Professores sem serviços mínimos, decisão Colégio Arbitral
crybaby Escreveu:JMHP Escreveu:Zeb_PT Escreveu:Uma pergunta em termos provocatório, qual é o interesse do estado na educação?
Olhando para o mesmo como um investimento do qual o estado pretende retirar retorno, o caminho será ter uma massa trabalhadora/empreendedora capaz de gerar mais PIB colectavel em termos absolutos.
A julgar pelo enorme investimento na educação realizado pelo Estado ao longo das ultimas décadas e tendo em comparação o comportamento da nossa economia, podemos concluir que os resultados foram no mínimo decepcionantes. Para além da bancarrota que vivemos hoje, temos também uma geração de licenciados desempregados de qualidade duvidosa, sendo que muitos possuem uma licenciatura que não serve para nada ou desadequada à procura.
Pior mesmo é a mentalidade que nunca mudou ao longo de décadas, mesmo quando começou a deslumbrar-se o descalabro em que o país viria a cair nos dias de hoje.
Se o país der a volta, vai ser por esta geração de licenciados, não pela geração anterior, essa sim que viveu de dividendos...
Não temos outro remédio, não é verdade?!... Espero bem que sejamos capazes de mudar o país, apesar de eu ficar sempre reticente quando observo as novas gerações na rua a exigir mais Estado como a solução para a suas vidas.
elreidom Escreveu:Precisamente por isso é que o papel do Estado é crucial, na minimização das diferenças de oportunidades.
Os bons alunos, cujos pais tenham baixos rendimentos, se escolhessem mudar de escola, podiam?
Não precisas responder... o mais_um já o disse atrás: "só através de esquemas"...
mais_um,
sim, sou a favor da introdução de mecanismos de competição e de recompensa de resultados na justiça. Mas não me apetece debater este tema, não leves a mal...
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JMHP Escreveu:Zeb_PT Escreveu:Uma pergunta em termos provocatório, qual é o interesse do estado na educação?
Olhando para o mesmo como um investimento do qual o estado pretende retirar retorno, o caminho será ter uma massa trabalhadora/empreendedora capaz de gerar mais PIB colectavel em termos absolutos.
A julgar pelo enorme investimento na educação realizado pelo Estado ao longo das ultimas décadas e tendo em comparação o comportamento da nossa economia, podemos concluir que os resultados foram no mínimo decepcionantes. Para além da bancarrota que vivemos hoje, temos também uma geração de licenciados desempregados de qualidade duvidosa, sendo que muitos possuem uma licenciatura que não serve para nada ou desadequada à procura.
Pior mesmo é a mentalidade que nunca mudou ao longo de décadas, mesmo quando começou a deslumbrar-se o descalabro em que o país viria a cair nos dias de hoje.
Se o país der a volta, vai ser por esta geração de licenciados, não pela geração anterior, essa sim que viveu de dividendos...
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elreidom Escreveu:Allaphor Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Allaphor Escreveu:E há alguma coisa de errado em não querer os meus filhos misturados com os filhos de irresponsáveis?
Bom, o meu critério são os miudos em si, não de quem são filhos.
Mas eu não me vou imiscuir na forma como tu em particular educas os teus filhos. Neste ponto em concreto, para que fique claro, só estamos enfim, a "falar".
Tristemente a correlação entre pais e filhos, quer pela via genética, quer pela ambiental é muito elevada e o preconceito acaba por ser uma heurística válida para maximizar as probabilidades de sucesso.
Precisamente por isso é que o papel do Estado é crucial, na minimização das diferenças de oportunidades. Claro que as classes mais privilegiadas, ou que se julgam superiores, preferem que o Estado seja mínimo neste caso, porque a minimização das diferenças as prejudica. O que não percebem estas pessoas menos avisadas é que os seus filhos saem também muito prejudicados quando são postos numa redoma - como aliás está comprovado pelo maior sucesso dos alunos provenientes das escolas públicas no decorrer dos cursos superiores em Portugal, independentemente das classificações obtidas nas provas de acesso.
Certo, mas o estado não pode equalizar as pessoas puxando os melhores ou os que têm melhores oportunidades para baixo.
E é claro que os alunos do publico têm melhores notas, as notas no privado são inflacionadas, porque as faculdades não têm interesse em saber se a nota interna é justa ou não, porque não têm interesse (com excepção das privadas, agora que o estado já não está lá para absorver os licenciados da treta que estavam a formar) na empregabilidade dos seus alunos.
