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Caldeirão da Bolsa

Leilão electricidade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Lion_Heart » 7/5/2013 12:55

o mercado eléctrico Ibérico funciona em bolsa (Mibel) onde são fixados os preços por megawatt (Omiclear).

http://www.mibel.com/
http://www.omiclear.pt/

O trágico desta história é saber que o Megawatt custa em bolsa cerca de 51€ e cada família paga em Portugal cerca de 180€ (preço factura) .

Se isto não dá lucro o que dará?


e


«As rendas excessivas ou, para ser mais claro, os lucros indevidos das empresas de eletricidade são tão escandalosas que são referidos no próprio “Memorando de entendimento” assinado com a “troika” em Maio de 2011 na parte dedicada aos “Esquemas de apoio à produção de energia em regime especial” (pontos 5.7 a 5.12). No entanto, nada de significativo foi feito até à data o que agrava as dificuldades das famílias e reduz a competitividade das empresas portuguesas obrigadas a pagar a energia a um preço elevado. Tal facto foi reconhecido pela “troika” na 7ª avaliação de Março de 2013.
Segundo a ERSE, em 2012, o custo médio da Produção em Regime Especial (produção de energias renováveis em Portugal com compra e a preços garantidos bonificados para os produtores à custa dos consumidores) foi de109,9€/MWh, enquanto o preço médio de venda de eletricidade (PVP) no mercado regulado foi de 51,80€/MWh, portanto os produtores de energia renováveis venderam, a preço garantido fixado pelo governo, a energia que produziram a um preço 112,1% (mais 58,1€ por MWh,) superior ao preço de venda de eletricidade. E a situação torna-se ainda mais escandalosa quando verifica que o grupo EDP, que opera em vários países, recebe por MWh de energia eólica produzida em Portugal 101,8€, enquanto em Espanha recebe apenas 88€ e, nos Estados Unidos da América, somente 47,1 dólares (35,82 €), como consta da apresentação de Resultados de 2012 da EDP –Renováveis disponível no seu site. A espoliação dos consumidores em Portugal é chocante perante a passividade do governo e da “troika”. »

In http://ocastendo.blogs.sapo.pt/1570783.html
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por mais_um » 7/5/2013 12:27

Lion_Heart Escreveu:O que me parece a mim que aconteceu neste caso é que ninguém se quis meter com o Estado e com a EDP ou seja entrar numa guerra.
O mercado da electricidade é uma mina , a EDP factura por cá grande parte do seu lucro e falamos de um mercado muito pequeno em termos globais.
Mas assim como a Telefónica não lançou uma OPA a PT , o BBVA não comprou o BCP , as eléctricas espanholas não quiseram entrar no barulho.
Ps. Também ninguém sabe os contornos da Nacionalização da EDP ao Estado Chinês. Pode ser uma das razões do leilão ter ficado "vazio".


A montanha pariu um rato, o que aconteceu neste caso é que o negócio não é apetecível porque as margens são mínimas e os outros operadores não estiverem para comprar clientes ou pagar para manter os que têm. Se leres um relatório da ERSE percebes isso. Mas podes continuar a acreditar no lobo mau….

http://www.erse.pt/pt/electricidade/lib ... 201303.pdf

Já agora só por curiosidade, em Portugal, no segmento residencial o custo de eletricidade, antes de impostos e taxas é inferior à da maioria dos países da UE.

http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal ... 2010s2.pdf

Gostava de saber o que é para ti (e para muitos outros) existir concorrência. :roll:
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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por sem2006 » 7/5/2013 11:40

Polémicas à parte, alguém que se tenha inscrito já recebeu o e-mail da deco com a proposta de oferta?
 
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por Lion_Heart » 7/5/2013 0:53

O que me parece a mim que aconteceu neste caso é que ninguém se quis meter com o Estado e com a EDP ou seja entrar numa guerra.

O mercado da electricidade é uma mina , a EDP factura por cá grande parte do seu lucro e falamos de um mercado muito pequeno em termos globais.

Mas assim como a Telefónica não lançou uma OPA a PT , o BBVA não comprou o BCP , as eléctricas espanholas não quiseram entrar no barulho.

