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Caldeirão da Bolsa

Quase 11% dos trabalhadores recebe salário mínimo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por PMACS » 27/5/2013 20:50

Alguém reencaminha este texto á Raquel!

Jesus vale quatro gestoras do Banif (ou 10 Ulrich)


Uma mais ou menos obscura gestora do Banif chamada Conceição Leal teve uma remuneração de quase um milhão de euros (982,3) em 2011. A notícia publicada pelo Expresso tem um ror de comentários, alguns quase apelando à luta armada.

O caso é tanto mais estranho quanto outros gestores menos obscuros venceram muito menos. Ricardo Salgado, a quem se chama com graça "Dono Disto Tudo", venceu 552 mil, o célebre e vilipendiado Ulrich 460 mil, Nuno Amado do BCP 366 mil e o próprio presidente do Banif 316 mil. Mais estranho se torna o caso quando se sabe que o Banif tem problemas e está intervencionado pelo Estado.

O povo adora indignar-se com estas coisas e é por isso que não entendo que não se indigne com o facto de o Sporting ir pagar 400 mil euros ao treinador Leonardo Jardim (notícia lida hoje). E de o Benfica pagar quatro milhões a Jorge Jesus. Eu digo outra vez quatro milhões. Verba que dá para pagar quase 10 Ulrich! Ou, se preferirem quatro Conceições Leais. Ou, ainda, a gestora Conceição, mais Ricardo Salgado, mais Ulrich, mais Nuno Amado, mais Jorge Tomé mais Leonardo Jardim e ainda sobrava dinheiro para pagar uns 70 recém-licenciados.

Bem sei que o futebol é à parte. Mas porquê? Por que razão se permite com tanta facilidade, sem nunca se falar disso, nem no Parlamento nem em lado nenhum, que clubes (Benfica, Sporting, Porto, etc.) que recebem apoios do Estado, perdões fiscais, terrenos das câmaras, bombas de gasolina para explorar, licenças disto e de mais aquilo, e que, além do mais estão todos tecnicamente falidos, possam pagar somas várias vezes mais pornográficas do que a banca? Com a agravante de Fernando Ulrich, quando interrogado sobre o seu salário, ter referido isso mesmo na Assembleia da República e nem um deputado ter tido a coragem de lhe responder.

São os votos, são os votos. Dizer mal de Salgado ou de Ulrich é popular. Dizer mal de Jesus ou do Sporting ou do Porto tira votos.

Logo à tarde, ou qualquer dia que estiverem a gritar pelo Porto ou pelo Benfica ou por outro qualquer, lembrem-se de que esses gritos também nos custam dinheiro.

http://expresso.sapo.pt/chamem-me-o-que-quiserem=s25609
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― Confucius
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por goodmoney » 23/5/2013 19:49

JMHP Escreveu:Eu só gostaria de ver a Raquel e seus camaradas arriscar ao abrir uma empresa e fazer uma demonstração das suas teorias e politicas.

Apenas isso... Depois conversamos. Esta conversa da Raquel já enjoa de tanta parvoíce e futilidade. :roll:



Ora aí está...

Por acaso já trabalhei com 2 donos de empresa do partido comunista e a diferença entre o que dizem e o que realmente fazem, upa upa...
 
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por rmachado » 23/5/2013 16:33

amsfsma Escreveu:
Quando "eram"? Em alguns casos a diferença é de apenas 0.02€.


Infelizmente não sei chinês :!:


É a tua sorte... se não tavas lá a trabalhar. :)
 
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por amsfsma » 23/5/2013 15:58

Quando "eram"? Em alguns casos a diferença é de apenas 0.02€.


Infelizmente não sei chinês :!:
 
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por JMHP » 23/5/2013 15:56

amsfsma Escreveu:É interessante que esta preocupação pelos trabalhadores asiáticos, africanos é coisa recente e não era vizível quando os mesmos eram escravos da Europa e os nossos impérios os saqueavam! Agora que competem connosco para seu lucro próprio suscitam preocupação! Como era boa a globalização só num sentido...


