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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 4/5/2013 12:08

altrio Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:O expectável é que a ADSE continue (como já vem acontecendo) a tornar-se cada vez menos "interessante" à medida que caminha para o equilibrio.


o "interesse" da ADSE é tanto menor quanto maior for o rendimento, uma vez que o prémio do seguro é proporcional a esse rendimento, mas o benefício é sempre o mesmo.

Com o aumento da taxa, não seria de espantar que os utentes com mais rendimentos, que são os que dão lucro à ADSE saiam e fiquem apenas os que dão prejuízo. Portanto, não é claro que o aumento da taxa traga uma maior sustentabilidade ao sistema.


Extamente, eu até não me surpreenderia que se torne mais caro para os cofres do estado, o que certamente acontecerá se muitos dos que têm vencimentos maiores sairem do sistema. Acho que o tornavam mais sustentável não mexendo nos descontos mas reduzindo as comparticipações por atos médicos.
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por myself11 » 4/5/2013 12:01

"A despesa com subsídios de desemprego e apoio ao emprego cresceu nos primeiros três meses do ano quase tanto como era suposto crescer no ano inteiro, indica a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO)."

http://www.dn.pt/inicio/economia/interi ... id=3199275

Voltando ao registo irónico, o que vale é que daqui a 2 anos já quase ninguém receberá subsídio de desemprego. E como também não vai ser possível arranjar trabalho, a nossa balança comercial vai ficar melhor ainda!
 
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por altrio » 4/5/2013 8:30

MarcoAntonio Escreveu:O expectável é que a ADSE continue (como já vem acontecendo) a tornar-se cada vez menos "interessante" à medida que caminha para o equilibrio.


o "interesse" da ADSE é tanto menor quanto maior for o rendimento, uma vez que o prémio do seguro é proporcional a esse rendimento, mas o benefício é sempre o mesmo.

Com o aumento da taxa, não seria de espantar que os utentes com mais rendimentos, que são os que dão lucro à ADSE saiam e fiquem apenas os que dão prejuízo. Portanto, não é claro que o aumento da taxa traga uma maior sustentabilidade ao sistema.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman

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por MarcoAntonio » 4/5/2013 4:17

AutoMech Escreveu:Correndo o risco de me repetir...

Ou o sistema é sustentável nas condições actuais ou com ligeiros ajustes e então será o melhor seguro do país (o que é notável...). Nesse caso deve ser aberto , alargando esse belíssimo seguro a todos (qual a lógica de fechar algo sustentável, bom e que é gerido pelo estado ?)


Automech, este teu "argumento" está tão confuso que está perto de não fazer qualquer sentido (no mínimo, estás aqui a laborar sobre uma falácia qualquer).

Quais condições actuais? A ADSE já vem sofrendo ajustes há bastante tempo e ainda agora foi anunciado mais um. Portanto, de que "condições actuais" estás a falar?

E de onde vem o "melhor seguro do país" se estamos a falar de um sistema em mutação, que tem vindo a sofrer ajustes para chegar ao equilibrio e ainda não sabemos em que ponto vai acabar?

Em que raio de argumento circular é que estás aqui a laborar?

Como eu já tinha dito (e depois até editei para ampliar mas o essencial já lá estava) é natural que no final até não o achem particularmente interessante.

Certamente que hoje já não acham tão interessante como há 10 anos atrás. E com grande probabilidade, daqui a 5 anos vão achar ainda menos...


AutoMech Escreveu:Não deixará de ser estranho que com ligeiros ajustes o sistema passe a ser sustentável e que nenhuma seguradora tenha conseguido fornecer um seguro remotamente parecido, por idêntico valor, mesmo sabendo que o estado abdica da margem de lucro.


Provavelmente, no final quando o equilibrio for atingido, vai ser de alguma forma parecido.

Tu é que estás a fabricar um cenário hipotético para depois argumentar contra ele, baseado na sua improbabilidade:


AutoMech Escreveu:Provar-se-á então que a gestão pública afinal é bastante boa e que provavelmente uma cooperativa de trabalhadores privados poderia criar uma ADSE nacional, sustentável, bastando copiar o modelo, desde que não tenha lucro.


