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Caldeirão da Bolsa

OT- Cavaco Silva parte a loiça

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por canguru » 10/7/2013 22:54

o cavaco conseguiu ser a cereja no topo do bolo :)

e o sonho de sá carneiro (Um Governo, uma maioria, um Presidente) traduz-se na política de de cu espetado na diplomacia externa (basta ver o que se passou com o avião de evo morales) e de tiro no pé na gestão interna da pior crise de sempre.
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por ferreira10 » 10/7/2013 22:54

KIMBALA Escreveu:


Boas,

o sentido da solução era para que os 3acordassem cumprir o plano. Daí eu considerar a solução mais complicada, mas tambem a melhor das 3. Caso contrário tens toda a razão e será um desgoverno total.

Cumps,
MAV

Eu não tenho este entendimento!Vá lá; vamos supor que os partidos não conseguem nenhum acordo, que é aqui que é o mais provável que aconteça. Então...este governo leva a legislatura até ao fim.Ou seja, cumpre-se aquele desígnio que Cavaco deseja.

Em parte, o que Cavaco fez , foi mostrar o cartão amarelo a todos aqueles que têm ou podem ter responsabilidades governativas.Não foram só aqueles que estiveram envolvidos no desacato.Mas também todos os outros; uns por tê-los ignorado, outros porque como alguns dizem, continuam sem conseguir apresentar soluções credíveis para a governação do país.

Isto vai dar em quê?Ou o PS faz uma volta de 360º ou fica tudo na mesma e a legislatura é para ser levada até ao fim.
Editado pela última vez por ferreira10 em 10/7/2013 22:55, num total de 1 vez.
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por rcosta » 10/7/2013 22:51

Percebo e concordo com a tua opinião, mas se isto nao fosse Portugal!!!! A solução de novo elenco governativo aparentemente mais virado para economia bloqueado, o que vai fazer o Portas !?!?!?! Digo-te isto foi o pior que podia ter acontecido
 
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por KIMBALA » 10/7/2013 22:43

rcosta Escreveu:
KIMBALA Escreveu:
rcosta Escreveu:Solução sem pés nem cabeça !! Se fosse o Passos amanha demissão e o Cavaco com a batata quente na mão !



Errado. Esta seria a melhor solução de todas possiveis. 3 iniciaram o plano de ajustamente 3 terminavam o plano de ajustamente e sobretudo com base num acordo a medio prazo como disse o Sr. Presidente. Seria a mais dificil de todas e pelas declarações do PS foi já para o galheiro. Se tivemos falta de Presidente durante anos, hoje tivemos um super Presidente. Que isto sirva pelo menos como motivo para renovar os lideres politicos atuais... espero que para melhor

Cumps,
MAV



Esta solução vai bloquear o pais no próximo ano, a remodelação já era, Cavaco nao aceitou, toda e qualquer reforma fica bloqueada, daqui a 6 meses já esta tudo em campanha, acho que isto vai saltar a vista dos credores, se era isto , eleições já !


Boas,

o sentido da solução era para que os 3acordassem cumprir o plano. Daí eu considerar a solução mais complicada, mas tambem a melhor das 3. Caso contrário tens toda a razão e será um desgoverno total.

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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por KIMBALA » 10/7/2013 22:40

Joao-D Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Não , segundo entendi o "novo" Governo não toma posse.
Cavaco quer acordo a três até Junho e depois eleições.Nem que seja com tecnocrata.
O Governo actual mantêm-se mas como?


Ele fala de um acordo mas nunca se chega a perceber, em exacto, no que é que consiste o acordo, apesar de ele discutir os seus 3 pilares. Na prática, parece que está a passar a batata quente para os partidos tipo "vocês agora arranjem lá maneira de serem uns meninos responsáveis durante os próximos anos ou eu tratarei de arranjar outra solução". Mas também diz que são os portugueses que saberão retirar as devidas ilacções se os partidos não chegarem a entendimento nenhum.

Quer-me parecer que a linguagem utilizada é demasiado dúbia para a pompa do discurso.


O acordo de que ele fala não é nem para esta legislatura nem para a próxima, é assim uma coisa "intemporal" (ele fala de médio-prazo, não sabemos bem o que significa em exacto médio-prazo para ele) e ele ao mesmo tempo fala "de outras soluções" enquanto tb deixa subentendido que serão os portugueses (em eleições, supõe-se) a avaliar a falta de entendimento, se este não existir.


Como se a falta de esclarecimento/clareza e falta de concretização no que ele realmente pretende (bom, pretende que os partidos são uns meninos responsáveis e bem comportados, essa parte endende-se) não fosse suficiente ainda consegue dizer com veemência que o actual governo está em plenas funções.



Marco, obrigado por deixares a comunicação na integra, mas é muito extensa e ainda não li tudo :-)...
No entanto, fiquei com a mesma ideia que ficaste sobre o acordo de compromisso de salvação nacional, no entanto, ele aparentemente vetou o acordo do PSD/CDS para renovação do governo...Então... quem vai governar agora? quem vão ser os ministros? O Portas está no governo ou saiu mesmo? Estou confuso...
Acho que o Cavaco deveria ter sido mais claro. Acho que as decisões deveriam ser mais claras e rápidas.


