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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MiamiBlue » 4/4/2013 8:46

Um país sem estratégia de crescimento económico

Uma das opiniões transversais aos oradores do encontro é o facto de Portugal não possuir uma estratégia de crescimento económico.

“Não há estratégia económica em Portugal”, declarou o presidente do Deutsche Bank em Portugal, Bernardo Meyrelles. “O Governo tem uma estratégia financeira e não uma estratégia económica”, referiu por seu lado Augusto Mateus. Segundo o ex-ministro, a austeridade do governo está “mais próxima da austeridade estúpida do que da austeridade inteligente”. “As pessoas têm medo da solução e não do problema”, acrescentou, revelando que o país tem medo da competitividade que conduz à criação de emprego.


http://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/solucao_para_a_crise_do_pais_passa_pela_congregacao_e_uma_sociedade_civil_forte.html
[/b]
 
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por MiamiBlue » 2/4/2013 22:17

Dom_Quixote Escreveu:Por cá também podia (e devia) ter sido assim...

"Empréstimo de 10 mil milhões de euros ao Chipre será pago em 22 anos com um juro de 2,5%, indicou hoje um porta-voz do governo."

http://economico.sapo.pt/noticias/chipr ... 66096.html


O Chipre tem melhor condições no empréstimo que Portugal - incrível.

Para quem tinha dúvidas, fica bem explicado que a teoria do bom aluno, só traduz a inoperância e incompetência do atual Governo em matéria europeia.

Para quem duvidava, é possível obter melhores condições para Portugal? Sim.

O que é preciso? Um Governo que seja astuto, combativo e defenda efectivamente os interesses de Portugal no exterior.
 
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por JMHP » 1/4/2013 19:43

MiamiBlueHeart Escreveu:
JMHP Escreveu:
Considera que o mercado interno português "morreu" porque as pessoas e empresas estão na sua maioria endividadas durante os próximos anos, mas para além disso disse que o que mais estava a marcar a sua experiência no mercado externo, era a mentalidade das pessoas e segurança que esses mercados se distanciam do português.
D


JMHP,

Não querendo andar sempre em contradição, não posso deixar de mencionar que essa diferença de mentalidade depende muito do país para onde se exporta.

Conheço experiências muito boas e outras muitos más, pro exemplo, para os países africanos é extremamente difícil fazer cumprir um contrato.

Por isso, como em tudo na vida, a mentalidade varia muito dependendo do lugar para onde se exporta.


Miami,

Como é evidente existem experiências e casos muito maus pelo mundo fora, em Portugal nem tudo é mau, existem felizmente empresas muito boas e que são a antítese da imagem do país tal como comprova o aumento das exportações nacionais.

Eu não fiquei nada surpreendido pela conversa do dito empresário, para ele era uma novidade o contacto com os mercados externos, no caso da minha empresa são quase 30 anos de exportação a 100%.

Temos também fornecedores portugueses e a esse nível notam-se bastante as diferenças, nomeadamente a nível de assistência e suporte técnico. Ou seja enquanto a colaboração correr dentro do acordado tudo bem, mas quando o fornecedor falha ou tem dificuldade em cumprir o acordado é que se notam bastante as diferenças entre um serviço ou produto nacional e estrangeiro,
Recorrer á justiça em Portugal é uma anedota e um puro desperdício de tempo e dinheiro.

Entre uma aquisição nacional ou externa preferimos sempre nacional, embora temos um maior rigor em assegurar garantias a empresas portuguesas, sobretudo informações da saúde financeira e bancaria da empresa.
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por MiamiBlue » 1/4/2013 19:07

JMHP Escreveu:
Considera que o mercado interno português "morreu" porque as pessoas e empresas estão na sua maioria endividadas durante os próximos anos, mas para além disso disse que o que mais estava a marcar a sua experiência no mercado externo, era a mentalidade das pessoas e segurança que esses mercados se distanciam do português.
D


JMHP,

Não querendo andar sempre em contradição, não posso deixar de mencionar que essa diferença de mentalidade depende muito do país para onde se exporta.

