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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por tava3 » 4/12/2012 14:35

Queriam as abébias da grécia? O problema é que ainda estamos em modo otário, ou seja, ainda há cá quem acredite que esta gente esteja a tentar resolver os problemas. Só quando todos percebermos que o país está a saque, tipo começarmos a partir a loiça toda, é que os credores vão ceder. Alguma duvida?

Em relação aos comentários de mario soares, apesar do pm merecer umas cacetadas valentes no lombo, até devia agradecer ao ms porque estes comentários estragam a caçada, espantam a caça. Mas se alguma coisa acontecesse ao pm, e com os meios de comunicação que temos hoje, rapidamente tentariam transformá-lo num mártir. Dasse.

8-)
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por MiamiBlue » 4/12/2012 12:29

mais_um Escreveu:O assunto está mais ou menos descascado neste topico:

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... sc&start=0


Obrigado.
 
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por mais_um » 4/12/2012 12:10

MiamiBlueHeart Escreveu:
mais_um Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:

Poupança de mil milhões/ano, pelos vistos, é insignificante perante a atual situação portuguesa.

Fantástico, digam lá, se não temos grandes Líderes!!

P.S. daqui a uns meses, vamos ver que medidas de emergência vão ter que ser implementadas para tentar apagar o "fogo".


Isso é publicidade enganosa, não poupavamos mil milhões€/ano, adiavamos o pagamento de 900/800 milhões de €/ano por 10 anos e poupavamos cerca de 26 milhões de €/ ano.


mais_um,

Se são 26 milhões de euros/ano, grande confusão anda na comunicação social.

Porque 26M/ano, são insignificantes..

P.S. Este conjunto de medidas para a Grécia, continuam a ser comprimidos para a dor de cabeça - nada mais. O real problema não é atacado e a situação na Grécia vai continuar a degradar-se.


O assunto está mais ou menos descascado neste topico:

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... sc&start=0
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por MiamiBlue » 4/12/2012 11:54

mais_um Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:

Poupança de mil milhões/ano, pelos vistos, é insignificante perante a atual situação portuguesa.

Fantástico, digam lá, se não temos grandes Líderes!!

P.S. daqui a uns meses, vamos ver que medidas de emergência vão ter que ser implementadas para tentar apagar o "fogo".


Isso é publicidade enganosa, não poupavamos mil milhões€/ano, adiavamos o pagamento de 900/800 milhões de €/ano por 10 anos e poupavamos cerca de 26 milhões de €/ ano.


mais_um,

Se são 26 milhões de euros/ano, grande confusão anda na comunicação social.

Porque 26M/ano, são insignificantes..

P.S. Este conjunto de medidas para a Grécia, continuam a ser comprimidos para a dor de cabeça - nada mais. O real problema não é atacado e a situação na Grécia vai continuar a degradar-se.
 
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por mais_um » 4/12/2012 11:29

MiamiBlueHeart Escreveu:

Poupança de mil milhões/ano, pelos vistos, é insignificante perante a atual situação portuguesa.

Fantástico, digam lá, se não temos grandes Líderes!!

P.S. daqui a uns meses, vamos ver que medidas de emergência vão ter que ser implementadas para tentar apagar o "fogo".


Isso é publicidade enganosa, não poupavamos mil milhões€/ano, adiavamos o pagamento de 900/800 milhões de €/ano por 10 anos e poupavamos cerca de 26 milhões de €/ ano.
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por MiamiBlue » 4/12/2012 11:24

Vejamos então que condições são essas de que Portugal não beneficiará.

1. Alargamento em 15 anos das maturidades
2. Redução das comissões pagas pelos empréstimos em dez pontos base
3. Alargamento em dez anos do prazo para o pagamento de juros.

O compromisso alcançado no seio do Eurogrupo prevê que com estas medidas a dívida grega seja reduzida para 124 por cento do PIB até 2020. Os únicos benefícios que Portugal terá são dois:
1. Não participar na redução das taxas de juro cobradas no empréstimo à Grécia enquanto estiver a receber assistência financeira.

2. O Banco de Portugal não precisará de devolver a Atenas os juros da dívida grega.

Os mesmos princípios aplicados aos gregos, pouparíamos cerca de mil milhões de euros/anos ao longo de uma década.


Poupança de mil milhões/ano, pelos vistos, é insignificante perante a atual situação portuguesa.

