César das Neves acerca dos problemas estruturais portugueses
Re: comentário
jotabilo Escreveu:O César das Neves ...eminente economista não diz tudo...apenas aborda os contornos da situação económica...julgando de forma indeterminada as causas...apenas generalizando para o "cimento" as nossas dificuldades.
Ele deve saber bem qual a principal causa das nossas dificuldades.....mas evita referi-la.
A causa principal é o desemprego...que é exógena à nossa economia....
Basta conhecer a geografia vertical do trabalho no mundo e o modo como a mão de obra é explorada para se conhecerem as reais causas das nossas dificuldades.
O César está a chamar-nos como pouco hábeis e cheios de vícios burocráticos e aleijões de raciocínio...nada mais falso....
Podemos racionar os procedimentos...mas isso são causas menores perante o que se passa numa certa europa que está a explorar descaradamente a mão de obra do extremo oriente...provocando a decrepitude no trabalho dos ocidentais......
A nível global existe uma impunidade abominável..... existem gordos que nunca tiveram tantos réditos à custa de uma sociedade desempregada....parece a década de 1917 a 1929......a sociedade inglesa e a sociedade alemã.....que levou à revolta e à eleição de um chefe orgânico ....a quem foram atribuídos os três poderes...para endireitar as coisas......foi depois o que se viu......
Hoje parece que se cumpre o mesmo caminho do desastre.....quem está à babugem dos réditos só dificilmente abandona o lugar......
Se não dermos nenhum sinal de revolta eles mantêm-se no sugadoiro......e só quando o perigo os ameaçar é que eles se escondem em algum refego deste mundo....
O nosso País ...a nossa Pátria tem os seus condicionalismos ...seculares.....mas soubemos sobreviver.....o César das Neves não diz nada de novo....mas tem de dizer o real da nossa situação...
O que o tipo está a tentar explicar é que o desemprego é a consequência, não a causa...
Enquanto não valer a pena investir o desemprego vai continuar a ser alto e por isso os ordenados vão ser necessariamente baixos!
Mas parece me que nunca vais ver as coisas desta perspectiva...
A Alemanha não tem ordenado mínimo e no entanto...
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db7 Escreveu:O capitalismo esta doente.
O Capitalismo não está doente, anda é desaparecido...
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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O César das Neves ...eminente economista não diz tudo...apenas aborda os contornos da situação económica...julgando de forma indeterminada as causas...apenas generalizando para o "cimento" as nossas dificuldades.
Ele deve saber bem qual a principal causa das nossas dificuldades.....mas evita referi-la.
A causa principal é o desemprego...que é exógena à nossa economia....
Basta conhecer a geografia vertical do trabalho no mundo e o modo como a mão de obra é explorada para se conhecerem as reais causas das nossas dificuldades.
O César está a chamar-nos como pouco hábeis e cheios de vícios burocráticos e aleijões de raciocínio...nada mais falso....
Podemos racionar os procedimentos...mas isso são causas menores perante o que se passa numa certa europa que está a explorar descaradamente a mão de obra do extremo oriente...provocando a decrepitude no trabalho dos ocidentais......
A nível global existe uma impunidade abominável..... existem gordos que nunca tiveram tantos réditos à custa de uma sociedade desempregada....parece a década de 1917 a 1929......a sociedade inglesa e a sociedade alemã.....que levou à revolta e à eleição de um chefe orgânico ....a quem foram atribuídos os três poderes...para endireitar as coisas......foi depois o que se viu......
Hoje parece que se cumpre o mesmo caminho do desastre.....quem está à babugem dos réditos só dificilmente abandona o lugar......
Se não dermos nenhum sinal de revolta eles mantêm-se no sugadoiro......e só quando o perigo os ameaçar é que eles se escondem em algum refego deste mundo....
O nosso País ...a nossa Pátria tem os seus condicionalismos ...seculares.....mas soubemos sobreviver.....o César das Neves não diz nada de novo....mas tem de dizer o real da nossa situação...
Ele deve saber bem qual a principal causa das nossas dificuldades.....mas evita referi-la.
A causa principal é o desemprego...que é exógena à nossa economia....
Basta conhecer a geografia vertical do trabalho no mundo e o modo como a mão de obra é explorada para se conhecerem as reais causas das nossas dificuldades.
O César está a chamar-nos como pouco hábeis e cheios de vícios burocráticos e aleijões de raciocínio...nada mais falso....
Podemos racionar os procedimentos...mas isso são causas menores perante o que se passa numa certa europa que está a explorar descaradamente a mão de obra do extremo oriente...provocando a decrepitude no trabalho dos ocidentais......
A nível global existe uma impunidade abominável..... existem gordos que nunca tiveram tantos réditos à custa de uma sociedade desempregada....parece a década de 1917 a 1929......a sociedade inglesa e a sociedade alemã.....que levou à revolta e à eleição de um chefe orgânico ....a quem foram atribuídos os três poderes...para endireitar as coisas......foi depois o que se viu......
Hoje parece que se cumpre o mesmo caminho do desastre.....quem está à babugem dos réditos só dificilmente abandona o lugar......
Se não dermos nenhum sinal de revolta eles mantêm-se no sugadoiro......e só quando o perigo os ameaçar é que eles se escondem em algum refego deste mundo....
