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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por TRSM86 » 22/4/2013 14:11

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por TRSM86 » 22/4/2013 13:53

Buraco nas empresas públicas superior a três mil milhões
Além do Metro do Porto, que motivou saída de dois secretários de Estado, outras empresas têm perdas potencialmente ruinosas. O Metro de Lisboa é o pior.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/buraco-nas-empr ... z2RCEQ9GBZ
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por JMHP » 18/4/2013 20:15

Stresszero Escreveu:
Ti Salvador Mano Escreveu:http://expresso.sapo.pt/divida-publica-aumenta-131-milhoes-de-euros-por-mes=f801255


Não sei se rio ou se choro.
Este país é uma completa anedota.
Alguém me explica como se paga esta dívida. Ah, já sei, com mais austeridade!

P.S.- PPC, VG e JS tenho-vos como os coveiros e cangalheiros de Portugal. Vou ter vergonha de contar esta história ao meus filhos. :oops:


Qual é a surpresa?!... São alguma novidade estes números?!

Desde alguns anos atrás que já era previsível a nossa divida publica atingir os níveis de hoje. Isso mesmo andaram o Medina Carreira entre outros economistas alertar e avisar que a nossa divida publica iria ultrapassar largamente os 100%.

Já vamos em decada e meia de deficits crônicos sucessivos, onde julga que a nossa divida vai parar?!... Ainda recentemente os prazos dos pagamentos da nossa divida á Troika foram alargados que na realidade resultam em mais divida. Não andamos a pedir mais tempo?!

É um drama?!... Sim. Mas olhe, foi o caminho que foi escolhido á muitos anos atrás... :roll:
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por TRSM86 » 18/4/2013 18:58

Stresszero Escreveu:
Ti Salvador Mano Escreveu:http://expresso.sapo.pt/divida-publica-aumenta-131-milhoes-de-euros-por-mes=f801255


Não sei se rio ou se choro.
Este país é uma completa anedota.
Alguém me explica como se paga esta dívida. Ah, já sei, com mais austeridade!

P.S.- PPC, VG e JS tenho-vos como os coveiros e cangalheiros de Portugal. Vou ter vergonha de contar esta história ao meus filhos. :oops:


Vítor Gaspar e Carlos Costa citaram estudo com erro no Excel para defender corte na dívida

http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... da-1591774
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por STRESSZERO » 18/4/2013 18:55

Ti Salvador Mano Escreveu:http://expresso.sapo.pt/divida-publica-aumenta-131-milhoes-de-euros-por-mes=f801255


Não sei se rio ou se choro.
Este país é uma completa anedota.
Alguém me explica como se paga esta dívida. Ah, já sei, com mais austeridade!

P.S.- PPC, VG e JS tenho-vos como os coveiros e cangalheiros de Portugal. Vou ter vergonha de contar esta história ao meus filhos. :oops:
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por TRSM86 » 18/4/2013 18:37

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por JMHP » 18/4/2013 11:02

Sou tão fascista que até tenho boas notícias


Nunca fica bem dizer coisas esperançosas sobre Portugal. O sub-queirosianismo que se tornou a segunda pele do indígena letrado não o permite . Se é assim numa altura normal, o tom negro só poderia aumentar na presença da troika e de uma AD. Neste momento, dizer alguma coisa positiva sobre Portugal é o mesmo que dizer bem de um governo de fascistas neoliberais. Como sou um fascista da variante neoliberal-às-bolinhas, só me resta dar algumas boas notícias, que, verdade seja dita, nem sequer resultam da acção do governo.

