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Caldeirão da Bolsa

Reindustrialização da União Europeia

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Storgoff » 10/12/2012 1:13

Atomez Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Mas Atomez, o que distingue os países ricos da Europa dos pobres ainda são os que têm industria e trabalhadores adequados para a mesma....

Ná.

80% das economias desenvolvidas -- Europa, América do Norte, Japão, Austrália, quer dizer, a OCDE -- são serviços. 15% são indústria e 5% agricultura.

Precisamos é de serviços de alto valor acrescentado, e não empregados de mesa e mulheres a dias.


Fia -te na virgem e não corras.

Esse modelo era valido quando a globalização conseguiu transferir dos paises desenvolvidos a industria para explorar mão de obra escrava em paises como a china india...

Mas esses ganharam um poder hoje em dia que vão começar a fazer valer os seus creditos sobre os paises ditos desenvolvidos.

E ai é que se acabou a mama. Vamos ter que dar no duro e trabalhar nas fabricas porque os escravos ja encontraram o seu Spartacus.
 
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por BearManBull » 10/12/2012 1:02

MAV8 Escreveu:
A especialização em partes do processo cria dependencias que nunca são um fator positivo, para um desenvolvimento sustentado deve-se controlar o maior numero de fases do processo possivel.

Assim entre a matéria prima em bruto e o cliente final o processo deverá ter o menor numero de intervenientes possivel, para além de criar sinergias permite um maior controlo de todo o processo e dificulta a vida aos países sem Know How!!!



A parte a negrito da primeira frase é um verdadeiro axioma já a parte anterior é bastante discutível. Há muitos defensores que as empresas se devem especializar no seu core de negócio, quanto menos se focar naquilo que sabe fazer bem menos possibilidades tem de ter sucesso. A outra premissa contra esse racíocinio é que gestão não agrega valor quanto mais complexo for o processo maiores encargos com gestão e aumento dos custos portanto o que se puder terceirizar que não seja core para a empresa é por de fora.

A segunda afirmação parece-me um bocado egoísta e pouco diplomática, então haveria interesse em que outros países fiquem pobres e subjugados á nossa vontade? Já a parte a bold eu diria ter o número certo e bem definido de intervenientes no processo. Qualquer produtor automóvel era impossível de gerir se fizessem tudo in-house, é mais importante é escolher o fornecedor correcto que esteja de acordo com os padrões de qualidade establecidos.
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por ToshB » 10/12/2012 0:42

Ná.

80% das economias desenvolvidas -- Europa, América do Norte, Japão, Austrália, quer dizer, a OCDE -- são serviços. 15% são indústria e 5% agricultura.

Precisamos é de serviços de alto valor acrescentado, e não empregados de mesa e mulheres a dias.


Se esses serviços forem bastante usados por estrangeiros, tudo bem, está a entrar dinheiro no país. Mas se não for, como o sector de serviços não produz nada, não pode ser a base de uma economia... Essas mesmas economias que referiste são economias estagnadas, e com dívida dos privados bastante alta.
Editado pela última vez por ToshB em 10/12/2012 1:16, num total de 1 vez.
First rule of central banking: When the ship starts to sink, central bankers must bail like hell.
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por MAV8 » 10/12/2012 0:23

Atomez Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Mas Atomez, o que distingue os países ricos da Europa dos pobres ainda são os que têm industria e trabalhadores adequados para a mesma....

Ná.

80% das economias desenvolvidas -- Europa, América do Norte, Japão, Austrália, quer dizer, a OCDE -- são serviços. 15% são indústria e 5% agricultura.

Precisamos é de serviços de alto valor acrescentado, e não empregados de mesa e mulheres a dias.


É por se pensar assim que os países Europeus e os States se encontram falidos. Geraram lucros à ganancia sem produzir nada, o problema é que os nossos clientes perceberam que não precisavam dos intermediários (Nós países desenvolvidos) e começaram a comprar na fonte!!!

Este assunto está relacionado com um tópico existente - sobre a escola de gestão Austriaca!!!

A especialização em partes do processo cria dependencias que nunca são um fator positivo, para um desenvolvimento sustentado deve-se controlar o maior numero de fases do processo possivel.

Assim entre a matéria prima em bruto e o cliente final o processo deverá ter o menor numero de intervenientes possivel, para além de criar sinergias permite um maior controlo de todo o processo e dificulta a vida aos países sem Know How!!!

A verdade é que os países desenvolvidos têm passado esse Know How para os emergentes que posteriormente deixam de precisar de nós pois já dominam a essencia do negócio que é sem dúvida a produção industrial...
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por BearManBull » 9/12/2012 23:47

Atomez Escreveu:A indústria é coisa do século XIX. Estamos no XXI.

Get over it.


Lá está anda o pessoal a tirar MBAs para ir lavrar a terra... O que se quer é I&D isso é que agrega valor, em qualquer livro de gestão está bem explícito.

