Chipre congela depósitos
Herest Escreveu:Falando em medidas concretas, qual é o melho cenário para fugir a uma situação identica no nosso país?
Investir em obrigações e acções? Investir em fundos de moeda estrangeira ( dolares, coroas, etc, etc). Investir simplesmente em fundos de obrigações ou acções? Tentar abrir uma conta num país fora do euro? Abrir uma conta por exemplo na Alemanha? Levantar todo o dinheiro do banco e guarda-lo em casa?
bem questionado
penso ser estar investido
Falando em medidas concretas, qual é o melho cenário para fugir a uma situação identica no nosso país?
Investir em obrigações e acções? Investir em fundos de moeda estrangeira ( dolares, coroas, etc, etc). Investir simplesmente em fundos de obrigações ou acções? Tentar abrir uma conta num país fora do euro? Abrir uma conta por exemplo na Alemanha? Levantar todo o dinheiro do banco e guarda-lo em casa?
Investir em obrigações e acções? Investir em fundos de moeda estrangeira ( dolares, coroas, etc, etc). Investir simplesmente em fundos de obrigações ou acções? Tentar abrir uma conta num país fora do euro? Abrir uma conta por exemplo na Alemanha? Levantar todo o dinheiro do banco e guarda-lo em casa?
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_urbanista_ Escreveu:Um curioso... Escreveu:O que se está a passar parece-me o acontecimento mais importante desde a falência do Lehman Brothers!!!
Espanta-me a pouca relevância que os nossos medíocres media estão a dar ao assunto.
Cada vez mais prefiro a leitura deste forum em detrimento da televisão e jornais.
Ou será que somos apenas um grupo de neuróticos?
Concordo.
Estão a abrir um precedente muito grave, e pior, acho que a troika está a testar este tipo de medidas no chipre para vêr no que dá...
Testar em 800k não é o mesmo que em 10M. Parece-me (como foi aqui dito) que foi para salvaguardar o dinheiro dos russos. Imaginem os bancos falirem e dos milhões só reaverem 100k (era ridículo e poderia desencadear algo bem mais grave).
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Um curioso... Escreveu:O que se está a passar parece-me o acontecimento mais importante desde a falência do Lehman Brothers!!!
Espanta-me a pouca relevância que os nossos medíocres media estão a dar ao assunto.
Cada vez mais prefiro a leitura deste forum em detrimento da televisão e jornais.
Ou será que somos apenas um grupo de neuróticos?
Concordo.
Estão a abrir um precedente muito grave, e pior, acho que a troika está a testar este tipo de medidas no chipre para vêr no que dá...
VIXIUM Escreveu:Quando referi o nosso governo como liberal estava obviamente a ser irónico. Sei bem o que é ser liberal. Apenas diria que o nosso governo é designado de liberal mas na realidade de liberal nada tem.
VIXIUM,
Peço-te desculpa, pois interpretei mal o teu post.
Provavelmente, o facto de ter lido o Alexandre afirmar que é "mais liberal do que alguns" pelo facto de defender esta medida deixou-me o cérebro a rebolar de tal maneira que me perdi.
Se fosse para classificar esta medida na óptica de uma ideologia, chamar-lhe-ia fascismo financeiro.
Não li ninguém, seja ele liberal na tradição austríaca, monetarista ou outra qualquer, defender esta medida.
AutoMech Escreveu:Neste caso aquilo que deveria acontecer era a falência do banco e o pagamento do FDG até 100K. Deixaria muitos depositantes a arder acima desse valor, mas são essas as regras que eles aceitaram ao depositarem lá o dinheiro. Basicamente o mesmo que devia ter acontecido com o BPN.
Sem dúvida.
Não faz sentido defender esta medida como justificação para "fazer o dinheiro russo também pagar o resgate".
O dinheiro russo levaria um tombo muito maior se se cumprisse a regra da lei.
Em Portugal não acredito que venha a acontecer algo do género, pelo menos no curto prazo, pelo facto de haver ainda uma parte do dinheiro da troika disponível para capitalizar os bancos.
