Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade
richardj Escreveu:estas a falar do silva lopes.
Sim, já editei, fui à procura do nome porque não me lembrava, encontrei-o, mas depois esqueci-me de o escrever!

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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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mcarvalho Escreveu:ira Amaral: "Novas gerações deviam deixar de pagar para a Segurança Social"
15/11/2012
"As novas gerações deviam deixar de pagar para a Segurança Social. Isto é uma aldrabice", afirmou o responsável, numa conferência hoje promovida pela SRS Advogados, em Lisboa.
Segundo Mira Amaral, "o sistema de pensões é do Estado segurador e não do Estado Social. O Estado é que obrigou os trabalhadores a pagar para a protecção na velhice, mas depois baixa-lhes as pensões".
Por isso, apelidou o sistema de contribuição para a Segurança Social de "esquema Ponzi", dizendo que é idêntico às manobras usadas pela Dona Branca e pelo investidor norte-americano Madoff, que prometiam um determinado retorno e depois falhavam aos investidores.
"A Dona Branca e o Madoff foram dentro. Na Europa, ninguém foi dentro", ilustrou, acrescentando que não percebe "como é que o Governo faz isto aos pensionistas, mas é incapaz de mexer nas rendas excessivas da EDP".
Por isso, o presidente do Banco BIC defendeu que "o Estado não tem capacidade moral de cortar nos pensionistas", acrescentando que "este nível de impostos sobre os portugueses é incomportável".
Para ilustrar, deu um exemplo da instituição bancária de capitais angolanos que dirige em Portugal: "Já tenho funcionários no Banco BIC Português a pedirem se podem ir para o BIC Angola. Isto era impensável há apenas um ano".
Ele há com cada um, será que ele já se deu ao trabalho de fazer umas contas?! Não é ele que tem uma reforma de 18 mil euros? Será que ele já fez contas para perceber quanto é que descontou e quanto é que já recebeu e ainda vai receber?!
Ainda no outro dia esteve o antigo ministro das finanças Silva Lopes defendeu que se tinha de cortar mais nas reformas mais altas. Aliás ele disse que contra si falava porque achava já lhe tinham cortado a reforma mas que ainda deviam cortar mais... infelizmente foi o primeiro e último que ouvi a dizer isto! Cada um olha para si, está-se a borrifar para o bem comum dos portugueses!
Editado pela última vez por artista_ em 16/11/2012 1:43, num total de 1 vez.
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ira Amaral: "Novas gerações deviam deixar de pagar para a Segurança Social"
15/11/2012
"As novas gerações deviam deixar de pagar para a Segurança Social. Isto é uma aldrabice", afirmou o responsável, numa conferência hoje promovida pela SRS Advogados, em Lisboa.
Segundo Mira Amaral, "o sistema de pensões é do Estado segurador e não do Estado Social. O Estado é que obrigou os trabalhadores a pagar para a protecção na velhice, mas depois baixa-lhes as pensões".
Por isso, apelidou o sistema de contribuição para a Segurança Social de "esquema Ponzi", dizendo que é idêntico às manobras usadas pela Dona Branca e pelo investidor norte-americano Madoff, que prometiam um determinado retorno e depois falhavam aos investidores.
"A Dona Branca e o Madoff foram dentro. Na Europa, ninguém foi dentro", ilustrou, acrescentando que não percebe "como é que o Governo faz isto aos pensionistas, mas é incapaz de mexer nas rendas excessivas da EDP".
Por isso, o presidente do Banco BIC defendeu que "o Estado não tem capacidade moral de cortar nos pensionistas", acrescentando que "este nível de impostos sobre os portugueses é incomportável".
Para ilustrar, deu um exemplo da instituição bancária de capitais angolanos que dirige em Portugal: "Já tenho funcionários no Banco BIC Português a pedirem se podem ir para o BIC Angola. Isto era impensável há apenas um ano".
15/11/2012
"As novas gerações deviam deixar de pagar para a Segurança Social. Isto é uma aldrabice", afirmou o responsável, numa conferência hoje promovida pela SRS Advogados, em Lisboa.
Segundo Mira Amaral, "o sistema de pensões é do Estado segurador e não do Estado Social. O Estado é que obrigou os trabalhadores a pagar para a protecção na velhice, mas depois baixa-lhes as pensões".
Por isso, apelidou o sistema de contribuição para a Segurança Social de "esquema Ponzi", dizendo que é idêntico às manobras usadas pela Dona Branca e pelo investidor norte-americano Madoff, que prometiam um determinado retorno e depois falhavam aos investidores.
"A Dona Branca e o Madoff foram dentro. Na Europa, ninguém foi dentro", ilustrou, acrescentando que não percebe "como é que o Governo faz isto aos pensionistas, mas é incapaz de mexer nas rendas excessivas da EDP".
Por isso, o presidente do Banco BIC defendeu que "o Estado não tem capacidade moral de cortar nos pensionistas", acrescentando que "este nível de impostos sobre os portugueses é incomportável".
Para ilustrar, deu um exemplo da instituição bancária de capitais angolanos que dirige em Portugal: "Já tenho funcionários no Banco BIC Português a pedirem se podem ir para o BIC Angola. Isto era impensável há apenas um ano".
mcarvalho
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Os fantasmas
Esta coisa de escrever crónicas “é um jogo permanente entre o estilo e a
substância”. Uma luta entre “o deboche estilístico” do gozo da escrita e “a frieza
analítica” do pensamento do cronista. Por isso, enquanto cidadão, só posso ver
este governo como uma verdadeira praga bíblica que caiu sobre um povo que o
não merecia. Mas, enquanto cronista, encaro- o como uma dádiva dos céus, um
maná dos deuses, “um harém de metáforas”, uma verdadeira girândola de
piruetas estilísticas.
