1,1 mil milhões de euros. Não, o Banif não é um novo BPN
Pata-Hari Escreveu:Anónimo, não olhei para a operação nem para o anuncio em detalhe (aliás, ela foi anunciada na data que foi propositadamente para isso mesmo, aposto!).
Teria que ir à procura de dados. De qualquer modo, e como te digo, o ajuste deveria ser sempre para baixo porque a diluição da posição accionista será gigante. O facto da cotação ter subido faz-me achar que o mercado estava já descontar a falência.
De qualquer modo, para complicares as contas, ainda por cima tens que ter em conta a conversão das acções antigas para acções da SGPS....
Pata, obrigado, Concordo em parte com o seu pensamento, mas como é uma situaçao nova, nao consigo ver a operação com o Estado, digo como vai funcionar, percebe?
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Storgoff Escreveu:Tojo Escreveu:Pata, em função do montante de ações a emitir, o ajuste será para que valores? 0,02 centimos?
Alguem já se deu ao trabalho de fazer contas?
Obrigado
O facto de se saber o valor do aumento de capital ou mesmo o preço de subscrição das novas acções não nos permite saber para que valor a cotação vai ajustar.
Teoricamente tanto poderia disparar como cair a pique.
Penso que estão a fazer confusão com o chamado ajuste tecnico no ex-direito.
Mas esse só se saberá no fecho da ultima sessão antes do destaque do direito.
Mas storgoff, com a injecção gigante de capital do estado, tens que ter diluição das posições existentes (não me pareceu que os accionistas pudem simplesmente acompanhar o aumento de capital mas mesmo que possam, terão diluição de valor).
Storgoff Escreveu:Tojo Escreveu:Pata, em função do montante de ações a emitir, o ajuste será para que valores? 0,02 centimos?
Alguem já se deu ao trabalho de fazer contas?
Obrigado
O facto de se saber o valor do aumento de capital ou mesmo o preço de subscrição das novas acções não nos permite saber para que valor a cotação vai ajustar.
Teoricamente tanto poderia disparar como cair a pique.
Penso que estão a fazer confusão com o chamado ajuste tecnico no ex-direito.
Mas esse só se saberá no fecho da ultima sessão antes do destaque do direito.
É isso mesmo, o direito vai por exemplo dar posse ao acionista de poder comprar com uma açao um determinado numero de novos titulos... mas e agora com o aumento nao existem direitos?
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Anónimo, não olhei para a operação nem para o anuncio em detalhe (aliás, ela foi anunciada na data que foi propositadamente para isso mesmo, aposto!).
Teria que ir à procura de dados. De qualquer modo, e como te digo, o ajuste deveria ser sempre para baixo porque a diluição da posição accionista será gigante. O facto da cotação ter subido faz-me achar que o mercado estava já descontar a falência.
De qualquer modo, para complicares as contas, ainda por cima tens que ter em conta a conversão das acções antigas para acções da SGPS....
Teria que ir à procura de dados. De qualquer modo, e como te digo, o ajuste deveria ser sempre para baixo porque a diluição da posição accionista será gigante. O facto da cotação ter subido faz-me achar que o mercado estava já descontar a falência.
De qualquer modo, para complicares as contas, ainda por cima tens que ter em conta a conversão das acções antigas para acções da SGPS....
Tojo Escreveu:Pata, em função do montante de ações a emitir, o ajuste será para que valores? 0,02 centimos?
Alguem já se deu ao trabalho de fazer contas?
Obrigado
O facto de se saber o valor do aumento de capital ou mesmo o preço de subscrição das novas acções não nos permite saber para que valor a cotação vai ajustar.
Teoricamente tanto poderia disparar como cair a pique.
Penso que estão a fazer confusão com o chamado ajuste tecnico no ex-direito.
Mas esse só se saberá no fecho da ultima sessão antes do destaque do direito.
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Tojo Escreveu:Pata, em função do montante de ações a emitir, o ajuste será para que valores? 0,02 centimos?
Alguem já se deu ao trabalho de fazer contas?
Obrigado
E, como se fazem essas contas? Isso tem tudo a ver com o racio de troca, nao será?
Mas no aumento de capital do Estado, nao sei, alguem consegue explicar?
PATA, de uma ajuda, pode ser.......
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quem sao os privados a meter € no banif? o jardim? nao me gozem pa.
e o Banif não e o 1º caso, já e o 4º.
e o Banif não e o 1º caso, já e o 4º.
Editado pela última vez por Lion_Heart em 7/1/2013 22:59, num total de 1 vez.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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Pata-Hari Escreveu:A partir do instante em que as condições do aumento de capital são conhecidas, o aumento de capital nem precisa de acontecer fisicamente para o valor das acções ajustarem. Ajustam no momento em que a diluição é conhecida.
Neste caso, aparentemente, o mercado já estava a descontar a quasi-falência dada a reacção após o anúncio.
Sim compreendi, obrigado.