Ps. Também ninguém sabe os contornos da Nacionalização da EDP ao Estado Chinês. Pode ser uma das razões do leilão ter ficado "vazio".
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por filipe2s » 6/5/2013 22:44

Alguém sabe ao certo qual é o tarifário da endesa com este deaconto? É que eles no site já falam de um desconto de 10% na tarifa simples, se a esse acrescentarem este parece-me boa oferta, a não foi esperar para nada...
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por MiamiBlue » 6/5/2013 21:50

gorgol Escreveu:A DECO terá interesses próprios neste leilão, ou seja angariação de assinantes da proteste. O leilão foi o que se previa: não há margem na eletricidade para grandes descontos. Os entrantes (galp, ibedrola e endesa) já faziam descontos desta ordem de grandeza e têm a sua estratégia comercial, não precisando dos "favores" da DECO.

morre mais um mito dos preços da eletricidade no mercado retalhista de baixa tensão ou muito baixa tensão.

Dos 500 k, a Deco já só fala na mudança de 100 k.
No final, qual quer um que diga que vai mudar as companhias dão lhe as mesmas condições sem precisarem de de se chatear com papelada.

Já hoje o podiam fazer!


Agora a culpa é da DECO.

É engraçado, como tanta gente liberal vem com o argumento que a culpa é da DECO.

A DECO montou o o esquema, apresentou as condições, teve os aderentes e agora o probelma é de uma taxa de 5 euros que a DECO exige a quem não é sócio..

Os termos em que foi explicada a recusa da EDP e GALP dizem tudo. A desculpa nunca foi a falta de margem.. Foi outra bem esfarrapada.

É um conceito de mercado liberal bem peculiar que certas entidades e cidadãos..
 
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por Automech » 6/5/2013 21:39

Aqui fica a notícia do económico. É semelhante à que o Tito deixou mas tem mais um ou outro ponto.

Endesa ofereceu desconto de 5% no leilão da DECO
Ana Maria Gonçalves
06/05/13 16:03

A Endesa ofereceu um desconto de 5% sobre o consumo de energia na tarifa simples no leilão promovido pela DECO que reuniu quase 600 mil pessoas.

No caso da tarifa bi-horária o desconto é de 1,2%, anunciou hoje a DECO em conferência de imprensa.

A Associação de Consumidores defende que esta é a melhor oferta que existe actualmente no mercado liberalizado porque, além do desconto, incluiu uma garantia de manutenção deste preço durante 12 meses, ficando assim isenta das revisões trimestrais a que os consumidores do mercado regulado estão sujeitos.

Além disso não tem nem serviços obrigatórios associados, podendo o consumidor sair a qualquer momento caso no mercado surja uma contra-oferta mais atractiva.


Na conferência de imprensa, a DECO considerou que esta iniciativa dinamizou o mercado liberalizando, admitindo por isso avançar com novos leilões em outros sectores.
http://economico.sapo.pt/noticias/endes ... 68523.html
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Sejamos francos.

por bboniek33 » 6/5/2013 21:21

MarcoAntonio Escreveu:Só apareceu um interessado no leilão e para acabar apresentando uma proposta basicamente semelhante à que já vinha oferecendo.

A explicação mais simples e provavelmente a correcta (occam razor!) é a de que o mercado nacional não é atractivo, provavelmente porque o processo de liberalização ainda não está suficientemente maturado.


Nem mais nem menos. Ou, dito de outra forma, nao ha mercado (occam razor ! (lol)).
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por gorgo » 6/5/2013 20:50

A DECO terá interesses próprios neste leilão, ou seja angariação de assinantes da proteste. O leilão foi o que se previa: não há margem na eletricidade para grandes descontos. Os entrantes (galp, ibedrola e endesa) já faziam descontos desta ordem de grandeza e têm a sua estratégia comercial, não precisando dos "favores" da DECO.

morre mais um mito dos preços da eletricidade no mercado retalhista de baixa tensão ou muito baixa tensão.

Dos 500 k, a Deco já só fala na mudança de 100 k.
No final, qual quer um que diga que vai mudar as companhias dão lhe as mesmas condições sem precisarem de de se chatear com papelada.

