Professores sem serviços mínimos, decisão Colégio Arbitral
mais_um Escreveu:Confesso que fiquei um pouco surpreendido com o impacto da greve, pensei que o nº de alunos a não fazerem o exame fosse residual.
Foi claramente um erro o Crato não ter alterado a data do exame.
Resumindo, um braço de ferro entre o governo e os professores, ganho pelos professores e em que as vitimas foram os alunos.
Mas não acredito que traga alterações significativas à politica do governo.
Foi portanto um "erro crato" do Ministro a não mudança de data do exame?
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O JCN a bater-lhes, forte e feio
Respeito pelos mestres
por JOÃO CÉSAR DAS NEVES
Os professores são pessoas sérias e dignas, profissionais competentes e responsáveis. Isto é evidente e indiscutível, mas hoje deve ser lembrado e repetido, perante o espectáculo indecoroso que a classe tem dado ao País. É mesmo necessário tentar compreender como podem pessoas razoáveis e sensatas comportar-se desta maneira.
O instrumento da greve, decisivo nas lutas heróicas dos trabalhadores, anda agora muito desvirtuado. Ainda existem casos clássicos de confronto laboral, mas nas empresas em concorrência, onde o conflito prejudica gravemente patrões e trabalhadores, as discussões são resolvidas rapidamente, em geral sem embate. Assim o uso actual mais comum da greve é como arma política nas mãos de sectores protegidos. Em Portugal, quem a utiliza são serviços infra-estruturais, pagos por impostos ou tarifas e imunes às consequências económicas das suas paralisações.
Mas mesmo entre as greves de funcionários, esta ultrapassou em muito os limites de um conflito laboral civilizado. Usar os alunos, em período de exames, como reféns dos interesses particulares é uma infâmia das mais vergonhosas. Que isso seja realizado não por estranhos mas pelos próprios mestres, parece inacreditável. Não é fácil encontrar uma classe que se preste a tal testemunho público de insensibilidade, arrogância e oportunismo.
Quaisquer que sejam os agravos envolvidos e a razão que lhes assiste, os meios usados são inaceitáveis. As leis mudam-se e os ministros passam, mas uma atitude destas ficará como mancha na profissão. Como é possível acontecer isto, sobretudo entre aqueles mesmos a quem confiámos a educação das nossas crianças e jovens e que, por isso, deveriam mostrar elevação especial? Será que afinal a tão falada crise do sector é mais profunda e temos desvairados irresponsáveis a dar aulas? Não podemos esquecer que os professores são pessoas sérias e responsáveis. A explicação tem, portanto, de estar noutro lado.
Em primeiro lugar, aqueles que decidem não são os professores, mas dirigentes, naturalmente mais extremistas. Pior, o sector tem atraído muitos agitadores profissionais, que apostam na subversão como resposta nacional. Mas a questão é substantiva e não se reduz a divergências entre representantes e massas.
O problema que se criou no sector durante as longas décadas de euforia a crédito é dos mais graves. Nos tempos de facilidade fizeram-se avanços espantosos, mas também loucuras inacreditáveis. A época da "paixão pela educação", que se traduziu em atirar dinheiro para um dos sectores mais delicados, gerou melhorias notórias, com vícios patentes. Basta ver que, enquanto o número de estudantes no ensino básico caiu mais de 25% desde 1986, data da entrada na CEE, os docentes do mesmo nível no mesmo período subiram 30%, apesar dos cortes recentes. O sector constituiu um refúgio para muitos sem vocação de ensino. Inventaram-se reformas, cursos e métodos surreais, para satisfazer o excesso de docentes, não necessidades dos alunos. O problema tinha de rebentar mais cedo ou mais tarde. E agora, quando o ajustamento é inevitável, as condições em que se desenrola proporcionam o máximo de irritação.
Os professores são pessoas superiormente inteligentes, com uma tarefa muito exigente. Enfrentar uma turma é uma das actividades psicologicamente mais constrangedoras e absorventes. A pressão é grande e não é qualquer um que dá aulas de qualidade; só mesmo quem tem vocação. Por outro lado, os docentes são facilmente sugestionáveis, pois têm tempo livre e funcionam em comunidade. As suas salas de convívio facilmente se transformam em incubadoras de raivas e agravos. Basta uma faísca e tudo fica explosivo. Nos últimos anos, as labaredas foram várias. Entrando em curto-circuito de exaltação, não admira que pessoas comuns se aprestem a comportamentos aberrantes. Caindo em si, percebem o mal em que participam.
Os exames de 2012/13 não são assunto menor, mas um caso muito sério, que nos deve fazer pensar. Apesar de tudo, nunca devemos perder o respeito pelos professores.
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... co&page=-1
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Confesso que fiquei um pouco surpreendido com o impacto da greve, pensei que o nº de alunos a não fazerem o exame fosse residual.
Foi claramente um erro o Crato não ter alterado a data do exame.
Resumindo, um braço de ferro entre o governo e os professores, ganho pelos professores e em que as vitimas foram os alunos.
Mas não acredito que traga alterações significativas à politica do governo.
Foi claramente um erro o Crato não ter alterado a data do exame.