Agora se não temos capital humano como os States ou os nórdicos é porque os ordenados auferidos não conferem o poder de compra que satisfaça esses recursos. Porque os States com a educação ranhosa que têm conseguem ter um dos melhores CHs a nível global sendo esse outro príncipio básico da gestão num há património mais importante do que CH para uma empresa (em conjunto com patentes e in-house knowledge formam o capital de inatangible assets core de qualquer empresa de sucesso moderna).

Mesmo assim neste momento para Portugal num se perde muito em voltar a industrializar o sistema até porque não temos capacidade para fazer as coisas de outra forma e parece ser a única alternativa viável para o retomo económico, como consequência os ordenados vão divergir cada vez mais e o poder de compra será cada vez menor mas pelo menos é um caminho para a auto-suficiência em determinados sectores.
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por Lion_Heart » 9/12/2012 23:23

essa noticia e cómica pois estão três Países do G7 , supostamente os mais Industrializados do Mundo , um do meio e um que faz o que lhe mandam se lhe derem €€€.

Não estou a ver que tipo de interesses tem em comum.

Alias só o que se vende por €€ não tem industria.

E a culpa das saída das Indústrias é dos propios Países , que aboliram taxas e fronteiras.
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por Lion_Heart » 9/12/2012 23:13

Atomez Escreveu:A indústria é coisa do século XIX. Estamos no XXI.

Get over it.


Nada mais errado, a Industria vai sempre dominar. e incluo a agricultura industrial.
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por atomez » 9/12/2012 23:12

Pata-Hari Escreveu:Mas Atomez, o que distingue os países ricos da Europa dos pobres ainda são os que têm industria e trabalhadores adequados para a mesma....

Ná.

80% das economias desenvolvidas -- Europa, América do Norte, Japão, Austrália, quer dizer, a OCDE -- são serviços. 15% são indústria e 5% agricultura.

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As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Pata-Hari » 9/12/2012 23:08

Mas Atomez, o que distingue os países ricos da Europa dos pobres ainda são os que têm industria e trabalhadores adequados para a mesma....
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por atomez » 9/12/2012 23:03

A indústria é coisa do século XIX. Estamos no XXI.

Get over it.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Trisquel » 9/12/2012 23:02

artista1939 Escreveu:Qual industrialização da europa? Industrialização dos países europeus desindustrializados durante 25 anos, isso sim.


Esta é só a melhor medida que se pensou nos últimos anos. :idea:

Agora é pôr em prática! :wink:
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por artista1939 » 9/12/2012 22:58

Qual industrialização da europa? Industrialização dos países europeus desindustrializados durante 25 anos, isso sim.
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

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Reindustrialização da União Europeia

por Trisquel » 9/12/2012 22:47

Portugal e mais quatro países europeus vão propor reindustrialização da União Europeia
09 Dezembro 2012, 18:11

O grupo, que inclui os ministros europeus responsáveis pelas pastas da Economia e da Indústria de Portugal, Espanha, França, Itália e Alemanha, considera que chegou o momento de a UE inverter o ciclo de deslocalização de empresas


Portugal e mais quatro países europeus vão propor a reindustrialização da Europa na reunião do Conselho da Competitividade da União Europeia (UE), que decorre na segunda-feira, disse hoje à Lusa fonte oficial do Ministério da Economia.

O grupo, que inclui os ministros europeus responsáveis pelas pastas da Economia e da Indústria de Portugal, Espanha, França, Itália e Alemanha, considera que chegou o momento de a UE inverter o ciclo de deslocalização de empresas e perda de emprego na Europa, pelo que irá propor a reindustrialização europeia.

Esta proposta tem sido dinamizada pelo ministro da Economia e do Emprego português, Álvaro Santos Pereira, em cooperação com o ministro da Indústria espanhol, José Manuel Soria, adiantou a mesma fonte.

O grupo inclui também os ministros italiano Corrado Passera, francês Arnaud Motebourg e o vice-chanceler da Alemanha Philipp Rösler, que acumula o cargo de número dois do Governo alemão com a pasta da Economia.

"Os cinco ministros têm vindo a debater em privado um conjunto de propostas para promover uma nova política industrial na União Europeia, ao mesmo tempo que preparam um documento conjunto que deverá ser finalizado e tornado público no decurso desta semana", disse.

No documento, os cinco responsáveis pelas pastas da Economia justificam "a necessidade de inverter rapidamente o ciclo de desindustrialização da União Europeia".

Desde 2008, a UE perdeu três milhões de empregos na indústria e a produção industrial caiu cerca de 10 por cento.

O grupo incita os 27 a adoptarem novas políticas comuns para atrair investimento perdido nas últimas décadas para os países fora da UE e relançar a competitividade da indústria como principal motor do crescimento e da criação de emprego na Europa nos próximos anos.

Estes temas serão apresentados e debatidos na segunda-feira, em Bruxelas, na reunião do Conselho da Competitividade da UE, onde estarão representados os 27 países da União.

Os ministros promotores da iniciativa têm agendado hoje um jantar em privado, em Bruxelas, no qual participará o comissário Antonio Tajani, responsável pela pasta da Indústria na Comissão Europeia
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