Galp - Tópico Geral
ZangDout Escreveu:http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/eni_vende_no_mercado_ultimo_bloco_de_accoes_disponiveis_na_galp_energia.html
Mas em que dia a Eni vai vender? Até quando irá o titulo estar pressionado?
A noticia diz que o processo será bookbuilding, colocação directa em institucionais, tipo a ultima da Jerónimo Martins.
Parece ser diferente daquele malfadado dia na GALP...
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http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... ergia.html
Mas em que dia a Eni vai vender? Até quando irá o titulo estar pressionado?
Mas em que dia a Eni vai vender? Até quando irá o titulo estar pressionado?
Quem está curto numa acção (ou mesmo através de um derivado) não ganha quando a acção ajusta em baixo em virtude do dividendo, penso que é a isso que ele se está a referir.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Luxor Escreveu:correia1978 Escreveu:Luxor Escreveu:Luxor Escreveu::) me parece que a galp está a quebrar um rectangulo em alta, criado nos últimos meses.
Penso que deste vez não vai fazer o que tem feito ultimamente.
Hoje é o último dia em que as acções dão direito ao dividendo. 2ª feira há ajuste...
ah nao sabia, mas isso é indiferente para quem esta curto
Indiferente como assim??
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economico.sapo.pt Escreveu:Operação
Eni inicia venda de 6,7% da Galp
Alberto Teixeira
30/05/13 18:05
A Eni está a vender cerca de 55 milhões de acções da Galp em processo de ‘accelerated bookbuilding' para investidores institucionais.
Esta alienação de 55,45 milhões de acções da petrolífera nacional corresponde a uma posição de 6,7% da Galp.
Após a operação, a Eni passará a deter 16,34% na Galp, segundo o comunicado dos italianos citado pela Bloomberg e Reuters.
Goldman Sachs e Mediobanca são os bancos responsáveis pela operação.
Ainda na semana passada, a Amorim Energia, do empresário Américo Amorim, levantou no mercado 350 milhões de euros numa emissão de obrigações convertíveis em acções da Galp. Na ocasião, os analistas do BPI associaram esta operação ao exercício da opção de compra de Amorim sobre 8,34% (de um total de 24%) que a ENI detém na Galp
Na sessão de hoje, os títulos da Galp desceram 0,16% para 12,45 euros.
C0rr3i4
"Compound interest is the 8th wonder of the world."
(Albert Einstein)
"Compound interest is the 8th wonder of the world."
(Albert Einstein)
correia1978 Escreveu:Luxor Escreveu:Luxor Escreveu::) me parece que a galp está a quebrar um rectangulo em alta, criado nos últimos meses.
Penso que deste vez não vai fazer o que tem feito ultimamente.
Hoje é o último dia em que as acções dão direito ao dividendo. 2ª feira há ajuste...
ah nao sabia, mas isso é indiferente para quem esta curto
Youtube
@PMSInvestments (subscrevam para poder continuar a dar atualizações)
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Luxor Escreveu:Luxor Escreveu::) me parece que a galp está a quebrar um rectangulo em alta, criado nos últimos meses.
Penso que deste vez não vai fazer o que tem feito ultimamente.
Hoje é o último dia em que as acções dão direito ao dividendo. 2ª feira há ajuste...
C0rr3i4
"Compound interest is the 8th wonder of the world."
(Albert Einstein)
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SergioS12 Escreveu:Sim.AmigosdaBolsa Escreveu:Boa tarde,
Peço ajuda a quem me souber responder.
Detenho neste momento uma participação curta, através de CFD's na Galp. A minha dúvida prende-se com o dividendo que vai ser distribuído em breve.
Estando eu curto o que vai acontecer é eles retirarem o respectivo valor do dividendo da minha conta que é balanceado pela desvalorização teórica da acção no mesmo valor. Correcto?
Obrigado pela ajuda.
Obrigado.
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Sim.
AmigosdaBolsa Escreveu:Boa tarde,
Peço ajuda a quem me souber responder.
Detenho neste momento uma participação curta, através de CFD's na Galp. A minha dúvida prende-se com o dividendo que vai ser distribuído em breve.
Estando eu curto o que vai acontecer é eles retirarem o respectivo valor do dividendo da minha conta que é balanceado pela desvalorização teórica da acção no mesmo valor. Correcto?
Obrigado pela ajuda.
