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Caldeirão da Bolsa

Situação na Itália - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Marco Martins » 13/3/2013 18:30

Elias Escreveu:Entendo o raciocínio, mas então o que estás a sugerir é que as agências apenas deveriam atribuir notações com base em factos reais?

Se vamos por aí, Portugal deveria continuar a ter rating AAA, uma vez que até agora não entrou em incumprimento, não concordas? :P

Objectivamente, vês alguma razão, algum facto objectivo para Portugal não ter AAA?


:) Também não diria tanto :)

Baseado nas contas Portuguesas, poderemos perceber que as coisas não estão bem. Mas por exemplo, no inicio da crise a dívida de Portugal era quase 100% o que levou a que isso fosse considerado como um grande fator de risco e um dos motivos para baixar o rating (mesmo considerando que a Europa daria apoio a Portugal).

No entanto os USA estão neste momento com esse nível de dívida e se as coisas se complicarem, não sei que país terá capacidade de os socorrer, e no entanto continuam com o rating quase no máximo.

Mas sim, acho que as agências deveriam estar mais próximo de valores reais do que em suposições. Um professor deve avaliar os alunos pelos resultados dos testes, embora a sua participação e interesse também seja considerada para a nota final.
Nesse sentido, as agencias também devem avaliar os países considerando os seus resultados, embora as suas políticas e situação social, também possam influenciar a nota final, mas não pesar mais do que os resultados.
 
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por Elias » 13/3/2013 18:18

Entendo o raciocínio, mas então o que estás a sugerir é que as agências apenas deveriam atribuir notações com base em factos reais?

Se vamos por aí, Portugal deveria continuar a ter rating AAA, uma vez que até agora não entrou em incumprimento, não concordas? :P

Objectivamente, vês alguma razão, algum facto objectivo para Portugal não ter AAA?
 
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por Marco Martins » 11/3/2013 3:00

Elias Escreveu:
Marco Martins Escreveu:Ainda não há certezas como vai ficar a governação em Itália nem que governo se vai formar nem que políticas irão ser tomadas... no entanto a Fitch já tem certezas que o downgrade é certo, baseado em suposições!!!

Como pode o povo e os governantes não suspeitarem de que estas agências agem em função do oportunismo?!?!

Não tarda muito temos os downgrades e upgrades ao segundo... quando os países e as contas dos países não mudam ao segundo!!!

(sim, posso ser daqueles que quando acontece um downgrade dizem que existe alguma especulação... mas será que estou assim tão errado?)


Marco, és contra a atribuição de notações às dívidas soberanas?


Elias, sou a favor da atribuição de notações pois o seu objectivo é fazer uma análise das contas dos países (deveria ser principalmente este ponto) e juntar mais algumas análises locais (alterações políticas, revoltas, etc) e com isso atribuir um rating para que outros possam ter uma ferramenta útil para avaliar a capacidade desse país ser um bom destino de investimento.

Contudo (e aqui é que levanto mais reservas a algumas agências), o que algumas vezes parece acontecer, é que as agências agem com base em suposições, atribuindo maior peso a essas do que a valores reais das economias, dizendo mesmo que baixam o rating apenas porque pensam que o país não irá cumprir com as suas políticas ou outra coisa, como se estivessem a fazer o serviço de videntes e não de analistas.

Com este tipo de postura, e face ao peso que naturalmente têm na influencia dos seus ratings sobre os mercados, acabam por provocar impactos que automaticamente servirão para renovarem novamente o seus rating relativamente a esses mesmos países.

Existe alguma solução ou forma mais correta das agências agirem? Não sei!!!
Mas eventualmente não lhes ser permitido virem a público ameaçar com descidas ou subidas apenas baseados em "ses".
Poderiam ainda indicar o peso que uma suposição tem nas suas avaliações e o peso que tem a análise sobre as contas reais.
Poderiam ser mais separados os negócios de análises de ratings e os de investimentos.

Por exemplo, terá sido admissível, baixarem o rating de Portugal apenas porque acharam que o novo governo não seria capaz de tomar as medidas que tomou no seu primeiro ano?
 