Resumindo, um braço de ferro entre o governo e os professores, ganho pelos professores e em que as vitimas foram os alunos.
Mas não acredito que traga alterações significativas à politica do governo.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Esta greve foi uma grande lição de democracia que os professores transmitiram aos seus alunos.
O Governo fez tudo o que pôde, convocou todos os professores para o serviço de exames (nalguns casos chegaram a ser 100 professores para 1 aluno), atropelou repetidamente a lei, forçando a realização do exame sem respeitar os procedimentos previstos, ameaçou diversos professores no caso de fazerem greve, permitiu que na mesma escola uns fizessem exame e outros não, para aumentar o número de realizações de exame e, mesmo assim, mais de 20000 alunos não realizaram o exame.
Certamente pensariam que os professores, como noutras situações anteriores, não se mobilizariam de forma suficiente a impedir a realização de qualquer exame. Provavelmente por este motivo, não se dignaram a alterar a data do exame, que pelo vistos, era perfeitamente possível.
O Governo fez tudo o que pôde, convocou todos os professores para o serviço de exames (nalguns casos chegaram a ser 100 professores para 1 aluno), atropelou repetidamente a lei, forçando a realização do exame sem respeitar os procedimentos previstos, ameaçou diversos professores no caso de fazerem greve, permitiu que na mesma escola uns fizessem exame e outros não, para aumentar o número de realizações de exame e, mesmo assim, mais de 20000 alunos não realizaram o exame.
Certamente pensariam que os professores, como noutras situações anteriores, não se mobilizariam de forma suficiente a impedir a realização de qualquer exame. Provavelmente por este motivo, não se dignaram a alterar a data do exame, que pelo vistos, era perfeitamente possível.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman
If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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artista Escreveu:Estas mudanças todas, embora impostas, foram já aceites, e tu dizes que não aceitam nada?! Só podes estar a brincar...
Diz-me uma dessas medidas que enumeraste que os professores não tenham contestado e que tenham elogiado.
Deve ser é difícil encontrar uma mudança desde o 25 de Abril, que um ministro da educação tenha feito sem receber um coro de assobios e é por isso que já ninguém leva a sério as contestações dos professores. Andam nisso há décadas.
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artista Escreveu:Na cauda da europa estamos nós em termos de investimento na educação, somos mesmo o país que menos investe em educação (em percentagem do PIB) de toda a União Europeia, 27 países...
Que estatística diz que somos os piores em investimento na educação?
Aqui não diz isso.
Até somos quase líderes num certo dado... (o último, na pág. 11) http://www.oecd.org/education/CN%20-%20Portugal.pdf
Artista,
quanto à situação específica do Estado não renovar contrato e não tratar esses professores como qualquer outro trabalhador, mais uma vez te digo que tu e todos nessa situação têm toda a razão para estarem revoltados.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
AutoMech Escreveu:Grande verdade Machado. Andaram permanentemente a reboque do PCP e a imagem que passaram é duma classe que não quer mudanças nenhumas. Agora já é tarde para se desmarcarem.
Sinceramente não percebo porque é que dizes que andam a reboque do PCP?! O PCP é que anda a reboque, ou aproveita-se politicamente da questão dos professores, e não o contrário...
Uma classe que não quer mudanças nenhumas??! Estás a falar a sério?

- Redução dos curriculos (desapareceram Estudo Acompanhado, Formação Cívica, Área de projeto);
- Aumento do número de alunos por turma (leva a que se reduzam o número total de turmas);
- Aumento do número de tempos letivos que um professor tem de dar por semana, de 22 para 24 na maioria das escolas;
- Constituição de mega-agrupamentos (redução do número de professores em direções de escola);
- Alterações das horas previstas para alguns cargos que passaram de letivas para a componente não letiva (Diretores de turma, Diretores de instalações, coordenadores de grupo, etc...);
- A disciplina de EVT passou a ser lecionada apenas por um docente quando desde sempre tinha sido por dois (esta alteração levou a uma redução direta de mais de mil docentes);
- Nas ciências fizeram alteração do género, as turmas eram divididas em turnos para terem apenas metade dos alunos, mas isso acabou (não tenho a certeza se foi mesmo assim, conheço mal este caso mas penso que a alteração foi esta!);
A estas mudanças (e mais algumas que agora não me lembro) junta-lhes a questão dos contratados que foram metidos na rua sem indemnização nenhuma, sem qualquer tipo de decência!
Estas mudanças todas, embora impostas, foram já aceites, e tu dizes que não aceitam nada?! Só podes estar a brincar...