Que notícias são essas? O índice de produção industrial está a subir desde Dezembro. Esperemos que continue a subir, tal como as exportações. O mês de Janeiro foi o melhor mês dos últimos três anos no que diz respeito à constituição de empresas. Se não me engano, nasceram 5300 empresas só no primeiro mês do ano. E esta renascença empresarial deve ser cruzada com o aumento do financiamento bancário às pequenas e médias empresas (dados do Banco de Portugal). Ainda não será o suficiente, mas é um sinal. De onde vem este dinheiro para as empresas? O reforço da poupança dos portugueses pode explicar alguma coisa. As famílias estão a poupar mais, estão a deixar o dinheiro no banco em vez de consumirem como consumiam. E ainda bem. A redução do consumo tem um efeito negativo a curto-prazo (desemprego), mas tem dois efeitos positivos a médio-prazo: o financiamento dos sectores exportadores em detrimento dos serviços; sem poupança interna não sairemos da dependência doentia em relação ao crédito externo.

E mais? A Altran (França) escolheu o Fundão para o desenvolvimento de uma estrutura de nearshore (isto é, outsourcing sem sotaque indiano). Quem diria que uma pequena Bombaim iria nascer no centro de Portugal? Por falar em tecnologias, o Centro Internacional de Engenharia da Siemens-Nokia já emprega 2500 portugueses altamente qualificados. E o que dizer do CEIIA, a empresa que está a colocar Portugal no mapa da indústria aeronáutica, aproveitando a boleia da Auto-Europa dos aviões (Embraer/Évora)? Eu poderia continuar a dar boas notícias, mas não quero dar uma congestão fascista a ninguém.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/sou-tao-fascist ... z2Qo9FI8lY
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por TRSM86 » 17/4/2013 19:20

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por artista_ » 17/4/2013 17:51

MiamiBlueHeart Escreveu:
Primeiro-ministro escreveu uma carta a António José Seguro a solicitar uma reunião com o PS, que tenha como objectivo a "preservação do consenso nacional". Passos Coelho avisa que não há margem para pedir à troika nova flexibilização do défice e que o calendário é apertado, pois os cortes têm de ser decididos até final do mês.


O embate com a troika neste exame intercalar está a ser difícil. Os credores estão a forçar consensos e no Governo cresce a preocupação com a tarefa de cortes que tem pela frente.


Como a História se repete.

Estamos exactamente no mesmo ponto, que na altura do último Governo e JS. Agravado que atualmente temos uma terceira parte, Troika, que teve exactamente o mesmo comportamento.

Como agora, durante meses e meses ninguém quis saber da outra parte, menosprezou-se completamente a necessidade de haver algum mínimo nível de acordo nas medidas implementadas ou no mínimo, de chamar a outra parte de modo a manter um mínimo de envolvimento.

Agora, estes iluminados querem que um consenso seja obtido numa reunião de algumas horas!!!

Sinceramente, existe uma falta de bom-senso ou de mínima inteligência gritante em todas estas pessoas que nos lideram. Por este motivo, também estamos como estamos..


É realmente incrível... alguém que diga ao Passos Coelho que também já lhe foi pedido que colaborasse com o governo no interesse do país e que a resposta dele foi algo do género, "não porque temos de parar com a austeridade, porque não podem ser sempre os mesmos a pagar pelos erros da governação"!

Agora está do outro lado, estará ele à espera do quê?!

Eu sinceramente estou à espera é que esta cambada toda vá "morrer longe" e que fiquem apenas aqueles que colocam à frente de tudo os interesses do país... mas onde é que eles estão?!

O país definha, já não sei se volto... pelo menos tão cedo... é o que apetece!
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por altrio » 17/4/2013 17:00

mais_um Escreveu:Afinal não é só o Gasparzinho que se engana no Excel..... Embora a forma como os dados são manipulados vai muito além de um simples erro de Excel


O problema é que as políticas actuais não se baseam nesse ou em qualquer outro estudo - pelo contrário, os decisores usaram esse estudo para os apoiar naquilo que eram as suas convicções.

