Funcionários públicos pagos em títulos do tesouro?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por altrio » 11/4/2013 10:44

Pata-Hari Escreveu:22% é curto baseado na necessidade de mais redução de despesa, só isso. O peso do funcionalismo público, per si também é parco na informaçaõ que dá. Se for 50% mas 50% do PIB for gerado pelo sector público, não há qualquer drama.


A contribuição direta do sector público para o PIB é essencialmente a despesa do Estado. Diminuindo a despesa do Estado faz diminuir o PIB no mesmo montante. A contribuição indirecta parece-me impossível de medir.
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por Pata-Hari » 11/4/2013 9:50

altrio Escreveu:Esses 33% continuam a ser apenas de um departamento, não da empresa toda. É um exemplo que diz muito pouco.

E os 22% da função pública correspondem à diminuição de 747880 funcionários públicos para 583669.

E já agora 22% é curto baseado em quê? Se formos comparar com outros países, verificamos que já temos, neste momento, um peso menor do emprego público do que na média da OCDE.


Sim, já repeti que o exemplo que dei não tem nenhum significado e era uma resposta directa a uma pergunta directa que me é colocada como se o meu caso fosse significativo ou interessante. Não é.

22% é curto baseado na necessidade de mais redução de despesa, só isso. O peso do funcionalismo público, per si também é parco na informaçaõ que dá. Se for 50% mas 50% do PIB for gerado pelo sector público, não há qualquer drama.
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por altrio » 11/4/2013 8:02

Pata-Hari Escreveu:Sim, eu não estou a falar de pessoal reformado, estou a falar de pessoal efectivo. E 1/3 são 33% sendo que a minha empresa não está nem esteve à beira da falência (pode ter precisado de reforçar capital para satisfazer novas exigências de rácios, o que é muito longínquo de falir). As empresas têm que ajustar tamanho para poderem sobreviver e o estado também tem que o fazer. O problema actual é de finanças públicas e é esse que tem que ser tratado.

(E a redução no pessoal da função pública foram mesmo 22%? não vi esse número mas impressiona-me, apesar de, se for correcto, ser infelizmente curto)


Esses 33% continuam a ser apenas de um departamento, não da empresa toda. É um exemplo que diz muito pouco.

E os 22% da função pública correspondem à diminuição de 747880 funcionários públicos para 583669.

E já agora 22% é curto baseado em quê? Se formos comparar com outros países, verificamos que já temos, neste momento, um peso menor do emprego público do que na média da OCDE.
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por Midas » 10/4/2013 23:42

Obrigado, Marco.

Eu não tinha noção dos números.
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por MarcoAntonio » 10/4/2013 23:38

Rick Lusitano Escreveu:Sabes qual a proporção de funcionários no activo vs. funcionários aposentados? E o valor dos salários vs. pensões?


Obrigado pelos esclarecimentos, sinto que falta este tipo de informação nos média.


Podes consultar os relatórios e contas da CGA. Em 2011 eram cerca de 450 mil os aposentados/reformados.

Não anda muito longe do número de trabalhadores no activo (à data seriam 600 e tal mil).

Qnt aos valores auferidos, isso também está tudo no RC, é uma questão de consultares. Deixo o link:

http://www.cga.pt/fs/file/Download/File ... 011cga.pdf
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Midas » 10/4/2013 23:28

Sabes qual a proporção de funcionários no activo vs. funcionários aposentados? E o valor dos salários vs. pensões?


Obrigado pelos esclarecimentos, sinto que falta este tipo de informação nos média.
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por MarcoAntonio » 10/4/2013 23:08

Rick Lusitano Escreveu:
Obrigado, Marco.

Fazendo também por alto, as contas, equivale a redução de cerca de 23,81% entre 2009-2013, terá havido uma redução de pessoal superior a essa %.



Inferior.

