OT- Maior Onda do Mundo Surfada em Portugal (27,4m)
Boas
Tenho o prazer de conhecer pessoalmente o Garrett McNamara. Vou-vos descrever algumas características deles:
-Muito metido com ele próprio e até meio tímido
-Contemplador do mar
-O que faz faz por paixão (óbvio que o dinheiro conta mas aquela é a profissão dele; uma vez de avião passou o tempo todo a rever as próprias imagens de ondas surfadas para descobrir erros dizia ele)
-Nunca tira o boné com que anda, patrocinado (cheguei a perguntar-lhe se dormia com aquilo ou se não tinha cabelo suficiente
...dentro dos restaurantes, das salas, em todo o lado). Não sei se gostava de ganhar dinheiro com um apetrecho 'colado' à cabeça;
-É 'patrocinado' pela Câmara da Nazaré- dão casa, a ele e equipa (moto água, mulher dele e mais dois ou três), comida e pagam uns trocos mas nada de especial. Arranjam-lhe local de oficina, local próximo dos locais onde entra dentro de água e essas condições para não andar sempre a pedir autorizações para tudo e para nada. Os grandes patrocinadores são marcas de surf e são esses que pagam. E em Portugal o grande patrocinador é a ZON. Se pensam que é importante para a Nazaré que ele apareça por ali - e é - mais importante é para ele ter a Nazaré com ele pois os patrocinadores pagam as grandes ondas. E por acaso elas estão na Nazaré.
-É surdo que nem uma porta por causa das exostoses nos ouvidos.
-É um tipo genericamente pouco simpático e um bocado - diria - alucinado. Só um gajo assim se atreve a meter-se naquelas ondas.
-Uma coisa é certa: os t****s dele são do tamanho do mundo. Se ele tem medo? É melhor nem perguntar. É que tem mesmo. E só surfa as ondas que a equipa de terra lhe diz para avançar pois preparam-se para ser grandes ondas e ele no mar não se apercebe disso. Pode estar 6 ou 7 horas dentro de água para surfar duas ou três ondas.
Apesar de tudo, acho mais excitantes os mercados. Também tenho medo deles e também a adrenalina é muita. Mesmo se em frente e um ecrã de pc. E acho que alguns tipos que conheço nos mercados têm t****s iguais ou maiores que os do Garrett.
-Ah...não bebe senão água e sumos. E tem 45 anos se não me engano. E uma mulher nova...gira. Fácil para um surfista deste nível. Mais difícil para um tipo que ande pelos mercados. Já agora, ela é uma espécie de advisor dele em termos emocionais.
Obrigado
VIXIUM
Tenho o prazer de conhecer pessoalmente o Garrett McNamara. Vou-vos descrever algumas características deles:
-Muito metido com ele próprio e até meio tímido
-Contemplador do mar
-O que faz faz por paixão (óbvio que o dinheiro conta mas aquela é a profissão dele; uma vez de avião passou o tempo todo a rever as próprias imagens de ondas surfadas para descobrir erros dizia ele)
-Nunca tira o boné com que anda, patrocinado (cheguei a perguntar-lhe se dormia com aquilo ou se não tinha cabelo suficiente

-É 'patrocinado' pela Câmara da Nazaré- dão casa, a ele e equipa (moto água, mulher dele e mais dois ou três), comida e pagam uns trocos mas nada de especial. Arranjam-lhe local de oficina, local próximo dos locais onde entra dentro de água e essas condições para não andar sempre a pedir autorizações para tudo e para nada. Os grandes patrocinadores são marcas de surf e são esses que pagam. E em Portugal o grande patrocinador é a ZON. Se pensam que é importante para a Nazaré que ele apareça por ali - e é - mais importante é para ele ter a Nazaré com ele pois os patrocinadores pagam as grandes ondas. E por acaso elas estão na Nazaré.
-É surdo que nem uma porta por causa das exostoses nos ouvidos.
-É um tipo genericamente pouco simpático e um bocado - diria - alucinado. Só um gajo assim se atreve a meter-se naquelas ondas.