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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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nuuuno Escreveu:ok..estamos juntos entao. Tambem vim no meu carro e gastei do meu dinheiro para estar aqui a trabalhar na empresa. Se calhar esta conversa aqui na net vai-me fazer sair mais tarde, mas tb nao me preocupa, é o costume e não me pagam nem mais 1 centimo por isso. No Verão, define Verão? È que para mim o Verão sao 3 meses e eu tenho por norma 2 semanas apenas em Agosto. E tu? Quantos dias tens livres em Agosto? Será que são só tens 22 dias úteis como eu por ano? Ahh...o meu patrao ás vezes atrasa-se e só me paga uma semana depois do estipulado (nem imaginas o transtorno que me causa!!)...Mas OK, eu nao sou exº, mas se faço greve, o mais certo é não ver o meu contrato renovado! Adorava que fosse diferente, o mau exemplo nao é exemplo,e fico triste em saber que os professores estão a sofrer bastante, mas olha, fica o conforto, não estão sozinhos! E deitar abaixo o governo tambem nao funciona, fica o triste facto. Estamos falidos, e voces possivelmente e infelizmente estao a pagar por um passado recente em que uma profissao boa era ser professor!
Não é bem a mesma coisa. Eu também vou no meu carro para o meu trabalho (a escola) depois vou no meu carro para as empresas onde os alunos estão, depois volto para a escola. Isso, em todas as empresas que conheço, nomeadamente, as escolas privadas, dá direito a ajudas de custo. Verão, para mim é desde que as aulas acabam, se quizeres 10 de Junho.
Já que me perguntas quantos dias de férias tenho, respondo-te: como sou eu que faço os horários da minha escola, e como tal supervisiono ou faço (agora acompanhado pela gestão) as turmas não posso ter férias. Pois os horários demoram quase todos o mês de Agosto a serem férias. Por isso não tenho férias.
Não me estou a queixar do trabalho porque é uma coisa que gosto de fazer e faço em casa no horário que melhor me convêm. Queixo-me de me roubarem o subsidio de alimentação durante o periode que oficialmente estive de férias.
Tens 2 semanas de férias em agosto? que sorte destesto férias nesse mês, mas os professores não podem ter férias noutro mês.
Estamos falidos? talvez, mas nunca ouvi dizer que isso fizesse diferença para as ppp, ou outros negocios menos claros do "estado"
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
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migluso Escreveu:AikyFriu Escreveu:Para ti educação é ser carneirinho e aceitar tudo o que lhe impõem? deixa-me dizer qeu penso exatamte o contrário... com pessoas acomodadas que não lutam (não gostas da palavra, mas é real e espelha o dia a dia de muitas pessoas) pelo que acham correto é que este país não sai do buraco
Eu não sou acomodado. Como podes ver pelos posts que aqui deixei, eu por mim operava uma revolução no sistema de ensino.
Acomodados são os professores. Sempre são 40 anos a "lutar" contra toda e qualquer mudança.
Sendo que como país sempre tivemos na cauda dos rankings da educação, é legítimo concluir que o sistema de ensino, no qual se engloba os professores, tem grande responsabilidade pelo buraco em que o país se encontra.
Na cauda dos rankins? isso é muito subjetivo, mas tu apetece-te ver assim... há 40 anos já estávamos na cauda da Europa, até recuperámos alguma coisa, mas deixa estar que agora é que vamos lá, agora é que vamos recuperar!
Na cauda da europa estamos nós em termos de investimento na educação, somos mesmo o país que menos investe em educação (em percentagem do PIB) de toda a União Europeia, 27 países...
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rmachado Escreveu:Ao contrário do que possa parecer pelas minhas "palavras", estava mesmo a tentar perceber as tuas razões, isto para não mandar bitaitadas desinformadas e achar que tu é que tinhas a "culpa".
Eu sei que apenas estás a tentar perceber melhor a situação, as minhas criticas sobre a falta de informação e de algumas coisas descabidas que aqui se escrevem não eram obviamente para ti...
rmachado Escreveu:Todas as razões que apontas levam/levaram a uma redução enorme que em muitos casos é prejudicial e que não tem ponta por onde se pegue.
Contudo o que eu queria mesmo perceber é como é que uma pessoa lecciona durante 16 anos e depois nada.
No teu entender quais foram as razões que te levaram agora ao desemprego?
Ou seja pq razão não estavas já no quadro?
E já agora o que ensinavas.
Pelas razões que te apontei atrás, houve uma redução drástica das necessidades de professores. O meu grupo é o das artes, foi dos mais afetados, eles acham que as artes não são precisas para nada, nós que até temos vários pessoas de renome mundial na área das artes (Siza Vieira, Souto Moura, Joana Vasconcelos, Vieira da Silva, Paula Rego, etc). Eu só dava 3º ciclo e secundário mas fui prejudicado pela questão que te referi do EVT (2º Ciclo) porque muitos professores do quadro que davam essa disciplina deixaram de ter horas no 2º ciclo e passaram para o 3º. Não estava ainda no quadro porque os sucessivos governos fizeram o que quiseram, prometeram várias vezes que um dia passariam esses professores para os quadros mas não só não passarão como os meteram na rua desta forma que os devia fazer corar de vergonha, mas não faz, até porque, como se pode ver aqui no forum, a opinião pública não se importa muito com isso...
Já agora, há muitos casos bem piores que o meu... no grupo de EVT lembro-me de ver lá colegas com vinte e tal trinta anos de serviço que ficarão sem colocação! Uma vida inteira de trabalho e são agora postos na rua sem negociação nem indemnização, coisa que provavelmente uma ditadura não ousa fazer com os seus professores... mas em Portugal vale tudo, ninguém se indigna com nada, todos pensam sobretudo no seu umbigo, os outros que se lixem! Quando lhe batem à porta é que é o fim do mundo! Mas querem um país melhor...