Já hoje o podiam fazer!
 
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por MarcoAntonio » 6/5/2013 20:10

Só apareceu um interessado no leilão e para acabar apresentando uma proposta basicamente semelhante à que já vinha oferecendo.

A explicação mais simples e provavelmente a correcta (occam razor!) é a de que o mercado nacional não é atractivo, provavelmente porque o processo de liberalização ainda não está suficientemente maturado.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por sargotrons » 6/5/2013 19:48

Lion_Heart Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Tudo combinado, ninguém mexe nos poderes instalados.

Qual é o interesse das outras operadoras em não fazerem nada e deixarem a EDP ficar com o grosso dos clientes particulares ?


Não me perguntes a mim , mas qual é o interesse de deixar fugir mais de 500k potenciais clientes? Relembro que só 1 empresa foi ao leilão. Pelo vistos ninguém precisa de clientes.

Porque os clientes particulares pouco ou nada interessam, o negócio está na industria.

Os clientes particulares até podem representar um risco em altura de eleições em que o governo se pode de lembrar de mais umas demagogias eleitorais.
Não faz mal!...
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por Automech » 6/5/2013 19:45

Tu é que avançaste com a teoria da conspiração dos poderes instalados. Era só para perceber a tua lógica (que afinal não existe).
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por Lion_Heart » 6/5/2013 19:05

AutoMech Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Tudo combinado, ninguém mexe nos poderes instalados.

Qual é o interesse das outras operadoras em não fazerem nada e deixarem a EDP ficar com o grosso dos clientes particulares ?


Não me perguntes a mim , mas qual é o interesse de deixar fugir mais de 500k potenciais clientes? Relembro que só 1 empresa foi ao leilão. Pelo vistos ninguém precisa de clientes.
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por Automech » 6/5/2013 18:54

Lion_Heart Escreveu:Tudo combinado, ninguém mexe nos poderes instalados.

Qual é o interesse das outras operadoras em não fazerem nada e deixarem a EDP ficar com o grosso dos clientes particulares ?
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por Lion_Heart » 6/5/2013 18:48

Interessante , nem com mais de 500k potenciais clientes as coisas mudam.

Tudo combinado, ninguém mexe nos poderes instalados.
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por MarcoAntonio » 6/5/2013 18:09

So much ado about nothing...

A ideia era boa, mas não passou daí mesmo.

:lol:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Desconto da Endesa no leilão da Deco vai até 5%

por TRSM86 » 6/5/2013 17:58

gfrmartins Escreveu:http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/desconto_da_endesa_no_leilao_da_deco_vai_ate_5.html

A proposta da Endesa no leilão organizado pela Deco irá traduzir-se num desconto de 5% face aos preços actualmente em vigor nas tarifas transitórias de electricidade, ficando o desconto limitado a 1,2% no caso das tarifas bi-horárias.
O director da Deco, Pedro Moreira, mostrou-se satisfeito com o desfecho do leilão, notando, em conferência de imprensa, que “em todos os casos o resultado do leilão é melhor que o mercado”.

A Deco estima que a poupança anual para os clientes com tarifa simples que adiram à oferta da Endesa vá de 1 euro, para a potência de 1,15 KVA, até 79 euros, para a potência de 20,7 KVA. A potência de 6,9 KVA, que é uma das mais comuns entre as famílias portuguesas, deverá ter uma poupança a anual de 23 euros, pelos cálculos da Deco.

A associação de defesa dos consumidores esclareceu que nas tarifas simples a oferta da Endesa contempla um desconto de 5% apenas sobre o termo de energia a partir do escalão de 3,45 KVA, sendo que abaixo dessa potência o desconto de 5% incide sobre o termo de potência.

Nas tarifas bi-horárias o desconto de 1,2% será aplicado à componente do consumo em todos os níveis de potência contratada.

Adicionalmente, os consumidores que já sejam associados da Deco irão beneficiar de um desconto na primeira factura, de pelo menos 5 euros, sendo que esse crédito na sua conta de electricidade poderá ser superior caso a campanha da Deco tenha mais de 100 mil adesões.

O presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, assegurou sexta-feira que a empresa está preparada para receber todos os clientes que queiram contratar a oferta que a Endesa apresentou no leilão da Deco, tendo o mesmo responsável garantido ao Negócios que a empresa tem “ferramentas poderosas” para gerir o fluxo de novos consumidores.

A Endesa tem actualmente cerca de 250 mil clientes em Portugal. Pelo leilão da Deco poderão ir para a Endesa, no limite, outros 587 mil consumidores.


E os clientes que já eram da Endesa e que já usufruíam dos 5%? .. vão ter direito a um boneco de encher... tou mesmo a ver :lol: :lol: :lol:
uma passagem para a outra margem

http://trsm87.blogspot.pt/
 
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por LSVA » 6/5/2013 17:57

Ou seja não houve leilão nenhum. 5% de desconto por 1 ano era o que os vendedores de endesa que vieram cá a casa ofereceram.

Será que agora a DECO vai virar angariador de clientes? Infelizmente andam todos ao mesmo.
 
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Desconto da Endesa no leilão da Deco vai até 5%

por gabrielfrmartins » 6/5/2013 17:48

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... ate_5.html

A proposta da Endesa no leilão organizado pela Deco irá traduzir-se num desconto de 5% face aos preços actualmente em vigor nas tarifas transitórias de electricidade, ficando o desconto limitado a 1,2% no caso das tarifas bi-horárias.
O director da Deco, Pedro Moreira, mostrou-se satisfeito com o desfecho do leilão, notando, em conferência de imprensa, que “em todos os casos o resultado do leilão é melhor que o mercado”.

A Deco estima que a poupança anual para os clientes com tarifa simples que adiram à oferta da Endesa vá de 1 euro, para a potência de 1,15 KVA, até 79 euros, para a potência de 20,7 KVA. A potência de 6,9 KVA, que é uma das mais comuns entre as famílias portuguesas, deverá ter uma poupança a anual de 23 euros, pelos cálculos da Deco.

A associação de defesa dos consumidores esclareceu que nas tarifas simples a oferta da Endesa contempla um desconto de 5% apenas sobre o termo de energia a partir do escalão de 3,45 KVA, sendo que abaixo dessa potência o desconto de 5% incide sobre o termo de potência.

Nas tarifas bi-horárias o desconto de 1,2% será aplicado à componente do consumo em todos os níveis de potência contratada.

Adicionalmente, os consumidores que já sejam associados da Deco irão beneficiar de um desconto na primeira factura, de pelo menos 5 euros, sendo que esse crédito na sua conta de electricidade poderá ser superior caso a campanha da Deco tenha mais de 100 mil adesões.

O presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, assegurou sexta-feira que a empresa está preparada para receber todos os clientes que queiram contratar a oferta que a Endesa apresentou no leilão da Deco, tendo o mesmo responsável garantido ao Negócios que a empresa tem “ferramentas poderosas” para gerir o fluxo de novos consumidores.

A Endesa tem actualmente cerca de 250 mil clientes em Portugal. Pelo leilão da Deco poderão ir para a Endesa, no limite, outros 587 mil consumidores.
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por MiamiBlue » 3/5/2013 21:07

Lion_Heart Escreveu:DECO repõe verdade sobre leilão de eletricidade
3 Maio 2013

A difusão persistente de informações totalmente falsas sobre o leilão de eletricidade promovido pela DECO leva a associação de defesa do consumidor a prestar esclarecimentos.

