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Caldeirão da Bolsa

Off-topic - Chavez no poder por tempo ilimitado!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Lion_Heart » 9/3/2013 20:30

José Sócrates presente no funeral de Chavez

Ex-primeiro ministro português foi apelidado de "grande irmão do Presidente Chavez" no agradecimento às delegações estrangeiras. 09-03-2013 2:56

O Presidente interino da Venezuela, Nicolas Maduro, saudou e agradeceu, na sexta-feira, a presença, em Caracas, do socialista José Sócrates, um "grande irmão do Presidente Chavez".
A referência ao antigo primeiro-ministro José Sócrates teve lugar durante os agradecimentos prestados aos chefes de Estado, de governo e às delegações estrangeiras que se deslocaram a Caracas para um "último adeus" ao falecido líder da revolução bolivariana.

Ao ouvir o seu nome, José Sócrates levantou-se brevemente da cadeira, fazendo um pequeno gesto de reverência com as duas mãos juntas à altura do peito, voltando a sentar-se.

O presidente da Venezuela Hugo Chavez morreu na terça-feira, vítima de cancro, aos 58 anos. Durante os 14 anos que esteve no poder realizou quatro visitas oficiais a Portugal e fez várias escalas em Lisboa.

Três dessas visitas realizaram-se durante os governos de José Sócrates, onde foram celebrados vários acordos comerciais.

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Tanto jornalista Português lá e Ninguém o VIU!
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por tava3 » 8/3/2013 22:46

Realmente, um boneco em cera fazia o mesmo efeito, ver um morto com ar de vivo, e dava menos trabalho.
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por Opcard » 8/3/2013 22:37

Ttavaverquenao2 , Caso saibas explica-me o porque dos lideres socialistas serem Faraós , será porque são mais que povo .
Vladimir Lenin, Joseph Stalin, Mao Zedong, Kim Il-sung, Kim Jong
http://www.excelsior.com.mx/2013/03/07/887894

Mas , não estejas nervoso , como ele vai ser embalsamado , vais ter oportunidade de o visitar . Preço da entrada deve ser cara o processo de conservação e dispendioso .


"Para embalsamar um corpo é necessário lavá-lo com germicidas - substâncias que destroem os gérmenes - e limpar os orifícios corporais, como o nariz e a boca. De igual forma, é colocado algodão nas cavidades, evitando, assim, a saída de fluidos. A boca é suturada de forma a prevenir possíveis contaminações.

Posteriormente, o corpo é massajado para eliminar a rigidez e melhorar o aspeto da pele com cremes e óleos. Uma vez preparado o cadáver, procede-se à retirada do sangue e das vísceras. Por uma das artérias é introduzida uma solução de embalsamento, que geralmente é constituída por uma mistura de formol, água e produtos químicos, além de conservantes, fixadores, germicidas e corantes semelhantes à cor do sangue.

Esta foi a forma encontrada para que o corpo recupere um tom natural e não mantenha o aspeto que ganha após a morte.

Quando há órgãos danificados devido a determinadas doenças - como o cancro ou o diabetes - o líquido de embalsamento é injetado diretamente no órgão. Quando o corpo está inchado, devido à quimioterapia ou aos medicamentos, são empregues substâncias que facilitam a eliminação dos líquidos e o inchaço.

Depois de embalsamado, o corpo necessita de uma manutenção constante, e tem de ser colocado num local frio e pouco húmido.

"Duas vezes por semana, molhávamos a cara e as mãos com uma solução especial, e uma vez por ano fechávamos o recinto para submergir todo o corpo nessa solução", revelou à BBC Mundo Ilya Zbarsky, membro da equipa de manutenção do corpo de Lenine.



tavaverquenao2 Escreveu:Os maus eram só esses? Estiveram lá mais de 30 chefes de estado e representantes de outros tantos.
 
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por tava3 » 8/3/2013 22:21

Os maus eram só esses? Estiveram lá mais de 30 chefes de estado e representantes de outros tantos.
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por Opcard » 8/3/2013 22:18

Mas estes felizmente não faltaram , gente amiga exemplos de grandes democratas :

Mahmoud Ahmadinejad, Raul Castro , Alexandre Loukachenko



Las_Vegas Escreveu:
tavaverquenao2 Escreveu:Para um suposto ditador esteve lá meio mundo hoje.


Só lá faltaste tu :mrgreen:
 
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por tava3 » 8/3/2013 22:13

Notou-se não foi? Hoje não dava mesmo, mas foi lá o portas representar-me. :mrgreen:
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por Las_Vegas » 8/3/2013 22:08

tavaverquenao2 Escreveu:Para um suposto ditador esteve lá meio mundo hoje.