Note-se e para que todos entendam bem, eu não conheço o artista, nem tão pouco estou a "julgar" a pessoa, estou apenas a perguntar-me (e a ele) como é que um sistema produza casos como o dele e pq razão estas "coisas" não são explicadas e não vejo nem governo nem sindicatos a explicar isto...
Tudo joga com os números a seu favor.
E já agora para mostrar um caso ridículo de gestão escolar.
A minha filha está (estava) no 2º ano, o ano passado era uma turma de 22 chamada mista pq um dos alunos era "repetente" e para não o chumbar oficialmente passou a mista (eufemismo bonito).
Este ano passou para 26 só para "encher" a turma, e só o foi feito a última da hora de tal maneira que a professora só soube dias antes de começar o ano.
Os 4 alunos são de 1º ano (logo novos) e para maior admiração são condicionais.... ou seja só entrariam se existissem vaga.
Criaram as vagas prejudicando uma turma já feita e prejudicando 4 miúdos e quiçá não poupando nada visto que para o ano a turma de 1º ano não enche... enfim chama-se a isto visão curta.[/quote]

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AikyFriu Escreveu:Para ti educação é ser carneirinho e aceitar tudo o que lhe impõem? deixa-me dizer qeu penso exatamte o contrário... com pessoas acomodadas que não lutam (não gostas da palavra, mas é real e espelha o dia a dia de muitas pessoas) pelo que acham correto é que este país não sai do buraco
Eu não sou acomodado. Como podes ver pelos posts que aqui deixei, eu por mim operava uma revolução no sistema de ensino.
Acomodados são os professores. Sempre são 40 anos a "lutar" contra toda e qualquer mudança.
Sendo que como país sempre tivemos na cauda dos rankings da educação, é legítimo concluir que o sistema de ensino, no qual se engloba os professores, tem grande responsabilidade pelo buraco em que o país se encontra.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
AikyFriu Escreveu:Por acaso não é verdade... lembro-me de, no tempo do anterior governo PS, os sindicados terem assinado alguns acordos e os professores não concordaram e começaram a organizar a manifestação que levou a Lisboa 120 mil professores.
Claro que os sindicatos se sentiram ultrapassados (ameaçados), rasgaram os acordos que tinham assinados à revelia dos professores, e puzeram-se à frente da organização da manifestação.
Pode ser, mas da fama não se livraram...
Ainda assim, é estranho que haja professores a pagar para um sindicato que não os representa. Isso só reforça a minha opinião de que se devem acabar imediatamente com as subvenções do estado aos sindicatos e estes viverem exclusivamente das quotizações. Era a forma de estarem alinhados com as pessoas que representam e não com agendas políticas diferentes à mercê dos partidos.
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migluso Escreveu:AikyFriu Escreveu:
A greve foi hoje porque todas as outras formas de luta já tinha sido utilizadas e foram ignoradas.
Entre pessoas, negoceia-se. Lutas só de galos bravos...
Agora a sério, enquanto este discurso não mudar, tenho pouca esperança que alguma vez estaremos ao nível dos melhores da Europa.
Ainda por cima, vindo da classe que educa as gerações mais novas.
É preciso abandonar este discurso do tempo da revolução industrial...
Só podes estar a brincar... lembras-te da última coisa em que o Crato negociou? ou melhor, lembras-te de alguma coisa que ele tenha negociado?
A única coisa que me lembro de ele ter assumido que tinha de ser verificado foi o não pagamento de indemnizações aos contratados que não voltavam a contratar. Disse isso mas nunca mais disse mais nada sobre o assunto... e os contratados continuam a receber o mesmo, ZERO, quer tenham estado a trabalha 1 ano, ou 20!
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artista Escreveu:rmachado Escreveu:
Caro artista, como é possível uma situação como a tua? Será que o número de alunos diminuiu assim tanto, será que a rigidez do sistema conduziu a tua situação? Será que foste tu o inflexível?
Isto são apenas perguntas sobre um caso concreto que decerto deve se repetir em muitos sítios.
Eu já escrevi para ai as alterações introduzidas que estão a reduzir drasticamente as necessidades de professores. Assim de cabeça:
- Redução dos curriculos (desapareceram Estudo Acompanhado, Formação Cívica, Área de projeto);
- Aumento do número de alunos por turma (leva a que se reduzam o número total de turmas);
- Aumento do número de tempos letivos que um professor tem de dar por semana, de 22 para 24 na maioria das escolas;
- Constituição de mega-agrupamentos (redução do número de professores em direções de escola);
- Alterações das horas previstas para alguns cargos que passaram de letivas para a componente não letiva (Diretores de turma, Diretores de instalações, coordenadores de grupo, etc...);
- A disciplina de EVT passou a ser lecionada apenas por um docente quando desde sempre tinha sido por dois (esta alteração levou a uma redução direta de mais de mil docentes);
- Nas ciências fizeram alteração do género, as turmas eram divididas em turnos para terem apenas metade dos alunos, mas isso acabou (não tenho a certeza se foi mesmo assim, conheço mal este caso mas penso que a alteração foi esta!);
Agora só me lembrei destas alterações mas há mais... e para o ano querem por ainda mais. Isso não só tornará o trabalho de um professor algo de extremamente desgastante (até porque já o é) como fará com que o sistema público de ensino perca bastante qualidade (e já perdeu bastante)!