Mas gostava de ouvir o Passos ou o Gaspar pronunciarem-se sobre esta medida.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
.PMACS Escreveu:alexandre7ias Escreveu:.PMACS Escreveu:alexandre7ias Escreveu:http://www.newsit.gr/default.php?pname=Article&art_id=197995&catid=7
Dá para traduzires?.Cipriotas em choque tentam levantar dinheiro mas contas já estão bloqueadas
ROMANA BORJA-SANTOS 16/03/2013 - 15:25 (actualizado às 17:23)
Resgate ao país aprovado pelo Eurogrupo inclui taxa sobre todos os depósitos e já foram dadas ordens para bloquear essa verba.
Um cipriota tenta levantar dinheiro no multibanco após o anúncio do resgate ao paísYANNIS BEHRAKIS
Aprovada ajuda financeira a Chipre que inclui imposto sobre depósitos
Os cipriotas acordaram na manhã deste sábado com a notícia do resgate financeiro ao seu país, que implicará a aplicação de um imposto extraordinário a todos os depósitos bancários. A população tentou nas sucursais e nos sites dos bancos levantar o dinheiro, mas as contas já estavam bloqueadas desde que a decisão do Eurogrupo foi tomada.
Aumento dos impostos sobre as empresas, que podem chegar aos 12,5%, e um imposto extraordinário de 9,9 % sobre os depósitos acima dos 100.000 euros e de 6,7 % para os valores abaixo são algumas das medidas acordadas pelos ministros da Economia e das Finanças da zona euro para o resgate financeiro a Chipre, que atingirá os 10.000 milhões de euros.
Após uma reunião de dez horas de negociações que terminou na madrugada deste sábado, o grupo de 17 países acordou um pacote de medidas em que se destaca a inclusão dos depósitos bancários no apoio ao financiamento do país. O imposto sobre os depósitos será aplicado não sobre os juros, mas sim sobre o capital. O que significa que um cipriota ou um cidadão de outro país que tenha 101 mil euros num banco de Chipre, perderá de forma imediata dez mil euros, exemplifica o jornal El Mundo.
A população desta ilha do Mediterrâneo foi apanhada de surpresa pela decisão, que recebeu com preocupação e raiva. Logo nas primeiras horas da manhã muitos cipriotas, em pânico, dirigiram-se para os poucos balcões dos bancos que se encontram abertos neste sábado para tentar levantar o máximo de dinheiro possível, descreve o mesmo jornal. Mas as instituições já tinham cumprido a ordem de bloquear em cada conta a percentagem que irá reverter para a recuperação do país, fecharam as portas e bloquearam as movimentações de contas online. Nos multibancos fizeram-se também filas, sendo que as máquinas só permitem o levantamento de máximo de 1000 euros por dia. Mesmo nestes casos as pessoas depararam-se com uma verba já cativa.
O encerramento surgiu depois de o director-geral do Banco Central de Chipre ter dado ordens para que a decisão do Eurogrupo fosse cumprida de imediato. “Temos de nos conformar com a decisão”, explicou Erotocritos Jlorakiotis, acrescentando que a sua própria instituição aguarda mais detalhes sobre o acordo de Bruxelas, depois do primeiro pedido feito pelo país em Junho e ainda antes da eleição de um novo Presidente de direita.
“A mais dolorosa das soluções”
“Chipre escolheu a mais dolorosa das soluções”, assegurou o ministro cipriota das Finanças, Michalis Sarris, citado pela AFP, mas recordando que a alternativa era o país entrar num cenário de bancarrota, em que se perderia muito mais dinheiro. O mesmo governante tinha dito há dez dias que uma taxa sobre os depósitos seria “catastrófica” para o país. Mas agora vão conseguir arrecadar 5800 milhões de euros com esta medida. E adiantou também que os depositantes receberão acções do banco no valor equivalente ao que vão perder nos depósitos, mas não avançou até quando vigorará a medida.
Para evitar uma corrida aos levantamentos de dinheiro, já que este tipo de medidas implica um risco de fuga de capitais e cruza a linha que o Eurogrupo tinha dito que não ultrapassaria, o Governo cipriota deverá aprovar no domingo uma lei a proibir o levantamento de parte dos depósitos bancários a partir de terça-feira, já que segunda-feira é feriado no país. No entanto, por precaução, as instituições bancárias receberam instruções para garantir que online e nas agências abertas ao sábado não seriam feitas excepções.