-Uma coisa é certa: os t****s dele são do tamanho do mundo. Se ele tem medo? É melhor nem perguntar. É que tem mesmo. E só surfa as ondas que a equipa de terra lhe diz para avançar pois preparam-se para ser grandes ondas e ele no mar não se apercebe disso. Pode estar 6 ou 7 horas dentro de água para surfar duas ou três ondas.
Apesar de tudo, acho mais excitantes os mercados. Também tenho medo deles e também a adrenalina é muita. Mesmo se em frente e um ecrã de pc. E acho que alguns tipos que conheço nos mercados têm t****s iguais ou maiores que os do Garrett.
-Ah...não bebe senão água e sumos. E tem 45 anos se não me engano. E uma mulher nova...gira. Fácil para um surfista deste nível. Mais difícil para um tipo que ande pelos mercados. Já agora, ela é uma espécie de advisor dele em termos emocionais.

Obrigado
VIXIUM
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Garrett na CNN
<iframe width="640" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/6_dYW3l5gl4?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
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As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Re: Garret em apuros!!!
nuuuno Escreveu:AutoMech Escreveu:Folha_Verde Escreveu:http://www.youtube.com/watch?v=yTrzAjZHTBQ
Nunca fiz surf, mas deve ser aterrador (e perigoso ?) ser apanhado assim.
é, claro que é perigoso, mas vejamos: o fato do macnamara é insuflável, ou seja, ele vai flutuar, o fundo da nazaré não tem rocha / coral que é onde muitos surfers se matam / magoam, a onda da nazaré nao é tubular nem tem 1 lip para arrancar costelas...enfim, os feitos do homem sao grandes, mas a nazaré nao está nem de perto nas mais pergisosas do mundo!
a onda da nazaré não é teahupoo mas atenção que tem um lip que pode deixar estragos valentes, as ondas lá são muito variadas e por vezes abrem-se grandes cavernas. O fato do macnamara além de ser insuflável também o protege contra os embates das ondas no corpo. Deixo aqui um link de um dia bem tubular na praia do norte na Nazaré com os bodyboarders a darem show ; )
http://www.youtube.com/watch?v=ZGVFJxZ2 ... re=related
Cumprs,
Folha Verde
Folha Verde
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Re: Garret em apuros!!!
AutoMech Escreveu:Folha_Verde Escreveu:http://www.youtube.com/watch?v=yTrzAjZHTBQ
Nunca fiz surf, mas deve ser aterrador (e perigoso ?) ser apanhado assim.
é, claro que é perigoso, mas vejamos: o fato do macnamara é insuflável, ou seja, ele vai flutuar, o fundo da nazaré não tem rocha / coral que é onde muitos surfers se matam / magoam, a onda da nazaré nao é tubular nem tem 1 lip para arrancar costelas...enfim, os feitos do homem sao grandes, mas a nazaré nao está nem de perto nas mais pergisosas do mundo!
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Re: Garret em apuros!!!
Folha_Verde Escreveu:http://www.youtube.com/watch?v=yTrzAjZHTBQ
Nunca fiz surf, mas deve ser aterrador (e perigoso ?) ser apanhado assim.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
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Comprei hoje o Kurier, era notícia de primeira página e tinha na capa essa fotografia!
http://kurier.at/sport/sportmix/mcnamar ... ch/787.052
http://kurier.at/sport/sportmix/mcnamar ... ch/787.052
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não me parece que esta seja maior que a de 2011...
o que está a acontecer é que estas rebentaram na direcção do forte e a perspectiva das câmaras fá las parecer maiores que a tal de 2011...
o que está a acontecer é que estas rebentaram na direcção do forte e a perspectiva das câmaras fá las parecer maiores que a tal de 2011...