Eu não fui inflexível, neste momento para um horário completo ou perto disso iria para qualquer zona do país, incluíndo ilhas... ou pelo menos até há dois ou três meses atrás iria, agora já não sei!
Eu acho que as pessoas ainda não se aperceberam ao certo do que se está a passar. Há 2/3 anos o número de contratados estava na casa dos 42/45 mil. Entretanto reformaram-se uns milhares de professores e o número de contratados desceu para os 20/25 mil... no meu caso, tenho a agravante de o meu grupo de recrutamente ter sido dos mais afetados, se eu estivesse na posição em que estou mas fosse da grande maioria dos outros grupos de recrutamento, teria colocação, pelo menos neste ano, para o próximo já não sei!
artista
Ao contrário do que possa parecer pelas minhas "palavras", estava mesmo a tentar perceber as tuas razões, isto para não mandar bitaitadas desinformadas e achar que tu é que tinhas a "culpa".
Todas as razões que apontas levam/levaram a uma redução enorme que em muitos casos é prejudicial e que não tem ponta por onde se pegue.
Contudo o que eu queria mesmo perceber é como é que uma pessoa lecciona durante 16 anos e depois nada.
No teu entender quais foram as razões que te levaram agora ao desemprego?
Ou seja pq razão não estavas já no quadro?
E já agora o que ensinavas.
Note-se e para que todos entendam bem, eu não conheço o artista, nem tão pouco estou a "julgar" a pessoa, estou apenas a perguntar-me (e a ele) como é que um sistema produza casos como o dele e pq razão estas "coisas" não são explicadas e não vejo nem governo nem sindicatos a explicar isto...
Tudo joga com os números a seu favor.
E já agora para mostrar um caso ridículo de gestão escolar.
A minha filha está (estava) no 2º ano, o ano passado era uma turma de 22 chamada mista pq um dos alunos era "repetente" e para não o chumbar oficialmente passou a mista (eufemismo bonito).
Este ano passou para 26 só para "encher" a turma, e só o foi feito a última da hora de tal maneira que a professora só soube dias antes de começar o ano.
Os 4 alunos são de 1º ano (logo novos) e para maior admiração são condicionais.... ou seja só entrariam se existissem vaga.
Criaram as vagas prejudicando uma turma já feita e prejudicando 4 miúdos e quiçá não poupando nada visto que para o ano a turma de 1º ano não enche... enfim chama-se a isto visão curta.
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AikyFriu Escreveu:A greve foi hoje porque todas as outras formas de luta já tinha sido utilizadas e foram ignoradas.
Eu acho que é estranho os professores acharem que as anteriores "formas de luta" foram ignoradas e pensar que esta vai resultar nalguma coisa.
Os professores já conseguiram o que podiam nesta guerra. Só uma inversão do governo para toda a FP é que muda o cenário.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AikyFriu Escreveu:nuuuno Escreveu:Mas porquê? O que causa tanta indignação ? Desemprego? Mobilidade? 40 horas semanais como a maioria?
- Turmas grandes (o que dificulta o trabalho dos professores e retira horários)
- A mobilidade (após anos a andar com a casa às costas, numa altura em que se pensava estar estável, um professor pode ser colocado a 300 Km da sua residência)
- desemprego motivado, não porque o número de alunos tenha diminuido, mas porque estão a tirar condições de trabalho nas escolas
- a maioria dos professores já trabalha mais de 40 horas semanais com 22 letivas. Se o acréscimo de 5 horas for na componente letiva o número de horas torna-se insustentável. Reconheço que pera muitos professores existem alturas do ano em que o trabalho é menor. MAs não se pense que não existe: nas interrupções letivas temos as avaliações e a preparação a médio prazo do periodo. No Verão temos os exames (vigilância, coordenações, secretariado, correções, reapreciações, quebra do sigilo e lançamento das notas de exame), os exames de equivalência à frequência (tudo por conta da escola), as matriculas, divulgação dos cursos nas escolas básicas, turmas, horários, confirmação dos termos, invetários, para além de haver cursos profissionais com aulas até julho e outros que têm estágio que é preciso acompanhar e ajudar a preparar e avaliar a PAP.
De qualquer modo o que o que tem mais peso na greve será a mobilidade e o desaparecimento de horários necessários nas escolas (agravado pelas horas de DT deixarem de descontar na componente letiva e - eventualmente - pelo número de horas passar para 40.
Apesar de estar em greve estou-te a responder do meu portátil enquanto espero que o responsável pela empresa onde tenho alunos a fazer estágio se digne aparecer. Tinha reunião marcada para as 14 horas, mas só sei que está atrasado - são 16h25.