"É uma catástrofe", resume um cipriota de 45 anos à AFP, depois de sair de uma caixa de levantamento automático. “Isto vai dar-nos vontade de sair do euro”, acrescentou um reformado. A preocupação é extensível às empresas, com um empresário belga a trabalhar em Chipre a assegurar que “se a medida for aplicada às sociedades” resta-lhes abrir falência.
É um roubo”, afirmou Kyriakos, um artista cipriota que acabava de levantar todo o dinheiro que pode retirar através de uma caixa multibanco para minimizar o risco de tributação do montante que tem na conta bancária e que vai ser “sujeito a impostos pelo plano selvagem da Europa”.
“Eu ganhei este dinheiro que agora fica retido para poder pagar os erros que eles cometeram”, acrescentou Kryiakos que se encontra na companhia de dois amigos que tal como ele vão tentar levantar o máximo de dinheiro que podem retirar da caixa automática numa rua de Nisósia.
“Estamos a tentar retirar o máximo de dinheiro, mas não está a resultar muito bem. Não sabemos se as contas estão bloqueadas ou se as máquinas já estão vazias”, acrescentou Joseph, bancário.
“Ninguém esperava isto e os bancos não estão ao corrente de nada”, segundo o mesmo cipriota entrevistado pela France Press na capital do Chipre.
Muitos depósitos de estrangeiros
Segundo a Reuters, estima-se que entre um terço e metade dos depósitos nos bancos cipriotas pertençam a russos e britânicos não residentes, mas que optaram por ali colocar o dinheiro devido às boas condições que o país oferecia. Aliás, o país tem sido criticado por atrair dinheiro com base em impostos reduzidos, promovendo evasão fiscal.
“Eu estou muito zangado. Trabalhei anos e anos para juntar o que tenho e agora estou a perder o dinheiro por ordem dos alemães e holandeses”, disse à Reuters Andy Georgiou, de 54 anos, que regressou em 2012 a Chipre depois de ter trabalhado no Reino Unido. “Dizem que a Sicília é a ilha da máfia. Não é a Sicília, é Chipre. Isto é pura e simplesmente um roubo”, insistiu um pensionista.
Pelo seu lado, o porta-voz do Governo Christos Stylianides apelou à calma, assegurando que “a situação é grave mas não trágica e não há qualquer razão para entrar em pânico”. Uma visão que é rejeitada pelo deputado do partido Diko (centro-direita) Nicolas Papadopoulos, que apoiou a eleição de Fevereiro do actual Presidente, e que fala num acordo “desastroso” para o sistema bancário, um pilar da economia do país. “Antes pensava que qualquer solução seria má para Chipre, mas esta é um pesadelo”, acrescentou.
Este é o quinto programa de assistência financeira na zona euro, depois dos da Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha (neste caso centrado apenas no sector bancário). Apesar de o Produto Interno Bruto de Chipre representar apenas 0,2% da zona euro, o comissário dos Assuntos Económicos e Monetários da União Europeia, Olli Rehn, sublinhou que a falência do país seria “relevante para todo o sistema”.
http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... as-1588027
Isso é copy/paste de outra noticia relacionada, eu pedi-te para traduzires a noticia do link que postastes!
Não consigo traduzir uma imagem. Era essa a intenção do link.
De qualquer forma mesmo traduzida quase que aposto que não diz grande coisa!
Re: Devem os depositante pagar? Ou devem os contribuintes?
AutoMech Escreveu:gorgol Escreveu:Os depositantes emprestaram dinheiro ao bancos. São credores dos bancos. Os bancos estão na falencia. Os capitais dos acionistas já se foram. Quem deve entrar? Os contribuintes como em Portugal com BPN ou os depositantes que fizeram más escolhas. Prendam os banqueiros, mas não resolve a falencia. Será que evita futuras? A memória é fraca!
Para mim está certo que são os depositantes, até porque seriam sempre eles se os bancos fossem à falencia, a seguir aos acionistas.
