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Caldeirão da Bolsa

Professores sem serviços mínimos, decisão Colégio Arbitral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

professores vs alunos

por frigas » 13/6/2013 12:19

Braguista Escreveu:
aaugustobb Escreveu:FAZEM GREVE:

-os camionistas quando o paìs está inundado de mercadorias

-os médicos quando não existir ninguem doente ou os hospitais estiverem vazios

-os transportes de passageiros nos fins de semana ou nos horarios noturnos

-os policias quando os criminosos estiverem todos dentro

:? :roll: :shock: :wall:


Não está em questão o direito à greve. O repúdio é marcarem a greve na época de exames. Estamos a falar de algo muito importante que pode, e irá, com certeza definir o futuro de pessoas(alunos)...é difícil perceber?!?


Informo desde já que tenho em casa uma professora e um aluno (7º ano):

-É de todo lamentável que muitas pessoas tenham a ideia de que os professores tem 2/3 meses de férias, é TRETA....

-É lamentável que muitos não saibam que estão a dormir à 2/3 horas e muitos professores ainda estão em pé a preparar aulas ou testes para os nossos filhinhos...desculpem o termo, mas acho incrível referências...tipo "coitadinhos"....eles até agradecem caramba!!!!!

-É lamentável que todos se preocupam com os filhos não efectuarem os exames (o meu tb lá está), e o seu futuro...mas quantos se preocupam com o presente (já nem refiro o futuro) da classe mais atacada e ofendida por todos os que tem as ideais atrás referidos?....acabando por serem cúmplices da classe política do nosso pais desgovernado.

-Alguém sabe à quantos anos a minha esposa não é aumentada? aliás, alguém sabe à quantos anos perde regalias e o ordenado baixa???não queiram saber!!!

-O problema , e que é extensível a muitos portugueses, é preocupar-nos demasiado com o que os os tem (2 meses férias, boa vida , grande ordenado , grande carro..é só rir)...e ainda ninguém referiu que os professores também são PAIS e MÃES..mas isso não importada...importa é referir que os "coitadinhos" dos nossos filhos podem não ter futuro por causa dos "malandros" dos professores...quero lá saber do futuro destes...

-Para terminar, ontem na escola da minha cara metade estavam dois africanos a agredirem selvaticamente um puto e sabem quem se foi lá colocar no meio???foi a Mãe do meu filho....não foi nenhum dos deputados..nem nenhum dos paizinhos....dos "coitadinhos"...

tenham juízo antes de criticarem, pois não sabem do que falam!!!!!!
Os nossos filhos são a nossa eternidade. Robert Debré

Estou feliz. Não tenho queixas. Às vezes choro. Milton Dacosta

A saúde, como a fortuna, deixa de favorecer aos que abusam dela. Saint-Évremont
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por Automech » 13/6/2013 11:50

O resultado desta batalha vai ser o seguinte:
- Os horários vão avançar para as 40 horas
- A mobilidade vai avançar
- Os professores vão ficar (mal) vistos pela opinião pública, como gente preguiçosa que quer regras especiais (o governo está a conseguir passar essa imagem de forma exímia e já não é possível os professores ou sindicatos conterem os danos de imagem)
- O Mário Nogueira vai beber champanhe no fim da greve à custa dos professores e a continuar a sua carreira política. Quando os professores o virem no comité central do PCP irão perceber como foram tão brilhantemente usados e descartados.

Ou seja, quando assentar a poeira, aquilo que seria uma greve para chamar a atenção das pessoas, terá sido transformado num valente tiro no pé e as reformas avançarão na mesma. Mas desta vez com os professores muito mais fragilizados e sem o respeito das famílias.
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por Rosariom2014 » 13/6/2013 11:18

Atenção pais com filhos em jardins de in fância e no primeiro ciclo, em escolas do ensino público, agrupadas, o Ministro da Educação deu ordem aos seus directores para retirarem os professores e educadores das salas das vossas crianças e os colocarem a vigiar os exames nacionais do 3º ciclo e secundário... ou terei percebido mal?
Agora já perceberam que "o importante não são os vossos filhos", independentemente do grau de ensino que frequentem, mas apenas o que querem fazer deste país
 
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por Rosariom2014 » 13/6/2013 11:16