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elreidom Escreveu:Allaphor Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Allaphor Escreveu:E há alguma coisa de errado em não querer os meus filhos misturados com os filhos de irresponsáveis?
Bom, o meu critério são os miudos em si, não de quem são filhos.
Mas eu não me vou imiscuir na forma como tu em particular educas os teus filhos. Neste ponto em concreto, para que fique claro, só estamos enfim, a "falar".
Tristemente a correlação entre pais e filhos, quer pela via genética, quer pela ambiental é muito elevada e o preconceito acaba por ser uma heurística válida para maximizar as probabilidades de sucesso.
Precisamente por isso é que o papel do Estado é crucial, na minimização das diferenças de oportunidades. Claro que as classes mais privilegiadas, ou que se julgam superiores, preferem que o Estado seja mínimo neste caso, porque a minimização das diferenças as prejudica. O que não percebem estas pessoas menos avisadas é que os seus filhos saem também muito prejudicados quando são postos numa redoma - como aliás está comprovado pelo maior sucesso dos alunos provenientes das escolas públicas no decorrer dos cursos superiores em Portugal, independentemente das classificações obtidas nas provas de acesso.
Podes me providenciar novamente esse link? Esse estudo parece-me ter conclusões demasiado fortes, a meu ver não é possivel de determinar o sucesso de um individuo apenas numa opção publico/privado (para começar por haver más escolas publicas e más escolas privadas)
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Para muito errar e muito mais aprender!
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Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
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elreidom Escreveu:Zeb_PT Escreveu:Ainda à uns meses, fando com uma colega que esteve muitos anos na Suiça, fiquei a saber como é o sistema educacional Suiço que é bastante segregante agrupando em cada escola nivies de alunos equiparaveis e diferenciando quem tem acesso a cursos universitarios de quem tem acesso a cursos tecnico profissionais.
Suponho que essa distinção não seja feita com base na origem social ou económica, mas sim com base nos desempenhos e competências desenvolvidas pelos alunos. É completamente diferente, como é óbvio, de uma segregação por natureza feita exclusivamente por via da origem familiar.
Sem duvida, e nunca me viste a defender tal coisa.
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Allaphor Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Allaphor Escreveu:E há alguma coisa de errado em não querer os meus filhos misturados com os filhos de irresponsáveis?
Bom, o meu critério são os miudos em si, não de quem são filhos.
Mas eu não me vou imiscuir na forma como tu em particular educas os teus filhos. Neste ponto em concreto, para que fique claro, só estamos enfim, a "falar".
Tristemente a correlação entre pais e filhos, quer pela via genética, quer pela ambiental é muito elevada e o preconceito acaba por ser uma heurística válida para maximizar as probabilidades de sucesso.
Precisamente por isso é que o papel do Estado é crucial, na minimização das diferenças de oportunidades. Claro que as classes mais privilegiadas, ou que se julgam superiores, preferem que o Estado seja mínimo neste caso, porque a minimização das diferenças as prejudica. O que não percebem estas pessoas menos avisadas é que os seus filhos saem também muito prejudicados quando são postos numa redoma - como aliás está comprovado pelo maior sucesso dos alunos provenientes das escolas públicas no decorrer dos cursos superiores em Portugal, independentemente das classificações obtidas nas provas de acesso.
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MarcoAntonio Escreveu:Allaphor Escreveu:A diferença nos resultados das turmas de nível versus as turmas não homogeneizadas demonstram bem que ninguém sai beneficiado. Se tiveres duas turmas com níveis diferentes e fizeres a media combinada das notas, será superior à media combinada de duas turmas em que os alunos não estejam segregados por nível
Isto não é o que tu escreveste antes e o estudo que citaste não sustenta o que escreveste antes.
Mais, o estudo aponta no sentido de que os efeitos são mais significativos nos casos em que os alunos de mais alta aptidão receberam instrução enriquecida e são próximos de zero nos outros casos.
Isto é o que está no abstract mas já vai dando para perceber que o que o estudo mostra é profundamente diferente do que escreveste e mesmo os efeitos quando existem / são significativos, vão para além da mera segregação (dizem respeito por exemplo a diferentes programas curriculares para diferentes grupos).
