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Caldeirão da Bolsa

Função pública vai trabalhar mais horas

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 22/11/2012 1:38

Las_Vegas Escreveu:Isto só é trágico quando toca a professores?

E os trabalhadores de empresas que vão para a retrete e ficam a arder anos a fio à espera de salários em atraso?

Ou sectores que deixaram de ser interessantes e mandam para o desemprego milhares de pessoas sem formação e sem grande esperança de voltarem a conseguir encontrar emprego?

Já agora, que eu saiba a grande maioria de funcionários públicos não são os professores contratados que entretanto foram dispensados por um estado falido.


Vai lá ver de onde veio a conversa para perceberes...

Já que não te deste ao trabalho de ler mas não te inibiste de comentar, gostaria de saber qual é a tua opinião sobre o estado meter pessoas na rua sem lhes pagar nenhuma indemnização?! Tenho muita curiosidade em saber isso... :roll:
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por artista_ » 22/11/2012 1:34

MPC_finance Escreveu:Mas quando falas na dita, "probabilidade de arranjar emprego como professor do estado", depois de 16 anos como professor acho pouco provável ficar definitivamente sem colocação. Simplesmente não acredito nisso.


Não acreditas!? :shock: :shock:

Então dá aqui uma vista de olhos:

https://www.dropbox.com/s/lnh56ge5548hc ... -%20AV.pdf

Essa lista foi publicada hoje, é para um horário do Grupo 600, o meu grupo. Eu Estou nessa lista que tem 280 candidatos... podes somar os dias, antes e depois da profissionalização, para saberes o tempo de serviço de cada um dos candidatos, ou seja quantos "dias" já trabalharam como professores. Acresce que na realidade todos trabalharam mais do que aquilo que está lá, porque nenhum destes teve todos os anos horário completo (o que faz com que num ano tenham menos do que 365 dias de serviço), só para perceberes, eu em 16 anos não tive um único. Além disso ainda acresce que o ano anterior (2011/12) não conta para este concurso.

Se pegares na candidata que está na primeira posição podes ver que tem quase 6000 mil dias de tempo de serviço, o que significará que terá quase de certeza mais de 20 anos de trabalho (eu nem chego a 10 em 16 anos). Ou seja, alguém nas condições dela está ainda sem horário em finais de Novembro, e está a candidatar-se a um horário de 17 horas letivas (completo são 22, embora este ano na prática tenham de dar 24). Este horário é temporário, vai substituir alguém que pode ou não regressar. Mas, mesmo que não regresse, quem ficar com este horário, vai para a rua outra vez assim que acabarem as reuniões de final de ano, em meados finais de junho! Já agora, o horário de 17 horas dá um vencimento líquido a rondar os 850 euros, cerca de 1050 ilíquidos (nem direito à parte do subsídio de Natal terá, ou terá muito pouco)!

Agora peguemos no candidato que está na posição 40. Tem 2664 dias de tempo de serviço. Tendo em conta o que já referi atrás, provavelmente terá mais de 10 anos de trabalho como professora. Em média costumam aparecer 3/4 horários por semana, no país inteiro. Sendo que nos períodos de interrupção letiva não colocam ninguém. Quais achas que são as probabilidades de ela vir a conseguir arranjar uma colocação ainda este ano? Tendo em conta os cortes previstos para o ano, quais achas que são as probabilidades de ela conseguir colocação para o ano que vem?!
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por artista_ » 22/11/2012 1:11

MPC_finance Escreveu:
Arista

Meteram-te na rua, dizes tu, e pergunto eu definitivamente?
Não ficaste apenas sem horário?
Pró ano não vais ficar colocado?


Não, e é lamentável que muitas pessoas aqui falem sem saberem minimamente do que se passa, e isto passa diariamente nas televisões.

Não sei se para o ano terei horário, nem se este ano ainda, ou se nunca mais. A realidade, já a contei aqui algumas vezes, é que trabalhei 16 anos e nunca me passaram aos quadros. O meu contrato acabava no dia 31 de Agosto, todos os anos era colocado no dia 1 de Setembro, este ano não tive horário e fiquei no desemprego, sem indemnização... eu e mais uns milhares de professores, talvez umas 20 vezes os 600 que o BCP vai meter na rua em dois anos, só que aqui foi tudo num ano, ou num dia... e sem a indemnização, nem qualquer outro tipo de regalia!