É necessário que alguém (sindicatos, associações... tanto faz) desmonte os argumentos falaciosos deste ministro: mencionou os direitos dos alunos (que todos defendemos) e os direitos das famílias (imagine-se!) de planificar a sua vida. E o direito à greve? "...reconhecemos o direito à greve, mas uma greve de exames é lamentável." - diz este senhor. Não, sr. ministro! Lamentável é ser mentiroso! Lamentável é colocar no desemprego milhares de professores que têm famílias para sustentar! Lamentável é um professor como eu leccionar durante 15 anos e de um momento para o outro vê-se no desemprego e sem perspectivas de futuro! Lamentável é os professores serem e não serem função pública conforme as conveniências, caso contrário, eu e milhares de professores como eu já estaríamos efectivos!
Sabe qual é a minha esperança, é que o senhor e o seu governo caiam de uma vez por todas! Mas não é só esperança, vou lutar por isso! E vou acalentar uma esperança, quando isso acontecer espero que todos os professores (todos sem excepção), não se esqueçam do que está a fazer ao ensino, e continuem a relembrá-lo disso até o senhor emigrar... para um país distante (de preferência!).
 
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por JMHP » 13/6/2013 11:13

VIXIUM Escreveu:Um statement não imparcial e correndo o risco de injustiça...

Eu sou professor no ensino superior.
Aceito e aprovo o direito à greve.
Entendo algumas das razões evocadas e penso que ambos os lados, e sobretudo os docentes, têm razões válidas para a greve,,,,

Dito isto,

Nunca fiz uma greve e estou no ensino há mais de 25 anos.
Penso que nunca irei fazer uma greve.
Se a fizer...jamais será num dia que prejudique os meus alunos.

Há uma razão que me leva a dizer isto e que podem tomar como ideológica. Para mim é um princípio de vida: os meus alunos são meus clientes. No dia em que os maltratar estarei a tratar mal o meu mercado. jamais faria uma greve em dia que prejudicasse os meus alunos.

Talvez este pensamento venha do que tive que viver fora de Portugal, a estudar, a crescer e a formar-me nas escolas de outros países porque o nosso as não tinha. E lá fora aprendi que um professor tem uma responsabilidade cívica e social enorme. E que por cá quem pior faz aos professores talvez sejam....os próprios professores.


Obrigado,
VIXIUM


:clap:
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por elbmurcs » 13/6/2013 11:13

ghorez Escreveu:
elreidom Escreveu:[quote="JMHP"

Como temos muito em que pensar, sobra pouco tempo para greves.


Ou medo de ser despedido em caso de greve.
 
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por JMHP » 13/6/2013 11:12

elreidom Escreveu:
JMHP Escreveu:(...)Não me recordo de em ano algum ter passado sem guerras ou da ausência de greves por parte dos sindicatos dos professores contra os governos no executivo. É uma classe que se habitou a viver em constante conflito e luta contra as reformas que eram iam sendo anunciadas, mas que a maioria terminavam no fundo das gavetas do ministério da educação.

É verdade que não tiveram políticos á altura dos problemas, mas isso é algum comum a todos os portugueses.


Espera lá: então os professores não tiveram políticos à altura dos problemas e resolveram lutar pela resolução desses problemas, recorrendo a meios legais como a greve. E isso é errado. Os outros portugueses, como referes, também não tiveram políticos à altura dos problemas, mas têm ficado encostados e deixam andar. E isso é que está certo. Cruzes...


Vé se entendes de uma vez.... Os políticos são a imagem e a semelhança do povo que os elege. O estado do nosso país é todo da nossa inteira responsabilidade. Aquilo que somos hoje e os problemas que enfrentamos são o resultado de más decisões e politicas do passado e das gerações mais velhas.

Os professores não são uma classe à parte, são parte do problema, logo não estão isentos de sacrifícios e devem-se adaptar como os restantes portugueses independentemente da sua classe.
Editado pela última vez por JMHP em 13/6/2013 11:14, num total de 1 vez.
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por Heisenberg » 13/6/2013 11:07

ghorez Escreveu:
elreidom Escreveu:
JMHP Escreveu:(...)Não me recordo de em ano algum ter passado sem guerras ou da ausência de greves por parte dos sindicatos dos professores contra os governos no executivo. É uma classe que se habitou a viver em constante conflito e luta contra as reformas que eram iam sendo anunciadas, mas que a maioria terminavam no fundo das gavetas do ministério da educação.

É verdade que não tiveram políticos á altura dos problemas, mas isso é algum comum a todos os portugueses.