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por nisoda » 9/3/2013 17:59

Eu Tenho o Fundo Fidelity Italia e vou aguentar...espero que recupere os 3% negativos, até à definição do governo.
 
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por Elias » 8/3/2013 20:58

Marco Martins Escreveu:Ainda não há certezas como vai ficar a governação em Itália nem que governo se vai formar nem que políticas irão ser tomadas... no entanto a Fitch já tem certezas que o downgrade é certo, baseado em suposições!!!

Como pode o povo e os governantes não suspeitarem de que estas agências agem em função do oportunismo?!?!

Não tarda muito temos os downgrades e upgrades ao segundo... quando os países e as contas dos países não mudam ao segundo!!!

(sim, posso ser daqueles que quando acontece um downgrade dizem que existe alguma especulação... mas será que estou assim tão errado?)


Marco, és contra a atribuição de notações às dívidas soberanas?
 
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por STRESSZERO » 8/3/2013 20:55

Lá para os lados dos states os índices continuam verdinhos. Ignoraram completamente este dowgrade feito à dívida italiana, e acho que se passará o mesmo na europa na segunda feira. Os dowgrades já não são o que eram, se calhar por se terem tornado muito vulgares... :)
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por Marco Martins » 8/3/2013 19:38

PMACS Escreveu:Fitch downgrades Italy


Ainda não há certezas como vai ficar a governação em Itália nem que governo se vai formar nem que políticas irão ser tomadas... no entanto a Fitch já tem certezas que o downgrade é certo, baseado em suposições!!!

Como pode o povo e os governantes não suspeitarem de que estas agências agem em função do oportunismo?!?!

Não tarda muito temos os downgrades e upgrades ao segundo... quando os países e as contas dos países não mudam ao segundo!!!

(sim, posso ser daqueles que quando acontece um downgrade dizem que existe alguma especulação... mas será que estou assim tão errado?)
 
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por Elias » 8/3/2013 19:33

Exacto, se na segunda-feira cair as notícias serão

"mercados caem devido ao downgrade de itália"

Se subirem poderá ser

"mercados sobem APESAR DO downgrade de itália"

E assim se faz bom jornalismo financeiro. 8-)
 
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por Zeb_PT » 8/3/2013 19:30

Tudo muito relativo...

Os mercados já esperavam?
Esperavam um downgrade maior ou menor?

Nos indicadores macro temos claramente um valor esperado, no qual se pode comparar o valor real, nestes casos não sabemos claramente o que esperava mais cedo.

Imagina que se esperava um downgrade muito maior, então os mercados até podiam reagir positivamente...
http://marketapprentice.wordpress.com

Para muito errar e muito mais aprender!

"who loses best will win in the end!" - Phantom of the Pits

Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
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por Elias » 8/3/2013 18:38

Renegade Escreveu:2ª já sabe, é a vermelho.

Até estava à espera que hoje as praças estivessem no vermelho com tomadas de mais-valias, mas não... mas 2ª não escapam.


Não necessariamente. Depende do fecho de hoje dos EUA e principalmente dependerá de como abrirem os futuros no domingo à noite.
 
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por Renegade » 8/3/2013 18:36

2ª já sabe, é a vermelho.

Até estava à espera que hoje as praças estivessem no vermelho com tomadas de mais-valias, mas não... mas 2ª não escapam.
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por PMACS » 8/3/2013 18:16

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Talk of Italian downgrade by S+P this evening

por PMACS » 4/3/2013 16:39

Talk of Italian downgrade by S+P this evening

There is talk / rumour of a downgrade of Italy by S+P later today.

No denials as yet and it could be just spurious rumour, but as I commented just now in one of my replies Italy has only itself to blame for the current political mess in which they find themselves.