Rick Lusitano Escreveu:
Mas independentemente da poupança para o Estado, essa despesa com o pessoal é muito dinheiro. Os 78 mil milhões do resgate da troika daria para pagar 4,875 anos (com a despesa de 16 mil milhões/ano). :shock:



À escala económica do país, as despesas com pessoal não são muito dinheiro. São cerca de 11% do PIB mais coisa menos coisa, o que são valores normalíssimos em países europeus (se bem me recordo, até estamos abaixo da média).

Claro que para quem não tem dinheiro, qualquer coisa parece muito.

Mas os grandes buracos do Estado não são as despesas com pessoal no activo, são sim as prestações sociais (mais de 30 mil milhões) e as despesas com capital/juros (na ordem dos 10 mil milhões se não me falha a memória).
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por MarcoAntonio » 10/4/2013 23:01

Lion_Heart Escreveu:E as pensões em quanto aumentaram?


Tinha de ir ver os relatórios da CGA, não tenho esses números de cabeça. Mas não é simples de ver uma vez que a renovação demográfica do próprio universo dos pensionistas/beneficiários da CGA vai tender a fazer o valor subir (o que não tem nada que ver com o que se está a discutir em concreto aqui, é lateral, é algo que tb deveria ser resolvido mas não tem nada que ver com esta matéria da redução de pessoal).

Enfim, é mais complexo do que estar só a olhar para os números das despesas com pensões porque aí existem diversos problemas ao mesmo tempo.

Pata-Hari Escreveu:E em percentagem do PIB, Marco? é que o PIB desceu também imenso...


O PIB desceu "imenso" mas não tem nada que ver com esta ordem de grandeza. Ou seja, mesmo em função do PIB, os gastos com pessoal desceram para aí na ordem dos 20%.

Valores exactos teria de ir consultar também...
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por Midas » 10/4/2013 22:57

MarcoAntonio Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:(...)


Sem estar a ir ver para confirmar em diversas fontes, de memória, tenho a ideia que a redução global já vai na ordem dos 100.000 funcionários desde que se iniciou o processo (ou seja, andará na casa dos 20%).



A % de redução de funcionários face ao total dos funcionários, equivaleu a mesma % de redução de encargos dos pagamentos? Qual a % de poupança para o Estado?

(Por alto, não precisas de ir checkar. 8-) )


Não, a redução em encargos foi mais alta pois à redução efectiva em número de pessoal somam-se as várias medidas de cortes de vencimentos.

Sem estar a ir ver, assim por alto e de memória, em 2009 ou por aí a despesa com pessoal rondava os 21 mil milhões, agora estará pelos 16 mil milhões em 2013...


Obrigado, Marco.

Fazendo também por alto, as contas, equivale a redução de cerca de 23,81% entre 2009-2013, terá havido uma redução de pessoal superior a essa %.

Mas independentemente da poupança para o Estado, essa despesa com o pessoal é muito dinheiro. Os 78 mil milhões do resgate da troika daria para pagar 4,875 anos (com a despesa de 16 mil milhões/ano). :shock:
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por Pata-Hari » 10/4/2013 22:51

E em percentagem do PIB, Marco? é que o PIB desceu também imenso...
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por Lion_Heart » 10/4/2013 22:50

MarcoAntonio Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:(...)


Sem estar a ir ver para confirmar em diversas fontes, de memória, tenho a ideia que a redução global já vai na ordem dos 100.000 funcionários desde que se iniciou o processo (ou seja, andará na casa dos 20%).



A % de redução de funcionários face ao total dos funcionários, equivaleu a mesma % de redução de encargos dos pagamentos? Qual a % de poupança para o Estado?

(Por alto, não precisas de ir checkar. 8-) )


Não, a redução em encargos foi mais alta pois à redução efectiva em número de pessoal somam-se as várias medidas de cortes de vencimentos.

Sem estar a ir ver, assim por alto e de memória, em 2009 ou por aí a despesa com pessoal rondava os 21 mil milhões, agora estará pelos 16 mil milhões em 2013...


E as pensões em quanto aumentaram?
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por MarcoAntonio » 10/4/2013 22:44

Rick Lusitano Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:(...)