Espera lá: então os professores não tiveram políticos à altura dos problemas e resolveram lutar pela resolução desses problemas, recorrendo a meios legais como a greve. E isso é errado. Os outros portugueses, como referes, também não tiveram políticos à altura dos problemas, mas têm ficado encostados e deixam andar. E isso é que está certo. Cruzes...


Os outros portugueses estão preocupados com coisas como o que fazer aos filhos no dia da greve dos professores, como ir para o trabalho em dia de greve das empresas de transporte, como sobreviver com metade do vencimento de um funcionário público, com contratos mensais de trabalho, com desemprego, com poupar para cuidados de saúde (porque não temos ADSE), etc..

Como temos muito em que pensar, sobra pouco tempo para greves.


Tens jeito para a demagogia.
 
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por Rosariom2014 » 13/6/2013 11:06

O Ministério está a entrar em loucura a convocar todos os professores dos agrupamentos. Professores sem a mínima experiência em exames. Vai ser uma vergonha este exame. Creio que vai ser uma farsa. Fraudes atrás de fraudes.
Para mim mais importante que a greve aos exames é a greve ás avaliações e continuar a não deixar sair as notas dos alunos do 9º e 12º anos, já que são os mais importantes....
As outras classes profissionais ao não apoiar esta greve só estão a abrir o caminho para o abismo e para a escravatura... Pensei nisto....
 
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por ghorez » 13/6/2013 11:00

elreidom Escreveu:
JMHP Escreveu:(...)Não me recordo de em ano algum ter passado sem guerras ou da ausência de greves por parte dos sindicatos dos professores contra os governos no executivo. É uma classe que se habitou a viver em constante conflito e luta contra as reformas que eram iam sendo anunciadas, mas que a maioria terminavam no fundo das gavetas do ministério da educação.

É verdade que não tiveram políticos á altura dos problemas, mas isso é algum comum a todos os portugueses.


Espera lá: então os professores não tiveram políticos à altura dos problemas e resolveram lutar pela resolução desses problemas, recorrendo a meios legais como a greve. E isso é errado. Os outros portugueses, como referes, também não tiveram políticos à altura dos problemas, mas têm ficado encostados e deixam andar. E isso é que está certo. Cruzes...


Os outros portugueses estão preocupados com coisas como o que fazer aos filhos no dia da greve dos professores, como ir para o trabalho em dia de greve das empresas de transporte, como sobreviver com metade do vencimento de um funcionário público, com contratos mensais de trabalho, com desemprego, com poupar para cuidados de saúde (porque não temos ADSE), etc..

Como temos muito em que pensar, sobra pouco tempo para greves.
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por Heisenberg » 13/6/2013 10:58

VIXIUM Escreveu:(...)jamais faria uma greve em dia que prejudicasse os meus alunos.

(...)E lá fora aprendi que um professor tem uma responsabilidade cívica e social enorme. E que por cá quem pior faz aos professores talvez sejam....os próprios professores.


1. Mas será que uma greve num dia de exame, que pode e vai ser remarcado, está a prejudicar os alunos ou a entidade que organiza o exame?

2. Não faz parte da tal "responsabilidade cívica e social" dos professores lutarem por um ensino de qualidade, especialmente num país onde se tem assistido a medidas irresponsáveis dos governos nesta matéria, umas atrás das outras?
 
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por Heisenberg » 13/6/2013 10:52

JMHP Escreveu:(...)Não me recordo de em ano algum ter passado sem guerras ou da ausência de greves por parte dos sindicatos dos professores contra os governos no executivo. É uma classe que se habitou a viver em constante conflito e luta contra as reformas que eram iam sendo anunciadas, mas que a maioria terminavam no fundo das gavetas do ministério da educação.

É verdade que não tiveram políticos á altura dos problemas, mas isso é algum comum a todos os portugueses.


Espera lá: então os professores não tiveram políticos à altura dos problemas e resolveram lutar pela resolução desses problemas, recorrendo a meios legais como a greve. E isso é errado. Os outros portugueses, como referes, também não tiveram políticos à altura dos problemas, mas têm ficado encostados e deixam andar. E isso é que está certo. Cruzes...
 
