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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Opcard » 24/12/2012 19:17

O Expresso publicou na sua edição de 15 de dezembro no caderno de Economia uma entrevista com Artur Baptista da Silva, suposto membro do PNUD e supostamente encarregue pela ONU de montar em Portugal um Observatório dos países da Europa do sul em processos de ajustamento.

2. O primeiro contacto entre Artur Baptista da Silva e eu próprio ocorreu a pedido dele para me apresentar as linhas gerais da conferência que iria proferir no Grémio Literário a 4 de dezembro, o que aconteceu, tendo sido introduzido pela presidente do American Club, Anne Taylor.

3. O Expresso, e eu em particular, errámos ao dar como adquirido que a informação que nos estava a ser prestada era fidedigna e não carecia de confirmação. Pelo facto, peço desculpa aos leitores e aos espectadores por este falhanço profissional inadmissível ao fim de 32 anos de jornalismo.

4. É na sequência desse encontro que o Expresso entrevista Artur Baptista da Silva e a publica a 15 de dezembro. A 21 de dezembro, a meu convite, Artur Baptista da Silva participa no programa Expresso da Meia-Noite da SIC Notícias.

5. A entrevista ao Expresso tem repercussão internacional e a Reuters traduz uma grande parte para inglês. O jornal norte-americano "Chicago Tribune" dá também relevo à entrevista.

6. Tudo indica que Artur Baptista da Silva não exerce os cargos e as responsabilidades que dizia ocupar e que as declarações que fez não vinculam nem a ONU nem o PNUD. Investigações conduzidas pelo Expresso e por outros órgãos de comunicação social indicam que Artur Baptista da Silva não faz nem nunca fez parte dos quadros de nenhuma daquelas organizações.

7. Artur Baptista da Silva intitula-se também professor em "Social Economics", na Milton Wisconsin University, nos Estados Unidos da América. Consultados os sites alusivos aquela universidade constata-se que ela encerrou em 1982.

8. O Expresso e eu próprio assumimos este erro e iremos reforçar os mecanismos que permitam um controlo acrescido sobre a credibilidade das fontes com que lidamos diariamente.
http://www.publico.pt/portugal
 
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por Quico » 24/12/2012 11:50

Não percebo porquê a admiração!

Burlões é o que não falta, entre os "comentadores".

Especialmente aqueles que fazem da austeridade um "bicho papão", quando mais não é mais que tratar de pagar a dívida gigantesca em que nos enterramos; e isso qualquer um com a quarta classe percebe (não precisa de "comentadores")!
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
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por Opcard » 24/12/2012 11:35

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... a_onu.html



Artur Baptista da Silva falso coordenador da ONU?
24 Dezembro 2012, 09:41 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt

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Artur Baptista da Silva apresentou-se aos órgãos de comunicação como coordenador do Observatório Económico e Social da ONU para a Europa do Sul, mas as Nações Unidas, bem como consultor do Banco Mundial. Imprensa diz que as instituições não o reconhecem. O DN diz mesmo que o responsável esteve detido até Dezembro do ano passado.
Artur Baptista da Silva deu várias entrevistas nos órgãos de comunicação portugueses, onde foi apresentado como coordenador do Observatório Económico e Social da ONU para a Europa do Sul, mas as Nações e consultor do Banco Mundial. No início deste mês foi orador convidado no grémio literário, em Lisboa, sendo apresentado como professor na Milton Wisconsin University, nos Estados Unidos, uma instituição que encerrou em 19982. Artur Baptista da Silva terá também dito que foi deputado na assembleia constituinte de 1975, mas o DN diz que o seu nome não consta na lista de deputados.

O “Diário de Notícias” revela mesmo, na edição desta segunda-feira, que o responsável esteve preso até Dezembro de 2011, tendo cumprido várias penas desde 1993. Em causa terão estado crimes de burla, abuso de confiança e emissão de cheques sem cobertura.