Fantástico, digam lá, se não temos grandes Líderes!!

P.S. daqui a uns meses, vamos ver que medidas de emergência vão ter que ser implementadas para tentar apagar o "fogo".
 
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por MiamiBlue » 3/12/2012 23:20

MPC_finance Escreveu:
Estou basicamente de acordo com o que dizes.
A Europa tem os seus problemas e deve procurar solução.
Portugal também tem graves problemas que necessitam solução.
Quanto aos juros/prazos que falas acredito que em altura própria será discutido (julgo eu!), mas apenas quando os credores se mostrarem interessados, (ou melhor quando os parceiros Europeus acharem pertinente), e não quando nós quisermos.
Não estou de acordo com a teoria de que o Gaspar por iniciativa individual deva ir falar com os credores a exigir condições.


MPC,

Na atitude do "bom aluno" passivo, é que eu não concordo minimamente contigo e critico fortemente o atual Governo neste aspecto.

Porque para os credores e para quem está de fora, qual a mensagem que está a passar? Está tudo a decorrer maravilhosamente bem - leia-se as declarações, ainda hoje, do Ministro Alemão (falta saber é mesmo no que acredita, ou é a mensagem que lhe interessa passar).

E para os nossos credores o que interessa se o desemprego é 10 ou 20%?? nada..

O que interessa se a economia tem ou não financiamento?? nada..

O que interessa se quase 20% da população está pobreza?? nada..

Se não for o Governo, quem luta pelo IRC a 10%? Ninguém..

Se não for o Governo, quem luta por financiamento do QREN, para outras áreas??

Se não for o Governo, quem pode lutar para arranjar medidas alternativas que sirvam de amortecedor para a presnete situação? Ninguém..

E quem cabe defender o melhor para o país? Supostamente é o Governo ou esperamos que seja a Troika a fazê-lo??

E O Governo pode ser passivo, ou dizer "nós cumprimos mas sem medidas adicionais, Portugal não vai conseguir superar esta crise". E ai, a Troika pode não ouvir mas chega a um ponto em que a até a Comunicação social faz pressão, se obviamente os pedidos e a argumentação fizer sentido.

Ou invés, andámos caladinhos e a apanhar as migalhas do que dão aos outros países.

Para mim, é uma atitude deplorável de incompetência.

Quanto a medidas fora do paradigma normal, este ano o défice vai falhar por uma margem superior a 30% do estimado- se isso não fazer "tocar os sinos" de alarme.. Para o ano, vai ser bonito..

E face à ausência de desvalorização cambial, NINGUÉM, repito, NINGUÉM e especialmente o Governo se preocupa em trabalhar, estudar, explicar, argumentar, defender medidas alternativas para esta situação complexa. Em vez disso, acreditamos que somente pela austeridade vamos lá - bolas, ninguém vê a Grécia?? Pelos visto, não.

Em vez disso, apela-se para que tenhamos FÉ!!Temos FÉ no orçamento 2013... hilariante.
 
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por Tridion » 3/12/2012 22:15

Dom_Quixote Escreveu:Hoje já não alimenta.

É só agasalhar...


Ehehehe...o poster actualizado!
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por Dom_Quixote » 3/12/2012 22:12

Hoje já não alimenta.

É só agasalhar...
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por Tridion » 3/12/2012 22:01

Temos que voltar à terra! :lol:

PS.- "Este cartaz é de uma campanha do Ministério da Economia, em 1942"
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por mais_um » 3/12/2012 13:18

ul Escreveu:Nova Zelândia , Canada e Suécia são bons exemplos porque são de sucesso


Nova Zelândia, Canada e Suécia não tinham a divida publica tão alta como a nossa, a Nova Zelândia teve o seu pico em 1985, com 72% do PIB, o Canada atingiu o pico em 1995, com 99% do PIB e a Suécia 72% entre 1994 e 1997.

Não sou dogmático, defendo qualquer coisa que resulte (faça a economia crescer de uma forma sustentada de forma a todos nós vivermos melhor), seja de esquerda ou de direita, Keynesiano ou neo liberal, estou a borrifar-me para rótulos.

Mas considerando a situação actual não vejo como as actuais medidas conseguem inverter a situação. Não é preciso ser especialista em economia/finanças para perceber que sem um crescimento económico forte não temos capacidade de pagar os juros da divida e não deslumbro como é que isso vai acontecer.