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por Rosariom2014 » 13/6/2013 9:29

Primeira Declaração de Interesses: sou professora; Declaração de Interesses que vem antes da anterior: sou mãe de um aluno que vai fazer exame no dia 17. Sou a favor da greve. Pelos professores, pela educação e, principalmente, pelos outros dois meus filhos, que estão no 4º e no 5º ano. Porque aumentar o nº de alunos por turma não é ser a favor da educação, é ser contra. porque criar medo nos professores não é ser a favor da educação, é ser contra, porque colocar uma espada de Dámocles sobre a cabeça dos professores não é ser a favor da educação, é ser contra, porque legislar SEMPRE contra os professores é fomentar nestes a desmotivação e isso não é ser a favor da educação, é ser contra, porque dificultar o ensino público em favor do privado, quando aquele já demonstrou formar alunos mais bem preparados para a universidade do que o privado(que só prepara para os exames, a troco de muito dinheiro) não é ser a favor da educação, é ser contra, além de ser a favor de uma cada vez maior desigualdade social... porque aumentar o nº de alunos por turma e aumentar a carga horária dos professores é que vai empurrar milhares destes para o desemprego e não um putativo e inexistente excesso de professores, porque criar um conflito e aumentá-lo, de forma demagógica e trauliteira, como o Ministério está a fazer, não é ser a favor da educação, é ser inconsciente, vingativo e destituído de qualquer bom senso; porque mudar todos ou quase todos os currículos, quando em 15 anos passamos do último lugar, em 50 países, para o 15º lugar, não é ser a favor da educação, é ser estúpido. Quando pensamos num problema, devemos tentar ver o seu todo e não apenas uma parte. Concentrar-se apenas na realização ou não de um exame, que poderá ser agendado para mais tarde e esquecer porque marcaram TODOS os sindicatos de professores as greves atualmente em curso, é olhar apenas para o seu umbigo, esquecendo o que nos trouxe até aqui: o mais vil egoísmo liberal e capitalista, que só em si pensa, passando por cima de todos os outros. Ou então discordam de todos os pressupostos da greve e então devem dizê-lo. Usar como único argumento o prejuízo que a greve pode trazer aos alunos é esquecer quem empurrou os professores para a greve e para esta greve em particular, ao legislar apenas em finais de Maio, esperando que os professores fossem a banhos e tudo ficasse como facto consumado. Ainda não repararam, alguns, mas estamos a ser governados por um governo terrorista. E incompetente.
 
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por migluso » 13/6/2013 9:24

artista Escreveu:No teu caso específico registo que nunca te indignaste muito, ou melhor nada...


Estás enganado.
Sempre defendi a existência de leis laborais universais para todos os trabalhadores.
Isso implica tirar "regalias" aos mais velhos e tratar os mais novos da forma que merecem ser tratados.

Enquanto não existir competição entre escolas e liberdade de escolha dos alunos, o sistema será sempre mais ineficiente e injusto do que seria.
Quem são os principais prejudicados com o actual sistema? Os contribuintes, os alunos e os "jovens" professores, que podem até ser muito bons, mas o sistema não premeia o mérito.
Quem mais ganha? Os instalados e, sobretudo, os sindicalistas profissionais.

rmachado Escreveu:<modo ironia on>
Se não fazer um exame é comparável a morrer... já tava o problema resolvido de excesso de pessoas no mundo. :)
<modo ironia off>


Faz todo o sentido.
Pegando na comparação do Vixium, o prestador do serviço vai falhar perante o seu cliente no momento chave.

Numa lógica de mercado, o cliente teria a liberdade de mandar o prestador do serviço às favas.
Numa lógica monopolista, o cliente baixa a bola.

Ganha a corporação, perde a sociedade.

O que mais me incomoda é o facto de não haver um grupo organizado de professores a insurgir-se contra esta greve. Sobretudo jovens professores.

A classe responsável pela educação dos portugueses subjuga-se ao monopólio do Nogueira. Agem como marionetas seguidoras do decretado pelo comité.
Triste.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
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por Rosariom2014 » 13/6/2013 9:21

Neste país só os PROFESSORES é que não podem fazer greve? Os médicos e enfermeiros, não prejudicam os utentes? A CP, o Metro e a Carris não prejudicam? Os estivadores? Os controladores aéreos? Os CTT e a restante função pública, etc. se fizerem greve não faz mal e não é VERGONHA!
 
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por VIXIUM » 13/6/2013 1:43

Um statement não imparcial e correndo o risco de injustiça...

Eu sou professor no ensino superior.
Aceito e aprovo o direito à greve.
Entendo algumas das razões evocadas e penso que ambos os lados, e sobretudo os docentes, têm razões válidas para a greve,,,,

Dito isto,

Nunca fiz uma greve e estou no ensino há mais de 25 anos.
Penso que nunca irei fazer uma greve.
Se a fizer...jamais será num dia que prejudique os meus alunos.

