Caldeirão da Bolsa

5 ideias para Portugal vencer a crise

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 28/2/2013 11:24

ghorez Escreveu:quais? ahah

deixa cá ver...o emprego "ad eternum" da função pública, os salários em média quase o dobro da FP em relação ao privado, a saúde gratuita para tudo e todos seja rico ou não, casas e apartamentos para tudo e todos, sigilo fiscal, sigilo bancário, queres que continue?..



Vejamos, o emprego “ad eternum” da função pública está em vias de acabar e dos funcionários públicos actuais já há uma parte significativa que não está protegida por esse “esquema”, os salários da FP em média não são quase o dobro em relação ao privado, a não ser que compares o ordenado de um médico chefe de serviço com um motorista da Barraqueiro, de qualquer forma o valor dos salários não está escrito em lado nenhum da Constituição, não depende desta. Ao contrário do que tu referes a saúde não é gratuita, além das taxas moderadoras, as pessoas pagam a saúde pública com os seus impostos, os que ganham mais pagam mais os que ganham menos pagam menos. Em relação a casas e apartamentos para todos, não compreendo o que pretendes, queres que as pessoas vivam, a céu aberto? É que a constituição não diz em lado nenhum que o Estado tem que fornecer casas e apartamentos de borla. Sigilo fiscal e sigilo bancário, qual é o teu problema?

De qualquer forma podes explicar o que os pontos que referiste têm a ver com o assunto em discussão, que relembro-te é:

5. Ser uma economia mais amiga do investimento
"A economia portuguesa precisa de melhorar o ambiente económico e de se tornar mais amiga do investimento", defendeu o professor. Sérgio Rebelo frisou que para que haja investimento é preciso resolver o problema da incerteza, que continua por ser eliminada.


Vou continuar a aguardar que digam quais os artigos da Constituição(socialista, convém não esquecer este detalhe...) que impedem o referido no ponto 5.
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por ghorez » 28/2/2013 10:49

quais? ahah

deixa cá ver...o emprego "ad eternum" da função pública, os salários em média quase o dobro da FP em relação ao privado, a saúde gratuita para tudo e todos seja rico ou não, casas e apartamentos para tudo e todos, sigilo fiscal, sigilo bancário, queres que continue?..
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por mais_um » 28/2/2013 7:38

Lion_Heart Escreveu:
AutoMech Escreveu:Melhorando o ponto 5. melhora-se automaticamente os outros quatro.


Pois , mas para mudar este ponto seria precisar mudar a Constituição , deixar o Socialismo. Assim como está só serve a meia dúzia de "amigos". O porco capitalista empreendedor tem que ser perseguido até a morte.


Então quais são os artigos da Constituição que impedem o ponto 5....? :roll: :roll:
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por Lion_Heart » 28/2/2013 4:54

AutoMech Escreveu:Melhorando o ponto 5. melhora-se automaticamente os outros quatro.


Pois , mas para mudar este ponto seria precisar mudar a Constituição , deixar o Socialismo. Assim como está só serve a meia dúzia de "amigos". O porco capitalista empreendedor tem que ser perseguido até a morte.
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Re: 5 ideias para Portugal vencer a crise

por Lion_Heart » 28/2/2013 3:55

Atomez Escreveu:
1. Vender o que o mercado procura
"Os portugueses querem vender aquilo que funciona no mercado interno", defendeu Sérgio Rebelo. "Acham que sabem o que é a qualidade e é isso que querem vender", continuou o professor, "mas o mercado português é pequeno e idiossincrático, por isso a ideia não funciona". O economista deu o exemplo do vinho, defendendo que este é um sector onde as empresas precisam de apostar em marcas mais fáceis de internacionalizar.

Isso do vinho é bem verdade.

Lá fora quem pede um vinho num restaurante ou bar ou compra numa numa loja ou supermercado escolhe por casta internacionalmente conhecida. Tipo Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Merlot, Syrah, etc.

Cá escolhe-se por região e por marca, que lá fora ninguém conhece. E as castas nacionais são impronunciáveis lá fora. Alguém imagina um alemão a pedir uma Alfrocheiro, Touriga, Trincadeira ou Corropio?



Pois, mas tb não vais arrancar as nossas vinhas e plantar o que todos tem desde a Austrália, aos EUA até ao Chile.

Neste negócio o que é preciso creio eu é quantidade e marketing.

Nos últimos tempos estava na moda em NY o albarinho mas não o alvarinho.

http://dailygrape.com/videos/23-high-en ... -red-wines

e

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Re: 5 ideias para Portugal vencer a crise

por atomez » 28/2/2013 3:44

1. Vender o que o mercado procura
"Os portugueses querem vender aquilo que funciona no mercado interno", defendeu Sérgio Rebelo. "Acham que sabem o que é a qualidade e é isso que querem vender", continuou o professor, "mas o mercado português é pequeno e idiossincrático, por isso a ideia não funciona". O economista deu o exemplo do vinho, defendendo que este é um sector onde as empresas precisam de apostar em marcas mais fáceis de internacionalizar.