:clap:
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por rmachado » 23/5/2013 15:56

amsfsma Escreveu:É interessante que esta preocupação pelos trabalhadores asiáticos, africanos é coisa recente e não era vizível quando os mesmos eram escravos da Europa e os nossos impérios os saqueavam! Agora que competem connosco para seu lucro próprio suscitam preocupação! Como era boa a globalização só num sentido...


Quando "eram"? Em alguns casos a diferença é de apenas 0.02€.
 
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por amsfsma » 23/5/2013 15:48

É interessante que esta preocupação pelos trabalhadores asiáticos, africanos é coisa recente e não era vizível quando os mesmos eram escravos da Europa e os nossos impérios os saqueavam! Agora que competem connosco para seu lucro próprio suscitam preocupação! Como era boa a globalização só num sentido...
 
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por JMHP » 23/5/2013 15:38

Eu só gostaria de ver a Raquel e seus camaradas arriscar ao abrir uma empresa e fazer uma demonstração das suas teorias e politicas.

Apenas isso... Depois conversamos. Esta conversa da Raquel já enjoa de tanta parvoíce e futilidade. :roll:
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por rmachado » 23/5/2013 15:26

E "prontos"...
lá se vai reduzir a "coisa" a típica dicotomia direita-esquerda, capital-trabalho.

É onde normalmente vão parar as discussões deste tipo.

E que tal irem encontrar-se ao meio do caminho?
Será que não existem pontos comuns?

O Martim passa de puto fixolas com espírito de vamos para a frente, com uma grande lábia para um perigoso opressor capitalista.
A Raquel de senhora Doutora empertigada para Madre Teresa de Calcutá.

Enfim...

A minha pequena contribuição para a não exploração do mundo, cinge-se a não comprar, nem comer Perca do Nilo. Se quiserem saber pq vejam um documentário que passou em tempos sobre a pesca da mesma no lago Vitória na Tanzânia.
 
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por Pantone » 23/5/2013 15:14

Quico Escreveu:No comments!

A ideologia capitalista, e as práticas materiais que estão na sua base, precisam de ser desafiadas e destruídas, não importa a forma em que se apresentem. Elas precisam particularmente de ser desafiadas e destruídas, contudo, quando assumem essa aparência pequeno-burguesa, mesmo sob a roupagem de um jovem de 16 anos que não quer mais do que fazer roupas fixes. O discurso de Martim é prova de que ele interiorizou completamente o discurso neo-liberal do empreendedorismo e individualismo. Ele está longe de ser inocente e não merece qualquer simpatia, mesmo que não soubesse quais as realidades ou condições sob as quais que a sua marca era produzida. Por detrás deste jovem empreendedor capitalista de dezasseis anos, porreiro, moderno e criativo, encontra-se a verdade e a realidade brutal do capitalismo contemporâneo, a contínua terceirização e subcontratação da produção, que só agrava a exploração brutal dos trabalhadores que auferem, no pior dos casos, próximo de nada (Bangladesh, China), e noutros (sul da Europa), apenas o suficiente para permitir que regressem ao trabalho no dia seguinte, enquanto os proprietários e detentores das patentes e os Martims deste mundo lucram com essa exploração.


http://5dias.wordpress.com/2013/05/23/esquerda-martim/


Quico, OMG! as coisas que tu lês... Tens que ser muito culto... :D
 
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por pepi » 23/5/2013 14:50

Quico Escreveu:No comments!

A ideologia capitalista, e as práticas materiais que estão na sua base, precisam de ser desafiadas e destruídas, não importa a forma em que se apresentem. Elas precisam particularmente de ser desafiadas e destruídas, contudo, quando assumem essa aparência pequeno-burguesa, mesmo sob a roupagem de um jovem de 16 anos que não quer mais do que fazer roupas fixes. O discurso de Martim é prova de que ele interiorizou completamente o discurso neo-liberal do empreendedorismo e individualismo. Ele está longe de ser inocente e não merece qualquer simpatia, mesmo que não soubesse quais as realidades ou condições sob as quais que a sua marca era produzida. Por detrás deste jovem empreendedor capitalista de dezasseis anos, porreiro, moderno e criativo, encontra-se a verdade e a realidade brutal do capitalismo contemporâneo, a contínua terceirização e subcontratação da produção, que só agrava a exploração brutal dos trabalhadores que auferem, no pior dos casos, próximo de nada (Bangladesh, China), e noutros (sul da Europa), apenas o suficiente para permitir que regressem ao trabalho no dia seguinte, enquanto os proprietários e detentores das patentes e os Martims deste mundo lucram com essa exploração.


http://5dias.wordpress.com/2013/05/23/esquerda-martim/


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por mais_um » 23/5/2013 14:17

Pata-Hari Escreveu:
mais_um Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:
mais_um Escreveu:
Pata-Hari Escreveu: Aparentemente, dada a taxa de desemprego, é demasiado elevado.