O DN acrescenta que o entre 1988 e 1989 Artur Baptista da Silva foi presidente do Conselho Fiscal do Sporting numa altura em que o clube era presidido por Jorge Gonçalves.
TAGS:Artur Baptista da Silva ONU Banco Mundial
 
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por Pata-Hari » 24/12/2012 2:14

Valha-nos isso. Hoje também me ri com esta noticia :)
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por Pantone » 24/12/2012 1:53

keijas Escreveu:depois de ontem ter estado no programa da SIC "expresso da meia noite" Artur Baptista da Silva, deu nas vistas e foi a partir daí passou a ser dado como suspeito de se fazer passar por coordenador de observatório da ONU, o que levou hoje a que todos os orgãos de informação que o tinham entrevistado a denunciar a fraude a SIC fê-lo no jornal da noite
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/12/23/homem-e-suspeito-de-se-fazer-passar-por-coordenador-de-observatorio-da-onu
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LOL!
Retiro entao o que disse no post atrás... Afinal eram calinadas não certificadas... :roll: :roll: :roll:
 
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por keijas » 24/12/2012 1:11

pc05 Escreveu:
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Austeridade assusta economistas da ONU


Assustados com os efeitos das medidas de austeridade, grupo de economistas das Nações Unidas defende que o Governo devia renegociar, de imediato, parte da dívida soberana.
12:00 Domingo, 23 de dezembro de 2012

O coordenador do Observatório Económico e Social da ONU para a Europa do Sul, Artur Baptista da Silva, classifica como "assustadores" os resultados das medidas de austeridade implementadas em Portugal e aconselha o Governo e os parceiros sociais a rever, de imediato, o memorando de entendimento com a troika e a renegociar 41 por cento da dívida soberana.

Em entrevista à TSF, o economista explica que trata-se de uma parcela contraída desde 1986 para que Portugal pudesse "ter acesso aos fundos estruturais" da União Europeia.

"Esses 121 mil milhões de euros têm que ser separados do resto da dívida. Porque isso não foi viver acima das possibilidades, não foi de os portugueses terem todos a mania que são ricos, sendo pobres. Não. Foi o Estado que teve que aportar este dinheiro, endividando-se no exterior, para ter acesso aos fundos estruturais, os tais fundos de ajuda", disse.

Artur Baptista da Silva lidera um grupo de seis economista das Nações Unidas que estudou durante um ano os efeitos do Programa de Assistência Económica e Financeira em Portugal, tendo entregue a todos os órgãos de soberania um relatório onde constam esta e outras recomendações.


Para o economista português, que condena, por exemplo, a desvalorização dos custos do trabalho, os índices de pobreza em Portugal, devidamente enquadrados na União Europeia, são inquietantes.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/austeridade-ass ... z2FsTT3I3r






depois de ontem ter estado no programa da SIC "expresso da meia noite" Artur Baptista da Silva, deu nas vistas e foi a partir daí passou a ser dado como suspeito de se fazer passar por coordenador de observatório da ONU, o que levou hoje a que todos os orgãos de informação que o tinham entrevistado a denunciar a fraude a SIC fê-lo no jornal da noite

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/12/23/homem-e-suspeito-de-se-fazer-passar-por-coordenador-de-observatorio-da-onu

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malukices nos mercados ........ aqui »»»
http://www.malukosnabolsa.blogspot.com.
 
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por mais_um » 23/12/2012 22:53

Devo ser muito burro, alguém consegue explicar a racionalidade disto:

Números do 2º orçamento rectificativo apresentado em Outubro:

UTAO: Governo continua a subestimar queda na receita do IRC e do ISV para este ano
23 Outubro 2012 | 17:06
Lusa

O segundo orçamento rectificativo para este ano corrige em baixa as previsões para a receita fiscal, mas continua a subestimar a quebra no IRC e no ISV, afirmam os técnicos de apoio à comissão parlamentar do Orçamento.
"A estimativa para a execução da receita fiscal em 2012 foi novamente revista em baixa" no rectificativo, lê-se numa análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO). "Esta revisão em baixa vem corroborar as sucessivas análises técnicas da UTAO à receita fiscal."