Ok, so a political mess in Italy is nothing new but they can not be surprised if others outside of the country lose patience.
http://www.forexlive.com/blog/2013/03/0 ... s-evening/
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por Texano Bill » 28/2/2013 22:54

The Economist Escreveu:Send in the clowns

Imagem

How Beppe Grillo and Silvio Berlusconi threaten the future of Italy and the euro
Mar 2nd 2013 |From the print edition

A SENSE of humour in adversity can be attractive, but it is not always useful. Confronted by the worst recession in their country since the 1930s and the possible implosion of Europe’s single currency, the people of Italy have decided to avoid reality. In this week’s election a quarter of the electorate—a post-war record—did not even bother to show up. Of those who did, almost 30% endorsed Silvio Berlusconi, whose ruinous policies as a clownish prime minister are a main cause of Italy’s economic woes. And a further 25% voted for the Five Star Movement, which is led by a genuine comedian, Beppe Grillo. By contrast, Mario Monti, the reform-minded technocrat who has led Italy for the past 15 months and restored much of its battered credibility, got a measly 10%.

This result is a disaster for Italy and for Europe. In Rome the centre-left coalition headed by Pier Luigi Bersani, the pre-election favourite who ended up getting only a whisker more of the vote than Mr Berlusconi, is now struggling to form a government: it is unlikely to be stable or durable (see article). Meanwhile, financial markets across Europe swooned on the news. Share prices fell sharply almost everywhere. Sovereign-bond yields jumped across the Mediterranean countries, to levels touched three months ago, even as they fell in Germany, bringing the euro crisis back to centre-stage.

In fact the danger is less of break-up than of stagnation. This was the week, history may conclude, when Europeans made clear that they were not interested in reform. Nine months after the French ran away from change, the Italians sprinted past them. As many as two-thirds of Italians rejected not only German-imposed austerity but the entire reform agenda that was designed to improve their economy’s dismal record of near-zero growth. Follow that path, and it leads to the economic paralysis and political decline that Japan has endured for the past 20 years.

Change course or be like Japan

The election result is scarily reminiscent of the most recent occasion when the centre-left governed Italy, in 2006. Then a ramshackle coalition under Romano Prodi stuttered on, only to expire after less than two years. Mr Bersani could try to form a “grand coalition” bringing together elements from the centre-left and the centre-right, though that means dealing with Mr Berlusconi. Mr Bersani might do better to form a minority government with Mr Monti, sustained from outside by Mr Grillo’s Five Star Movement, a formula that has more or less worked in Sicily. The “grillini”, as Mr Grillo’s new deputies and senators are known, need to decide whether to be purely negative in seeking to overturn the entire political order, or whether to be responsible and support sensible reforms.

To complicate things, the new parliament also has to elect a replacement for the president, Giorgio Napolitano. The best candidate is a former centre-left prime minister, Giuliano Amato. But whoever is chosen, and whatever government is cobbled together, Italy will struggle to avoid a fresh election later this year. It would be better if that election were fought with new political leaders and under a new electoral system that makes a repeat of today’s gridlock less likely.

In the meantime, the worry is of no progress with the reforms that are desperately needed to restore vitality to an asphyxiated economy. To do nothing, as Italy’s voters seem to wish, is not the answer to the country’s problems. Italian GDP per head has actually shrunk during the euro’s first 13 years of existence. This performance has little to do with a lack of demand caused by excessive fiscal austerity, as some euro critics loudly claim. It has everything to do with year after year of steadily rising labour costs and falling productivity, which have undermined Italian competitiveness and exports. If Italy’s government cannot regain lost competitiveness and reignite growth through greater liberalisation of its labour and product markets and reforms to the country’s legal and welfare systems, the economy will suffer, and youth unemployment will climb even higher than today’s 36%.

Too big to fail or to bail

This is dangerous. It is hard to see Italy remaining in the single currency in such dire straits—and equally hard to imagine the euro surviving if it falls out. Italy is the euro zone’s third-biggest economy and, although its budget deficit is quite small, it has the biggest stock of public debt (at almost 130% of GDP). This makes it too big to bail out.

But without growth, Italy will not be able to service its debts. The possible pattern is clear: a series of crisis meetings, a few half-hearted efforts at reform to buy off Germany’s Angela Merkel, not enough growth, too much austerity, and then another crisis. The euro survives, but at immense economic cost. The euro zone becomes Japan.

It does not have to be that way. Italy’s political convulsions underline the need for Mrs Merkel to adapt her prescription. So far it has been a lot of austerity and some reform; it should be the other way round.