Certamente não vão mudar de opinião por o estudo estar errado...
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Seguro fala

por mpfreitas » 17/4/2013 16:56

O secretário-geral do PS dá uma conferência de imprensa, no Rato, para dar conta das conclusões das reuniões com Passos e com a 'troika'.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, dá uma conferência de imprensa, na sede do partido no Rato, às 17horas. Aí dará conta das conclusões das reuniões que teve hoje, primeiro com o primeiro-ministro, Passos Coelho e depois com os representantes da 'troika' em Portugal

Fonte: Diário Económico
 
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por mais_um » 17/4/2013 16:46

Afinal não é só o Gasparzinho que se engana no Excel..... Embora a forma como os dados são manipulados vai muito além de um simples erro de Excel

Justificação teórica da austeridade ameaçada por... erro de Excel

Depois de terem tentado - sem sucesso - replicar os resultados de RR com os dados públicos disponíveis, Herndon, Ash e Pollin pediram directamente a RR a base de dados que estes usaram no estudo de 2010. Ao analisar esses dados, os três investigadores concluem que existem três grandes problemas com o paper de RR. Por um lado, são excluídos da análise anos em que dívidas acima de 90% conviveram com crescimentos económicos sólidos (Austrália (1946-1950), Nova Zelândia (1946-1949) e Canadá (1946-1950)). Outro problema é que RR dão o mesmo peso a observações com durações diferentes. Por exemplo, o Reino Unido teve um crescimento médio de 2,4% durante 19 anos com dívida superior a 90%. A Nova Zelândia teve uma recessão de 7,6% num só ano em que a dívida estava acima desse valor. RR dão o mesmo peso a ambos, apesar de o período de observação ser 19 vezes maior no primeiro.



Mas a cereja no topo do bolo é, sem dúvida, o código de Excel... “Um erro de código na folha de Excel de RR exclui totalmente cinco países, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá e Dinamarca da análise. RR fizeram a média das células nas linhas 30 a 44, em vez das linhas 30 a 49”, escrevem os três autores. Mike Konczal, que escreve este belo resumo, admite que duvidou da existência desse erro de código e pediu a Herndon-Ash-Pollin para lhe enviarem o Excel. Eles mandaram-lhe este “print-screen”, onde é possível observar que faltam algumas células na análise.

Eliminando este erro de código, incluindo todos os países da base de dados e considerando cada ano acima de 90% com o mesmo peso (critério também discutível), Herndon-Ash-Pollin concluem portanto que “a média de crescimento real do PIB para países com um rácio de dívida/PIB acima de 90% é, na realidade, 2,2% e não -0,1%” como concluíam RR.



O Twitter dos jornalistas de economia explodiu. A argumentação dos investigadores de Massachusetts ajusta-se perfeitamente às teorias daqueles que sempre defenderam não existir uma causalidade directa entre dívida alta e crescimento mais fraco, defendendo até que a relação é inversa: isto é, é o crescimento mais débil leva a uma acumulação de dívida.



“Alguns de nós nunca compraram [a teoria de RR], argumentando que a correlação observada entre dívida e crescimento reflecte uma causalidade inversa. Mas mesmo eu nunca sonhei que uma grande parte do resultado alegado pudesse resultar de nada mais profundo do que má aritmética”, escrevia o Nobel Paul Krugman, poucas horas após o estudo ter começado a circular (depois acrescentaria isto). “Se for verdade, isto é embaraçoso para RR. Mas os verdadeiros culpados aqui são as pessoas que aproveitaram um resultado de investigação dúbio, não sabendo nada sobre a investigação, porque ela dizia aquilo que eles queriam ouvir.”

http://comunidade.xl.pt/JNegocios/blogs ... excel.aspx

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por MiamiBlue » 17/4/2013 15:56

Para além dos problemas do Estado, que sem dúvida existem, e têm que ser corrigidos o mal do país também está aqui traduzido.

Costuma ser habitual e fácil culpar o Estado por tudo o que acontece de mal na economia, mas infelizmente, em portugal, se o Estado está mal, a maioria das empresas privadas não está melhor.