Só lá faltaste tu :mrgreen:
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por tava3 » 8/3/2013 22:02

Para um suposto ditador esteve lá meio mundo hoje.
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por Opcard » 8/3/2013 18:41

"Santo Chávez
Morre Hugo Chávez e a nossa elite política respeitável – da esquerda democrática à direita pretensamente ‘liberal’ – inicia um pornográfico cortejo de elogios ao caudilho.

Porque ele reduziu a pobreza na Venezuela ao distribuir as esmolas do petróleo pelo indigenato? Não chega. Economicamente, e depois das experiências colectivistas da sua ‘revolução bolivariana’, a Venezuela é um caso perdido. E, mesmo que não fosse, bastaria acompanhar o autoritarismo do homem em 15 anos de mando para o desqualificar.

De que vale ganhar nas urnas quando se controla a comissão eleitoral do país e se submetem todos os outros poderes – o parlamento, a justiça, a comunicação social, as forças armadas – aos caprichos de um único homem? Chávez é o típico exemplo de alguém que usa a democracia para subverter a democracia.
Nenhuma morte deve ser festejada. Mas convém não transformar em santo quem de santo tinha nada."
 
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por pepi » 8/3/2013 15:15

Hugo Chavez Was No Outlier
by David W. Conklin | 10:56 AM March 7, 2013
Comments (5)


With the passing of Hugo Chavez, it is important to understand the place of Chavez in the political history of Venezuela and of all Latin America. We should not think that socialist movements in Latin America will die simply because Chavez has died. He often pointed to Simon Bolivar, Venezuela's early visionary and leader (1783-1830), as the model for his political philosophy: Latin America must achieve a united independence from foreign powers. For Chavez, this meant not only political independence but also economic independence. It meant nationalization of foreign-owned corporations and distancing Venezuela from the USA, which in the past had often been involved in the internal politics of Latin American nations. It also meant assisting other Latin American nations financially with the wealth from Venezuela's oil exports. Dramatically, it meant reaching out to nations around the world and establishing new economic relationships, especially with socialist leaders in Cuba and China.

Chavez was not advocating a new and original political agenda. Nationalistic sentiment was strongly rooted in Latin America's past. In the 1940's and 1950's, the economic doctrine of "dependency theory," promulgated by the economist Raul Prebisch, supported autarky or economic independence, placing restrictions on imports and foreign ownership. If economic forces were left to themselves, economic forces would victimize the peripheral nations, while the developed nations at the "center" would gain all the benefits of trade and development. Latin America should be for Latin Americans. This protectionist position allowed the growth of domestic monopolies that became increasingly non-competitive. This position also meant that governments were continually intervening in markets with price-setting and regulations, as well as with government ownership. For example, in 1975, a socialist president of Venezuela, Carlos Perez nationalized the oil industry, and used oil revenues to create more government-owned industries, here again causing inefficiencies. However, for many the costs of government intervention seemed to be worth the price. Today, one can view the widespread nationalization of many activities by Chavez in the same way. One can also see his continual intervention in markets, from banking to retail, as motivated by the same belief that government knows best, and that markets are not to be trusted.

For Venezuela, autarky had long meant creating economic ties with other Latin American nations. The Andean Pact included Bolivia, Colombia, Ecuador and Peru. The trade and investment agreement sought to stimulate the economic development of the region as a whole, using this domestic strength in place of the foreign trade and investment that could lead to both political and economic exploitation. In 2005, Chavez supported an oil pipeline project that would link Venezuela's oil to Brazil, Bolivia, Paraguay, and Argentina. Many questioned the economic viability of this pipeline, but for Chavez the investment had political objectives in terms of the Latin America vision. Chavez contributed 70 per cent of the start-up costs for a new Latin American news channel, Telesur; other investors included Argentina, Cuba and Uruguay. Related to its foreign exchange crisis of 2001, Argentina had borrowed substantially from the IMF and other international lenders. Chavez lent Argentina enough capital to pay off these loans.

Throughout Latin America, the distribution of income and wealth had long been more extreme than in other regions of the world. In elections, it was not surprising that some leaders would advocate policies of income redistribution to gain voter support. People who were not well-off looked to the government to assist them in their daily lives. Most dramatic perhaps was the rise of Juan and Evita Peron in Argentina. Their "Peronist" political platform spread throughout the continent. While the Gini coefficient, which measures inequality, is in the range of .30 to.35 for European nations, the Gini coefficient in Latin American nations still ranges from .45 to far in excess of .50. For Chavez, the deep concern for the needs of the poor was rooted in these realities. Price ceilings for food, medical clinics for the poor, subsidies for gasoline, assistance for housing, and education for the poor all were part of his traditional socialist vision. The rich would have to pay. This belief that the political system had to be changed to achieve social justice for those less fortunate also led to the widespread Catholic movement "liberation theology". Many priests concluded that they had to support political change in order to attain better economic outcomes. It would be foolish to think that this socialist movement will die with Chavez.