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
ul Escreveu:António Silva. O português que dropou as ondas de McNamara e que o mundo não viu
Por Sara Sanz Pinto, publicado em 30 Jan 2013 -
Ninguém duvida do mérito do surfista norte-americano que trouxe a Nazaré para o mapa do surf mundial. Mas cá não falta talento para fazer igual
Diogo D'Orey/Liquideye
Garrett McNamara estava ontem escarrapachado na manchete do site do “Daily Mail”. Ao mesmo tempo a Sic Notícias publicava um vídeo com ondas do surfista norte-americano (mas de um português também), lançando a hipótese de um novo recorde. Aos olhos do comum espectador, atento às dimensões do mar – falam em ondas de quase 30 metros –, António Silva, surfista da praia Grande, passou injustamente despercebido. O palco era de McNamara.
Não queremos com isto retirar o mérito ao surfista residente no Havai – desde 2010 a mostrar ao mundo do surf o que a praia no Norte tem de melhor –, mas sim dar a conhecer quem por cá faz o mesmo. Ontem à noite, o “Record”, o único jornal nacional a tocar no assunto, embora muito ao de leve, publicava uma fotografia (após um alarido na sua página de Facebook com os utilizadores a chamarem a atenção para o que é nosso) com a legenda: “Português imitou Garrett McNamara”.
A descrição não faz jus aos churros (perdoem-nos a expressão, mas o termo encaixa aqui que nem uma luva) do surfista, o único português dentro de água na segunda-feira na Nazaré. Por isso mesmo, entrámos em contacto com ele. “Vimos que o mar estava gigante e que era o dia H para ir para a Nazaré. Quando lá chegámos o Garrett já estava na água”, conta Toni, como é conhecido pelos amigos.
“Apanhei umas quantas ondas, a melhor foi uma direita. Estavam moles, quebravam muito pouco, e a direita que apanhei foi das poucas enquanto estive na água que rebentou mesmo no canhão [acidente geomorfológico raro que faz com que se formem ondas de grandes dimensões]. Quanto ao tamanho da onda, não sei. A do Garrett é maior que a minha, mas a questão é: a onda quebrou? Acho muito mais impressionante a onda que ele apanhou há dois ou três anos. Mas o mar estava gigante, deve ter sido o maior mar já surfado na Nazaré.” Aquilo que para a maioria dos leitores poderá parecer preciosismo, não é – nestas condições do mar, uma onda que rebenta, mesmo sendo menor, é muito mais perigosa que as que não quebram.
Uma das razões pelas quais António não foi um dos protagonistas do espectáculo, que dá pelo nome de Zon North Canyon Show, está no facto de ter sido aparentemente posto de parte pela própria organização. “Ontem senti-me excluído, como se estivesse ali a mais”, afirmou, confessando que gostava de ter mais condições para repetir a proeza. O sentimento de exclusão também tocou Diogo D’Orey, fotógrafo brasileiro que estava com o surfista português. “Na Nazaré tem o forte ali bem na ponta e estava fechado. Quando cheguei estavam também chegando os fotógrafos do Garrett e eu, como não sabia que não podia entrar, acabei entrando com eles. Quando estava lá dentro uma das pessoas da organização veio para cima de mim e falou que eu não podia estar ali. E eu falei: ‘Mas eu estou fazendo a segurança do António, não é importante que tenha aqui alguém fazendo a segurança dele, o único português na água?’ E aí o cara falou: ‘Segurança, você pode fazer, fotos não.’”
Além de estar a captar imagens, D’Orey estava com um walkie-talkie, através do qual ia comunicando com a pessoa que estava dentro de água com uma mota de água a dar assistência a António. “Eu queria estar dentro do forte porque lá fora é um caminho superestreito e um barranco. Então não havia muito espaço e já havia muita gente ali olhando. É uma vista privilegiada porque você está mais de cima”, acrescentou o carioca.
Confrontado com o sentimento de exclusão acima referido, Pedro Pisco, um dos organizadores do evento, afirmou que o acesso ao forte apenas é permitido quando se trata de garantir a segurança dos surfistas. “É muito mais fácil, se estivermos numa posição mais alta, conseguirmos saber onde é que os surfistas caem para facilitar o seu resgate”, explicou. Já D’Orey garantiu que no local estavam outros fotógrafos.