No entanto, os técnicos parlamentares notam que, no caso do IRC (imposto sobre os rendimentos das empresas) e do ISV (imposto sobre veículos), a redução continua a estar aquém do que é previsível.

"A UTAO não encontra justificação para as revisões das estimativas menos desfavoráveis do que a execução tem revelado do ISV e do IRC", lê-se no documento.

No caso do IRC, o Governo previa inicialmente que a receita este ano caísse 5,3%. No segundo rectificativo, o IRC aparece a cair 9,7%. No entanto, nota a UTAO, a execução orçamental até agosto revela uma quebra de 22,9%.

O Governo prevê assim que o IRC recupere imenso nos últimos quatro meses do ano, "sem que haja uma adequada fundamentação".

No caso do ISV, o Governo previa inicialmente que a receita até crescesse 7,5% este ano. No segundo rectificativo, a receita deste imposto em 2012 aparece a cair 34,2%. No entanto, a quebra na venda de carros tem sido tão forte que, nos primeiros oito meses do ano, a receita do ISV diminuiu 44,4%.O Governo também não explica como é que espera que a receita do ISV recupere nos últimos quatro meses do ano.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=585831



Até 30 de Novembro:


Imposto sobre Veículos (ISV) - a receita líquida acumulada registou uma variação homóloga de -43,4%, por efeito da quebra nas vendas de veículos;

http://www.dgo.pt/execucaoorcamental/Pa ... s=Dezembro


Qual o interesse em colocar um valor no orçamento sabendo à partida que é irrealizável?
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por Pantone » 23/12/2012 21:57

pc05 Escreveu:Austeridade assusta economistas da ONU
... ...
"Esses 121 mil milhões de euros têm que ser separados do resto da dívida. Porque isso não foi viver acima das possibilidades, não foi de os portugueses terem todos a mania que são ricos, sendo pobres. Não. Foi o Estado que teve que aportar este dinheiro, endividando-se no exterior, para ter acesso aos fundos estruturais, os tais fundos de ajuda", disse.

Artur Baptista da Silva lidera um grupo de seis economista das Nações Unidas ... ...

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/austeridade-ass ... z2FsTT3I3r


É impressionante o disparatar de gente que devia saber o que diz...

Enquanto se tratar a economia como um jogo moral, nunca saíremos da situação em que nos encontramos.

Esta noção de que os pecadores têm que sofrer, é REPUGNANTE, económicamente falando!
 
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por Be Cool » 23/12/2012 14:59

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... tml?page=0

O governo húngaro está sob resgate desde 2008, mas bateu o pé ao FMI e a Bruxelas em 2012 e pôs travão às políticas de austeridade
Um país com dez milhões de habitantes que faz tudo ao contrário de Portugal


22/12/2012 | 00:01 | Dinheiro Vivo

Em Budapeste, os governantes têm dedicado o seu tempo, desde 2010, a projetar e implementar nacionalizações de companhias, aumentar o salário mínimo, aliviar a carga fiscal sobre as famílias, incentivar o consumo interno, taxar mais os bancos, reduzir de forma acentuada os encargos do Estado com as parcerias público-privadas (PPP), baixar os impostos para as empresas, entre outras medidas. Se as políticas pensadas e executadas pelo governo português olhassem para o espelho, a imagem daí resultante seria naturalmente invertida e veríamos então o executivo húngaro em ação.

Portugal e Hungria têm áreas e população de dimensões em tudo semelhantes. São dois países da União Europeia (UE) que distam entre si 2390 quilómetros. O primeiro está no euro e o segundo ainda possui moeda própria, o chamado florim húngaro. Portugal quer terminar o ano de 2012 com um défice de 5% e uma dívida de 120% relativamente a um PIB que deverá cair 3%. A Hungria, pelo contrário, deverá ter um défice de 2,5% e uma dívida de 78,4%, tendo como base uma economia que deverá recuar 1,2%. Bem-vindo ao mundo dos contrastes no seio da Europa dos 27.