Chavez extended his support for a new social and economic order to assist leaders in other nations who shared his vision. He appears to have provided aid to the guerrilla movement in Colombia, to Sandinista Daniel Ortega in Nicaragua, to Ollanta Humela in Peru, and to Evo Morales in Bolivia. His most substantial and long-standing aid relationship was with Raul and Fidel Castro in Cuba. Chavez exported oil to Cuba in return for medical personnel to work in his clinics for the poor. In this context, he was pleased to develop new economic ties with China.

We can expect that in Venezuela a strong movement will continue to support the objectives advocated by Chavez, and so too his policies and programs. The movie of Oliver Stone, "South of the Border" presents the Chavez vision in the context of Latin American socialism. Even if new leadership tried to replace what he has done and tried to shift to market freedom and private property, many years would have to pass before the actions of Chavez could be eliminated. Consider his very many nationalizations and his appointment of government bureaucrats to manage them. The difficulties in reversing these, with privatizations and with a return of foreign investment, would be a slow process.

For all these reasons, change towards free markets and private property and open dissent will not come quickly or easily in Venezuela. We may expect ongoing conflicts. It will be important for those who support free markets and private property and free elections and good relations with the USA to participate in the reconstruction of Venezuela with sensitivity and generosity and commitment.

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DAVID W. CONKLIN
David W. Conklin (PhD, Economics, MIT) is a professor of International Business at the Richard Ivey School of Business, Canada. His most recent book is “The Global Environment of Business: New Paradigms for International Management.”

http://blogs.hbr.org/cs/2013/03/hugo_ch ... tlier.html
 
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por carrancho » 8/3/2013 3:30

Razao_Pura Escreveu:(Mas se te vires aflito vem-te embora! Porque há mais marés.... Blá lá blá)

Thanks

RP


Laelia Caesonia,

Já devia éra ter vindo pró almoço, teria sido o timing perfeito para evitar estes "stresses" :wink:
Abraço,
Carrancho
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por Razao_Pura » 8/3/2013 0:35

Obrigada Cem por este post.
Nada com uma perspectiva de alguém que sabe do que fala porque vive as situações.
Espero que a tua estadia por aí continue de forma tranquila e que tu, tal como muitos emigrantes portugueses na Venezuela possam continuar no pais enquanto for essa a vossa vontade. (Mas se te vires aflito vem-te embora! Porque há mais marés.... Blá lá blá)

Thanks

RP
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por Quico » 7/3/2013 23:57

Essa conversa faz-me lembrar a conversa do meu (falecido) pai:

"O Salazar era honestíssimo. Tinha as melhores das intenções! Foi para a cova tão pobre como qualquer outro; ao contrário dos políticos de hoje em dia, nunca ninguém lhe apontou um dedo que fosse relativamente a corrupção ou enriquecimento pessoal!
E naquele tempo vivia-se sossegado: quem quisesse fazer a sua vida, fazia e podia e podia ter os seus negócios e vivia sossegado. Desde que não se metesse na política...
E quem é que disse que naquele tempo não havia eleições?!"
E coisa e tal... :roll:

E, acrescento eu, tal como o Chavez, também chegou a ser popular. Pelo menos enchia mesmo o Terreiro do Passo... E sem petróleo para comprar votos! :mrgreen:

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por Quimporta » 7/3/2013 23:42

Grande post, Cem.
Não sabia que andavas por essas bandas, mas mal não te estão a fazer :wink:

Abraço
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por mais_um » 7/3/2013 23:26

Olá Cem,

Obrigado pela teu comentário, para mim não foi uma surpresa mas seguramente será para muitos, mesmo que não o admitam.

Presumo que os próximos tempos sejam conturbados para essas bandas, boa sorte, :wink:

Alex
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Opinião pessoal sobre HCF (Hugo Chávez Frias)

por Cem pt » 7/3/2013 23:10

Como sabem estou presentemente a trabalhar na Venezuela para uma empresa portuguesa desde há sensivelmente um ano para cá.

Sou portanto um observador privilegiado sobre a situação que envolve este personagem, tão amado quanto odiado, fonte de grandes polémicas e ao mesmo tempo um líder que vai deixar uma marca histórica inesquecível por estas paragens. Positiva ou negativa, dependerá da perspetiva!

Quando cheguei a Caracas levava uma ideia pré-feita sobre um regime “chavista” algo intolerante e faccioso com os opositores internos e externos.

À medida que me fui integrando nesta sociedade fui-me apercebendo de muitas coisas que nem sequer suspeitava.

