1º de Maio / Pingo Doce
Descontos de 50% na carne, de 25% no peixe e uma série de outros produtos com preços reduzidos.
Contactada pelo Económico a empresa garante que "a Campanha que o Pingo Doce fez no dia 1 de Maio de 2012 foi única, excepcional e irrepetível nos termos em que ocorreu".
http://economico.sapo.pt/noticias/pingo ... 68156.html
Contactada pelo Económico a empresa garante que "a Campanha que o Pingo Doce fez no dia 1 de Maio de 2012 foi única, excepcional e irrepetível nos termos em que ocorreu".
http://economico.sapo.pt/noticias/pingo ... 68156.html
AutoMech Escreveu:25% já eles têm dado imensas vezes, em várias coisas, ao longo do ano. Menos de 50% é uma fraude.![]()
Não deve ser apenas isto (que também já deram no 25de Abril):
Sim, 10% de desconto e em combustível, não direto, é coisa para não atrair ninguém nos tempos que correm!

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Brutal
Mas aposto que o desconto vai ser menos que no ano passado, pra aí uns 20 %.

Pingo Doce prepara mega campanha para amanhã
A empresa anunciou às chefias que vai avançar com uma nova acção de descontos no dia do trabalhador.
No feriado de amanhã, os supermercados Pingo Doce voltam a apresentar uma nova mega campanha de descontos, apurou o Económico. Os contornos da campanha, da cadeia detida pelo grupo Jerónimo Martins, ainda não são totalmente conhecidos, mas a empresa já anunciou às chefias que vai avançar com uma nova acção de descontos e recrutou um número de funcionários maior do que o normal para trabalhar amanhã.
A primeira campanha decorreu no 1º de Maio do ano passado, na qual foi possível receber um desconto de 50% nas compras a partir de 100 euros, foi um sucesso para a empresa, mas causou muita polémica.
http://economico.sapo.pt/noticias/pingo ... 68156.html
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Tribunal
Reduzida a multa ao Pingo Doce por promoções no 1º de Maio
Sara Piteira Mota
25/03/13 13:47
A Jerónimo Martins vai pagar uma coima de 12 mil euros.
O Tribunal de Concorrência, Regulação e Supervisão manteve a condenação ao Pingo Doce pelas promoções efectuadas a 1 de Maio de 2012 - feriado do Dia do trabalhador -, mas reduziu o número de infracções e o valor da multa para metade.
De acordo um comunicado divulgado no site da Autoridade da Concorrência (AdC), a entidade refere que o processo em que o Pingo Doce, do grupo Jerónimo Martins, é arguido, devido à campanha conhecida pelos "50% de desconto que conferia em compras de valor superior a 100 euros". A sentença de 19 de Fevereiro último mantinha a condenação, mas reduzia a multa e número de infracções.
A corrida desenfreada às lojas da cadeia de supermercados Pingo Doce, a 1 de Maio de 2012, provocou discussões e confusões entre os clientes, levando mesmo a PSP a intervir. O grupo liderado por Pedro Soares dos Santos assumiu custos extra de dez milhões de euros com a promoção do Dia do Trabalhador, sustentando que a operação foi gerada pelo investimento da empresa e de alguns dos seus parceiros de negócio.
O órgão judicial sublinha que "havia apenas uma infracção (na decisão da AdC a mesma fora condenada por 15 infracções) e reduzido a coima para 12 mil euros", menos de metade do valor da multa atribuído pela AdC, que era de 29,9 mil euros.
Segundo a AdC, o Pingo Doce recorreu da decisão para o Tribunal da Relação de Évora, que manteve a condenação para as empresas Modelo Continente e Continente, pela campanha "Hiper Desconto - 50% +25% em cartão no preço do leite", em que houve apreensão daquele produto pela ASAE. No caso do Continente, manteve-se o número de infracções (cinco) e uma coima de 29,9 mil euros.
