será feita “muito em breve”.

“Esperamos que seja um processo de privatização competitivo. Haverá duas fases: a primeira com ofertas não- vinculativas e depois a segunda já de ofertas vinculativas”, descreveu o secretário de Estado, que espera ter estas duas fases concluídas até ao final deste ano.
 
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por bogos » 3/6/2013 13:20

dfviegas Escreveu:pelo menos agora as pessoas tem uma vantagem em ser em floristas, supermercados etc...
É que estão abertos a horas em que servem as pessoas que trabalham. E deixa de haver necessidade de faltar algumas horitas ao trabalho para levantar uma encomenda.


É exactamente isso que sinto. Os CTT neste momento estão virados para as minhas necessidades do dia-a-dia. Já consigo registar cartas e levantar encomendas e avisados às 19H00.
Mas se alguma vez se pensasse colocar turnos nos correios até essas horas....Ui, vinha logo as bandeirinhas à porta para fazer manif's.

Cumprimentos



[/b]
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por dfviegas » 3/6/2013 13:14

pelo menos agora as pessoas tem uma vantagem em ser em floristas, supermercados etc...
É que estão abertos a horas em que servem as pessoas que trabalham. E deixa de haver necessidade de faltar algumas horitas ao trabalho para levantar uma encomenda.
 
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"Privatização" dos CTT

por Lion_Heart » 3/6/2013 2:27

Vou começar por explicar porque coloquei privatização entre aspas. Porque ultimamente o que assisto em Portugal não é privatizações mas vendas directas a amigos ou a quem oferece mais para tapar buracos mas exige garantias.

Privatizar é vender em bolsa a privados ou a institucionais nunca em negociatas privadas.


Tivemos os tristes casos da REN e EDP vendidas ao Estado Chinês numa privatização nunca antes vista e com contornos nunca conhecidos do público mas que implicam subidas constantes do preço electricidade e somas astronómicas para despesas extras como ventoinhas solar e etc.


Tivemos uma palhaçada com a venda da TAP , uma amostra do tipo de negociatas que se faz em Portugal, mas algumas vez alguém acredita que num negócio daquele valor as garantias não tinham que ser apresentadas a cabeça? O próprio Estado exige isso num negociozito qualquer . A secretária de Estado do Tesouro encarregue do negocio devia ter sido imediatamente demitida por tal monstruosidade , mas já se percebeu que é uma das meninas bonitas do PSD.

Depois tivemos a pseudo venda dos estaleiros navais de Viana do Castelo , que era não era foi não foi , teve quase a ser e acabou em nada. Mas o que é isto?


E agora os CTT

Os CTT vão ser vendidos em bolsa ou aos amigos?

As lojas e estações dos CTT andam a fechar como moscas a morrer, são as dezenas.
E depois a concessão é dadas a supermercados, papelarias, floristas? Mas o que é isto? Só falta dar a um cemitério!

Se querem fechar lojas e estações façam como nos Países civilizados , criem centrais e depois mandem por camião , furgão , carro , entregar porta a porta.

Poupar dinheiro? Vou dar o exemplo aqui de Braga , os CTT tinham um quarteirão no centro da cidade, edifício Histórico propriedade do Estado. Foi vendido para um shopping e os CTT arrendaram um espaço por varias dezenas de milhar.


Sinceramente, uma vergonha.

O que os CTT deveriam fazer era uma parceria/compra parcial por um outro operador estrangeiro e o restante vendido em bolsa.
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