Assim, em termos de popularidade Hugo Chávez era o primeiro a fazer questão de promover eleições livres e transparentes, ele sabia que tinha a maioria da população de menos recursos do seu lado, não temia os resultados de uma derrota, e que a aceitação desta democracia em termos internacionais dependia da credibilidade da forma isenta e justa como as eleições decorressem.

Em relação à liberdade de expressão há jornais e canais televisivos da oposição em que ele não interferiu.

É certo que os canais do Estado estão todos alinhados numa ótica que nós em Portugal conhecemos de 1974 a 1975, cheios de discursos com chavões típicos dos canais estatais do tipo cubano mas neste tipo de sociedade extremada de tensões esquerda / direita também os canais do outro lado não se pode dizer que sejam propriamente “democráticos” porque só vinculam as opiniões de um dos lados da barreira.

Quanto à situação interna não há dúvidas que o regime “chavista”, para mim é um regime que se pode definir como essencialmente populista centrado na pessoa do Presidente do que propriamente “progressista” de esquerda, investiu muito na chamada “Missión Viviendas” que pretende atribuir uma casa ou apartamento a cada família com poucos recursos. A habitação em causa fica em nome do Estado, para evitar negócios de vendas em proveito dos que tiveram acesso a esse grande benefício social.

É certo que as casas deste programa são aquilo que nós em Portugal chamaríamos de habitação social, com acabamentos muito primitivos e sem garagens, quando começaram a pedir garagens o Chávez disse logo a esse grupo que nesse caso seriam burgueses, não precisavam de carros porque os trabalhadores usam transporte público, e ameaçou retirá-los de lá se repetissem a graça.

Por outro lado não há dúvida que a campanha publicitária deste programa social foi muito bem urdida.

Reparem: havendo quase 8 milhões de pessoas em lista de espera, as televisões do Estado fazem programas especiais de atribuição de cada vivenda aos fins de semana, vendo-se os sortudos a agradecer a benesse e os políticos do regime a tirar dividendos do acontecimento. Por ano dificilmente conseguirão distribuir vivendas a pouco mais de 100.000 pessoas, pelo que aquilo parece uma espécie de totoloto em que apenas, se o regime sobreviver, ao fim de 80 anos todos os inscritos conseguirão ter finalmente a sua casinha!

Está na cara que todo o pessoal da lista de espera ficará sempre ilusionado de que deverá estar para muito breve a sua vez, pelo que toda gente nestas condições já se sabe em quem votará, embora seja praticamente impossível que a esmagadora maioria das pessoas em lista de espera alguma vez venha a viver numa dessas vivendas.

Esta campanha é de tal forma apelativa que até o lider da oposição, o Henrique Capriles, acabou por aderir ao programa e concordar que esta campanha consigo é para ir também até ao fim (pudera, os votos que estão em jogo!) e ainda por cima acrescenta que passará o registo da propriedade do Estado para os atuais e futuros utentes, passa dos 80 aos 800, onde isto chegou!

Entretanto com a fuga de muitos empresários privados em finais dos anos 90 e princípios dos anos 2000 para o estrangeiro, em especial para os USA, a maioria por receio a que nacionalizassem os seus bens, o tecido produtivo deste país estagnou: deixaram de se produzir bens essenciais na agricultura, que agora necessitam em grande parte de ser importados, os grandes Bancos privados (em especial os de capital espanhol) foram nacionalizados, as fábricas de produtos de transformação pararam ou foram nacionalizadas, enfim, só cá ficou com dinheiro quem se passou a dedicar aos serviços de importação porque com a especulação do câmbio do USD ganha-se muito dinheiro com negócios no mercado paralelo.

Só que o dinheiro ganho com especulação nada beneficia o tecido produtivo interno, pelo contrário, a inflação interna provocada pela especulação acentua cada vez mais os desequilíbrios de uma sociedade extremada em termos sociais onde todos se marimbam para a produção nacional, em que a classe mais abastada que apoia a oposição nada se importa em continuar a viver dos negócios do Dollar no mercado paralelo, porque tem rentabilidades bem maiores que os negócios produtivos, e as classes sociais mais baixas parecem os nossos ciganos, recebem um apoio social tipo Subsídio de Reinserção Social que é quase tanto do que receberiam se trabalhassem, habituam-se assim à má vida e aos negócios dos assaltos, droga e crime quando descem ao centro da cidade.

Imaginem também os milhares e milhares de funcionários públicos, antigos e novos das empresas que foram nacionalizadas, com um nível de produtividade a roçar o verdadeiro laxismo e onde as coisas só se obtêm muitas das vezes com uns “regalos” para apressar os assuntos senão as coisas não andam. Passaram a ser adeptos ferrenhos do Chávez, como é óbvio, para garantir o salário certinho no fim do mês.