FMI alerta para endividamento excessivo das cotadas portuguesas

Estados, bancos e também empresas precisam de ser reestruturadas. Cerca de 45% das cotadas não-financeiras portuguesas estarão excessivamente endividadas, calcula o FMI. Em Espanha o panorama não é muito diferente. Esta é uma das razões que leva a que as taxas de juro cobradas pelos bancos na periferia sejam mais altas do que no centro e norte da Europa.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) qualifica de “considerável” o número de empresas que subsistem com níveis “elevados e insustentáveis” de endividamento na periferia do euro, em especial em Portugal e em Espanha.

Nos seus cálculos, apresentados nesta quarta-feira, 17 de Abril, no “Global Financial Stability Report”, com base no universo das empresas não-financeiras cotadas em bolsa, cerca de 45% das 41 cotadas portuguesas e mais de 35% das suas congéneres espanholas estão fortemente endividadas, o que compara com pouco mais de 10% em França e menos de 5% na Alemanha.

“As empresas da periferia da Zona Euro acumularam uma dívida considerável durante os anos de expansão do crédito, embaladas pela expectativa de lucros elevados e condições de crédito fáceis". Agora "enfrentam o desafio de reduzir o excesso de dívida num contexto de menor crescimento e de taxas de juros mais elevadas, em parte relacionadas com a fragmentação financeira na Zona Euro”.

O Fundo chama ainda a atenção para o facto de o próprio elevado o endividamento das empresas ser igualmente causa (e não apenas consequência) de os bancos cobrarem juros mais altos na periferia por comparação com as taxas oferecidas nos países do centro e norte europeu.

No caso das empresas portuguesas, o FMI estima que o seu nível de endividamento médio ascenda a 48% do valor dos seus activos. Para regressarem a uma posição financeira mais sustentável, as empresas deveriam de reduzir o seu endividamento para o equivalente a 35% ou, num cenário mais prudente, para valores na casa dos 28%.


http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/fmi_alerta_para_endividamento_excessivo_das_cotadas_portuguesas.html
 
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por mais_um » 17/4/2013 15:32

Não sei se deva chorar ou rir.... :roll:

Académicos terão descoberto erro na fórmula que sustenta políticas de austeridade

Crescimento em tempo de dívida” é um estudo publicado em 2010 por Rogoff e Reinhart que tem sustentado muitas das políticas de austeridade que têm sido implementadas por vários países, nomeadamente o aumento de impostos e a redução da despesa pública.


Em causa estão valores que constam do artigo científico “Crescimento em tempo de dívida”, de Kenneth Rogoff (foto em baixo) e Carmen Reinhart (foto em cima), publicado em 2010 e que defende que países com uma dívida pública superior a 90% do PIB têm um crescimento muito menor do que outros países.



Para chegarem a tal conclusão, os dois autores do estudo, que são professores na Universidade de Harvard e nos últimos anos ocuparam altos cargos no Fundo Monetário Internacional, basearam-se em estatísticas de vários países relativas ao período 1946-2009.



Contudo, três investigadores da Universidade de Massachusetts descobriram um erro na fórmula que permitiu chegar à conclusão acerca da taxa média de crescimento de países com uma dívida superior a 90% do PIB. Thomas Herndon, Michael Ash e Pobert Pollin descobriram que Rogoff e Reinhart retiraram da amostra cinco países: Austrália, Bélgica, Áustria, Canadá e Dinamarca, refere o “Financial Times” (FT). A não inclusão dos países reduziu, de acordo com os académicos de Massachusetts que repetiram o estudo tendo em conta os países então excluídos, o valor médio de crescimento de 2,2% para menos 0,1%.



Segundo os três investigadores, citados pelo FT, os “erros de codificação, a exclusão selectiva de dados disponíveis e a ponderação não convencional de estatísticas sumárias que imprecisamente representam a relação entre a dívida pública e o crescimento do PIB” são a base para o erro dos académicos de Harvard.