Este cenário é hipotético, és tu que estás a propor o cenário de um "seguro sem paralelo" quando o equilibrio for atingido. Eu não estou à espera de nada disso, não defendi nada disso nem propus nada disso.

O expectável é que a ADSE continue (como já vem acontecendo) a tornar-se cada vez menos "interessante" à medida que caminha para o equilibrio.








Eu acabei por andar a seccionar o texto e a responder várias vezes à mesma coisa. Sucintamente, tu estás a fabricar um cenário e a argumentar contra ele.

Quando o que se está a passar é uma sucessão de ajustes que a continuar, nega esse cenário hipotético criado por ti.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Automech » 4/5/2013 3:58

Correndo o risco de me repetir...

Ou o sistema é sustentável nas condições actuais ou com ligeiros ajustes e então será o melhor seguro do país (o que é notável...). Nesse caso deve ser aberto , alargando esse belíssimo seguro a todos (qual a lógica de fechar algo sustentável, bom e que é gerido pelo estado ?)

Ou não é sustentável (o que é o caso) e é altamente discutível que estejamos todos a contribuir para um sistema de saúde especial dos FPs (nesse caso deve ser extinto na minha opinião).

Não deixará de ser estranho que com ligeiros ajustes o sistema passe a ser sustentável e que nenhuma seguradora tenha conseguido fornecer um seguro remotamente parecido, por idêntico valor, mesmo sabendo que o estado abdica da margem de lucro.

Provar-se-á então que a gestão pública afinal é bastante boa e que provavelmente uma cooperativa de trabalhadores privados poderia criar uma ADSE nacional, sustentável, bastando copiar o modelo, desde que não tenha lucro.

Cá estaremos para ver porque eu, ao contrário do que disse LFA1, de ingénuo tenho pouco nalgumas coisas.
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por MarcoAntonio » 4/5/2013 3:32

AutoMech Escreveu:Eu penso que isto é um não argumento porque estamos fartos de ver regras alteradas nos últimos anos, desde salários a pensões.


Como se o Estado tivesse acabado com as pensões para quem descontou.

O teu argumento é péssimo se o teu ponto é suportar a tua posição e é excelente se o teu ponto é negá-lo, porque se alguma coisa, suporta o meu (pois eu estou a reclamar precisamente pelo que tu nomeaste: ajustes ou, como colocaste, alteração de regras).

Mas tu não estavas a pedir alteração de regras, estavas a pedir que acabassem com o sistema totalmente (para o que ainda não deste nenhuma boa razão) como se o Estado tivesse andado a eliminar pensões (isto é, simplesmente a dizer às pessoas: agora, depois de terem descontado, não vão ter direito a pensão absolutamente nenhuma).

Não, o Estado, ainda que lentamente, está a progredir para um sistema mais sustentável e equilibrado e é nesse contexto que situam as referidas alterações de regras e como já disse isto é o paralelo da exigência de um sistema da ADSE que seja neutro (auto-sustentado). Não o paralelo de acabar com ela totalmente.


O teu outro segundo argumento parece ser uma concepção de nivelação por baixo: como no privado há quem não tenha (só em empresas com estruturas maiores e, acrescento, com grandes percentagens de trabalho mais qualificado) então nenhum trabalhador do Estado deve ter. Nivelação por baixo.

Mas a melhor comparação com a generalidade dos trabalhadores do Estado (pela natureza dos serviços prestados e pelo universo do trabalhadores do Estado não são as pme's mas precisamente empresas do tipo daquelas onde vais encontrar sistemas semelhantes.


Enfim, continuo à espera de um bom argumento e sim, no ponto em que está, só vejo aqui já uma perseguição aos trabalhadores do Estado pois estás a ir bem mais longe do que é legítimo exigir (que é que o sistema seja equilibrado financeiramente, coisa para o qual está a caminhar).

E não, não tem absolutamente nada de particularmente dificil de atingir pois é meramente uma questão de ajustar os benefícios às contribuições (subindo a contribuição, baixando os benefícios ou um misto das duas). O que como digo já está a ser feito e não passa por nenhuma "super-gestão" como estás a tentar colocar. Na verdade é bastante simples embora por razões estruturais e de choque no sistema, normalmente estas coisas sejam feitas lentamente.