Devem ser apenas alguns depositantes ou uma forma de distribuir por todos. Parece-me certo que até 10% não é descalabro para ninguém. É um hair cut de 10%.
Quanto já se reduziu em vencimentos, via impostos ou mesmo redução de salários em Portugal. Cerca de 10%. Os contribuintes, via impostos devem ser os últimos a entrar. No BPN entraram antes dos depositantes.
Qual é a forma mais justa? Neste caso foram os depositantes que escolheram mal os bancos onde colocaram os seus depósitos. Não esquecer que a garantia dos depósitos, em portugal, era apenas de € 25.000.
Lição: os bancos são um local muito arriscado, visto sofrerem muito com o andamento da economia. Dispersar em diferentes ativos e bancos e países.
Bom, mas para sermos coerentes e penalizar as pessoas pelo risco que correram, o correcto é aplicar as regras que estavam estabelecidas ou seja, falir os bancos, pagar o FGD e seguir com a vida para a frente. Quem tivesse um montante acima do FDG, paciência. Aliás o que se devia ter feito com o BPN.
Assino....



Afinal parece que não vai ser assim tão simples!
(Reuters) - Cyprus's parliament has postponed until Monday an emergency session to vote on a levy on bank deposits after signs that lawmakers might block the surprise move agreed in Brussels to help fund a bailout and avert national bankruptcy.
(Reuters) - Cyprus's parliament has postponed until Monday an emergency session to vote on a levy on bank deposits after signs that lawmakers might block the surprise move agreed in Brussels to help fund a bailout and avert national bankruptcy.
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
Re: Devem os depositante pagar? Ou devem os contribuintes?
gorgol Escreveu:Os depositantes emprestaram dinheiro ao bancos. São credores dos bancos. Os bancos estão na falencia. Os capitais dos acionistas já se foram. Quem deve entrar? Os contribuintes como em Portugal com BPN ou os depositantes que fizeram más escolhas. Prendam os banqueiros, mas não resolve a falencia. Será que evita futuras? A memória é fraca!
Para mim está certo que são os depositantes, até porque seriam sempre eles se os bancos fossem à falencia, a seguir aos acionistas.
Devem ser apenas alguns depositantes ou uma forma de distribuir por todos. Parece-me certo que até 10% não é descalabro para ninguém. É um hair cut de 10%.
Quanto já se reduziu em vencimentos, via impostos ou mesmo redução de salários em Portugal. Cerca de 10%. Os contribuintes, via impostos devem ser os últimos a entrar. No BPN entraram antes dos depositantes.
Qual é a forma mais justa? Neste caso foram os depositantes que escolheram mal os bancos onde colocaram os seus depósitos. Não esquecer que a garantia dos depósitos, em portugal, era apenas de € 25.000.
Lição: os bancos são um local muito arriscado, visto sofrerem muito com o andamento da economia. Dispersar em diferentes ativos e bancos e países.
Bom, mas para sermos coerentes e penalizar as pessoas pelo risco que correram, o correcto é aplicar as regras que estavam estabelecidas ou seja, falir os bancos, pagar o FGD e seguir com a vida para a frente. Quem tivesse um montante acima do FDG, paciência. Aliás o que se devia ter feito com o BPN.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
alexandre7ias Escreveu:.PMACS Escreveu:alexandre7ias Escreveu:http://www.newsit.gr/default.php?pname=Article&art_id=197995&catid=7
Dá para traduzires?.Cipriotas em choque tentam levantar dinheiro mas contas já estão bloqueadas
ROMANA BORJA-SANTOS 16/03/2013 - 15:25 (actualizado às 17:23)
Resgate ao país aprovado pelo Eurogrupo inclui taxa sobre todos os depósitos e já foram dadas ordens para bloquear essa verba.
Um cipriota tenta levantar dinheiro no multibanco após o anúncio do resgate ao paísYANNIS BEHRAKIS
Aprovada ajuda financeira a Chipre que inclui imposto sobre depósitos
Os cipriotas acordaram na manhã deste sábado com a notícia do resgate financeiro ao seu país, que implicará a aplicação de um imposto extraordinário a todos os depósitos bancários. A população tentou nas sucursais e nos sites dos bancos levantar o dinheiro, mas as contas já estavam bloqueadas desde que a decisão do Eurogrupo foi tomada.