Rogoff e Reinhart, que tiveram conhecimento do suposto erro esta terça-feira, passaram a noite a rever os resultados do estudo e a escrever uma reacção inicial à crítica dos académicos de Massachusetts. De acordo com os dois investigadores, “o erro é explicado pelo facto de na altura do estudo ainda haver lacunas nos dados sobre a dívida pública”. “A nossa abordagem foi seguida em muitas outras investigações, que também não tiveram em conta o peso de um pequeno número de países que têm as suas próprias peculiaridades”, afirmam Rogoff e Reinhart em comunicado.



O erro dos académicos torna-se importante uma vez que o resultado publicado pelos dois investigadores é um dos mais fortes argumentos para o aumento de impostos e corte da despesa pública para limitar a dívida abaixo dos 90% do PIB.



A investigação dos dois economistas de Harvard foi posteriormente citada em mais de 500 artigos universitários e mencionada por personalidades como Olli Rehn, comissário europeu para os Assuntos Económicos, o secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner ou pelo candidato republicano à vice-presidência dos Estados Unidos, Paul Ryan.



O Nobel da Economia, Paul Krugman, classificou já a reacção de Rogoff e Reinhart como “muito má”, apontando que os dois economistas “fugiram à critica”.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... idade.html

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por carrancho » 17/4/2013 15:23

MPC_finance Escreveu:
(quem tiver pouca paciência veja só do minuto 24 ao 30 minuto)

http://www.rtp.pt/programa/tv/p29858/e5


"se o estado quer fomentar o crescimento tem de recuar e deixar as empresas avançarem... que é precisamente o que não interessa aos políticos"

:clap:

Pena é haverem muitos a baterem palmas a isto mas simultaneamente a acreditarem que a solução pode nascer deste sistema político, eleitoral, partidocrático.
Abraço,
Carrancho
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por MiamiBlue » 17/4/2013 14:14

Para se perceber o desnorte e da falta de objectividade, rigor e completo desconhecimento por muitas das medidas que se implementam basta ler este artigo:

Volvidos quase dois anos desde que foi desenhado o programa de ajustamento da troika para Portugal, olhar para as previsões então feitas para as contas públicas parece uma visita a um mundo delirante. O desemprego não passaria do pico de 13,5%, a dívida pública ia ficar controlada abaixo dos 114,9% e o défice deste ano seria já de 3%, em linha com as regras europeias e sobretudo com o grande objectivo de regressar em força aos mercados ao longo de 2013. Mas é hora de voltar à realidade.

O governo ameaçou com a demissão e Vítor Gaspar congelou o funcionamento do Estado: culpa do Tribunal Constitucional e da sua recusa em aceitar os artigos inconstitucionais do Orçamento do Estado para este ano. Foram cerca de 1200 milhões de euros que ficaram em xeque com a decisão do TC. Falamos de 0,7% do PIB previsto para este ano - que considerando a contracção de 2,3% deverá situar-se nos 161,6 mil milhões de euros - valor que, a julgar pela reacção do governo e da troika, põe em causa todo o programa português. Contudo, fazendo as contas às sucessivas derrapagens nas previsões para o défice público desde o lançamento do ajustamento, nota-se que o chumbo do Constitucional representa qualquer coisa como 18% das derrapagens totais dos orçamentos de Vítor Gaspar. Somando os défices previstos - em valor - pela troika quando chegou a Portugal para 2011, 2012, 2013 e 2014, chegamos a um valor acumulado de 27,19 mil milhões de euros. Mas, e segundo as últimas previsões, o défice acumulado no período do programa de ajustamento deverá atingir pelo menos 33,7 mil milhões, mais 6,5 mil milhões que o previsto.

