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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por richardj » 7/5/2013 13:08

Marco Martins Escreveu:Parece que a colocação de dívida a 10 anos foi um sucesso...

Vamos ver se agora vem a melhoria do nosso rating, que por sua vez se reflectirá directamente em todas as empresas cotadas!


isso é que era de valor acrescentado

para mim é um sucesso relativo, enquanto formos monetariodependentes, mesmo com os juros "antes da crise", estamos só a ganhar tempo.
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por Marco Martins » 7/5/2013 12:52

Parece que a colocação de dívida a 10 anos foi um sucesso...

Vamos ver se agora vem a melhoria do nosso rating, que por sua vez se reflectirá directamente em todas as empresas cotadas!
 
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por Las_Vegas » 7/5/2013 11:26

Pulka Escreveu:Não sou professor para andar a distribuir TPC. Eu procuro informar-me junto de várias fontes e toda a gente devia fazer o mesmo antes de opinar ou "engolir" o que lhe dizem.
Mas se quiser mesmo levar trabalho para casa, para começar sugiro umas quantas leituras do site da IAC - Iniciativa Auditoria Cidadã


Blogues xuxas não obrigado.
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por Pulka » 7/5/2013 10:08

pepi Escreveu:
Por curiosidade, quais são os "certos blogs e certos jornalistas"?


Não sou professor para andar a distribuir TPC. Eu procuro informar-me junto de várias fontes e toda a gente devia fazer o mesmo antes de opinar ou "engolir" o que lhe dizem.
Mas se quiser mesmo levar trabalho para casa, para começar sugiro umas quantas leituras do site da IAC - Iniciativa Auditoria Cidadã
 
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por A330-300 » 7/5/2013 10:02

bmmteixeira Escreveu:Anda tudo indignado por os funcionários públicos trabalharem 35 horas... Ora ninguém fal no preço hora de trabalho nem no salário. Eu preferia de longe trabalhar 40 e receber mais. Mas ao invés trabalho 35 e recebo menos... Não vou generalizar e portanto vou falar daquilo que sei... Os enfermeiros segundo o estudo que o governo lançou ganham em média mais no privado do que no público...Claro está que trabalham mais horas e daí a diferença... Ora se a ideia é por 40 horas aos que trabalham nos hospitais púiblicos a ganharem o mesmo... no caso dos enfermeiros, é claro, então o público sai prejudicado em relação ao privado... não há equiparação entre privado e público... o que há é cortes cegos a "malhar" em todos.
Ao contrário os assistentes operacionais em média ganham mais e trabalham menos horas no público e aí a diferença é notória...
Mas a ideia de que os funcionários publicos é tudo da mesma "laia" que são uns priveligiados, já não há pachorra...
Quanto às férias epá não venham com tretas... eu tenho 22 dias de férias. A minha mãe trabalha numa empresa privada e tem 25 dias... E ainda recebe bonus no final do ano... Tem a 4º classe e ganha menos 200 euros que eu...
Mas pronto o "público é que é bom"... Agora digam-me que as clínicas e hospitais privados dão lucro... pois a pagar 4 euros à hora a enfermeiros e como hoje ouvi uma doente que foi operada no privado a dizer que na primeira cirurgia numa clinica de renome não lhe puseram "soro que era para ser mais barato"... "O custo não justificava"... E estmos a falar de um soro... Imaginemos o resto... Eu só custa-me a acreditar é que alguém diga mesmo isto da boca para fora a uma doente operada...
Há serviços que foram fundidos em muitos hospitais que foram restruturados como o meu e a coisa já funciona no limite... Se aparecer situações excepcionais não há"mãos" que cheguem a todo o lado... depois há que estabelecer prioridades... e só esperemos que aqueles de quem mais gostem estejam do lado da maior "prioridade"... Porque senão acontece como um doente externo que lá foi fazer um penso... esteve 3 horas à espera...
Isto funciona como comentários mas é mais um desabafo... Desculpem lá qualquer coisinha...


Desde sempre que há dois setores que não deveriam sofrer cortes.A saúde e a educação.
Deveriam ser auditados e tornados mais eficientes , porque há muita roubalheira, frotas de carros para administradores, trafulhices nas compras etc. , mas cortes nos serviços médicos não.