MPC_finance Escreveu:Só um pormenor
Quando dizes
"A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem! "
Lembro que não é para voces é para nós pagarmos


Sim, somos nós todos que pagamos, mas se cortarem mais noutros sobra menos para nós, não é? Se o governo anunciasse que iria aumentar mais os impostos provavelmente teria de despedir menos gente. Atenção que não é isso que acho que deve fazer, estou apenas a dar exemplos! A questão é que todos ficam contentes que cortem em tudo menos naquilo que os afeta diretamente. E não devia ser isso que faz a diferença, o que devia nortear a nossa opinião é aquilo que é melhor para o país e, dentro do possível, aquilo que é mais justo!
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por MarcoAntonio » 22/11/2012 1:07

MPC_finance Escreveu:
Não Marco António, eu não disse isso, de todo.

Disse que não acredito que uma pessoa com 16 anos de professor vá ficar definitivamente sem dar aulas.

Quantos aos "milhares professores" dizes tu, não tenho dados. Mas acho perfeitamente normal que se, o estado está falido e necessita de racionalizar recursos deve haver uma redução de professores do estado. Ainda mais quando temos cada vez menos alunos.



Se o problema é falta de dados aqui fica de fonte idonea, o ministério da educação:

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49

Mais aqui sobre o mesmo tema (e que vai claramente no sentido contrário do teu credo):

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=577089



Quanto a ser normal ou não ser, eu não estou a discutir nada disso. O que estou a discutir é o teu credo sobre a probabilidade de nova colocação no ano que vem, tanto mais que o que o ME diz sobre o assunto aponta no sentido inverso. Será que estás a elaborar sobre colocações sem estar minimamente a par da redução estrutural do número de professores que está em curso e que passa essencialmente pela dispensa dos contratados?
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Las_Vegas » 22/11/2012 0:49

Isto só é trágico quando toca a professores?

E os trabalhadores de empresas que vão para a retrete e ficam a arder anos a fio à espera de salários em atraso?

Ou sectores que deixaram de ser interessantes e mandam para o desemprego milhares de pessoas sem formação e sem grande esperança de voltarem a conseguir encontrar emprego?

Já agora, que eu saiba a grande maioria de funcionários públicos não são os professores contratados que entretanto foram dispensados por um estado falido.
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por MPC_finance » 22/11/2012 0:37

crybaby Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
crybaby Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
artista Escreveu:
4. Eu (e mais uns milhares de professores) trabalhei cerca de 16 anos para o estado, meteram-me na rua, sem qualquer indemnização (ainda nem subsídio de desemprego sei se terei, quase 3 meses depois). É incompreensível, que a agilidade que tu, e muitos outros, usam para apelidar de cidadãos de 1ª os funcionários públicos, não exista para ficar indignado por o governo agir desta forma?! A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem!



Arista

Meteram-te na rua, dizes tu, e pergunto eu definitivamente?
Não ficaste apenas sem horário?
Pró ano não vais ficar colocado?


Só um pormenor
Quando dizes
"A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem! "
Lembro que não é para voces é para nós pagarmos



Estás a gozar não estás?

Então amanhã o teu patrão diz-te "olha vai-te embora, mas talvez voltes para o ano"...

Depois vens aqui amochar e eu pergunto-te, então mas não vais ter trabalho para o ano? :roll: :roll:


Tu é que pareces estar a gozar, o Artista é professor, por isso acho bastante natural uma pessoa ficar sem horário um determinado ano e no ano seguinte ficar colocado.



Eu também acho bastante natural tu seres engenheiro, economista, gestor ou o que quiseres, ficares um ano na rua e depois no ano a seguir irem-te novamente buscar...

Se achas isso normal, eu também acho, não deixa de estar desempregado...

Ser professor não é uma profissão em si, a menos que alguém pague para isso...


Estou perfeitamente de acordo contigo.....
E esse problema vêm de agora?
 
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por MPC_finance » 22/11/2012 0:36

MarcoAntonio Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
(...)

Mas quando falas na dita, "probabilidade de arranjar emprego como professor do estado", depois de 16 anos como professor acho pouco provável ficar definitivamente sem colocação. Simplesmente não acredito nisso.

(...)



Como assim? Estás a alegar que esta coisa de colocar milhares de professores no desemprego é uma coisa passageira tipo só para durar um ano e que em 2013 é para os voltar a integrar?


Não Marco António, eu não disse isso, de todo.

Disse que não acredito que uma pessoa com 16 anos de professor vá ficar definitivamente sem dar aulas.