No meu entender o Presidente colocou as seguintes possibilidades pela ordem que transcrevo:
1º tentar acordo de medio prazo a 3 para cumprir com o plano imposto e assinado pelos 3 mesmo que com o apoio de uma pessoa de reconhecido valor
2º caso não se consiga acordo continuar com o goverdo actual (palavras ditas pelo Sr. Presidente: reforço que o Governo continua a desempenhar em plenitude as suas funções
3º caso nenhuma das 2 anteriores sejam possiveis, então vamos para o abismo com eleiçoes antecipadas

Ao meu jeito :) foi isto que percebi

Cumps,
MAV
 
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por rcosta » 10/7/2013 22:39

KIMBALA Escreveu:
rcosta Escreveu:Solução sem pés nem cabeça !! Se fosse o Passos amanha demissão e o Cavaco com a batata quente na mão !



Errado. Esta seria a melhor solução de todas possiveis. 3 iniciaram o plano de ajustamente 3 terminavam o plano de ajustamente e sobretudo com base num acordo a medio prazo como disse o Sr. Presidente. Seria a mais dificil de todas e pelas declarações do PS foi já para o galheiro. Se tivemos falta de Presidente durante anos, hoje tivemos um super Presidente. Que isto sirva pelo menos como motivo para renovar os lideres politicos atuais... espero que para melhor

Cumps,
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Esta solução vai bloquear o pais no próximo ano, a remodelação já era, Cavaco nao aceitou, toda e qualquer reforma fica bloqueada, daqui a 6 meses já esta tudo em campanha, acho que isto vai saltar a vista dos credores, se era isto , eleições já !
 
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por Joao-D » 10/7/2013 22:35

MarcoAntonio Escreveu:
Ele fala de um acordo mas nunca se chega a perceber, em exacto, no que é que consiste o acordo, apesar de ele discutir os seus 3 pilares. Na prática, parece que está a passar a batata quente para os partidos tipo "vocês agora arranjem lá maneira de serem uns meninos responsáveis durante os próximos anos ou eu tratarei de arranjar outra solução". Mas também diz que são os portugueses que saberão retirar as devidas ilacções se os partidos não chegarem a entendimento nenhum.

Quer-me parecer que a linguagem utilizada é demasiado dúbia para a pompa do discurso.


O acordo de que ele fala não é nem para esta legislatura nem para a próxima, é assim uma coisa "intemporal" (ele fala de médio-prazo, não sabemos bem o que significa em exacto médio-prazo para ele) e ele ao mesmo tempo fala "de outras soluções" enquanto tb deixa subentendido que serão os portugueses (em eleições, supõe-se) a avaliar a falta de entendimento, se este não existir.


Como se a falta de esclarecimento/clareza e falta de concretização no que ele realmente pretende (bom, pretende que os partidos são uns meninos responsáveis e bem comportados, essa parte endende-se) não fosse suficiente ainda consegue dizer com veemência que o actual governo está em plenas funções.



Marco, obrigado por deixares a comunicação na integra, mas é muito extensa e ainda não li tudo :-)...
No entanto, fiquei com a mesma ideia que ficaste sobre o acordo de compromisso de salvação nacional, mas ele aparentemente vetou o acordo do PSD/CDS para renovação do governo...Então... quem vai governar agora? quem vão ser os ministros? O Portas está no governo ou saiu mesmo? Estou confuso...
Acho que o Cavaco deveria ter sido mais claro. Acho que as decisões deveriam ser mais claras e rápidas.
Editado pela última vez por Joao-D em 10/7/2013 22:40, num total de 1 vez.
 
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por pepe7 » 10/7/2013 22:31

MarcoAntonio Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Acordo a 3 e depois eleições?
Escolher um tecnocrata até Junho?
E o novo Governo já era sem o ter sido?


Como assim?

O Governo actual mantém-se em funções, o PR aceita o entendimento entre o PSD e o CDS-PP.


Eleições só para 2014 e mediante um memorando de entendimento ainda a realizar. Se isto se verificar, fará 3 anos de Governo (dos 4 inicialmente previstos).


Caro MarcoAntonio,
Não me parece se seja assim :

Presidente da República quer “compromisso de salvação nacional” para eleições antecipadas em Junho de 2014
10 Julho 2013, 20:49 por Sara Antunes | saraantunes@negocios.ptPresidente da República recusa convocar eleições antecipadas de imediato, mas apelou aos partidos que assinaram o memorando de entendimento com a troika que aceitem um “compromisso de salvação nacional”, que teria três pontos, sendo um deles a convocação de eleições para o momento em que termina o programa de ajustamento, em Junho de 2014. “Recordo que o actual Governo se encontra em plenitude das suas funções”, avisou.
O Presidente da República explicou porque não convoca eleições e sublinhou por diversas vezes que esse seria o pior cenário para o país, por questões externas e internas. E apresentou a solução: um “compromisso de salvação nacional” entre os três partidos que assinaram o memorando de entendimento com a troika – PSD, PS e CDS.