“Efectivamente estava presente quando entrou um senhor que se identificou como pertencendo à equipa do surfista português. Dissemos-lhe que não podia lá estar e ele respondeu estar ali unicamente por questões de segurança. E nós respondemos: ‘Ok, por questões de segurança pode estar aqui. Agora para recolha de imagens para fins comerciais não’”, recorda, sublinhando que os fotógrafos e operadores de câmara que entraram no forte estavam a recolher imagens “por questões de segurança”. Quanto à presença de fotógrafos para fins comerciais no local, Pisco afirma não ter conhecimento.
Por seu turno, e contradizendo em parte a organização, o comandante Jorge Manuel Lourenço Gorricha, capitão do porto da Nazaré e responsável pela gestão do forte, explicou ao i que o acesso ao local é “condicionado mediante autorizações pontuais que normalmente são solicitadas dentro da estrutura da autoridade marítima”. “Neste caso, e atento à urgência da situação que me foi apresentada no próprio dia, foi de facto autorizada a entrada de um conjunto de jornalistas para tirar fotografias do forte. Não estava autorizada a entrada de outras pessoas além dessas. Se tivessem sido solicitadas mais entradas, seriam muito provavelmente analisadas da mesma forma que a situação anterior.”
A verdade é que com tanto surfista tuga teve de ser 1 americano a por a nazaré no mapa...parecia que nem conheciam o canhão!
- Mensagens: 1233
- Registado: 10/11/2011 10:05
António Silva. O português que dropou as ondas de McNamara e que o mundo não viu
Por Sara Sanz Pinto, publicado em 30 Jan 2013 -
Ninguém duvida do mérito do surfista norte-americano que trouxe a Nazaré para o mapa do surf mundial. Mas cá não falta talento para fazer igual
Diogo D'Orey/Liquideye
Garrett McNamara estava ontem escarrapachado na manchete do site do “Daily Mail”. Ao mesmo tempo a Sic Notícias publicava um vídeo com ondas do surfista norte-americano (mas de um português também), lançando a hipótese de um novo recorde. Aos olhos do comum espectador, atento às dimensões do mar – falam em ondas de quase 30 metros –, António Silva, surfista da praia Grande, passou injustamente despercebido. O palco era de McNamara.
Não queremos com isto retirar o mérito ao surfista residente no Havai – desde 2010 a mostrar ao mundo do surf o que a praia no Norte tem de melhor –, mas sim dar a conhecer quem por cá faz o mesmo. Ontem à noite, o “Record”, o único jornal nacional a tocar no assunto, embora muito ao de leve, publicava uma fotografia (após um alarido na sua página de Facebook com os utilizadores a chamarem a atenção para o que é nosso) com a legenda: “Português imitou Garrett McNamara”.
A descrição não faz jus aos churros (perdoem-nos a expressão, mas o termo encaixa aqui que nem uma luva) do surfista, o único português dentro de água na segunda-feira na Nazaré. Por isso mesmo, entrámos em contacto com ele. “Vimos que o mar estava gigante e que era o dia H para ir para a Nazaré. Quando lá chegámos o Garrett já estava na água”, conta Toni, como é conhecido pelos amigos.
“Apanhei umas quantas ondas, a melhor foi uma direita. Estavam moles, quebravam muito pouco, e a direita que apanhei foi das poucas enquanto estive na água que rebentou mesmo no canhão [acidente geomorfológico raro que faz com que se formem ondas de grandes dimensões]. Quanto ao tamanho da onda, não sei. A do Garrett é maior que a minha, mas a questão é: a onda quebrou? Acho muito mais impressionante a onda que ele apanhou há dois ou três anos. Mas o mar estava gigante, deve ter sido o maior mar já surfado na Nazaré.” Aquilo que para a maioria dos leitores poderá parecer preciosismo, não é – nestas condições do mar, uma onda que rebenta, mesmo sendo menor, é muito mais perigosa que as que não quebram.