Há uma razão que me leva a dizer isto e que podem tomar como ideológica. Para mim é um princípio de vida: os meus alunos são meus clientes. No dia em que os maltratar estarei a tratar mal o meu mercado. jamais faria uma greve em dia que prejudicasse os meus alunos.

Talvez este pensamento venha do que tive que viver fora de Portugal, a estudar, a crescer e a formar-me nas escolas de outros países porque o nosso as não tinha. E lá fora aprendi que um professor tem uma responsabilidade cívica e social enorme. E que por cá quem pior faz aos professores talvez sejam....os próprios professores.


Obrigado,
VIXIUM
 
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por greeneon » 13/6/2013 1:41

De um lado os sortidos do outros os que pagam a crise.
Nem sei que dizer pois tudo tem sido dito..o que me fica é que quem trabalha 50 ou mais horas paga para quem trabalha 17 horas( mais as que corrige teste e prepara aulas em casa) os professores onde se tornou numa profissão de desgaste rápido como trolhas ou mineiros( as crianças estão insuportáveis).
Neste país trabalhar como professor,na carris,no metro é sinónimo de regalias e bem estar ser medico,enfermeiro ou outro é demérito.


E acabamos onde a fenprofe quer ter uma agenda política com uma classe desprestigiada.
 
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por JMHP » 13/6/2013 1:36

joaoventura Escreveu:Quando os "vossos" filhos se forem queixar a vocês que os seus professores não lhe ensinam nada, que a escola é uma seca, e que já não quer seguir para a faculdade e tirar uma especialização porque o professor não explica nada de jeito, e que por causa disso vai ter que ir servir às mesas, espero que mantenham o mesmo estilo de discurso.


Tenho 41 anos e já no meu tempo de escola desde tenra idade que sempre vi e ouvi palavras idênticas ás que escreve. Não me recordo de em ano algum ter passado sem guerras ou da ausência de greves por parte dos sindicatos dos professores contra os governos no executivo. É uma classe que se habitou a viver em constante conflito e luta contra as reformas que eram iam sendo anunciadas, mas que a maioria terminavam no fundo das gavetas do ministério da educação.

É verdade que não tiveram políticos á altura dos problemas, mas isso é algum comum a todos os portugueses.
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por JMHP » 13/6/2013 0:08

Lion_Heart Escreveu:Muitos falam aqui da "precariedade" do emprego que alguns professores tem (talvez a maioria hoje em dia), que não sabem em que escola ficam, quantos anos vão andar a penar e etc.

O que eu pergunto é: não sabiam que seria assim? As regras sempre foram essas e cada vez piores devido ao menor número de crianças e maior número de professores. A maioria não sabe que dificilmente terá emprego sequer devido ao elevado número de professores existente? Que depois de efectivo são dezenas de anos no mesmo sitio e mais ninguém entra para o seu lugar.
Porque insistem em ir para a Universidade tirar um curso que não tem emprego?

Porque insistem em ser professores? mudem de carreira, a vida é assim, se estão mal mudem. Se não aguentam as regras mudem, é assim em todo o lado.

Agora querer impor o seu emprego e regalias absurdas e andar sempre na tv a chorar , já não existe pachorra. Porque não se queixaram nos bons tempos que ganhavam milhares e subiam todos até ao topo escalão . Existem milhares de professores reformados com reformas acima de 2.000€ , a maioria antes do tempo.


Parecem os donos das farmácias , quando as vendiam por 5 , 6 milhões não diziam nada, quando ganhavam o que queriam e não queriam não diziam nada , agora andam a chorar que não tem lucros. Haja paciência!


A-330 Escreveu:Chegamos a um ponto de colapso do sistema.

Temos funcionários a mais em algumas áreas ,e tem que ser cortadas.Os sindicatos organizam greves que na atual escassez de dinheiro , nada mais são que do que manifestações, porque não há como conseguir nada porque não há dinheiro.
A prova é que os subsídios de férias da função pública não vão ser pagos por falta de dinheiro.Não há mesmo dinheiro !!!