Um entendimento : entre os três partidos que assinaram o memorando de entendimento com a troika – PSD, PS e CDS.
Bem na minha opinião a muito curto prazo parece complexo... :roll: pois vai criara instabilidade nos mercados, etc, parece-me..logo seria sensato tal acordo, pois foram o PSD, PS e CDS que assinaram o memorando.O que me parece é que esse entendimento não me parece possível... :roll: se já a coligação já não e entendem...e esta mesma já não oferece garantias" de estabilidade pelo que se passou a semana passada... :twisted: e me parece que a pressão de todas as partes sobre a coligação será ainda maior....e parece criar mais instabilidade, logo a solução para mim pode passar por um "governo de salvação nacional" pelo interesse nacional sem politiquice...e tal penso que traria até as tais para eleições antecipadas em Junho de 2014 mais estabilidade que a actual coligação, pois ela por natureza já é instável e totalmente fragilizada e imprevisível, podendo ser tb perigosa para País....fica ideia.
Nota: não tenho cor politica, pois são todos iguais até prova em contrario, se um dia tal for possível... :roll:
Abraço,
Pepe

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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por Greedy_Greeny » 10/7/2013 22:27

MarcoAntonio Escreveu:O acordo de que ele fala não é nem para esta legislatura nem para a próxima, é assim uma coisa "intemporal" (ele fala de médio-prazo, não sabemos bem o que significa em exacto médio-prazo para ele) e ele ao mesmo tempo fala "de outras soluções" enquanto tb deixa subentendido que serão os portugueses (em eleições, supõe-se) a avaliar a falta de entendimento, se este não existir.


traduzindo:
encostou o PS às cordas passando-lhe a batata quente e fazendo cair sobre esse partido o ônus de todas as consequências nefastas que daí advenham caso não entrem num acordo mesmo que cego, surdo e mudo...
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por KIMBALA » 10/7/2013 22:24

MarcoAntonio Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Não , segundo entendi o "novo" Governo não toma posse.
Cavaco quer acordo a três até Junho e depois eleições.Nem que seja com tecnocrata.
O Governo actual mantêm-se mas como?


Ele fala de um acordo mas nunca se chega a perceber, em exacto, no que é que consiste o acordo, apesar de ele discutir os seus 3 pilares. Na prática, parece que está a passar a batata quente para os partidos tipo "vocês agora arranjem lá maneira de serem uns meninos responsáveis durante os próximos anos ou eu tratarei de arranjar outra solução". Mas também diz que são os portugueses que saberão retirar as devidas ilacções se os partidos não chegarem a entendimento nenhum.

Quer-me parecer que a linguagem utilizada é demasiado dúbia para a pompa do discurso.


O acordo de que ele fala não é nem para esta legislatura nem para a próxima, é assim uma coisa "intemporal" (ele fala de médio-prazo, não sabemos bem o que significa em exacto médio-prazo para ele) e ele ao mesmo tempo fala "de outras soluções" enquanto tb deixa subentendido que serão os portugueses (em eleições, supõe-se) a avaliar a falta de entendimento, se este não existir.


Como se a falta de esclarecimento/clareza e falta de concretização no que ele realmente pretende (bom, pretende que os partidos são uns meninos responsáveis e bem comportados, essa parte endende-se) não fosse suficiente ainda consegue dizer com veemência que o actual governo está em plenas funções.



Deixo a comunicação na íntegra:


Boa noite,

Na semana passada, todos fomos confrontados, de forma inesperada, com uma grave crise política. Os efeitos fizeram-se sentir de imediato no aumento das taxas de juro e na deterioração da imagem externa de Portugal.

Desse modo, os Portugueses puderam ter uma noção do que significa associar uma crise política à crise económica e social que o País atravessa.

Num quadro desta gravidade, impõe-se que todos atuem de forma serena e ponderada, avaliando com bom senso e sentido de responsabilidade quais as soluções que, pela sua credibilidade e pela sua consistência, melhor servem o interesse nacional.

Esta crise política é diferente de todas as outras que Portugal conheceu no passado. Ocorre num momento em que estamos vinculados a um exigente Programa de Assistência Financeira estabelecido com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional, instituições que nos têm vindo a emprestar os recursos necessários ao financiamento do Estado.

Assumimos o compromisso de pôr em prática, até junho de 2014, um conjunto de medidas visando a redução do desequilíbrio das contas públicas e a adoção das reformas que garantam a melhoria da competitividade da produção nacional.

O Programa de Assistência Financeira permanece em vigor, sendo a sua execução rigorosa uma condição indispensável para a nossa credibilidade no plano externo e para a obtenção dos financiamentos de que o País precisa.

Em face da perda de credibilidade e de confiança gerada pelos acontecimentos da semana passada, diversas vozes, de vários quadrantes, têm considerado que a atual crise política só poderá ser ultrapassada através da dissolução da Assembleia da República e da convocação de eleições antecipadas para finais de setembro.

Ouvi os partidos políticos com representação parlamentar e os parceiros sociais, que manifestaram opiniões muito divergentes sobre esta matéria.

No momento em que Portugal atravessa uma das fases mais críticas da história do seu regime democrático, é meu dever, em primeiro lugar, esclarecer os Portugueses sobre as consequências da realização de eleições antecipadas na conjuntura que vivemos.

Falta menos de um ano para o fim do Programa de Ajustamento a que nos comprometemos com as instituições internacionais e que temos vindo a executar desde junho de 2011, com pesados sacrifícios para os Portugueses.

Iniciar agora um processo eleitoral pode significar um retrocesso naquilo que já foi conseguido e tornar necessário um novo programa de assistência financeira. Os sacrifícios dos Portugueses, em parte, teriam sido em vão.

Durante mais de dois meses teríamos um governo de gestão limitado na sua capacidade de tomar medidas e de defender o interesse nacional. Nas últimas eleições para a Assembleia da República, entre o anúncio da dissolução do Parlamento e a posse do Governo mediaram 82 dias.