A questão do petróleo é o ponto mais sensível deste regime “chavista”, tendo nacionalizado o setor em torno da PDVSA (Petroleos de Venezuela). Há que reconhecer que a PDVSA é a única empresa do Estado com nível de produtividade comparável aos padrões internacionais, quem aqui trabalha neste setor estratégico ganha bem por ser isso mesmo: um setor que não pode falhar porque é o único que dá de comer a toda a gente, seja deste ou doutro regime alternativo.

A Venezuela, com o seu setor produtivo básico praticamente parado, depende em mais de 80% das divisas que recebe da exportação desta matéria-prima. Um fornecimento essencial para todos os países da vizinhança neste continente, exceto México, Brasil e Argentina que têm as suas próprias fontes de reservas.

O problema é que apenas 45% das suas exportações de petróleo é pago aos preços internacionais do Crude, que é a parte que é vendida aos USA. O resto é um negócio de solidariedade internacionalista entre países vizinhos amigos com poucos recursos financeiros que compram o petróleo praticamente ao preço de custo (40 USD/barril), como Cuba, Bolívia, Equador, Peru, República Dominicana, entre outros, que em troca retribuem o apoio que a Venezuela necessita em instâncias internacionais (Mercosur, ONU, etc) para não ficar internacionalmente isolada.

Assim não admira que os Dollars que o regime obtém através da exportação do petróleo não cheguem para o que necessita de importar. Para terem uma ideia as receitas do petróleo representam cerca de 35.000 milhões de USD anuais e a importação de alimentos básicos e medicamentos representa quase outro tanto, logo não sobra nada em reservas de divisas para a população, se forem ao Banco pretender trocar Bolívares por USD ao câmbio oficial (1 USD = 6,3 BsF) os Bancos mandam-nos dar uma curva porque não há Dollars no mercado oficial, precisam deles para importar os bens essenciais.

Logo a população em geral só consegue obter Dollars, que têm uma procura tremenda, no mercado paralelo, presentemente 1 USD = 23 BsF!

Parece um paradoxo mas assisti aqui pelo Natal a situações quase ridículas, sendo a Venezuela um dos maiores países do mundo com Parques Naturais esplendorosos com vegetação frondosa aos milhões por todo o lado, desde a Amazónia aos Andes, não se percebe qual o motivo de importarem algumas centenas de milhares de pinheiros do Canadá para pôr nas casas durante a época natalícia!

Outro exemplo paradigmático: estando a Venezuela entalada entre os 2 países que no mundo têm fama de exportar a maior quantidade de café do mundo (Brasil e Colômbia), pelo que se pode deduzir e bem que o café cresce quase espontaneamente nos campos selvagens do interior da Venezuela, este país dá-se ao luxo de importar destes 2 países vizinhos quase 240.000 toneladas de café por ano porque ninguém quer trabalhar as terras! Se não fosse o petróleo este país já tinha desaparecido do mapa.

A insegurança é o grande problema, com a maioria do pessoal habituado a viver com pouco e a depender de expedientes este tipo de sociedade é um verdadeiro barril de pólvora, dizem que há um número de pistolas praticamente igual ao número de habitantes em Caracas, o número de assassinatos e crimes violentos por ano ultrapassa os 20.000.

Há um número incontável de polícias na rua mas na realidade pouco ou nada fazem para parar esta praga da criminalidade, na realidade também muitos elementos desta corporação vivem dos “trocos” ou “propinas” que os cidadãos lhes têm de dar permanentemente quando são abordados em operações stop, para que não sejam esbulhados porque estão sempre a argumentar ou a ameaçar que falta qualquer documentação que pode originar cadeia ou multas gigantescas, em vez de defender os cidadãos ou dar caça aos bandidos.

No entanto a insegurança é um problema endémico da América Latina, não é culpa exclusiva deste regime mas sim de todo este tipo de cultura de sociedade institucionalizada, há horas a partir do pôr do sol em toda a cidade em que ninguém circula a pé, um verdadeiro deserto que durante o dia é um formigueiro permanente de gente, e há zonas tipo “barrios favelas”onde ninguém se atreve a entrar.

Quanto ao Hugo Chávez em si, acabei por o achar um indivíduo bem intencionado em termos de preocupações sociais e que até acaba por ser simpático a qualquer pessoa politicamente equidistante, como creio ser o meu caso, pela sua forma de falar desbragada e extrovertida.

Que por acaso sempre foi muito simpático para com a comunidade portuguesa e com a classe política portuguesa de todos os quadrantes, chegou mesmo a propor o ensino oficial do português nas escolas.