Boa tarde,
Peço ajuda a quem me souber responder.
Detenho neste momento uma participação curta, através de CFD's na Galp. A minha dúvida prende-se com o dividendo que vai ser distribuído em breve.
Estando eu curto o que vai acontecer é eles retirarem o respectivo valor do dividendo da minha conta que é balanceado pela desvalorização teórica da acção no mesmo valor. Correcto?
Obrigado pela ajuda.
Peço ajuda a quem me souber responder.
Detenho neste momento uma participação curta, através de CFD's na Galp. A minha dúvida prende-se com o dividendo que vai ser distribuído em breve.
Estando eu curto o que vai acontecer é eles retirarem o respectivo valor do dividendo da minha conta que é balanceado pela desvalorização teórica da acção no mesmo valor. Correcto?
Obrigado pela ajuda.
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http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... euros.html
Santander revê preço-alvo da Galp em alta para 15 euros
30 Abril 2013, 11:54 por Jorge Garcia | jorgegarcia@negocios.pt
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O Santander actualizou o preço-alvo da Galp Energia de 14,50 para 15 euros por acção e manteve a recomendação de “comprar” para as acções da petrolífera.
A actualização deveu-se ao adiantamento em cerca de um ano do fluxo de caixa descontado (DCF, na sigla em inglês), o que leva a que a Galp fique um ano mais próxima de obter ganhos materiais e crescimento do DCF, segundo a nota de research do Santander.
Enquanto as estimativas para o lucro operacional ajustado 2013-2015 se mantiveram muito iguais, os analistas do Santander aumentaram as previsões para o lucro líquido ajustado e os ganhos por acção em 22,4% devido ao menor volume de impostos a pagar, refere a nota de research assinada por Jason Kenney.
Os analistas do Santander estimam que a taxa de imposto do grupo seja agora entre os 20 e os 25%, face aos anteriores 30 a 35%. O EBIT (lucros antes de juros e impostos) estimado em gás e electricidade aumentou 48% para o período de 2013-2015, devido ao impacto comercial do gás natural liquefeito.
“Este foi o factor surpresa, que parece que será o suporte do grupo durante pelo menos três anos”, de acordo com a Galp. Também uma descida do preço do petróleo por barril, de 110 dólares, cerca de 84,113 euros para 102,5 dólares, teve um impacto material negativo nas previsões do EBIT da área de exploração e produção, de menos 25% para o período de 2013 a 2015.
A divisão de refinjação da Galp, ou seja a parte monopolista do grupo, crescerá para 70% do EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) da empresa até 2017, em linha com o objectivo da Galp.
As acções da Galp Energia recuam 0,98% para 12,12 euros e a avaliação do Santander confere um potencial de valorização de 23,76%, que justifica a recomendação de “comprar”.
Santander revê preço-alvo da Galp em alta para 15 euros
30 Abril 2013, 11:54 por Jorge Garcia | jorgegarcia@negocios.pt
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O Santander actualizou o preço-alvo da Galp Energia de 14,50 para 15 euros por acção e manteve a recomendação de “comprar” para as acções da petrolífera.
A actualização deveu-se ao adiantamento em cerca de um ano do fluxo de caixa descontado (DCF, na sigla em inglês), o que leva a que a Galp fique um ano mais próxima de obter ganhos materiais e crescimento do DCF, segundo a nota de research do Santander.
Enquanto as estimativas para o lucro operacional ajustado 2013-2015 se mantiveram muito iguais, os analistas do Santander aumentaram as previsões para o lucro líquido ajustado e os ganhos por acção em 22,4% devido ao menor volume de impostos a pagar, refere a nota de research assinada por Jason Kenney.
Os analistas do Santander estimam que a taxa de imposto do grupo seja agora entre os 20 e os 25%, face aos anteriores 30 a 35%. O EBIT (lucros antes de juros e impostos) estimado em gás e electricidade aumentou 48% para o período de 2013-2015, devido ao impacto comercial do gás natural liquefeito.
“Este foi o factor surpresa, que parece que será o suporte do grupo durante pelo menos três anos”, de acordo com a Galp. Também uma descida do preço do petróleo por barril, de 110 dólares, cerca de 84,113 euros para 102,5 dólares, teve um impacto material negativo nas previsões do EBIT da área de exploração e produção, de menos 25% para o período de 2013 a 2015.