Infelizmente a maioria das pesoas sofre de negação.Tendem a não acreditar naquilo que não gostam.Tivessem pensado alguns minutos no que dizia o Medina Carreira e já estavam melhor preparados para a atual situação. A confirmar esse diagnóstico de negação foi a polêmica causada quando o Passos e um outro disseram que era bom que as pessoas começassem a emigrar.As pessoas querem sempre que se seja verdadeiro para com elas , mas quando alguém lhes diz a verdade , ficam ofendidas,melindradas e não aceitam.

Se antes já não produzíamos para pagar os luxos que tínhamos , agora a produzir o mesmo ou menos ,e com uma dívida colossal em cima ainda menos temos.Acreditem que vamos voltar a ser o Portugal de antigamente.Gente sem dinheiro e sem formação profissional.As pessoas de hoje ainda podem ir para fora com um canudo,alguns de valor discutível , mas enfim.As da próxima geração vão lavar escadas, como a geração anterior à nossa.

É inevitável que se reduzam serviços e se demita gente. Pena é que não se está a cortar em tudo o que é possível, como regalias do governo e pensões milionárias.E também não se está a fazer as reformas estruturais que tantos lobbies destruiria.

Há que entender que há países que produzem dinheiro como um Real Madrid e podem pagar CR7s e há países, como é o nosso caso que produzem como um clubeco de segunda divisão e que mal tem dinheiro para deslocar os jogadores.

As pessoas deviam aproveitar as manifestações para pedir as reformas estruturais e denunciar situações descabidas de excesso de despesa em tempos difíceis ,que é o que lhes garantiria um futuro melhor em um menor espaço de tempo.E não salários ou empregos. Esses infelizmente vão ser cortados com ou sem direitos.

Aliás a queda dos salários é abismal de uma geração para a outra. Tenho 42 anos e sou filho de um pai que sustentava mulher , dois filhos,tinha casa de praia e ainda juntava dinheiro.Hoje em dia, um casal mal se pode sustentar a si mesmo.E falo antes mesmo de estoirar a crise , troika , etc.

Em um país pobre e endividado como o nosso , é normal que hoje um diretor financeiro ganhe 600 euros limpos quando consegue um emprego.E só não pagam menos porque estão limitados ao salário mínimo.

As pessoas tem que se consciencializar de que vão ser pobres pelo menos nos próximos 10 anos.Que este país vai ser pobre.E que a média salarial que antes era de 984 euros vai baixar ainda mais para os sortudos que tiverem um emprego.

Todos dizem que há que criar empregos , estimular o investimento , etc. Mas ninguém explica como. Por ignorância ou má fé.

Para as empresas investirem , precisam de dinheiro e confiança no sistema.E neste momento não há dinheiro nem confiança. Logo , não haverá investimentos.
só um louco ou alguém com dinheiro para perder investe numa treta de país como o nosso.

Todas estas discussões que vemos aqui no fórum são ao melhor estilo "casa que falta pão , todos gritam e ninguém tem razão".

A330


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por BearManBull » 12/6/2013 21:59

Pata-Hari Escreveu:Mas não deveria ser assim. Isso não são condições dignas para ninguém nem que possam promover um bom desempenho. Tal como o modo como os professores são escolhidos, formados e o modo como progridem na carreira também não o são.


Isso só acontece porque é um sector ultra-saturado.

Então e porque não se falar nas condições de um empregado de mesa? É um trabalho exigente sem qualquer projecção de carreira profissional nem escalões, com um dia de folga por semana para receberem o ordenado mínimo a trabalharem muitas vezes 60 horas por semana e não se vê ninguém a fazer greves. Quando falam em condições precárias tenham tento na língua.

A-330 Escreveu:As pessoas deviam aproveitar as manifestações para pedir as reformas estruturais e denunciar situações descabidas de excesso de despesa em tempos difíceis ,que é o que lhes garantiria um futuro melhor em um menor espaço de tempo.E não salários ou empregos. Esses infelizmente vão ser cortados com ou sem direitos.


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por A330-300 » 12/6/2013 21:48

Chegamos a um ponto de colapso do sistema.

Temos funcionários a mais em algumas áreas ,e tem que ser cortadas.Os sindicatos organizam greves que na atual escassez de dinheiro , nada mais são que do que manifestações, porque não há como conseguir nada porque não há dinheiro.
A prova é que os subsídios de férias da função pública não vão ser pagos por falta de dinheiro.Não há mesmo dinheiro !!!