Conheço experiências muito boas e outras muitos más, pro exemplo, para os países africanos é extremamente difícil fazer cumprir um contrato.

Por isso, como em tudo na vida, a mentalidade varia muito dependendo do lugar para onde se exporta.
 
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por JMHP » 1/4/2013 16:41

Este fim-de-semana tive a oportunidade de jantar com um empresário nortenho que produz jóias e trabalha com metais preciosos. A dada altura da conversa disse que estava muito satisfeito por finalmente conseguir trabalhar para países estrangeiros e estar a reduzir significativamente a dependência do mercado interno que só é de apenas 30% do seu negocio.

Considera que o mercado interno português "morreu" porque as pessoas e empresas estão na sua maioria endividadas durante os próximos anos, mas para além disso disse que o que mais estava a marcar a sua experiência no mercado externo, era a mentalidade das pessoas e segurança que esses mercados se distanciam do português.
Diz ele que o "português" por natureza é mau cliente e caloteiro, exige demasiado acima do que pretende pagar e raramente é cumpridor com os prazos de pagamentos. Segundo ele, são reflexos típicos de um caloteiro.


majomo Escreveu:Certo, que as exportações são importantes, mas...

- devemos acabar com a procura interna de rajada, como está a ser o caso?

-vamos exportar o quê?
Que produtos nos devemos dedicar? Aos pasteis de belém?


A exportações não se fazem por decreto, nem se definem por desejo ou caprichos de terceiros. As exportações são concretizadas por via do mérito das empresas e mais-valias dos nossos produtos que são avaliadas pelo êxito ou não da procura.

Os políticos e governantes podem apenas ajudar na melhoria das condições para a realização dos negócios, como reduzir burocracia, justiça rápida, carga fiscal reduzida e na elaboração de legislação simples e transparente. Os empresários fazem o resto.

Quanto aos pasteis de Belém ou os famosos "pasteis de nata" referidos pelo ministro da economia, expressão que serve muitas vezes de piada nomeadamente por aqueles que muito falam mas não produzem nada... Perguntem aos americanos se acham piada alguma ao facto de venderem pelo mundo fora hamburgers, donuts ou aquele café que sabe a agua de torneira cheio de açúcar inspirado numa personagem do livro Moby Dick.
Ou aos alemães... Como é que aqueles idiotas se lembraram de exportar e inundar o mundo com salsichas?!... Coisa que apenas necessita de um porco. :roll:
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por MiamiBlue » 1/4/2013 15:35

mais_um Escreveu:
. Por outro lado, a recessão económica que voltou a afectar a economia portuguesa no ano passado, a maior desde 1975, retirou mais de 5,6 mil milhões de euros ao PIB em 2012.


Fonte: Publico


Belo ritmo de destruição de receita...

É a tradução da destruição da economia portuguesa..

Temos que baixar a despesa? Sim.

Mas a este ritmo de destruição de receita, Portugal nunca vai sair desta grave crise.

Surpresa??
Só se for para quem anda a dormir neste país ou não conhece o país real.
 
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por mais_um » 1/4/2013 14:28

PIB perde 5,6 mil milhões e dívida cresce

De acordo com os dados do INE, a dívida pública atingiu 123,6% do PIB em 2012, o que significa um desvio face às projecções feitas pelo Governo este mês (123%) e que já correspondiam a uma revisão inicial das metas. O agravamento face a 2011, ano em que o peso foi de 108,3%, é justificado por um aumento da dívida e pela queda do PIB. O reporte a Bruxelas indica que, entre 2011 e 2012, a dívida assistiu a uma escalada de 19 mil milhões de euros, tendo passado de 185.240,7 para 204.485 milhões de euros. Para este ano, o INE estima que haverá um recuo na dívida para 201.111,5 milhões. Por outro lado, a recessão económica que voltou a afectar a economia portuguesa no ano passado, a maior desde 1975, retirou mais de 5,6 mil milhões de euros ao PIB em 2012. Apesar do efeito preço, os dados do INE indicam que o valor provisório de 2012 empurra este valor para os 165.409,2 milhões de euros, menos 5655 milhões do que em 2011, quando este terá atingido os 171.064,8 milhões. O pico máximo do PIB nominal foi em 2010, quando atingiu os 172.669,7 milhões de euros, tendo iniciado uma tendência de queda que se espera que continue este ano. RAC, com Lusa


Fonte: Publico
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por mais_um » 1/4/2013 13:35

Sorri e acena.... 8-)

Aplicações da Segurança Social baixam dívida em 1.386 milhões

Dívida em carteira e depósitos da Segurança Social no Estado aumentaram 22%: sem este contributo o rácio da dívida pública seria de 124,5% do PIB.