Economists have conducted hundreds of studies of the employment impact of the minimum wage. Summarizing those studies is a daunting task, but two recent meta-studies analyzing the research conducted since the early 1990s concludes that the minimum wage has little or no discernible effect on the employment prospects of low-wage workers

http://www.cepr.net/documents/publicati ... 013-02.pdf



Quem vem falar em ordenados mínimos e emprego foi a Raquel!


Eu nem sei quem é a Raquel! :mrgreen:

Mas aquela afirmação é tua, certo?


Ok, let me rephrase it: o aumento do ordenado mínimo certamente não aumenta o emprego. Durante décadas acreditou-se que o impacto, a existir, é negativo. Agora aparecem estudos (que não li ainda) e que argumentam que o impacto é nulo. Se calhar seria interessante comparar resultados entre países "sociais" onde o não trabalhar paga quase tanto quanto trabalhar pelo ordenado mínimo. Ocorre-me que se não houvesse tão extensas coberturas sociais (e eu acho que deveriam haver tantas quanto as que o país possa pagar), que haveria mais gente a querer trabalhar mesmo que por muito pouco dinheiro. Eu certamente trabalharia se não tivesse outra fonte de rendimento e um estado social por detrás.

Nem entendo como é que isto pode ser tema para quem quer que seja ou que se dediquem horas a argumentar a questão.


Só tens reparado nos estudos que gostas, os que defendem o oposto, também tem décadas, mas mesmo os que dizem que o desemprego pode aumentar, referem-se principalmente a empregos de adolescentes.

In 1977, the Minimum Wage Study Commission (MWSC) undertook a review of the existing research on the minimum wage in the United States (and Canada), with a particular focus on the likely impact of indexing the minimum wage to inflation and providing a separate, lower, minimum for younger workers. Four years and $17 million later, the MWSC released a 250-page summary report1 and six additional volumes of related research papers.2 In their independent summary of the research reviewed in the MWSC, Brown, Gilroy, and Kohen, three economists involved in producing the report, distinguished between employment effects on: teenagers (ages 16-19), where they concluded that a 10 percent increase in the minimum wage reduced teen employment, most plausibly, from between zero and 1.5 percent; young adults (ages 20-24), where they believed the employment impact is “negative and smaller than that for teenagers”; and adults, where the “direction of the effect...is uncertain in the empirical work as it is in the theory.”3, 4 Their summary of the theoretical and empirical research through the late 1970s suggested that any "disemployment" effects of the minimum wage were small and almost exclusively limited to teenagers and possibly other younger workers.
For a decade, the MWSC's conclusions remained the dominant view in the economics profession. By the early 1990s, however, several researchers had begun to take a fresh look at the minimum wage. The principal innovations of what came to be known as "the new minimum wage research" were the use of "natural experiments" and cross-state variation in the "bite" of the minimum wage.

Natural experiments sought to reproduce in the real world some of the features of a laboratory experiment. In the context of the minimum wage, these natural experiments typically measured the employment impact of a single instance of a policy change (an increase in a state or the federal minimum wage) by comparing a group of workers directly affected by the change (teenagers in a state where the minimum wage increased, for example) with a similar group that was not affected (teenagers in a neighboring state where the minimum did not change).
Without a doubt, the most influential of the studies using a natural experiment was David Card and Alan Krueger's (1994) paper on the impact on fast-food employment of the 1992 increase in the New Jersey state minimum wage.5 In advance of the 1992 increase in the New Jersey state minimum wage, Card and Krueger conducted their own telephone survey of fast-food restaurants in New Jersey and neighboring Pennsylvania. They repeated the survey after the increase had gone into effect and then compared the change in employment in New Jersey's restaurants (the minimum wage treatment group) with what happened in Pennsylvania (the control group). They found "no evidence that the rise in New Jersey's minimum wage reduced employment at fast-food restaurants in the state."

http://www.cepr.net/documents/publicati ... 013-02.pdf



Extensas coberturas sociais!?!? Quando mais de metade dos desempregados já não recebe subsidio de desemprego? A tua visão da coisa está desfasada da realidade.