Infelizmente a maioria das pesoas sofre de negação.Tendem a não acreditar naquilo que não gostam.Tivessem pensado alguns minutos no que dizia o Medina Carreira e já estavam melhor preparados para a atual situação. A confirmar esse diagnóstico de negação foi a polêmica causada quando o Passos e um outro disseram que era bom que as pessoas começassem a emigrar.As pessoas querem sempre que se seja verdadeiro para com elas , mas quando alguém lhes diz a verdade , ficam ofendidas,melindradas e não aceitam.

Se antes já não produzíamos para pagar os luxos que tínhamos , agora a produzir o mesmo ou menos ,e com uma dívida colossal em cima ainda menos temos.Acreditem que vamos voltar a ser o Portugal de antigamente.Gente sem dinheiro e sem formação profissional.As pessoas de hoje ainda podem ir para fora com um canudo,alguns de valor discutível , mas enfim.As da próxima geração vão lavar escadas, como a geração anterior à nossa.

É inevitável que se reduzam serviços e se demita gente. Pena é que não se está a cortar em tudo o que é possível, como regalias do governo e pensões milionárias.E também não se está a fazer as reformas estruturais que tantos lobbies destruiria.

Há que entender que há países que produzem dinheiro como um Real Madrid e podem pagar CR7s e há países, como é o nosso caso que produzem como um clubeco de segunda divisão e que mal tem dinheiro para deslocar os jogadores.

As pessoas deviam aproveitar as manifestações para pedir as reformas estruturais e denunciar situações descabidas de excesso de despesa em tempos difíceis ,que é o que lhes garantiria um futuro melhor em um menor espaço de tempo.E não salários ou empregos. Esses infelizmente vão ser cortados com ou sem direitos.

Aliás a queda dos salários é abismal de uma geração para a outra. Tenho 42 anos e sou filho de um pai que sustentava mulher , dois filhos,tinha casa de praia e ainda juntava dinheiro.Hoje em dia, um casal mal se pode sustentar a si mesmo.E falo antes mesmo de estoirar a crise , troika , etc.

Em um país pobre e endividado como o nosso , é normal que hoje um diretor financeiro ganhe 600 euros limpos quando consegue um emprego.E só não pagam menos porque estão limitados ao salário mínimo.

As pessoas tem que se consciencializar de que vão ser pobres pelo menos nos próximos 10 anos.Que este país vai ser pobre.E que a média salarial que antes era de 984 euros vai baixar ainda mais para os sortudos que tiverem um emprego.

Todos dizem que há que criar empregos , estimular o investimento , etc. Mas ninguém explica como. Por ignorância ou má fé.

Para as empresas investirem , precisam de dinheiro e confiança no sistema.E neste momento não há dinheiro nem confiança. Logo , não haverá investimentos.
só um louco ou alguém com dinheiro para perder investe numa treta de país como o nosso.

Todas estas discussões que vemos aqui no fórum são ao melhor estilo "casa que falta pão , todos gritam e ninguém tem razão".

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por joaoventura » 12/6/2013 21:13

Lion_Heart Escreveu:Muitos falam aqui da "precariedade" do emprego que alguns professores tem (talvez a maioria hoje em dia), que não sabem em que escola ficam, quantos anos vão andar a penar e etc.

(...)

Porque insistem em ser professores? mudem de carreira, a vida é assim, se estão mal mudem. Se não aguentam as regras mudem, é assim em todo o lado.
(...)

Haja paciência!


Quando os "vossos" filhos se forem queixar a vocês que os seus professores não lhe ensinam nada, que a escola é uma seca, e que já não quer seguir para a faculdade e tirar uma especialização porque o professor não explica nada de jeito, e que por causa disso vai ter que ir servir às mesas, espero que mantenham o mesmo estilo de discurso.

Como calcularão, assim no público como no privado, aquela malta "melhor", simplesmente não estão para aturar essas "regras" e como vocês mandam, eles mudam-se. Depois queixem-se que o ensino público tem pouca qualidade...


(Nada pessoal, Lion, apenas aproveitei o teu comentário..)
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por Pata-Hari » 12/6/2013 21:12

Mas não deveria ser assim. Isso não são condições dignas para ninguém nem que possam promover um bom desempenho. Tal como o modo como os professores são escolhidos, formados e o modo como progridem na carreira também não o são.
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por Lion_Heart » 12/6/2013 19:15

Muitos falam aqui da "precariedade" do emprego que alguns professores tem (talvez a maioria hoje em dia), que não sabem em que escola ficam, quantos anos vão andar a penar e etc.