O valor das aplicações da Segurança Social em dívida pública, depósitos e outros empréstimos concedidos ao próprio Estado aumentou em 1.386 milhões de euros no ano transacto, passando ...


http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... lhoes.html
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por djovarius » 1/4/2013 13:03

Boas,

Considero que esta discussão sobre os Alemães não leva a lado nenhum.
Tudo isto deriva em parte do facto dos Alemães terem provocado 3 guerras (quentes) num espaço de 150 anos. Isso leva a um legado infindável e a discussões, muitas vezes, sem sentido. Também se poderia dizer quem em 60 anos não provocaram guerra nenhuma.
É um povo que mantém uma busca incessante pela sua identidade, levando a intermináveis discussões (internamente) que geralmente não levam a nenhuma conclusão.
No entanto, têm capacidade de reflexão e autocrítica. Agora mesmo, saiu na TV pública alemã uma superprodução de 4 horas e meia dividida em 3 partes iguais intitulada "Nossas mães, nossos pais" que pretende e penso que consegue pôr um ponto final à expiação de culpas sobre a II Guerra Mundial. Sem pretender ser um filme essencialmente de guerra, acaba por também o ser. A crítica norte-americana já o considerou um dos melhores filmes sobre o assunto de todos os tempos, algo impensável numa produção feita pelos derrotados.

Vejam se nós já fizemos algo do género sobre a guerra de África? Não, porque não somos capazes, como bom povo latino, de enfrentar os nossos fantasmas e seguir em frente. Interiorizamos, sofremos em silêncio e fazemos de conta que nada aconteceu. O que lá vai, lá vai, diriam "nuestros hermanos".

E o mesmo sucede nas respetivas sociedades e economias nos dias de hoje.
Quando será que vamos perceber que tudo o que se passa é nossa própria culpa ?
Que culpa têm os outros de terem feito reformas estruturais a tempo e nós não.
Pior: nós sabemos que as temos de fazer. O diagnóstico dos males está feito, mas ninguém quer dar o remédio ao paciente, porque sabe mal.

Que culpa têm os Alemães, se nós vamos levar as crianças à Escola de carro, mesmo quando a Escola fica a 400 metros? Eu vi crianças da mesma idade por lá a caminharem na neve como toda a gente para chegar à Escola antes das 8 horas !!! :shock:

É tudo uma questão de mentalidade, a qual só muda, no nosso caso, quando não houver mesmo dinheiro para gastos desnecessários.

E quanto aos critérios de riqueza, se aceitarmos incluir a casa própria no rolo, então aquele estudo não é tão estranho como parece.
É que a maioria das casas, lá na Alemanha, não pertence às pessoas que nelas vivem. Pertencem a outros privados, ou a grupos grandes, ou a Fundos mobiliários ou ao Estado ou mesmo a Cooperativas de Habitação. Um grande mercado de arrendamento que aqui se perdeu.
É que os Bancos não fariam o mesmo que fizeram aqui. Nem vale a pena relembrar a loucura do imobiliário.

Na Alemanha, um rendimento bruto de 5.000 euros por mês não qualifica ninguém para um crédito à habitação. O Banco quer saber mais sobre a pessoa e suas garantias reais.
Quer saber, se está há muito tempo no mesmo emprego (por vezes, mudar de emprego constantemente sinaliza irrequietude pessoal), que tipo de emprego tem, tipo de contrato, etc...)
E só emprestam cerca de 60% (e se...) do valor da avaliação. Com isso, eles "testam" o cliente. Se ele poupa ou arranja facilmente os 40%, então merece outro tipo de "tratamento".