Tomemos como exemplo o ministro Gaspar. Licenciado e doutorado em
Economia, fez parte da carreira em Bruxelas onde foi director do Departamento
de Estudos do BCE. Por cá, passou pelo Banco de Portugal, foi chefe de gabinete
de Miguel Beleza e colaborador de Braga de Macedo. É o actual ministro das
Finanças. Pois bem. O cronista olha para este “talento” e que vê nele? Um
retardado mental? Uma rábula com olheiras? Um pantomineiro idiota? Não me
compete, enquanto cidadão, dar a resposta. Mas não posso deixar de referir a
reacção ministerial à manifestação de 15 de Setembro que, repito, adjectivava os
governantes onde se inclui o soporífero Gaspar, como “gatunos, mafiosos,
carteiristas, ******, chupistas, vigaristas, filhos da menina”. Pois bem. Gaspar
afirmou na Assembleia da República que o povo português, este mesmo povo
português que assim se referia ao seu governo, “revelou-se o melhor povo do
mundo e o melhor activo de Portugal”! Assumpção autocrítica de alguém que
também é capaz de, lucidamente, se entender, por exemplo, como um “chulo” do
país? Incapacidade congénita de interpretar o designativo metafórico de “filhos
da menina”? Não me parece. Parece- me sim um exercício de cinismo, sarcástico e
obsceno, de quem se está simplesmente “a cagar” para o povo que protesta. A ser
assim, julgo como perfeitamente adequado repetir aqui uma passagem de um
texto em forma de requerimento “poético” de 1934. Assim: “A Nação confiou- -
lhe os seus destinos?... / Então, comprima, aperte os intestinos. / Se lhe escapar
um traque, não se importe… / Quem sabe se o cheirá- lo nos dá sorte? / Quantos
porão as suas esperanças / Num traque do ministro das Finanças?... / E quem
viver aflito, sem recursos / Já não distingue os traques dos discursos.”
Provavelmente o sr. ministro desconhecerá a história daquele gajo que era tão
feio, tão feio, que os gases andavam sempre num vaivém constante para cima e
para baixo, sem saber se sair pela boca se pelo ânus, dado que os dois orifícios
esteticamente se confundiam. Pois bem. O sr. ministro é o primeiro, honra lhe
seja concedida, que já confunde os traques com os discursos. Os seus. Desta vez,
o traque saiu-lhe pelo local de onde deveria ter saído o discurso! Ou seja e
desculpar-me-ão a grosseria linguística, em vez de falar, “cagou-se”. Para o povo
português. Lamentavelmente.Outro exemplar destes políticos que fazem as delícias de um cronista é Cavaco
Silva. Cavaco está politicamente senil. Soletra umas solenidades de circunstância,
meia-dúzia de banalidades e, limitado intelectualmente como é, permanece
“amarrado à âncora da sua ignorância”. Só neste contexto se compreende o
espanto expresso publicamente com “o sorriso das vacas”, as lamúrias por uma
reforma insuficiente de 10 mil euros mensais, a constante repetição do “estou
muito preocupado” e outros lugares-comuns que fazem deste parolo de
Boliqueime uma fotocópia histórica de Américo Tomás, o almirante de Salazar. Já
o escrevi aqui várias vezes. Na cabeça de Cavaco reina um vácuo absoluto. Pelo
que, quando fala, balbucia algumas baboseiras lapalicianas reveladoras de quem
não pode falar do mundo complexo em que vivemos com a inteligência de um
homem de Estado. Simplesmente porque não a tem. Cavaco é uma irrelevância
de quem nada há a esperar, a não ser afirmações como a recentemente proferida
aquando das comemorações do 5 de Outubro de que “o futuro são os jovens
deste país”! Pudera! Cavaco não surpreenderia ninguém se subscrevesse por
exemplo a afirmação do Tomás ao referir- se à promulgação de um qualquer
despacho número cem dizendo que lhe fora dado esse número “não por acaso
mas porque ele vem não sequência de outros noventa e nove anteriores…” Tal e
qual.
Termino esta crónica socorrendo- me da adaptação feliz de um aforismo do
comendador Marques de Correia e que diz assim: “Faz de Gaspar um novo
Salazar, faz de Cavaco um novo Tomás e canta ó tempo volta para trás”. É que só
falta mesmo isso. Que o tempo volte para trás. Porque Salazar e Tomás já os
temos por cá.
P.S.: Permitam-me a assumpção da mea culpa. Critiquei aqui violentamente José
Sócrates. Mantenho o que disse. Mas hoje, comparando-o com esse garotelho
sem qualquer arcaboiço para governar chamado Passos Coelho, reconheço que é
como comparar ***** com pudim. Para Sócrates, obviamente, a metáfora do
pudim. Sinceramente, nunca pensei ter de escrever isto.
Luís Manuel Cunha
Professor
In “Jornal de Barcelos” de 10.10.2012
Esta coisa de escrever crónicas “é um jogo permanente entre o estilo e a
substância”. Uma luta entre “o deboche estilístico” do gozo da escrita e “a frieza
analítica” do pensamento do cronista. Por isso, enquanto cidadão, só posso ver
este governo como uma verdadeira praga bíblica que caiu sobre um povo que o
não merecia. Mas, enquanto cronista, encaro- o como uma dádiva dos céus, um
maná dos deuses, “um harém de metáforas”, uma verdadeira girândola de
piruetas estilísticas.