Isso do vinho é bem verdade.

Lá fora quem pede um vinho num restaurante ou bar ou compra numa numa loja ou supermercado escolhe por casta internacionalmente conhecida. Tipo Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Merlot, Syrah, etc.

Cá escolhe-se por região e por marca, que lá fora ninguém conhece. E as castas nacionais são impronunciáveis lá fora. Alguém imagina um alemão a pedir uma Alfrocheiro, Touriga, Trincadeira ou Corropio?
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Automech » 28/2/2013 1:28

Melhorando o ponto 5. melhora-se automaticamente os outros quatro.
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por JMHP » 27/2/2013 23:48

Lion_Heart Escreveu:Concordo com alguns pontos mas outros não.
É preciso tecnologia e industria, os EUA tb estão no buraco por não perceberem isso.


A industria competitiva e baseada em tecnologia será no futuro menos propulsora na criação de novos empregos, dado que o recurso e investimento na robótica é cada vez maior.

Como exemplo, estamos assistir ao inicio de um novo ciclo da deslocação na China das grandes empresas de retorno aos EUA e Ocidente, mas para abrirem novas empresas com produção robótica massiva.

Algumas empresas já fizeram as contas e chegaram à conclusão que actualmente um robot custa o mesmo salário hora de um chinês amortizado ao longo de 6 anos de produção e a tendência do prazo de amortização é para um período mais reduzido à medida que o investimento global na robótica aumenta.
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por Lion_Heart » 27/2/2013 22:17

Concordo com alguns pontos mas outros não.
É preciso tecnologia e industria, os EUA tb estão no buraco por não perceberem isso.
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5 ideias para Portugal vencer a crise

por Pata-Hari » 27/2/2013 22:02

O artigo começou por ser irritante com a frase do "veio a portugal para ajudar a pensar caminhos..." mas gostei do conteúdo e concordo.

Encontros da Junqueira
5 ideias para Portugal vencer a crise

Margarida Peixoto
27/02/13 19:05

.

O economista, Sérgio Rebelo, veio dos Estados Unidos para ajudar a pensar caminhos de saída para a crise nacional.

Portugal precisa de aprender a vender aquilo que os mercados procuram, e não aquilo que as empresas nacionais consideram que é bom. Esta é apenas uma das cinco sugestões que Sérgio Rebelo, economista e professor na Kellogg School of Management nos Estados Unidos, apresentou hoje.

O professor foi o convidado da terceira sessão dos Encontros da Junqueira, organizados pela Associação Industrial Portuguesa, que visa reflectir sobre os principais temas da actualidade.

1. Vender o que o mercado procura
"Os portugueses querem vender aquilo que funciona no mercado interno", defendeu Sérgio Rebelo. "Acham que sabem o que é a qualidade e é isso que querem vender", continuou o professor, "mas o mercado português é pequeno e idiossincrático, por isso a ideia não funciona". O economista deu o exemplo do vinho, defendendo que este é um sector onde as empresas precisam de apostar em marcas mais fáceis de internacionalizar.

2. Apostar mais nos extremos da cadeia de valor
Com a emergência da produção chinesa e da tecnologia, a cadeia de valor de um produto alterou-se, explicou o professor. A produção propriamente dita perdeu valor, enquanto os dois extremos - a criação e desenvolvimento do produto, mais o design, o branding e venda a retalho - ganharam valor. A economia portuguesa "precisa de colocar mais ênfase nos extremos da cadeia de valor", defendeu Sérgio Rebelo.

3. Ser a porta de entrada das multinacionais na Europa
A grande vantagem de produzir localmente é gerir o risco cambial, já que permite ter os custos e as vendas na mesma moeda, explicou o economista. Assim sendo, "por que é que Portugal não há-de criar as condições para que as multinacionais que querem produzir em euros, produzam em Portugal", questionou.

4. Tornar os produtos mais simples e baratos
"Nos próximos 20 anos, os países em vias de desenvolvimento vão procurar luxo, mas os países desenvolvidos vão procurar valor", sublinhou Sérgio Rebelo. O professor explicou que uma saída possível é olhar para os produtos ou serviços que já existem, mas que são caros porque têm um grau de complexidade e de funcionalidade muito levados, e simplificá-los. Desta forma, podem tornar-se mais baratos e responder à procura dos mercados emergentes.

5. Ser uma economia mais amiga do investimento
"A economia portuguesa precisa de melhorar o ambiente económico e de se tornar mais amiga do investimento", defendeu o professor. Sérgio Rebelo frisou que para que haja investimento é preciso resolver o problema da incerteza, que continua por ser eliminada.
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