O que eu pergunto é: não sabiam que seria assim? As regras sempre foram essas e cada vez piores devido ao menor número de crianças e maior número de professores. A maioria não sabe que dificilmente terá emprego sequer devido ao elevado número de professores existente? Que depois de efectivo são dezenas de anos no mesmo sitio e mais ninguém entra para o seu lugar.
Porque insistem em ir para a Universidade tirar um curso que não tem emprego?

Porque insistem em ser professores? mudem de carreira, a vida é assim, se estão mal mudem. Se não aguentam as regras mudem, é assim em todo o lado.

Agora querer impor o seu emprego e regalias absurdas e andar sempre na tv a chorar , já não existe pachorra. Porque não se queixaram nos bons tempos que ganhavam milhares e subiam todos até ao topo escalão . Existem milhares de professores reformados com reformas acima de 2.000€ , a maioria antes do tempo.


Parecem os donos das farmácias , quando as vendiam por 5 , 6 milhões não diziam nada, quando ganhavam o que queriam e não queriam não diziam nada , agora andam a chorar que não tem lucros. Haja paciência!
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por NurseTrader » 12/6/2013 18:53

ghorez Escreveu:
artista Escreveu:Nem tinha reparado bem nesta parte...

Tenho amigos meus que são professores no privado (quem me dera a mim ter feito a mesma opção que eles fizeram) e ganha exatamente o mesmo que os do público, em 2012 até recebeu Subsidios de Natal e férias, coisa que os do público não receberam. Se o mandarem embora vão ter de lhe pagar uma indemnização, coisa que o estado não pagou às dezenas de milhares de contratados...

Não estou a ver onde foste buscar essa idéia de que os privados ganham metade... mas está bem, se é para inventar que seja à grande! :wink:


É verdade...se é para inventar..é à grande!

Um estudo do Banco de Portugal diz que, para as mesmas qualificações, os funcionários públicos têm um salário 15% acima dos privados, argumento já utilizado por Passos Coelho. E, como trabalham menos horas, chegam a ganhar por hora quase o dobro dos privados. Uma outra diferença é que os trabalhadores do estado não podem ser despedidos.

De acordo com este documento, a média dos salários dos funcionários públicos é de 1.491 euros, enquanto no privado se fica pelos 859 euros. Além disso, na função pública o horário de trabalho é mais leve. Por hora a remuneração dos funcionários do Estado é claramente superior: 10,50 euros face 5,50 euros, ou seja, praticamente o dobro.


http://www.tvi24.iol.pt/economiaeconomi ... -1730.html

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=57000

http://economico.sapo.pt/noticias/salar ... 65233.html

http://www.bportugal.pt/pt-PT/BdP%20Pub ... 0906_p.pdf

(VER APÊNDICE - QUADRO A1)


Como digo e repito..quem está bem é quem está na fp.

Trabalhar menos.
Receber mais.
Reformar-se mais cedo.
Ter melhores (muito melhores) cuidados de saúde.
Greve quando querem e lhes apetece.
Desemprego? O que é isso?
Avaliação de desempenho? "Excelente" para todos...aliás nem sei como é que os burros dos alunos não são todos de top a nível mundial.
Ainda hoje vemos professores a "fazer praia" em Junho e só a sair de lá em Setembro! Devem estar a corrigir exames, eu é que não reparei no papel e na caneta.


Tudo o que vocês estão a "experimentar" muito lentamente e apenas no início... já os privados estão habituados há anos! Ao que vocês chamam trabalho, para nós é férias.


Amigo, não conheces a realidade da "maioria" dos professores...Deves conhecer alguma velha prestes a ir para a reforma...e olha se for para comparar velhas, no privado nem comento...

A minha esposa é professora. Trabalha há 11 anos e ano após ano não sabe como vai ser a sua vida...fica colocada, não fica, onde fica, com quantas horas,etc,etc
Depois é toda a logística e gastos inerentes á deslocação...Se aos 1000 e poucos euros for a subtrair tudo...enfim...

Está a tirar a 2ª licenciatura para abrir o leque de oportunidades de trabalho. Já tem uma pós-graduaçao também. Tudo isto e para o ano o mais provável é ficar sem emprego...sim, desempregada...Tu não dizes que não há desempregados na função pública???

Por fim, tens um discurso algo "ressabiado"...Será que também querias ser FP e não chegas-te lá??? É que só assim compreendo toda essa raiva...
"O que o dinheiro faz por nós não compensa o que fazemos por ele." Gustave Flaubert
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