Tomemos como exemplo o ministro Gaspar. Licenciado e doutorado em
Economia, fez parte da carreira em Bruxelas onde foi director do Departamento
de Estudos do BCE. Por cá, passou pelo Banco de Portugal, foi chefe de gabinete
de Miguel Beleza e colaborador de Braga de Macedo. É o actual ministro das
Finanças. Pois bem. O cronista olha para este “talento” e que vê nele? Um
retardado mental? Uma rábula com olheiras? Um pantomineiro idiota? Não me
compete, enquanto cidadão, dar a resposta. Mas não posso deixar de referir a
reacção ministerial à manifestação de 15 de Setembro que, repito, adjectivava os
governantes onde se inclui o soporífero Gaspar, como “gatunos, mafiosos,
carteiristas, ******, chupistas, vigaristas, filhos da menina”. Pois bem. Gaspar
afirmou na Assembleia da República que o povo português, este mesmo povo
português que assim se referia ao seu governo, “revelou-se o melhor povo do
mundo e o melhor activo de Portugal”! Assumpção autocrítica de alguém que
também é capaz de, lucidamente, se entender, por exemplo, como um “chulo” do
país? Incapacidade congénita de interpretar o designativo metafórico de “filhos
da menina”? Não me parece. Parece- me sim um exercício de cinismo, sarcástico e
obsceno, de quem se está simplesmente “a cagar” para o povo que protesta. A ser
assim, julgo como perfeitamente adequado repetir aqui uma passagem de um
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lhe os seus destinos?... / Então, comprima, aperte os intestinos. / Se lhe escapar
um traque, não se importe… / Quem sabe se o cheirá- lo nos dá sorte? / Quantos
porão as suas esperanças / Num traque do ministro das Finanças?... / E quem
viver aflito, sem recursos / Já não distingue os traques dos discursos.”
Provavelmente o sr. ministro desconhecerá a história daquele gajo que era tão
feio, tão feio, que os gases andavam sempre num vaivém constante para cima e
para baixo, sem saber se sair pela boca se pelo ânus, dado que os dois orifícios
esteticamente se confundiam. Pois bem. O sr. ministro é o primeiro, honra lhe
seja concedida, que já confunde os traques com os discursos. Os seus. Desta vez,
o traque saiu-lhe pelo local de onde deveria ter saído o discurso! Ou seja e
desculpar-me-ão a grosseria linguística, em vez de falar, “cagou-se”. Para o povo
português. Lamentavelmente.Outro exemplar destes políticos que fazem as delícias de um cronista é Cavaco
Silva. Cavaco está politicamente senil. Soletra umas solenidades de circunstância,
meia-dúzia de banalidades e, limitado intelectualmente como é, permanece
“amarrado à âncora da sua ignorância”. Só neste contexto se compreende o
espanto expresso publicamente com “o sorriso das vacas”, as lamúrias por uma
reforma insuficiente de 10 mil euros mensais, a constante repetição do “estou
muito preocupado” e outros lugares-comuns que fazem deste parolo de
Boliqueime uma fotocópia histórica de Américo Tomás, o almirante de Salazar. Já
o escrevi aqui várias vezes. Na cabeça de Cavaco reina um vácuo absoluto. Pelo
que, quando fala, balbucia algumas baboseiras lapalicianas reveladoras de quem
não pode falar do mundo complexo em que vivemos com a inteligência de um
homem de Estado. Simplesmente porque não a tem. Cavaco é uma irrelevância
de quem nada há a esperar, a não ser afirmações como a recentemente proferida
aquando das comemorações do 5 de Outubro de que “o futuro são os jovens
deste país”! Pudera! Cavaco não surpreenderia ninguém se subscrevesse por
exemplo a afirmação do Tomás ao referir- se à promulgação de um qualquer
despacho número cem dizendo que lhe fora dado esse número “não por acaso
mas porque ele vem não sequência de outros noventa e nove anteriores…” Tal e
qual.
Termino esta crónica socorrendo- me da adaptação feliz de um aforismo do
comendador Marques de Correia e que diz assim: “Faz de Gaspar um novo
Salazar, faz de Cavaco um novo Tomás e canta ó tempo volta para trás”. É que só
falta mesmo isso. Que o tempo volte para trás. Porque Salazar e Tomás já os
temos por cá.
P.S.: Permitam-me a assumpção da mea culpa. Critiquei aqui violentamente José
Sócrates. Mantenho o que disse. Mas hoje, comparando-o com esse garotelho
sem qualquer arcaboiço para governar chamado Passos Coelho, reconheço que é
como comparar ***** com pudim. Para Sócrates, obviamente, a metáfora do
pudim. Sinceramente, nunca pensei ter de escrever isto.
Luís Manuel Cunha
Professor
In “Jornal de Barcelos” de 10.10.2012
mcarvalho
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JMHP Escreveu:artista Escreveu:... para mim, digam o que disserem, é inaceitável!
Vai-te habituando...
Habituar já me habituei queria era fazer o percurso inverso... enfim, se calhar uma utopia, mas não desistirei, faço a minha parte!
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in jneg
troika mostrou abertura para descer IRC
15/11/2012
Os representantes da troika revelaram hoje aos deputados “grande abertura” para para incluir no programa de ajustamento português medidas de estímulo ao crescimento, designadamente a proposta do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que quer descer temporariamente o IRC para 10%, de modo a atrair novos projectos de investimento ao país.
A afirmação foi feita por Miguel Frasquilho, vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata, após um encontro entre os deputados dos partidos com assento na Assembleia da República e os representantes da Comissão Europeia, BCE e FMI que estão em Lisboa, no âmbito da sexta avaliação trimestral ao programa de assistência financeira.
15/11/2012
Os representantes da troika revelaram hoje aos deputados “grande abertura” para para incluir no programa de ajustamento português medidas de estímulo ao crescimento, designadamente a proposta do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que quer descer temporariamente o IRC para 10%, de modo a atrair novos projectos de investimento ao país.