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A partir do instante em que as condições do aumento de capital são conhecidas, o aumento de capital nem precisa de acontecer fisicamente para o valor das acções ajustarem. Ajustam no momento em que a diluição é conhecida.
Neste caso, aparentemente, o mercado já estava a descontar a quasi-falência dada a reacção após o anúncio.
Neste caso, aparentemente, o mercado já estava a descontar a quasi-falência dada a reacção após o anúncio.
Pata-Hari Escreveu:ANONIMO111 Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Confesso que tenho estado muito surpreendida com a falta de comentários a este caso ....
Na sua opiniao o que vai acontecer as açoes do Banif, apos a emissao de mais 70.OOO.OOO.OOO, vao ajustar o valor?
Eu acho que irão ajustando a partir do momento em que on números são conhecidos.
Desculpe mas nao percebi, que numeros se refere?
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ANONIMO111 Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Confesso que tenho estado muito surpreendida com a falta de comentários a este caso ....
Na sua opiniao o que vai acontecer as açoes do Banif, apos a emissao de mais 70.OOO.OOO.OOO, vao ajustar o valor?
Eu acho que irão ajustando a partir do momento em que on números são conhecidos.
A Banca ainda está em recobro, por isso não vale a pena facilitar...o Estado não podia fazer outra coisa.
Eu também vejo a coisa para este lado, é uma Win-Win situation, dado que neste momento a supervisão da Banca se encontra num grau de maturidade legislativa que proporciona outra segurança.
Storgoff Escreveu:Desta forma o governo vai conseguir mais um factor de pressão para a descida das yields e o Gaspar lá poderá continuar alegremente a acenar com o seu querido gráfico.
Eu também vejo a coisa para este lado, é uma Win-Win situation, dado que neste momento a supervisão da Banca se encontra num grau de maturidade legislativa que proporciona outra segurança.
“A única diferença entre mim e um louco é que eu não sou louco.”
Salvador Dali
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tavaverquenao2 Escreveu:O que faz confusão é porque que é que o governo só vai ficar com 49% de poder de voto, quando mete lá o equivalente a 60%. O país está a saque, essa é que é essa.
60% ?? ou 600%?
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Banif vai usar dinheiro do Estado para comprar dívida pública
Maria Teixeira Alves
04/01/13 00:35
Todo o dinheiro que o Estado, através da linha de recapitalização da troika, põe no Banif vai ser investido em Obrigações do Tesouro, soube o Diário Económico.
Que grande confusão para aqui vai nesta noticia do Diário Económico.
Vamos por partes.
O Banif tem em stock obrigações que emitiu com garantias do estado , algumas no balanço e
outros já como colateral no BCE.
O estado pretende eliminar as garantias que suportaram estas emissões e portanto os título terão
de ser extintos e substituídos por outra coisa !!!
Pelos vistos títulos do tesouro.
À partida, ganha-se aqui a eliminação dos custos das
garantias do estado.
Em causa está a exigência do Governo em que o banco devolvesse as garantias que estão anexadas a empréstimos obrigacionistas do banco, e que no total somam agora 1,175 mil milhões de euros. Estas obrigações emitidas no passado ao abrigo das garantias estatais estão ainda no balanço do banco e são hoje colaterais de empréstimos junto do BCE. O Governo exigiu como condição de ajudar o Banif a recapitalizar-se que fossem extinguidas essas garantias, pelo que esses títulos serão devolvidos ao Estado.
Que títulos é que são devolvidos ao estado??
Parece-me que o jornalista está aqui a meter os pés pelas mãos.
Não há devolução, há extinção das emissões obrigacionistas.
Para substituir os colaterais no BCE, o Banif vai usar os 1,1 mil milhões que o Estado põe no banco, sob a forma de acções com direitos especiais (700 milhões) e de 400 milhões em instrumentos subordinados convertíveis (híbridos), para comprar dívida soberana. Depois entrega esses títulos de dívida soberana ao BCE, cancelando as emissões com garantia do Estado aí depositadas como colateral. O Estado empresta assim e recebe em troca um investidor na sua dívida. O core capital do Banif (que depois da intervenção do Estado passa para 10,5%) não fica em causa uma vez que é comum o capital estar denominado em activos.
Portanto o Banif no final do processo em vez de dinheiro vai estar cheio de títulos do tesouro.
Presumo que esta operação se irá fazer no mercado secundário.
Desta forma o governo vai conseguir mais um factor de pressão para a descida das yields e o Gaspar lá poderá continuar alegremente a acenar com o seu querido gráfico.
No fundo é como se o estado estivesse numa operação de recompra da sua divida com dinheiro da troika.
Onde é que eu já vi isto?
Ah, foi na Grécia….
Do ponto de vista dos rácios de capital do banco uma coisa é ter aquele Cash outra coisa é ter OT´s.
Ao contrario do Cash as OT´s passam a ser um activo ponderado por risco no calculo dos racios.
Aqui no fórum havera de certeza pessoal mais entendido para
escalpelizar este tema dos racios.