Ora, isto não requere sequer que os alunos frequentem escolas diferentes e em parte isto já acontece actualmente em Portugal, pelo menos em certa medida, nas escolas públicas inclusivamente.
Não. Acompanha precisamente o que eu disse.
Para os piores alunos a segregação é irrelevante, as suas notas não pioram, o que demonstra que a convivência com os melhores não os beneficia.
Para os melhores alunos, os resultados são francamente melhores, beneficiando-os enormemente.
Então, matematicamente:
No caso 1, turmas/escolas "à balda"
5 Alunos de 70 + 5 alunos de 30 média de 50
No caso dois, turmas/escolas de nível
5 Alunos de 90 + 5 alunos de 30 média de 60
Ou seja, globalmente os resultados melhoraram
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Zeb_PT Escreveu:Ainda à uns meses, fando com uma colega que esteve muitos anos na Suiça, fiquei a saber como é o sistema educacional Suiço que é bastante segregante agrupando em cada escola nivies de alunos equiparaveis e diferenciando quem tem acesso a cursos universitarios de quem tem acesso a cursos tecnico profissionais.
Suponho que essa distinção não seja feita com base na origem social ou económica, mas sim com base nos desempenhos e competências desenvolvidas pelos alunos. É completamente diferente, como é óbvio, de uma segregação por natureza feita exclusivamente por via da origem familiar.
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Zeb_PT Escreveu:Uma pergunta em termos provocatório, qual é o interesse do estado na educação?
Olhando para o mesmo como um investimento do qual o estado pretende retirar retorno, o caminho será ter uma massa trabalhadora/empreendedora capaz de gerar mais PIB colectavel em termos absolutos.
Ainda à uns meses, fando com uma colega que esteve muitos anos na Suiça, fiquei a saber como é o sistema educacional Suiço que é bastante segregante agrupando em cada escola nivies de alunos equiparaveis e diferenciando quem tem acesso a cursos universitarios de quem tem acesso a cursos tecnico profissionais.
Pois mas isso é num sítio civilizado.
Os nossos políticos não estão interessados no sucesso do país. Mesmo num país miserável, quem manda está sempre bem. A educação, tal como está, proporciona à nossa elite política:
1- Empregos e logo votos de professores, cuja inclinação eleitoral pode ser manipulada por um simples aumento salarial. Se fossem do privado, eram menos uns milhares de pessoas acessíveis para manipulação política.
2- Forma geração sobre geração de cidadãos acríticos e inseguros. Nunca tendo experimentado a competição, não se sentem capazes de sobreviver sem os cuidados de um estado grande e forte. Se as pessoas não achassem um estado grande e forte necessário, não haveria tantos poleiros para distribuir nem tanto dinheiro para dar às empresas dos amigos.
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Zeb_PT Escreveu:Uma pergunta em termos provocatório, qual é o interesse do estado na educação?
Olhando para o mesmo como um investimento do qual o estado pretende retirar retorno, o caminho será ter uma massa trabalhadora/empreendedora capaz de gerar mais PIB colectavel em termos absolutos.
A julgar pelo enorme investimento na educação realizado pelo Estado ao longo das ultimas décadas e tendo em comparação o comportamento da nossa economia, podemos concluir que os resultados foram no mínimo decepcionantes. Para além da bancarrota que vivemos hoje, temos também uma geração de licenciados desempregados de qualidade duvidosa, sendo que muitos possuem uma licenciatura que não serve para nada ou desadequada à procura.
Pior mesmo é a mentalidade que nunca mudou ao longo de décadas, mesmo quando começou a deslumbrar-se o descalabro em que o país viria a cair nos dias de hoje.
Editado pela última vez por JMHP em 18/6/2013 16:26, num total de 1 vez.
Allaphor Escreveu:A diferença nos resultados das turmas de nível versus as turmas não homogeneizadas demonstram bem que ninguém sai beneficiado. Se tiveres duas turmas com níveis diferentes e fizeres a media combinada das notas, será superior à media combinada de duas turmas em que os alunos não estejam segregados por nível
Isto não é o que tu escreveste antes e o estudo que citaste não sustenta o que escreveste antes.
Mais, o estudo aponta no sentido de que os efeitos são mais significativos nos casos em que os alunos de mais alta aptidão receberam instrução enriquecida e são próximos de zero nos outros casos.