As empresas não contratam pessoas se não tiverem trabalho para elas, seja a ganhar 200€ ou 1000€..

EDIT: Ahhh é verdade, não esquecer, os patrões são ignorantes.... :twisted:
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por Quico » 23/5/2013 14:12

No comments!

A ideologia capitalista, e as práticas materiais que estão na sua base, precisam de ser desafiadas e destruídas, não importa a forma em que se apresentem. Elas precisam particularmente de ser desafiadas e destruídas, contudo, quando assumem essa aparência pequeno-burguesa, mesmo sob a roupagem de um jovem de 16 anos que não quer mais do que fazer roupas fixes. O discurso de Martim é prova de que ele interiorizou completamente o discurso neo-liberal do empreendedorismo e individualismo. Ele está longe de ser inocente e não merece qualquer simpatia, mesmo que não soubesse quais as realidades ou condições sob as quais que a sua marca era produzida. Por detrás deste jovem empreendedor capitalista de dezasseis anos, porreiro, moderno e criativo, encontra-se a verdade e a realidade brutal do capitalismo contemporâneo, a contínua terceirização e subcontratação da produção, que só agrava a exploração brutal dos trabalhadores que auferem, no pior dos casos, próximo de nada (Bangladesh, China), e noutros (sul da Europa), apenas o suficiente para permitir que regressem ao trabalho no dia seguinte, enquanto os proprietários e detentores das patentes e os Martims deste mundo lucram com essa exploração.


http://5dias.wordpress.com/2013/05/23/esquerda-martim/
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por bogos » 23/5/2013 13:59

Eu parece-me que há gente que anda escandalizada com o salario minimo.

É fácil. Aumenta-se por decreto para 1000 €.
Se as empresas não gerarem vendas para pagar isso qual é o problema? Aumenta-se para 1500 €, pede-se mais um emprestimo, deve-se aqui e ali, e a coisa vai andando.

Depois quando a cena estourar pede-se ao Estado que venha a correr ajudar. Mas o Estado vai dizer que não pode. Então faz mais 1 leilão de divida, mas uma quantidade de juros, rola mais dívida e vamos todos cantando e sorrindo. Os próximos "que somos nós!!!!!" que fechem a porta. Espera...mas fomos nós que a abrimos???!!

Salário Minimo já para 1000 €.

Cumprimentos
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por Pata-Hari » 23/5/2013 13:58

mais_um Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:
mais_um Escreveu:
Pata-Hari Escreveu: Aparentemente, dada a taxa de desemprego, é demasiado elevado.



Economists have conducted hundreds of studies of the employment impact of the minimum wage. Summarizing those studies is a daunting task, but two recent meta-studies analyzing the research conducted since the early 1990s concludes that the minimum wage has little or no discernible effect on the employment prospects of low-wage workers

http://www.cepr.net/documents/publicati ... 013-02.pdf



Quem vem falar em ordenados mínimos e emprego foi a Raquel!


Eu nem sei quem é a Raquel! :mrgreen:

Mas aquela afirmação é tua, certo?


Ok, let me rephrase it: o aumento do ordenado mínimo certamente não aumenta o emprego. Durante décadas acreditou-se que o impacto, a existir, é negativo. Agora aparecem estudos (que não li ainda) e que argumentam que o impacto é nulo. Se calhar seria interessante comparar resultados entre países "sociais" onde o não trabalhar paga quase tanto quanto trabalhar pelo ordenado mínimo. Ocorre-me que se não houvesse tão extensas coberturas sociais (e eu acho que deveriam haver tantas quanto as que o país possa pagar), que haveria mais gente a querer trabalhar mesmo que por muito pouco dinheiro. Eu certamente trabalharia se não tivesse outra fonte de rendimento e um estado social por detrás.