Quanto às condições laborais dos funcionários: Acho que médicos e enfermeiros recebem muito menos do que aquilo que merecem, tanto público como no privado.
Mas não vejo porque tenham que trabalhar menos e ter mais dias de férias.O exemplo que deu da sua mãe está longe de ser a regra.
Além disso , se o estado é mau e o privado é melhor , por que não mudar?
Na constante busca por melhores condições já vou no meu oitavo emprego. Queria eu que o meu primeiro emprego pagasse o que paga este último?? Queria , mas não é possível.Por isso ,se não está satisfeito , toca a mexer-se.

A330
Editado pela última vez por A330-300 em 7/5/2013 10:16, num total de 1 vez.
 
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por pepi » 7/5/2013 10:01

Pulka Escreveu:
JMHP Escreveu:
Qual é o estudo que diz que este Estado Social é sustentável?!... Não conheço um único. Quer ver que a nossa divida publica apareceu por obra e graça divina?!



Pois, então está claro que escolheu um dos lados. Basta ir a qualquer livraria e ver 2 ou 3 livros publicados nas estantes principais. Basta percorrer um pouco certos blogs, basta pesquisar um pouco artigos de certos jornalistas.
Mas se calhar é daquelas pessoas que pensa que por uma pessoa ser de esquerda, a opinião dela é automaticamente nula.


Por curiosidade, quais são os "certos blogs e certos jornalistas"?
 
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por Pulka » 7/5/2013 9:45

JMHP Escreveu:
Qual é o estudo que diz que este Estado Social é sustentável?!... Não conheço um único. Quer ver que a nossa divida publica apareceu por obra e graça divina?!



Pois, então está claro que escolheu um dos lados. Basta ir a qualquer livraria e ver 2 ou 3 livros publicados nas estantes principais. Basta percorrer um pouco certos blogs, basta pesquisar um pouco artigos de certos jornalistas.
Mas se calhar é daquelas pessoas que pensa que por uma pessoa ser de esquerda, a opinião dela é automaticamente nula.
 
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por defst0ned » 7/5/2013 8:47

JMHP Escreveu:
artista Escreveu:Há algum trabalhador que lhe tirem direitos e regalias que aceite isso com facilidade? sem se indignar?! O que é que interessa se há diferenças entre o público e o privado?! A questão essencial é que as pessoas aceitaram certas condições em troca do seu trabalho, condições essas que agora estão a ser completamente dizimadas por cortes em toda a linha. Esperar que as pessoas aceitem isto de boa vontade, sem se indignar é ridículo!


[/b]As diferenças interessam porque para além dos números revelam bem uma mentalidade que está na base do nosso insucesso como sociedade organizada, desenvolvida e responsável.[b]

Quanto aos direitos e regalias são legítimos quando a sua natureza parte de princípios justos e equitativos para TODOS e desde que sejam sustentáveis por TODOS.

Se não concordam, não aceitam ou sentem-se indignados, então tratem de arranjar forma ou maneira de sustentar os direitos e regalias que quiserem sem ir roubar ou sacar o dinheiro de quem trabalha e vive livremente por sua conta e risco fora da zona de conforto.



Ora aqui está o cerne da questão.
Perante isto, todo o resto são consequências.

:clap: :clap: :clap: :clap: :clap:
Negociar contra a tendência, é como mijar contra o vento.
 
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por JMHP » 7/5/2013 1:45

artista Escreveu:Há algum trabalhador que lhe tirem direitos e regalias que aceite isso com facilidade? sem se indignar?! O que é que interessa se há diferenças entre o público e o privado?! A questão essencial é que as pessoas aceitaram certas condições em troca do seu trabalho, condições essas que agora estão a ser completamente dizimadas por cortes em toda a linha. Esperar que as pessoas aceitem isto de boa vontade, sem se indignar é ridículo!


As diferenças interessam porque para além dos números revelam bem uma mentalidade que está na base do nosso insucesso como sociedade organizada, desenvolvida e responsável.

Quanto aos direitos e regalias são legítimos quando a sua natureza parte de princípios justos e equitativos para TODOS e desde que sejam sustentáveis por TODOS.