Uma das razões pelas quais António não foi um dos protagonistas do espectáculo, que dá pelo nome de Zon North Canyon Show, está no facto de ter sido aparentemente posto de parte pela própria organização. “Ontem senti-me excluído, como se estivesse ali a mais”, afirmou, confessando que gostava de ter mais condições para repetir a proeza. O sentimento de exclusão também tocou Diogo D’Orey, fotógrafo brasileiro que estava com o surfista português. “Na Nazaré tem o forte ali bem na ponta e estava fechado. Quando cheguei estavam também chegando os fotógrafos do Garrett e eu, como não sabia que não podia entrar, acabei entrando com eles. Quando estava lá dentro uma das pessoas da organização veio para cima de mim e falou que eu não podia estar ali. E eu falei: ‘Mas eu estou fazendo a segurança do António, não é importante que tenha aqui alguém fazendo a segurança dele, o único português na água?’ E aí o cara falou: ‘Segurança, você pode fazer, fotos não.’”
Além de estar a captar imagens, D’Orey estava com um walkie-talkie, através do qual ia comunicando com a pessoa que estava dentro de água com uma mota de água a dar assistência a António. “Eu queria estar dentro do forte porque lá fora é um caminho superestreito e um barranco. Então não havia muito espaço e já havia muita gente ali olhando. É uma vista privilegiada porque você está mais de cima”, acrescentou o carioca.
Confrontado com o sentimento de exclusão acima referido, Pedro Pisco, um dos organizadores do evento, afirmou que o acesso ao forte apenas é permitido quando se trata de garantir a segurança dos surfistas. “É muito mais fácil, se estivermos numa posição mais alta, conseguirmos saber onde é que os surfistas caem para facilitar o seu resgate”, explicou. Já D’Orey garantiu que no local estavam outros fotógrafos.
“Efectivamente estava presente quando entrou um senhor que se identificou como pertencendo à equipa do surfista português. Dissemos-lhe que não podia lá estar e ele respondeu estar ali unicamente por questões de segurança. E nós respondemos: ‘Ok, por questões de segurança pode estar aqui. Agora para recolha de imagens para fins comerciais não’”, recorda, sublinhando que os fotógrafos e operadores de câmara que entraram no forte estavam a recolher imagens “por questões de segurança”. Quanto à presença de fotógrafos para fins comerciais no local, Pisco afirma não ter conhecimento.
Por seu turno, e contradizendo em parte a organização, o comandante Jorge Manuel Lourenço Gorricha, capitão do porto da Nazaré e responsável pela gestão do forte, explicou ao i que o acesso ao local é “condicionado mediante autorizações pontuais que normalmente são solicitadas dentro da estrutura da autoridade marítima”. “Neste caso, e atento à urgência da situação que me foi apresentada no próprio dia, foi de facto autorizada a entrada de um conjunto de jornalistas para tirar fotografias do forte. Não estava autorizada a entrada de outras pessoas além dessas. Se tivessem sido solicitadas mais entradas, seriam muito provavelmente analisadas da mesma forma que a situação anterior.”
Por Sara Sanz Pinto, publicado em 30 Jan 2013 -
Ninguém duvida do mérito do surfista norte-americano que trouxe a Nazaré para o mapa do surf mundial. Mas cá não falta talento para fazer igual
Diogo D'Orey/Liquideye
Garrett McNamara estava ontem escarrapachado na manchete do site do “Daily Mail”. Ao mesmo tempo a Sic Notícias publicava um vídeo com ondas do surfista norte-americano (mas de um português também), lançando a hipótese de um novo recorde. Aos olhos do comum espectador, atento às dimensões do mar – falam em ondas de quase 30 metros –, António Silva, surfista da praia Grande, passou injustamente despercebido. O palco era de McNamara.