A divisão de refinjação da Galp, ou seja a parte monopolista do grupo, crescerá para 70% do EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) da empresa até 2017, em linha com o objectivo da Galp.
As acções da Galp Energia recuam 0,98% para 12,12 euros e a avaliação do Santander confere um potencial de valorização de 23,76%, que justifica a recomendação de “comprar”.
mcarvalho
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Quatro anos depois, há mais Lula na Galp? e dinheiro em caixa
01/05/2013
Quatro anos depois, a comemoração da “independência” brasileira com a primeira extracção oficial de petróleo de Tupi ecoa ainda entre os que então assinalaram o feito com pompa e circunstância no Rio de Janeiro. Alguns actores mudaram, mas a Galp Energia, mantendo os seus 10% no projecto, não só conservou o entusiasmo vivido a 1 de Maio de 2009, como lhe associou, entretanto, a artilharia pesada de gigantescas plataformas de produção que já começaram a ser instaladas no “offshore” da Bacia de Santos.
O projecto de Tupi ficou marcado na história da Galp como um dos mais desafiantes de sempre da petrolífera portuguesa, ao levar a exploração de hidrocarbonetos a um outro nível. Um desafio que implicou descer a camadas cada vez mais fundas no subsolo. Em Tupi, a Galp, a Petrobras e a BG tiveram de aplicar conhecimento, tecnologia e, claro está, capital, para perfurar a camada geológica do pré-sal, a 6 mil metros da superfície do mar.
Enorme desafio O projecto de Tupi ficou marcado na história da Galp como um dos mais desafiantes de sempre da petrolífera portuguesa, ao levar a exploração de hidrocarbonetos a um outro nível. Um desafio que implicou descer a camadas cada vez mais fundas no subsolo. A 1 de Maio de 2009 o então presidente brasileiro, Lula da Silva, não chegou a visitar o navio-plataforma Cidade de S. Vicente, ancorado a 280 quilómetros do Rio de Janeiro. Na ocasião, Lula e centenas de convidados assinalaram a inauguração de Tupi em terra, porque o porta-aviões que os transportaria à plataforma petrolífera estava em manutenção. “País pobre é assim. A gente vive remendando as coisas”, ironizou então Lula da Silva.
Quatro anos volvidos, os protagonistas da história não são os mesmos. Lula foi substituído por Dilma Rousseff. O campo Tupi herdou o nome do ex-presidente. A Petrobras também passou a ser comandada por uma mulher, com Maria das Graças Foster a substituir José Sérgio Gabrielli. E até a Galp já não é bem a mesma. Da liderança accionista bicéfala, partida entre a italiana Eni e a Amorim Energia, a petrolífera portuguesa passou a ter Américo Amorim como patrão inequívoco. O presidente executivo, todavia, manteve-se. Entre 2009 e 2013 Manuel Ferreira de Oliveira terá ganho mais cabelos brancos, mas também um maior conforto accionista.
A infância sem inocência
A produção no campo Lula, no Brasil, leva quatro anos, ainda na infância da exploração de todo o seu potencial. Porém, o projecto há muito que deixou a idade da inocência. Na verdade, desde que o consórcio da Galp tomou a decisão de aí investir que ficaram definidas as ambições para o campo Lula. No terreno, ou antes, no mar, este empreendimento é já uma âncora para a conta de resultados da Galp Energia.
Quando da inauguração do campo Lula, a 1 de Maio de 2009 (menos de três anos depois da descoberta, que anunciou volumes recuperáveis de cinco a oito mil milhões de barris de petróleo e gás), o navio Cidade de S. Vicente estava a extrair 14 mil barris por dia, um pouco menos de metade da capacidade dessa plataforma. À Galp cabiam então 1.400 barris diários. Uma parcela ainda reduzida, com um valor mais simbólico do que económico.
Hoje o campo Lula está a ser explorado por uma plataforma maior. A FPSO (sigla para as unidades do tipo “floating production, storage and offloading”) Cidade Angra dos Reis atingiu a capacidade máxima de 100 mil barris diários. E é apenas a primeira de dez plataformas definitivas a instalar no complexo Lula – Iracema até ao final de 2017.