Se não concordam, não aceitam ou sentem-se indignados, então tratem de arranjar forma ou maneira de sustentar os direitos e regalias que quiserem sem ir roubar ou sacar o dinheiro de quem trabalha e vive livremente por sua conta e risco fora da zona de conforto.
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por MiamiBlue » 6/5/2013 23:03

Estamos tão bem, que um membro do Governo já diz publicamente que não vamos cumprir o défice de 4% para o ano de 2014!!!

Estamos tão bem, que basta um sopro e temos um segundo resgate.

Estamos tão bem, que vamos ainda ter de criar mais 200 mil desempregados..

Brilhante Vitor Gaspar e brilhante estratégia.

Pensávamos que Teixeira dos Santos tinha batido todos os recordes, afinal, faltava Vitor Gaspar.

O Governo vai fazer 2 anos de governação. Obviamente que a culpa nunca é deste Governo..

Ainda falavam que o anterior Governo não assumia responsabilidades...
 
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por mapaman » 6/5/2013 19:26

ul Escreveu:Pensam em termos partidários , nunca em termos de justiça social e menos no pais .

Uma poupança de 436 milhões euros sobre 23 mil milhões que é o valor com pensões dá um esforço médio de 1,9% , é mais justo do que enviar para o desemprego 30 000 que vão morrer no desemprego mas os interesses elite reformada , da 1° figura do estado a 2° figuro do estado passado,por todos os presidentes das câmaras aos comentadores reformados do Bagão a Ferreira Leite .




"........Tendo em conta que há uma folga (a testar por vários riscos) face às metas do défice há ainda alguma margem para fazer escolhas. Infelizmente, a avaliar pelas palavras de Paulo Portas e pelo levantamento geral de influentes pontas-de-lança a favor dos pensionistas parece que o Governo poderá vir a poupar em termos relativos os actuais reformados acima de 1350 euros.
Proteger os pensionistas será uma questão de sobrevivência política do Governo, uma vez que o CDS não quer deixar de ser o partido dos reformados, depois de ter deixado de ser o partido do contribuinte. No entanto, toda a encenação política de Passos e de Portas não deixa de ser uma escandalosa protecção das expectativas de pessoas que, não sendo responsáveis pelas regras por que se regeram, beneficiam de um sistema enviesado a seu favor.

Prescindir dos 436 milhões de euros da sobretaxa progressiva sobre pensões significa que o CDS e o Governo preferem pôr 30 mil pessoas na rua (com uma poupança inferior a 400 milhões), cortar mais na saúde (os 127 milhões) ou não baixar os impostos sobre quem trabalha, para protegerem benefícios injustificados. Mais para proteger pensões a partir de 1350 euros, quase o dobro do salário médio nacional e o quádruplo da pensão média. É oficial: é impossível mexer de forma permanente nas pensões do regime geral. Oestado é de emergência, mas a política não muda.

| Bruno Faria Lopes


Nem mais.Numa altura destas sempre é preferível acomodar mais alguma perda de rendimento do que ir para o desemprego.Isto não é uma derrota do Gaspar,é antes uma vitória do populismo a pensar em proximas eleições.Sempre são 3 milhões de pensionistas e reformados como disse o Paulinho,muita coisa quando comparados com os 30 mil que vão sair agora e 100 mil até ao 2015.E depois vêm falar de avós e netinhos e da tradição social de apoio dos mais idosos aos filhos.

A contagem dos votos começou.Cada derrota do Gaspar é um tiro no porta-aviões.
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
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por bmmteixeira » 6/5/2013 18:35