Deep recession and rising unemployment across the Mediterranean countries are triggering a popular backlash. Structural reforms continue to be essential if southern countries in the euro are to win back competitiveness and rekindle growth. But, given the voters’ response and the scale of recession, the pressure for continued fiscal austerity should now ease. Several countries—France is the most recent example (see article)—are expected to miss their budget-deficit targets this year. The European Commission should accept this if governments implement reforms. And northern members of the euro zone, especially Germany, should be readier to stimulate demand through tax cuts and spending increases.

The irony is that both of Italy’s clowns have got one thing right. Mr Grillo was right about Italy’s overpaid and corrupt politicians. Mr Berlusconi was right that austerity alone will not solve Europe’s crisis. Yet that does not mean Italians can run away from their predicament. If they continue to reject reforms, reality will catch up with them. Whatever the clowns may tell you, that is not funny.

http://www.economist.com/news/leaders/2 ... -euro-send
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por Investbem » 27/2/2013 14:07

Elias Escreveu:
Investbem Escreveu:Se são investidores não sei, não faço ideia, agora que as bolsas muitas vezes se recentem devido a declarações é um facto.
E ressalvei que a pior coisa é não ter governo e andar à deriva. :wink:


Os principais índices europeus (CAC, DAX, FTSE) e americanos (Dow, SP, NDX) estão exactamente nos níveis a que se encontravam na passada quinta-feira.

Qual foi exactamente o efeito das eleições italianas nas bolsas?


As bolsas em geral ressentiram-se bem na segunda e terça-feira, agora se está diretamente ligada ao caso "itália" ou se foi pura coincidencia, isso é algo que ninguem pode garantir..., o que é certo é que tiveram grandes quebras (refiro-me apenas ao fecho dos 2 dias), naturalmente que podemos dizer que se tratou de correções às subidas anteriores, é certo que poderá ser um motivo.
Agora quando referi que acreditava que a questão era a possivel entrada do Berlusconi, teve a ver com as declarações de elementos alguns países, de seguida a incerteza com o resultado das eleições e as quedas de segunda e terça, parecem-me serem coincidencias a mais para não considerar essa possibilidade.
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por Elias » 27/2/2013 13:34

Investbem Escreveu:Se são investidores não sei, não faço ideia, agora que as bolsas muitas vezes se recentem devido a declarações é um facto.
E ressalvei que a pior coisa é não ter governo e andar à deriva. :wink:


Os principais índices europeus (CAC, DAX, FTSE) e americanos (Dow, SP, NDX) estão exactamente nos níveis a que se encontravam na passada quinta-feira.

Qual foi exactamente o efeito das eleições italianas nas bolsas?
 
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por Investbem » 27/2/2013 11:51

Elias Escreveu:
Investbem Escreveu:Em entrevistas que vi na passada semana, onde varios representantes de paises, embora não o digam claramente, subentende-se pelas palavras proferriram que não lhes agrada muito essa ideia.
Agora tb digo, acho preferivel um governo com ele do que estar à deriva...


Mas esses 'representantes' não são investidores, ou são?

Além disso, é preciso distinguir entre aquilo que agrada politicamente e aquilo que agrada aos mercados. As duas coisas não são necessariamente coincidentes.


Se são investidores não sei, não faço ideia, agora que as bolsas muitas vezes se recentem devido a declarações é um facto.
E ressalvei que a pior coisa é não ter governo e andar à deriva. :wink:
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por mpfreitas » 27/2/2013 11:33

Renegade Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Berlusconi a frente para o Senado.


Neste momento, o Bersani tem 32.61% e o "Bunga-bunga" tem 29.58%.

O humorista Grillo tem 24.03%


Já agora ,onde entendem que estaria situado o partido/coligação de Bersani na escala Portuguesa .
 
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por Elias » 27/2/2013 11:25

Investbem Escreveu:Em entrevistas que vi na passada semana, onde varios representantes de paises, embora não o digam claramente, subentende-se pelas palavras proferriram que não lhes agrada muito essa ideia.
Agora tb digo, acho preferivel um governo com ele do que estar à deriva...


Mas esses 'representantes' não são investidores, ou são?

