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Caldeirão da Bolsa

François Hollande - Novo presidente francês

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Automech » 21/4/2013 23:03

Não percebo. Então este não era o salvador da França e da Europa ? O senhor das politicas de crescimento e da anti-austeridade ? O ídolo do Tó Zé ? Deve haver aqui um grande lapso.

Hollande bateu recorde de impopularidade de um presidente francês
21 Abril 2013, 15:06 por Lusa

74% dos franceses estão descontentes com a política do presidente francês, de acordo com o estudo do instituto Ifop, publicado hoje pelo Journal du Dimanche.

O presidente francês, François Hollande, bateu o recorde de impopularidade de um chefe de Estado em França, desde que em 1958 se começaram a fazer este tipo de sondagens, com 74% dos franceses descontentes com a sua política.

O estudo do instituto Ifop, publicado hoje pelo Journal du Dimanche, indica que o presidente socialista ultrapassa em dois pontos percentuais o pior registo alcançado pelo seu antecessor, Nicolas Sarkozy.

Na última sondagem, Hollande registou uma impopularidade de 68%. Segundo o Ifop, esta subida de seis pontos percentuais é explicável pelo "caso Cahuzac", a demissão do ministro do Orçamento por ter uma conta bancária na Suíça não declarada.

Apenas um quarto dos inquiridos aprova a gestão de Hollande, valor que regista também uma queda de seis pontos, mas é superior aos 22% obtidos por François Mitterrand em 1991.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... ances.html
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por PMACS » 18/4/2013 11:38

Ontem o MarcoAntonio postou uma noticia em que a UE pedia ao governo Grego para ilegalizar o Aurora Dourada, o que dirão de Le Pen em França!

Sondagem dá larga vantagem ao antigo Presidente em caso de eleições presidenciais. E Marine Le Pen, líder da extrema direita, iguala o resultado de Hollande.

Sarkozy-30%
Hollande-22%
Le Pen-22%
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por Pata-Hari » 17/4/2013 8:15

Delicioso!

(e assustadora a afirmação do "eu não gosto de gente rica" - lá que está a esforçar à brava para conseguir ver-se livre deles, está! só não sei se gostará mesmo do resultado)

French politics

The French cabinet's riches
Apr 16th 2013, 11:33 by S.P. | PARIS


“I don’t like rich people,” François Hollande famously declared on a French television show a few years ago. When campaigning for the presidency last year, he declared war on the “world of finance”, and promised a top income-tax rate of 75% on the rich. Now his anti-rich people rhetoric seems to be backfiring: seven of his government ministers, as well as his prime minister, are millionaires. This was revealed after tough new disclosure rules obliged the entire cabinet (see picture above) to publish their assets online by April 15th.


Under the new rules, far tougher than the British version, ministers had to declare the value of all their assets, including property, shares and bank accounts. The French are usually discreet about money, and dislike ostentatious displays of wealth. So the rules prompted some discomfort in government, and much delight in the press. Most daily newspapers this morning ran double-page spreads, if not league tables, of wealth. Le Parisien, a popular national daily, splashed across its front page: “38 ministers, 37 houses, 29 flats, 40 cars, 2 boats and 3 bicycles…”

The results revealed a number of surprises. Laurent Fabius, the foreign minister who descends from a family of dealers in antiques and art, declared over €6m ($7.9m) in assets, including a flat in Paris that he valued at €2.7m and two country houses. The lesser-known minister for the elderly, Michèle Delaunay, a former doctor, revealed wealth of €5.2m, including two properties in Bordeaux and two houses on the south-west coast of France. Michel Sapin, the labour minister, owns three country houses as well as farmland, and a flat in Paris, worth a total of over €2m. Even the prime minister, Jean-Marc Ayrault, a former schoolteacher, turned out to be a millionaire, with two properties to his name.

Cécile Duflot, the Green housing minister who makes much of taking public transport to work, owns two cars, neither of them electric. Mr Fabius, despite his asset base, has a €30,000 overdraft. Arnaud Montebourg, the left-wing industry minister who rails against globalisation, owns three properties and a Charles Eames armchair worth €4,300. French Socialist ministers turn out to be enthusiastic collectors of property, but almost none owns any shares.

