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Caldeirão da Bolsa

Não se criavam tantas empresas desde a queda da Lehman

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Mcmad » 24/5/2013 0:25

Assim como insolvências fraudulentas Ferreira :mrgreen:
Confira as minhas opiniões

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por ferreira10 » 24/5/2013 0:19

E não será que esta explosão ao nível da criação de empresas se deva às condições menos favoráveis para os trabalhadores independentes, criadas pelo orçamento de Estado de 2013?Em virtude das quais muitos trabalhadores independentes entendam ser mais favorável constituir uma empresa?Pois ...pois... nada disso é perceptível no artigo integral.
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por Razao_Pura » 23/5/2013 23:53

Pois é, querem facilidades, pacotes de facilidades, e risco zero! Tá bem Tá. Há que arriscar, nao ter medo de falhar e quando se falha voltar a arriscar corrigindo os erros.
Trade the trend.
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por bogos » 23/5/2013 23:42

Lion_Heart Escreveu:E uma noticia interessante.

Mas sendo eu um ex-empresário tenho a noção que a maioria destas pessoas arriscou em demasia.

Criar uma empresa ou um negócio é uma das coisas mais fáceis em Portugal, com o empresa na hora.

Mas será que a maioria destas pessoas fez um estudo de viabilidade económica , se existe mercado para o que querem fazer , quais os custos de ter uma porta aberta , os impostos , taxas , rendas , prestações a pagar?

Infelizmente eu acredito que a maioria não faz ideia do que isto é , e o Estado ajuda a pessoa a entalar-se.


Creio que nas Micro-Empresas só deve existir 1% que faça a cada ano um Plano de Acção Orçamento para o seu negócio. E desses 1% só 0,05% faz controlo de orçamento durante o ano económico.

Muita gente nem sabe o que é fazer um orçamento nas micro-empresas. Nem sequer montar cenários possiveis para as várias intempéries ou periodos de vacas gordas.

Planear o negócio dá trabalho, dá dores de cabeça. Cumpri-lo ainda pior.

Mas quem não o fizer está inevitavelmente condenado ao fracasso. A não ser que apareça a estrela da sorte.

Eu vejo muitos negócios existentes como olho para uma raspadinha. A malta investe 1,00€. Tem a sorte de tirar mais 1,00 € d sobrevive. Mas depois acaba por perder esse euro.

Lá há aqueles (1%),que tiram o jackpot do acaso.

Cumprimentos
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por keijas » 23/5/2013 23:22

eu penso que a realidade é bem diferente


aos candidatos a um trabalho quase sempre a condição para aceitação do trabalho/tarefa é ser a recibos verdes

isto implica ao trabalhador ir às finanças e colectar-se, a partir daqui é considerado mais um empresário em nome individual, tal como uma empresa a preencher a declaração do IVA de 3 em 3 meses.


para as estatísticas é mais uma empresa


com a crise que por aí vai, imagina-se o número destas novas empresas que vão às finanças fazer o registo de início de actividade
malukices nos mercados ........ aqui »»»
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por pepi » 23/5/2013 21:21

Pedro Santos Guerreiro Escreveu:O mundo numa t-shirt
23 Maio 2013, 00:01 por Pedro Santos Guerreiro | psg@negocios.pt

Já vamos ao Martim, comecemos pela Laguna. Quatro miúdos, vinte aninhos, juntaram 400 contos e abriram uma empresa, deram-lhe o nome de uma cidade na Califórnia e, porque exigia pouco capital, decidiram fazer t-shirts. Sem escritório, reuniam-se em esplanadas. Passaram pelos infernos da burocracia, montaram o que tinham de montar e gastaram os 400 contos em dois modelos de t-shirts com temas da moda: ecologia e sexo. Foi um fiasco. Aprenderam mil lições e mudaram de ramo.
No tempo dos contos, abrir empresas podia ser uma entrada. Na era do euro pode ser uma saída. Não é moda, é modo de sobrevivência. João Paulo saiu de um quadro de Velázquez e, com dois amigos, abriu no Porto uma alfaiataria de camisas portuguesas com nome viking. Sofia e Joana já não têm vinte aninhos, têm trintas, e tinham despedimento garantido (ironicamente, no Novas Oportunidades): onde falira uma gráfica, abriram uma loja de mercearias, vinhos e petiscos, estupeta, muchama de atum, maranhos. Isilda e Glória, professoras com mais de 50 anos, abriram uma lavandaria "daquelas dos filmes", de auto-serviço. Sandra, advogada, deixou a PLMJ (a "sociedade do Júdice", como toda a gente lhe chama e ele odeia que chamem, por ser de muitos mais) e montou uma empresa de casamentos baratos.

O que representam estas empresas no nosso "pibinho", como dizem os brasileiros? Nada. Que rácio fazem mexer? Nenhum. E, no entanto, fazem hoje as primeiras páginas do Negócios (e não, não é para desmentir pela enésima vez o mito de que os jornais só dão más notícias e mostrar que noticiamos todos os dias casos empresariais de gente que não é engolida pela maré). Mas espere, há mais. Se ler o suplemento IN de hoje encontrará mais quatro casos, entre 11 empresas portuguesas que foram distinguidas em Inglaterra. Empresas como a Modelo 3, que mudou de nome para Simpletax e agora vende programação para contabilidade; as soluções de marketing digital para hotéis da GuestCentric, as tecnologias para aeronáutica da Active Space, a consultoria da Bright Partners.