Anda tudo indignado por os funcionários públicos trabalharem 35 horas... Ora ninguém fal no preço hora de trabalho nem no salário. Eu preferia de longe trabalhar 40 e receber mais. Mas ao invés trabalho 35 e recebo menos... Não vou generalizar e portanto vou falar daquilo que sei... Os enfermeiros segundo o estudo que o governo lançou ganham em média mais no privado do que no público...Claro está que trabalham mais horas e daí a diferença... Ora se a ideia é por 40 horas aos que trabalham nos hospitais púiblicos a ganharem o mesmo... no caso dos enfermeiros, é claro, então o público sai prejudicado em relação ao privado... não há equiparação entre privado e público... o que há é cortes cegos a "malhar" em todos.
Ao contrário os assistentes operacionais em média ganham mais e trabalham menos horas no público e aí a diferença é notória...
Mas a ideia de que os funcionários publicos é tudo da mesma "laia" que são uns priveligiados, já não há pachorra...
Quanto às férias epá não venham com tretas... eu tenho 22 dias de férias. A minha mãe trabalha numa empresa privada e tem 25 dias... E ainda recebe bonus no final do ano... Tem a 4º classe e ganha menos 200 euros que eu...
Mas pronto o "público é que é bom"... Agora digam-me que as clínicas e hospitais privados dão lucro... pois a pagar 4 euros à hora a enfermeiros e como hoje ouvi uma doente que foi operada no privado a dizer que na primeira cirurgia numa clinica de renome não lhe puseram "soro que era para ser mais barato"... "O custo não justificava"... E estmos a falar de um soro... Imaginemos o resto... Eu só custa-me a acreditar é que alguém diga mesmo isto da boca para fora a uma doente operada...
Há serviços que foram fundidos em muitos hospitais que foram restruturados como o meu e a coisa já funciona no limite... Se aparecer situações excepcionais não há"mãos" que cheguem a todo o lado... depois há que estabelecer prioridades... e só esperemos que aqueles de quem mais gostem estejam do lado da maior "prioridade"... Porque senão acontece como um doente externo que lá foi fazer um penso... esteve 3 horas à espera...
Isto funciona como comentários mas é mais um desabafo... Desculpem lá qualquer coisinha...
 
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por artista_ » 6/5/2013 18:13

JMHP Escreveu:Caro funcionário público, os outros trabalhadores é que deviam estar indignados

Caro funcionário da República, as organizações que representam V. Exa. já estão a fazer um banzé sindical contra as medidas tomadas pelo governo. Dizem que estão indignados e não sei quê. Ora, eu gostava de salientar uma coisa: nesta história, a indignação não devia estar nos funcionários públicos; devia estar, isso sim, nos restantes trabalhadores. O comum dos mortais, trabalhador normal, as pessoas que trabalham em empresas privadas é que deviam andar de manif em manif. Porque a questão central não é "por que razão o governo cortou direitos aos funcionários públicos?". Nada disso. A pergunta certa é outra, a saber: "por que razão os funcionários públicos acumularam durante décadas estes privilégios?". Essa é que é a questão. Aliás, é por isso que a equivalência entre V. Exa. e trabalhador privado só peca por tardia.

Por que razão o cálculo da pensão da sua Caixa Geral de Depósitos era mais generoso do que o cálculo da pensão do regime geral? Porquê? Por que razão uns tinham reforma de filhos e outros reforma de enteados? Esta discrepância logo à partida é que é razão para indignação, meu caro amigo. A equiparação prometida na sexta por Passos é da mais elementar justiça. Por que razão trabalha V. Exa. menos 5 horas semanais do que os trabalhadores dos sectores privados? Pior: além de trabalhar menos horas, ainda tem direito a mais dias de férias. Porquê? Que razões podem justificar estes privilégios injustificáveis? Que aritmética laboral pode justificar esta diferença entre V. Exa. e a restante população? Que equidade pode existir aqui? E, já agora, a falta de equidade vai continuar a marcar a ADSE. Mesmo com o aumento da sua contribuição, aposto que a ADSE continuará a ser deficitária, ou seja, V. Exa. continuará a usufruir de um seguro de saúde pago pelo dinheiro de todos. Cá fora, as pessoas pagam os seus seguros de saúde na totalidade, mas o meu caro amigo teve durante décadas um seguro de saúde financiado pelos impostos de toda a gente. E, apesar das mexidas, o dito seguro continua de pé. Porquê?