Não passa é claro por transforma-la num super-seguro sem paralelo no mercado coisa nenhuma mas simplesmente fazer o que meio mundo já faz (nomeadamente a generalidade dos seguros, ajustar o que oferecem para aquilo que cobram, ora essa!). Um caminho que já começou de resto a ser traçado (já houve diversos cortes de benefícios e já existiram pelo menos duas subidas da contribuição). É meramente questão de continuar até o equilibrio ser atingido.

Portanto, pelo contrário, é natural que nessa altura mts já não achem a ADSE interessante (certamente já a acham menos interessante agora do que no passado). So what? É lá com eles. E se no final quiserem poucos ou nenhuns, então acabará "naturalmente" com o tempo, com a redução progressiva do universo de beneficiários.

O que não há é nenhuma boa razão para acabar à força nos moldes que estás a propor...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 4/5/2013 4:00, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Automech » 4/5/2013 2:03

BULIM123 Escreveu:Quero ver se o Governo não recuar, o que a GNR e PSP, irão fazer.
Como muita gente sabe o direito a greve está consagrado na Constituição Portuguesa. a GNR e PSP, não podem porque os respectivos estatutos não o permitem, assim sendo as associações e sindicatos de policia convocam uma greve e depois quero ver quem os segura.


Essa proibição que existe é totalmente constitucional.

Artigo 270.º da CRP
Restrições ao exercício de direitos

A lei pode estabelecer, na estrita medida das exigências próprias das respectivas funções, restrições ao exercício dos direitos de expressão, reunião, manifestação, associação e petição colectiva e à capacidade eleitoral passiva por militares e agentes militarizados dos quadros permanentes em serviço efectivo, bem como por agentes dos serviços e das forças de segurança e, no caso destas, a não admissão do direito à greve, mesmo quando reconhecido o direito de associação sindical.
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por Quico » 4/5/2013 1:14

E lá estão vocês a achar que a "economia" deve ser uma emanação do estado...

:roll: :roll: :roll:
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por Automech » 4/5/2013 1:13

MarcoAntonio Escreveu:Os trabalhadores já fizeram descontos.

Sim, é verdade. E curiosamente foram todos os trabalhadores liquidos do sistema, mesmo aqueles que não têm acesso à ADSE.

Eu penso que isto é um não argumento porque estamos fartos de ver regras alteradas nos últimos anos, desde salários a pensões. A ADSE seria mais uma. No caso de extinção do sistema era fixar um prazo e terminava a partir daí, tal como termina um seguro de saúde se for denunciado.

MarcoAntonio Escreveu:E mesmo que no global não tenham descontado o suficiente para o global dos benefícios do sistema, isso é uma análise global, não é uma análise individual. Há utilizadores que descontaram mas ainda não retiraram benefício nenhum (ou retiraram francamente menos do que o desconto que já fizeram).

Bom, mas nisso não é diferente de um seguro de saúde que é como a ADSE deve ser vista. Eu até agora também dei lucro à minha seguradora e, no entanto, posso ver o seguro cancelado mediante determinadas condições. Em nada a extinção da ADSE seria diferente.

O argumento de que "retiraram francamente menos do que o desconto que já fizeram" nem sequer é razoável. Se um tipo for saudável a vida toda dará certamente lucro à ADSE, tal com acontece num seguro.

MarcoAntonio Escreveu:Depois há o segundo ponto. No privado não existem apenas seguros, existe um bom número de empresas com os seus próprios planos de saúde, em moldes semelhantes à ADSE (a PT por exemplo).

Sim, mas sabendo que o grosso do tecido empresarial português são PMEs, é muita ambição pensar que a maioria dos trabalhadores portugueses têm seguro de saúde da empresa.

MarcoAntonio Escreveu:Porque razão queres perseguir os trabalhadores do Estado de ter uma solução semelhante, facultativa e suportada por eles, eu não consigo perceber muito bem.