Quantos aos "milhares professores" dizes tu, não tenho dados. Mas acho perfeitamente normal que se, o estado está falido e necessita de racionalizar recursos deve haver uma redução de professores do estado. Ainda mais quando temos cada vez menos alunos.
Mas como já disse várias vezes respeito a situação desagradável de uma pessoa desempregada.
E já agora, por me lembrar de um post que o Artista escreveu onde dizia que quando referia a sua situação actual de desempregado não era para terem "pena" dele, onde aproveito para dizer que não posso estar mais de acordo com ele.
Editado pela última vez por MPC_finance em 22/11/2012 0:41, num total de 2 vezes.
 
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por goodmoney » 22/11/2012 0:24

MPC_finance Escreveu:
crybaby Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
artista Escreveu:
4. Eu (e mais uns milhares de professores) trabalhei cerca de 16 anos para o estado, meteram-me na rua, sem qualquer indemnização (ainda nem subsídio de desemprego sei se terei, quase 3 meses depois). É incompreensível, que a agilidade que tu, e muitos outros, usam para apelidar de cidadãos de 1ª os funcionários públicos, não exista para ficar indignado por o governo agir desta forma?! A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem!



Arista

Meteram-te na rua, dizes tu, e pergunto eu definitivamente?
Não ficaste apenas sem horário?
Pró ano não vais ficar colocado?


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Lembro que não é para voces é para nós pagarmos



Estás a gozar não estás?

Então amanhã o teu patrão diz-te "olha vai-te embora, mas talvez voltes para o ano"...

Depois vens aqui amochar e eu pergunto-te, então mas não vais ter trabalho para o ano? :roll: :roll:


Tu é que pareces estar a gozar, o Artista é professor, por isso acho bastante natural uma pessoa ficar sem horário um determinado ano e no ano seguinte ficar colocado.



Eu também acho bastante natural tu seres engenheiro, economista, gestor ou o que quiseres, ficares um ano na rua e depois no ano a seguir irem-te novamente buscar...

Se achas isso normal, eu também acho, não deixa de estar desempregado...

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por MarcoAntonio » 22/11/2012 0:23

MPC_finance Escreveu:
(...)

Mas quando falas na dita, "probabilidade de arranjar emprego como professor do estado", depois de 16 anos como professor acho pouco provável ficar definitivamente sem colocação. Simplesmente não acredito nisso.

(...)



Como assim? Estás a alegar que esta coisa de colocar milhares de professores no desemprego é uma coisa passageira tipo só para durar um ano e que em 2013 é para os voltar a integrar?

No actual contexto e sabendo que em 2013 o Governo pretende poupar ainda mais uns milhares de milhões, o teu credo não me parece que tenha grande verosimilhança...
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MPC_finance » 22/11/2012 0:18

moppie85 Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
artista Escreveu:
4. Eu (e mais uns milhares de professores) trabalhei cerca de 16 anos para o estado, meteram-me na rua, sem qualquer indemnização (ainda nem subsídio de desemprego sei se terei, quase 3 meses depois). É incompreensível, que a agilidade que tu, e muitos outros, usam para apelidar de cidadãos de 1ª os funcionários públicos, não exista para ficar indignado por o governo agir desta forma?! A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem!



Arista

Meteram-te na rua, dizes tu, e pergunto eu definitivamente?
Não ficaste apenas sem horário?
Pró ano não vais ficar colocado?


Só um pormenor
Quando dizes
"A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem! "
Lembro que não é para voces é para nós pagarmos


Respondendo rapidamente pelo Artista às tuas perguntas:

-> Sim, meteram-no definitivamente. Os professores contratados têm contrato válido durante o ano lectivo e depois "kaput", acabou - são desempregados outra vez.

-> Não, não ficou apenas sem horário. Como não tinha vinculo (nao era dos quadros), embora trabalhasse há 16 anos consecutivos como professor para o estado, o contrato terminava no final de cada ano lectivo. Não confundir com os "professores de horário zero" - esses sim, estão no quadro (e portanto a receber) mas não têm horário.

-> A probabilidade dita que o Artista dificilmente arranjará emprego como professor do estado para o ano. De fecto, cada vez são menos os professores que conseguem ter horarios, uma vez que os que estão no quadro cada vez dão mais horas e têm mais alunos. Infelizmente para o Artista não auguro um bom futuro no ensino...