A ASAE apreendeu 425 mil litros de leite vendidos no Continente e no Pingo Doce por estarem a ser comercializados com prejuízo, em Janeiro de 2012. Pouco depois, foram detectados indícios noutros artigos, a maioria incluídos num folheto promocional da cadeia Continente que oferecia produtos com 75% de desconto em cartão. A AdC chegou a ter uma lista de mais de 70 produtos sob suspeita.
A 20 de Fevereiro, o tribunal manteve ambas as condenações, mas reduziu a multa da Modelo Continente, da Sonae MC, de 7,7 mil euros para 6,5 mil euros (duas infracções).
In Economico
Reduzida a multa ao Pingo Doce por promoções no 1º de Maio
Sara Piteira Mota
25/03/13 13:47
A Jerónimo Martins vai pagar uma coima de 12 mil euros.
O Tribunal de Concorrência, Regulação e Supervisão manteve a condenação ao Pingo Doce pelas promoções efectuadas a 1 de Maio de 2012 - feriado do Dia do trabalhador -, mas reduziu o número de infracções e o valor da multa para metade.
De acordo um comunicado divulgado no site da Autoridade da Concorrência (AdC), a entidade refere que o processo em que o Pingo Doce, do grupo Jerónimo Martins, é arguido, devido à campanha conhecida pelos "50% de desconto que conferia em compras de valor superior a 100 euros". A sentença de 19 de Fevereiro último mantinha a condenação, mas reduzia a multa e número de infracções.
A corrida desenfreada às lojas da cadeia de supermercados Pingo Doce, a 1 de Maio de 2012, provocou discussões e confusões entre os clientes, levando mesmo a PSP a intervir. O grupo liderado por Pedro Soares dos Santos assumiu custos extra de dez milhões de euros com a promoção do Dia do Trabalhador, sustentando que a operação foi gerada pelo investimento da empresa e de alguns dos seus parceiros de negócio.
O órgão judicial sublinha que "havia apenas uma infracção (na decisão da AdC a mesma fora condenada por 15 infracções) e reduzido a coima para 12 mil euros", menos de metade do valor da multa atribuído pela AdC, que era de 29,9 mil euros.
Segundo a AdC, o Pingo Doce recorreu da decisão para o Tribunal da Relação de Évora, que manteve a condenação para as empresas Modelo Continente e Continente, pela campanha "Hiper Desconto - 50% +25% em cartão no preço do leite", em que houve apreensão daquele produto pela ASAE. No caso do Continente, manteve-se o número de infracções (cinco) e uma coima de 29,9 mil euros.
A ASAE apreendeu 425 mil litros de leite vendidos no Continente e no Pingo Doce por estarem a ser comercializados com prejuízo, em Janeiro de 2012. Pouco depois, foram detectados indícios noutros artigos, a maioria incluídos num folheto promocional da cadeia Continente que oferecia produtos com 75% de desconto em cartão. A AdC chegou a ter uma lista de mais de 70 produtos sob suspeita.
A 20 de Fevereiro, o tribunal manteve ambas as condenações, mas reduziu a multa da Modelo Continente, da Sonae MC, de 7,7 mil euros para 6,5 mil euros (duas infracções).
In Economico
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Texano Bill Escreveu:Parece que a livre concorrência anda a incomodar algumas pessoas. E ainda dizem que este governo é "neoliberal", só se for no gozo. E já agora, das gasolineiras não dizem nada?
Claro que dizem e mais uma vez são muito "neoliberal"... not.
Bem fresquinho:
OE2013
Parlamento aprova combustíveis 'low cost' nos postos de abastecimento
Económico com Lusa
27/11/12 08:21
O Parlamento aprovou, por unanimidade, uma proposta da maioria parlamentar PSD e CDS-PP sobre a inclusão de combustíveis líquidos de baixo custo ('low cost') nos postos de abastecimento.