Nem entendo como é que isto pode ser tema para quem quer que seja ou que se dediquem horas a argumentar a questão.
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por Pata-Hari » 23/5/2013 13:50

Muffin Escreveu:
mais_um Escreveu:
Pata-Hari Escreveu: Aparentemente, dada a taxa de desemprego, é demasiado elevado.



Economists have conducted hundreds of studies of the employment impact of the minimum wage. Summarizing those studies is a daunting task, but two recent meta-studies analyzing the research conducted since the early 1990s concludes that the minimum wage has little or no discernible effect on the employment prospects of low-wage workers

http://www.cepr.net/documents/publicati ... 013-02.pdf



Um zombie dos abolicionistas do salário mínimo, o de que destrói emprego...

Os estudos apontam a que não é verdade, mas é uma "mentira" que não desaparece... a malta bem a pode matar que ela irá resuscitar.



Muffin, a questão é que certamente não cria! pode até não ter impacto, mas ninguém consegue argumentar que cria emprego. Consegue-se argumentar que tem efeitos redistributivos mas certamente não de criação de emprego.
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por mais_um » 23/5/2013 13:44

Pata-Hari Escreveu:
mais_um Escreveu:
Pata-Hari Escreveu: Aparentemente, dada a taxa de desemprego, é demasiado elevado.



Economists have conducted hundreds of studies of the employment impact of the minimum wage. Summarizing those studies is a daunting task, but two recent meta-studies analyzing the research conducted since the early 1990s concludes that the minimum wage has little or no discernible effect on the employment prospects of low-wage workers

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por Pata-Hari » 23/5/2013 13:42

mais_um Escreveu:
Pata-Hari Escreveu: Aparentemente, dada a taxa de desemprego, é demasiado elevado.



Economists have conducted hundreds of studies of the employment impact of the minimum wage. Summarizing those studies is a daunting task, but two recent meta-studies analyzing the research conducted since the early 1990s concludes that the minimum wage has little or no discernible effect on the employment prospects of low-wage workers

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por mais_um » 23/5/2013 13:13

Só para lembrar, já que parece que anda por ai muita gente alheada da realidade.....


Mais de metade dos desempregados não recebe subsídio

Em Abril, a taxa de desemprego chegou ao nível histórico de 17,7%. No mesmo mês, mas em 2008, situava-se nos 7,3%.

São 56% do total os desempregados que não recebem subsídio de desemprego. O valor tem em conta a taxa de desemprego divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e os dados da Segurança Social sobre os apoios a quem perdeu o trabalho.

Os números da Segurança Social dizem que o valor médio pago nos vários tipos de subsídios de desemprego é agora de 487,67 euros, enquanto um ano antes o montante chegava aos 501,13 euros.

Quer isto dizer que perto de 420 mil pessoas recebiam prestações de desemprego em Abril de 2013. Os últimos dados divulgados pelo INE contabilizavam, no fim do primeiro trimestre deste ano, um total de 952,2 mil desempregados, o que fez elevar a taxa de desemprego para o valor histórico de 17,7%.

Estão incluídos nas contas o subsídio de desemprego, o subsídio social de desemprego inicial, o subsídio social de desemprego subsequente e o prolongamento do subsídio social de desemprego.

O Porto é o distrito com mais beneficiários com prestações de desemprego, seguindo-se o de Lisboa.

Os beneficiários do sexo masculino são também em número superior face aos do sexo feminino.

Os números do desemprego registados em Abril atingiram níveis históricos. No segundo trimestre de 2008, a taxa situava-se nos 7,3%, o equivalente a 409,9 mil desempregados.



http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... did=107701
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por Sir[Kneighf] » 23/5/2013 13:08

Texano Bill Escreveu:
SirKneighf Escreveu:Tens numeros para apresentar? Há muita gente a trabalhar abaixo do SMN com part times.
Quanto á segunda parte do argumento, é falsa. Ao haver mais gente a trabalhar (mesmo com salarios mais baixos) o rendimento global aumenta, logo o consumo interno aumenta também.

Simples não é?


SirKneighf Escreveu:Umas simples contas de marceeiro.