Aumento dos impostos sobre as empresas, que podem chegar aos 12,5%, e um imposto extraordinário de 9,9 % sobre os depósitos acima dos 100.000 euros e de 6,7 % para os valores abaixo são algumas das medidas acordadas pelos ministros da Economia e das Finanças da zona euro para o resgate financeiro a Chipre, que atingirá os 10.000 milhões de euros.
Após uma reunião de dez horas de negociações que terminou na madrugada deste sábado, o grupo de 17 países acordou um pacote de medidas em que se destaca a inclusão dos depósitos bancários no apoio ao financiamento do país. O imposto sobre os depósitos será aplicado não sobre os juros, mas sim sobre o capital. O que significa que um cipriota ou um cidadão de outro país que tenha 101 mil euros num banco de Chipre, perderá de forma imediata dez mil euros, exemplifica o jornal El Mundo.
A população desta ilha do Mediterrâneo foi apanhada de surpresa pela decisão, que recebeu com preocupação e raiva. Logo nas primeiras horas da manhã muitos cipriotas, em pânico, dirigiram-se para os poucos balcões dos bancos que se encontram abertos neste sábado para tentar levantar o máximo de dinheiro possível, descreve o mesmo jornal. Mas as instituições já tinham cumprido a ordem de bloquear em cada conta a percentagem que irá reverter para a recuperação do país, fecharam as portas e bloquearam as movimentações de contas online. Nos multibancos fizeram-se também filas, sendo que as máquinas só permitem o levantamento de máximo de 1000 euros por dia. Mesmo nestes casos as pessoas depararam-se com uma verba já cativa.
O encerramento surgiu depois de o director-geral do Banco Central de Chipre ter dado ordens para que a decisão do Eurogrupo fosse cumprida de imediato. “Temos de nos conformar com a decisão”, explicou Erotocritos Jlorakiotis, acrescentando que a sua própria instituição aguarda mais detalhes sobre o acordo de Bruxelas, depois do primeiro pedido feito pelo país em Junho e ainda antes da eleição de um novo Presidente de direita.
“A mais dolorosa das soluções”
“Chipre escolheu a mais dolorosa das soluções”, assegurou o ministro cipriota das Finanças, Michalis Sarris, citado pela AFP, mas recordando que a alternativa era o país entrar num cenário de bancarrota, em que se perderia muito mais dinheiro. O mesmo governante tinha dito há dez dias que uma taxa sobre os depósitos seria “catastrófica” para o país. Mas agora vão conseguir arrecadar 5800 milhões de euros com esta medida. E adiantou também que os depositantes receberão acções do banco no valor equivalente ao que vão perder nos depósitos, mas não avançou até quando vigorará a medida.
Para evitar uma corrida aos levantamentos de dinheiro, já que este tipo de medidas implica um risco de fuga de capitais e cruza a linha que o Eurogrupo tinha dito que não ultrapassaria, o Governo cipriota deverá aprovar no domingo uma lei a proibir o levantamento de parte dos depósitos bancários a partir de terça-feira, já que segunda-feira é feriado no país. No entanto, por precaução, as instituições bancárias receberam instruções para garantir que online e nas agências abertas ao sábado não seriam feitas excepções.
"É uma catástrofe", resume um cipriota de 45 anos à AFP, depois de sair de uma caixa de levantamento automático. “Isto vai dar-nos vontade de sair do euro”, acrescentou um reformado. A preocupação é extensível às empresas, com um empresário belga a trabalhar em Chipre a assegurar que “se a medida for aplicada às sociedades” resta-lhes abrir falência.
É um roubo”, afirmou Kyriakos, um artista cipriota que acabava de levantar todo o dinheiro que pode retirar através de uma caixa multibanco para minimizar o risco de tributação do montante que tem na conta bancária e que vai ser “sujeito a impostos pelo plano selvagem da Europa”.
“Eu ganhei este dinheiro que agora fica retido para poder pagar os erros que eles cometeram”, acrescentou Kryiakos que se encontra na companhia de dois amigos que tal como ele vão tentar levantar o máximo de dinheiro que podem retirar da caixa automática numa rua de Nisósia.