"As instalações de abastecimento de combustíveis líquidos e gasosos derivados do petróleo, designados por postos de abastecimento de combustíveis, devem assegurar aos consumidores a possibilidade de livre escolha das gamas de combustíveis líquidos mais económicos, nomeadamente os não aditivados", diz a proposta aprovada por todos os grupos parlamentares.
O PSD e o CDS-PP acrescentam ainda que "os termos concretos da inclusão de combustíveis líquidos não aditivados nos postos de abastecimento são objeto de regulamentação específica a aprovar pelo Governo, mediante decreto-lei", onde terá incluída com a definição do tipo de postos de abastecimento de combustíveis a abranger, âmbito de aplicação no tempo, prazo de implementação e penalizações por incumprimento.
A proposta teve o voto favorável de todos os grupos, estando a votação na especialidade a decorrer desde as 16:00 de segunda-feira, com uma pausa dos deputados às 20:30 até às 22:00.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Parece que a livre concorrência anda a incomodar algumas pessoas. E ainda dizem que este governo é "neoliberal", só se for no gozo. E já agora, das gasolineiras não dizem nada?
"Assunção Cristas afirmou que, enquanto actualmente as infracções mais graves aplicáveis a pessoas colectivas variam entre os 500 e 15 mil euros, no diploma aprovado pelo Governo podem ir dos 2500 aos 2,5 milhões de euros para uma grande empresa."

Diário Económico Escreveu:Governo quer aumentar multas por práticas de comércio abusivas
O Governo aprovou hoje uma proposta de lei que visa aumentar as multas pelas práticas restritivas de comércio e prevê a adopção de "medidas cautelares e sanções pecuniárias compulsórias".
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, explicou que o diploma resulta do "trabalho de um ano" desenvolvido juntamente com os vários intervenientes na cadeia agroalimentar e visa identificar práticas de comércio abusivas e rever o regime sancionatório para actualizar as coimas.
"A preocupação é que as coimas traduzam uma efectiva dissuasão de comportamentos muito abusivos", adiantou Assunção Cristas, apontando como exemplo, os descontos retroactivos que a grande distribuição exige aos fornecedores.
A ministra afirmou que passa a valer o que está escrito e acordado entre as partes e não pode haver mudanças unilaterais dos contratos.
"A queixa que mais se ouvia era uma queixa de relações desequilibradas entre agricultores e distribuição", acrescentou Assunção Cristas, sublinhando que este era "um ponto muito crítico com muitas fricções".
O diploma transfere a competência de instruir os processos de contraordenação da Autoridade da Concorrência para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) já que "pretende proteger directamente os agentes económicos e garantir a transparência nas relações comerciais, não estando em causa uma afectação sensível da concorrência".
O Conselho de Ministros aprovou também um diploma que encurta o prazo de pagamento aos fornecedores dos hipermercados.
"Estes diplomas foram possíveis com um trabalho intenso de todas as entidades envolvidas na Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeira Agroalimentar", assinalou Assunção Cristas.
http://economico.sapo.pt/noticias/gover ... 57421.html
"Assunção Cristas afirmou que, enquanto actualmente as infracções mais graves aplicáveis a pessoas colectivas variam entre os 500 e 15 mil euros, no diploma aprovado pelo Governo podem ir dos 2500 aos 2,5 milhões de euros para uma grande empresa."
pvg80713 Escreveu:parece que aproveitaram a greve geral para voltarem as promoçoes de 50% .
Estimado cliente,
Está a decorrer nas redes sociais a informação de que o Pingo Doce irá promover, no dia 14 de Novembro, nas suas lojas, uma acção igual à que decorreu no dia 1 de Maio.
Vimos por este meio desmentir essa informação, mantendo no entanto o nosso compromisso: o de ter preços sempre baixos e de lhe dar oportunidades únicas de poupança imediata em produtos relevantes para si.
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6 - Posso fazer um pagamento de 1000 euros com moedas de 2 euros?