Vamos acabar por negociar um perdão parcial da divida mas em muito pior estado do que se o fizéssemos agora ou no próximo ano. Basta olhar para a Grécia para ver o que nos vai acontecer.


Não estou contra os cortes efectuados, em alguns casos até iria bem mais longe, estou contra o aumento “enorme” de impostos que não vai resolver o problema, estou contra a hipocrisia da nossa classe política, mais preocupada com as lutas de poder e manutenção de privilégios.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por artista_ » 3/12/2012 13:09

ul Escreveu:Nova Zelândia , Canada e Suécia são bons exemplos porque são de sucesso e é nesses que devemos colher ensinamentos , mas para alguns infelizmente a boa pregação do Padre António Vieira é inútil:

"Os exemplos dos tempos passados costumam ser as regras e documentos para os presentes e futuros."


artista Escreveu:
ul Escreveu:Alguns masoquistas são nostálgicos dos bons velhos tempos das moedas nacionais em que cada banco central podia imprimir tanto quanto o estado precisa-se .

Os outros sem tendência masoquista, não gostam que as autoridades destruam as suas economias .


Se te percebi estás a ser completamente descabido. Ninguém disse aqui que queria a situação da moeda antiga. O que se disse foi que o que tu estavas a defender tinha sido algo feito num país com moeda própria, algo que torna a situação não comparável com a de Portugal... mas tu resolveste perceber de outra forma, talvez para evitar assumir a quase inutilidade do exemplo que apresentaste! :roll:


Sim concordo... desde que os exemplos sejam comparáveis, o que decididamente não é o caso!
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por Laribau » 3/12/2012 12:52

Muffin Escreveu:ul: Os exemplos passados não podem ser aplicados no tempo presente... O facto de vivermos em tempos de "armadilha de liquidez" faz com que os pressupostos sejam diametralmente diferentes.

Quando os juros começarem a subir, e o desemprego a descer, voltaremos a ter as condições para implementar as políticas que parece que acreditas serem as correctas.

Até lá, dependemos de terceiros, ou então equilibramos as contas nacionais.

Infelizmente não existe alternativa em Pt para a Austeridade (como afirma o MPC) ou havendo, pressupõem uma alteração do paradigma vigente, como parece propor o Miami. O meu desacordo com o Miami parte apenas do ponto onde penso que, e infelizmente, a (fechada) sociedade portuguesa, com o seu secular medo à mudança, prefere o mau conhecido (com queixumes), ao desconhecido.

A questão é saber o que acontece quando o mau ficar péssimo...


Armadilha de liquidez: Na Europa ? Em Portugal ?

Bem, o exemplo mais acabado do contrário vem dos USA. Ao aumento de liquidez tem correspondido um crescimento do PIB, por isso, se há "armadilha" na Europa, é de falta de liquidez...!
The sense of responsibility in the financial community for the community as a whole is not small. It is nearly nil. ..... So the wise in Wall Street are nearly always silent. The foolish thus have the field to themselves.

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por MiamiBlue » 3/12/2012 12:40

Marcelo: “Passos não tem nenhuma ideia sobre a refundação do Estado”

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas_publicas/detalhe/passos_nao_tem_nenhuma_ideia_sobre_a_refundacao_do_estado.html

Marcelo disse o óbvio. Os 4 mil milhões são um novo PEC, nada mais.

Simplesmente aterrador - porque como vai ser feito "em cima do joelho" a probabilidade de o Estado melhorar, é bastante, bastante reduzida.

Governo medíocre à imagem do Governo de JS.
 
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por Pantone » 3/12/2012 11:27

MiamiBlueHeart Escreveu:Uma pergunta, porque honestamente não sei a resposta, algum país alguma vez recuperou de uma grave crise seguindo esta estratégia? Basicamente, através das exportações e redução da despesa pública (sem tocar nos juros).

Miami, tens as situações das economias do pós-guerra, tendo algumas adoptado o padrão-ouro em face de uma elevada dívida. Isto conta a história da taxa de câmbio, mas penso que dada a situação da época ser parecida à actual, os juros se manteriam constantes (a verificar).

Os resultados, infelizmente não são famosos (para a escola de pensamento Austriaca devem ser, mas isso...).