Sem estar a ir ver para confirmar em diversas fontes, de memória, tenho a ideia que a redução global já vai na ordem dos 100.000 funcionários desde que se iniciou o processo (ou seja, andará na casa dos 20%).



A % de redução de funcionários face ao total dos funcionários, equivaleu a mesma % de redução de encargos dos pagamentos? Qual a % de poupança para o Estado?

(Por alto, não precisas de ir checkar. 8-) )


Não, a redução em encargos foi mais alta pois à redução efectiva em número de pessoal somam-se as várias medidas de cortes de vencimentos.

Sem estar a ir ver, assim por alto e de memória, em 2009 ou por aí a despesa com pessoal rondava os 21 mil milhões, agora estará pelos 16 mil milhões em 2013...
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por Pata-Hari » 10/4/2013 22:38

(já agora, o tema do meu departamento era totalmente lateral ao tópico, era apenas uma resposta a alguém que me perguntava se o meu ordenado tinha sido reduzido porque a minha empresa tinha tido "problemas" )
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por Midas » 10/4/2013 22:29

MarcoAntonio Escreveu:(...)


Sem estar a ir ver para confirmar em diversas fontes, de memória, tenho a ideia que a redução global já vai na ordem dos 100.000 funcionários desde que se iniciou o processo (ou seja, andará na casa dos 20%).



A % de redução de funcionários face ao total dos funcionários, equivaleu a mesma % de redução de encargos dos pagamentos? Qual a % de poupança para o Estado?

(Por alto, não precisas de ir checkar. 8-) )
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por MarcoAntonio » 10/4/2013 22:04

Rick Lusitano Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:
altrio Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:o meu departamento foi reduzido em 1/3 do pessoal. Pena não ter sucedido o mesmo no sector público, não? se serve para mim, deve servir para os outros, não? equitativo é para todos e não só para uns.


Não se pode analisar apenas um departamento. Há departamentos na função pública onde a redução foi de 100%.

Globalmente a redução na função pública foi, até Dezembro, de 22%.


Desses 22%, qual a % de funcionários que foram para reforma?


Desde que não sejam reformas antecipadas, não é relevante (as que forem reformas antecipadas, sim).


Neste momento, existe lista de espera para a reforma dos funcionários públicos, de mais de um ano. Houve uma "corrida" ás reformas antecipadas até ao final do ano passado. O facto de departamentos serem reduzidos a 100%, também se pode perguntar o número de funcionários nesses mesmos departamentos. Exemplo, departamentos com poucas pessoas, em que saem para reforma e/ou os restantes serem integrados noutros departamentos.


É como digo, os casos em que ocorrer uma reforma antecipada são para "descontar" (não se trata de uma medida de redução imediata efectiva). Os outros são perfeitamente equivalentes e não é relevante (nos últimos 3 anos sensivelmente, desde que começaram as contenções nas entradas, naturalmente já se reformaram no tempo devido muitos milhares de funcionários, se não entrou ninguém para o lugar deles deu-se uma redução efectiva imediata). Desde o "início" que uma parte da redução estava prevista ser feito assim. Isto apenas interfere no ritmo com que se dá a redução, a prazo não interessa para nada para os totais, é perfeitamente indiferente. Como a redução começou por aí, de início foi mais lenta.

Depois há a outra componente que são os contratos não renovados, que entraram essencialmente numa segunda fase em que se pretendia acelerar a redução (só em professores nesta altura já se situa nas dezenas de milhar, mas também ocorreram extinções de postos com contrato a prazo noutros sectores, como a saúde).

As rescisões amigáveis não sei se já começaram, confesso (penso que não, mas não estou absolutamente certo).



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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Midas » 10/4/2013 21:58

MarcoAntonio Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:
altrio Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:o meu departamento foi reduzido em 1/3 do pessoal. Pena não ter sucedido o mesmo no sector público, não? se serve para mim, deve servir para os outros, não? equitativo é para todos e não só para uns.


Não se pode analisar apenas um departamento. Há departamentos na função pública onde a redução foi de 100%.

Globalmente a redução na função pública foi, até Dezembro, de 22%.