Esta diferença de 6,5 mil milhões, porém, é atenuada pelas várias receitas extraordinárias que o governo foi encontrado para compensar as previsões que foi fazendo. Nas contas do i, considerámos que Portugal em 2011 registou um défice de 7,5 mil milhões de euros, que foi o valor efectivamente reportado pelo INE. Mas 2011 foi quando Passos Coelho decidiu “ir além da troika”, forçando um défice de 4% com receitas extraordinárias, isto quando Bruxelas e o FMI exigiam 5,9% - 10 mil milhões de euros. Caso não considerássemos estas receitas extraordinárias, a derrapagem acumulada no défice neste período poderia saltar para mais de 12 mil milhões, diluindo o peso da decisão do TC para 10% das derrapagens totais.

Ao ano do “brilharete” de ir além da troika, seguiu-se a realidade. Os ganhos conquistados em 2011 - cerca de menos 2,5 mil milhões de euros de défice do que o previsto pela troika - foi quase totalmente desperdiçado no ano passado, com Gaspar a fechar as contas do ano com um prejuízo para o Estado de 10,6 mil milhões de euros, contra os 7,6 mil milhões pedidos pela troika, devendo este ano engrossar ainda mais o buraco: o défice previsto este ano é de 8,9 mil milhões de euros quando segundo o programa de ajustamento não deveria ultrapassar os 5,23 mil milhões de euros. Para o ano, o cenário é idêntico: Na versão inicial do programa Portugal deveria terminar com um défice de 2,3% mas a troika já aceitou que esse valor fique nos 4%.

Considerando o valor do PIB com que Portugal deverá chegar ao final deste ano, 161,6 mil milhões de euros, podemos calcular que durante a vigência do programa (2011-2014) Portugal devia acumular um défice máximo equivalente a 16,8% do PIB. As últimas previsões, contudo, apontam já para um défice total de 20,8% no período - um valor já muito ajudado com receitas extraordinárias.

DÍVIDA, DESEMPREGO E RECESSÃO Com as derrapagens nas previsões, naturalmente que além do défice também os cálculos da trajectória da dívida ou da recessão que a economia ia acumular no período ficou longe do antecipado.

Bruxelas e o FMI calculavam que a economia portuguesa entre 2011 e 2014 iria acumular uma contracção do PIB de 0,3% - défice de 2,2% e 1,8% em 2011 e 2012, seguido de crescimento de 1,2% e 2,5% em 2013 e 2014 -, valor que agora saltou para uma contracção total de 6,6% entre 2011 e 2014. É neste indicador que reside também a explicação para as previsões feitas sobre o desemprego: uma contracção acumulada de 0,3% nestes anos resultaria, no entender do governo e da troika, numa taxa de desemprego máxima de 13,5%, que começava em queda acentuada já em 2014, ano em que deveria chegar aos 12,5%. Actualmente a taxa de desemprego vai nos 17,5% e ainda em tendência ascendente.

Quanto à dívida pública, e não bastassem os défices maiores que o previsto nas contas, também sofre neste exercício de um outro factor: a maior contracção do PIB que o projectado. A troika previu que a dívida portuguesa não passaria do pico de 114,9% do PIB, que seria atingido este ano - que representava então perto de 200,8 mil milhões de euros, já que o PIB português naquelas contas seria hoje de 174,8 mil milhões. Este valor compara com a previsão actual de uma dívida de 204,5 mil milhões de euros com que Portugal deve fechar as contas de 2013, valor que dada a contracção maior que o esperado corresponde todavia a uma dívida de 123,6% do PIB.


http://www.ionline.pt/dinheiro/tc-chumbo-vale-18-das-derrapagens-totais-programa
 
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por A330-300 » 17/4/2013 13:41

Excelente...
 
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por mais_um » 17/4/2013 12:43

MiamiBlueHeart Escreveu:
Também considero interessante como atualmente uma parte da sociedade aceita tudo..

Existia objectivos no Memorando, são estabelecidos objectivos anuais nos Orçamento de Estado e muito pouco se cumpre.

Esses objectivos foram estabelecidos face às medidas que eram previsto implementar.