Alguns poderão perguntar-se se estar ou não sob resgate externo poderá condicionar as políticas. Ora, embora seja um caso pouco falado em Portugal, a Hungria acaba por estar a beneficiar de ajuda do FMI e da UE. O programa da Hungria data de 2008 e tinha o valor de 20 mil milhões, tendo sido entregues até ao momento 14 mil milhões, que acabarão de ser pagos em 2016. O problema surgiu em 2010, na sequência da transição de um Governo socialista para um conservador de Direita, liderado pelo polémico Viktor Órban. Em setembro último, o primeiro-ministro pôs um travão nas políticas de austeridade do FMI, depois de meses de conflito. Pelo meio, Budapeste foi inundada por cartazes anti-FMI colocados pelo governo e que procuravam assumidamente angariar o apoio da população.

"Segundo o acordo feito pelo governo anterior, os salários e pensões teriam de sofrer reduções progressivas e, por esse motivo, o atual Executivo cancelou essas medidas e parou com o processo de cortes", explicou, ao Dinheiro Vivo, o secretário de Estado das Finanças, Gyula Pleschinger.

Se pudesse dar um conselho a Portugal, diria que é possível renegociar acordos com o FMI? "Nós negociámos com o FMI com base nos nossos progressos. Estamos preparados para soluções de compromisso, mas estas não devem ir contra os valores básicos deste governo", sublinha o secretário de Estado. "A crise mostrou que implementar uma união monetária sem uma união fiscal foi muito perigoso e o euro era demasiado forte para Portugal e Grécia e muito barato para a Alemanha", acrescenta.

O governo húngaro quis deixar mais dinheiro para as famílias e introduziu a taxa única de 16% no IRS, aumentando antes os impostos sobre o consumo, nomeadamente o IVA, cuja taxa máxima está nos 27%. Consultando a página de Internet do executivo, a sensação de estarmos perante a imagem de Portugal, invertida por um espelho, ganha mais força. O salário mínimo (485 euros) português está congelado desde 1 de janeiro de 2011 e não se perspetiva aumento. Na Hungria, o salário mínimo vai subir 5,4% em 2013, para 341 euros. A eletricidade e o gás , nas mãos de privados, deverão descer cerca de 10% no início de janeiro por imposição do governo húngaro. Em Portugal, o gás vai subir 2,5% e a eletricidade 2,8%, após várias outras subidas, nomeadamente a que resultou da aplicação do IVA máximo a estes serviços.

A austeridade no seio do Estado está a ser implementada, mas com moderação. "Na administração pública não aumentámos os salários nos últimos dois anos. O valor nominal e a duração do subsídio de desemprego sofreu cortes [tal como em Portugal]. Queremos recolocar as pessoas no mercado de trabalho e incentivamos as famílias a terem filhos através da atribuição de vários subsídios", afirma Pleschinger.

À luz do perfil dos três maiores partidos políticos portugueses (PSD, PS e CDS), pode parecer estranho que na Hungria tenham sido socialistas a privatizar quase todo o sector empresarial e sejam agora conservadores a tentar recuperar ativos importantes para a esfera do Estado. A oposição de Bruxelas tem sido manifesta, mas Budapeste não desiste.

No superministério do Desenvolvimento Nacional, a ministra Zsuzsa Németh confessou ao Dinheiro Vivo que a Comissão Europeia não gosta das políticas de nacionalização. "Quando comprámos um banco privado comercial, através do nosso banco de fomento, a Comissão Europeia torceu o nariz. Mas tivemos de lhes lembrar que existe um caso semelhante na Alemanha. Por outro lado, a banca privada tem tido grandes lucros, mas não está a emprestar às empresas", afirmou.