Mr Hollande devised the new rules in haste as part of an effort to clean up public life after his former budget minister, Jérôme Cahuzac, confessed to lying to parliament about a secret foreign bank account he had held for 20 years. France has until now had some of the least demanding transparency rules for its elected officials, although the value of the president’s assets is made public upon his election. Mr Hollande’s declaration, published last year, includes two flats in Cannes and a house in the south of France, for a total value that he declares of around €1.2m, just under the threshold at which the country’s wealth tax kicks in.

Now Mr Hollande wants to pass a law to extend the disclosure rule to all deputies. This may prove far harder. As it is, some of his rich ministers found the exercise painful. Ms Delaunay described it as an “ordeal”, and said that she was “not a woman of luxury” but had worked hard all her life. Many deputies, on the left and the right, are outraged at the idea of following the ministers’ example. Even Claude Bartolone, the Socialist speaker of parliament, denounced the disclosure rules as “voyeurism” and feared the advent of “paparazzi democracy”. Jean-Luc Mélenchon, of the would-be revolutionary left and neither a minister nor French deputy, mocked the whole process by declaring on his blog his height and weight, stating that he owned no paintings, no car, no yacht and no horses—and that he did not dye his hair.

The real question is whether the new disclosure rules will help to prevent another Cahuzac affair. The former budget minister fell because he lied about his foreign bank account, and this was exposed by Mediapart, an investigative news website, and pursued by investigating judges. So far, the ministers’ declarations have not been verified, although Mr Hollande wants to set up a new body to do so. In the meantime, there is confusion about what the new rules are supposed to achieve. Libération, a left-leaning newspaper, said in an editorial that there is a risk of “confusing wealth with dishonesty”. And the exclusive focus on wealth masks other potential conflicts of interest in a country where many deputies are also civil servants, and more still serve as elected officials at various levels of government simultaneously.
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por JMHP » 9/4/2013 15:04

Tosh5457 Escreveu:É bom saber que ele o fez, mas penso que aí o problema a longo-prazo vai ter de ser combatido de forma diferente na Europa. Ou baixamos os custos laborais para níveis de países de 3º Mundo, ou a Europa impõe proteccionismo sobre os produtos que pode produzir. Teria de ser feito em toda a Europa, e é pena que não haja vontade política para isso. Só veria tais medidas a serem propostas pela esquerda, mas nem Hollande fala nisso.


O proteccionismo é o pior que poderia acontecer à economia europeia, sobretudo aos países exportadores e no nosso caso que dependemos cada vez mais das exportações.

Se a Europa aderi-se ao proteccionismo teria como retaliação automática medidas idênticas de outros países que são nossos clientes.

Ninguém tem nada a ganhar com proteccionismo de mercados. Temos é que aceitar os desafios e ajustarmos ás circunstancias o que não implica obrigatoriamente a redução de custos de mão-de-obra ao nível de países do 3º mundo (são cada vez menos).
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por Elias » 9/4/2013 14:52

Lion_Heart Escreveu:Se por exemplo a Nike (so um exemplo) fazia uma camiola da nossa selecção na europa e custava vamos supor 10 euros (e de certeza menos) , essa mesma camisola feita no vietname custa 5. Mas o preço aqui no retalho nao desceu, a empresa ganha é mais.


E porque é que o preço haveria de descer, podes explicar?
 
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por Ulrich » 9/4/2013 14:32

Pata-Hari Escreveu:
At its core, France’s economic malaise is a failure of public morality. The public sector elites not only detest the private sector, but they also believe that it is a higher calling to steal money from entrepreneurs and give it to civil servants. Suffice to say this moral bankruptcy of the body politic means the situation is intractable—when the population is bombarded with propaganda that wealth creation is somehow dirty, while it is morally permissible for the state to expropriate all private gains, it will be hard to build an environment for economic growth.



From Charles Gave




Aplicar-se-ia na perfeição ao nosso País, ou poderia ser uma resposta a um comentário do Galamba :mrgreen:
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por Pata-Hari » 9/4/2013 13:50

At its core, France’s economic malaise is a failure of public morality. The public sector elites not only detest the private sector, but they also believe that it is a higher calling to steal money from entrepreneurs and give it to civil servants. Suffice to say this moral bankruptcy of the body politic means the situation is intractable—when the population is bombarded with propaganda that wealth creation is somehow dirty, while it is morally permissible for the state to expropriate all private gains, it will be hard to build an environment for economic growth.