Quanto ao comentário final, o "trabalhador do privado" tem a mania que o "trabalhor do publico" é o gajo que o "chula" (e peço desculpa pela linguagem) e que "o trabalhador do publico" devia pagar os desvarios todos do estado, porque como é o "Estado" que está mal, a culpa é dos funcionarios publicos, os priveligiados. Isto está mais que provado com as novas manifs - quando o corte foi só à FP a reacção foi "É bem feito que os tipos sãos uns previligiados", agora quando vai começar a sair do bolso dos privados também (cortes q a FP já esteve a suportar o ano passado) é que já é "injusto" e "inaceitável". É a velha máxima que "Pimenta no cu dos outros, para mim é refresco!".

Quanto aos serviços, bonificações nos créditos (tipo crédito habitação), pensões, trabalhos efectuados para o Estado pelas empresas privadas, isso não conta. Não é "chular" o Estado... é só o "estado" que faz maus negócios e dá beneficios que não devia e "eu só aproveitei". Não me lixem! O Pais está como está não por culpa da FP mas por culpa de todos os que andaram a m.a.m.a.r (e novamente peço desculpa pela linguagem) do Estado - as empresas e os cidadãos. Às empresas sabia bem pq se enchiam, e aos cidadãos sabia bem pq tinham mais "direitos" do que para os quais trabalhavam (RSIs, reformas insustentáveis, pensões atrás de pensões, saúde gratuita, habitação social, etc etc.)


Moppie

Estás a falar de coisas que eu não disse. Nem sequer penso.

Mas quando falas na dita, "probabilidade de arranjar emprego como professor do estado", depois de 16 anos como professor acho pouco provável ficar definitivamente sem colocação. Simplesmente não acredito nisso.

Quanto à segunda parte do teu texto, posso dizer-te que em parte estou de acordo contigo, porque vejo que estás contra aqueles que gravitam em redor do estado.
E como temos um estado falido, convém mesmo racionalizar os recursos.

Quanto à essência da questão, acho que a convergência dos trabalhadores do público com os dos do privado deveria ser primordial por razões já especificadas aqui.
Aqui foi sugerido nivelar as coisas por cima, ou seja, subir os ordenados dos privados e diminuir a carga horário de trabalho dos privados.
Lembro que o estado está falido para fazer isso, e uma daz razões do estado estar falido, são desequilibrios da balança comercial.
Portanto não acho aconselhável de todo aumentar poder de compra.
Portanto a haver convergência, seria um erro catastrófico fazê-la por cima.
 
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por moppie85 » 21/11/2012 23:51

MPC_finance Escreveu:
artista Escreveu:
4. Eu (e mais uns milhares de professores) trabalhei cerca de 16 anos para o estado, meteram-me na rua, sem qualquer indemnização (ainda nem subsídio de desemprego sei se terei, quase 3 meses depois). É incompreensível, que a agilidade que tu, e muitos outros, usam para apelidar de cidadãos de 1ª os funcionários públicos, não exista para ficar indignado por o governo agir desta forma?! A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem!



Arista

Meteram-te na rua, dizes tu, e pergunto eu definitivamente?
Não ficaste apenas sem horário?
Pró ano não vais ficar colocado?


Só um pormenor
Quando dizes
"A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem! "
Lembro que não é para voces é para nós pagarmos


Respondendo rapidamente pelo Artista às tuas perguntas:

-> Sim, meteram-no definitivamente. Os professores contratados têm contrato válido durante o ano lectivo e depois "kaput", acabou - são desempregados outra vez.

-> Não, não ficou apenas sem horário. Como não tinha vinculo (nao era dos quadros), embora trabalhasse há 16 anos consecutivos como professor para o estado, o contrato terminava no final de cada ano lectivo. Não confundir com os "professores de horário zero" - esses sim, estão no quadro (e portanto a receber) mas não têm horário.

-> A probabilidade dita que o Artista dificilmente arranjará emprego como professor do estado para o ano. De fecto, cada vez são menos os professores que conseguem ter horarios, uma vez que os que estão no quadro cada vez dão mais horas e têm mais alunos. Infelizmente para o Artista não auguro um bom futuro no ensino...

Quanto ao comentário final, o "trabalhador do privado" tem a mania que o "trabalhor do publico" é o gajo que o "chula" (e peço desculpa pela linguagem) e que "o trabalhador do publico" devia pagar os desvarios todos do estado, porque como é o "Estado" que está mal, a culpa é dos funcionarios publicos, os priveligiados. Isto está mais que provado com as novas manifs - quando o corte foi só à FP a reacção foi "É bem feito que os tipos sãos uns previligiados", agora quando vai começar a sair do bolso dos privados também (cortes q a FP já esteve a suportar o ano passado) é que já é "injusto" e "inaceitável". É a velha máxima que "Pimenta no cu dos outros, para mim é refresco!".