Do ponto de vista legal, o aceitante pode recusar, pois só está obrigado a receber, num único pagamento, 50 unidades de moedas metálicas correntes. Isto quer dizer que o aceitante só é obrigado a receber, por exemplo, até 50 moedas de 2 euros (100 euros), podendo recusar-se a receber, em moedas, os restantes 900 euros.
http://clientebancario.bportugal.pt/PT- ... fault.aspx
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AutoMech Escreveu:Parece que alguém já se antecipou ao Alexandre.
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Pena a rapariga desconhecer a lei e não o ter metido logo na ordem, que era o que ele precisava.
Que lei?
Lose your opinion, not your money
Multas às super promoções passam para 2,5 M€ nos supermercados
O Governo está a apertar o cerco a campanhas de grandes descontos nas maiores cadeias de distribuição e prepara decreto-Lei com novas regras, com multas máximas para vendas de produtos abaixo do preço do custo a passarem de 30 mil para 2,5 milhões de euros, avança hoje o Expresso.
http://diariodigital.sapo.pt/news_econ. ... ews=189704
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Jerónimo Martins impugna decisão da Autoridade da Concorrência sobre descontos do Pingo Doce
21 Setembro 2012 | 16:55
Lusa
Em causa está a decisão da AdC que no início de Agosto aplicou uma multa de 29,9 mil euros à rede de supermercados Pingo Doce pela campanha de promoção no passado 1.º de Maio
O Pingo Doce, cadeia de supermercados do grupo Jerónimo Martins, impugnou a decisão da Autoridade da Concorrência (AdC), que aplicou uma multa de 30 mil euros à empresa, para os tribunais, disse hoje à Lusa fonte oficial.
"Por ter fundamento para isso, o Pingo Doce impugnou a decisão da Autoridade da Concorrência para os tribunais", disse a mesma fonte, escusando-se a adiantar mais detalhes.
Em causa está a decisão da AdC, liderada por Manuel Sebastião, que no início de Agosto aplicou uma multa de 29,9 mil euros à rede de supermercados Pingo Doce pela campanha de promoção no passado 1.º de Maio, na qual ofereceu um desconto de 50 por cento para clientes que adquirissem mais de 100 euros de compras.
À multa de 29,9 mil euros, somam-se 250 euros de custas, pela prática de 15 contra-ordenações durante aquela campanha.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Parece que alguém já se antecipou ao Alexandre.
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Pena a rapariga desconhecer a lei e não o ter metido logo na ordem, que era o que ele precisava.
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Pena a rapariga desconhecer a lei e não o ter metido logo na ordem, que era o que ele precisava.
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.05.SET.2012 11:16
Empresas que desistiram do multibanco na mira do Fisco
Lisboa - Reportagem projecto Amelie (Foto: José Carlos Pratas)
Paulo Núncio diz que quebras nas transações ou desistência do multibanco serão factor de alerta para as inspeções
As empresas que desistiram de ter terminais de pagamento automático ou que estão a registar quebras significativas nas transações realizadas através destes equipamentos vão ser consideradas prioritárias nas inspeções do fisco.
A partir de 2012, os bancos passaram a ter de comunicar à administração fiscal todos os movimentos a crédito ou a débito realizados através dos terminais de pagamento automático (também conhecidos por POS). Esta mudança, conhecida em janeiro e com aplicação prática desde julho terá levado muitas empresas a desistir de aceitar pagamentos por aquela via.
Esta desistência ou uma redução significativa dos números de transações será motivo de alerta para o fisco e causa para que as empresas em questão sejam consideradas prioritárias nas inspeções tributárias.
Estas situações, serão "factor de alerta acrescido" nas matrizes de risco criadas pelo fisco, referiu o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais em resposta a uma questão colocada pelo PS.
Lucília Tiago
Hum...
http://m.dinheirovivo.pt/m/article?cont ... IECO058033
“Há sistemas que têm um preço, mas depois há uma quantidade de serviços que estão incluídos”, diz Vítor Bento
Vítor Bento, presidente da SIBS, diz que a decisão do Pingo Doce de restringir o uso de cartões nos supermercados é uma técnica negocial que não o surpreende.