“Estamos a tentar retirar o máximo de dinheiro, mas não está a resultar muito bem. Não sabemos se as contas estão bloqueadas ou se as máquinas já estão vazias”, acrescentou Joseph, bancário.
“Ninguém esperava isto e os bancos não estão ao corrente de nada”, segundo o mesmo cipriota entrevistado pela France Press na capital do Chipre.
Muitos depósitos de estrangeiros
Segundo a Reuters, estima-se que entre um terço e metade dos depósitos nos bancos cipriotas pertençam a russos e britânicos não residentes, mas que optaram por ali colocar o dinheiro devido às boas condições que o país oferecia. Aliás, o país tem sido criticado por atrair dinheiro com base em impostos reduzidos, promovendo evasão fiscal.
“Eu estou muito zangado. Trabalhei anos e anos para juntar o que tenho e agora estou a perder o dinheiro por ordem dos alemães e holandeses”, disse à Reuters Andy Georgiou, de 54 anos, que regressou em 2012 a Chipre depois de ter trabalhado no Reino Unido. “Dizem que a Sicília é a ilha da máfia. Não é a Sicília, é Chipre. Isto é pura e simplesmente um roubo”, insistiu um pensionista.
Pelo seu lado, o porta-voz do Governo Christos Stylianides apelou à calma, assegurando que “a situação é grave mas não trágica e não há qualquer razão para entrar em pânico”. Uma visão que é rejeitada pelo deputado do partido Diko (centro-direita) Nicolas Papadopoulos, que apoiou a eleição de Fevereiro do actual Presidente, e que fala num acordo “desastroso” para o sistema bancário, um pilar da economia do país. “Antes pensava que qualquer solução seria má para Chipre, mas esta é um pesadelo”, acrescentou.
Este é o quinto programa de assistência financeira na zona euro, depois dos da Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha (neste caso centrado apenas no sector bancário). Apesar de o Produto Interno Bruto de Chipre representar apenas 0,2% da zona euro, o comissário dos Assuntos Económicos e Monetários da União Europeia, Olli Rehn, sublinhou que a falência do país seria “relevante para todo o sistema”.
http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... as-1588027
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“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
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Devem os depositante pagar? Ou devem os contribuintes?
Os depositantes emprestaram dinheiro ao bancos. São credores dos bancos. Os bancos estão na falencia. Os capitais dos acionistas já se foram. Quem deve entrar? Os contribuintes como em Portugal com BPN ou os depositantes que fizeram más escolhas. Prendam os banqueiros, mas não resolve a falencia. Será que evita futuras? A memória é fraca!
Para mim está certo que são os depositantes, até porque seriam sempre eles se os bancos fossem à falencia, a seguir aos acionistas.
Devem ser apenas alguns depositantes ou uma forma de distribuir por todos. Parece-me certo que até 10% não é descalabro para ninguém. É um hair cut de 10%.
Quanto já se reduziu em vencimentos, via impostos ou mesmo redução de salários em Portugal. Cerca de 10%. Os contribuintes, via impostos devem ser os últimos a entrar. No BPN entraram antes dos depositantes.
Qual é a forma mais justa? Neste caso foram os depositantes que escolheram mal os bancos onde colocaram os seus depósitos. Não esquecer que a garantia dos depósitos, em portugal, era apenas de € 25.000.
Lição: os bancos são um local muito arriscado, visto sofrerem muito com o andamento da economia. Dispersar em diferentes ativos e bancos e países.
Para mim está certo que são os depositantes, até porque seriam sempre eles se os bancos fossem à falencia, a seguir aos acionistas.
Devem ser apenas alguns depositantes ou uma forma de distribuir por todos. Parece-me certo que até 10% não é descalabro para ninguém. É um hair cut de 10%.
Quanto já se reduziu em vencimentos, via impostos ou mesmo redução de salários em Portugal. Cerca de 10%. Os contribuintes, via impostos devem ser os últimos a entrar. No BPN entraram antes dos depositantes.
Qual é a forma mais justa? Neste caso foram os depositantes que escolheram mal os bancos onde colocaram os seus depósitos. Não esquecer que a garantia dos depósitos, em portugal, era apenas de € 25.000.