Os números vindos a público sobre a comissão a cobrar pela DECO à operadora vencedora do leilão, por cada contrato concretizado, são infundados, especulativos e assentam numa aritmética sem qualquer sustentação na realidade. Na verdade, o valor a receber por cada contrato nunca ultrapassará os 5 euros.
Em nenhuma circunstância esta comissão constituirá qualquer espécie de benefício ou de financiamento para a DECO, servindo apenas para responder aos custos que acarreta uma operação desta natureza e dimensão, a que aderiram 587.080 consumidores.
Este nível de adesão, com pleno conhecimento da existência de uma comissão de angariação, só sublinha que a mesma é considerada pelos consumidores como um contributo correto para os benefícios que retirarão de uma tarifa mais económica num serviço tão essencial como a eletricidade. Sem ela, o orçamento ordinário da DECO, custeado pelos seus associados, não chegaria para cobrir os custos.
Aos associados da DECO, cujo contributo permite, já de si, à associação de defesa do consumidor, ações como esta, de que todos beneficiam, será devolvida a verba da comissão correspondente à sua adesão ao novo contrato. Essa devolução será feita, em fatura, pela própria operadora vencedora do leilão.
A existência da comissão, a que alguma informação dá foros de revelação de última hora, foi divulgada publicamente pela DECO desde o início da operação. Os consumidores foram informados no próprio site do leilão, os jornalistas por e-mail e as operadoras de energia nas reuniões com a associação.
Para os associados da DECO, a informação sobre a comissão foi, ainda, divulgada num texto sobre o leilão de eletricidade publicado na edição de março da revista Proteste.
Tal como foi também previsto desde o início e divulgado pelos mesmos meios, a DECO apresentará no final da operação as contas relativas ao leilão de eletricidade.
Apesar da transparência com que toda esta operação foi e continuará a ser conduzida pela DECO, a associação de defesa do consumidor não estranha o surgimento de informação enganosa sobre a mesma. É sinal de que perturbou os interesses instalados no setor da energia, para quem o consumidor só existe para pagar, sem nunca beneficiar. Por isso mesmo, o leilão “Juntos pagamos menos” ficará na história da defesa do consumidor e da intervenção no mercado, sendo já hoje um caso de estudo na Europa.

In DECO



Ecelente comunicado que coloca o dedo na ferida- É sinal de que perturbou os interesses instalados no setor da energia, para quem o consumidor só existe para pagar, sem nunca beneficiar.
 
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por mcarvalho » 3/5/2013 21:00

gora ... caros amigos.. sugiro a leitura Narcisista do nosso embaixador na Unesco .. do comentário a si mesmo .. no seu blogue...

se não fosse a sua esperteza, inteligencia edigo eu xico espertice... não conseguiria

enfim amigos ... estamos entregues a isto ... Estou ansioso por saber .. como vai a Unesco aplaudir ..

o "trabalho# do representante português


http://duas-ou-tres.blogspot.pt/


duas ou três coisas
notas pouco diárias de Francisco Seixas da Costa

SEXTA-FEIRA, 3 DE MAIO DE 2013

Elvas e a diplomacia
No próximo dia 10 de junho, Elvas vai ser palco das comemorações do Dia de Portugal. É uma distinção bem merecida para uma cidade que também irá, em breve, comemorar, um ano da sua elevação a Património Mundial da UNESCO.

Tive alguma coisa a ver com essa "operação" e, por essa razão, foi com prazer que, há quase duas semanas, recebi a medalha de ouro de Elvas, durante a cerimónia pública que consagrou os 500 anos da sua elevação a cidade. A inclusão de Elvas e das suas fortalezas na lista da UNESCO, durante a reunião anual do respetivo Comité, que teve lugar em junho de 2012, em São Petersburgo, foi um trabalho que me deu muita satisfação.

Porque estes exercícios nos fazem aprender sempre alguma coisa, acho que vale a pena registar alguns pormenores desse processo, porque ele é significativo e instrutivo do que pode ser uma ação diplomática. Desde que feita com um pouco de jeito, alguma capacidade de improviso e não menos sorte.

Para a reunião de São Petersburgo, Portugal levava na sua agenda um objetivo prioritário: tentar obter do Comité do Património a possibilidade da continuidade das obras em curso na barragem da foz do rio Tua, sem com isso colocar em causa o estatuto de Património mundial de que o Alto Douro Vinhateiro dispõe, desde há anos. A UNESCO pretendia a suspensão imediata dos trabalhos. Foi-nos possível reverter essa posição e sustentar o pedido de uma nova avaliação, da qual viria a resultar, meses mais tarde, uma conclusão amplamente favorável aos interesses que o Estado português entendeu dever defender.