Quanto aos serviços, bonificações nos créditos (tipo crédito habitação), pensões, trabalhos efectuados para o Estado pelas empresas privadas, isso não conta. Não é "chular" o Estado... é só o "estado" que faz maus negócios e dá beneficios que não devia e "eu só aproveitei". Não me lixem! O Pais está como está não por culpa da FP mas por culpa de todos os que andaram a m.a.m.a.r (e novamente peço desculpa pela linguagem) do Estado - as empresas e os cidadãos. Às empresas sabia bem pq se enchiam, e aos cidadãos sabia bem pq tinham mais "direitos" do que para os quais trabalhavam (RSIs, reformas insustentáveis, pensões atrás de pensões, saúde gratuita, habitação social, etc etc.)
 
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por MPC_finance » 21/11/2012 23:50

crybaby Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
artista Escreveu:
4. Eu (e mais uns milhares de professores) trabalhei cerca de 16 anos para o estado, meteram-me na rua, sem qualquer indemnização (ainda nem subsídio de desemprego sei se terei, quase 3 meses depois). É incompreensível, que a agilidade que tu, e muitos outros, usam para apelidar de cidadãos de 1ª os funcionários públicos, não exista para ficar indignado por o governo agir desta forma?! A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem!



Arista

Meteram-te na rua, dizes tu, e pergunto eu definitivamente?
Não ficaste apenas sem horário?
Pró ano não vais ficar colocado?


Só um pormenor
Quando dizes
"A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem! "
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Estás a gozar não estás?

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Depois vens aqui amochar e eu pergunto-te, então mas não vais ter trabalho para o ano? :roll: :roll:


Tu é que pareces estar a gozar, o Artista é professor, por isso acho bastante natural uma pessoa ficar sem horário um determinado ano e no ano seguinte ficar colocado.
 
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por oscar.coelho » 21/11/2012 23:50

MPC_finance Escreveu:
Só um pormenor
Quando dizes
"A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem! "
Lembro que não é para voces é para nós pagarmos


O Artista está todo contente porque como foi despedido vai pagar menos...
 
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por goodmoney » 21/11/2012 23:36

MPC_finance Escreveu:
artista Escreveu:
4. Eu (e mais uns milhares de professores) trabalhei cerca de 16 anos para o estado, meteram-me na rua, sem qualquer indemnização (ainda nem subsídio de desemprego sei se terei, quase 3 meses depois). É incompreensível, que a agilidade que tu, e muitos outros, usam para apelidar de cidadãos de 1ª os funcionários públicos, não exista para ficar indignado por o governo agir desta forma?! A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem!



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Meteram-te na rua, dizes tu, e pergunto eu definitivamente?
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por Lion_Heart » 21/11/2012 23:35

Artista , eu ainda não percebi (alias até sei porque , porque mais vale atirar areia para os olhos dos outros que encarar a realidade) onde está a dificuldade em ver onde estão (ou estavam) as regalias.


Mais uma vez vou enumerar as regalias que existiram (e algumas ainda existem) ao longos desta ultimas décadas.


1º A existência de n sindicatos (alguns dentro das mesmas empresas) a exigir n e mais n de regalias e benefícios as custas dos outros pois a maioria destas empresas NUNCA mas NUNCA na vida deram lucro .

2º Porque bastava ou basta a um f. Publico entrar nos quadros que é praticamente Impossível ser despedido (e atenção para mim um f. publico e qualquer pessoa da administração central ou local).

3º ADSE - um sistema de segurança privado (ou publico) a um preço nitidamente abaixo dos valores de mercado.

4º Possibilidade de durante anos se reformarem com muitas mais regalias que o privado e muitas vezes antecipadamente.

5º Muito menos horas de trabalho semanal e as horas extras sendo pagas principescamente.

6º Pontes e n mas n artigos que permitiam ter muitos mais dias de férias ja para não falar em dias de férias por antiguidade.

7º Total ausência de objectivos ou se existem serem o mais básico que existe. E um total ausência de responsabilidade pois estão "escondidos" por detrás da monstruosa maquina do estado.

8º 100% subs. de doença desde o 1º dia ao contrario dos privados.

9º Qualquer f. publico efectivo tinha tapete vermelho em qualquer banco para tudo e mais alguma coisa.