Lição: os bancos são um local muito arriscado, visto sofrerem muito com o andamento da economia. Dispersar em diferentes ativos e bancos e países.
Editado pela última vez por Visitante em 17/3/2013 16:09, num total de 2 vezes.
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Um curioso... Escreveu:gorgol Escreveu:
Os grandes investidores sabem distinguir, todavia é normal uma reação/correção até porque estamos em máximos nas bolsas. Agora, isto não afecta o sistema.
Mesmo admitindo a especificidade de Chipre parece-me que foi demasiado arriscado. Pode ser uma medida específica ou um ensaio.
Quem vai decidir desta vez, não são os grandes investidores mas sim os pequenos aforradores
Ainda vão chegar à conclusão que mesmo sem contas congeladas não há dinheiro!
carrancho Escreveu:Compra um bom cofre e um alarme. Inicia uma colecção de moedas só com peças de qualidade (raridade/EC), fazes um bom seguro e esperas que isto passe. No fim pode ser que não tenhas perdido muito.
Ou então mete-as na Caixa Agricola de Penafiel.

Agora falando a sério, se a questão apenas apanha os depósitos, como parece ser o caso, há uma discriminação clara dos activos financeiros ditos líquidos.
Eu concordo com o que o Elias disse lá atrás. Apanhar obrigações ou acções era como que uma nacionalização. Além disso, se lançarem uma taxa idêntica para estes activos, isso iria obrigar as pessoas a liquidarem parte das posições para pagarem os impostos. Era provavelmente mais complicado do que lançar mãos aos depósitos, isso sim é imediato.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
gorgol Escreveu:
Os grandes investidores sabem distinguir, todavia é normal uma reação/correção até porque estamos em máximos nas bolsas. Agora, isto não afecta o sistema.
Mesmo admitindo a especificidade de Chipre parece-me que foi demasiado arriscado. Pode ser uma medida específica ou um ensaio.
Quem vai decidir desta vez, não são os grandes investidores mas sim os pequenos aforradores
Um curioso... Escreveu:O que se está a passar parece-me o acontecimento mais importante desde a falência do Lehman Brothers!!!
Espanta-me a pouca relevância que os nossos medíocres media estão a dar ao assunto.
Cada vez mais prefiro a leitura deste forum em detrimento da televisão e jornais.
Ou será que somos apenas um grupo de neuróticos?
Calma!
A ideia tem impacto se transversal a outros países. Para já não estou a ver onde será necessário. Chipre era uma espécie de offshore. Pretende-se moralizar a ilhota. O valor arrecadado, 5.000 milhoes, são migalhas em termos europeus. Os grandes investidores sabem distinguir, todavia é normal uma reação/correção até porque estamos em máximos nas bolsas. Agora, isto não afecta o sistema.
Esta é a minha opinião, agora se alguém adivinhar o futuro, só ele é que ganha e torna-se dono do mundo.
A alegria de viver está nestes desafios e surpresas.
Ter depósitos a render 2% é uma grande morte lenta.
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nikkas Escreveu:Um curioso... Escreveu:Ou será que somos apenas um grupo de neuróticos?
Volumes de sexta?![]()
Vá lá tranquilos...
Mas onde é que havemos de "meter" o pilim?
Supondo que é relamente uma medida coerente acautelar
pelo menos uma parte, o colchão anda com muita dificuldade em acompanhar a inflação.
Compra um bom cofre e um alarme. Inicia uma colecção de moedas só com peças de qualidade (raridade/EC), fazes um bom seguro e esperas que isto passe. No fim pode ser que não tenhas perdido muito.
Neste momento estão baratinhas, mas é como tudo... podem ainda ficar mais!

Abraço,
Carrancho
Carrancho
Sr_SNiper Escreveu:Já ando a pensar se por aqui não vão fazer o mesmo...
Não me parece pois não temos dinheiro de oligarcas russos por aqui :-)
P.S. Depois de escrever o post acima encontrei: Resgate da UE para oligarcas russos?
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Um curioso... Escreveu:Ou será que somos apenas um grupo de neuróticos?