Estou a 10Km da escola, vim no meu carro com a minha gasolina e para a opinião pública estou na praia de papo para o ar (até nem tenho testes à vista).
É verdade e, como estou de greve, vão-me descontar o dia. Como vês... uma vida de previlégios
ok..estamos juntos entao. Tambem vim no meu carro e gastei do meu dinheiro para estar aqui a trabalhar na empresa. Se calhar esta conversa aqui na net vai-me fazer sair mais tarde, mas tb nao me preocupa, é o costume e não me pagam nem mais 1 centimo por isso. No Verão, define Verão? È que para mim o Verão sao 3 meses e eu tenho por norma 2 semanas apenas em Agosto. E tu? Quantos dias tens livres em Agosto? Será que são só tens 22 dias úteis como eu por ano? Ahh...o meu patrao ás vezes atrasa-se e só me paga uma semana depois do estipulado (nem imaginas o transtorno que me causa!!)...Mas OK, eu nao sou exº, mas se faço greve, o mais certo é não ver o meu contrato renovado! Adorava que fosse diferente, o mau exemplo nao é exemplo,e fico triste em saber que os professores estão a sofrer bastante, mas olha, fica o conforto, não estão sozinhos! E deitar abaixo o governo tambem nao funciona, fica o triste facto. Estamos falidos, e voces possivelmente e infelizmente estao a pagar por um passado recente em que uma profissao boa era ser professor!
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migluso Escreveu:AikyFriu Escreveu:
A greve foi hoje porque todas as outras formas de luta já tinha sido utilizadas e foram ignoradas.
Entre pessoas, negoceia-se. Lutas só de galos bravos...
Agora a sério, enquanto este discurso não mudar, tenho pouca esperança que alguma vez estaremos ao nível dos melhores da Europa.
Ainda por cima, vindo da classe que educa as gerações mais novas.
É preciso abandonar este discurso do tempo da revolução industrial...
Não gostaste da expressão "forma de luta"? podes substitui por qualquer outra!
Só há negociação quando as 2 partes querem negociar. Até aqui o que os governos (este e o anterior) chamam negociar é ler as suas propostas e dizer que não podem alterar nada.
Muitas vezes nem isso fazem... como é que negoceias assim?
Para ti educação é ser carneirinho e aceitar tudo o que lhe impõem? deixa-me dizer qeu penso exatamte o contrário... com pessoas acomodadas que não lutam (não gostas da palavra, mas é real e espelha o dia a dia de muitas pessoas) pelo que acham correto é que este país não sai do buraco
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nuuuno Escreveu:Mas porquê? O que causa tanta indignação ? Desemprego? Mobilidade? 40 horas semanais como a maioria?
- Turmas grandes (o que dificulta o trabalho dos professores e retira horários)
- A mobilidade (após anos a andar com a casa às costas, numa altura em que se pensava estar estável, um professor pode ser colocado a 300 Km da sua residência)
- desemprego motivado, não porque o número de alunos tenha diminuido, mas porque estão a tirar condições de trabalho nas escolas
- a maioria dos professores já trabalha mais de 40 horas semanais com 22 letivas. Se o acréscimo de 5 horas for na componente letiva o número de horas torna-se insustentável. Reconheço que pera muitos professores existem alturas do ano em que o trabalho é menor. MAs não se pense que não existe: nas interrupções letivas temos as avaliações e a preparação a médio prazo do periodo. No Verão temos os exames (vigilância, coordenações, secretariado, correções, reapreciações, quebra do sigilo e lançamento das notas de exame), os exames de equivalência à frequência (tudo por conta da escola), as matriculas, divulgação dos cursos nas escolas básicas, turmas, horários, confirmação dos termos, invetários, para além de haver cursos profissionais com aulas até julho e outros que têm estágio que é preciso acompanhar e ajudar a preparar e avaliar a PAP.
De qualquer modo o que o que tem mais peso na greve será a mobilidade e o desaparecimento de horários necessários nas escolas (agravado pelas horas de DT deixarem de descontar na componente letiva e - eventualmente - pelo número de horas passar para 40.
Apesar de estar em greve estou-te a responder do meu portátil enquanto espero que o responsável pela empresa onde tenho alunos a fazer estágio se digne aparecer. Tinha reunião marcada para as 14 horas, mas só sei que está atrasado - são 16h25.
Estou a 10Km da escola, vim no meu carro com a minha gasolina e para a opinião pública estou na praia de papo para o ar (até nem tenho testes à vista).
É verdade e, como estou de greve, vão-me descontar o dia. Como vês... uma vida de previlégios
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
... de perder dinheiro
AikyFriu Escreveu:
A greve foi hoje porque todas as outras formas de luta já tinha sido utilizadas e foram ignoradas.
Entre pessoas, negoceia-se. Lutas só de galos bravos...
Agora a sério, enquanto este discurso não mudar, tenho pouca esperança que alguma vez estaremos ao nível dos melhores da Europa.
Ainda por cima, vindo da classe que educa as gerações mais novas.
É preciso abandonar este discurso do tempo da revolução industrial...