Os números mais recentes da Galp, relativos ao primeiro trimestre deste ano, mostram que a produção líquida da petrolífera portuguesa no Brasil (decorrente das suas participações nos vários projectos) já se situa em 11,9 mil barris por dia, acima do que a Galp está a produzir em Angola (pouco mais de 8 mil barris diários). Globalmente, a exploração e produção (E&P) gerou no primeiro trimestre um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 91 milhões de euros, cerca de 36% do EBITDA total do grupo. A tendência é para o peso subir nos próximos anos.
E daqui em diante?
Na inauguração do projecto Lula, o presidente da Galp já tinha traçado a meta da auto-suficiência: pôr a Galp a produzir o equivalente às necessidades totais de produtos petrolíferos de Portugal, cerca de 300 mil barris por dia. Mas já nesse momento Manuel Ferreira de Oliveira assumia que esse será um feito a conquistar por um outro CEO, que não ele.
“Não tenho dúvida de que o meu sucessor vai chegar aos 300 mil barris por dia. Não tenho dúvida de que dentro de 10 anos vamos ser auto-suficientes”, comentava há quatro anos o presidente executivo da Galp. Agora as perspectivas para o complexo Lula-Iracema são ainda melhores. O consórcio da Galp reviu em alta o factor de recuperação de hidrocarbonetos neste campo de 23% para 28%.
A produção será rapidamente ampliada com o arranque de uma segunda plataforma, a FPSO Cidade de Paraty. Com capacidade para extrair 120 mil barris por dia, este navio já está instalado no local de produção, já realizou todos os testes de segurança e prepara-se para iniciar a operação de um primeiro poço. Até ao fim do ano mais dois poços estarão operacionais.
O consórcio espera que este ano o Cidade de Paraty produza cerca de 75 mil barris por dia, devendo atingir a carga máxima de 120 mil barris num prazo de ano e meio. Nessa altura, a Galp estará, portanto, a produzir o dobro do nível actual.
Mas a exploração dos recursos do campo Lula está longe de se cingir a estas duas plataformas. Só para esse complexo petrolífero o consórcio da Galp já encomendou outras duas unidades FPSO para poderem começar a produzir em 2016. No total, o projecto Lula-Iracema terá dez plataformas de produção, das quais as primeiras seis sob contratos de “leasing” e as outras quatro construídas de raiz por fornecedores locais (brasileiros) e internacionais.
O calendário do projecto Lula, segundo informou a Galp na sua apresentação dos resultados do primeiro trimestre, prevê que a produção atinja a marca de um milhão de barris por dia em 2016. Nessa altura a Petrogal Brasil terá direito a 100 mil barris diários só neste projecto, ficando a Galp com 70% do valor económico dessa produção, já que os restantes 30% irão para a chinesa Sinopec, que ao aliar-se à Galp no ano passado trouxe o envelope financeiro que irá alavancar os avultados investimentos que o pré-sal brasileiro exigirá.
Na Galp já se trabalha para o pós-Lula
Manuel Ferreira de Oliveira tem noção de que à escala planetária, entre as multinacionais petrolíferas, a Galp está no campeonato das pequenas e médias empresas. Mas isso não impede o gestor de puxar dos galões. “Desde que iniciámos a actividade de exploração, já perfurámos 344 poços, dos quais 275 em águas profundas, o que mostra que a nossa empresa está longe de ser inexperiente”, declarou o CEO da Galp na segunda-feira, a propósito dos resultados do primeiro trimestre.
Desde que iniciámos a actividade de exploração, já perfurámos 344 poços, dos quais 275 em águas profundas, o que mostra que a nossa empresa está longe de ser inexperiente Manuel Ferreira de Oliveira
No que respeita ao Brasil, a Galp assume o interesse no leilão de novas concessões petrolíferas que decorrerá este mês no Rio de Janeiro. A Galp voltará ao “local do crime”, onde, há quatro anos, o Tupi, rebaptizado Lula, foi celebrado como símbolo da independência energética do Brasil.
“O que se vai licitar no Brasil são seis bacias sedimentares que, se tiverem sucesso, estarão em exploração nos [anos] 20”, sublinha Manuel Ferreira de Oliveira. Ora, como a partir de 2018 a Galp já estará liberta do peso dos investimentos do projecto Lula, e já estará a captar o “cash flow” dessa produção, não faltarão meios para reinvestir em novos projectos, argumenta o CEO da Galp.
“Estamos qualificados [para o leilão de Maio] e temos uma equipa no Brasil e em Lisboa a trabalhar “full time” na análise das seis bacias sedimentares. A Galp vai participar na licitação”, afiança Ferreira de Oliveira.