Tudo o que for ir além de exigir que o sistema seja neutro (auto-sustentado) está naturalmente a mais, entra no campo da perseguição ao trabalhador do Estado.


Não é perseguição nenhuma aos FP porque das duas uma:
- Ou o sistema é deficitário, como acontece actualmente, e aí é questionável se os contribuintes devem andar a pagar um subsistema de saúde a uma minoria (eu acho que não, daí ter dito que se deve acabar com a ADSE). Este ponto facilmente degenera para uma discussão do liberalismo vs social democracia / socialismo, pelo que o vou evitar.

- Se o sistema é equilibrado então é um super bem gerido seguro, que não tem paralelo no mercado, verdadeiramente ímpar, e que seja aberto a quem quiser aderir. Eu estou na primeira fila.

Quem vier com a conversa de que há seguros iguais ou muito semelhantes à ADSE, doenças pré existentes incluídas, agregado incluido, por idêntico preço a um ordenado de digamos 1.500 euros brutos (ou mesmo 2.000 se quiserem), faça o favor de dizer. Basta só uma alternativa que eu não sou exigente.
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por MiamiBlue » 4/5/2013 0:09

myself11 Escreveu:Agora sem ironia: estas medidas vão melhorar ou piorar a situação actual?

Não estou a perguntar se são justas (algumas serão, outras muito pelo contrário), se equilibram contas, etc. Estou a perguntar se vão contribuir para o crescimento económico. Talvez por não ter concluído Economia na Lusíada aos 37 anos não consiga achar que sim...


É necessário cortar na despesa.

Mas sem crescimento, vamos andar décadas em cortes.

É preciso Economia, muita Economia e muitas medidas podiam ser tomadas com reduzido impacto financeiro.

Mas para isso era preciso que um Governo inteligente, algo que não temos.
 
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por Be Cool » 4/5/2013 0:07

myself11 Escreveu:Agora sem ironia: estas medidas vão melhorar ou piorar a situação actual?

Não estou a perguntar se são justas (algumas serão, outras muito pelo contrário), se equilibram contas, etc. Estou a perguntar se vão contribuir para o crescimento económico. Talvez por não ter concluído Economia na Lusíada aos 37 anos não consiga achar que sim...


Para além de não serem justas, para além de não contribuirem para o crescimento económico (vão agravar ainda mais a recessão), nem sequer são exequíveis.
Esta ideia foi ontem manifestada por Manuela Ferreira Leite, mas já hoje ouvi personalidades de outros quadrantes (Pedro Marques Lopes, Pedro Adão e Silva) a defenderem exatamente a mesma coisa.

Manuela Ferreira Leite afirma que o anúncio que Pedro Passos Coelho vai fazer esta sexta-feira, às 20h00, não garante o êxito das medidas que o Governo pretende aplicar para reduzir o défice.

Ontem, no seu espaço de comentário na TVI24, a antiga ministra das Finanças considerou que o Documento de Estratégia Orçamental do executivo é uma espécie de “tese de doutoramento”, que não passa de “um modelo teórico sem nenhuma adesão à realidade”.

“Normalmente, as teses de doutoramento têm uns modelos teóricos que o doutorando pretende provar, e depois prova através de factos concretos. E aqui não tem a mínima hipótese de ter um facto concreto que caiba dentro daquele modelo que está ali desenhado”, concluiu Manuela Ferreira Leite.

“Não estou nada convencida que seja exequível o que estão a dizer que vão fazer. Podem anunciar, amedrontar, criar ainda mais espírito de recessão, afundar psicologicamente as pessoas, mas resultados não vão ter nenhuns”, sublinhou a antiga titular da pasta das Finanças.
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por rg7803 » 4/5/2013 0:01

myself11 Escreveu:Agora sem ironia: estas medidas vão melhorar ou piorar a situação actual?

Não estou a perguntar se são justas (algumas serão, outras muito pelo contrário), se equilibram contas, etc. Estou a perguntar se vão contribuir para o crescimento económico. Talvez por não ter concluído Economia na Lusíada aos 37 anos não consiga achar que sim...


Não sei.