Perante estas dificuldades, vocês não se "queixariam" de terem de contribuir para o sul da Europa ? Pois é...

Abraço

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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por majomo » 1/4/2013 11:27

richardj Escreveu:
majomo Escreveu:
richardj Escreveu:
majomo Escreveu:
richardj Escreveu:miami, viste alguma empresa alemã ganhar uma privatização? Não (?)

Qualquer investimento de grande escala alemão será visto com uma cedência do governo a interesses estrangeiros, principalmente alemães, que nós estão a financiar. A ajuda é feita pelas portas de fundo. Por exemplo, pela manutenção das fabricas da auto europa. Ou não reparaste que as grandes multinacionais estão a fechar fabricas em França, na Bélgica e outros países por que estarem a ser pouco competitivos.

Ou já esqueceste aquela conversa entre o nosso ministro das finanças e o ministro das finanças alemão antes de uma reunião do eurogrupo o ano passado?

Se fosse outro governo, ou de outra cor, sem ter ido atrás dos chineses para os convencer a olhar para o processo, provavelmente este não teriam apresentado a sua proposta e terias vendido à mesma a EDP por 2600 milhões. Repara que, se não estou em erro, eles compraram as acções +- 50% a cima da cotação. Não estou a dizer que eles também não vão tirar proveito nisso, mas se não fores procurar investidores para investir neste pais, aparecem menos à porta.

a troika está a ajudar a fazer rollover da divida, permitir trocar os empréstimos de curto prazo com juros altíssimos (feitos entre 2008 e 2010) por empréstimos de longo prazo com juros mais razoáveis (mas ainda assim, demasiados altos para uma economia que não cresce)

Quanto ao turismo, não sei se é pelos preços serem mais baixos, aqui em portugal os preços também baixaram, a competitividade entre os vários países do sul mantém-se e no entanto todos os países do sul receberam mais turistas. Este ano em lisboa vão abrir mais 13 hotels. A questão é que eu acho que existe uma sensibilidade politica para que os povos do norte venham passar ferias no sul, da mesma forma que os políticos em portugal dizem para passar ferias em portugal, e outros acham que não.


Em tua opinião, qual o paradigma que este governo defende para a economia portuguesa?


nenhum, vive, como todos os governos anteriores, sempre no curtíssimo prazo.


Pelo que ouço e pelas leis que vão saindo... o paradigma é assentar a economia nas exportações, tendo por base a precariedade e baixos salários.
O consumo interno e investimento não são prioridade...
Quanto aos resultados destas políticas... estão a ser catastróficas, com a agravante de comprometer o futuro de Portugal.


exportações sim. Não percebo porque que só agora é que as exportações são importantes. Pensei que, desde que tivesse proveitos, venderia para qualquer lado.

Faz todo o sentido investir na exportação e não no consumo interno. Portugal é um pais com 10 milhões de habitantes. Quantos pequenos países(em habitantes) conheces que prosperaram apenas com consumo interno?

A exportação representa 30 35% do PIB em portugal, quando em outros pequenos países( em população) como a Holanda (60%), Dinamarca (45%), Bélgica (70%), Luxemburgo (45%), Suiça (60%), Suécia (66%), Noruega (58%), Áustria (47%) etc...

Acho que o governo dá importância ao investimento, mas a questão é que nós estamos ultra individidados, nem temos dinheiro para pagar as nossas despesas quanto mais para investir, os privados estão ultra individados, pelo que os únicos que podem/tem condições para investir em portugal são os estrangeiros. A única alternativa a essa situação é sair do euro, e imprimir dinheiro para fazer investimento através do estado.


Certo, que as exportações são importantes, mas...

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por Elias » 31/3/2013 19:43

mais_um Escreveu:Pensei que eras saloio... (Loures) :lol: :lol:


Pensaste mal. Nasci em Lisboa e morei lá mais de 30 anos :)
 
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por mais_um » 31/3/2013 19:20

Elias Escreveu:
Para que conste: eu também sou de Lisboa, não tenho qualquer motivo para achar que os da capital são "maus".