Provavelmente, nunca ouviu falar destas empresas. Nem de nenhuma das 14.811 empresas criadas em Portugal nos primeiros quatro meses deste ano, segundo dados da Informa D&B. Não desdenhe, compre: há cinco anos que não se criavam tantas empresas em Portugal. A destruição continua imparável, as falências e dissoluções, o desemprego, a não criação de postos de trabalho quase desde 2008. Está tudo mal. Mas não está tudo parado: estão a ser criadas empresas e isso tem de representar alguma coisa. Não é um fenómeno colectivo, mas são muitos fenómenos individuais. A agricultura está na moda, a restauração sempre esteve à mão, os serviços continuam a dominar. Já se sabe, não é isto que muda a economia, o que muda são investimentos reprodutivos, indústrias exportadoras, investimento estrangeiro. Mas estas empresas que não pesam um grama no nosso "pibinho" pesam muito no PIB de quem as ergue e de quem lá trabalha. Merecem reconhecimento. Atenção. E, se forem boas, merecem clientes.

Isto não é política, isto é economia. A política apropria-se da vida real e transforma-a em conceitos oponíveis. É por isso que um miúdo chamado Martim, que faz t-shirts, dá uma resposta de perlimpimpim a uma professora e o caso torna-se fractura entre esquerda e direita; é por isso que a palavra empreendedorismo passou de uma possibilidade de miúdos para um discurso político horripilante, usado e abusado por quem não faz ideia do que é criar uma empresa.

Chamem-lhes o que quiserem, empreendedores, sonhadores, úteis ou fúteis, mas o Martim, o João Paulo, a Sofia e a Joana, a Sandra, a Isilda e a Glória falaram todos com o Negócios e nenhum pediu nada ao Estado que não fosse sair-lhes da frente, baixar a burocracia e descer os impostos. E eles, digo eu, no fim do mês estão mais preocupados com os salários que têm de pagar que com sondagens de partidos. Têm a especial autoridade sobre si mesmos. Mesmo que alguns deles falhem.

Os quatro rapazes da Laguna também falharam o projecto de t-shirts. Mudaram de ramo e abririam o primeiro jornal em Portugal que começou na Internet. Isso foi em 1997 e, em 2013, o projecto tem muitos clientes. Chamam-se leitores e você é um deles. Neste preciso momento.
 
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por Lion_Heart » 23/5/2013 15:06

Querem saber como se cria e mantem empresas em Portugal?

Não é com pacotes destess que duram 6 meses e de pouco servem.

É com uma politica de médio e longo prazo 10-15 anos no mínimo.

E com um pacote que inclua impostos , justiça , leis , contribuições , rendas , juros , custo de luz , agua , telefones .

Enfim um pacote completo.
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por djovarius » 23/5/2013 15:04

No lo creo... já dizem os nossos vizinhos !!

A maior parte das pessoas que tem capital investe em "chafaricas" por ver os outros andar.
Chama-se a isso miopia do capital, conceito infelizmente não muito falado por aqui.

No meio disso tudo, tiro o chapéu a projetos agrícolas. Creio que podem ser viáveis, sobretudo se virados para o mercado da UE e não só para o mercado interno, de si muito pequeno e viciado.

Vejam bem esta lista de preços de alguns produtos "comestíveis" num supermercado barato da Alemanha. Válidos para a corrente semana:

Laranjas (Espanha) - 1,79 € / quilo
Maças (França) - 2,79 € / quilo
Kiwi (Nova Zel.) - 0,39 € - a unidade

E por aí fora... nós temos, sim, algumas possibilidades a explorar nesse campo, ainda que de uma forma modesta.

Abraço

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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por Lion_Heart » 23/5/2013 15:02

Governo aprova pacote “sem precedentes” de incentivos fiscais ao investimento
23 Maio 2013, 13:24 por Eva Gaspar | egaspar@negocios.pt

Medidas serão apresentadas nesta tarde pelos ministros das Finanças e da Economia.
O Conselho de Ministros aprovou nesta quarta-feira, 23 de Maio, um pacote de "iniciativas financeiras e fiscais para o investimento, crescimento e emprego" que diz não ter precedentes.

Em causa está uma proposta de lei e um decreto-lei que enquadram "um pacote de incentivos fiscais ao investimento que contribuirá de forma decisiva para relançar a economia, fomentar o crescimento económico e para criar emprego de forma sustentada", lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

"Este pacote é constituído, por um lado, por um Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, um incentivo fiscal ao investimento sem precedentes em Portugal e, por outro lado, por outras medidas fiscais de promoção do investimento, designadamente o reforço do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI) e o reforço dos benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual".