Por outro lado, os Portugueses devem ter presente que a realização de eleições antecipadas, mesmo se estas ocorressem no mês de setembro, implicaria que o Orçamento do Estado para 2014 só entrasse em vigor, na melhor das hipóteses, em finais de março do próximo ano.

O Orçamento do Estado de 2014 e o momento da sua entrada em vigor são determinantes para que Portugal possa regressar aos mercados e obter os meios financeiros indispensáveis ao financiamento da economia e do Estado e para encerrar com êxito o atual Programa de Ajustamento.

A falta de Orçamento do Estado agravaria, de forma muito significativa, o risco de Portugal ter de recorrer a um novo programa de assistência financeira. Este novo programa seria provavelmente mais exigente e teria condições mais gravosas do que aquele que atualmente está em vigor, com reflexos diretos – e dramáticos – no dia-a-dia das famílias. Além disso, não há sequer a garantia de que os parlamentos nacionais dos diversos Estados europeus aprovassem esse segundo resgate financeiro.

Existe uma outra razão, que a generalidade dos Portugueses desconhece, e que desaconselha a realização de eleições a breve trecho. Em 2014 irão vencer-se empréstimos a médio e a longo prazo, que contraímos no passado, no valor de 14 mil milhões de euros. Ora, um dos nossos credores, o Fundo Monetário Internacional, impõe, nestas situações, uma regra: com um ano de antecedência relativamente à data de vencimento dos empréstimos, o Estado devedor tem de possuir os meios financeiros necessários para efetuar o reembolso. Em palavras simples: Portugal tem de assegurar, nos próximos meses, a totalidade dos meios financeiros para proceder ao pagamento dos empréstimos que se irão vencer em 2014.

Por outro lado, a realização imediata de eleições legislativas antecipadas poderia comprometer a conclusão positiva da 8ª e da 9ª avaliações da execução do Programa, previstas para este mês de julho e para final de setembro, o que pode conduzir à suspensão da transferência para Portugal das parcelas dos empréstimos que nos foram concedidos.

Um cenário de eleições legislativas, no atual contexto, seria extremamente negativo para o interesse nacional. A terem lugar proximamente, as eleições iriam processar-se num clima de grande instabilidade financeira e seria muito elevado o grau de incerteza e a falta de confiança dos agentes económicos e dos mercados no nosso País.

Os sinais de recuperação económica surgidos recentemente iriam regredir e o investimento, que tão decisivo é para a retoma do crescimento e para a criação de emprego, continuaria adiado.

Com o acentuar da incerteza própria de um ato eleitoral nesta conjuntura, seria difícil reconquistar a confiança dos mercados a tempo de concluir com êxito o Programa de Ajustamento, em junho de 2014.

O risco de termos de pedir um novo resgate financeiro é considerável. No caso de um segundo resgate, a posição de Portugal ficaria muito desvalorizada tanto na União Europeia como junto de outros países com os quais mantemos um intenso relacionamento económico.

Além destas razões de ordem económica e financeira, existem também motivos de natureza política que desaconselham a realização imediata de eleições antecipadas.

As eleições, se tivessem lugar já no próximo mês de setembro, processar-se-iam num clima de grande tensão e de crispação entre as diversas forças partidárias, como os Portugueses têm vindo a observar. Isso tornaria muito difícil a formação, após o ato eleitoral, de um governo com consistência e solidez.

No momento atual, as eleições legislativas antecipadas comportam o sério risco de não clarificarem a situação política e, pelo contrário, podem contribuir para a tornar ainda mais confusa, mais precária e mais instável.

Era da maior importância que os partidos políticos adotassem, desde já, uma atitude de maior abertura ao compromisso e ao trabalho em conjunto para a resolução dos complexos problemas que Portugal terá de enfrentar no futuro.

Portugueses,

Tendo exposto ao País o que penso da atual situação e as razões pelas quais considero ser indesejável a realização imediata de eleições legislativas, quero apresentar agora o meu entendimento sobre a solução que melhor serve o interesse nacional.

No contexto das restrições de financiamento que enfrentamos, a recente crise política mostrou, à vista de todos, que o País necessita urgentemente de um acordo de médio prazo entre os partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional, PSD, PS e CDS.

É esse o caminho que deveremos percorrer em conjunto. Darei o meu firme apoio a esse acordo, que, na atual conjuntura de emergência, representa verdadeiramente um compromisso de salvação nacional. Repito: trata-se de um compromisso de salvação nacional.

O Presidente da República não pode impô-lo aos partidos, até porque um acordo desta natureza e deste alcance só terá consistência e solidez se contar com a adesão voluntária, firme e responsável das forças políticas envolvidas.

Terão de ser os partidos a chegar a um entendimento e a concluir que esta é a solução que melhor serve o interesse dos Portugueses, agora e no futuro.

Com a máxima clareza e com toda a transparência, afirmo que esse compromisso deve assentar em três pilares fundamentais.

Primeiro, o acordo terá de estabelecer o calendário mais adequado para a realização de eleições antecipadas. A abertura do processo conducente à realização de eleições deve coincidir com o final do Programa de Assistência Financeira, em junho do próximo ano.

Em segundo lugar, o compromisso de salvação nacional deve envolver os três partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento, garantindo o apoio à tomada das medidas necessárias para que Portugal possa regressar aos mercados logo no início de 2014 e para que se complete com sucesso o Programa de Ajustamento a que nos comprometemos perante os nossos credores.