Se tudo se resolvesse pelo lado dos salários então as medidas Passaporte-Emprego e Estágios Profissionais (em que o Estado comparticipa 80% ou mesmo 100% do salário) estavam a resultar na perfeição e não havia desemprego jovem.


Hum,
Também não me lembro de ter dito que "TUDO" se resolveria pelo lado dos salários...
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por goodmoney » 23/5/2013 13:04

É tão simples como isto, a maioria das empresas em Portugal neste momento nem estagiários aceita, porque não tem que lhe dar a fazer...

A minha irmã acabou o curso e para fazer o estágio teve de bater a 20 ou 30 portas e praticamente pedir o favor de a deixarem trabalhar de graça...

Portanto a questão dos salários é balela...
 
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por Sir[Kneighf] » 23/5/2013 13:03

crybaby Escreveu:
SirKneighf Escreveu:
masterpro Escreveu:
SirKneighf Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:SirKneight, a parte dos insultos está a mais. Discordem à vontade mas mantenham a cordialidade no debate!


Done! ( :mrgreen: )

Texano Bill Escreveu:Há por aí muita gente a trabalhar abaixo do salário mínimo, sem contrato ou sem descontos e não é por aí que temos a economia a melhorar. Aliás, com os salários mais baixos, baixa também o consumo interno (não há guito!).


Tens numeros para apresentar? Há muita gente a trabalhar abaixo do SMN com part times.
Quanto á segunda parte do argumento, é falsa. Ao haver mais gente a trabalhar (mesmo com salarios mais baixos) o rendimento global aumenta, logo o consumo interno aumenta também.

Simples não é?


Basta fazeres umas contas simples para perceber que o SMN não aumenta o consumo interno coisa nenhuma.... não traz riqueza, apenas sobrevivência e em sobrevivência apenas se adquire o básico.....

Part-times? Por ventura já ouviste falar de recibos verdes? e de falsos recibos verdes?

ai ai loooool


Bem, neste momento o pais conta com 18% de desempregados, possivelmente os que não fazem parte da estatistica colocariam o numero bem acima do milhão de pessoas.

Umas simples contas de marceeiro.

Ora, segundo o Pordata neste momento a percentagem de desempregados por grau de ensino:

- Nenhum - 14,9% - 149000 pessoas
- Básico - 16,3% - 163000 pessoas

Assumindo que seriam os menos produtivos (menos habilitações) e considerando que o mercado os absorveria de acordo com a sua produtividade por um custo de... 300€.

Significaria que a economia ganhava 93600000€ se fossem plenamente empregados + ganho produtos e serviços - subsidios e apoio social...

Realmente, para um desempregado de longo prazo, a acabar o subsidio ou a depender de caridade, ganhar 300€ é muito pior que não ganhar nada.



Epá, não brinques com coisas sérias... Quer dizer que se o salário mínimo fosse de 300 euros não havia desemprego então!

Ouve e retém: nem por 15 euros se contrata alguém de quem não se precisa, o que é o caso de 90% das empresas...

E quem precise por 300 euros, tem part-times, recibos verdes, faça como quiser...


Eu não estou a dizer que se o salario minimo fosse de 300€ não havia desemprego, viste-me a dizer isso em algum lado?

O salário minimo impede aqueles que queiram trabalhar, venderem o seu trabalho abaixo desse preço. Simples.

O trabalho é como outra coisa qualquer, ao viciares o mercado impondo um tecto minimo a lei da oferta e da procura vai automaticamente impedir acesso a trabalho aqueles que não produzem acima do mesmo.
Part time ou não, com ou sem recibos.

E mais te digo, há ai muita gente que não quer trabalhar, ainda ontem a falar com um ex colega desempregado.

E já mandaste curriculos?
Eu? Naaa. SMN? Ganho mais de subsidio do que ganhava a trabalhar...

Lindo...
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por masterpro » 23/5/2013 13:02

SirKneighf Escreveu:
masterpro Escreveu:
SirKneighf Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:SirKneight, a parte dos insultos está a mais. Discordem à vontade mas mantenham a cordialidade no debate!


Done! ( :mrgreen: )

Texano Bill Escreveu:Há por aí muita gente a trabalhar abaixo do salário mínimo, sem contrato ou sem descontos e não é por aí que temos a economia a melhorar. Aliás, com os salários mais baixos, baixa também o consumo interno (não há guito!).