Existem um par de artigos recentes sobre o tema, nomeadamente comparando as políticas de França e UK, por exemplo em
http://www.theatlantic.com/business/arc ... ay/265696/
 
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por Pantone » 3/12/2012 11:20

ul: Os exemplos passados não podem ser aplicados no tempo presente... O facto de vivermos em tempos de "armadilha de liquidez" faz com que os pressupostos sejam diametralmente diferentes.

Quando os juros começarem a subir, e o desemprego a descer, voltaremos a ter as condições para implementar as políticas que parece que acreditas serem as correctas.

Até lá, dependemos de terceiros, ou então equilibramos as contas nacionais.

Infelizmente não existe alternativa em Pt para a Austeridade (como afirma o MPC) ou havendo, pressupõem uma alteração do paradigma vigente, como parece propor o Miami. O meu desacordo com o Miami parte apenas do ponto onde penso que, e infelizmente, a (fechada) sociedade portuguesa, com o seu secular medo à mudança, prefere o mau conhecido (com queixumes), ao desconhecido.

A questão é saber o que acontece quando o mau ficar péssimo...
Editado pela última vez por Visitante em 3/12/2012 11:29, num total de 1 vez.
 
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por Opcard » 3/12/2012 8:46

Nova Zelândia , Canada e Suécia são bons exemplos porque são de sucesso e é nesses que devemos colher ensinamentos , mas para alguns infelizmente a boa pregação do Padre António Vieira é inútil:

"Os exemplos dos tempos passados costumam ser as regras e documentos para os presentes e futuros."


artista Escreveu:
ul Escreveu:Alguns masoquistas são nostálgicos dos bons velhos tempos das moedas nacionais em que cada banco central podia imprimir tanto quanto o estado precisa-se .

Os outros sem tendência masoquista, não gostam que as autoridades destruam as suas economias .


Se te percebi estás a ser completamente descabido. Ninguém disse aqui que queria a situação da moeda antiga. O que se disse foi que o que tu estavas a defender tinha sido algo feito num país com moeda própria, algo que torna a situação não comparável com a de Portugal... mas tu resolveste perceber de outra forma, talvez para evitar assumir a quase inutilidade do exemplo que apresentaste! :roll:
 
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por MPC_finance » 3/12/2012 0:05

MiamiBlueHeart Escreveu:
Para além do nosso trabalho interno efectuado de outra forma, não podemos andar a cortar por cortar e sem ter a mínima noção das consequências para a economia interna - e atenção, que isso não quer dizer que o Estado não faça o seu percurso: eu defendo FP a trabalhar 40h, defendo uma reestruturação do Estado, aposta séria na eficiência do Estado, teto nas pensões.


Quanto a nível Europeu, a primeiro pergunta que deveria ser feito aos nosso credores é: Querem efectivamente que Portugal pague o que deve ou que seja a nova Grécia?

A partir dai, haja bom-senso e inteligência económica para atacar o problema - como não sou economista de formação - digo-te três áreas que sem mexer, estamos tramados:
- falta de investimento para permitir às industrias crescer - seja pelo QREN (gerido de outra forma), seja pela disponibilização de outros fundos, tem que haver algo que dinamize o investimento;
- Juros/Prazos- ao fim da experiência grega e portuguesa ainda não perceberam que o que está definido não leva a lado nenhum?? - soluções: olha o Grupo de sábios Alemães tem ideias bem diferente do habitual para atacar o problema - e os tipos são Alemães!!!
- o que a Europa quer ser no futuro - a definição deste assunto ajudaria Portugal imenso.

Exista disponibilidade para pensar em outras medidas, quem lute por elas e mentes abertas para efectivamente melhorar esta situação. [/code]


Estou basicamente de acordo com o que dizes.
A Europa tem os seus problemas e deve procurar solução.
Portugal também tem graves problemas que necessitam solução.
Quanto aos juros/prazos que falas acredito que em altura própria será discutido (julgo eu!), mas apenas quando os credores se mostrarem interessados, (ou melhor quando os parceiros Europeus acharem pertinente), e não quando nós quisermos.
Não estou de acordo com a teoria de que o Gaspar por iniciativa individual deva ir falar com os credores a exigir condições.
 
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por MiamiBlue » 2/12/2012 23:36

MPC_finance Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Por isso, defendo há muito, que são precisas medidas fora do "business-as-usual", sem isso, só quando destruirmos literalmente o país, voltaremos a crescer.


Podes partilhar as medidas que defendes?