Desses 22%, qual a % de funcionários que foram para reforma?


Desde que não sejam reformas antecipadas, não é relevante (as que forem reformas antecipadas, sim).


Neste momento, existe lista de espera para a reforma dos funcionários públicos, de mais de um ano. Houve uma "corrida" ás reformas antecipadas até ao final do ano passado. O facto de departamentos serem reduzidos a 100%, também se pode perguntar o número de funcionários nesses mesmos departamentos. Exemplo, departamentos com poucas pessoas, em que saem para reforma e/ou os restantes serem integrados noutros departamentos.
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por Pata-Hari » 10/4/2013 21:55

Sim, eu não estou a falar de pessoal reformado, estou a falar de pessoal efectivo. E 1/3 são 33% sendo que a minha empresa não está nem esteve à beira da falência (pode ter precisado de reforçar capital para satisfazer novas exigências de rácios, o que é muito longínquo de falir). As empresas têm que ajustar tamanho para poderem sobreviver e o estado também tem que o fazer. O problema actual é de finanças públicas e é esse que tem que ser tratado.

(E a redução no pessoal da função pública foram mesmo 22%? não vi esse número mas impressiona-me, apesar de, se for correcto, ser infelizmente curto)
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por MarcoAntonio » 10/4/2013 21:50

Rick Lusitano Escreveu:
altrio Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:o meu departamento foi reduzido em 1/3 do pessoal. Pena não ter sucedido o mesmo no sector público, não? se serve para mim, deve servir para os outros, não? equitativo é para todos e não só para uns.


Não se pode analisar apenas um departamento. Há departamentos na função pública onde a redução foi de 100%.

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por Midas » 10/4/2013 21:44

altrio Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:o meu departamento foi reduzido em 1/3 do pessoal. Pena não ter sucedido o mesmo no sector público, não? se serve para mim, deve servir para os outros, não? equitativo é para todos e não só para uns.


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por altrio » 10/4/2013 21:41

Pata-Hari Escreveu:o meu departamento foi reduzido em 1/3 do pessoal. Pena não ter sucedido o mesmo no sector público, não? se serve para mim, deve servir para os outros, não? equitativo é para todos e não só para uns.


Não se pode analisar apenas um departamento. Há departamentos na função pública onde a redução foi de 100%.

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por Pata-Hari » 10/4/2013 20:55

Lembrei-me de ti neste artigo já que mencionaste o papel da banca nas PPP:

Ferreira do Amaral
“AS PPP foram um desastre”

Nuno Miguel Silva
10/04/13 20:20


O presidente da Lusoponte disse hoje que “as PPP [Parcerias Público-Privadas] foram um desastre”.

Na audição à comissão parlamentar de inquérito às PPP rodoviárias e ferroviárias, Joaquim Ferreira do Amaral defendeu que "a Lusoponte não é uma PPP. "Do meu ponto de vista, o contrato da Lusoponte não configura um contrato de PPP. Foi uma concessão típica, mais nada", sublinhou Joaquim Ferreira do Amaral.

O presidente da Lusoponte explicou ainda que o contrato da concessionária das duas pontes sobre o Tejo, ao contrário dos contratos de PPP, não implicou financiamento por parte do Estado. "Não houve dívida criada pelo Estado, nem nenhuma responsabilidade do Estado pelo que acontecesse à Lusoponte", argumentou o presidente da concessionária.

Já em relação à proliferação de PPP, Joaquim Ferreira do Amaral foi muito crítico."Certamente que sim, que o Estado ficou mais fragilizado com as OPPP. O objectivo era ter a popularidade no Governo. AS PPP foram um desastre porque o financiamento assegurado naquelas condições em que o foi, por parte de empreiteiros, seria obviamente mais caro que o financiamento assegurado por entidades bancárias", adiantou.

"O não reconhecimento da dívida levou o Estado a pagar mais e a estilhaçar o limite natural de investimento nas obras públicas", sublinhou Joaquim Ferreira do Amaral.