Há quatro anos, na inauguração do projecto que nasceu como Tupi, Lula da Silva exibia, orgulhoso, uma amostra do petróleo do pré-sal. Depois correriam mundo imagens de Lula com as mãos besuntadas com esse mesmo petróleo. Agora, sem petróleo na mão, mas já com dinheiro em caixa, Manuel Ferreira de Oliveira vai preparando a Galp da próxima década.
in j negocios
01/05/2013
Quatro anos depois, a comemoração da “independência” brasileira com a primeira extracção oficial de petróleo de Tupi ecoa ainda entre os que então assinalaram o feito com pompa e circunstância no Rio de Janeiro. Alguns actores mudaram, mas a Galp Energia, mantendo os seus 10% no projecto, não só conservou o entusiasmo vivido a 1 de Maio de 2009, como lhe associou, entretanto, a artilharia pesada de gigantescas plataformas de produção que já começaram a ser instaladas no “offshore” da Bacia de Santos.
O projecto de Tupi ficou marcado na história da Galp como um dos mais desafiantes de sempre da petrolífera portuguesa, ao levar a exploração de hidrocarbonetos a um outro nível. Um desafio que implicou descer a camadas cada vez mais fundas no subsolo. Em Tupi, a Galp, a Petrobras e a BG tiveram de aplicar conhecimento, tecnologia e, claro está, capital, para perfurar a camada geológica do pré-sal, a 6 mil metros da superfície do mar.
Enorme desafio O projecto de Tupi ficou marcado na história da Galp como um dos mais desafiantes de sempre da petrolífera portuguesa, ao levar a exploração de hidrocarbonetos a um outro nível. Um desafio que implicou descer a camadas cada vez mais fundas no subsolo. A 1 de Maio de 2009 o então presidente brasileiro, Lula da Silva, não chegou a visitar o navio-plataforma Cidade de S. Vicente, ancorado a 280 quilómetros do Rio de Janeiro. Na ocasião, Lula e centenas de convidados assinalaram a inauguração de Tupi em terra, porque o porta-aviões que os transportaria à plataforma petrolífera estava em manutenção. “País pobre é assim. A gente vive remendando as coisas”, ironizou então Lula da Silva.
Quatro anos volvidos, os protagonistas da história não são os mesmos. Lula foi substituído por Dilma Rousseff. O campo Tupi herdou o nome do ex-presidente. A Petrobras também passou a ser comandada por uma mulher, com Maria das Graças Foster a substituir José Sérgio Gabrielli. E até a Galp já não é bem a mesma. Da liderança accionista bicéfala, partida entre a italiana Eni e a Amorim Energia, a petrolífera portuguesa passou a ter Américo Amorim como patrão inequívoco. O presidente executivo, todavia, manteve-se. Entre 2009 e 2013 Manuel Ferreira de Oliveira terá ganho mais cabelos brancos, mas também um maior conforto accionista.
A infância sem inocência
A produção no campo Lula, no Brasil, leva quatro anos, ainda na infância da exploração de todo o seu potencial. Porém, o projecto há muito que deixou a idade da inocência. Na verdade, desde que o consórcio da Galp tomou a decisão de aí investir que ficaram definidas as ambições para o campo Lula. No terreno, ou antes, no mar, este empreendimento é já uma âncora para a conta de resultados da Galp Energia.
Quando da inauguração do campo Lula, a 1 de Maio de 2009 (menos de três anos depois da descoberta, que anunciou volumes recuperáveis de cinco a oito mil milhões de barris de petróleo e gás), o navio Cidade de S. Vicente estava a extrair 14 mil barris por dia, um pouco menos de metade da capacidade dessa plataforma. À Galp cabiam então 1.400 barris diários. Uma parcela ainda reduzida, com um valor mais simbólico do que económico.
Hoje o campo Lula está a ser explorado por uma plataforma maior. A FPSO (sigla para as unidades do tipo “floating production, storage and offloading”) Cidade Angra dos Reis atingiu a capacidade máxima de 100 mil barris diários. E é apenas a primeira de dez plataformas definitivas a instalar no complexo Lula – Iracema até ao final de 2017.