* Jornalista viajou a convite da embaixada da Hungria em Portugal
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por richardj » 23/12/2012 14:42

Ministério quer conhecer a real produtividade dos cirurgiões

Tutela vai criar indicador que permita comparar produtividade das equipas. Decisão surge após polémica do presidente do Hospital de São João, que disse que cirurgiões só fazem uma cirurgia por semana.


O Ministério da Saúde quer saber a real utilização que está a ser feita dos blocos operatórios nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, depois da polémica causada pelo presidente do Hospital de São João, no Porto, que disse que cada cirurgião só faz em média uma intervenção por semana e que 30 elementos da sua instituição neste ano ainda não tinham sequer ido ao bloco.

O objectivo, adianta o Diário de Notícias na edição deste domingo, é estabelecer um número de horas padrão para o funcionamento dos blocos operatórios para poder ser possível perceber qual a produtividade das equipas de cirurgia. Isto porque os critérios utilizados actualmente dificultam a comparação dos dados das várias instituições do país: cada hospital reporta apenas a percentagem de horas que utilizou do bloco, dentro da capacidade total que é determinada pela própria instituição. O novo indicador está a ser desenvolvido pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

A intenção da tutela surge depois da polémica entrevista do presidente do conselho de administração do Hospital de São João, António Ferreira, nesta semana à TVI. O responsável avançou com a média de uma cirurgia por semana por cada cirurgião, para ilustrar a tese que desde há muito defende: a de que é possível reduzir ineficiências no Serviço Nacional de Saúde, aproveitando melhor os recursos humanos. Por isso, destacou o facto de a taxa de absentismo na unidade ser de "11%" e adiantou que pelo menos 30 dos cirurgiões da unidade não fizeram uma única cirurgia este ano.

Para demonstrar que o problema não será exclusivo desta unidade hospitalar, foi mais longe, fazendo uma conta simples. Pegou no número de cirurgiões especialistas (3854), no total de cirurgias convencionais, excluindo as feitas em ambulatório (mais de 196 mil em 2010) e dividiu tudo por 46 semanas. Conclusão: em todo o país, em média, cada cirurgião fará uma cirurgia por semana.

Contas que foram desde logo mal recebidas pelo bastonário da Ordem dos Médicos, pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, pelo presidente do Colégio da Especialidade de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos, pela Federação Nacional dos Médicos e pelo Sindicato Independente dos Médicos, que asseguraram que os números não podem ser vistos desta forma nem totalmente atribuídos aos cirurgiões, já que para a realização de uma cirurgia têm também de estar disponíveis outros profissionais, como anestesistas e enfermeiros, assim como tem de haver vagas para recobro e internamento.

Já do lado da tutela, o ministro da Saúde admitiu que este não será caso único e considerou que há uma grande assimetria na produtividade destes especialistas. Há cirurgiões que "têm uma produtividade muito abaixo da média", enquanto há outros "que fazem um número muito concentrado, diferenciado e elevado de cirurgias", afirmou Paulo Macedo.

in publico
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por PC05 » 23/12/2012 13:31


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Austeridade assusta economistas da ONU


Assustados com os efeitos das medidas de austeridade, grupo de economistas das Nações Unidas defende que o Governo devia renegociar, de imediato, parte da dívida soberana.
12:00 Domingo, 23 de dezembro de 2012

O coordenador do Observatório Económico e Social da ONU para a Europa do Sul, Artur Baptista da Silva, classifica como "assustadores" os resultados das medidas de austeridade implementadas em Portugal e aconselha o Governo e os parceiros sociais a rever, de imediato, o memorando de entendimento com a troika e a renegociar 41 por cento da dívida soberana.

Em entrevista à TSF, o economista explica que trata-se de uma parcela contraída desde 1986 para que Portugal pudesse "ter acesso aos fundos estruturais" da União Europeia.