"A partir daqui foi sempre tudo possível, houve uma falta de senso sobre o que o País podia ou não pagar. Com as PPP havia sempre recursos. As PPP foram um desastre pela sua própria existência, porque possibilitaram os projectos mais estrambólicos e levaram a crer que tudo era possível", criticou o presidente da Lusoponte.

Joaquim Ferreira do Amaral deu um exemplo desses de PPP desastrosas: "a terceira travessia sobre o Tejo era insustentável".

Recorde-se que a Lusoponte, controlada pela Mota-Engil e pelo grupo francês Vinci (que ganhou recentemente a privatização da ANA) era parte interessada nesta matéria porque tem o exclusivo sobre a exploração de qualquer travessia rodoviária entre Vila Franca de Xira e a foz do Tejo.
Editado pela última vez por Pata-Hari em 10/4/2013 21:42, num total de 1 vez.
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por Tridion » 9/4/2013 10:59

Tens razão Pata... :roll:
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por Pata-Hari » 9/4/2013 10:48

Tridion Escreveu:Em 2006/2007 o BPI tinha um relatório brutal sobre as finanças públicas do país. Onde estava escrito tudo o que se veio a passar.

Apesar desse conhecimento, o BPI e os outros bancos continuaram a alimentar o monstro, nas PPP's e na compra de títulos do tesouro. Quando a crise de 2008 arrebenta nos US, a EU diz aos governos para terem políticas expansionistas para não entrarem em recessão. O governo de então deita de rios de dinheiro numa economia não produtiva e esse dinheiro desaparece, atirando a nossa dívida para perto dos 100%. Nesse momento as agências de rating começam achar que Portugal é um País pouco recomendável para se por o dinheiro e desce o rating do País. Nesse momento os bancos portugueses ficam aflitos porque estão cheios de porcaria de dívida portuguesa que já não serve de colateral junto do BCE, que só aceita divida triple AAA.

O crédito aos bancos tinha-se fechado.

Não contente com isso o BPI, paralelamente compra dívida grega cerca, de 500 milhões o que até não é muito, mas com o hair-cut perderam mais de metade do dinheiro.

Resumo da história, os bancos portugueses aprenderam alguma coisa com a história e deixaram de comprar dívida de países manhosos, como o nosso?

Não, os lucros do BPI em 2012 devem-se sobretudo à compra de dívida portuguesa. O que acontecerá ao sistema bancário se a dívida portuguesa precisar de um hair-cut?

A banca nacional não foi a única causadora da desgraça do País, mas foi causadora de desgraça.

E existe tanta mais coisa que poderíamos aflorar, como o imobiliário, os empréstimos sem garantias reais aos presidentes dos bancos, as rendas fixas, empréstimos a 40 anos com spreads baixíssimos ...etc...etc

Não vale a pena desvirtuar mais este tópico. Se quiserem fazer um tópico sobre a banca, irei lá por um ou dois comentários.


O BPI é o oráculo e o único a adivinhar o futuro. E em segredo! eram os únicos que sabiam o que se iria passar e guardaram segredo! (get real...) Por isso é que comprou dívida grega para a sua carteira. Por isso é que perdeu dinheiro. Por isso é que os rácios não eram mais elevados quando as entidades reguladoras decidiram que os bancos deveriam passar a ter rácios mais exigentes e por isso é que usou o dinheiro da troika que o estado conseguiu a 3.5% e vendeu a 8% à banca. Coitado do estado. Que horrivel negócio.

Quem alimentou o monstro fomos todos. O monstro está lá há décadas e nós continuamos a votar e a aceitar que seja alimentado.

Os bancos financiaram os mega negócios feitos no país: é normal. São um negócio e não podem ficar de fora dos negócios que há a fazer. Resta a saber se também irão perder com eles apesar de terem dons adivinhatórios.

Já agora, tens também grandes confusões quanto aos momentos de compra de cada uma das posições e a compra de posições diz respeito À gestão interna do banco, que neste caso, apesar de adivinhos, gerou prejuizo e comeu os lucros do ano.