Um ponto importante a seu favor: numa sociedade onde existe bastante corrupção nunca ouvi uma única história em que o Hugo Chávez de alguma forma estivesse envolvido ou quisesse tirar pessoalmente partido de vantagens desta natureza.

Quem quer que o venha substituir muito dificilmente terá o seu carisma, deixa um legado muito difícil com muito apoio popular nas camadas mais desfavorecidas e uma gestão de um país que necessita de pão para a boca de dinamizar a produção interna, onde a falta de capital privado e as reservas escassas de Dollars vão ser um verdadeiro quebra-cabeças para pôr este país, com um elevadíssimo potencial em recursos minerais e agrícolas, na senda de um verdadeiro progresso em que todos os cidadãos que nele vivem se possam sentir felizes e viver de forma segura e desafogada, uma miragem!

Vaya hombre, finalmente te has callado pero jamás serás olvidado, que te gusten o non.
Editado pela última vez por Cem pt em 8/3/2013 0:53, num total de 7 vezes.
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.


Citações que me assentam bem:


Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill

Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager

No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez


O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
 
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por Opcard » 7/3/2013 11:47

"O homem é o homem e a sua circunstância".
Ortega y Gasset

Pois é a Itália não é a Venezuela , é sempre um exerci-o interessante o que seria o Berlusconi como Presidente da Venezuela e o Chavéz com primeiro ministro Itália .

Caro Mais -um

Acredito que brevemente a ciência nos possa ajudar nestes enigmas da historia vai aqui que eu adoro:
Se a França não tivesse comprado a Córsega , o Napoleão não tinha existido e por consequência um estado alemão nunca teria emergido .



mais_um Escreveu:
ul Escreveu:Que me desculpem nunca percebi a adoração de muita gente quando se trata de ditadores de esquerda .
( A democracia também são eleições mas não basta ; quando se utiliza o estado para comprar votos na verdade elas não são livres ;
quando não há liberdade impressa elas não são livres ;
quando o poder monopoliza os órgãos de informação elas não são livres;
30 dias para novas eleições é oportunismo .)


Obra do homem sao as receitas do petróleo que quadruplicaram .
Ao menos os adoradores de regimes autoritários podiam ser neutros , como se defendem logo com a obra feita .Podiam comparar o Chile de Pinochet ( sem petroleo ) e a Venezuela do Chavéz . caso não sejam sectários em termos puramente económicos o socialismo é sempre um desastre .



É curioso como para algumas pessoas a definição de democracia muda em função de quem é eleito.

O que o Berlusconi tem feito em Itália é o quê? Um demagogo, que domina os OCS, ganha eleições, não ganha? Não tenho visto comentários aqui no fórum a dizer que as eleições em Itália não são justas. E nos EUA, quem não tem dinheiro para comprar tempo de antena não aparece na TV e outros OCS, alguém aqui no fórum tem reclamado que as eleições nos EUA não são livre e justas?

Para mim a questão não é o Chavez, é forma e não o conteúdo que está em causa, podia ser o X, o Y ou o Z, estaria exactamente a escrever o mesmo. O Chavez subiu ao poder pela incompetência e corrupção dos governos anteriores (nenhum deles socialista ou comunista) e tem-se mantido nele como outros anteriormente fizeram e continuam a fazer, servindo-se dos recursos do Estado, até cá em Portugal isso acontece.

Agora pergunto eu, porque é que os políticos que estiveram no Poder antes do Chavez não fizeram o mesmo? E eu respondo-te porque entretinham-se a desviar os recursos para eles (como na Grécia), até que um dia os descontentes deram o poder a um demagogo e populista (como esteve quase acontecer na Grécia) e depois a culpa é do socialismo? Ou é das asneiras de quem antes esteve no Poder? Esta é a lição mais importante a reter desta história, mas a malta continua agarrada ao socialismo e esquerda/direita, sim porque se fosse de direita, com uns quantos a roubar já não havia crise.

Não há demagogos/populistas/ditadores bons (direita) e maus (esquerda), são todos maus.
E quase sempre eles sobem ao Poder devido a erros dos governantes anteriores.
Se analisares as revoluções e as subidas ao poder em democracia de regimes comunistas e socialistas tem quase sempre como origem a corrupção e a incompetência de governos ditos de direita ou de centro direita.
 
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por tava3 » 7/3/2013 11:33

Já somos dois. deve ser por ser novo.
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por Quimporta » 7/3/2013 11:33

Imagino a quantidade de cafés que o rapaz deve ter tido que abastecer para entrevistar Chavez, Kaddafi e Ahmadinãoseiquê no mesmo dia :oh:

My Conversation With Hugo Chavez

Larry King Iconic television and radio
HuffingtonPost, Posted: 03/06/2013 1:54 pm


It was September of 2009, during the United Nations General Assembly in New York.