Ja para não falar de um salario sempre pago a tempo e horas e sem o stress de saber se amanha podem estar na rua ou não.


Algumas destas coisas podem ter mudado, mas a maioria ainda esta em vigor .
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por goodmoney » 21/11/2012 23:35

ghorez Escreveu:
crybaby Escreveu:
ghorez Escreveu:Enquanto o ordenado (em média) dos FP não estiver anexado ao ordenado médio dos privados (ou até preferencialmente abaixo do ordenado médio dos privados) não há grande reforma. Só assim é que essas pessoas vão finalmente perceber em que país estão. Só aí finalmente teremos equidade.



Aí está o verdadeiro espírito (preferencialmente abaixo do "je").

Desde que estejam pior que nós, já serve...

Ser pobre é triste, mas pensamento de pobre ainda é pior.


Não..não é bem pensamento de pobre (embora admito que de facto não tenho muitas posses). :lol:
Mas há quem diga (e uma vez mais admito que estejam errados) que o motor de uma economia e do desenvolvimento de um país é o sector privado - logo em princípio terás que ter as melhores remunerações e maiores benefícios nesse sector, para assim atraíres os melhores e teres permanentemente competição por produzir mais e melhor.

Hoje o que tens em Portugal (para quem quer ficar e fazer vida por cá) são a maioria dos jovens a querer entrar na FP, pois sabem que em média terão melhores ordenados, vão trabalhar menos e ter muitas muitas mais garantias de estabilidade. Nada mais errado para o nosso futuro. E sabes o pior? Mesmo com esta crise terrível, as mentalidade continuam a não mudar! Aliás, passa a crise e volta tudo ao mesmo.

Um dia li um artigo que nos US (à semelhança de países como o Japão/UK/Alemanha) o ordenado de um FP era em média 15% mais baixo que o de um funcionário privado. Adorava ter guardado esse link para mostrar-te. Mas secalhar esses países também é que estão errados.



Sim, mas a estupidez é sempre a mesma... Em vez de aumentarem os ordenados do privado para se equiparar ao público, são os do público que baixam para se equiparar ao privado.

Não tenhas ilusões, não há economia possível, com estes ordenados, quem tenha mais de 5 neurónios, nem privado nem público, é fugir para o estrangeiro.
 
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por MPC_finance » 21/11/2012 23:29

artista Escreveu:
4. Eu (e mais uns milhares de professores) trabalhei cerca de 16 anos para o estado, meteram-me na rua, sem qualquer indemnização (ainda nem subsídio de desemprego sei se terei, quase 3 meses depois). É incompreensível, que a agilidade que tu, e muitos outros, usam para apelidar de cidadãos de 1ª os funcionários públicos, não exista para ficar indignado por o governo agir desta forma?! A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem!



Arista

Meteram-te na rua, dizes tu, e pergunto eu definitivamente?
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Pró ano não vais ficar colocado?


Só um pormenor
Quando dizes
"A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem! "
Lembro que não é para voces é para nós pagarmos
 
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por oscar.coelho » 21/11/2012 23:28

Apagado.
Editado pela última vez por oscar.coelho em 21/11/2012 23:32, num total de 1 vez.
 
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!

por bboniek33 » 21/11/2012 23:15

artista Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:O que sempre me admirou foi ver neste País cidadãos de 1ª de 2ª e de 3ª e Ninguém a dizer ou a fazer nada quanto a isso.


Essa dos cidadãos de 1ª,2ª e 3ª é coisa que não cabe na cabeça de ninguém.

Genericamente, eu compreendo que tenha que se cortar, mas há algumas coisas importantes a ter em conta:

1. Em primeiro lugar é preciso ter em conta que se os sucessivos governos não endividassem o país de uma forma insustentável, não era preciso fazer muita coisa, talvez um pequeno ajustamento mas nada que tivesse algo a ver com o desbaste total que se está a fazer, com cortes nos vencimentos e no número de funcionários.

2. As pessoas em causa aceitaram condições de trabalho que lhe foram propostas, não obrigaram ninguém a pagar-lhe esses ordenados ou oferecer-lhes essas regalias. Aceitando que, tendo em conta as condições atuais, os cortes são inevitáveis, acho lamentável, ofensivo, indecente, que se apelidem essas pessoas de cidadãos acima dos outros. Se eles forem pouco profissionais ou se conseguiram os cargos através de cunhas e não por mérito, ai aceito que uses esses termos, mas tu generalizaste, o que é típico de quem, sem saber muito do que fala, quer atacar tudo e mais alguma coisa!