Portanto, meu caro amigo, esta é a verdadeira indignação da sociedade portuguesa: por que razão tinha o funcionalismo público estes privilégios? É uma indignação sem manifs, porque o sindicalismo que existe é o sindicalismo da função pública e das empresas públicas. E este sindicalismo vai passar a semana a gritar "assalto a direitos". Não, meu caro. Assalto a direitos é aquilo que existia até agora. A discrepância injustificável entre público e privado é que era um assalto.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/caro-funcionari ... z2SX1g26mj


Esta luta público privada tem tanto de nojenta como de ridícula!

Há algum trabalhador que lhe tirem direitos e regalias que aceite isso com facilidade? sem se indignar?! O que é que interessa se há diferenças entre o público e o privado?! A questão essencial é que as pessoas aceitaram certas condições em troca do seu trabalho, condições essas que agora estão a ser completamente dizimadas por cortes em toda a linha. Esperar que as pessoas aceitem isto de boa vontade, sem se indignar é ridículo!

Se uma empresa privada despedir mil funcionários todos ficam tristes e preocupados com o futuro dos novos desempregados. Se for o estado a despedir já está bem, "os tipos são uns previligiados, tomem lá que é para aprenderem!"... ridículo!

Eu acho que o estado tem de cortar, preferia que cortasse nos salários e pensões e reduzisse apenas os funcionários que realmente não precisa! De qualquer forma para mim é evidente que tem de ser na despesa que o défice é corrigido (aqui também já muito escrevi em relação a uma boa parte da despesa que não é tocada, mas não vale a pena voltar aqui a falar disso),
mas não contem comigo para contribuir para criticar pessoas que se indignam quando o estado não cumpre com elas aquilo a que se comprometeu!


Resumindo, na minha opinião o estado tem de cortar muitas regalias, mas as pessoas têm o direito a ficarem indignadas, e o governo devia pedir desculpas por o estado, sobretudo devido a má gestão dos dinheiros públicos, não poder agora cumprir com aquilo a que comprometeu. Mas este governo faz o contrário, convence os portugueses de que aqueles é são os maus... o que também é uma forma de sacudir a água do capote, não assumindo as responsabilidades que devia assumir!

Para que não haja dúvidas esta é a opinião de uma pessoa que trabalha no privado!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
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por JMHP » 6/5/2013 17:43

Caro funcionário público, os outros trabalhadores é que deviam estar indignados

Caro funcionário da República, as organizações que representam V. Exa. já estão a fazer um banzé sindical contra as medidas tomadas pelo governo. Dizem que estão indignados e não sei quê. Ora, eu gostava de salientar uma coisa: nesta história, a indignação não devia estar nos funcionários públicos; devia estar, isso sim, nos restantes trabalhadores. O comum dos mortais, trabalhador normal, as pessoas que trabalham em empresas privadas é que deviam andar de manif em manif. Porque a questão central não é "por que razão o governo cortou direitos aos funcionários públicos?". Nada disso. A pergunta certa é outra, a saber: "por que razão os funcionários públicos acumularam durante décadas estes privilégios?". Essa é que é a questão. Aliás, é por isso que a equivalência entre V. Exa. e trabalhador privado só peca por tardia.

Por que razão o cálculo da pensão da sua Caixa Geral de Depósitos era mais generoso do que o cálculo da pensão do regime geral? Porquê? Por que razão uns tinham reforma de filhos e outros reforma de enteados? Esta discrepância logo à partida é que é razão para indignação, meu caro amigo. A equiparação prometida na sexta por Passos é da mais elementar justiça. Por que razão trabalha V. Exa. menos 5 horas semanais do que os trabalhadores dos sectores privados? Pior: além de trabalhar menos horas, ainda tem direito a mais dias de férias. Porquê? Que razões podem justificar estes privilégios injustificáveis? Que aritmética laboral pode justificar esta diferença entre V. Exa. e a restante população? Que equidade pode existir aqui? E, já agora, a falta de equidade vai continuar a marcar a ADSE. Mesmo com o aumento da sua contribuição, aposto que a ADSE continuará a ser deficitária, ou seja, V. Exa. continuará a usufruir de um seguro de saúde pago pelo dinheiro de todos. Cá fora, as pessoas pagam os seus seguros de saúde na totalidade, mas o meu caro amigo teve durante décadas um seguro de saúde financiado pelos impostos de toda a gente. E, apesar das mexidas, o dito seguro continua de pé. Porquê?