A afirmação foi feita por Miguel Frasquilho, vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata, após um encontro entre os deputados dos partidos com assento na Assembleia da República e os representantes da Comissão Europeia, BCE e FMI que estão em Lisboa, no âmbito da sexta avaliação trimestral ao programa de assistência financeira.
mcarvalho
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JMHP Escreveu:Medina Carreira: "Nunca se chega a chefe do Governo sem mentir nas eleições"
Medina Carreira lembrou hoje que o actual primeiro-ministro, Passos Coelho, tinha garantido que não aumentava impostos nem cortava salários. Os programas eleitorais "são uma aldrabice", afirmou.
“Nunca se chega a chefe do Governo sem mentir nas eleições”, afirmou o antigo ministro das Finanças, Medina Carreira, no Fórum para a Competitividade, realizado no Centro de Congressos de Lisboa.
Medina Carreira lembrou que “o actual chefe do governo disse que não aumentava impostos nem cortava salários”, acrescentando que “o líder do PS não vai ficar embaraçado, vai fazer o programa e depois dizer que afinal não era nada disso”.
De acordo com o economista, os programas eleitorais “são uma aldrabice” e “ninguém vai arranjar o dinheiro necessário para sustentar este Estado social”.
“O Estado social não é viável sem uma economia industrial. As condições para sustentar o Estado social estão corroídas, e o Estado social vai cair muito mais depressa”, alertou.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=590461
Sim, eu já o vi muitas vezes falar disso... mas atenção que ele nunca defendeu que isso é correto ou aceitável, apenas que, na opinião dele, é um facto! Mas ele sempre achou isso lamentável... para mim, digam o que disserem, é inaceitável!
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Passos ganha a Cavaco no aparato policial
15.11.2012 - 11h35 Maria Lopes
Cavaco Silva, tal como Passos Coelho, também já aderiu, há muito, aos cuidados dos seguranças à civil
Em dia de greve geral, Cavaco Silva e Passos Coelho tiveram que sair à rua para cumprir agendas que não dependiam de si. Serviu para mostrar que a conta da segurança do chefe do Governo é a maior.
Na quarta-feira, de manhã, a visita do primeiro-ministro à fábrica da Sicasal, em Vila Franca do Rosário, no concelho de Mafra foi rodeada de um dos maiores aparatos policiais desde que Pedro Passos Coelho chegou ao Governo.
À saída da auto-estrada, na Malveira, dois carros da Brigada da GNR e meia dúzia de militares esperavam a passagem dos carros do primeiro-ministro. Já dentro da vila, o acesso da EN8 à rua da fábrica estava condicionado a quem tivesse “convite ou cartão de acesso”. A imprensa tinha ainda que mostrar a carteira profissional, a um dos três militares da GNR.
Ao longo dos menos de mil metros de acesso à fábrica, havia mais cinco elementos da GNR, colocados a espaços, e ainda uma dupla de cavaleiros a fazer patrulha na área. Ao portão da Sicasal, novo dispositivo: pelo menos sete GNR mais cinco polícias de uniforme azul e boné na cabeça, estrategicamente colocados em fila, como se de uma parede se tratasse.
Arruaceiros, manifestantes ou um habitante que fosse? Não, ninguém. Ou Vila Franca do Rosário desconhecia a vinda do ilustre visitante ou decidiu, em uníssono, ignorar.
Já dentro do recinto da fábrica, uns minutos antes de Passos Coelho chegar, uma grande comitiva aguardava-o. Já havia seguranças a vaguear por ali e mais cinco ou seis elementos da PSP. A visita de Passos Coelho mobilizou para ali pelo menos duas dezenas de elementos da GNR e uma dúzia da PSP, sem falar nos seguranças à civil.
Quando o primeiro-ministro chegou (à hora certa), descerrou a placa a assinalar a sua visita e subiu ao segundo andar. Um segurança fez questão de andar a espreitar pelos corredores junto à sala da administração, onde Passos bebia café com Álvaro Silva, o dono da Sicasal, para se certificar de que tudo estava “limpo”.
Na sala dos discursos, os seguranças, sempre de fato completo de bom corte e cabelo bem aparado, são menos perceptíveis entre o batalhão de convidados em fatos de tons escuros. Mas em alguns, o auricular – de fio translúcido e retorcido que sai de trás da orelha e desce pelo pescoço junto ao colarinho da camisa – não deixa dúvidas. Colocam-se nos extremos da sala, junto a portas e janelas.
E hão-de misturar-se a seguir, com jornalistas, vestidos com as batas de plástico branco e boné de pala descartáveis. Raramente falam, raramente esboçam um sorriso.
Aumento da segurança
Desde há um ano, por alturas da greve geral de 24 de Novembro, notou-se um aumento da segurança em torno do primeiro-ministro. Mas nada como agora. Nos dias de debate do Orçamento do Estado na generalidade, no Parlamento, o corredor dos Passos Perdidos tinha grupos de quatro a seis seguranças a cada canto e acesso a escadas e portas.
Na terça-feira, à noite, Passos e Cavaco haveriam de se encontrar na inauguração da exposição de pintura do colombiano Fernando Botero (à qual o primeiro-ministro chegou com dez minutos de atraso, já a comitiva apreciava os quadros), acompanhados pelo Presidente da Colômbia, no Palácio Nacional da Ajuda.
O aparato policial era comparativamente menor, tendo em conta a maior carga de poder por metro quadrado. A calçada da Ajuda estava aberta ao trânsito, embora os carros circulassem um pouco mais afastados do palácio, orientados por dois GNR e observados por outros três, uns metros abaixo. E apenas um militar da GNR perguntou ao que o PÚBLICO ia.
À mesma hora, os ânimos exaltavam-se junto ao Parlamento. Pela Calçada da Ajuda descia então, apressada e com pirilampo azul e sirene ligada, uma carrinha azul escura do Corpo de Intervenção. Eram precisos reforços, que nitidamente naquela zona pacata da cidade e menos ainda num palacete dado à cultura, não faziam falta.