O nosso País ...a nossa Pátria tem os seus condicionalismos ...seculares.....mas soubemos sobreviver.....o César das Neves não diz nada de novo....mas tem de dizer o real da nossa situação...
Editado pela última vez por jotabilo em 24/6/2013 23:38, num total de 1 vez.
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Carissímos,
Não podia estar mais de acordo com este artigo!
Este ano a minha empresa apresentou prejuizos e por isso tive de pagar a dobrar não sei o quê, isto para além de não poder incluir despesas porque ainda iria aumentar aquilo que teria de pagar!
Paguei o que tinha a pagar, mandei embora 1 pessoa e fechei a empresa. Foi remédio santo!
Abraço mfsr1980
Estou muito satisfeito porque libertei-me de compromissos em Portugal. Os gajos hão-de aprender!
Não podia estar mais de acordo com este artigo!
Este ano a minha empresa apresentou prejuizos e por isso tive de pagar a dobrar não sei o quê, isto para além de não poder incluir despesas porque ainda iria aumentar aquilo que teria de pagar!
Paguei o que tinha a pagar, mandei embora 1 pessoa e fechei a empresa. Foi remédio santo!
Abraço mfsr1980
Estou muito satisfeito porque libertei-me de compromissos em Portugal. Os gajos hão-de aprender!
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César das Neves acerca dos problemas estruturais portugueses
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... id=3286420
Semear no cimento
por JOÃO CÉSAR DAS NEVESHoje98 comentários
Porque é que Portugal não cresce e cria emprego? Muitos sabem a resposta, falando de austeridade, troika, euro, Governo, Alemanha, etc. Essas causas são verdadeiras, mas passam ao lado do essencial. Os nossos problemas são anteriores a 2011 e razões monetárias têm fracos efeitos produtivos. Tais argumentos são como um agricultor que, queixando-se de más colheitas, invocasse os coelhos, os corvos e outras pragas e se esquecesse de mencionar ter cimentado grande parte do terreno.
Existe em Portugal uma máquina poderosíssima para destruir iniciativa, investimento, produção e emprego. Pervertendo as suas finalidades originais, muitos serviços públicos, mecanismos sociais e até algumas empresas perseguem, ferem e muitas vezes matam os projectos produtivos. Boa parte da nossa actividade e emprego dirige-se explicitamente a estragar, prejudicar e estiolar os negócios.
Crescimento e trabalho nunca podem vir senão através do investimento. A economia funciona apenas por iniciativas empresariais. Ora basta alguém contemplar a possibilidade de lançar um projecto para imediatamente se dar conta da dimensão esmagadora das forças opostas. Temos um terreno muito fértil mas coberto com uma camada de cimento.
Começa logo pela atitude social. Um empresário, pelo simples facto de o ser, fica no fundo da escala. Admiramos artistas, profissionais, trabalhadores e desconfiamos instintivamente dos negócios. Ter fins lucrativos é um argumento negativo, senão mesmo insulto. Por isso, numa discussão entre uma empresa e qualquer outra entidade - do Estado às ONG, passando por sindicatos e consumidores - antes mesmo de sabermos o assunto, já assumimos a empresa culpada.
Se alguém persistir em afrontar esse desprezo público e criar o tal negócio, tem logo à sua espera uma multidão com a função de garantir que a coisa falha. Nominalmente as suas tarefas dirigem-se a propósitos louváveis, do notariado ao ambiente, higiene, cultura, infância, cidadania, etc. Só que todas essas finalidades tão prestimosas têm como único resultado comum os enormes custos, bloqueios e dificuldades que criam à vida empresarial. Cada fiscal e inspector aparece como anjo vingador, colocando um princípio abstrato acima da vida concreta. Como as leis foram escritas por deputados com ideias vagas da realidade do sector, as oportunidades de abuso são incontáveis. Para caçar o joio arrancam muito trigo. Tudo considerado, até devemos louvar os funcionários por se aproveitarem muito menos do que podiam.
Em cima disso, os impostos esmifram estupidamente os poucos que apanham, matando neles a galinha dos ovos de ouro. As pressões políticas sobre as grandes empresas e as autárquicas sobre as médias são constantes. Dá a sensação de que produção e comercialização são actividades nocivas que devem ser reprimidas a todo o custo. De facto, no deserto e cemitério não há problemas sociais ou ecológicos.
Produzir dá muito trabalho e enfrentar os consumidores e concorrentes no mercado é extremamente exigente. Mas em Portugal essas acções económicas passam sempre para segundo plano perante as questões que vêm da lei e infra-estruturas que, alegadamente, existem para servir a todos. A lista das regulamentações diferentes, cada uma delas com inúmeros diplomas, é infindável. Das leis laborais à ASAE, das burocracias às regras ambientais, das instalações à electricidade, tudo cai sempre sobre os mesmos. Que só nas horas vagas se podem dedicar a gerir o seu negócio, inovar, investir.
Se há problemas vai-se a tribunal, e aí entra-se no mundo da ficção. As empresas são em geral suspeitas e os queixosos gozam automaticamente de preferência judicial. Quando a sentença sai, vários anos depois - o que só por si é prejuízo irreparável - raramente se corrige o dano, se não gerar novos estragos. De novo surpreende ainda haver quem pague o que deve, podendo sair incólume da transgressão. Imagine-se que há quem, de cara séria, chame "justiça" ao que aí se passa.
Portugal tem um terreno muito fértil. Não produz por causa do cimento.
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
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