O Estado vai ser remunerado pelo total dos 1,1 mil milhões em 10% ao ano. Podendo essa receita vir dos dividendos especiais (caso haja) e/ou das mais valias implícitas ao programa de recompra de 154 milhões de euros das acções especiais, assumido pelo Banif, em 2017.
Isto é futurologia da grossa!!!
2017 ???
Provavelmente deve-se estar a referir a 2007...
Mais valias implícitas ????
Acho que o estado vai ficar a xuxar no dedo e bem pode esperar sentado pela remuneração de 10%.
Alguém nos salve de mais um atoleiro!!!

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É perfeitamente hilariante falar-se de um aumento de capital de 450 milhões nesta banqueta a ser suportado por privados, na primeira metade deste ano.
Pena que não se explore mais a absoluta incapacidade dos herdeiros do Horácio Roque em geriram minimamente o banco, e em última instância a (putativa neste momento) fortuna toda.
Pena que não se explore mais a absoluta incapacidade dos herdeiros do Horácio Roque em geriram minimamente o banco, e em última instância a (putativa neste momento) fortuna toda.
The market gives; The market takes.
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Re: 1,1 mil milhões de euros. Não, o Banif não é um novo BPN
correia1978 Escreveu:Recapitalização anunciada na passagem do ano. Oposição fala do risco de um novo BPN, mas banqueiros e analistas discordam
1,1 mil milhões de euros. Não, o Banif não é um novo BPN
Hélder Santos
05/01/2013 | 01:37 | Dinheiro Vivo
"o governo vai injetar 1,1 mil milhões de euros para evitar a falência do Banif".
No final desta semana, a oposição veio confirmar o receio de esse risco existir e acusou o Governo de opacidade na operação. Mas afinal essas suspeitas fazem sentido? O Dinheiro Vivo ouviu banqueiros e analistas da banca e todos, sem exceção, recusaram essa comparação. "O BPN era um centro de atividade criminosa, o que, tanto quanto se sabe, não existe no Banif, que tem, isso sim, um problema de falta de dinheiro, de inexistência de acionistas com capacidade para capitalizar a instituição", adiantou um administrador de um banco.
Independentemente de haver ou não ilícitos criminais (acredito que não haja pelo menos que se possa
comparar com o BPN) o relevante do ponto de vista contabilístico são as perdas que a instituição acumula.
Esta entrada massiva de capital não poderá ser explicada , como alguns analistas referidos na
noticia dão a entender, simplesmente pelo aumento das exigências de capital impostas pela EBA.
Se assim fosse , então um mero exercício de desalavancagem através de alienação de activos e
eventualmente um ligeiro AC resolveria por completo o problema.
A questão é muito mais grave do que isso e nesse aspecto, do ponto de vista meramente financeiro ,
pouco se distinguira do BPN.
O estado foi chamado a tapar um buraco monumental e passou a ser dono de mais um banco.
No BPN chamou-se lhe nacionalização, aqui chama-se recapitalização com ajuda do estado.
Eufemismos.
O estado até pode exigir as elevadas remunerações dos CoCos e das acções preferenciais mas será que o
Banif vai gerar proveitos para satisfazer esses compromissos?
E para os accionistas privados, de onde virá a sua remuneração?
Provavelmente de lado nenhum o que só poderá aumentar o desinteresse pelo título e o afastamento de investidores.
Para o contribuinte parece no entanto já haver uma certeza.
Ao colossal buraco do BPN junta-se agora o Banif e muito provavelmente, mais dia menos dia, teremos
também o BCP na calha.
Estes recém chegados ao clube BPN já somam mais 5,000 Milhoes de euros.
No futuro veremos se a conta não engorda com novos reforços de capital.
Mais austeridade, mais apertos de cinto e mais impostos, é o que espera o contribuinte que cá estará como sempre para suportar todo este desvario financeiro consequência do verdadeiro regabofe em que os bancos viveram durante mais de uma década.
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Elias Escreveu:Ou seja: o Estado empresta ao Banif para o Banif emprestar ao Estado (sim, porque isto de dizer que o Banif vai investir na dívida soberana é um eufemismo para dizer que o Banif vai emprestar ao Estado).
O Estado mata dois coelhos de uma cajadada: arranja um comprador para a dívida e ainda lhe cobra 10% ao ano por isso
3 coelhos, já que face ao diminuto volume transaccionado, ajuda os juros a descer ainda mais e neste momento é basicamente o único ponto positivo ou o único resultado prático de uma Governação que já dura à ano e meio..
Era interessante saber quem anda a comprar nos últimos meses..
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Ou seja: o Estado empresta ao Banif para o Banif emprestar ao Estado (sim, porque isto de dizer que o Banif vai investir na dívida soberana é um eufemismo para dizer que o Banif vai emprestar ao Estado).
O Estado mata dois coelhos de uma cajadada: arranja um comprador para a dívida e ainda lhe cobra 10% ao ano por isso
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