Cavaco também já aderiu, há muito, aos cuidados dos seguranças à civil. Quarta-feira, dia da greve, não foi excepção. São, no máximo, entre quatro e meia dúzia, com auricular e com uma tendência por vezes exagerada de falarem para a manga do casaco – como era por demais evidente há uma semana, na inauguração de um hotel de luxo no Parque das Nações. Mas o policiamento fardado é sempre muito mais comedido do que com Passos Coelho.
Tempos perigosos, mas quando se está em festas!
O povo paga, afinal a Democracia tem os seus custos!
Medina Carreira: "Nunca se chega a chefe do Governo sem mentir nas eleições"
Medina Carreira lembrou hoje que o actual primeiro-ministro, Passos Coelho, tinha garantido que não aumentava impostos nem cortava salários. Os programas eleitorais "são uma aldrabice", afirmou.
“Nunca se chega a chefe do Governo sem mentir nas eleições”, afirmou o antigo ministro das Finanças, Medina Carreira, no Fórum para a Competitividade, realizado no Centro de Congressos de Lisboa.
Medina Carreira lembrou que “o actual chefe do governo disse que não aumentava impostos nem cortava salários”, acrescentando que “o líder do PS não vai ficar embaraçado, vai fazer o programa e depois dizer que afinal não era nada disso”.
De acordo com o economista, os programas eleitorais “são uma aldrabice” e “ninguém vai arranjar o dinheiro necessário para sustentar este Estado social”.
“O Estado social não é viável sem uma economia industrial. As condições para sustentar o Estado social estão corroídas, e o Estado social vai cair muito mais depressa”, alertou.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=590461
Medina Carreira lembrou hoje que o actual primeiro-ministro, Passos Coelho, tinha garantido que não aumentava impostos nem cortava salários. Os programas eleitorais "são uma aldrabice", afirmou.
“Nunca se chega a chefe do Governo sem mentir nas eleições”, afirmou o antigo ministro das Finanças, Medina Carreira, no Fórum para a Competitividade, realizado no Centro de Congressos de Lisboa.
Medina Carreira lembrou que “o actual chefe do governo disse que não aumentava impostos nem cortava salários”, acrescentando que “o líder do PS não vai ficar embaraçado, vai fazer o programa e depois dizer que afinal não era nada disso”.
De acordo com o economista, os programas eleitorais “são uma aldrabice” e “ninguém vai arranjar o dinheiro necessário para sustentar este Estado social”.
“O Estado social não é viável sem uma economia industrial. As condições para sustentar o Estado social estão corroídas, e o Estado social vai cair muito mais depressa”, alertou.
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Medina Carreira: "Qualquer um terá de mexer no social, é melhor avisarem o líder do PS"
Medina Carreira diz que terá de se bater "à porta da segurança social" para resolver o problema das contas públicas. Cortar na saúde ou educação é uma fantasia .
"O português da elite só raciocina ao trimestre. Foi por isso que o país chegou onde chegou. O percurso das finanças públicas era, há muito tempo, desastrado”, disse Medina Carreira, no Fórum para a Competitividade. A crise portuguesa, acrescentou, “não tem nada a ver com a crise internacional, só tem a ver connosco”.
O ex-ministro das Finanças acredita que terá de se mexer nas despesas sociais para corrigir as contas públicas, porque atingiram níveis de crescimento insustentável que não permitem manter o Estado social.
“Pensar que se resolve alguma coisa tirando dinheiro à educação e à saúde é uma fantasia. O sistema de pensões em Portugal, desde 1980, tem tido uma progressão explosiva”, afirmou. “Isto explica em grande parte o que aconteceu à despesa pública. As despesas sociais acompanham o crescimento da despesa, há um paralelismo”.
Medina Carreira defende que “não temos maneira de concertar as contas públicas sem mexer nas despesas sociais”, porque “não há economia que possa suportar este ritmo de crescimento”. “Vai ter que se bater à porta da Segurança Social para se resolver o problema das contas públicas”, acrescentou.
“Durante os últimos anos, o País foi sujeito a politicas orçamentais irresponsáveis e talvez ignorantes. Este colapso era previsível e foi previsto”, admitiu o ex-ministro das Finanças. “Em 30 anos, de 1980 para 2010, a economia cresceu uma média de 2% ao ano, e as despesas cresceram 4%. Mais recentemente, porque a loucura nunca passou, de 2000 a 2010, as prestações sociais cresceram 23 mil milhões. Ninguém quis perceber que não podíamos endividar-nos ilimitadamente. Em 2013, com 37% de carga fiscal não é possível sustentar um Estado social desta dimensão”.
De acordo com Medina Carreira, “haveria uma solução para o país se tivéssemos economia”. “O único agregado de despesas com dimensão para se lhe mexer é o social. Estes 4 mil milhões vão significar a penetração no social, e não sei que resultado vai ter”.
“Qualquer pessoa terá de o fazer, é melhor avisarem o líder do PS”, concluiu.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=590457
Medina Carreira diz que terá de se bater "à porta da segurança social" para resolver o problema das contas públicas. Cortar na saúde ou educação é uma fantasia .
"O português da elite só raciocina ao trimestre. Foi por isso que o país chegou onde chegou. O percurso das finanças públicas era, há muito tempo, desastrado”, disse Medina Carreira, no Fórum para a Competitividade. A crise portuguesa, acrescentou, “não tem nada a ver com a crise internacional, só tem a ver connosco”.
O ex-ministro das Finanças acredita que terá de se mexer nas despesas sociais para corrigir as contas públicas, porque atingiram níveis de crescimento insustentável que não permitem manter o Estado social.