A posição negocial de Portugal sairia reforçada, evitando novos e mais duros sacrifícios aos Portugueses.

Em terceiro lugar, deverá tratar-se de um acordo de médio prazo, que assegure, desde já, que o Governo que resulte das próximas eleições poderá contar com um compromisso entre os três partidos que assegure a governabilidade do País, a sustentabilidade da dívida pública, o controlo das contas externas, a melhoria da competitividade da nossa economia e a criação de emprego.

É essencial afastarmos do horizonte o risco de regresso a uma situação como aquela que atualmente vivemos.

Estou consciente das dificuldades políticas de alcançar este acordo, reconheço a dimensão do esforço que os dirigentes partidários terão de fazer, mas não tenho dúvidas de que ele constitui a solução que melhor serve o interesse nacional e que garante, a qualquer governo, as condições necessárias para enfrentar os problemas do País.

Desde que exista, à partida, vontade e espírito de cooperação entre os partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento, e desde que estes coloquem o interesse nacional acima dos seus próprios interesses, creio que não será difícil definir o conteúdo em concreto desse entendimento. Mais ainda, um acordo desta natureza não se reveste de grande complexidade técnica e poderá ser alcançado com alguma celeridade, podendo recorrer-se a uma personalidade de reconhecido prestígio que promova e facilite o diálogo.

Darei todo o apoio a esse compromisso patriótico, na convicção de que ele irá contribuir, de modo decisivo, para a confiança externa e interna e será um fator de esperança para todos os Portugueses.

Irei contactar de imediato os responsáveis dos partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento para analisarmos a solução que proponho.

Portugueses,

Chegou a hora da responsabilidade dos agentes políticos. As decisões que forem tomadas nos próximos dias irão condicionar o futuro dos Portugueses durante vários anos.

O que está em causa é demasiado grave e demasiado importante. A existência de um compromisso de médio prazo é a solução que melhor serve quer o interesse nacional quer o interesse de todos os partidos, que poderão preparar-se para o próximo ciclo político tendo dado mostras aos Portugueses do seu sentido de responsabilidade.

Sem a existência desse acordo, encontrar-se-ão naturalmente outras soluções no quadro do nosso sistema jurídico-constitucional.

No entanto, se esse compromisso não for alcançado, os Portugueses irão tirar as suas ilações quanto aos agentes políticos que os governam ou que aspiram a ser governo.

Recordo que o atual Governo se encontra na plenitude das suas funções e que, nos termos da Constituição, como disse, existirão sempre soluções para a atual crise política. Contudo, os Portugueses devem estar conscientes de que nenhuma dessas soluções dará as mesmas garantias de estabilidade que permitam olhar o futuro com confiança igual à da proposta que acabo de apresentar.

Depois de tantos sacrifícios que foram obrigados a fazer, depois de terem mostrado um admirável sentido de responsabilidade, os Portugueses têm o direito de exigir que os agentes políticos saibam estar à altura desta hora de emergência nacional.

Acredito que as forças políticas colocarão o interesse nacional acima dos seus interesses partidários, até porque todos estão conscientes da gravidade extrema da situação em que nos encontramos.

Quero, por isso, terminar manifestando a minha confiança no espírito patriótico das forças políticas e, acima de tudo, a minha esperança num futuro melhor para todos os Portugueses.

Boa noite.



O teor do acordo é muito simple a meu ver. Levem os 3 até ao fim o plano que nos foi imposto e que os 3 assinaram.

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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por Greedy_Greeny » 10/7/2013 22:23

rcosta Escreveu:Solução sem pés nem cabeça !! Se fosse o Passos amanha demissão e o Cavaco com a batata quente na mão !


é só jogatanas de passa batata quente de mão em mão...enquanto isso o tuga é que se lixa e o tuga investidor ainda mais!

logo que me livre das minhas posições nunca mais invisto neste pardieiro!
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por KIMBALA » 10/7/2013 22:22

rcosta Escreveu:Solução sem pés nem cabeça !! Se fosse o Passos amanha demissão e o Cavaco com a batata quente na mão !



Errado. Esta seria a melhor solução de todas possiveis. 3 iniciaram o plano de ajustamente 3 terminavam o plano de ajustamente e sobretudo com base num acordo a medio prazo como disse o Sr. Presidente. Seria a mais dificil de todas e pelas declarações do PS foi já para o galheiro. Se tivemos falta de Presidente durante anos, hoje tivemos um super Presidente. Que isto sirva pelo menos como motivo para renovar os lideres politicos atuais... espero que para melhor

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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por MarcoAntonio » 10/7/2013 22:20

Lion_Heart Escreveu:Não , segundo entendi o "novo" Governo não toma posse.
Cavaco quer acordo a três até Junho e depois eleições.Nem que seja com tecnocrata.
O Governo actual mantêm-se mas como?


Ele fala de um acordo mas nunca se chega a perceber, em exacto, no que é que consiste o acordo, apesar de ele discutir os seus 3 pilares. Na prática, parece que está a passar a batata quente para os partidos tipo "vocês agora arranjem lá maneira de serem uns meninos responsáveis durante os próximos anos ou eu tratarei de arranjar outra solução". Mas também diz que são os portugueses que saberão retirar as devidas ilacções se os partidos não chegarem a entendimento nenhum.