3. Há uns dias atrás muitos lamentaram aqui o facto de o BCP estar a despedir pessoas. Alguém disse que a maioria dos despedidos ocupam cargos de direção e que ganham relativamente bem. Porque é que a esses ninguém os chamou de privilegiados?! Para ti esses também são (ou eram) cidadãos de 1ª?!

4. Eu (e mais uns milhares de professores) trabalhei cerca de 16 anos para o estado, meteram-me na rua, sem qualquer indemnização (ainda nem subsídio de desemprego sei se terei, quase 3 meses depois). É incompreensível, que a agilidade que tu, e muitos outros, usam para apelidar de cidadãos de 1ª os funcionários públicos, não exista para ficar indignado por o governo agir desta forma?! A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem!

Para concluir, eu sempre defendi que o estado tem de cortar na despesa, não pode gastar mais do que ganha, nunca o devia ter feito, não teríamos chegado aqui. Mas não me engano a mim próprio, para me sentir menos culpado com esta minha forma de pensar. A esmagadora maioria das pessoas mais atingidas pelos cortes são sobretudo vítimas dos excessos cometidos, e não cidadãos de 1ª ou de luxo, como tu lhes chamas. Acho que devias ter vergonha de falar assim. Por exemplo, um médico que trabalhou 40 anos, que foi um excelente profissional, que tem atualmente uma reforma de 3000 mil euros ilíquidos é um cidadão que foi favorecido?! Pensares assim ajuda-te a desculpabilizares-te por achares que agora lhe devem cortar 20/30% da reforma?! enfim...


"artista" ! articulado irrepreensiivel.

A ser lido por muitos cidadaos menos informados.

Cumprimentos. :clap:
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por artista_ » 21/11/2012 22:25

Lion_Heart Escreveu:O que sempre me admirou foi ver neste País cidadãos de 1ª de 2ª e de 3ª e Ninguém a dizer ou a fazer nada quanto a isso.


Essa dos cidadãos de 1ª,2ª e 3ª é coisa que não cabe na cabeça de ninguém.

Genericamente, eu compreendo que tenha que se cortar, mas há algumas coisas importantes a ter em conta:

1. Em primeiro lugar é preciso ter em conta que se os sucessivos governos não endividassem o país de uma forma insustentável, não era preciso fazer muita coisa, talvez um pequeno ajustamento mas nada que tivesse algo a ver com o desbaste total que se está a fazer, com cortes nos vencimentos e no número de funcionários.

2. As pessoas em causa aceitaram condições de trabalho que lhe foram propostas, não obrigaram ninguém a pagar-lhe esses ordenados ou oferecer-lhes essas regalias. Aceitando que, tendo em conta as condições atuais, os cortes são inevitáveis, acho lamentável, ofensivo, indecente, que se apelidem essas pessoas de cidadãos acima dos outros. Se eles forem pouco profissionais ou se conseguiram os cargos através de cunhas e não por mérito, ai aceito que uses esses termos, mas tu generalizaste, o que é típico de quem, sem saber muito do que fala, quer atacar tudo e mais alguma coisa!

3. Há uns dias atrás muitos lamentaram aqui o facto de o BCP estar a despedir pessoas. Alguém disse que a maioria dos despedidos ocupam cargos de direção e que ganham relativamente bem. Porque é que a esses ninguém os chamou de privilegiados?! Para ti esses também são (ou eram) cidadãos de 1ª?!

4. Eu (e mais uns milhares de professores) trabalhei cerca de 16 anos para o estado, meteram-me na rua, sem qualquer indemnização (ainda nem subsídio de desemprego sei se terei, quase 3 meses depois). É incompreensível, que a agilidade que tu, e muitos outros, usam para apelidar de cidadãos de 1ª os funcionários públicos, não exista para ficar indignado por o governo agir desta forma?! A razão é simples, quanto mais o estado poupar, menos sobrará para vocês pagarem!