Portanto, meu caro amigo, esta é a verdadeira indignação da sociedade portuguesa: por que razão tinha o funcionalismo público estes privilégios? É uma indignação sem manifs, porque o sindicalismo que existe é o sindicalismo da função pública e das empresas públicas. E este sindicalismo vai passar a semana a gritar "assalto a direitos". Não, meu caro. Assalto a direitos é aquilo que existia até agora. A discrepância injustificável entre público e privado é que era um assalto.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/caro-funcionari ... z2SX1g26mj
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por Opcard » 6/5/2013 12:53

Pensam em termos partidários , nunca em termos de justiça social e menos no pais .

Uma poupança de 436 milhões euros sobre 23 mil milhões que é o valor com pensões dá um esforço médio de 1,9% , é mais justo do que enviar para o desemprego 30 000 que vão morrer no desemprego mas os interesses elite reformada , da 1° figura do estado a 2° figuro do estado passado,por todos os presidentes das câmaras aos comentadores reformados do Bagão a Ferreira Leite .




"........Tendo em conta que há uma folga (a testar por vários riscos) face às metas do défice há ainda alguma margem para fazer escolhas. Infelizmente, a avaliar pelas palavras de Paulo Portas e pelo levantamento geral de influentes pontas-de-lança a favor dos pensionistas parece que o Governo poderá vir a poupar em termos relativos os actuais reformados acima de 1350 euros.
Proteger os pensionistas será uma questão de sobrevivência política do Governo, uma vez que o CDS não quer deixar de ser o partido dos reformados, depois de ter deixado de ser o partido do contribuinte. No entanto, toda a encenação política de Passos e de Portas não deixa de ser uma escandalosa protecção das expectativas de pessoas que, não sendo responsáveis pelas regras por que se regeram, beneficiam de um sistema enviesado a seu favor.

Prescindir dos 436 milhões de euros da sobretaxa progressiva sobre pensões significa que o CDS e o Governo preferem pôr 30 mil pessoas na rua (com uma poupança inferior a 400 milhões), cortar mais na saúde (os 127 milhões) ou não baixar os impostos sobre quem trabalha, para protegerem benefícios injustificados. Mais para proteger pensões a partir de 1350 euros, quase o dobro do salário médio nacional e o quádruplo da pensão média. É oficial: é impossível mexer de forma permanente nas pensões do regime geral. Oestado é de emergência, mas a política não muda.

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por JMHP » 6/5/2013 12:34

Pulka Escreveu:Eu acho muito engraçado todo este debate em relação à sustentabilidade do estado social.

No dia em que for provado que ele não é sustentável, então ajudarei no debate para torná-lo sustentável.

Não me venham com conversas...quero factos. Há estudos que dizem que é sustentável e outros que dizem que não é. Como ficamos?
Ou basta "acreditarmos" num dos lados e metermos no comboio que mais gostamos?


Qual é o estudo que diz que este Estado Social é sustentável?!... Não conheço um único. Quer ver que a nossa divida publica apareceu por obra e graça divina?!

ghorez Escreveu:O horário de trabalho não irá ser aumentado...será finalmente igual ao do privado, depois de décadas a trabalhar menos 5 horas/semana, menos 3 dias/ano, a ter um sistema de saúde à parte e muito melhor (que permitia comprar óculos de sol de 150 EUR a 5 EUR) e a nunca ter a preocupação do desemprego. A tal igualdade que o tribunal constitucional reclama.


A observação que fez sobre as regalias do sector publico é correcta, mas não me parece de todo que o chumbo do TC tivesse essa intenção ou que os juízes concordem com essa observação... Eu diria antes que foi um tiro que saiu pela culatra.
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por artista_ » 6/5/2013 12:27

Pulka Escreveu:Eu acho muito engraçado todo este debate em relação à sustentabilidade do estado social.

No dia em que for provado que ele não é sustentável, então ajudarei no debate para torná-lo sustentável.

Não me venham com conversas...quero factos. Há estudos que dizem que é sustentável e outros que dizem que não é. Como ficamos?
Ou basta "acreditarmos" num dos lados e metermos no comboio que mais gostamos?