Isto é o que está no abstract mas já vai dando para perceber que o que o estudo mostra é profundamente diferente do que escreveste e mesmo os efeitos quando existem / são significativos, vão para além da mera segregação (dizem respeito por exemplo a diferentes programas curriculares para diferentes grupos).
Ora, isto não requere sequer que os alunos frequentem escolas diferentes e em parte isto já acontece actualmente em Portugal, pelo menos em certa medida, nas escolas públicas inclusivamente.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Allaphor Escreveu:E há alguma coisa de errado em não querer os meus filhos misturados com os filhos de irresponsáveis?
Bom, o meu critério são os miudos em si, não de quem são filhos.
Mas eu não me vou imiscuir na forma como tu em particular educas os teus filhos. Neste ponto em concreto, para que fique claro, só estamos enfim, a "falar".
Tristemente a correlação entre pais e filhos, quer pela via genética, quer pela ambiental é muito elevada e o preconceito acaba por ser uma heurística válida para maximizar as probabilidades de sucesso.
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Uma pergunta em termos provocatório, qual é o interesse do estado na educação?
Olhando para o mesmo como um investimento do qual o estado pretende retirar retorno, o caminho será ter uma massa trabalhadora/empreendedora capaz de gerar mais PIB colectavel em termos absolutos.
Ainda à uns meses, fando com uma colega que esteve muitos anos na Suiça, fiquei a saber como é o sistema educacional Suiço que é bastante segregante agrupando em cada escola nivies de alunos equiparaveis e diferenciando quem tem acesso a cursos universitarios de quem tem acesso a cursos tecnico profissionais.
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Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
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Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
Allaphor Escreveu:E há alguma coisa de errado em não querer os meus filhos misturados com os filhos de irresponsáveis?
Bom, o meu critério são os miudos em si, não de quem são filhos.
Mas eu não me vou imiscuir na forma como tu em particular educas os teus filhos. Neste ponto em concreto, para que fique claro, só estamos enfim, a "falar".
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
migluso Escreveu:Ideias pré concebidas? Talvez as tenha, em especial em relação a princípios ne organização da actividade económica.
A história e o presente sustentam as minhas ideias pré concebidas, que no fundo podem resumir-se em:
- competição entre produtores;
- livre escolha dos consumidores.
Pois, por falares em história e presente, parece-me que falta ai regulação….
migluso Escreveu:Qualquer sistema que não respeite aqueles princípios é alvo da minha crítica, exceptuando o que envolve polícia e exército.
Justiça?
migluso Escreveu:Em relação ao sistema de ensino, tal como ele está, pergunto:
- os melhores professores, actualmente, vêm o seu mérito premiado?
Não, mas a responsabilidade disso não tem a ver com o modelo de ensino, os melhores professores estão na escola pública, disso não duvides e se acreditas nas regras de mercado concordarás comigo, o Estado paga melhor que o privado. E a selecção dos professores para entrar no Estado é feita pelo mérito (nota final de curso).
O problema é o sistema não expulsar os maus professores.
migluso Escreveu:- os bons alunos, cujos pais tenham baixos rendimentos, se escolhessem mudar de escola, podiam?
De uma forma legal podem a partir do 10º ano, com “esquemas” podem em qualquer altura
migluso Escreveu:Quanto a haver pais que não se interessam pela escola dos filhos. Bem, pelos vistos é uma situação que já acontece hoje. Muito provavelmente, o próprio sistema tal como está incentiva a isso. Mais, acredito que em relação a este ponto, um sistema de ensino "desenhado" com base nos princípios que defendo teria até o mérito de vir a incentivar uma maior participação dos pais na vida escolar dos filhos, só pelo simples facto de poderem escolher. Uma coisa estou quase certo, maior desinteresse do que o verificado hoje não existiria.
O problema não tem a ver com o sistema de ensino, mas sim com cultura, educação, mentalidade, etc…na Suiça, país com forte presença de portugueses, é notório que nas reuniões de pais e encarregados de educação, os que faltam são quase sempre os portugueses.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
elreidom Escreveu:Allaphor Escreveu:O que eu disse foi "Se os pais não se importam com os seus próprios filhos, não tenho de ser eu a pagar por isso... " e isto aplica-se a tudo, não só à escola.
É sempre bom saber que, em pleno século XXI, num país ocidental, há gente com ideias deste género.