Quer-me parecer que a linguagem utilizada é demasiado dúbia para a pompa do discurso.


O acordo de que ele fala não é nem para esta legislatura nem para a próxima, é assim uma coisa "intemporal" (ele fala de médio-prazo, não sabemos bem o que significa em exacto médio-prazo para ele) e ele ao mesmo tempo fala "de outras soluções" enquanto tb deixa subentendido que serão os portugueses (em eleições, supõe-se) a avaliar a falta de entendimento, se este não existir.


Como se a falta de esclarecimento/clareza e falta de concretização no que ele realmente pretende (bom, pretende que os partidos sejam uns meninos responsáveis e bem comportados, essa parte endende-se) não fosse suficiente ainda consegue dizer com veemência que o actual governo está em plenas funções.



Deixo a comunicação na íntegra:


Boa noite,

Na semana passada, todos fomos confrontados, de forma inesperada, com uma grave crise política. Os efeitos fizeram-se sentir de imediato no aumento das taxas de juro e na deterioração da imagem externa de Portugal.

Desse modo, os Portugueses puderam ter uma noção do que significa associar uma crise política à crise económica e social que o País atravessa.

Num quadro desta gravidade, impõe-se que todos atuem de forma serena e ponderada, avaliando com bom senso e sentido de responsabilidade quais as soluções que, pela sua credibilidade e pela sua consistência, melhor servem o interesse nacional.

Esta crise política é diferente de todas as outras que Portugal conheceu no passado. Ocorre num momento em que estamos vinculados a um exigente Programa de Assistência Financeira estabelecido com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional, instituições que nos têm vindo a emprestar os recursos necessários ao financiamento do Estado.

Assumimos o compromisso de pôr em prática, até junho de 2014, um conjunto de medidas visando a redução do desequilíbrio das contas públicas e a adoção das reformas que garantam a melhoria da competitividade da produção nacional.

O Programa de Assistência Financeira permanece em vigor, sendo a sua execução rigorosa uma condição indispensável para a nossa credibilidade no plano externo e para a obtenção dos financiamentos de que o País precisa.

Em face da perda de credibilidade e de confiança gerada pelos acontecimentos da semana passada, diversas vozes, de vários quadrantes, têm considerado que a atual crise política só poderá ser ultrapassada através da dissolução da Assembleia da República e da convocação de eleições antecipadas para finais de setembro.

Ouvi os partidos políticos com representação parlamentar e os parceiros sociais, que manifestaram opiniões muito divergentes sobre esta matéria.

No momento em que Portugal atravessa uma das fases mais críticas da história do seu regime democrático, é meu dever, em primeiro lugar, esclarecer os Portugueses sobre as consequências da realização de eleições antecipadas na conjuntura que vivemos.

Falta menos de um ano para o fim do Programa de Ajustamento a que nos comprometemos com as instituições internacionais e que temos vindo a executar desde junho de 2011, com pesados sacrifícios para os Portugueses.

Iniciar agora um processo eleitoral pode significar um retrocesso naquilo que já foi conseguido e tornar necessário um novo programa de assistência financeira. Os sacrifícios dos Portugueses, em parte, teriam sido em vão.

Durante mais de dois meses teríamos um governo de gestão limitado na sua capacidade de tomar medidas e de defender o interesse nacional. Nas últimas eleições para a Assembleia da República, entre o anúncio da dissolução do Parlamento e a posse do Governo mediaram 82 dias.

Por outro lado, os Portugueses devem ter presente que a realização de eleições antecipadas, mesmo se estas ocorressem no mês de setembro, implicaria que o Orçamento do Estado para 2014 só entrasse em vigor, na melhor das hipóteses, em finais de março do próximo ano.

O Orçamento do Estado de 2014 e o momento da sua entrada em vigor são determinantes para que Portugal possa regressar aos mercados e obter os meios financeiros indispensáveis ao financiamento da economia e do Estado e para encerrar com êxito o atual Programa de Ajustamento.

A falta de Orçamento do Estado agravaria, de forma muito significativa, o risco de Portugal ter de recorrer a um novo programa de assistência financeira. Este novo programa seria provavelmente mais exigente e teria condições mais gravosas do que aquele que atualmente está em vigor, com reflexos diretos – e dramáticos – no dia-a-dia das famílias. Além disso, não há sequer a garantia de que os parlamentos nacionais dos diversos Estados europeus aprovassem esse segundo resgate financeiro.

Existe uma outra razão, que a generalidade dos Portugueses desconhece, e que desaconselha a realização de eleições a breve trecho. Em 2014 irão vencer-se empréstimos a médio e a longo prazo, que contraímos no passado, no valor de 14 mil milhões de euros. Ora, um dos nossos credores, o Fundo Monetário Internacional, impõe, nestas situações, uma regra: com um ano de antecedência relativamente à data de vencimento dos empréstimos, o Estado devedor tem de possuir os meios financeiros necessários para efetuar o reembolso. Em palavras simples: Portugal tem de assegurar, nos próximos meses, a totalidade dos meios financeiros para proceder ao pagamento dos empréstimos que se irão vencer em 2014.

Por outro lado, a realização imediata de eleições legislativas antecipadas poderia comprometer a conclusão positiva da 8ª e da 9ª avaliações da execução do Programa, previstas para este mês de julho e para final de setembro, o que pode conduzir à suspensão da transferência para Portugal das parcelas dos empréstimos que nos foram concedidos.