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por Lion_Heart » 9/4/2013 2:51

...
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por Lion_Heart » 9/4/2013 2:48

Lion_Heart Escreveu:Este topico e bastante interessante mas um tudo ou nada enganador.

A meu ver a culpa das barreiras alfandegarias terem desaparecido não é dos Governos mas sim das grandes empresas, estas sim é que dominam os Governos.

Nunca percebi como defensor de uma economia de mercado a existencia das chamadas mega corporações e "demasiado grande para falir".

Isto mostra a falha nitida de regulação por parte dos governos e o quanto estas mega empresas sao poderosas ao ponto de inverter a economia de mercado.


Se por exemplo a Nike (so um exemplo) fazia uma camiola da nossa selecção na europa e custava vamos supor 10 euros (e de certeza menos) , essa mesma camisola feita no vietname custa 5. Mas o preço aqui no retalho nao desceu, a empresa ganha é mais.

A saida das empresas da europa e dos eua para a asia e india so beneficiou essas empresas, e o pior de tudo foi os estados apoiarem isto.

Pior foi ainda terem criado coisas como ASAE para destruir as nossas tradições e "importar" novas.O nosso Governo é o exemplo perfeito de como algumas grandes empresas dominam o País e parece que nem a Troika vai conseguir fazer algo.
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por BearManBull » 8/4/2013 22:51

Tosh5457 Escreveu: São dos únicos países desenvolvidos que conseguiram manter a indústria e não entrar num processo de deindustrialização, isso parece-me vital.


Estás a falar de indústria high tech de alto valor acrescentado e que emprega mão-de-obra altamente qualificada.

Já agora porquê investir na indústria manufacturada e não na automatizada? Podia-se ter a Europa industrializada sem necessariamente criar postos de trabalho não qualificados!

Quanto representa o custo de produção no preço final de um produto inovador?

É melhor ter 20 portugueses a trabalhar numa actividade que gera 20% do custo de um produto ou 5 responsáveis por 60%?

Exemplo um iPhone (estou a dizer valores de cabeça mas não deve andar muito longe).

Preço de venda: 600 euros

Custo de produção: 150 euros
Lucro da Apple: 150 euros
Resto para marketing, I&D, gestão, lojas, etc: 300 euros

Os States ficam com mais de 400 euros por cada iPhone produzido.

Se o mesmo iPhone fosse produzido nos States teria custo muito superiores para além de retirar recursos de I&D para outras actividades menos estimulantes. Há ainda a questão de se poderem concentrar mais no desenvolvimento do produto que é realmente aquilo que agrega valor.
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por Quico » 8/4/2013 22:19

Elias Escreveu:Aqui está o resultado das políticas de crescimento do sôr Hollande!


França revê em baixa previsões do PIB para 2013 e 2014

(...)


Parece que, de repente, deu uma amnésia ao Tó Zé relativamente ao seu ídolo francês. :roll:
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por ToshB » 8/4/2013 22:16

Atomez Escreveu:
Tosh5457 Escreveu:O Japão e a Alemanha do pós-guerra aplicaram um forte proteccionismo sobre várias indústrias. Resultado? São dos países desenvolvidos mais industrializados do Mundo.

E então?

Por um lado não estamos num pós-guerra.

Por outro o Japão está estagnado há 20 anos e a Alemanha só está com bom aspeto quando comparada com o resto da Europa entre o anémico e o moribundo.


É só um exemplo de proteccionismo bem aplicado. É verdade que são economias estagnadas tal como a maioria dos países desenvolvidos, mas estão muito bem comparando com esses. A taxa de desemprego da Alemanha e do Japão estão a 5.4% e 4.3% respectivamente. São dos únicos países desenvolvidos que conseguiram manter a indústria e não entrar num processo de deindustrialização, isso parece-me vital.

Muitas das mudanças pela qual a Europa está a passar vieram para ficar. Isto só tem sido suportado à custa de endividamento, não há produção real para sustentar as economias sociais europeias. A Europa chegou onde chegou à custa da indústrialização e dos recursos naturais que conseguiu, se este processo de deindustrialização não muda vamos ter que nos habituar a sermos pobres.
Editado pela última vez por ToshB em 8/4/2013 22:20, num total de 1 vez.
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por atomez » 8/4/2013 22:08

Tosh5457 Escreveu:O Japão e a Alemanha do pós-guerra aplicaram um forte proteccionismo sobre várias indústrias. Resultado? São dos países desenvolvidos mais industrializados do Mundo.