Nas restantes questões que estavam na agenda daquilo que aquele Comité iria apreciar, o caso da elevação de Elvas ao estatuto de Património mundial era apresentado com base num relatório negativo. A UNESCO considerava não estarem ainda colmatadas algumas deficiências no processo de candidatura, pelo que aconselhava que o assunto viesse de novo a ser visto em 2013. Os problemas apontados faziam parte de uma lista de cerca de uma dezena, três dos quais eram considerados totalmente condicionantes.

A delegação portuguesa partiu assim para a Rússia sem ter o caso de Elvas nas suas preocupações. Considerava - e eu, como embaixador junto da UNESCO, partilhava também essa perspetiva - que todas as nossas "baterias" diplomáticas deviam concentrar-se no caso do Tua, pelas suas imensas implicações financeiras, pelo que Elvas poderia aguardar um ano mais, o que nos daria a possibilidade de colmatar os pontos em falha no respetivo processo. Por essa razão, sugeri à municipalidade de Elvas que apenas enviasse um especialista, para acompanhar o debate e recolher lições para a discussão de 2013.

As coisas acabaram por ter, porém, um rumo diverso. Resolvido positivamente o problema do Tua, e ao acompanhar atentamente os trabalhos, comecei a dar-me conta de que, em mais do que um caso, alguns relatórios negativos da UNESCO face a propostas para novas qualificações como Património Mundial eram contrariados pelo voto maioritário do Comité. A doutrina dominante para explicar isto, e que também atravessava a maioria da delegação portuguesa, tinha a ver com a ideia de que se tratava de países "do Sul", face aos quais haveria uma tradicional maior complacência. Embora a minha experiência da UNESCO fosse recente (era embaixador junto da organização, em acumulação com as minhas funções junto da França, há menos de cinco meses), esta perspetiva "eurocêntrica" começou, contudo, a não me convencer. E, a certa altura, dei por mim a matutar sobre se não poderia haver ainda uma janela de oportunidade para o caso de Elvas, libertos que estávamos já, com um sucesso que não deixava de ser prestigiante para a nossa imagem negocial, da questão do Tua.

Chegado o momento da apreciação do caso de Elvas, a UNESCO apresentou, como previsto, a proposta para diferir no tempo a aprovação da decisão que lhe respeitava. E lá elencou os pontos negativos, com três dentre eles a serem anunciados como totalmente impeditivos de uma decisão logo em 2012. Na lógica normal das coisas, o assunto encerraria ali e passar-se-ia ao ponto seguinte.

Foi então que um dos 21 membros do Comité, "trabalhado" discretamente por mim horas antes, perguntou ao Comité se não seria correto que fosse dada a palavra ao delegado português - porque só com um convite expresso essa intervenção poderia ter lugar. Na ausência de objeções, e numa apresentação que já tinha articulado tecnicamente com o especialista que Elvas tinha mandado à reunião, procurei rebater o argumentário que a UNESCO tinha apresentado, revelando os "importantes" avanços feitos, precisamente nos tais pontos tidos por essenciais. E perguntei se, perante essa "evidência", não seria mais correto tomar uma decisão, ali e agora, sem a adiar mais.

A cara dos representantes da UNESCO foi de alguma surpresa e não menor desagrado, porque pensavam, até então, que a aprovação do adiamento do caso de Elvas eram "favas contadas". Tal como eu, devem, nesses instantes, ter sentido o "mood" do Comité a mudar, tanto mais que a apresentação de um belo conjunto de fotografias das fortalezas de Elvas tinha claramente impressionado o Comité. Na discussão que se seguiu, na sequência de outras "boas vontades" entretanto manifestadas, que conseguira mobilizar junto de alguns outros delegados (passar vários dias numa conferência, se não ficarmos "acantonados" junto dos colegas nacionais, acaba por criar um útil círculo de relações), as quais ecoaram positivamente a nossa proposta, percebi que o sentido do debate começou a apontar em favor dos nossos interesses. Alguma experiência multilateral ajudou a ultrapassar alguns obstáculos de natureza formal que entretanto surgiram. E, para surpresa de quase toda a gente, o Comité viria a aprovar por unanimidade uma resolução que atribuía a Elvas o estatuto de Património Mundial.