Não queremos com isto retirar o mérito ao surfista residente no Havai – desde 2010 a mostrar ao mundo do surf o que a praia no Norte tem de melhor –, mas sim dar a conhecer quem por cá faz o mesmo. Ontem à noite, o “Record”, o único jornal nacional a tocar no assunto, embora muito ao de leve, publicava uma fotografia (após um alarido na sua página de Facebook com os utilizadores a chamarem a atenção para o que é nosso) com a legenda: “Português imitou Garrett McNamara”.
A descrição não faz jus aos churros (perdoem-nos a expressão, mas o termo encaixa aqui que nem uma luva) do surfista, o único português dentro de água na segunda-feira na Nazaré. Por isso mesmo, entrámos em contacto com ele. “Vimos que o mar estava gigante e que era o dia H para ir para a Nazaré. Quando lá chegámos o Garrett já estava na água”, conta Toni, como é conhecido pelos amigos.
“Apanhei umas quantas ondas, a melhor foi uma direita. Estavam moles, quebravam muito pouco, e a direita que apanhei foi das poucas enquanto estive na água que rebentou mesmo no canhão [acidente geomorfológico raro que faz com que se formem ondas de grandes dimensões]. Quanto ao tamanho da onda, não sei. A do Garrett é maior que a minha, mas a questão é: a onda quebrou? Acho muito mais impressionante a onda que ele apanhou há dois ou três anos. Mas o mar estava gigante, deve ter sido o maior mar já surfado na Nazaré.” Aquilo que para a maioria dos leitores poderá parecer preciosismo, não é – nestas condições do mar, uma onda que rebenta, mesmo sendo menor, é muito mais perigosa que as que não quebram.
Uma das razões pelas quais António não foi um dos protagonistas do espectáculo, que dá pelo nome de Zon North Canyon Show, está no facto de ter sido aparentemente posto de parte pela própria organização. “Ontem senti-me excluído, como se estivesse ali a mais”, afirmou, confessando que gostava de ter mais condições para repetir a proeza. O sentimento de exclusão também tocou Diogo D’Orey, fotógrafo brasileiro que estava com o surfista português. “Na Nazaré tem o forte ali bem na ponta e estava fechado. Quando cheguei estavam também chegando os fotógrafos do Garrett e eu, como não sabia que não podia entrar, acabei entrando com eles. Quando estava lá dentro uma das pessoas da organização veio para cima de mim e falou que eu não podia estar ali. E eu falei: ‘Mas eu estou fazendo a segurança do António, não é importante que tenha aqui alguém fazendo a segurança dele, o único português na água?’ E aí o cara falou: ‘Segurança, você pode fazer, fotos não.’”
Além de estar a captar imagens, D’Orey estava com um walkie-talkie, através do qual ia comunicando com a pessoa que estava dentro de água com uma mota de água a dar assistência a António. “Eu queria estar dentro do forte porque lá fora é um caminho superestreito e um barranco. Então não havia muito espaço e já havia muita gente ali olhando. É uma vista privilegiada porque você está mais de cima”, acrescentou o carioca.
Confrontado com o sentimento de exclusão acima referido, Pedro Pisco, um dos organizadores do evento, afirmou que o acesso ao forte apenas é permitido quando se trata de garantir a segurança dos surfistas. “É muito mais fácil, se estivermos numa posição mais alta, conseguirmos saber onde é que os surfistas caem para facilitar o seu resgate”, explicou. Já D’Orey garantiu que no local estavam outros fotógrafos.
“Efectivamente estava presente quando entrou um senhor que se identificou como pertencendo à equipa do surfista português. Dissemos-lhe que não podia lá estar e ele respondeu estar ali unicamente por questões de segurança. E nós respondemos: ‘Ok, por questões de segurança pode estar aqui. Agora para recolha de imagens para fins comerciais não’”, recorda, sublinhando que os fotógrafos e operadores de câmara que entraram no forte estavam a recolher imagens “por questões de segurança”. Quanto à presença de fotógrafos para fins comerciais no local, Pisco afirma não ter conhecimento.