É óbvio que é sustentável, mas não como está a funcionar neste momento... e também não é sustentável como está a funcionar neste momento em boa parte porque deixaram aumentar a dívida para valores impensáveis, que colocam a fatura dos juros demasiado elevada! Basta dizer que se tivéssemos a dívida onde devia estar (na casa dos 60% do PIB) os juros que teríamos de pagar anulamente eram inferiores aos que pagamos atualmente em cerca de 4 mil milhões de euros, exatamente o que precisamos de cortar neste momento!
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por ghorez » 6/5/2013 12:25

O horário de trabalho não irá ser aumentado...será finalmente igual ao do privado, depois de décadas a trabalhar menos 5 horas/semana, menos 3 dias/ano, a ter um sistema de saúde à parte e muito melhor (que permitia comprar óculos de sol de 150 EUR a 5 EUR) e a nunca ter a preocupação do desemprego. A tal igualdade que o tribunal constitucional reclama.
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por DorfmeisterZ » 6/5/2013 9:56

A nossa constituição é um espetáculo. Tirar um bocado a todos os funcionários públicos e pensionistas é inconstitucional. Já aumentar o horário de trabalho aos funcionários públicos que ao que tudo indica vai levar ao eventual despedimento de 10 000 professores, isso tudo bem...

E isto mesmo com uma constituição que no preâmbulo diz que a nossa sociedade deve caminhar para o socialismo!

disclaimer

não sou nem funcionário público nem socialista
 
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por Pulka » 6/5/2013 9:15

Eu acho muito engraçado todo este debate em relação à sustentabilidade do estado social.

No dia em que for provado que ele não é sustentável, então ajudarei no debate para torná-lo sustentável.

Não me venham com conversas...quero factos. Há estudos que dizem que é sustentável e outros que dizem que não é. Como ficamos?
Ou basta "acreditarmos" num dos lados e metermos no comboio que mais gostamos?
 
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por Automech » 6/5/2013 0:12

MarcoAntonio Escreveu:Automech, este teu "argumento" está tão confuso que está perto de não fazer qualquer sentido (no mínimo, estás aqui a laborar sobre uma falácia qualquer).

Eu não consigo ser mais claro do que fui Marco. É um problema meu, claro está.

MarcoAntonio Escreveu:Quais condições actuais? A ADSE já vem sofrendo ajustes há bastante tempo e ainda agora foi anunciado mais um. Portanto, de que "condições actuais" estás a falar?

Actualmente sistema é deficitário, daí eu ter dito que devia acabar.
Se com o ajuste que querem fazer continuar a ser deficitário, mantenho a mesma opinião. Devia acabar.
Se com o ajuste passar a estar equilibrado, devia ser aberto a todos porque é um excelente seguro.

MarcoAntonio Escreveu:E de onde vem o "melhor seguro do país" se estamos a falar de um sistema em mutação, que tem vindo a sofrer ajustes para chegar ao equilibrio e ainda não sabemos em que ponto vai acabar?

Eu só posso falar daquilo que ele é hoje (é excelnte) e daquilo que se prevê ser com o aumento que foi ventilado do aumento de taxas (continua a ser excelente). Agora se é um bom seguro daqui a 20 anos, eu sei lá. Eu não estou a opinar a 20 anos..

MarcoAntonio Escreveu:Como eu já tinha dito (e depois até editei para ampliar mas o essencial já lá estava) é natural que no final até não o achem particularmente interessante.


MarcoAntonio Escreveu:Certamente que hoje já não acham tão interessante como há 10 anos atrás. E com grande probabilidade, daqui a 5 anos vão achar ainda menos...

Se um sistema sustentável perder o interesse para os seus beneficiários (que é o que eu penso que vai acontecer), mais não será do que um simples seguro de saúde, desses que se encontram em qualquer seguradora. Eventualmente um pouco mais barato, se for bem gerido, já que abdica da margem de lucro.
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uem avia

por mpfreitas » 5/5/2013 23:25

Bom pessoal,

Muita atenção ao Portas...

Quem avisa ...amigo é.
 