Para além do nosso trabalho interno efectuado de outra forma, não podemos andar a cortar por cortar e sem ter a mínima noção das consequências para a economia interna - e atenção, que isso não quer dizer que o Estado não faça o seu percurso: eu defendo FP a trabalhar 40h, defendo uma reestruturação do Estado, aposta séria na eficiência do Estado, teto nas pensões.


Quanto a nível Europeu, a primeiro pergunta que deveria ser feito aos nosso credores é: Querem efectivamente que Portugal pague o que deve ou que seja a nova Grécia?

A partir dai, haja bom-senso e inteligência económica para atacar o problema - como não sou economista de formação - digo-te três áreas que sem mexer, estamos tramados:
- falta de investimento para permitir às industrias crescer - seja pelo QREN (gerido de outra forma), seja pela disponibilização de outros fundos, tem que haver algo que dinamize o investimento;
- Juros/Prazos- ao fim da experiência grega e portuguesa ainda não perceberam que o que está definido não leva a lado nenhum?? - soluções: olha o Grupo de sábios Alemães tem ideias bem diferente do habitual para atacar o problema - e os tipos são Alemães!!!
- o que a Europa quer ser no futuro - a definição deste assunto ajudaria Portugal imenso.

Exista disponibilidade para pensar em outras medidas, quem lute por elas e mentes abertas para efectivamente melhorar esta situação. [/code]
 
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por MPC_finance » 2/12/2012 23:17

MiamiBlueHeart Escreveu:Por isso, defendo há muito, que são precisas medidas fora do "business-as-usual", sem isso, só quando destruirmos literalmente o país, voltaremos a crescer.


Podes partilhar as medidas que defendes?
 
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por MiamiBlue » 2/12/2012 23:07

MPC_finance Escreveu:Sinceramente não sei, tenho dúvidas que exista algum País que tenha entrado em falência nas condições em que nós entrámos. Quanto mais sair da crise!!!

Imagem


Por isso a nossa situação é dramática, entramos em falência em péssimas condições e sem a receita(desvalorização cambial) que tem sido utilizada á décadas pelos países com problemas.

E apesar de se não possível não utilizar a ferramenta habitual, quais as medidas alternativas que foram criadas? Nenhuma..

Este é o nosso drama e o dos Gregos, apesar de todos os seus erros.

Por iso, defendo à muito, que são precisas medidas fora do "business-as-usual", sem isso, só quando destruirmos literalmente o país, voltaremos a crescer.
 
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por MPC_finance » 2/12/2012 22:51

MiamiBlueHeart Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
Muffin Escreveu:
Neste momento em Portugal não pode usar nem 1. nem 2.

Intuitivamente fácilmente percebemos que se o Estado diminui, liberta recursos. Se o sector privado os pode absorver, temos uma potential aumento de competitividade. Se o sector privado não os absorve (e o que se passa em portugal é que também este os liberta) temos aumento de desemprego e alargamento da crise por via da contracção (ainda) maior da Despesa Intenra. Não entender a diferença de situações diferentes (passe a repetição) equivale a proseguir em erros que a agravam.



A austeridade não é opção política!

A austeridade foi nos imposta pelos nossos credores, é obrigatória!

Porque não conseguimos sustentar/pagar a nossa qualidade de vida, criámos uma dívida monstruosa.

Como não temos os instrumentos atrás mencionados, não podemos utiliza-los.

Temos necessariamente de colocar a nossa balança comercial positiva. Ou seja, gastar pouco e ganhar o máximo possível.

Como é que isto se faz na conjuntura actual?

Austeridade para diminuir o consumo interno. E assim fazer pender a balança comercial para o lado positivo.


E tentar dinamizar o sector exportador.


Uma pergunta, porque honestamente não sei a resposta, algum país alguma vez recuperou de uma grave crise seguindo esta estratégia? Basicamente, através das exportações e redução da despesa pública (sem tocar nos juros).


Sinceramente não sei, tenho dúvidas que exista algum País que tenha entrado em falência nas condições em que nós entrámos. Quanto mais sair da crise!!!

Imagem
 
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por MiamiBlue » 2/12/2012 22:49

artista Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
Muffin Escreveu:
Neste momento em Portugal não pode usar nem 1. nem 2.