Os relatores da UNESCO não ficaram muito satisfeitos comigo, porque lhes havia "puxado o tapete" nos dois casos - Tua e Elvas -, mas, aqui entre nós e como se diz na minha terra, esse é o lado para onde eu durmo melhor...

Elvas é hoje Património Mundial da UNESCO e quem visitar essa bela terra raiana do Alentejo pode perceber bem a justiça desta qualificação.
Publicado por Francisco Seixas da Costa às 00:07 5 comentários:
QUINTA-FEIRA, 2 DE MAIO DE 2013
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por mcarvalho » 3/5/2013 20:50

:clap: :clap: :clap: :clap: :clap:



passo seguinte ,,,, .. matam-se os contestários...

com choques electricos ... de quem não sabe nada sobre responsabilidade...


Lá vai o Sergio ter de dar mais umas esferográficas .. ou lampadas poupadoras.avariadas.. com uns sacos plásticos com a boca vermelha.. às criancinhas do 3º mundo...(tras os montes) e pagar uns jantares aos palermas que deviam defender a região...plagiando Miguel Torga
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por Lion_Heart » 3/5/2013 19:28

DECO repõe verdade sobre leilão de eletricidade
3 Maio 2013

A difusão persistente de informações totalmente falsas sobre o leilão de eletricidade promovido pela DECO leva a associação de defesa do consumidor a prestar esclarecimentos.

Os números vindos a público sobre a comissão a cobrar pela DECO à operadora vencedora do leilão, por cada contrato concretizado, são infundados, especulativos e assentam numa aritmética sem qualquer sustentação na realidade. Na verdade, o valor a receber por cada contrato nunca ultrapassará os 5 euros.
Em nenhuma circunstância esta comissão constituirá qualquer espécie de benefício ou de financiamento para a DECO, servindo apenas para responder aos custos que acarreta uma operação desta natureza e dimensão, a que aderiram 587.080 consumidores.
Este nível de adesão, com pleno conhecimento da existência de uma comissão de angariação, só sublinha que a mesma é considerada pelos consumidores como um contributo correto para os benefícios que retirarão de uma tarifa mais económica num serviço tão essencial como a eletricidade. Sem ela, o orçamento ordinário da DECO, custeado pelos seus associados, não chegaria para cobrir os custos.
Aos associados da DECO, cujo contributo permite, já de si, à associação de defesa do consumidor, ações como esta, de que todos beneficiam, será devolvida a verba da comissão correspondente à sua adesão ao novo contrato. Essa devolução será feita, em fatura, pela própria operadora vencedora do leilão.
A existência da comissão, a que alguma informação dá foros de revelação de última hora, foi divulgada publicamente pela DECO desde o início da operação. Os consumidores foram informados no próprio site do leilão, os jornalistas por e-mail e as operadoras de energia nas reuniões com a associação.
Para os associados da DECO, a informação sobre a comissão foi, ainda, divulgada num texto sobre o leilão de eletricidade publicado na edição de março da revista Proteste.
Tal como foi também previsto desde o início e divulgado pelos mesmos meios, a DECO apresentará no final da operação as contas relativas ao leilão de eletricidade.
Apesar da transparência com que toda esta operação foi e continuará a ser conduzida pela DECO, a associação de defesa do consumidor não estranha o surgimento de informação enganosa sobre a mesma. É sinal de que perturbou os interesses instalados no setor da energia, para quem o consumidor só existe para pagar, sem nunca beneficiar. Por isso mesmo, o leilão “Juntos pagamos menos” ficará na história da defesa do consumidor e da intervenção no mercado, sendo já hoje um caso de estudo na Europa.

In DECO
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por mpfreitas » 3/5/2013 17:35

A Deco está a fazer acordos com tudo o que "mexe".

Agora devem vir à baila os convénios com as Companhias de Seguros...e muitos mais.
 
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por TRSM86 » 3/5/2013 17:11

Deixem sair os termos do acordo para analisarmos. Também estou inscrito e por acaso até já sou cliente da Endesa desde Maio de 2011, com direito a desconto de 5% sobre o consumo de energia
uma passagem para a outra margem

http://trsm87.blogspot.pt/
 
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