Mas uma coisa sei. Só reduzindo a sua despesa de forma expressiva (Estado) será possível promover um abaixamento da carga fiscal, que é excessiva tanto para empresas e particulares.

E só assim, talvez, arranjemos maneira de retomar o crescimento economico, idealmente pelo sector privado, e não à custa de obras públicas.

Num par de anos saberemos se foi decisão certa ou não. De qualquer forma estas medidas têm claramente um tempo errado. Dois anos atrás teriam evitado muita coisa.
“Buy high, sell higher...”.
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por myself11 » 3/5/2013 23:35

Agora sem ironia: estas medidas vão melhorar ou piorar a situação actual?

Não estou a perguntar se são justas (algumas serão, outras muito pelo contrário), se equilibram contas, etc. Estou a perguntar se vão contribuir para o crescimento económico. Talvez por não ter concluído Economia na Lusíada aos 37 anos não consiga achar que sim...
 
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por MERCW125 » 3/5/2013 22:37

Quero ver se o Governo não recuar, o que a GNR e PSP, irão fazer.
Como muita gente sabe o direito a greve está consagrado na Constituição Portuguesa. a GNR e PSP, não podem porque os respectivos estatutos não o permitem, assim sendo as associações e sindicatos de policia convocam uma greve e depois quero ver quem os segura.
Por três anos de diferença, duvido que qualquer governo queira arriscar tanto, só arranjam lenham e metem a segurança do País em perigo.
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por macau5m » 3/5/2013 22:33

Mcmad Escreveu:
Antonio Garrido Escreveu:
myself11 Escreveu:Acho muito positivo despedir 30 mil pessoas.


Isso até pode parecer muito positivo, mas quem fica prejudicado é a população em geral.
Vão a uma qualquer repartição e esperam longas horas para serem atendidos, havendo várias cadeiras de funcionários vazias.
Ainda esta semana ou a semana passada vi uma reportagem para as pessoas não se dirigirem ao IMTT, porque havia longas horas de espera.
Vão a um hospital e querem ser imediatamente atendidos, mas esqueceram-se que os funcionários que os deviam atender foram despedidos. Isso acarreta mais horas de espera.
Sito apenas 2 casos em muitos.


O despedimento dos 30000 pode não ter impacto nos atendimentos uma vez que o horário trabalho para 40 horas.

Em termos da economia sim, tem impacto.


Podem trabalhar mais horas, mas a realidade é que há menos pessoas para prestarem o serviço e isso obriga ainda a mais horas de espera.
Porque das duas uma; para trabalharem mais horas as repartições estão abertas mais horas (mais tempo temos para esperar) ou as horas são feitas em substuição de funcionários que foram despedidos, menos gente para nos atenderem (mais tempo de espera).
Conclusão quem sai prejudicado é a população.

Se reduzirem os deputados em 50% e aumentarem o seu vencimento em 10% com a obrigatoriedade de não desempenharem funções que não sejam as de deputado, acabam por poupar muito dinheiro e também acabar com muito compadrio que existe entre os deputados que trabalham para grandes escritórios de Advocacia e depois fazem acordos com o Governo.
Mas aí está a mexer com os bolsos deles e isso é que não.
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por LFA1 » 3/5/2013 22:29

Automech escreveu:

Eu não concordo é com a manutenção da ADSE. Se o objectivo é uniformizar com os privados, devia acabar.


Automech, não sejas ingénuo. A ADSE só ainda não foi extinta pelo governo porque cerca de um terço daquilo que é gasto por este subsistema de saúde (por força de diversos acordos e protocolos) vai para as firmas privadas que se movem no negócio da saúde. E sem esses 30% de receita essas empresas (onde se incluem muitos hospitais privados) pura e simplesmente não seriam viáveis economicamente.
 
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por mais_um » 3/5/2013 22:28

pepi Escreveu:
mais_um Escreveu:Só lamento que não tenham começado por estas medidas em 2011, de resto nada a apontar.


Incrivelmente concordo 100% contigo! :wink:


AutoMech Escreveu:
mais_um Escreveu:Só lamento que não tenham começado por estas medidas em 2011, de resto nada a apontar.