No rescaldo da restrição de uso de cartões de crédito e de débito decidida pela cadeia de supermercados Pingo Doce, Vítor Bento, presidente da SIBS, classifica a medida da Jerónimo Martins como uma “arma negocial” para tentar reduzir as comissões cobradas pelos bancos aos pagamentos electrónicos no comércio. O fenómeno dos cartões de débito diferidos, noticiado pelo PÚBLICO já depois da entrevista presencial, motivou perguntas adicionais ao presidente da SIBS, respondidas por e-mail.
Esta semana soube-se que os bancos estão a entregar aos clientes cartões de débito diferido, um misto entre débito e crédito, que lhes permite receber comissões mais elevadas. A distribuição tem notado um aumento no pagamento de comissões por cartões de crédito. A SIBS tem números disponíveis sobre estes pagamentos?
Em primeiro lugar, o PÚBLICO e os meios que reproduziram essa notícia usaram abusivamente a marca Multibanco numa notícia que nada tem a ver com esta marca. A situação referida apenas envolve cartões de marcas internacionais, Visa e MasterCard. Existem basicamente três tipos de cartões: de débito imediato, onde a conta do utilizador é debitada imediatamente pelo pagamento efectuado; de crédito, onde o pagamento é feito contra um crédito automaticamente concedido ao utilizador e que, durante um determinado período é gratuito mas se for prolongado passa a ser sujeito a juros; e de débito diferido, onde a conta do utilizador é debitada com o desfasamento de alguns dias relativamente à data do pagamento (existe, portanto, um crédito, gratuito, de muito curto prazo). Cada tipo corresponde a diferentes necessidades e oportunidades e tem por isso modelos de negócio (remuneração) diferentes. Apenas os cartões de marcas internacionais – Visa e MasterCard – têm produtos para aquelas três funcionalidades. O cartão da marca nacional, MB, apenas tem a funcionalidade de débito imediato. [Quanto às transacções visadas], não dispomos de números.
O aparecimento destes cartões vem agravar a tensão entre comerciantes e banca?
Como presidente da SIBS não quero assumir o papel de analista dessa relação.
A APED diz que em Portugal as taxas cobradas pelo uso de cartões são 2,7 superiores à média europeia nas operações a débito e custam 2,1 vezes mais nas de crédito. Porque é que as comissões são mais caras em Portugal?
Em primeiro lugar, não sei se isso é verdade. Ainda ninguém demonstrou com valores concretos o que afirma. Por outro lado, essa comparação será sempre muito difícil. Depende do que é que se compara e como se compara. Por exemplo, que tipo de serviço está incluído no preço e que serviços são pagos à parte. Há sistemas que têm um preço mas, depois, há uma quantidade de serviços que em Portugal estão incluídos no preço base e noutras geografias são pagos à parte. Por isso a comparação não tem sentido.
Não há nenhum outro país com um sistema semelhante ao nosso?
Depende das condições comerciais. Uma coisa é a componente de execução, outra é como o preço é feito: depende se há vendas mensais, se paga comunicações ou a verificação de fraudes. Depende, por exemplo, de quando é que o dinheiro é posto à disposição dos comerciantes. O preço também depende do valor da transacção média. Além disso, é preciso ter em conta como funcionam os modelos de negócio no sistema de pagamentos, ou seja, a forma como se recuperam os vários custos globais. Ao contrário do que sucede em Portugal, há geografias onde os utilizadores de cartão pagam pelas operações feitas em ATM [caixas Multibanco]. Obviamente que isso altera todo o modelo de negócio. É natural que tenha de haver compensação noutros segmentos do sistema para que os custos sejam recuperados.
Todas essas variáveis não são comparáveis?
O que importa é ter em conta o que é que os vários sistemas proporcionam. A remuneração adequada ou desadequada dos serviços é um incentivo ou desincentivo à inovação. Muitas vezes, sistemas com preços demasiado baixos são sistemas que não inovam e são relativamente atrasados do ponto de vista tecnológico. Fala-se no caso da Paypal mas não se diz que estas transacções custam mais.