Mas falha-se consecutivamente os objectivos e muita gente aceita na maior..

Isso é que eu considero fenomenal..


O assunto transformou-se numa discussão de futebol ou seja perdeu-se objetividade.

Já perdi a conta às vezes que expliquei a amigos que a culpa de estarmos como estamos não é da troika nem da Merkel.
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por MiamiBlue » 17/4/2013 12:36

MPC_finance Escreveu:
tavaverquenao2 Escreveu:Qual consenso qual quê, o que o pm quer é arrastar o ps para o buraco onde se meteu. Isto só tem um caminho, a queda do governo e a convocação de eleições, e tudo o que acontecer em consequência disso mesmo só tem 2 culpados: O governo que destruiu o país propositadamente, e a anta que ainda ontem deu mais um aval à politica deste governo.


Continuo a achar interessante a forma como a maior parte das pessoas continua com a ilusão que as coisas poderiam ser de outra forma.

A nossa economia está em ajustamento, e o país em assistência financeira!

Todos querem sol na eira e chuva no nabal.......

É praticamente impossível estar sujeito a cortes estruturais ao mesmo tempo que se pagam juros altíssimos por uma dívida (que é nossa) e mesmo assim exigir uma economia saudável.

Vejam este programa com a historiadora Fátima Bonifáco e o habitual Medina Carreira


http://www.tvi24.iol.pt/programa/4407


Também considero interessante como atualmente uma parte da sociedade aceita tudo..

Existia objectivos no Memorando, são estabelecidos objectivos anuais nos Orçamento de Estado e muito pouco se cumpre.

Esses objectivos foram estabelecidos face às medidas que eram previsto implementar.

Mas falha-se consecutivamente os objectivos e muita gente aceita na maior..

Isso é que eu considero fenomenal..
 
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por JMHP » 17/4/2013 12:20

MPC_finance Escreveu:(quem tiver pouca paciência veja só do minuto 24 ao 30 minuto)

http://www.rtp.pt/programa/tv/p29858/e5


Triste figura a de Teresa de Sousa quando começa a falar de assuntos económicos, com comentadores assim quem é que necessita de maus políticos?! :roll:

A cara e o olhar do João César das Neves, diz tudo...
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por MPC_finance » 17/4/2013 12:14

tavaverquenao2 Escreveu:As coisas vão ter de ser de outra maneira, quer o pm ou o gaspar queira ou não. O volume de consequências vai depender de quanto mais tempo vão insistir neste caminho.


Achas?!!!

Então aconselho-te a ver outro programa, mas este de elevadíssima qualidade, muito bom mesmo.

(quem tiver pouca paciência veja só do minuto 24 ao 30 minuto)

http://www.rtp.pt/programa/tv/p29858/e5
 
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"Treta de Mercado"....

por poseidon635 » 17/4/2013 12:06

Este "mercado" é o mesmo que salva os bancos de falirem (pelo menos na Europa "civilizada, pois nos USA já faliram muitos bancos) e permite que milhoes fiquem no desemprego e sejam escravizados e espoliados do seu ordenado! Então o "mercado" só funciona para um lado, neste caso para o mais desprotegidos? Grande treta de "mercado"...

A isto chamo mercado/capitalismo selvagem"!! Já agora, segundo alguns comentários, parece que o ideal seria todos ganharem o mesmo, tipo 400 € !! Então o "mercado" s´funciona quando dá jeito?

BN

myself11 Escreveu:Bem, o "mercado" pode ditar que é legítimo começar a trabalhar com 14 anos ou o "mercado" até já dita que grávidas sejam despedidas. Chama-se a isto "mercado".
 
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por JMHP » 17/4/2013 12:05

tavaverquenao2 Escreveu:As coisas vão ter de ser de outra maneira, quer o pm ou o gaspar queira ou não. O volume de consequências vai depender de quanto mais tempo vão insistir neste caminho.