Ao menos uma vez de acordo. Isto era discurso para a tomada de posse do governo.

Mas, como diria o mais_um :lol: , isto é um anúncio. Vamos ver quantas das medidas chegam à prática.


:lol: :lol: :lol:
Vejamos qualquer pessoa com bom senso, com algum conhecimento das contas públicas e tenha a mínima noção da realidade económica do país só pode fazer um comentário idêntico ou semelhante ao que eu fiz. :)


Inicialmente o programa da troika previa 2/3 no corte da despesa e 1/3 na receita, este governo é que decidiu ir pelo caminho fácil e inverteu as prioridades, com os resultados que estão à vista de todos.

Apesar de ser crítico à estratégia do governo, não sou no objectivo (consolidação das contas publicas), em quase dois anos deste governo, não encontram um comentário meu no CdB a defender a queda do governo, ou eleições antecipadas ou que o Seguro seja alternativa, quero deixar isto bem claro para os mais desatentos. Se em vez do governo tivéssemos a troika realmente a mandar estaríamos bem melhor, aliás por mim deixava a troika cá por muitos anos.

EDIT: Não coloquei o comentário do Marco António, apenas porque ao contrario do pepi e do AutoMech, estamos de acordo em vários temas e não apenas neste. :mrgreen:
Editado pela última vez por mais_um em 3/5/2013 22:36, num total de 1 vez.
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por A330-300 » 3/5/2013 22:21

Mcmad Escreveu:
Antonio Garrido Escreveu:
myself11 Escreveu:Acho muito positivo despedir 30 mil pessoas.


Isso até pode parecer muito positivo, mas quem fica prejudicado é a população em geral.
Vão a uma qualquer repartição e esperam longas horas para serem atendidos, havendo várias cadeiras de funcionários vazias.
Ainda esta semana ou a semana passada vi uma reportagem para as pessoas não se dirigirem ao IMTT, porque havia longas horas de espera.
Vão a um hospital e querem ser imediatamente atendidos, mas esqueceram-se que os funcionários que os deviam atender foram despedidos. Isso acarreta mais horas de espera.
Sito apenas 2 casos em muitos.


O despedimento dos 30000 pode não ter impacto nos atendimentos uma vez que o horário trabalho para 40 horas.

Em termos da economia sim, tem impacto.



Se não aumentar o tempo ou o número de cafés...

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por bogos » 3/5/2013 22:11

Mais sete anos em cima dos sete já concedidos, depois volta-se a renegociar o prazo. Entretanto crava-se mais um crédito aos " países emprestadores", mais uns calotes pelo meio, e daqui a 100 anos qui çã teremos a coisa da despesa publica nos 60%.

Continua-me a parecer, que depois daquele dia 25 de Abril de 1974, que muita coisa positiva trouxe principalmente a nível da liberdade de informação e de expressão dos indivíduos, economicamente vivemos os últimos 38 anos num verdadeiro muro de Berlim ainda bem de pé e com muita gente a ele agarrado.

Estamos assim porque este Estado é Socialista e altamente socializante.

Quem quiser serviço publico de qualidade terá que o pagar, porque eu cansei de a andar a alimentar o serviço público só para alguns...

Cumprimentos
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por Mcmad » 3/5/2013 22:05

Antonio Garrido Escreveu:
myself11 Escreveu:Acho muito positivo despedir 30 mil pessoas.


Isso até pode parecer muito positivo, mas quem fica prejudicado é a população em geral.
Vão a uma qualquer repartição e esperam longas horas para serem atendidos, havendo várias cadeiras de funcionários vazias.
Ainda esta semana ou a semana passada vi uma reportagem para as pessoas não se dirigirem ao IMTT, porque havia longas horas de espera.
Vão a um hospital e querem ser imediatamente atendidos, mas esqueceram-se que os funcionários que os deviam atender foram despedidos. Isso acarreta mais horas de espera.
Sito apenas 2 casos em muitos.


O despedimento dos 30000 pode não ter impacto nos atendimentos uma vez que o horário trabalho para 40 horas.