A questão é que os comerciantes se queixam das comissões elevadas.
Esta questão tem de ser entendida como uma negociação entre duas partes: um cliente (os comerciantes) e um fornecedor (o sistema bancário). Portanto é uma negociação onde se disputa uma parte da cadeia de valor. Mas esta negociação em particular não é diferente da que as grandes superfícies têm com outros fornecedores como se viu, por exemplo, em reportagens televisivas sobre a forma como negoceiam com os produtores agrícolas. Aqui, a diferença é que os poderes negociais são mais equilibrados.
Mas do seu ponto de vista não há, então, nenhum estudo credível que permita fazer comparação das taxas cobradas pelo uso de cartões?
Não conheço, mas também não pretendo ser juiz nesta causa. Não negoceio comissões. A SIBS não está nessa parte da cadeia de valor. Mas era muito importante perceber que, nesta negociação, os comerciantes estão a defender os seus interesses e a sua conta de resultados e não os interesses dos consumidores, como pretendem fazer crer e como muitos opinadores parecem acreditar. Posso dar o caso da Austrália onde as autoridades acabaram por impor administrativamente uma redução substancial nas comissões pagas pelos comerciantes. Qual foi o resultado para os consumidores? Os preços no comércio não baixaram e os bancos tiveram de se ressarcir dos prejuízos aumentando os custos para os utilizadores.
Era o que aconteceria em Portugal caso se optasse por uma medida semelhante?
A teoria económica sugere que sim e a experiência australiana aponta nesse sentido.
Qual é o papel da SIBS neste processo de pagamentos com cartão?
No pagamento electrónico há quatro intervenientes directos. Há dois que são visíveis: o utilizador do cartão e o comerciante. Depois, há mais dois intervenientes fundamentais. O aceitante (acquirer), que contrata com o comerciante o serviço de pagamento e lhe assegura que vai receber o dinheiro da transacção no prazo devido. Depois, o banco emissor do cartão, que é quem garante que o titular do cartão tem saldo na conta ou crédito disponível para fazer o pagamento e procede à transferência do dinheiro. Há mais dois intervenientes indirectos. Os donos dos schemes (marcas) dos cartões utilizados – Visa, Mastercard, American Express, Multibanco, que é a nossa marca – cujas regras governam a transacção e são o ponto de encontro contratual entre todos os outros intervenientes. Por último, há os processadores como a SIBS que asseguram a transmissão electrónica. Ou seja, asseguram que o cartão é verdadeiro e que corresponde a determinado utilizador. Em Portugal, a SIBS faz o processamento de quase todas as transacções. Se for feita sob a marca Multibanco intervém a SIBS Pagamentos que gere o scheme Multibanco.
Quantas transacções em Portugal são feitas com a marca Multibanco?
Um terço. As restantes são feitas sob as marcas internacionais, apesar de as pessoas habitualmente usarem o termo multibanco para caracterizar os cartões de débito, mesmo quando são Visa Electron ou Maestro. Quanto às remunerações da transacção o processo é este: pela concretização do pagamento, o comerciante paga ao acquierer uma comissão que depende de vários factores aplicáveis, mas tanto quanto eu sei não tem nada a ver com os valores de 4 ou 5% que têm sido apontados. Depois, o acquirer tem de pagar ao banco emissor uma outra comissão – a interchange fee, que é a maior parcela da remuneração total. É o banco que garante que o cliente tem dinheiro ou crédito na conta e transfere o dinheiro. Além disso, o acquirer e o banco pagam ao processador e também ao gestor do scheme do cartão usado.
Quais são os valores cobrados pela SIBS?
Entre 1 a 2 cêntimos pelo processamento total da transacção. Nos casos em que intervém a SIBS Pagamentos (como gestora da marca MB), cobra pelo uso do scheme entre 0,027 e 0,044 cêntimos.