Pensei que eras saloio... (Loures) :lol: :lol:
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por mais_um » 31/3/2013 19:02

richardj Escreveu:
a troika está a ajudar a fazer rollover da divida, permitir trocar os empréstimos de curto prazo com juros altíssimos (feitos entre 2008 e 2010) por empréstimos de longo prazo com juros mais razoáveis (mas ainda assim, demasiados altos para uma economia que não cresce)



Isso não é de todo verdade, os leilões de BT (curto prazo)tiveram taxas entre os 0,5% a 4,8% e todos eles com prazos inferiores ou igual a um ano, como os empréstimos da troika começaram no final de maio de 2011, só podiam ser usados por uma parte bastante reduzida dos montantes emprestados entre 2008 e 2010 mas até isso nós continuámos a fazer, leilões de BT, mesmo com a troika.

Em relação às OT , desde que tens a troika, ainda só venceu uma serie, em 2012 e o montante era baixo (cerca de 8,5 mil milhões) e a taxa de juro dessa serie não era "altíssima", essa serie chegou a ter leilões com taxas abaixo dos 2%, se não me falha a memoria.

O dinheiro da troika serve para financiar os défices e a ajuda aos bancos e fazer o roll out das OT de 2012.
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por A330-300 » 31/3/2013 7:27

Sem querer entrar em discussões , apenas friso que gosto muito da Alemanha e de trabalhar com alemães.

São objetivos , competentes sem serem uns chatos.Sempre me dei excelentemente bem com todos os alemães que conheci e ou trabalhei.

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por VIXIUM » 31/3/2013 2:07

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por Elias » 31/3/2013 1:57

VIXIUM Escreveu:Agora eu tenho opinião, com ou sem direito a ela mas tenho.


Claro que tens direito à tua opinião, nem foi minha intenção sugerir que não tinhas direito a ela. Apenas considerei excessivo que tenhas pretendido fazer da tua opinião um facto incontestável.

VIXIUM Escreveu:Para finalizar, sim, sou de Lisboa e com muito orgulho. Há quem esteja sempre contra alguém que é da capital como se só houvesse gajos maus na capital. É também um entendimento que se tem por este país fora. Sempre contra os estereótipos e acabaste de fazer emergir outro...só quem não é humano é que não os tem.


Para que conste: eu também sou de Lisboa, não tenho qualquer motivo para achar que os da capital são "maus".

E para que fique claro, eu não criei estereótipo algum, uma vez que deixei claro na minha mensagem que estava a escrever sobre "todas as pessoas que conheci até hoje", não fiz extrapolações sobre o resto da população que não conheço.
 
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por VIXIUM » 31/3/2013 1:39

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por VIXIUM » 31/3/2013 1:25

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por joaoventura » 31/3/2013 0:42

Vocês não se zanguem com os alemães ou espanhóis armarem-se em superiores. Quanto a isso eu tenho uma técnica, e que passo a explicar:

Vejam este mapa. Como podem ver, excepto em Portugal, Grécia e no Norte da Europa, a maioria dos países "dubla" os filmes/séries nas TVs para as suas línguas maternas. Isto, em termos gerais, significa que têm menos interesse/disponibilidade/capacidade_de_reconhecimento de outras linguagens.

Portanto, quando estou no estrangeiro, em trabalho ou conferências, sou sempre capaz de falar um pouco de espanhol com os Espanhois, de italiano com os Italianos, de francês com os Franceses, e em termos gerais, inglês sem sotaques "ranhosos". Vocês talvez nem imaginem a diferença de tratamento devido a ser, em termos gerais, o elemento que é capaz de comunicar com todos.

Dou um exemplo: Tive em Milão há pouco tempo, e num sítio onde a minha namorada ia participar numa audição. Estavam franceses, italianos, alemães, uma russa, ingleses, um gregos, outros de países do leste, entre outros.. Imaginem quem era que fazia a tradução entre esta gente toda? Éramos nós, os Portugueses. E imaginem quem era que tinha sempre a informação toda que era trocada entre as pessoas, e a quem toda a gente vinha dar nova informação para confirmar? Pois, os Portugueses..