Os números mais recentes da Galp, relativos ao primeiro trimestre deste ano, mostram que a produção líquida da petrolífera portuguesa no Brasil (decorrente das suas participações nos vários projectos) já se situa em 11,9 mil barris por dia, acima do que a Galp está a produzir em Angola (pouco mais de 8 mil barris diários). Globalmente, a exploração e produção (E&P) gerou no primeiro trimestre um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 91 milhões de euros, cerca de 36% do EBITDA total do grupo. A tendência é para o peso subir nos próximos anos.
E daqui em diante?
Na inauguração do projecto Lula, o presidente da Galp já tinha traçado a meta da auto-suficiência: pôr a Galp a produzir o equivalente às necessidades totais de produtos petrolíferos de Portugal, cerca de 300 mil barris por dia. Mas já nesse momento Manuel Ferreira de Oliveira assumia que esse será um feito a conquistar por um outro CEO, que não ele.
“Não tenho dúvida de que o meu sucessor vai chegar aos 300 mil barris por dia. Não tenho dúvida de que dentro de 10 anos vamos ser auto-suficientes”, comentava há quatro anos o presidente executivo da Galp. Agora as perspectivas para o complexo Lula-Iracema são ainda melhores. O consórcio da Galp reviu em alta o factor de recuperação de hidrocarbonetos neste campo de 23% para 28%.
A produção será rapidamente ampliada com o arranque de uma segunda plataforma, a FPSO Cidade de Paraty. Com capacidade para extrair 120 mil barris por dia, este navio já está instalado no local de produção, já realizou todos os testes de segurança e prepara-se para iniciar a operação de um primeiro poço. Até ao fim do ano mais dois poços estarão operacionais.
O consórcio espera que este ano o Cidade de Paraty produza cerca de 75 mil barris por dia, devendo atingir a carga máxima de 120 mil barris num prazo de ano e meio. Nessa altura, a Galp estará, portanto, a produzir o dobro do nível actual.
Mas a exploração dos recursos do campo Lula está longe de se cingir a estas duas plataformas. Só para esse complexo petrolífero o consórcio da Galp já encomendou outras duas unidades FPSO para poderem começar a produzir em 2016. No total, o projecto Lula-Iracema terá dez plataformas de produção, das quais as primeiras seis sob contratos de “leasing” e as outras quatro construídas de raiz por fornecedores locais (brasileiros) e internacionais.
O calendário do projecto Lula, segundo informou a Galp na sua apresentação dos resultados do primeiro trimestre, prevê que a produção atinja a marca de um milhão de barris por dia em 2016. Nessa altura a Petrogal Brasil terá direito a 100 mil barris diários só neste projecto, ficando a Galp com 70% do valor económico dessa produção, já que os restantes 30% irão para a chinesa Sinopec, que ao aliar-se à Galp no ano passado trouxe o envelope financeiro que irá alavancar os avultados investimentos que o pré-sal brasileiro exigirá.
Na Galp já se trabalha para o pós-Lula
Manuel Ferreira de Oliveira tem noção de que à escala planetária, entre as multinacionais petrolíferas, a Galp está no campeonato das pequenas e médias empresas. Mas isso não impede o gestor de puxar dos galões. “Desde que iniciámos a actividade de exploração, já perfurámos 344 poços, dos quais 275 em águas profundas, o que mostra que a nossa empresa está longe de ser inexperiente”, declarou o CEO da Galp na segunda-feira, a propósito dos resultados do primeiro trimestre.
Desde que iniciámos a actividade de exploração, já perfurámos 344 poços, dos quais 275 em águas profundas, o que mostra que a nossa empresa está longe de ser inexperiente Manuel Ferreira de Oliveira
No que respeita ao Brasil, a Galp assume o interesse no leilão de novas concessões petrolíferas que decorrerá este mês no Rio de Janeiro. A Galp voltará ao “local do crime”, onde, há quatro anos, o Tupi, rebaptizado Lula, foi celebrado como símbolo da independência energética do Brasil.
“O que se vai licitar no Brasil são seis bacias sedimentares que, se tiverem sucesso, estarão em exploração nos [anos] 20”, sublinha Manuel Ferreira de Oliveira. Ora, como a partir de 2018 a Galp já estará liberta do peso dos investimentos do projecto Lula, e já estará a captar o “cash flow” dessa produção, não faltarão meios para reinvestir em novos projectos, argumenta o CEO da Galp.