Por seu turno, e contradizendo em parte a organização, o comandante Jorge Manuel Lourenço Gorricha, capitão do porto da Nazaré e responsável pela gestão do forte, explicou ao i que o acesso ao local é “condicionado mediante autorizações pontuais que normalmente são solicitadas dentro da estrutura da autoridade marítima”. “Neste caso, e atento à urgência da situação que me foi apresentada no próprio dia, foi de facto autorizada a entrada de um conjunto de jornalistas para tirar fotografias do forte. Não estava autorizada a entrada de outras pessoas além dessas. Se tivessem sido solicitadas mais entradas, seriam muito provavelmente analisadas da mesma forma que a situação anterior.”
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carrancho Escreveu:Jasus, que loucura!!!!
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Estes apanham as ondas a remar, que é a essencia do surf, em vez de tow-in!
Ainda é mais perigoso porque dropam mais tarde, apesar de fazerem ondas mais pequenas mas o pequeno deles são pelo menos 10 metros.
Gosto de ver o Shane Dorian a falar assim da Nazaré, Como é uma referencia do surf grande vai fazer com que aparecam mais "malucos",
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
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Só quem conhece minimamente o que é levar porrada de ondas é que pode ter ideia no que estes "meninos" se estão a meter.
Não sei se é o record ou não mas é mais um dia para a historia do surf internacional e pela segunda vez em Portugal, devido ao tamanho das ondas.
Não esquecer que somos considerados o Hawaii da Europa devido à qualidade das ondas como por exemplo:
Supertubos (um dos campeonatos mais badalados desde há dois anos)
Ericeira (Coxos, Pedra Branca, Reef, Cave, Ribeira...)
P.S. Só gostava de ver o Seguro no bottom desta onda e dizer: "Qual é a pressa?...!
Não sei se é o record ou não mas é mais um dia para a historia do surf internacional e pela segunda vez em Portugal, devido ao tamanho das ondas.
Não esquecer que somos considerados o Hawaii da Europa devido à qualidade das ondas como por exemplo:
Supertubos (um dos campeonatos mais badalados desde há dois anos)
Ericeira (Coxos, Pedra Branca, Reef, Cave, Ribeira...)
P.S. Só gostava de ver o Seguro no bottom desta onda e dizer: "Qual é a pressa?...!
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
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mais_um Escreveu:E mais uma vez estamos nas bocas do mundo (link na homepage da yahoo):
Did Garrett McNamara just break his own world record?
http://www.grindtv.com/surf/blog/50833/ ... ld+record/
os Ingleses dizem o mesmo:
http://www.dailymail.co.uk/news/article ... tugal.html
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
E mais uma vez estamos nas bocas do mundo (link na homepage da yahoo):
Did Garrett McNamara just break his own world record?
http://www.grindtv.com/surf/blog/50833/ ... ld+record/
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
EuroVerde Escreveu:rcostab Escreveu:Ainda não se sabe se o record do mundo da maior onda surfada não foi batido hoje!!!
Podes ir lá medi-la com uma fita métrica.![]()
Quem conhece o sítio sabe que a rebentação é ali medonha. Mas nem sempre está prepicio ao surf, até porque a praia do Norte é muito mais perigosa do que a Nararé.
A fita que tenho cá em casa e de 3 mts, achas que chega?

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rcostab Escreveu:Ainda não se sabe se o record do mundo da maior onda surfada não foi batido hoje!!!
Podes ir lá medi-la com uma fita métrica.

Quem conhece o sítio sabe que a rebentação é ali medonha. Mas nem sempre está prepicio ao surf, até porque a praia do Norte é muito mais perigosa do que a Nararé.
Lion_Heart Escreveu:McNamara regressa em Grande
Ele está bem na foto, mas o fotografo está melhor ainda!!!

Não percebo muito de fotografia, mas por mim deveria constar entre as melhores do ano. Dá a sensação que um tsunami se aproxima para engolir o farol e vem um gajo a dropá-lo. Fantástico!!!
Abraço,
Carrancho
Carrancho