Estou como o outro: E o burro sou eu?! :)

É apenas um exemplo, mas prova que em termos gerais temos uma boa capacidade de comunicação, e que deveríamos saber aplicá-la. Neste caso concreto, ao sermos os mediadores, sabíamos sempre mais do que se estava a passar do que o resto da malta..

Portanto, deixem-se dessas tretas que os outros são superiores. Nós é que somos! :)
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por Elias » 30/3/2013 23:22

VIXIUM Escreveu:Nesse aspecto tens toda a razão. O da generalização e o da injustiça. Eu não generalizei nem pretendo criar estereótipos. Mas é um facto que o português médio é boa onda - há excepções. E é também um facto que o alemão médio não o é - há excepções.


Dizes que não pretendes criar estereótipos e logo a seguir apresentas aqui dois estereótipos, ao classificares o português médio e o alemão médio e apresentando isso como um 'facto' (quando na realidade é a tua opinião).

Já te ocorreu que os alemães podem ter uma opinião exactamente oposta, ou seja a de que "o alemão médio é boa onda e que o português médio não é"? E agora, qual destas duas opiniões é mais válida? Será que nós somos os "bons" e eles são os "maus"? Já te ocorreu que tudo isto não é mais do que uma questão de expectativas e que as diferentes expectativas são, elas próprias, o resultado de diferentes culturas?

Já o espanhol médio não é necessariamente boa onda e a rivalidade Portugal-Espanha sente-se


Mais uma vez uma questão cultural: aprendemos na escola que os espanhóis são "maus" e essa ideia é alimentada quase até à exaustão. Os fantasmas do passado (que os espanhóis tentaram tomar Portugal, a questão de Olivença mal resolvida) continuam vivos e isso sente-se no trato entre as pessoas, alimentando muitas vezes hostilidades desnecessárias. Curiosamente, todas as pessoas que conheci até hoje que dizem que não suportam espanhóis eram de Lisboa ou de outras cidades do litoral, já as pessoas que conheço que moram em zonas raianas, tanto no Alentejo, como na Beira como até no Minho dizem maravilhas dos seus vizinhos espanhóis (galegos, no último caso) e mantêm com eles excelentes relações.
 
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por Renegade » 30/3/2013 23:05

A última vez que fui à Alemanha foi em 2008, não sei se a "mentalidade" deles alterou entretanto...

Fui muito bem tratado, fui a conferências com pessoas de todos os países Europeus e tive a sorte de ficar num grupo de Holandeses e Noruegueses, todos uns porreiraços e que sabiam alguns pormenores interessantes sobre Portugal e, ao mesmo tempo, gozavam com o seu próprio país - lembro-me da maneira como os Noruegueses se caricaturavam e picavam os Suecos...

Não acredito muito em picardias alemãs. Vi lá muitos Alemães de origem estrangeira (Portugueses, turcos, indianos,...) que eram bem vistos pelos "loirinhos". Aliás, até nessa altura havia, não sei se ainda há, um complexo alemão (provavelmente do pós-guerra) de quase ter que ser simpático e não-xenófobo para todos.

Se calhar em poucos anos muita coisa mudou...
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por VIXIUM » 30/3/2013 21:29

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por Elias » 30/3/2013 20:56

VIXIUM Escreveu:Elias

Sempre te sentiste bem? Sempre foste bem tratado?


Não, de todo. Já foi tratado de forma muito hostil na Alemanha. E também já fui muito bem tratado.

E também já fui tratado de forma muito hostil em Espanha. E nesse país também já fui muito bem tratado.

E em Portugal - sim, em Portugal - já fui muito bem tratado e também já fui tratado horrivelmente.

As generalizações são quase sempre injustas. E sao injustas porque as pessoas não são todas iguais. Dizer que os "os alemães têm um quadrado na cabeça" é uma generalização tão abusiva como dizer que "os espanhóis são todos arrogantes" ou que "os portugueses são uns mandriões". As generalizações são injustas, porque tentam meter todos no mesmo saco. Servem para alimentar estereótipos, nada mais.
 
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por VIXIUM » 30/3/2013 18:48

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