That day I interviewed Mahmoud Ahmadinejad, the president of Iran, in the morning. In the early afternoon, I interviewed Hugo Chavez, the president of Venezuela, and in the evening I interviewed Muammar Gaddafi, the leader of Libya.

It was a strange kind of day, a hectic day with three world leaders, all of whom were regarded as despots. I was surprised when I met Chavez. He was engaging. When he walked into the room, he was laughing and singing. He spoke English and we talked baseball for a few minutes. For someone who didn't like the American leadership or our country, he certainly followed American baseball and knew everything about it. For about five or ten minutes we chatted, while the crew finished setting up for the interview.

We covered a myriad of subjects in an hour-long interview, which covered topics from Israel to Colombia and his friendship with Iran and Cuba. He claimed George Bush tried to assassinate him. He had mixed opinions on President Obama and he said he didn't like Hillary Clinton. Unlike other extremist leaders in the world, he said he was a true, observant Catholic and believed in Christ.

I found him conflicting. In a strange way, he was extraordinarily easy to like, but of course many people -- both good and bad -- who rise to prominence can be that way. Chavez was larger than life. He was very engaging.

Had he been an American politician, Democrat or Republican, he probably would have been very successful.

The hour went very quickly. It was easily done despite the need for an interpreter. It was a simultaneous interpretation. I didn't have to wait for the answer to be complete before the interpreter continued.

I would have to say that I strongly disagreed with him and I didn't like a lot of what he did to his people. But at the same time, I know he helped a lot of people in the United States -- especially during oil shortages in the Northeast, when he supplied a lot of oil to our country.

He was complicated individual. That day, I found it frustrating to interview Ahmadinejad. Gaddafi was also very frustrating. But oddly, Chavez was never frustrating. He was more responsive during the interview than they were.
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por mais_um » 7/3/2013 11:19

MKlop Escreveu:
Obrigado por nos elucidares sobre o que são os erros e as soluções: venham mais Chavez para ti. Acho piada que a esquerda aguerrida consegue-se ver no espelho de boa forma, por mais exemplos que hajam do contrário.



Deves estar a confundir-me com outra pessoa.
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por mais_um » 7/3/2013 11:15

ul Escreveu:Que me desculpem nunca percebi a adoração de muita gente quando se trata de ditadores de esquerda .
( A democracia também são eleições mas não basta ; quando se utiliza o estado para comprar votos na verdade elas não são livres ;
quando não há liberdade impressa elas não são livres ;
quando o poder monopoliza os órgãos de informação elas não são livres;
30 dias para novas eleições é oportunismo .)


Obra do homem sao as receitas do petróleo que quadruplicaram .
Ao menos os adoradores de regimes autoritários podiam ser neutros , como se defendem logo com a obra feita .Podiam comparar o Chile de Pinochet ( sem petroleo ) e a Venezuela do Chavéz . caso não sejam sectários em termos puramente económicos o socialismo é sempre um desastre .



É curioso como para algumas pessoas a definição de democracia muda em função de quem é eleito.

O que o Berlusconi tem feito em Itália é o quê? Um demagogo, que domina os OCS, ganha eleições, não ganha? Não tenho visto comentários aqui no fórum a dizer que as eleições em Itália não são justas. E nos EUA, quem não tem dinheiro para comprar tempo de antena não aparece na TV e outros OCS, alguém aqui no fórum tem reclamado que as eleições nos EUA não são livre e justas?

Para mim a questão não é o Chavez, é forma e não o conteúdo que está em causa, podia ser o X, o Y ou o Z, estaria exactamente a escrever o mesmo. O Chavez subiu ao poder pela incompetência e corrupção dos governos anteriores (nenhum deles socialista ou comunista) e tem-se mantido nele como outros anteriormente fizeram e continuam a fazer, servindo-se dos recursos do Estado, até cá em Portugal isso acontece.

Agora pergunto eu, porque é que os políticos que estiveram no Poder antes do Chavez não fizeram o mesmo? E eu respondo-te porque entretinham-se a desviar os recursos para eles (como na Grécia), até que um dia os descontentes deram o poder a um demagogo e populista (como esteve quase acontecer na Grécia) e depois a culpa é do socialismo? Ou é das asneiras de quem antes esteve no Poder? Esta é a lição mais importante a reter desta história, mas a malta continua agarrada ao socialismo e esquerda/direita, sim porque se fosse de direita, com uns quantos a roubar já não havia crise.