Em paralelo, acrescenta o comunicado, o Governo decidiu reduzir o prazo para prestação de informações vinculativas em matéria fiscal e vai criar o Gabinete Fiscal de Apoio ao Investidor Internacional, de forma a conferir maior segurança e estabilidade aos investidores.

A divulgação das medidas será feita às 17h00 no Ministério das Finanças pelo ministro da tutela, Vítor Gaspar, numa apresentação que contará com a presença do ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, e dos secretários de Estado do Tesouro (Maria Luís Albuquerque), Finanças (Manuel Rodrigues) e Assuntos Fiscais (Paulo Núncio).

Estas medidas deverão ser reflectidas no Orçamento Rectificativo, que deverá ser entregue na Assembleia da República dentro de uma semana.

Em 24 de Abril, o Governo apresentou aos deputados e aos parceiros sociais a Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial 2013-2020, em que já previa um pacote de medidas fiscais para aplicar ao longo deste trimestre. Entre essas medidas estava a criação de uma linha de crédito fiscal extraordinário ao investimento, para montantes até aos cinco milhões de euros, que permitirá a dedução à coleta em sede de IRC de 20% do montante investido, recorda a agência Lusa.

Esta dedução à coleta corresponde a 20% do montante investido, desde que não exceda 70% do montante daquela coleta, e o investimento elegível terá de se realizar entre 1 de Maio e 31 de Dezembro de 2013, podendo ascender até aos 5 milhões de euros, de acordo com o documento.

O investimento pode ser deduzido à coleta em sede de IRC (Imposto sobre o Rendimento de
Pessoa Coletiva) durante cinco anos e são elegíveis para este benefício os sujeitos passivos que exerçam a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola.

O Governo, prossegue a Lusa, disse ainda pretender alargar a atribuição de benefícios fiscais de natureza contratual, passando o investimento mínimo exigido para três milhões de euros (anteriormente, o montante mínimo era de cinco milhões), e reduzir em 30 dias o prazo de resposta a informações vinculativas e urgentes.

Na passada quinta-feira, 17 de Maio, durante um jantar organizado pela Câmara do Comércio Luso-Alemã, em Lisboa, Paulo Portas, líder do CDS e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, anunciou que modalidades de crédito fiscal ao investimento estariam prontas "muito em breve", de forma a entrar em vigor ainda este ano, e visariam "dar um prémio fiscal significativo a quem mais nos pode ajudar a sair da recessão e a retomar um ciclo de crescimento".

Ontem, por seu turno, foi anunciado que o KfW, banco estatal alemão de fomento, concederá linhas de crédito em Portugal e dispõe-se a avaliar a possibilidade de assumir participações indirectas em pequenas e médias empresas portuguesas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 22 de Maio, pelo ministro das Finanças Vítor Gaspar, após um encontro, em Berlim, com o seu homólogo Wolfgang Schäuble.

"Podemos beneficiar da colaboração alemã, em particular do banco de desenvolvimento alemão, que se chama KfW, que estará disponível para explorar a possibilidade de estender linhas de crédito a Portugal ou participar no capital das PME de formas intermediadas indiretamente por instituições portuguesas", afirmou o ministro português.

Falando após o encontro de trabalho, os dois governantes convergiram na necessidade de passar a centrar os esforços no combate ao desemprego, designadamente através da dinamização das empresas que, em Portugal, têm estado muito condicionado pela escassez e, sobretudo, pelas comparativamente elevadas taxas de juro cobradas pela banca quando recorrem ao crédito.

Aquando da visita oficial da chanceler Angela Merkel a Lisboa, em Novembro de 2012, havia ficado acordado que o KfW ajudaria Portugal a montar um banco de fomento idêntico para viabilizar projectos estruturantes. Criado no rescaldo da segunda guerra mundial no quadro do Plano Marshall, tendo tido um papel fundamental aquando da reunificação da Alemanha, este banco público alemão dispõe-se agora a um envolvimento mais directo no financiamento ao tecido empresarial português.

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por Lion_Heart » 23/5/2013 14:39

E uma noticia interessante.

Mas sendo eu um ex-empresário tenho a noção que a maioria destas pessoas arriscou em demasia.

Criar uma empresa ou um negócio é uma das coisas mais fáceis em Portugal, com o empresa na hora.

Mas será que a maioria destas pessoas fez um estudo de viabilidade económica , se existe mercado para o que querem fazer , quais os custos de ter uma porta aberta , os impostos , taxas , rendas , prestações a pagar?

Infelizmente eu acredito que a maioria não faz ideia do que isto é , e o Estado ajuda a pessoa a entalar-se.
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Não se criavam tantas empresas desde a queda da Lehman

por Lion_Heart » 23/5/2013 14:28

Não se criavam tantas empresas desde a queda da Lehman
23 Maio 2013, 00:01 por Rui Neves | ruineves@negocios.pt

Há um outro Portugal que está a remar contra a maré cheia das falências. A criação de negócios atingiu o pico dos últimos cinco anos. Será este um ponto de viragem?
E, afinal, move-se. A destruição maciça de empresas e de postos de trabalho, que se tornou galopante nos últimos três anos em Portugal, esconde uma outra realidade: a de gente que não fica a marrar na crise, ...

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