Intuitivamente fácilmente percebemos que se o Estado diminui, liberta recursos. Se o sector privado os pode absorver, temos uma potential aumento de competitividade. Se o sector privado não os absorve (e o que se passa em portugal é que também este os liberta) temos aumento de desemprego e alargamento da crise por via da contracção (ainda) maior da Despesa Intenra. Não entender a diferença de situações diferentes (passe a repetição) equivale a proseguir em erros que a agravam.



A austeridade não é opção política!

A austeridade foi nos imposta pelos nossos credores, é obrigatória!

Porque não conseguimos sustentar/pagar a nossa qualidade de vida, criámos uma dívida monstruosa.

Como não temos os instrumentos atrás mencionados, não podemos utiliza-los.

Temos necessariamente de colocar a nossa balança comercial positiva. Ou seja, gastar pouco e ganhar o máximo possível.

Como é que isto se faz na conjuntura actual?

Austeridade para diminuir o consumo interno. E assim fazer pender a balança comercial para o lado positivo.


E tentar dinamizar o sector exportador.


Uma pergunta, porque honestamente não sei a resposta, algum país alguma vez recuperou de uma grave crise seguindo esta estratégia? Basicamente, através das exportações e redução da despesa pública (sem tocar nos juros).


Acho que Portugal vai ser o primeiro! :roll: :roll: :roll:


Não sei, Artista, também pode ser a Grécia, que vai à nossa frente seguindo a mesma estratégia. :cry: :cry:

Mas sinceramente gostava de saber se algum país recuperou de uma crise desta gravidade sem efectuar desvalorização cambial.
 
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por artista_ » 2/12/2012 22:39

MiamiBlueHeart Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
Muffin Escreveu:
Neste momento em Portugal não pode usar nem 1. nem 2.

Intuitivamente fácilmente percebemos que se o Estado diminui, liberta recursos. Se o sector privado os pode absorver, temos uma potential aumento de competitividade. Se o sector privado não os absorve (e o que se passa em portugal é que também este os liberta) temos aumento de desemprego e alargamento da crise por via da contracção (ainda) maior da Despesa Intenra. Não entender a diferença de situações diferentes (passe a repetição) equivale a proseguir em erros que a agravam.



A austeridade não é opção política!

A austeridade foi nos imposta pelos nossos credores, é obrigatória!

Porque não conseguimos sustentar/pagar a nossa qualidade de vida, criámos uma dívida monstruosa.

Como não temos os instrumentos atrás mencionados, não podemos utiliza-los.

Temos necessariamente de colocar a nossa balança comercial positiva. Ou seja, gastar pouco e ganhar o máximo possível.

Como é que isto se faz na conjuntura actual?

Austeridade para diminuir o consumo interno. E assim fazer pender a balança comercial para o lado positivo.


E tentar dinamizar o sector exportador.


Uma pergunta, porque honestamente não sei a resposta, algum país alguma vez recuperou de uma grave crise seguindo esta estratégia? Basicamente, através das exportações e redução da despesa pública (sem tocar nos juros).


Acho que Portugal vai ser o primeiro! :roll: :roll: :roll:
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por MiamiBlue » 2/12/2012 22:24

MPC_finance Escreveu:
Muffin Escreveu:
Neste momento em Portugal não pode usar nem 1. nem 2.

Intuitivamente fácilmente percebemos que se o Estado diminui, liberta recursos. Se o sector privado os pode absorver, temos uma potential aumento de competitividade. Se o sector privado não os absorve (e o que se passa em portugal é que também este os liberta) temos aumento de desemprego e alargamento da crise por via da contracção (ainda) maior da Despesa Intenra. Não entender a diferença de situações diferentes (passe a repetição) equivale a proseguir em erros que a agravam.



A austeridade não é opção política!

A austeridade foi nos imposta pelos nossos credores, é obrigatória!

Porque não conseguimos sustentar/pagar a nossa qualidade de vida, criámos uma dívida monstruosa.

Como não temos os instrumentos atrás mencionados, não podemos utiliza-los.

Temos necessariamente de colocar a nossa balança comercial positiva. Ou seja, gastar pouco e ganhar o máximo possível.

Como é que isto se faz na conjuntura actual?

Austeridade para diminuir o consumo interno. E assim fazer pender a balança comercial para o lado positivo.


E tentar dinamizar o sector exportador.


Uma pergunta, porque honestamente não sei a resposta, algum país alguma vez recuperou de uma grave crise seguindo esta estratégia? Basicamente, através das exportações e redução da despesa pública (sem tocar nos juros).
 
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