"Esses 121 mil milhões de euros têm que ser separados do resto da dívida. Porque isso não foi viver acima das possibilidades, não foi de os portugueses terem todos a mania que são ricos, sendo pobres. Não. Foi o Estado que teve que aportar este dinheiro, endividando-se no exterior, para ter acesso aos fundos estruturais, os tais fundos de ajuda", disse.

Artur Baptista da Silva lidera um grupo de seis economista das Nações Unidas que estudou durante um ano os efeitos do Programa de Assistência Económica e Financeira em Portugal, tendo entregue a todos os órgãos de soberania um relatório onde constam esta e outras recomendações.


Para o economista português, que condena, por exemplo, a desvalorização dos custos do trabalho, os índices de pobreza em Portugal, devidamente enquadrados na União Europeia, são inquietantes.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/austeridade-ass ... z2FsTT3I3r
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por richardj » 23/12/2012 12:53

até dou um exemplo, que, não sendo muito rigoroso, é uma boa aproximação, para como isto era antes de começarem os cortes na SS:

uma pessoa que ganhou na sua vida uma media de 5000 euros/mes, sempre a contracto a descontar 11% do ordenado para a SS e o patrão 24% (durante 40 anos), pelo que tendo começado a trabalhar aos 23, e sem nunca ter estado desempregado, reformou-se aos 63 anos.

vencimento anual - 5000 x 12 = 72 000 euros

desconto o trabalhador num ano = 0,11 x 72000 = 7920 euros

desconto do empregador num ano = 0,24 x 72000 = 17280 euros

desconto total num ano =24 200 euros

Por outro lado, os descontos feitos ao longo dos anos não tem todos o mesmo peso, mas como a reforma também não é fixa, e era actualizada à inflação vamos considerar nulo este efeito.

Por outro lado, este senhor descontou 24200 durante 40 anos, mas não foi para a sua reforma, mas sim para a SS. Só cerca de 50% dos custos da SS são relativos a pensões. Pelo que na verdade é como se este senhor tivesse descontado 24 200 durante 20 anos para a sua reforma.

Por outro lado, vamos considerar que este senhor vai viver mais 20 anos depois de se reformar.

nessa situação, tendo em conta os descontos efectuados, poderia receber 24 200 euros por ano (durante os 20 anos de vida que lhe restavam, que corresponde aos 20 anos que descontou efectivamente para a reforma)

isso dava uma reforma de 24 200 / (14 meses) = 1728 euros por mes (+ 13º e 14º mês)

este resultado é incompatível com as reformas reais recebidas por esta pessoa (que é uma pessoa tipo das que mais desconta para a SS)


Se em vez de 20 anos, esta pessoa vivesse 25 anos, poderia receber por ano

20 x 24 200 / (25anos) = 19 360 euros /ano , o que dá 1382 euros por mês. Uma pessoa que descontou sobre 5000 euros a vida toda (!!!)

Como se não bastasse, se experimentarem o mesmo raciocínio para alguém que que ganhe 500 euros (1 décimo) chegam à conclusão que a reforma "justa" para essa pessoa é qualquer coisa entre o miserável e o ignóbil. Donde sai que aqueles que descontam mais para a SS (como o 1º senhor)tem de receber ainda menos para poder aumentar ligeiramente as reformas daqueles que, doutra maneira, ficariam com reformas miseráveis.


Isto é uma analise ao nível do desconto de 1 pessoa para a sua própria reforma (1 reformado).

Mas ao nível de portugal, o numero de trabalhadores que descontam para a SS é ainda um pouco mais do que aqueles que recebem da SS . (uma relação de +- 1,5 conforme o nível de desemprego). Isto permite aumentar as reformas calculadas a cima,desde que a relação numero de descontos vs numero de reformados se mantenha (o que não tem vindo a acontecer nos últimos largos anos)
Anexos
despesa SS por tipo em Milhões.jpg
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por richardj » 23/12/2012 12:22

Rick Lusitano Escreveu:Agora imagina, se os portugueses pudessem resgatar os descontos antecipadamente? Algo do género, resgatar os PPRs.
"Olhe, quero levantar todos os meus descontos, de uma vez só."