E então?

Por um lado não estamos num pós-guerra.

Por outro o Japão está estagnado há 20 anos e a Alemanha só está com bom aspeto quando comparada com o resto da Europa entre o anémico e o moribundo.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por ToshB » 8/4/2013 11:17

Attentive Escreveu:
Tosh5457 Escreveu:... ou a Europa impõe proteccionismo sobre os produtos que pode produzir. Teria de ser feito em toda a Europa, e é pena que não haja vontade política para isso.


Tosh5457, na minha humilde opinião, mais tarde ou mais cedo, esta terá de ser uma das estratégias que os estados membros da união europeia terão de aplicar para podermos sair da recessão.

Sou de opinião que terá de existir algum proteccionismo à produção europeia.

Apresento este exemplo: Do total dos produtos que a ZARA (ou uma qq outra marca) coloca na europa para ser cá consumido, 40%, 50% ou 60% (ou uma outra %), teria obrigatoriamente que ser produzida no seio da UE. Só desta forma será possível fazer com que a indústria volte novamente a criar empregos.


Concordo, e o caminho pode passar por aí, obrigar os retailers a comprarem uma boa parte da produção feita na Europa. Mas também vai ter de passar pelo proteccionismo puro e duro, com taxas alfandegárias sobre vários produtos que podem cá ser produzidos.

Pois claro. À custa de os europeus terem de pagar produtos mais caros (mão de obra mais cara) e de pior qualidade (falta de concorrência externa) ...


Temos que olhar para a realidade e perceber que este caminho de deindustrialização está a levar-nos para o abismo. Não há soluções perfeitas, é verdade que várias coisas ficariam mais caras, mas é o custo para ter produção e uma economia saudável, e todos beneficiariam com isso. A alternativa é muito pior, uma economia baseada em serviços que não exporte uma grande parte desses serviços não funciona. Qualquer macro-economista minimamente sério sabe disso.

O Japão e a Alemanha do pós-guerra aplicaram um forte proteccionismo sobre várias indústrias. Resultado? São dos países desenvolvidos mais industrializados do Mundo.
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por atomez » 8/4/2013 1:31

Attentive Escreveu:
Tosh5457 Escreveu:... ou a Europa impõe proteccionismo sobre os produtos que pode produzir. Teria de ser feito em toda a Europa, e é pena que não haja vontade política para isso.


Tosh5457, na minha humilde opinião, mais tarde ou mais cedo, esta terá de ser uma das estratégias que os estados membros da união europeia terão de aplicar para podermos sair da recessão.

Sou de opinião que terá de existir algum proteccionismo à produção europeia.

Pois claro. À custa de os europeus terem de pagar produtos mais caros (mão de obra mais cara) e de pior qualidade (falta de concorrência externa) ...

Pior a emenda que o soneto. O caminho certo para a terceira-mundialização da Europa, estilo gigantesco parque temático para os americanos (do norte e sul) e orientais ricos virem nas férias admirar as glórias culturais do passado, torre Eiffel tipo pirâmide egipcia, capela Sistina tipo frescos greco-romanos...
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por Soma e segue » 8/4/2013 1:08

Tosh5457 Escreveu:... ou a Europa impõe proteccionismo sobre os produtos que pode produzir. Teria de ser feito em toda a Europa, e é pena que não haja vontade política para isso.


Tosh5457, na minha humilde opinião, mais tarde ou mais cedo, esta terá de ser uma das estratégias que os estados membros da união europeia terão de aplicar para podermos sair da recessão.

Sou de opinião que terá de existir algum proteccionismo à produção europeia.

Apresento este exemplo: Do total dos produtos que a ZARA (ou uma qq outra marca) coloca na europa para ser cá consumido, 40%, 50% ou 60% (ou uma outra %), teria obrigatoriamente que ser produzida no seio da UE. Só desta forma será possível fazer com que a indústria volte novamente a criar empregos.
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por ToshB » 8/4/2013 0:09

Renault avisa Hollande: Para construir mais carros em França é preciso custos laborais mais baixos


A Renault revela que para conseguir construir mais automóveis nas fábricas francesas precisa que os custos laborais e a rigidez do mercado de trabalho sejam combatidos. Os empresários franceses têm vindo a pressionar o Governo francês para que lance medidas para promover a competitividade da economia.
A pressão sobre o governo francês para proceda a reformas que promovam a competitividade tem vindo a aumentar.