Para concluir, eu sempre defendi que o estado tem de cortar na despesa, não pode gastar mais do que ganha, nunca o devia ter feito, não teríamos chegado aqui. Mas não me engano a mim próprio, para me sentir menos culpado com esta minha forma de pensar. A esmagadora maioria das pessoas mais atingidas pelos cortes são sobretudo vítimas dos excessos cometidos, e não cidadãos de 1ª ou de luxo, como tu lhes chamas. Acho que devias ter vergonha de falar assim. Por exemplo, um médico que trabalhou 40 anos, que foi um excelente profissional, que tem atualmente uma reforma de 3000 mil euros ilíquidos é um cidadão que foi favorecido?! Pensares assim ajuda-te a desculpabilizares-te por achares que agora lhe devem cortar 20/30% da reforma?! enfim...
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por ghorez » 21/11/2012 21:51

Ledisi Escreveu:
ghorez Escreveu:Enquanto o ordenado (em média) dos FP não estiver anexado ao ordenado médio dos privados (ou até preferencialmente abaixo do ordenado médio dos privados) não há grande reforma. Só assim é que essas pessoas vão finalmente perceber em que país estão. Só aí finalmente teremos equidade.


Perfeitamente de acordo, desde que para o cálculo dessa média se tenha em conta o que é pago por fora sem ser declarado. Dos vários casos que conheço o valor mínimo pago por fora corresponde a 30% do vencimento e o valor máximo é de 200%.


Tens TODA (mas toda) a razão! Para ser justo, também os funcionários do privado - que estariam a ganhar 15% em média a mais - teriam que obrigatoriamente declarar TUDO. Até uma pastilha elástica.

Nunca me hei de esquecer do dia em que saí de um taxi em helsínquia e o taxista veio atrás com a factura porque eu tinha me esquecido de a levar. Enfim...mentalidades.
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por ghorez » 21/11/2012 21:47

crybaby Escreveu:
ghorez Escreveu:Enquanto o ordenado (em média) dos FP não estiver anexado ao ordenado médio dos privados (ou até preferencialmente abaixo do ordenado médio dos privados) não há grande reforma. Só assim é que essas pessoas vão finalmente perceber em que país estão. Só aí finalmente teremos equidade.



Aí está o verdadeiro espírito (preferencialmente abaixo do "je").

Desde que estejam pior que nós, já serve...

Ser pobre é triste, mas pensamento de pobre ainda é pior.


Não..não é bem pensamento de pobre (embora admito que de facto não tenho muitas posses). :lol:
Mas há quem diga (e uma vez mais admito que estejam errados) que o motor de uma economia e do desenvolvimento de um país é o sector privado - logo em princípio terás que ter as melhores remunerações e maiores benefícios nesse sector, para assim atraíres os melhores e teres permanentemente competição por produzir mais e melhor.

Hoje o que tens em Portugal (para quem quer ficar e fazer vida por cá) são a maioria dos jovens a querer entrar na FP, pois sabem que em média terão melhores ordenados, vão trabalhar menos e ter muitas muitas mais garantias de estabilidade. Nada mais errado para o nosso futuro. E sabes o pior? Mesmo com esta crise terrível, as mentalidade continuam a não mudar! Aliás, passa a crise e volta tudo ao mesmo.

Um dia li um artigo que nos US (à semelhança de países como o Japão/UK/Alemanha) o ordenado de um FP era em média 15% mais baixo que o de um funcionário privado. Adorava ter guardado esse link para mostrar-te. Mas secalhar esses países também é que estão errados.
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por Ledisi » 21/11/2012 21:45

ghorez Escreveu:Enquanto o ordenado (em média) dos FP não estiver anexado ao ordenado médio dos privados (ou até preferencialmente abaixo do ordenado médio dos privados) não há grande reforma. Só assim é que essas pessoas vão finalmente perceber em que país estão. Só aí finalmente teremos equidade.


Perfeitamente de acordo, desde que para o cálculo dessa média se tenha em conta o que é pago por fora sem ser declarado. Dos vários casos que conheço o valor mínimo pago por fora corresponde a 30% do vencimento e o valor máximo é de 200%.
 
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por goodmoney » 21/11/2012 21:33

ghorez Escreveu:Enquanto o ordenado (em média) dos FP não estiver anexado ao ordenado médio dos privados (ou até preferencialmente abaixo do ordenado médio dos privados) não há grande reforma. Só assim é que essas pessoas vão finalmente perceber em que país estão. Só aí finalmente teremos equidade.



Aí está o verdadeiro espírito (preferencialmente abaixo do "je").

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por ghorez » 21/11/2012 21:28

Enquanto o ordenado (em média) dos FP não estiver anexado ao ordenado médio dos privados (ou até preferencialmente abaixo do ordenado médio dos privados) não há grande reforma. Só assim é que essas pessoas vão finalmente perceber em que país estão. Só aí finalmente teremos equidade.
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