Não há demagogos/populistas/ditadores bons (direita) e maus (esquerda), são todos maus.
E quase sempre eles sobem ao Poder devido a erros dos governantes anteriores.
Se analisares as revoluções e as subidas ao poder em democracia de regimes comunistas e socialistas tem quase sempre como origem a corrupção e a incompetência de governos ditos de direita ou de centro direita.
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por MKlop » 7/3/2013 10:50

mais_um Escreveu:
MKlop Escreveu:Ainda bem que este labrego já passou à história.

Que Deus lhe perdoe as asneiras que fez.

Paz à sua alma, e que entre a verdadeira democracia naquele país.

O comunismo lixa tudo e todos.


Não sei qual é o teu conceito de democracia, mas parece-me que as eleições da Venezuela tem sido sempre livres e sem aldrabar os resultados, pelo menos é isso que os observadores tem referido. Se calhar até mais do que algumas nos EUA.

Pelo teu comentário (e de outros) parece-me que estão a esquecer-se o que levou o Chavez ao Poder, e aproveito para vos lembrar, foram os partidos democrata cristão e social democrata que durante anos e anos limitaram-se a encher os bolsos de alguns políticos (nada que também não estivesse a ser feito na Grécia, por exemplo) através da corrupção e a servirem-se dos bens públicos para enriquecerem.

Se calhar preferem uma "democracia" à Pinochet...

Não aprendam com os erros, que não é preciso....


Mas leste algum elogio meu a algum governo Venezuelano? O Chavez era um ditador, que à la mode da América do Sul nacionalizava e roubava o que lhe apetecia. Na Argentina vai-se pelo mesmo caminho, e não é de esquerda.

Na URSS (Cambodja, de um modo menor no Iraque, "Palestina" etc etc) nacionalizou-se tudo e todos, e cilindraram-se todas as objecções incluindo os trabalhadores citadinos e do campo. Acho estranho só teres referido anormais como o Pinochet.

Então, só para dar um exemplo, os 18 mil trabalhadores que ele mandou, à revelia dos direitos destes e dos seus empregadores, para o desemprego e miséria, que trabalhavam numa das petroliferas nacionalizadas também não são Povo? Já não interessam? Porque era comuna já está tudo bem??

Lá por as eleições terem sido legais não quer dizer que haja Democracia: comprar votos com apartamentos dá o mesmo resultado que comprar votos com empregos no Estado em Portugal. Mas felizmente cá os roubos nacionais directos pararam no PREC, essa ditadura que queria substituir outra Ditadura.

Obrigado por nos elucidares sobre o que são os erros e as soluções: venham mais Chavez para ti. Acho piada que a esquerda aguerrida consegue-se ver no espelho de boa forma, por mais exemplos que hajam do contrário.

Já agora, um user aí acima aludia às mortes por cancro induzido. Quem já esteve em países de 3º Mundo e viu, sentiu e "viveu" a morte, o desespero e a miséria conseguirá perceber que despachar um ditador opressor até pode ser visto como uma dádiva...
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por MKlop » 7/3/2013 10:36

tavaverquenao2 Escreveu:Ainda Chávez

Um artigo de Owen Jones no insuspeito The Independent:




http://arrastao.org/2769871.html


O insuspeito?? É um jornal de esquerda (apesar de menos limitado que o Guardian), cujo dono é um ex-soviético.

e o blogue então....Tu não enganas ninguém, apesar de tentares.
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por pepi » 7/3/2013 10:22

ul Escreveu:Que me desculpem nunca percebi a adoração de muita gente quando se trata de ditadores de esquerda .
( A democracia também são eleições mas não basta ; quando se utiliza o estado para comprar votos na verdade elas não são livres ;
quando não há liberdade impressa elas não são livres ;
quando o poder monopoliza os órgãos de informação elas não são livres;
30 dias para novas eleições é oportunismo .)


Obra do homem sao as receitas do petróleo que quadruplicaram .
Ao menos os adoradores de regimes autoritários podiam ser neutros , como se defendem logo com a obra feita .Podiam comparar o Chile de Pinochet ( sem petroleo ) e a Venezuela do Chavéz . caso não sejam sectários em termos puramente económicos o socialismo é sempre um desastre .


Queria relembrar os + distraídos que Chávez alterou a constituição (acabando com os limites de mandatos) para se poder eternizar no poder.

Estes que o idolatram não são os mesmos que se indignam com o Menezes, Loureiros e Isaltinos por estarem agarrados ao poder?! Pois... :roll:
 
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por Opcard » 7/3/2013 10:18

Que me desculpem nunca percebi a adoração de muita gente quando se trata de ditadores de esquerda .
( A democracia também são eleições mas não basta ; quando se utiliza o estado para comprar votos na verdade elas não são livres ;
quando não há liberdade impressa elas não são livres ;
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30 dias para novas eleições é oportunismo .)


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