“Pensar que se resolve alguma coisa tirando dinheiro à educação e à saúde é uma fantasia. O sistema de pensões em Portugal, desde 1980, tem tido uma progressão explosiva”, afirmou. “Isto explica em grande parte o que aconteceu à despesa pública. As despesas sociais acompanham o crescimento da despesa, há um paralelismo”.
Medina Carreira defende que “não temos maneira de concertar as contas públicas sem mexer nas despesas sociais”, porque “não há economia que possa suportar este ritmo de crescimento”. “Vai ter que se bater à porta da Segurança Social para se resolver o problema das contas públicas”, acrescentou.
“Durante os últimos anos, o País foi sujeito a politicas orçamentais irresponsáveis e talvez ignorantes. Este colapso era previsível e foi previsto”, admitiu o ex-ministro das Finanças. “Em 30 anos, de 1980 para 2010, a economia cresceu uma média de 2% ao ano, e as despesas cresceram 4%. Mais recentemente, porque a loucura nunca passou, de 2000 a 2010, as prestações sociais cresceram 23 mil milhões. Ninguém quis perceber que não podíamos endividar-nos ilimitadamente. Em 2013, com 37% de carga fiscal não é possível sustentar um Estado social desta dimensão”.
De acordo com Medina Carreira, “haveria uma solução para o país se tivéssemos economia”. “O único agregado de despesas com dimensão para se lhe mexer é o social. Estes 4 mil milhões vão significar a penetração no social, e não sei que resultado vai ter”.
“Qualquer pessoa terá de o fazer, é melhor avisarem o líder do PS”, concluiu.
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Editado pela última vez por JMHP em 15/11/2012 12:38, num total de 3 vezes.
Ferraz da Costa: "O PS tem responsabilidades pesadas no passado, presente e futuro"
Pedro Ferraz da Costa sublinhou hoje que o PS tem responsabilidades pesadas na negociação do programa de ajuda, que "não é adequado". Portugal precisava de mais tempo e mais dinheiro.
“Desde o início da crise financeira, o governo anterior, ignorando a dimensão do nosso próprio desequilíbrio, lançou-se numa política suicida de sustentação da procura interna, acrescentando dívidas enormes em projectos megalómanos sem rentabilidade económica”, disse Pedro Ferraz da Costa, presidente do Fórum para a Competitividade, no Seminário sobre o Orçamento do Estado.
O economista considera que “o programa de ajustamento negociado pelo governo do PS com a troika não foi um programa adequado em termos financeiros e temporais à dimensão dos desequilíbrios”, tendo sido claramente “insuficiente em termos financeiros”. “Por outro lado, a dimensão do ajustamento orçamental necessário exige um calendário mais alargado”, acrescentou.
Pedro Ferraz da Costa defende que os agentes económicos, como as famílias e as empresas “reagiram muito depressa e no bom sentido às medidas tomadas”, mas o Estado “tem mostrado grande dificuldade em cumprir a sua parte na redução da dívida”.
Sobre o Orçamento do Estado para 2013, Pedro Ferraz da Costa considera que “o governo o elaborou em termos que pesam excessivamente sobre os cidadãos e as empresas”. “Não podemos deixar de lamentar o pouco que se tem feito para o crescimento”, acrescentou.
“Desde logo pela ausência de reconhecimento da necessidade de transformar Portugal num país mais atraente para a localização de investimento produtivo”, criticou o economista. “Não me refiro só ao Governo mas sim também à oposição, em que o PS tem responsabilidades pesadas em termos do passado, presente e futuro, e a outras forças políticas que, negando qualquer progresso realizado criam um ambiente político de revolta e desânimo”.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=590447
Pedro Ferraz da Costa sublinhou hoje que o PS tem responsabilidades pesadas na negociação do programa de ajuda, que "não é adequado". Portugal precisava de mais tempo e mais dinheiro.
“Desde o início da crise financeira, o governo anterior, ignorando a dimensão do nosso próprio desequilíbrio, lançou-se numa política suicida de sustentação da procura interna, acrescentando dívidas enormes em projectos megalómanos sem rentabilidade económica”, disse Pedro Ferraz da Costa, presidente do Fórum para a Competitividade, no Seminário sobre o Orçamento do Estado.
O economista considera que “o programa de ajustamento negociado pelo governo do PS com a troika não foi um programa adequado em termos financeiros e temporais à dimensão dos desequilíbrios”, tendo sido claramente “insuficiente em termos financeiros”. “Por outro lado, a dimensão do ajustamento orçamental necessário exige um calendário mais alargado”, acrescentou.
Pedro Ferraz da Costa defende que os agentes económicos, como as famílias e as empresas “reagiram muito depressa e no bom sentido às medidas tomadas”, mas o Estado “tem mostrado grande dificuldade em cumprir a sua parte na redução da dívida”.
Sobre o Orçamento do Estado para 2013, Pedro Ferraz da Costa considera que “o governo o elaborou em termos que pesam excessivamente sobre os cidadãos e as empresas”. “Não podemos deixar de lamentar o pouco que se tem feito para o crescimento”, acrescentou.
“Desde logo pela ausência de reconhecimento da necessidade de transformar Portugal num país mais atraente para a localização de investimento produtivo”, criticou o economista. “Não me refiro só ao Governo mas sim também à oposição, em que o PS tem responsabilidades pesadas em termos do passado, presente e futuro, e a outras forças políticas que, negando qualquer progresso realizado criam um ambiente político de revolta e desânimo”.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=590447
O sabujo
O discurso de Passos Coelho, pretendidamente de boas-vindas a Angela Merkel, ultrapassou a indispensável cortesia para se transformar numa inqualificável sabujice. A alemã esteve seis horas em Lisboa apenas para apoiar e aplaudir a política do primeiro-ministro português. Afinal, a sua política. E aquele perdeu completamente o mais escasso decoro e o mais esmaecido pudor. Qualquer compatriota bem formado sentiu um estremecimento de vergonha ante o comportamento de um homem, esquecido ou indiferente à circunstância de, mal ou bem, ali representar um país e um povo.
