Ganhar dinheiro com as tragédias
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Peço desculpa, mas isso vai de encontro a uma outra posição que já tens defendido desde sempre que é, o bom trader focar-se nos gráficos e abstrair-se das noticias e do resto do mundo, não deixando que os acontecimentos influênciem a actividade de trader, ou que as emoções venham a prejudicar parte da rendibilidade do negócio.
Fico supreso com este artigo.
Nesse caso foi os atentados de Madrid...
Houve alguém que também se posicionou curto aquando do tsunami no Japão...
Mas ainda assim para mim, é bem pior e considerado crime, alguém que tenha info previlegiada sobre uma empresa e se posicione curto/longo consoante a situação do que negociar nos moldes que referiste no artigo.
Um abraço.
Fico supreso com este artigo.
Nesse caso foi os atentados de Madrid...
Houve alguém que também se posicionou curto aquando do tsunami no Japão...
Mas ainda assim para mim, é bem pior e considerado crime, alguém que tenha info previlegiada sobre uma empresa e se posicione curto/longo consoante a situação do que negociar nos moldes que referiste no artigo.
Um abraço.
A propósito, e indo talvez contra o artigo:
Aqui há uns tempos, num período de forte bullmarket no mercado dos futuros dos cereais, havia alguém que se insurgia contra se negociar nesses mercados.
Dizia-se que era especular e ganhar com as desgraças do terceiro mundo, fazendo subir os preços dos alimentos básicos e prejudicando os países mais pobres, onde as populações que passam mais dificuldades teriam ainda maiores problemas para se alimentarem.
Ora, esta postura, podendo parecer bastante correcta e até piedosa, está ancorada em grande medida numa falácia.
Os preços, num mercado livre (não monopolista ou cartelizado) traduzem a lei da oferta e a procura que, perante a escassez de um determinado bem, fará o preço subir. Ora, parecendo este resultado "mau" ou prejudicial, ele irá fazer despoletar mecanismos entre os agentes do mercado (produtores, nomeadamente) que irão colmatar esse desequilíbrio.
Ou seja, se os preços começam a subir, começa a ser mais interessante a quem produz produzir mais, ou a quem não produz passar a produzir. A prazo, daqui resultará uma melhoria da eficiência da produção e distribuição desse bem e os preços poderão voltar a níveis razoáveis, pelo efeito do aumento da concorrência.
A atitude que, à partida, pareceria mais correta - fechar ou condicionar o mercado; congelamento dos preços - provocaria um desinteresse dos agentes do mercado em corrigir a causa do aumento dos preços (aumentar a produção, aumentar a eficiência da distribuição, etc.). Essa acção tende a manter o problema "sinalizado" pela livre accção do mercado; degenera no "apodrecimento" da situação anterior e posterior aumento da escassez desse bem; teremos eventualmente racionamentos e filas para supermercados, etc.
Desculpem a "naivité" da descrição - podem encontrar muito melhor argumentação aqui para quem assinar - mas, em traços largos, pretendi descrever um exemplo de como um movimento aparentemente "prejudicial" dos mercados não encerra necessariamente em si uma "tragédia"; a grande maioria das vezes, a desgraça é o mercado não funcionar (ou por que não deixam que exista, ou porque existe uma "Fantochada" de mercado livre - monopólios ou cartéis protegidos).
Aqui há uns tempos, num período de forte bullmarket no mercado dos futuros dos cereais, havia alguém que se insurgia contra se negociar nesses mercados.
Dizia-se que era especular e ganhar com as desgraças do terceiro mundo, fazendo subir os preços dos alimentos básicos e prejudicando os países mais pobres, onde as populações que passam mais dificuldades teriam ainda maiores problemas para se alimentarem.
Ora, esta postura, podendo parecer bastante correcta e até piedosa, está ancorada em grande medida numa falácia.
Os preços, num mercado livre (não monopolista ou cartelizado) traduzem a lei da oferta e a procura que, perante a escassez de um determinado bem, fará o preço subir. Ora, parecendo este resultado "mau" ou prejudicial, ele irá fazer despoletar mecanismos entre os agentes do mercado (produtores, nomeadamente) que irão colmatar esse desequilíbrio.
Ou seja, se os preços começam a subir, começa a ser mais interessante a quem produz produzir mais, ou a quem não produz passar a produzir. A prazo, daqui resultará uma melhoria da eficiência da produção e distribuição desse bem e os preços poderão voltar a níveis razoáveis, pelo efeito do aumento da concorrência.
A atitude que, à partida, pareceria mais correta - fechar ou condicionar o mercado; congelamento dos preços - provocaria um desinteresse dos agentes do mercado em corrigir a causa do aumento dos preços (aumentar a produção, aumentar a eficiência da distribuição, etc.). Essa acção tende a manter o problema "sinalizado" pela livre accção do mercado; degenera no "apodrecimento" da situação anterior e posterior aumento da escassez desse bem; teremos eventualmente racionamentos e filas para supermercados, etc.
Desculpem a "naivité" da descrição - podem encontrar muito melhor argumentação aqui para quem assinar - mas, em traços largos, pretendi descrever um exemplo de como um movimento aparentemente "prejudicial" dos mercados não encerra necessariamente em si uma "tragédia"; a grande maioria das vezes, a desgraça é o mercado não funcionar (ou por que não deixam que exista, ou porque existe uma "Fantochada" de mercado livre - monopólios ou cartéis protegidos).
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Ganhar dinheiro com as tragédias
Foi hoje publicado o meu novo artigo "Ganhar dinheiro com as tragédias":
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/ ... edias.html
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