Será que existe o nosso dinheiro que descontamos na SS?
Ou melhor será que existe todo o dinheiro que todos os portugueses descontam para a SS?

Este esquema da SS, suspeito, é mais benéfico para o Estado do que para os cidadãos, porque o Estado fica com uns milhões em caixa, para gastar onde quer. Se existisse nas mãos dos cidadãos/privados e não no Estado, o Estado não tinha esta liquidez.


permite-me discordar,

os cidadãos e o estado são a mesma pessoa;

o estado não fica com milhões em caixa, antes pelo contrario, tem de meter dinheiro na SS porque aqueles que contribuem para a SS não descontam o suficiente;

se cada contribuinte para a SS tivesse um cacifo onde fosse colocado todo o dinheiro descontado + juros, tendo em conta a reforma que vai receber, em 95% dos casos está com dinheiro em falta.
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por Massao1 » 23/12/2012 12:00

Renegade Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:Será que existe o nosso dinheiro que descontamos na SS?
Ou melhor será que existe todo o dinheiro que todos os portugueses descontam para a SS?


Então só podemos concluir que a SS é uma gigantesca fraude, maior que o BPN, BPP e Dª Branca todos juntos, um sistema em piramide que nunca pedimos para entrar, mas fomos legalmente obrigados a "alimentar".


Mas, o mais engraçado de isto tudo, é que muitas familias politicas serviram-se da democracia para acorrentar um povo inteiro.

Sinceramente, não desejo um Bom Natal a este 1º ministro, já a ideia deste ultra liberal e levar a maioria das pessoas para a miséria.
 
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por Renegade » 23/12/2012 0:22

Rick Lusitano Escreveu:Será que existe o nosso dinheiro que descontamos na SS?
Ou melhor será que existe todo o dinheiro que todos os portugueses descontam para a SS?


Então só podemos concluir que a SS é uma gigantesca fraude, maior que o BPN, BPP e Dª Branca todos juntos, um sistema em piramide que nunca pedimos para entrar, mas fomos legalmente obrigados a "alimentar".
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por Elias » 22/12/2012 23:44

tavaverquenao2 Escreveu:P.S. Que cabeça a minha, esqueci-me de agradecer o "belo" presidente que elegeram


Também acho, devia ter sido o Coelho, que ele sim havia de meter isto na ordem 8-)


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por tava3 » 22/12/2012 22:01

Bem, uma reportagem sic que deu agora sobre o bpn, mostra bem a "raça" do amigos do cavaco, uma cambada de bandidos. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és...

P.S. Que cabeça a minha, esqueci-me de agradecer o "belo" presidente que elegeram, e já agora, por este governo também, prototipos daquela gente, o meu obrigado.
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por Dom_Quixote » 21/12/2012 20:57

"Passos Coelho exorta a que "em cada português haja um soldado para vencer" a "guerra" da crise"

E porque não um brigadeiro ou um general?

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... crise.html

Já agora:

"Militares da GNR são alvo de processo por não chamarem general a um condutor"

http://www.ionline.pt/portugal/militare ... l-condutor
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por mcarvalho » 21/12/2012 14:04

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por Midas » 21/12/2012 13:55

Agora imagina, se os portugueses pudessem resgatar os descontos antecipadamente? Algo do género, resgatar os PPRs.
"Olhe, quero levantar todos os meus descontos, de uma vez só."

Será que existe o nosso dinheiro que descontamos na SS?
Ou melhor será que existe todo o dinheiro que todos os portugueses descontam para a SS?