E eu que pensava que era indiscutível o fomento, pelo Estado, de serviços de apoio às crianças, de tribunais da família, de centros de acolhimento de vítimas de maus tratos... Para alguns até isso é discutível. Acho que é um sinal do estado a que chegámos. Para ser optimista, será apenas um sinal do estado a que chegou este tópico.
Eu não tenho nada contra o apoio do estado às familias e crianças, nem contra o financiamento publico da educação. Um país cheio de analfabetos não interessa a ninguém.
O que eu não quero é ser forçado pela via fiscal a ou pagar duas vezes o ensino dos meus filhos, ou a condena-los a um ensino sub-par só porque existe a ideia de que temos de ser todos iguais.
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MarcoAntonio Escreveu:Allaphor Escreveu:O que eu disse foi "Se os pais não se importam com os seus próprios filhos, não tenho de ser eu a pagar por isso... " e isto aplica-se a tudo, não só à escola.
Repito a aproveito também para te citar novamente:Allaphor Escreveu:As pessoas têm de ser responsabilizadas pelas suas decisões.
Quem frequenta as escolas são as crianças, os educandos, os formandos. Não os pais ou encarregados de educação.
Tu achas que os filhos de pais irresponsáveis ou equiparáveis devem ir parar às escolas más como forma de responsabilizar os pais.
E aparentemente tu também achas que os filhos de pais irresponsáveis ou equiparável não se devem misturar com os teus filhos.
Por mais voltas que dês, é o que estás a escrever.
E há alguma coisa de errado em não querer os meus filhos misturados com os filhos de irresponsáveis?
Mais uma vez volto à questão, as crianças não têm culpa dos pais que têm, mas eu também não tenho e os meus filhos muito menos, por isso porque devem ser prejudicados?
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MarcoAntonio Escreveu:Allaphor Escreveu:Não beneficia os maus porque é difícil a uma criança ou um adolescente encarar a inferioridade intelectual de uma forma positiva. Nos miúdos mais fracos a competição é desmotivante, é lhes mais fácil abandonar a corrida do que correr uma corrida que acham que não podem ganhar.
A escola não é estritamente um sistema competitivo. A tua visão é "no mínimo" ultra-redutora.
Não tinha para mim (como pai e até como aluno, que já fui também claro) que a escola era "uma corrida".
Claro que é uma corrida. Parte dos problemas dos sistema educativo está em não reconhecer isto. Os alunos são levados ao colo ao longo de todo os percurso educativo, numa terra de fantasia "Noddy like" em que todos são iguais e todos vão ser um sucesso e a vida não é uma corrida e depois PUMBA! Acabam a faculdade e caem no mundo real, que é hiper competitivo.
A escola é uma corrida porque no final não podem ganhar todos, não podem ser todos doutores our engenheiros ou designers gráficos e alguém vai ter de ficar com os trabalhos que mais niguém quer, e de certeza que não serão os primeiros da lista.
MarcoAntonio Escreveu:Allaphor Escreveu:Já viste bem o que escreveste? Onde é que prejudicar alguém pode ser bom? Devíamos todos usar vendas para os cegos não se sentirem mal? Deviamos todos andar de cadeira de rodas para os paraplégicos não se sentirem em desvantagem?
Eu não escrevi, defendi ou promovi nenhum dos disparates de cima. Inabilmente, passas da discussão sobre aptidões para uma sobre bem estar. Obviamente a tua analogia é totalmente despropositada.
Muito, muito genericamente, é tão negativo prejudicar alguém quanto beneficiar alguém na mesma medida.
Seja, mas eu não acho negativo beneficiar os melhores, dando-lhes melhores condições.
Entretanto tudo isto gira em torno do bem estar! O motivo das políticas equalitarias é promover um nível de bem estar igual para pessoas fundamentalmente diferentes nas suas aptidões. Todo o conceito socialista de receber em função da necessidade e contribuir em função da capacidade não é mais do que uma forma de nivelar todos.
Isto é errado. Por muito que fosse bonito todos termos a mesma medida de elevado bem estar, não é possível nivelar por cima e oponho-me terminalmente a qualquer tentativa de nivelar por baixo
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Allaphor Escreveu:O que eu disse foi "Se os pais não se importam com os seus próprios filhos, não tenho de ser eu a pagar por isso... " e isto aplica-se a tudo, não só à escola.