Além disso, é preciso distinguir entre aquilo que agrada politicamente e aquilo que agrada aos mercados. As duas coisas não são necessariamente coincidentes.
 
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por Investbem » 27/2/2013 11:24

Elias Escreveu:
Investbem Escreveu:A questão não é a situação em si, mas o risco de o Berlusconi entrar..., isso é que a europa não quer e o que está a arrastar as bolsas...!!!


Dizes isso com base em...?


Em entrevistas que vi na passada semana, onde varios representantes de paises, embora não o digam claramente, subentende-se pelas palavras proferriram que não lhes agrada muito essa ideia.
Agora tb digo, acho preferivel um governo com ele do que estar à deriva...
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por Elias » 27/2/2013 11:09

Investbem Escreveu:A questão não é a situação em si, mas o risco de o Berlusconi entrar..., isso é que a europa não quer e o que está a arrastar as bolsas...!!!


Dizes isso com base em...?
 
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por Investbem » 27/2/2013 11:06

K. Escreveu:A situação é bastante simples: como o 5 Stelle é extrema direita (dentro da actual moda europeia, "net-populista" à la Piratas, Stracher, etc: democracia directa via internet polulista, anti-europeista) fica partido pária.

Se o Berlusconi ganhou mesmo no senado, vai ser obrigatoriamente parte do novo governo. Nada de especial, é a mesma situação da Austria onde o Stracher tem quase 30% e o governo é formado por uma coligação entre a esquerda e a direita.

Seja como for, com 130% de divida pública, quem manda é a Merkel, o resto são palhaçadas...


A questão não é a situação em si, mas o risco de o Berlusconi entrar..., isso é que a europa não quer e o que está a arrastar as bolsas...!!!
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por Marco Martins » 27/2/2013 10:43

Marco Martins Escreveu:Os resultados das eleições mostram um desconforto grande dos eleitores com as medidas atuais e com a europa.

Neste momento, um governo anti-austeridade em Itália, irá somente dar mais força a Itália (devido à brutal dívida que tem) e irá atrair e ganhar muitos apoios. A Itália poderá até ser o líder daqueles que agora estão mal.

Face à possibilidade de surgirem algumas mudanças maiores na Europa (vamos ver para que lado a França vai cair... se para a Alemanha ou para Itália).

Se em Itália for como Portugal, até que se forme um governo capaz de governar, devem ainda demorar uns 2 meses... o que poderá pesar nos índices...


E um comediante anti-europa e anti-politicos e anti-Berlusconi que consegue 25% dos votos, só mostra como as pessoas estão totalmente desacreditadas nestas políticas e nestes políticos.

Isto que está a acontecer em Itália certamente irá acontecer em Espanha e Portugal nas próximas eleições, pois o povo está no limite da paciência.

Neste cenário acho que a banca será a mais penalizada por estas mudanças, e foi o que aconteceu em Itália, tendo havido descidas médias de 8% nesse sector.

Na minha opinião, para já a quem está dentro, convém ter um cuidado especial e stops apertados. Mas nada melhor de que ver e ler análise técnicas.
 
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por Marco Martins » 26/2/2013 13:04

Os resultados das eleições mostram um desconforto grande dos eleitores com as medidas atuais e com a europa.

Neste momento, um governo anti-austeridade em Itália, irá somente dar mais força a Itália (devido à brutal dívida que tem) e irá atrair e ganhar muitos apoios. A Itália poderá até ser o líder daqueles que agora estão mal.

Face à possibilidade de surgirem algumas mudanças maiores na Europa (vamos ver para que lado a França vai cair... se para a Alemanha ou para Itália).

Se em Itália for como Portugal, até que se forme um governo capaz de governar, devem ainda demorar uns 2 meses... o que poderá pesar nos índices...
 
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por K. » 26/2/2013 12:56

Renegade, o que eu tentei dizer é que o Bunga-Bunga está fora do jogo. Ganhando o Berlusconi no Senado, uma coligação vai envolver o Berlusconi.

A comparação que fiz com a Austria equipara o Bunga-Bunga ao Stracher. É o mesmo na Belgica com o Vlams Block, e tem sido o mesmo em Portugal com o PC e o BE.
 
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