Tens numeros para apresentar? Há muita gente a trabalhar abaixo do SMN com part times.
Quanto á segunda parte do argumento, é falsa. Ao haver mais gente a trabalhar (mesmo com salarios mais baixos) o rendimento global aumenta, logo o consumo interno aumenta também.

Simples não é?


Basta fazeres umas contas simples para perceber que o SMN não aumenta o consumo interno coisa nenhuma.... não traz riqueza, apenas sobrevivência e em sobrevivência apenas se adquire o básico.....

Part-times? Por ventura já ouviste falar de recibos verdes? e de falsos recibos verdes?

ai ai loooool


Bem, neste momento o pais conta com 18% de desempregados, possivelmente os que não fazem parte da estatistica colocariam o numero bem acima do milhão de pessoas.

Umas simples contas de marceeiro.

Ora, segundo o Pordata neste momento a percentagem de desempregados por grau de ensino:

- Nenhum - 14,9% - 149000 pessoas
- Básico - 16,3% - 163000 pessoas

Assumindo que seriam os menos produtivos (menos habilitações) e considerando que o mercado os absorveria de acordo com a sua produtividade por um custo de... 300€.

Significaria que a economia ganhava 93600000€ se fossem plenamente empregados + ganho produtos e serviços - subsidios e apoio social...

Realmente, para um desempregado de longo prazo, a acabar o subsidio ou a depender de caridade, ganhar 300€ é muito pior que não ganhar nada.


@SirKneighf:
Por essas contas, epá nem abras uma mercearia porque isso vai correr mal ;)

Mas não te preocupes, mais um anito e teremos muito mais gente com o SMN, com certeza estaremos muito melhor.
 
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por mais_um » 23/5/2013 13:01

Afinal o António Borges tem razão quando afirmou que os patrões são ignorantes... então não é que querem aumentar o desemprego?... :twisted:


Patrões e sindicatos exigem aumento do salário mínimo

As confederações patronais e sindicais vão insistir hoje com o Governo para que haja uma atualização do Salário Mínimo Nacional (SMN), com os patrões a defender a proteção de setores mais expostos à concorrência internacional
Os parceiros estão hoje reunidos com o Governo em sede de Concertação Social, com a agenda das políticas de crescimento económico e do SMN em cima da mesa.

" entrada da reunião, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse que o encontro irá servir de "tira teimas" para perceber até que ponto os patrões estão dispostos a subir o SMN.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, por sua vez, acredita que irá ser feita uma "discussão séria sobre o assunto".

Para Saraiva, há no entanto "setores que estão bem e outros que estão mal", sendo por isso necessário apoiar neste processo aqueles que estão "mais expostos à concorrência internacional", nomeadamente o têxtil.

"Não vejo que possamos fazer aumentos imediatamente, mas sim calendarizar metas, definir objetivos e monitorizar", defendeu.

Também o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, defendeu uma solução "faseada" mas considera existirem condições para "completar o acordo de 2006 (que previa a subida do SMN até aos 500 euros em 2011) e atualizar o SMN, pois "sem um incremento mínimo do consumo não há possibilidade de sair da crise económica".

Também o secretário geral da UGT, João Proença, defendeu a atualização "imediata" do SMN, referindo que o Governo tem estado de "má fé" nas negociações com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), uma vez que "nunca chegou a discutir este assunto" à mesa das negociações internacionais

http://www.dn.pt/inicio/economia/interi ... 82&page=-1

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por Texano Bill » 23/5/2013 12:59

SirKneighf Escreveu:Tens numeros para apresentar? Há muita gente a trabalhar abaixo do SMN com part times.
Quanto á segunda parte do argumento, é falsa. Ao haver mais gente a trabalhar (mesmo com salarios mais baixos) o rendimento global aumenta, logo o consumo interno aumenta também.

Simples não é?


SirKneighf Escreveu:Umas simples contas de marceeiro.


Se tudo se resolvesse pelo lado dos salários então as medidas Passaporte-Emprego e Estágios Profissionais (em que o Estado comparticipa 80% ou mesmo 100% do salário) estavam a resultar na perfeição e não havia desemprego jovem.
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