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por artista_ » 4/5/2013 15:10

majomo Escreveu:
artista Escreveu:
altrio Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:O expectável é que a ADSE continue (como já vem acontecendo) a tornar-se cada vez menos "interessante" à medida que caminha para o equilibrio.


o "interesse" da ADSE é tanto menor quanto maior for o rendimento, uma vez que o prémio do seguro é proporcional a esse rendimento, mas o benefício é sempre o mesmo.

Com o aumento da taxa, não seria de espantar que os utentes com mais rendimentos, que são os que dão lucro à ADSE saiam e fiquem apenas os que dão prejuízo. Portanto, não é claro que o aumento da taxa traga uma maior sustentabilidade ao sistema.


Extamente, eu até não me surpreenderia que se torne mais caro para os cofres do estado, o que certamente acontecerá se muitos dos que têm vencimentos maiores sairem do sistema. Acho que o tornavam mais sustentável não mexendo nos descontos mas reduzindo as comparticipações por atos médicos.


E quem te garante que as comparticipações não aumentarão?
Estou a contar com isso...


Nada me garante, nem quis dizer que achava que iam ou não aumentar, apenas que aumentar o que se cobra "à cabeça" pode levar à saída dos contruibuíntes mais generosos do sistema, se isso acontecer, o sistema pode ficar tão sustentável como é agora...

Há dois anos eles retiraram as comparticipações de Óculos e armações e mais algumas coisas. Isso traduziu-se em poupanças significativas para o sistema. Talvez fosse melhor fazer alterações deste tipo e, como disse, aumentar a comparticipação em cada ato médico, do que a opção agora tomada.

Por outro lado, como já foi aqui dito, a opção de acabar com a ADSE teria provavelmente efeitos para além dos que se restringem aos gastos dos estado. Muitas clínicas iriam provavelmente à falência, seriam mais um contributo para o aumento do desemprego e para a diminuição do PIB... não sei se também haverá interesses ocultos, não me surpreenderia que sim, mas acho que o mais importante neste momento é tentar evitar medidas que contribuam para a espiral recessiva em que estamos mergulhados, obviamente sem deixar de considerar as poupanças e cortes que têm de ser feitos!

Como já disse, não concordo muito com algumas opiniões aqui transmitidas, para mim acho que o estado poderá perfeitamente assumir que a ADSE pode representar um custo anual, desde que ele não seja elevado. Por exemplo, um custo anual que esteja em linha com o que o estado gasta por utente do SNS...

Resta-me ainda dizer, para que não metam já macaquinhos na cabeça, que desde 31 de Agosto de 2012 que não sou beneficiário da ADSE, e não espero voltar a ser, pelo menos nos próximos anos!
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por Lion_Heart » 4/5/2013 14:26

As medidas anunciadas ontem foram justas só pecam é por estarem dois anos atrasadas , o que levou a milhares de despedimentos no privado para sustentar uma "maquina" que não é sustentável.

Mais uma vez se demonstra que só em desespero de causa o Estado tenta fazer o que é certo, mesmo assim vai cortar no mais básico quando o problema esta nos salários intermédios e nos mais altos.

Mas como no caso das câmaras e j. freguesia a montanha continua a parir ratinhos.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por majomo » 4/5/2013 13:15

artista Escreveu:
altrio Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:O expectável é que a ADSE continue (como já vem acontecendo) a tornar-se cada vez menos "interessante" à medida que caminha para o equilibrio.


o "interesse" da ADSE é tanto menor quanto maior for o rendimento, uma vez que o prémio do seguro é proporcional a esse rendimento, mas o benefício é sempre o mesmo.

Com o aumento da taxa, não seria de espantar que os utentes com mais rendimentos, que são os que dão lucro à ADSE saiam e fiquem apenas os que dão prejuízo. Portanto, não é claro que o aumento da taxa traga uma maior sustentabilidade ao sistema.


Extamente, eu até não me surpreenderia que se torne mais caro para os cofres do estado, o que certamente acontecerá se muitos dos que têm vencimentos maiores sairem do sistema. Acho que o tornavam mais sustentável não mexendo nos descontos mas reduzindo as comparticipações por atos médicos.


E quem te garante que as comparticipações não aumentarão?
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