Volumes de sexta?

Vá lá tranquilos...
Mas onde é que havemos de "meter" o pilim?
Supondo que é relamente uma medida coerente acautelar
pelo menos uma parte, o colchão anda com muita dificuldade em acompanhar a inflação.
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"tudo isto é cada vez mais parecido com uma história da Agatha Christie em que se tenta perceber quem vai ser a próxima vitima"
.
.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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richardj Escreveu:
mais_um o governo foi eleito à 3 semanas, as negociações com a UE começaram à 9 meses...
E? As negociações tem-se arrastado porque o anterior governo estava de saída e sempre discordou dos termos da UE, foi o novo que aceitou e assinou.
No entanto o meu comentário referia-se aos governos dos restantes países da UE e da zona euro, são maioritariamente de centro direita /direita.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
majomo Escreveu:Qual a análise que fazem dos volumes anormalmente altos verificados na sessão de sexta-feira em todos os índices?
Não existiram quedas significativas, mas os volumes foram tremendos...
Penso que não dá para tirar grandes conclusões (apenas com base num volume forte), porque não houve quedas/subidas acentuadas ao nível dos principais índices. Alguns fundos podem ter ajustado as suas carteiras...
majomo Escreveu:Qual a análise que fazem dos volumes anormalmente altos verificados na sessão de sexta-feira em todos os índices?
Não existiram quedas significativas, mas os volumes foram tremendos...
Majomo: o motivo apontado para a subida vertiginosa das bolsas na quinta e na sexta feira foi a expectativa de que da reunião dos lideres europeus saíssem medidas de incentivo ao crescimento económico.Agora, imagina, a borrada que de lá saiu!Talvez o DAX se aguente, dado que há sempre alguém que pensa de forma acertada que os Alemães beneficiarão da migração de capitais.Agora, aqui no sul, a luz vermelha foi acesa.A palavra de ordem para os investidores estrangeiros, os nacionais levam mais tempo a reagir, a palavra de ordem é não colocarem o «coiro» tão exposto como o têm agora!
“Successful trading is really very simple. Buy a stock at the right time and sell it at
the right time.”«Mel Raiman»
the right time.”«Mel Raiman»
Um curioso... Escreveu:Espanta-me a pouca relevância que os nossos medíocres media estão a dar ao assunto.
Espero que seja simplesmente por mediocridade e não por algo mais. Sobre o que se passou na Islândia (convocação de referendo sobre pagamento da dívida, alteração da Constituição com base em sugestões da população, recuperação económica) também nada se ouve. Do pouco que acompanho dos media mainstream, apenas recordo a reportagem que o Daniel Oliveira fez para o Expresso. Por referir o nome de alguém de esquerda, lamento que quem alardeou que foi um Presidente Comunista a tomar esta medida não tenha dito mais nada sobre o assunto. Parece que as coisas andam trocadas: os de direita confiscam depósitos, os de esquerda - como o DO - apelidam o que se passou de "assalto". Mas adiante, nesta altura já parece pouco importar de que "lado" se lixa as pessoas.
Quanto à justificação da máfia russa, se os queriam apertar que fizessem investigações às operações de lavagem de dinheiro ou lhes aplicassem uma sobretaxa altíssima. Não deve ser muito difícil perceber quem são... E obviamente que os mais poderosos foram avisados do que iria acontecer com antecedência, ou por terem alguém de confiança no banco ou no governo, ou porque quem tomou esta decisão não quer acordar com a cabeça cortada dum cavalo ao seu lado...
Quem aqui do fórum tem experiência com corretoras e afins, não estará tão preocupado porque sabe como proceder para salvaguardar/movimentar o dinheiro em caso da situação se agravar. Agora para os leigos - como eu - é difícil saber o que fazer. Já pensei em abrir conta na Interactive Brokers ou até no Barclays para não residentes (não na sucursal portuguesa), mas o receio de que algo corra mal e de perder tudo tem sido paralisante.
EDIT: lembrei-me agora que se isto tivesse acontecido em PT, quem tivesse o dinheiro em Certificados de Aforro/Tesourou ou PPR (para já não falar em fundos e obrigações como alguém já referiu) tinha-se safado.
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