Um cenário de eleições legislativas, no atual contexto, seria extremamente negativo para o interesse nacional. A terem lugar proximamente, as eleições iriam processar-se num clima de grande instabilidade financeira e seria muito elevado o grau de incerteza e a falta de confiança dos agentes económicos e dos mercados no nosso País.

Os sinais de recuperação económica surgidos recentemente iriam regredir e o investimento, que tão decisivo é para a retoma do crescimento e para a criação de emprego, continuaria adiado.

Com o acentuar da incerteza própria de um ato eleitoral nesta conjuntura, seria difícil reconquistar a confiança dos mercados a tempo de concluir com êxito o Programa de Ajustamento, em junho de 2014.

O risco de termos de pedir um novo resgate financeiro é considerável. No caso de um segundo resgate, a posição de Portugal ficaria muito desvalorizada tanto na União Europeia como junto de outros países com os quais mantemos um intenso relacionamento económico.

Além destas razões de ordem económica e financeira, existem também motivos de natureza política que desaconselham a realização imediata de eleições antecipadas.

As eleições, se tivessem lugar já no próximo mês de setembro, processar-se-iam num clima de grande tensão e de crispação entre as diversas forças partidárias, como os Portugueses têm vindo a observar. Isso tornaria muito difícil a formação, após o ato eleitoral, de um governo com consistência e solidez.

No momento atual, as eleições legislativas antecipadas comportam o sério risco de não clarificarem a situação política e, pelo contrário, podem contribuir para a tornar ainda mais confusa, mais precária e mais instável.

Era da maior importância que os partidos políticos adotassem, desde já, uma atitude de maior abertura ao compromisso e ao trabalho em conjunto para a resolução dos complexos problemas que Portugal terá de enfrentar no futuro.

Portugueses,

Tendo exposto ao País o que penso da atual situação e as razões pelas quais considero ser indesejável a realização imediata de eleições legislativas, quero apresentar agora o meu entendimento sobre a solução que melhor serve o interesse nacional.

No contexto das restrições de financiamento que enfrentamos, a recente crise política mostrou, à vista de todos, que o País necessita urgentemente de um acordo de médio prazo entre os partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional, PSD, PS e CDS.

É esse o caminho que deveremos percorrer em conjunto. Darei o meu firme apoio a esse acordo, que, na atual conjuntura de emergência, representa verdadeiramente um compromisso de salvação nacional. Repito: trata-se de um compromisso de salvação nacional.

O Presidente da República não pode impô-lo aos partidos, até porque um acordo desta natureza e deste alcance só terá consistência e solidez se contar com a adesão voluntária, firme e responsável das forças políticas envolvidas.

Terão de ser os partidos a chegar a um entendimento e a concluir que esta é a solução que melhor serve o interesse dos Portugueses, agora e no futuro.

Com a máxima clareza e com toda a transparência, afirmo que esse compromisso deve assentar em três pilares fundamentais.

Primeiro, o acordo terá de estabelecer o calendário mais adequado para a realização de eleições antecipadas. A abertura do processo conducente à realização de eleições deve coincidir com o final do Programa de Assistência Financeira, em junho do próximo ano.

Em segundo lugar, o compromisso de salvação nacional deve envolver os três partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento, garantindo o apoio à tomada das medidas necessárias para que Portugal possa regressar aos mercados logo no início de 2014 e para que se complete com sucesso o Programa de Ajustamento a que nos comprometemos perante os nossos credores.

A posição negocial de Portugal sairia reforçada, evitando novos e mais duros sacrifícios aos Portugueses.

Em terceiro lugar, deverá tratar-se de um acordo de médio prazo, que assegure, desde já, que o Governo que resulte das próximas eleições poderá contar com um compromisso entre os três partidos que assegure a governabilidade do País, a sustentabilidade da dívida pública, o controlo das contas externas, a melhoria da competitividade da nossa economia e a criação de emprego.

É essencial afastarmos do horizonte o risco de regresso a uma situação como aquela que atualmente vivemos.

Estou consciente das dificuldades políticas de alcançar este acordo, reconheço a dimensão do esforço que os dirigentes partidários terão de fazer, mas não tenho dúvidas de que ele constitui a solução que melhor serve o interesse nacional e que garante, a qualquer governo, as condições necessárias para enfrentar os problemas do País.

Desde que exista, à partida, vontade e espírito de cooperação entre os partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento, e desde que estes coloquem o interesse nacional acima dos seus próprios interesses, creio que não será difícil definir o conteúdo em concreto desse entendimento. Mais ainda, um acordo desta natureza não se reveste de grande complexidade técnica e poderá ser alcançado com alguma celeridade, podendo recorrer-se a uma personalidade de reconhecido prestígio que promova e facilite o diálogo.

Darei todo o apoio a esse compromisso patriótico, na convicção de que ele irá contribuir, de modo decisivo, para a confiança externa e interna e será um fator de esperança para todos os Portugueses.

Irei contactar de imediato os responsáveis dos partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento para analisarmos a solução que proponho.

Portugueses,

Chegou a hora da responsabilidade dos agentes políticos. As decisões que forem tomadas nos próximos dias irão condicionar o futuro dos Portugueses durante vários anos.