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
nuuuno Escreveu:artista Escreveu:nuuuno Escreveu:boas...ja vejo que existem por aqui alguns professores. Se possivel conseguem-me justificar o porquê de fazer greve hoje, sabendo o impacto negativo que vao ter nos alunos? Eu pessoalmente tenho aquela ideia que os professores se queixam 1 pouco de barriga cheia. (Ainda noutro dia ouvi uma amiga minha professora a reclamar que teria de ir á escola assinar 1 pauta. Bom, pensei eu, quem me dera hoje apenas ter de ir á empresa assinar 1 folha e vir embora ter o dia livre. (que por acaso foi o que ela fez, já tinha a tarde cheia de explicações)...
A minha barriga está tão cheia que me meteram na rua sem nada!
Ou seja, não sou professor, nem sequer tenho intenção de vir a ser, pelo menos nos próximos anos. Mas fui, até 31 de agosto de 2012, durante 16 anos, conheço bem a situação, aceito quem tenha uma opinião diferente da minha com argumentos válidos. Desprezo quem fala do que não sabe, apresenta argumentos descabidos e não demonstra o mínimo de respeito pelo trabalho dos outros... certamente são pessoas que se fartam de trabalhar, vivem com muito pouco dinheiro por mês, certamente dinheiro que fizam por ganhar com uma carreira de "sangue, suor e lágrimas"!
Artista, eu perguntei, nao estou a julgar ninguem. Só fiz uma pergunta que nao respondeste.
O AikyFrio, eu próprio neste tópico já escrevi algo do género...
Tenho alguma pena em verificar que tanta gente desconhece a completamente o que se está a passar. Admito que as opiniões possam ser diferentes, o que custa é verificar que tanta gente fala sem saber minimamente do que está a falar...
Estranho também que toda a gente conhece alguns maus exemplos de professores, mas poucos conhecem bons exemplos... embora eu ache que isso é típico do tuga!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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rmachado Escreveu:
Caro artista, como é possível uma situação como a tua? Será que o número de alunos diminuiu assim tanto, será que a rigidez do sistema conduziu a tua situação? Será que foste tu o inflexível?
Isto são apenas perguntas sobre um caso concreto que decerto deve se repetir em muitos sítios.
Eu já escrevi para ai as alterações introduzidas que estão a reduzir drasticamente as necessidades de professores. Assim de cabeça:
- Redução dos curriculos (desapareceram Estudo Acompanhado, Formação Cívica, Área de projeto);
- Aumento do número de alunos por turma (leva a que se reduzam o número total de turmas);
- Aumento do número de tempos letivos que um professor tem de dar por semana, de 22 para 24 na maioria das escolas;
- Constituição de mega-agrupamentos (redução do número de professores em direções de escola);
- Alterações das horas previstas para alguns cargos que passaram de letivas para a componente não letiva (Diretores de turma, Diretores de instalações, coordenadores de grupo, etc...);
- A disciplina de EVT passou a ser lecionada apenas por um docente quando desde sempre tinha sido por dois (esta alteração levou a uma redução direta de mais de mil docentes);
- Nas ciências fizeram alteração do género, as turmas eram divididas em turnos para terem apenas metade dos alunos, mas isso acabou (não tenho a certeza se foi mesmo assim, conheço mal este caso mas penso que a alteração foi esta!);
Agora só me lembrei destas alterações mas há mais... e para o ano querem por ainda mais. Isso não só tornará o trabalho de um professor algo de extremamente desgastante (até porque já o é) como fará com que o sistema público de ensino perca bastante qualidade (e já perdeu bastante)!
Eu não fui inflexível, neste momento para um horário completo ou perto disso iria para qualquer zona do país, incluíndo ilhas... ou pelo menos até há dois ou três meses atrás iria, agora já não sei!
Eu acho que as pessoas ainda não se aperceberam ao certo do que se está a passar. Há 2/3 anos o número de contratados estava na casa dos 42/45 mil. Entretanto reformaram-se uns milhares de professores e o número de contratados desceu para os 20/25 mil... no meu caso, tenho a agravante de o meu grupo de recrutamente ter sido dos mais afetados, se eu estivesse na posição em que estou mas fosse da grande maioria dos outros grupos de recrutamento, teria colocação, pelo menos neste ano, para o próximo já não sei!
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AikyFriu Escreveu:nuuuno Escreveu:artista Escreveu:nuuuno Escreveu:boas...ja vejo que existem por aqui alguns professores. Se possivel conseguem-me justificar o porquê de fazer greve hoje, sabendo o impacto negativo que vao ter nos alunos? Eu pessoalmente tenho aquela ideia que os professores se queixam 1 pouco de barriga cheia. (Ainda noutro dia ouvi uma amiga minha professora a reclamar que teria de ir á escola assinar 1 pauta. Bom, pensei eu, quem me dera hoje apenas ter de ir á empresa assinar 1 folha e vir embora ter o dia livre. (que por acaso foi o que ela fez, já tinha a tarde cheia de explicações)...
A minha barriga está tão cheia que me meteram na rua sem nada!