Nota que até agora só te referiste a questões de gestão do próprio banco e não explicaste como é que a banca nacional destruíu as finanças públicas do país e as "arrebentou".

O imobiliário é outro negócio da banca. Mau, por sinal. E um problema da banca. Os coitadinhos dos clientes aceitaram a contra gosto comprar casas e usar os empréstimos dos maus dos bancos que emprestaram. É horrível. Foi isso que gerou o drama das finanças públicas certamente.

Tridion, desculpa, nada no teu discurso faz sentido. Misturas continuamente temas diferentes sem qualquer nexo e continuas sem sequer tentar explicar como é que a banca destruiu as finanças públicas. Foram uns grandes idiotas em ter financiado o estado? se calhar não. No dia em que o nosso estado falhar, a banca falha por definição - com ou sem deter dívida portuguesa.
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por Tridion » 9/4/2013 10:22

Em 2006/2007 o BPI tinha um relatório brutal sobre as finanças públicas do país. Onde estava escrito tudo o que se veio a passar.

Apesar desse conhecimento, o BPI e os outros bancos continuaram a alimentar o monstro, nas PPP's e na compra de títulos do tesouro. Quando a crise de 2008 arrebenta nos US, a EU diz aos governos para terem políticas expansionistas para não entrarem em recessão. O governo de então deita de rios de dinheiro numa economia não produtiva e esse dinheiro desaparece, atirando a nossa dívida para perto dos 100%. Nesse momento as agências de rating começam achar que Portugal é um País pouco recomendável para se por o dinheiro e desce o rating do País. Nesse momento os bancos portugueses ficam aflitos porque estão cheios de porcaria de dívida portuguesa que já não serve de colateral junto do BCE, que só aceita divida triple AAA.

O crédito aos bancos tinha-se fechado.

Não contente com isso o BPI, paralelamente compra dívida grega cerca, de 500 milhões o que até não é muito, mas com o hair-cut perderam mais de metade do dinheiro.

Resumo da história, os bancos portugueses aprenderam alguma coisa com a história e deixaram de comprar dívida de países manhosos, como o nosso?

Não, os lucros do BPI em 2012 devem-se sobretudo à compra de dívida portuguesa. O que acontecerá ao sistema bancário se a dívida portuguesa precisar de um hair-cut?

A banca nacional não foi a única causadora da desgraça do País, mas foi causadora de desgraça.

E existe tanta mais coisa que poderíamos aflorar, como o imobiliário, os empréstimos sem garantias reais aos presidentes dos bancos, as rendas fixas, empréstimos a 40 anos com spreads baixíssimos ...etc...etc

Não vale a pena desvirtuar mais este tópico. Se quiserem fazer um tópico sobre a banca, irei lá por um ou dois comentários.
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por Pata-Hari » 8/4/2013 23:34

ppbogos Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:ppbogos, vamos trazer a conversa para o tema. Atirar o tema para o espaço não ajuda, senão daqui a pouco estou a falar na influência do planeta neptuno na capitalização do BPI e na carteira de crédito malparado do BES.


Compreendo que a discussão possa divagar.
Mas temos que compreender as causas. Eu estou a referir um grande e o maior problema que nos trouxe até aqui.

Enquanto se passam as décadas, em "algures momentum" a politica atravessa-se da maneira mais ignobil prejudicando a sociadade como um todo.

Sabes bem que o que está em causa é o interesse politico sobre o económico e vice-versa.

Isto para referir que andam agora todos a correr "à pressa" atrás dos tão famosos Core Tier, uma espécie de moda que se implementou porque a selvajaria foi mais que muita.

Questão directa.... O BPI é dos bancos nacionais que não embarcou como outros nas loucuras da última década, mas tem também os seus pecados, muito também por interesse da sua estrutura accionista.
O cidadão comum também tem culpa no cartório, pois não se lembra que um dia terá que pagar com juros. Mas não o queiram é colocar na linha de frente para ser imediatamente abatido.

Cumprimentos


Nao percebi. Afinal como é que a banca nacional causou a desgraça do país?
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