A submissão a Angela Merkel e ao sistema de poder que ela representa atingiram o máximo da abjecção quando Passos estabeleceu paralelismos comparativos entre trabalhadores alemães e portugueses, minimizando estes últimos, e classificando aqueles de exemplares. A verdade, porém, é que as coisas não se passam rigorosamente como ele disse. Os portugueses trabalham mais horas, recebem muito menos salário, descansam menos tempo, dispõem de menores regalias e de cada vez mais reduzida segurança.
O sistema de poder que Angela Merkel representa e simboliza, imitado por Pedro Passos Coelho, fornece a imagem e a prova de um clamoroso défice político. Além de ser uma dissolução ética. A associação entre a alemã e dirigentes portugueses não é de agora: José Sócrates (apesar de tudo recatado na subserviência) caracterizava-se por uma fórmula intermédia, que queria resistir à fragmentação da identidade. Quero dizer: demonstrava um outro carácter.
Nem mais tempo, nem mais dinheiro, disse a chanceler à jornalista Isabel Silva Costa, na RTP. O estilo peremptório não suscita dúvidas. Pode Passos Coelho proceder a todo o tipo de reverências e de abandonos da decência que ela não dissimula o facto de mandar, e de impor uma política, uma doutrina e uma ideologia. Aliás, dominantes na Europa. A passagem por Lisboa constituiu uma distanciação do povo: cancelas, baias, dispositivo policial invulgar, um corredor absurdo que, no fundo, implicam a ausência ou a fraqueza de mecanismos institucionais.
Há qualquer coisa de inanidade nesta encenação que aparta governantes de governados. O receio de haver algo de grave contra a visita é a extensão do medo que envolve os membros do Governo. Todos eles sabem os riscos que correm de ser insultados, logo-assim põem pé na rua. A dualização da sociedade está, também, a dar cabo da identidade colectiva. A simbiose do Estado e do povo foi dissolvida. Há dois Portugais em Portugal, assim como há duas Europas na Europa. Merkel e Passos representam uma delas, certamente a mais ameaçadora. Na outra, estamos nós, os ameaçados. A contra-conduta, a dissidência não são, somente, actos políticos; sobretudo, representam urgentes condutas morais.
Tudo isto é sinal de grande infelicidade.
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... o=Baptista Bastos&tag=Opini%E3o - Em Foco&page=-1
O discurso de Passos Coelho, pretendidamente de boas-vindas a Angela Merkel, ultrapassou a indispensável cortesia para se transformar numa inqualificável sabujice. A alemã esteve seis horas em Lisboa apenas para apoiar e aplaudir a política do primeiro-ministro português. Afinal, a sua política. E aquele perdeu completamente o mais escasso decoro e o mais esmaecido pudor. Qualquer compatriota bem formado sentiu um estremecimento de vergonha ante o comportamento de um homem, esquecido ou indiferente à circunstância de, mal ou bem, ali representar um país e um povo.
A submissão a Angela Merkel e ao sistema de poder que ela representa atingiram o máximo da abjecção quando Passos estabeleceu paralelismos comparativos entre trabalhadores alemães e portugueses, minimizando estes últimos, e classificando aqueles de exemplares. A verdade, porém, é que as coisas não se passam rigorosamente como ele disse. Os portugueses trabalham mais horas, recebem muito menos salário, descansam menos tempo, dispõem de menores regalias e de cada vez mais reduzida segurança.
O sistema de poder que Angela Merkel representa e simboliza, imitado por Pedro Passos Coelho, fornece a imagem e a prova de um clamoroso défice político. Além de ser uma dissolução ética. A associação entre a alemã e dirigentes portugueses não é de agora: José Sócrates (apesar de tudo recatado na subserviência) caracterizava-se por uma fórmula intermédia, que queria resistir à fragmentação da identidade. Quero dizer: demonstrava um outro carácter.
Nem mais tempo, nem mais dinheiro, disse a chanceler à jornalista Isabel Silva Costa, na RTP. O estilo peremptório não suscita dúvidas. Pode Passos Coelho proceder a todo o tipo de reverências e de abandonos da decência que ela não dissimula o facto de mandar, e de impor uma política, uma doutrina e uma ideologia. Aliás, dominantes na Europa. A passagem por Lisboa constituiu uma distanciação do povo: cancelas, baias, dispositivo policial invulgar, um corredor absurdo que, no fundo, implicam a ausência ou a fraqueza de mecanismos institucionais.
Há qualquer coisa de inanidade nesta encenação que aparta governantes de governados. O receio de haver algo de grave contra a visita é a extensão do medo que envolve os membros do Governo. Todos eles sabem os riscos que correm de ser insultados, logo-assim põem pé na rua. A dualização da sociedade está, também, a dar cabo da identidade colectiva. A simbiose do Estado e do povo foi dissolvida. Há dois Portugais em Portugal, assim como há duas Europas na Europa. Merkel e Passos representam uma delas, certamente a mais ameaçadora. Na outra, estamos nós, os ameaçados. A contra-conduta, a dissidência não são, somente, actos políticos; sobretudo, representam urgentes condutas morais.
Tudo isto é sinal de grande infelicidade.
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... o=Baptista Bastos&tag=Opini%E3o - Em Foco&page=-1
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
alexandre7ias Escreveu:alexandre7ias Escreveu:Afinal o homem estava numa festa...
Triste Portugal...