Em termos da economia sim, tem impacto.
Confira as minhas opiniões

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por richardj » 3/5/2013 21:58

Valete Escreveu:
Quanto à idade da reforma, segundo percebi a idade continua nos 65, mas com penalização. Só a partir dos 66 se terá completa. Correcto?


sim
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por Valete » 3/5/2013 21:53

myself11 Escreveu:
artista Escreveu:Se elas não forem necessárias também acho...


Claro. Que as metam ao menos a limpar umas matas, afinal sempre são cerca de 5% da população activa portuguesa. As matas iam ficar um brinco!



Lol, existe em Portugal uma autêntica obsessão com a limpeza das matas.
Pelos vistos, muita gente passou lá uma má experiência, quando até ia convencido que ia passar um bom bocado...

Quanto à idade da reforma, segundo percebi a idade continua nos 65, mas com penalização. Só a partir dos 66 se terá completa. Correcto?
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por macau5m » 3/5/2013 21:43

myself11 Escreveu:Acho muito positivo despedir 30 mil pessoas.


Isso até pode parecer muito positivo, mas quem fica prejudicado é a população em geral.
Vão a uma qualquer repartição e esperam longas horas para serem atendidos, havendo várias cadeiras de funcionários vazias.
Ainda esta semana ou a semana passada vi uma reportagem para as pessoas não se dirigirem ao IMTT, porque havia longas horas de espera.
Vão a um hospital e querem ser imediatamente atendidos, mas esqueceram-se que os funcionários que os deviam atender foram despedidos. Isso acarreta mais horas de espera.
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por MarcoAntonio » 3/5/2013 21:40

AutoMech Escreveu:Pois fazem, mas deixariam de fazer. Quem quiser pode fazer como os privados e contratar um seguro, se assim o entenderem.


Os trabalhadores já fizeram descontos. E mesmo que no global não tenham descontado o suficiente para o global dos benefícios do sistema, isso é uma análise global, não é uma análise individual. Há utilizadores que descontaram mas ainda não retiraram benefício nenhum (ou retiraram francamente menos do que o desconto que já fizeram).

Depois há o segundo ponto. No privado não existem apenas seguros, existe um bom número de empresas com os seus próprios planos de saúde, em moldes semelhantes à ADSE (a PT por exemplo).

Porque razão queres perseguir os trabalhadores do Estado de ter uma solução semelhante, facultativa e suportada por eles, eu não consigo perceber muito bem.

Tudo o que for ir além de exigir que o sistema seja neutro (auto-sustentado) está naturalmente a mais, entra no campo da perseguição ao trabalhador do Estado.


AutoMech Escreveu:A manter a ADSE o justo seria, isso sim, ser voluntária e permitir o acesso universal a qualquer pessoa, em igualdade de circunstância.


Em relação ao primeiro ponto, a ADSE já é voluntária.

Em relação ao segundo ponto, as empresas privadas que já têm sistemas do género também não os abrem a mais do que aos familiares directos e ou dependentes.

De qq das formas, pessoalmente, dada a abrangência do Estado, assim que o sistema seja neutro (e é importante e necessário que o seja) também não acho mal que o sistema fosse aberto a todos os contribuintes que a ele quisessem aderir. Mas (dada a maior dimensão que assim podia atingir) é extremamente importante que o equilibrio seja atingido primeiro.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Automech » 3/5/2013 21:35

Antonio Garrido Escreveu:Quando um dia estiver a ocorrer um assalto ou tenha havido um acidente de viação e se por acaso for de noite e estiver a chover, quando chamarem o policia e ele disser; Agora não posso ir porque está a chover ou porque no assalto posso ser ferido e tenho que comprar os medicamentos por minha conta, vão ver que o dinheiro parece todo igual, mas não o é.

Viram alguma medida em que cortassem nas regalias dos deputado ou dos politicos? medidas zero.


É um bom ponto para determinadas profissões. Mas então e um electricista ou um gajo que anda em andaimes, no cimo de um edifício ?

É capaz de ter mais riscos do que um escriturário numa repartição, cujo risco maior é agrafar o dedo ou cortar a mão numa folha de papel...
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