Se tu o dizes quem somos nós para dizer o contrário... :roll:
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por JMHP » 17/4/2013 12:02

Falem a sério dos cortes no Estado

Primeiro, Passos Coelho e António José Seguro; depois Seguro e a troika e, finalmente, o Conselho de Ministros vão hoje enfrentar um cenário difícil, aquele que o FMI ontem divulgou: Portugal tem de ter um excedente orçamental primário (quer dizer sem contar com os juros que paga) de 5,9% em média entre 2020 e 2030 para chegar ao fim desse ano com uma dívida pública igual a 60% do PIB, valor que o Fundo (e no geral os economistas) entende como sustentável. Esta é a ementa que os nossos políticos vão ter de digerir.

Isto significa que a diferença entre o que produzimos e o que gastamos tem não só de ser positiva, mas ser em média (de 10 anos) praticamente 6% positiva. Ou seja, por cada 100 que gastarmos temos de ganhar 106. Por isso, das duas uma, ou descobrimos petróleo ou vamos mesmo ter de cortar. Mas quanto? Reparem que 6% do PIB são, atualmente, em anos de penúria, quase 10 mil milhões de euros. Por isso, dando de barato que há um equilíbrio já obtido por este Governo no saldo primário e admitindo que a Economia lá para 2020 está muito melhor, a equação é a seguinte: ou o Estado consegue arrecadar quase 10 mil milhões de receitas adicionais, ou tem de cortar na despesa. Acontece que o Estado ainda vai ter de cortar nas próprias receitas (não pode manter um nível de fiscalidade tão alta) se quiser animar a Economia, razão pela qual é absolutamente irrealista pensar que as contas se podem equilibrar só pelo lado da receita que um crescimento económico acarretaria, como pretendem alguns.

Do lado da despesa do Estado o esforço de quatro mil milhões nem parece muito ambicioso, tendo em conta o crescimento previsto na Europa (Medina Carreira, por exemplo, defendeu na semana passada, numa conferência em que estive presente, a necessidade de cortar 10 mil milhões, o que está em linha com o que diz o FMI).

Certo é que um corte na despesa é mesmo indispensável. Não é algo ideológico, como nos tentam vender. Portugal, além das despesas fundamentais em Saúde e Educação tem um outro 'ministério' chamado juros da dívida. O que pagamos só em juros do dinheiro que devemos (e que temos de pagar) é quase tanto como o que gastamos em qualquer daqueles ministérios. E das duas uma: ou geramos dinheiro para pagar não só os juros mas a própria dívida, ou - como até há pouco fazíamos - temos de pedir dinheiro emprestado para pagar os juros de empréstimos mais antigos, criando - aí sim - uma espiral de dívida imparável (ou melhor, parável com esta miséria que vamos vivendo).

Esta necessidade de equilíbrio (que por não se resolver senão em mais de uma década, carece de um diálogo alargado) é indispensável para reganharmos o controlo sobre as nossas contas. Podemos contar com as boas vontade dos outros - que nos perdoem parte, que nos baixem os juros, que o BCE assuma a dívida - mas não podemos esperar que nos perdoem só porque pedimos, se não demonstrarmos esforço. Estas considerações são válidas para qualquer Governo que agora esteja em funções em Portugal. Escusamos de fingir - a realidade é tão má como isto.

PS: Concordo com as críticas do PS à tardia disposição do Governo para negociar, que surge como claramente pressionada pela troika. Mas espero que o bom senso prevaleça e, ainda que esta altura de pré-congresso do PS não seja a melhor para chegar a conclusões, possa doravante haver um diálogo descomplexado.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/falem-a-serio-d ... z2QiXpullw
Editado pela última vez por JMHP em 17/4/2013 12:08, num total de 2 vezes.
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por tava3 » 17/4/2013 11:54

As coisas vão ter de ser de outra maneira, quer o pm ou o gaspar queira ou não. O volume de consequências vai depender de quanto mais tempo vão insistir neste caminho.
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