Ou seja, não sou professor, nem sequer tenho intenção de vir a ser, pelo menos nos próximos anos. Mas fui, até 31 de agosto de 2012, durante 16 anos, conheço bem a situação, aceito quem tenha uma opinião diferente da minha com argumentos válidos. Desprezo quem fala do que não sabe, apresenta argumentos descabidos e não demonstra o mínimo de respeito pelo trabalho dos outros... certamente são pessoas que se fartam de trabalhar, vivem com muito pouco dinheiro por mês, certamente dinheiro que fizam por ganhar com uma carreira de "sangue, suor e lágrimas"!
Artista, eu perguntei, nao estou a julgar ninguem. Só fiz uma pergunta que nao respondeste.
Eu respondo-te...
A greve foi hoje porque todas as outras formas de luta já tinha sido utilizadas e foram ignoradas.
Achas que os protestos ao fim de semana ou as greves em tempo de aulas deram algum resultado? o Crato nem se dignou aparecer, por isso teve que ser uma medida dura.
O prejuizo dos alunos, não é tão evidente como isso. Acho que se empolou muito o assunto.
O que causou maior stress foi o facto da nova data não estar definida.
Mas porquê? O que causa tanta indignação ? Desemprego? Mobilidade? 40 horas semanais como a maioria?
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- Registado: 10/11/2011 10:05
nuuuno Escreveu:artista Escreveu:nuuuno Escreveu:boas...ja vejo que existem por aqui alguns professores. Se possivel conseguem-me justificar o porquê de fazer greve hoje, sabendo o impacto negativo que vao ter nos alunos? Eu pessoalmente tenho aquela ideia que os professores se queixam 1 pouco de barriga cheia. (Ainda noutro dia ouvi uma amiga minha professora a reclamar que teria de ir á escola assinar 1 pauta. Bom, pensei eu, quem me dera hoje apenas ter de ir á empresa assinar 1 folha e vir embora ter o dia livre. (que por acaso foi o que ela fez, já tinha a tarde cheia de explicações)...
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Ou seja, não sou professor, nem sequer tenho intenção de vir a ser, pelo menos nos próximos anos. Mas fui, até 31 de agosto de 2012, durante 16 anos, conheço bem a situação, aceito quem tenha uma opinião diferente da minha com argumentos válidos. Desprezo quem fala do que não sabe, apresenta argumentos descabidos e não demonstra o mínimo de respeito pelo trabalho dos outros... certamente são pessoas que se fartam de trabalhar, vivem com muito pouco dinheiro por mês, certamente dinheiro que fizam por ganhar com uma carreira de "sangue, suor e lágrimas"!
Artista, eu perguntei, nao estou a julgar ninguem. Só fiz uma pergunta que nao respondeste.
Eu respondo-te...
A greve foi hoje porque todas as outras formas de luta já tinha sido utilizadas e foram ignoradas.
Achas que os protestos ao fim de semana ou as greves em tempo de aulas deram algum resultado? o Crato nem se dignou aparecer, por isso teve que ser uma medida dura.
O prejuizo dos alunos, não é tão evidente como isso. Acho que se empolou muito o assunto.
O que causou maior stress foi o facto da nova data não estar definida.
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artista Escreveu:nuuuno Escreveu:boas...ja vejo que existem por aqui alguns professores. Se possivel conseguem-me justificar o porquê de fazer greve hoje, sabendo o impacto negativo que vao ter nos alunos? Eu pessoalmente tenho aquela ideia que os professores se queixam 1 pouco de barriga cheia. (Ainda noutro dia ouvi uma amiga minha professora a reclamar que teria de ir á escola assinar 1 pauta. Bom, pensei eu, quem me dera hoje apenas ter de ir á empresa assinar 1 folha e vir embora ter o dia livre. (que por acaso foi o que ela fez, já tinha a tarde cheia de explicações)...
A minha barriga está tão cheia que me meteram na rua sem nada!
Ou seja, não sou professor, nem sequer tenho intenção de vir a ser, pelo menos nos próximos anos. Mas fui, até 31 de agosto de 2012, durante 16 anos, conheço bem a situação, aceito quem tenha uma opinião diferente da minha com argumentos válidos. Desprezo quem fala do que não sabe, apresenta argumentos descabidos e não demonstra o mínimo de respeito pelo trabalho dos outros... certamente são pessoas que se fartam de trabalhar, vivem com muito pouco dinheiro por mês, certamente dinheiro que fizam por ganhar com uma carreira de "sangue, suor e lágrimas"!
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AutoMech Escreveu:Grande verdade Machado. Andaram permanentemente a reboque do PCP e a imagem que passaram é duma classe que não quer mudanças nenhumas. Agora já é tarde para se desmarcarem.
Por acaso não é verdade... lembro-me de, no tempo do anterior governo PS, os sindicados terem assinado alguns acordos e os professores não concordaram e começaram a organizar a manifestação que levou a Lisboa 120 mil professores.
Claro que os sindicatos se sentiram ultrapassados (ameaçados), rasgaram os acordos que tinham assinados à revelia dos professores, e puzeram-se à frente da organização da manifestação.
Editado pela última vez por AikyFriu em 17/6/2013 15:31, num total de 1 vez.
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