Mas quer a SIBS quer a Unicre têm bancos como accionistas. E cabe aos bancos decidir baixar as comissões.
Mas porquê baixar e não subir? Se é um processo negocial entre o preço de um bem porque é que o único caminho é de descida? Não me compete a mim falar, mas nos últimos cinco, dez anos as comissões em geral têm baixado, o que não aconteceu com o índice de preços ao consumidor.
Encara a decisão do Pingo Doce como forma de pressão para a diminuição das taxas?
Esse é um processo negocial entre partes em que cada um tenta usar os instrumentos de pressão que tem. Sobre essa parte não me vou pronunciar. Seria desejável que os consumidores fossem o menos afectados possível. Estamos empenhados na criação de um sistema de pagamentos eficaz, cómodo e seguro, que contribua para o bem-estar dos portugueses, e encaramos [a decisão do Pingo Doce] com preocupação. É um retrocesso no caminho de progresso do país e gostaríamos que a paragem de aceitação de cartões não fosse utilizada como arma negocial.
Teme que a medida seja seguida por outras empresas?
O que sei é que é um retrocesso. Preocupa-me o facto de nós, Portugal, não termos muitas áreas onde sejamos líderes mundiais e nesta área somos. Além do mais, há a ilusão de que o numerário é gratuito. Não é verdade. É, aliás, o instrumento de pagamento com custo social mais elevado. Boa parte do custo está nos bancos e não é ressarcido directamente. A outra parte é suportada pelos comerciantes e pelos consumidores mas não há desembolso directo e, por isso, cria-se a ilusão de que é gratuito. Disponibilizar todos os meios de pagamento custa à banca 1300 milhões de euros por ano. E só recupera cerca de 70% desse valor.
A Autoridade da Concorrência arquivou queixas contra a SIBS, Unicre e Visa mas deu início a um processo de supervisão do mercado dos sistemas de pagamento. Há pouca concorrência neste sector?
Essa é outra das acusações infundadas. Há menos concorrência do que o quê? É que a grande distribuição não é um sector onde haja muita concorrência, por exemplo. Nos pagamentos, no campo da aceitação das marcas internacionais, a Unicre tem a concorrência da Caixa Geral de Depósitos, da Netpay, da Caixa Agrícola e, em alguns casos, de aceitantes estrangeiras. Na aceitação da marca Multibanco todos os bancos concorrem entre si. A SIBS também tem concorrência, em menor grau, mas tem. Já há outros processadores a operar no nosso mercado. Não escondo que fico preocupado com certas opiniões mais ligeiras. O processamento, que é o que fazemos, é uma actividade onde a escala é fundamental. O surgimento da SIBS teve, entre outras, a virtude de conseguir escala numa actividade onde dispersamente não seria possível sobreviver. Por isso, os concorrentes nunca surgirão do mercado doméstico.
Ficou surpreendido com a decisão do Pingo Doce?
Sim, na medida em que é uma acção de retrocesso. Retira o acesso a uma actividade simplificadora, cómoda e segura. Em termos de técnica negocial, não necessariamente.
Como vê a criação de um modelo de pagamentos alternativo por telemóvel que está a ser preparado pela PT para a restauração?
Provavelmente, o primeiro sistema de pagamentos por telemóvel no mundo foi criado pela SIBS. Portanto, não é novidade. Tudo depende de como funciona o modelo de negócio. E quaisquer dos sistemas nunca serão gratuitos.
O Ministério das Finanças já disse que a renúncia à utilização dos terminais de pagamento é motivo para reforçar a inspecção tributária às empresas. Os terminais de pagamentos electrónicos tornaram-se em instrumentos de fiscalização?
Não faço ideia e julgo que esse é um mau caminho, na medida em que pode afugentar os comerciantes da utilização desse instrumento. Normalmente, do que conheço, o combate à fraude fiscal é feito através da criação de incentivos fiscais à utilização do cartão e não através do policiamento das transacções com cartão.
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