“Estamos qualificados [para o leilão de Maio] e temos uma equipa no Brasil e em Lisboa a trabalhar “full time” na análise das seis bacias sedimentares. A Galp vai participar na licitação”, afiança Ferreira de Oliveira.
Há quatro anos, na inauguração do projecto que nasceu como Tupi, Lula da Silva exibia, orgulhoso, uma amostra do petróleo do pré-sal. Depois correriam mundo imagens de Lula com as mãos besuntadas com esse mesmo petróleo. Agora, sem petróleo na mão, mas já com dinheiro em caixa, Manuel Ferreira de Oliveira vai preparando a Galp da próxima década.
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Marco Martins Escreveu:Resultados da galp:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... estre.html
Acho estranho a dívida líquida da empresa passar de 766 no ano passado para 1887 este ano.
Pois não percebeste que há duas formas de ver a dívida?
Comparas 926 com 766 e já bate certo. Como a Galp emprestou dinheiro à SINOPEC no passivo aparece 1887, mas em futuras entradas no Brasil a Sinopec entra pela Galp e reduz o valor emprestado.
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Resultados da galp:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... estre.html
Acho estranho a dívida líquida da empresa passar de 766 no ano passado para 1887 este ano.
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... estre.html
Acho estranho a dívida líquida da empresa passar de 766 no ano passado para 1887 este ano.
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El_Guapo, as minhas razões de entrada ou saída numa acção têm a ver, sobretudo, com aspectos técnicos. Se leres as minhas análises, perceberás o meu estilo de trading.
O que te queria dizer é que eu posso entrar numa acção por causa de um suporte, outro porque a empresa fechou um negócio, outro porque recebeu uma herança e gosta daquela empresa, outro porque acha que a crise em Portugal acabou, outro porque lhe disseram que vai haver uma OPA, etc... Cada um tem os seus motivos.
Um abraço,
Ulisses
O que te queria dizer é que eu posso entrar numa acção por causa de um suporte, outro porque a empresa fechou um negócio, outro porque recebeu uma herança e gosta daquela empresa, outro porque acha que a crise em Portugal acabou, outro porque lhe disseram que vai haver uma OPA, etc... Cada um tem os seus motivos.
Um abraço,
Ulisses
El_Guapo Escreveu:Olá Ulisses,
O que disseste é importante, e realmente isso verifica-se !
-
A pergunta que eu fiz, é avaliando o preço da Galp no "passado recente" posso partir do principio que o valor de 11.50 por exemplo, é um bom valor de compra.. a pergunta era esta.
-
Ou este "meu pensar" está completamente errado.
eu não sou o Ulisses, mas deixa-me dizer-te que ninguém te vai responder sim ou não
o que eu sugiro é que aprendas a nadar antes de entrares na água

menos é mais
Olá Ulisses,
O que disseste é importante, e realmente isso verifica-se !
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A pergunta que eu fiz, é avaliando o preço da Galp no "passado recente" posso partir do principio que o valor de 11.50 por exemplo, é um bom valor de compra.. a pergunta era esta.
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Ou este "meu pensar" está completamente errado.
O que disseste é importante, e realmente isso verifica-se !
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A pergunta que eu fiz, é avaliando o preço da Galp no "passado recente" posso partir do principio que o valor de 11.50 por exemplo, é um bom valor de compra.. a pergunta era esta.
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Ou este "meu pensar" está completamente errado.
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- Registado: 27/12/2007 22:40
Não compreendi bem a questão.
O que te posso dizer é que, na Bolsa portuguesa, a maior parte das acções move-se em conjunto, com uma ou outra excepção.
O que vai na cabeça dos compradores ou vendedores é tão diferente e impossível de prever que não vale a pena pensares nisso. Os jornalistas adoram dizer que a Bolsa subiu ou desceu por causa disto ou daquilo mas fazem-no num processo de adivinhação à posteriori que, a maior parte das vezes, não corresponde à realidade.
Um abraço,
Ulisses
O que te posso dizer é que, na Bolsa portuguesa, a maior parte das acções move-se em conjunto, com uma ou outra excepção.
O que vai na cabeça dos compradores ou vendedores é tão diferente e impossível de prever que não vale a pena pensares nisso. Os jornalistas adoram dizer que a Bolsa subiu ou desceu por causa disto ou daquilo mas fazem-no num processo de adivinhação à posteriori que, a maior parte das vezes, não corresponde à realidade.
Um abraço,
Ulisses
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