É sempre bom saber que, em pleno século XXI, num país ocidental, há gente com ideias deste género.
E eu que pensava que era indiscutível o fomento, pelo Estado, de serviços de apoio às crianças, de tribunais da família, de centros de acolhimento de vítimas de maus tratos... Para alguns até isso é discutível. Acho que é um sinal do estado a que chegámos. Para ser optimista, será apenas um sinal do estado a que chegou este tópico.
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Allaphor Escreveu:O que eu disse foi "Se os pais não se importam com os seus próprios filhos, não tenho de ser eu a pagar por isso... " e isto aplica-se a tudo, não só à escola.
Repito a aproveito também para te citar novamente:
Allaphor Escreveu:As pessoas têm de ser responsabilizadas pelas suas decisões.
Quem frequenta as escolas são as crianças, os educandos, os formandos. Não os pais ou encarregados de educação.
Tu achas que os filhos de pais irresponsáveis ou equiparáveis devem ir parar às escolas más como forma de responsabilizar os pais.
E aparentemente tu também achas que os filhos de pais irresponsáveis ou equiparável não se devem misturar com os teus filhos.
Por mais voltas que dês, é o que estás a escrever.
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 18/6/2013 15:48, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
artista Escreveu:Achas que a qualidade do ensino pode ser a mesma, ou sequer comparável ser for lecionada apenas por um professor em vez de dois?!
artista Escreveu:Pelo menos não digam que estão a fazer tudo para melhorar a qualidade do ensino em Portugal, estão a destruí-lo completamente, e o que o país vai gastar em educação tornar-se-á uma vergonha para nós próprios!![/b]
Eu não vi nenhuma medida no sentido dos princípios que defendo, logo não acredito em melhorias por via das pseudo reformas que se estão a fazer.
Dada a aflição financeira do país, é natural que a redução de custos tenha como consequência a perda de qualidade no imediato.
Mas, será que trazer para um nível mais próximo da média europeia o último rácio apresentado neste relatório, teria como consequência uma diminuição assim tão acentuada da qualidade?
Curioso que ninguém se pronunciou sobre esse dado.
Sim, eu sei que o salário dos professores diminuiu nos últimos anos. Informo que o PIB também diminuiu.
Até somos quase líderes num certo dado... (o último, na pág. 11) http://www.oecd.org/education/CN%20-%20Portugal.pdf
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Allaphor Escreveu:E mantenho, não haveria escolas más. Os pobres ficariam com as piores, mas as piores seriam melhores do que muito do que temos agora.
Enquanto não explicares claramente porque é que não existiriam escolas más, isto não passa de um acto de fé.
Allaphor Escreveu:As crianças não têm de pagar a estupidez dos pais, mas isso não quer dizer que tenha de ser eu a pagar, sacrificando o futuro dos meus próprios filhos, para que os filhos dos outros superem a incompetência dos próprios pais.
Pagarias em que medida? Como pai de dois filhos que frequentam escolas públicas e existindo uma diversidade considerável no que diz respeito aos pais dos colegas, tenho dificuldade em perceber, em concreto, do que efeitos estás a falar.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Allaphor Escreveu:Não beneficia os maus porque é difícil a uma criança ou um adolescente encarar a inferioridade intelectual de uma forma positiva. Nos miúdos mais fracos a competição é desmotivante, é lhes mais fácil abandonar a corrida do que correr uma corrida que acham que não podem ganhar.
A escola não é estritamente um sistema competitivo. A tua visão é "no mínimo" ultra-redutora.
Não tinha para mim (como pai e até como aluno, que já fui também claro) que a escola era "uma corrida".
Allaphor Escreveu:Já viste bem o que escreveste? Onde é que prejudicar alguém pode ser bom? Devíamos todos usar vendas para os cegos não se sentirem mal? Deviamos todos andar de cadeira de rodas para os paraplégicos não se sentirem em desvantagem?
Eu não escrevi, defendi ou promovi nenhum dos disparates de cima. Inabilmente, passas da discussão sobre aptidões para uma sobre bem estar. Obviamente a tua analogia é totalmente despropositada.
Muito, muito genericamente, é tão negativo prejudicar alguém quanto beneficiar alguém na mesma medida.
Sobre o resto não vou responder sem consultar as referências e sem comparar com outra eventual informação sobre o tema.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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