Este esquema da SS, suspeito, é mais benéfico para o Estado do que para os cidadãos, porque o Estado fica com uns milhões em caixa, para gastar onde quer. Se existisse nas mãos dos cidadãos/privados e não no Estado, o Estado não tinha esta liquidez.
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por Renegade » 21/12/2012 12:47

Rick Lusitano Escreveu:A impressão com que mais fico, é que as reformas/pensões em Portugal são parecidas a um esquema piramidal de Ponzi/Madoff, em que os últimos que entram (para a base da pirâmide), vão pagar para os primeiros que entraram (para o topo da pirâmide). No fim, os últimos ficam sempre "queimados", com pouco ou nenhum dinheiro.


Claro que é.

É lamentável que o dinheiro que pomos mensalmente de lado para a SS não será guardado e investido para ir aumentando por vários anos até à reforma do próprio, mas sim usado para pagar reformas dos outros, o que está errado.
Era interessante se todos exigissem uma "conta corrente" dos seus descontos durante a vida contributiva e exigir que esse dinheiro fosse intocável até à reforma, senão qual o objectivo de descontarmos?
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por tava3 » 21/12/2012 12:28

Afinal ser o aluno mal comportado até tem vantagens:



S&P sobe 'rating' da Grécia em 6 níveis e retira-a de 'incumprimento seletivo'

A agência de notação financeira Standard and Poor's subiu hoje em seis níveis o 'rating' da Grécia, passando-o de 'incumprimento seletivo' para 'B-', e qualificou como estável a perspetiva de longo prazo da nota do país.

http://sicnoticias.sapo.pt/economia/201 ... -seletivo-



P.S. Não sei se alguém já o comemtou aqui.
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por Midas » 20/12/2012 23:38

A impressão com que mais fico, é que as reformas/pensões em Portugal são parecidas a um esquema piramidal de Ponzi/Madoff, em que os últimos que entram (para a base da pirâmide), vão pagar para os primeiros que entraram (para o topo da pirâmide). No fim, os últimos ficam sempre "queimados", com pouco ou nenhum dinheiro.

Traduzindo, os trabalhadores portugueses estão a descontar para reformas/pensões dos reformados/pensionistas actuais. Algo do género, nós pagamos as reformas dos nossos pais, e ficamos a espera, que os nossos filhos paguem as nossas, quando nos reformar-mos. Claro que para mantermos o mesmo nível das reformas, os empregados precisam de descontar cada vez mais.
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por tava3 » 20/12/2012 23:36

Segunda tentativa para acordar o pm, no sol amanhã.

http://downloads.sol.pt/pdf/primeira/sol_329.pdf
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por mais_um » 20/12/2012 23:31

JMHP Escreveu:
mais_um Escreveu:
JMHP Escreveu:
Mais_um... É verdade, eu também não tenho formação em economia e nem competência para discutir abertamente o tema, mas para analisar e concluir sobre a realidade do país e a situação dos problemas que afectam o Estado, não é necessário formação ou capacidades académicas superiores.

O país encontra-se numa situação desastrosa e difícil, que naturalmente deveria humilhar todos os cidadãos que se recusam a viver na mediocridade, prisioneiros de uma mentalidade sofredora e aceitar a incompetência da sua elite politica e intelectual com naturalidade como sendo parte da nossa natureza.

Isso para mim é que é a absoluta e plena miséria a que um povo pode deixar-se submeter, à rendição ou submissão da incompetência sucessiva.

Cabe a cada um de nós individualmente, conhecendo a realidade e o que nos rodeia, saber e escolher o que será correcto valorizar e lutar por.


Estou totalmente de acordo com o teu comentário.


Um dia tinha de ser... :lol:


Não é a primeira vez, nem há-de ser a ultima. :mrgreen: :mrgreen:

As divergências (contigo e não só) são mínimas e resultam mais de rótulos que insistem em colocar, esquerda /direita ou liberal /keynesesiano do que em divergências de fundo, como já referi estou a borrifar-me para rótulos, eu quero é algo que funcione e resulte neste pequeno rectângulo, nem que seja um pouco de cada teoria.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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