Esta quarta-feira a Renault sublinha que para que possa produzir mais automóveis nas fábricas gaulesas é necessário que os custos laborais e a rigidez do mercado de trabalho sejam alterados.

“Fazer o mesmo Clio IV em França em vez de na nossa fábrica turca é 1300 euros mais caro e metade da diferença é devido a custos laborais”, afirmou Carlos Tavares, director de operação da construtora, citado pela Bloomberg.

“Dentro da Renault, as fábricas francesas são as mais fracas. Não é apenas uma questão de custos, é uma questão de flexibilidade”, acrescentou.

Este ano a Renault construiu menos de um quarto dos 2830 mil carros que produziu no ano passados nas fábricas gaulesas.

O Governo francês tem vindo a ser pressionado pelos presidentes das grandes empresas gaulesas para que tome medidas que ajudem a restaurar a competitividade da França. Os empresários pedem que o governo corte em 30 mil milhões de euros os impostos sobre os salários (contribuições para a Segurança Social) durante os próximos dois anos, de acordo com o que escreveu o “Financial Times” no passado domingo.

Os presidentes de empresas cotadas no principal índice bolsista francês (CAC 40) enviaram uma carta a Hollande – que deverá ter sido entregue esta segunda-feira – na qual apelam ainda a um corte de 60 mil milhões de euros na despesa do Estado, o equivalente a 3% do PIB francês, durante os próximos cinco anos. Para os empresários, "com uma despesa [pública] recorde de 56% do PIB, atingimos o limite do que é tolerável".

François Hollande, presidente da França, já prometeu que em Novembro vai apresentar um pacote de medidas para promover a competitividade da economia. Pacote esse que terá uma vigência de cinco anos.


É bom saber que ele o fez, mas penso que aí o problema a longo-prazo vai ter de ser combatido de forma diferente na Europa. Ou baixamos os custos laborais para níveis de países de 3º Mundo, ou a Europa impõe proteccionismo sobre os produtos que pode produzir. Teria de ser feito em toda a Europa, e é pena que não haja vontade política para isso. Só veria tais medidas a serem propostas pela esquerda, mas nem Hollande fala nisso.
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por Automech » 8/4/2013 0:07

Esses não têm a troika como desculpa. Devem-se ter ido abaixo por causa da quebra de exportações para Portugal. :twisted:
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por Elias » 8/4/2013 0:00

Aqui está o resultado das políticas de crescimento do sôr Hollande!


França revê em baixa previsões do PIB para 2013 e 2014

7 de Abril, 2013

A França assumiu hoje oficialmente as previsões de crescimento económico da Comissão Europeia no seu relatório, estimando agora uma subida de 0,1% do produto interno bruto (PIB) francês este ano e de 1,2% em 2014.

"Os números que vamos enviar ao Conselho de Finanças Públicas são, na realidade, os números da Comissão Europeia", afirmou o ministro da Economia e das Finanças francês, Pierre Moscovici, em declarações à cadeia de televisão iTélé, citada pelas agências noticiosas.

Assumir as previsões económicas de Bruxelas significou para o governo francês rever em baixa as suas estimativas, que apontavam para que a economia crescesse 0,8% este ano e 2% no próximo.

Pierre Moscovici disse ainda esperar que em 2015 a economia francesa atinja "um ritmo de crescimento - cerca de 2% - que permitirá criar empregos".

O objectivo do défice público, como já tinha sido anunciado pelo governo francês, é de 3,7% do PIB este ano, pelo que só em 2014 se aplicará o cumprimento deste não ultrapassar os 3%.

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por PMACS » 3/4/2013 12:45

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por mcarvalho » 13/1/2013 14:55

http://economico.sapo.pt/noticias/franc ... 60098.html

e mais intervenções recentes..


curioso ... recorda-me Salazar

para Angola em força...