O que está em causa é demasiado grave e demasiado importante. A existência de um compromisso de médio prazo é a solução que melhor serve quer o interesse nacional quer o interesse de todos os partidos, que poderão preparar-se para o próximo ciclo político tendo dado mostras aos Portugueses do seu sentido de responsabilidade.

Sem a existência desse acordo, encontrar-se-ão naturalmente outras soluções no quadro do nosso sistema jurídico-constitucional.

No entanto, se esse compromisso não for alcançado, os Portugueses irão tirar as suas ilações quanto aos agentes políticos que os governam ou que aspiram a ser governo.

Recordo que o atual Governo se encontra na plenitude das suas funções e que, nos termos da Constituição, como disse, existirão sempre soluções para a atual crise política. Contudo, os Portugueses devem estar conscientes de que nenhuma dessas soluções dará as mesmas garantias de estabilidade que permitam olhar o futuro com confiança igual à da proposta que acabo de apresentar.

Depois de tantos sacrifícios que foram obrigados a fazer, depois de terem mostrado um admirável sentido de responsabilidade, os Portugueses têm o direito de exigir que os agentes políticos saibam estar à altura desta hora de emergência nacional.

Acredito que as forças políticas colocarão o interesse nacional acima dos seus interesses partidários, até porque todos estão conscientes da gravidade extrema da situação em que nos encontramos.

Quero, por isso, terminar manifestando a minha confiança no espírito patriótico das forças políticas e, acima de tudo, a minha esperança num futuro melhor para todos os Portugueses.

Boa noite.

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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por jabreu3 » 10/7/2013 22:14

O Coelho e o Portas se tiverem vergonha demitem-se.

O Cavaco só peca por não ser mais claro.
 
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por ferreira10 » 10/7/2013 22:10

ferreira10 Escreveu: (...)

O Cavaco percebeu isso na plenitude! Deixou de haver motivos para Seguro andar a buzinar!


Doravante quando seguro começar a buzinar, a dizer que quer eleições, alguém tratará de lhe tocar no ombro dizendo:«Camarada:Você não precisa de lubrificar a garganta com um copo de agua; o que você precisa é de "Consensos": trabalhe, trabalhe, homem; procure consensos e ser-lhe-á feita a vontade!Trabalhe homem; procure consensos»LOL

Querem melhor do que isto?

Porque os políticos são odiosos?Porque lutam por conseguir vantagem uns sobre os outros! E perdem o seu tempo nessas lutas fúteis e inúteis.Lá está; o que lhes falta são consensos! Melhor do que isto....?
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por rcosta » 10/7/2013 22:05

Solução sem pés nem cabeça !! Se fosse o Passos amanha demissão e o Cavaco com a batata quente na mão !
 
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por Greedy_Greeny » 10/7/2013 22:03

bela porcaria...lá vão cair os mercados amanhã

uma solução utópica de entendimento não a 2 mas a 3 é de sonhos com os actuais líderes partidários nomeadamente o do PS cujo discurso é de primeiro o partido e depois o país e os portugueses

acho que se a intenção era boa a utopia presente nela é tal que só leva a crer que alguém fez de Pilatos e lavou as mãos...agora o Tuga vai ser cruxificado!

ou quis fazer de Pilatos ou tem uma visão distorcida da realidade...qualquer uma das hipóteses revela um mau presidente!
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por ferreira10 » 10/7/2013 22:01

O que o Cavaco fez foi encostar o PS às cordas!LOL

Mal ao bem, temos que considerar que foi uma tacada de mestre, esta, a do Cavaco!Quer se goste ou não se goste dele.

Então...mas anda para ai gente todos os dias a ladrar para o ar a dizer que querem eleições e que o Cavaco pactua com a direita ao não satisfazer o desejo da esquerda; e depois, não se parte para consensos.

A quem discorde com esta asserção, deixo uma inquietação:Se o PS for eleito na próxima eleição, que é aquilo que tudo indica que aconteça, vai governar sozinho? Ou vai necessitar de consensos?Mas...e se agora, o PS não procura esses consensos fechando a porta aos "outros", no futuro são os outros que lhe vão abrir a porta?Ora...ai está; a palavra chave é consensos!

O Cavaco percebeu isso na plenitude! Deixou de haver motivos para Seguro andar a buzinar!
Editado pela última vez por ferreira10 em 10/7/2013 22:03, num total de 1 vez.
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por Lion_Heart » 10/7/2013 21:59

Não , segundo entendi o "novo" Governo não toma posse.
Cavaco quer acordo a três até Junho e depois eleições.Nem que seja com tecnocrata.
O Governo actual mantêm-se mas como?
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por MarcoAntonio » 10/7/2013 21:49

Lion_Heart Escreveu:Acordo a 3 e depois eleições?
Escolher um tecnocrata até Junho?
E o novo Governo já era sem o ter sido?


Como assim?

O Governo actual mantém-se em funções, o PR aceita o entendimento entre o PSD e o CDS-PP.


Eleições só para 2014 e mediante um memorando de entendimento ainda a realizar. Se isto se verificar, fará 3 anos de Governo (dos 4 inicialmente previstos).
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Re: OT- Cavaco Silva parte a loiça

por Lion_Heart » 10/7/2013 21:41

Acordo a 3 e depois eleições?
Escolher um tecnocrata até Junho?
E o novo Governo já era sem o ter sido?
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OT- Cavaco Silva parte a loiça

por Lion_Heart » 10/7/2013 21:34

E agora?
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