:mrgreen:

eles são os terroristas.. como antigamente :)

depois foram os libertadores e nós os terroristas..

hoje terroristas e libertadores ou libertadores e terroristas pactuam ... até quando?
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por Automech » 10/12/2012 23:02

Gerard Depardieu sob fogo após declarar residência na Bélgica para fugir ao fisco
HOJE às 19:05

O actor francês Gerard Depardieu está a ser alvo de uma chuva de críticas após ser noticiado que mudou a sua residência fiscal para a vizinha Bélgica para escapar à nova taxa de 75% para os contribuintes gauleses de maiores rendimentos.

Este é apenas mais um polémico episódio para o actor de 63 anos, depois de ter urinado numa garrafa a bordo de um avião, ter caído de uma vespa quando estava embriagado ou ter-se associado à filha de Islam Karimov, o presidente ditatorial do Uzbequistão.

Depardieu mudou a sua residência fiscal para Nechin, uma pequena aldeia junto à fronteira franco-belga que se tornou um local de eleição para os franceses mais ricos que assim evitam a taxa de 75% aprovada pelo governo de François Hollande.

Um quarto da população da aldeia é francesa, incluindo membros das famílias Meunier e Mulliez, proprietárias do Carrefour e Auchan, respectivamente.


O maire de Paris, o socialista Bertrand Delanoe, afirmou: «É pena porque é um grande actor e alguém que conheço e gosto. Ele é um homem generoso, mas neste caso não é isso que mostra».

Jean-François Cope, um dos líderes da UMP, também criticou o episódio, aproveitando para apontar o dedo à política fiscal de Hollande.

«Não quero fazer julgamentos, mas é negativo para o país e para a sua imagem. Não vemos os principais empresários ou celebridades a saírem da Bélgica, Reino Unido, Alemanha ou Itália», referiu.

A nova taxa de 75% incide sobre os rendimentos anuais superiores a um milhão de euros.

Para além de cobrar cerca de dois milhões de euros de cachet por filme, Depardieu possui vários negócios e propriedades. O actor possui uma vinha e um palacete no Vale do Loire, participações em várias adegas em França e noutros cinco países, três restaurantes em Paris, uma peixaria e uma produtora.

O exílio na Bélgica de Depardieu terá de ser interrompido na próxima quinta-feira, data em que o actor terá de comparecer em tribunal na sequência da queda de uma vespa no mês passado quando conduzia com um nível de álcool três vezes superior ao limite legal.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=605920
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por Quico » 10/12/2012 22:56

Fosse ele daqueles em que as esquerda bem-pensante das redacções gosta de malhar e já está visto o pagode que ia ser: "Olha outro a anunciar o fim da crise!" :roll:

Assim, sendo um dos heróis da esquerda, que ia salvar a Europa da perfídia dos mercados, a coisa passa despercebida... Pfff!
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por Dom_Quixote » 10/12/2012 20:06

Esta declaração do Hollande faz-me lembrar qualquer coisa, passada não sei bem onde...
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por Lion_Heart » 10/12/2012 20:01

AutoMech Escreveu:
Crise na zona euro está ultrapassada, diz Hollande
HOJE às 18:21

O Presidente francês, François Hollande, afirmou hoje em Oslo que a crise na zona euro «ficou para trás» e sublinhou todos os esforços para «resolver os problemas».

«A crise da zona euro, já disse isto, ficou para trás. Demos à Grécia os fundos que esperava, em Espanha permitimos ajuda ao setor bancário e em Itália, apesar da incerteza política, estou certo que os italianos vão dar a resposta adequada», afirmou Hollande aos jornalistas.

«Então o que temos a fazer já não é simplesmente sair da crise da zona euro, isto está feito», acrescentou, após a entrega do Nobel da Paz à União Europeia.

Hollande afirmou que há seis meses que está a trabalhar para resolver os problemas e "agora é preciso crescimento, emprego e dar confiança aos jovens".

Questionado sobre a Itália, onde o primeiro-ministro, Mario Monti, anunciou que se vai demitir, estando previstas eleições legislativas antecipadas para 2013, Hollande mostrou-se otimista.

"Estou convencido que o que se passou vai permitir à Itália encontrar um Governo estável após as eleições de fevereiro. Vi em Monti não o desânimo, mas a vontade de um compromisso com o país", indicou.

"Sobre o lugar que quer ocupar, não sei, não me cabe a mim dizer, mas acho-o mobilizado", afirmou ainda a propósito do primeiro-ministro italiano.

Diário Digital / Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=605912


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