Uma hora antes imagens na tv com a festa, passado uma hora na mesma tv apenas o som com legendas e sem imagens, daqui a uma hora afinal o homem estava a fazer algo de muito importante que não podia estar a acompanhar a situação!
O homem perdeu a língua?
Terá sido do bife, da festa ?
Não fala o homem! Prometo que me vou dar ao trabalho de arranjar o vídeo que começou a ser censurado pelas televisões!
O vídeo da tal festa que fez com que o nosso Pedro não tivesse visto as magnificas imagens em frente ao Parlamento!
E muito chato filmar o Pedro numa festa, passados alguns minutos do que aconteceu. Isso não se faz. Metam lá isso com som mas tirem as imagens!
Rui Rio diz que é preciso "fortalecer o poder político" que é "fraco e desacreditado"
14/11/2012
Durante o discurso de abertura na conferência "Do Estado Social ao Estado Liberal", realizada no âmbito do ciclo de conferências "FEP - Politicamente", na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Rui Rio considerou que o que levou a que Portugal chegasse a "uma crise profunda", não foram "erros de natureza financeira nem erros de natureza económica", mas sim "erros de natureza política", defendendo que "toda a origem está na política e no regime e o resto é uma consequência".
"Nós temos actualmente em Portugal partidos políticos desacreditados e incoerentes na sua acção. Nós temos um fortíssimo enfraquecimento da qualidade dos agentes políticos. Nós temos uma crescente incapacidade política para resolver os problemas que temos na frente. Temos um poder político, no seu todo, mais fraco e desacreditado", alertou.
Na opinião do social-democrata, o primeiro problema para resolver "é justamente o poder político fraco" existente, sendo necessário fortalecê-lo.
"Temos uma crescente hipocrisia no discurso político. (...) Eu não quero puxar as coisas à conjuntura, mas chega-se ao ponto de haver em Portugal uma lei, que a gente lê, está lá claro e há quem diga que não é bem assim, é parecido. Até uma lei escrita, direitinha e clara permite interpretações não sei como, em nome de interesses de carácter meramente conjuntural", disse, numa alusão implícita à lei da limitação dos mandatos.
Para o presidente da Câmara do Porto, "um poder político fraco tem fraca capacidade de dizer não", sublinhando a necessidade de haver "um poder político que tenha credibilidade".
"Isto tem que ser feito num consenso nacional, particularmente entre os dois principais partidos - e não só, entre todos aqueles que quiserem colaborar - e com a sociedade", declarou, considerando que são as "muitas pequenas reformas que no seu conjunto podem dar uma revitalização do regime".
Para Rui Rio, há cinco regras que devem ser respeitadas nesta reforma: "tudo o que se faça tem de ter como pano de fundo que é necessário prestigiar a política, as medidas que venham a ser tomadas têm garantir mais governabilidade, é preciso reformar a sério a justiça, a comunicação social deve ser mais responsabilizada e é necessário definir o papel do Estado".
Também presente no debate esteve a presidente do PS, Maria de Belém Roseira, que defendeu que o país deve evoluir "de um Estado social para um Estado de direito democrático", este último que "concilie um Estado Social com a necessidade de respeitar a necessidade de autonomia das pessoas".
A deputada socialista afirmou que o mais importante é que "o Estado se concentre nos domínios da intervenção capazes de gerar crescimento", como a educação, saúde, investigação e Segurança Social.
"O importante num Estado Social é contribuir para um crescimento equitativo para todos os cidadãos" defendeu, salientando ainda que isso não é o que está a acontecer, pois "as pessoas com menores
14/11/2012
Durante o discurso de abertura na conferência "Do Estado Social ao Estado Liberal", realizada no âmbito do ciclo de conferências "FEP - Politicamente", na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Rui Rio considerou que o que levou a que Portugal chegasse a "uma crise profunda", não foram "erros de natureza financeira nem erros de natureza económica", mas sim "erros de natureza política", defendendo que "toda a origem está na política e no regime e o resto é uma consequência".
"Nós temos actualmente em Portugal partidos políticos desacreditados e incoerentes na sua acção. Nós temos um fortíssimo enfraquecimento da qualidade dos agentes políticos. Nós temos uma crescente incapacidade política para resolver os problemas que temos na frente. Temos um poder político, no seu todo, mais fraco e desacreditado", alertou.
Na opinião do social-democrata, o primeiro problema para resolver "é justamente o poder político fraco" existente, sendo necessário fortalecê-lo.
"Temos uma crescente hipocrisia no discurso político. (...) Eu não quero puxar as coisas à conjuntura, mas chega-se ao ponto de haver em Portugal uma lei, que a gente lê, está lá claro e há quem diga que não é bem assim, é parecido. Até uma lei escrita, direitinha e clara permite interpretações não sei como, em nome de interesses de carácter meramente conjuntural", disse, numa alusão implícita à lei da limitação dos mandatos.
Para o presidente da Câmara do Porto, "um poder político fraco tem fraca capacidade de dizer não", sublinhando a necessidade de haver "um poder político que tenha credibilidade".
"Isto tem que ser feito num consenso nacional, particularmente entre os dois principais partidos - e não só, entre todos aqueles que quiserem colaborar - e com a sociedade", declarou, considerando que são as "muitas pequenas reformas que no seu conjunto podem dar uma revitalização do regime".
Para Rui Rio, há cinco regras que devem ser respeitadas nesta reforma: "tudo o que se faça tem de ter como pano de fundo que é necessário prestigiar a política, as medidas que venham a ser tomadas têm garantir mais governabilidade, é preciso reformar a sério a justiça, a comunicação social deve ser mais responsabilizada e é necessário definir o papel do Estado".
Também presente no debate esteve a presidente do PS, Maria de Belém Roseira, que defendeu que o país deve evoluir "de um Estado social para um Estado de direito democrático", este último que "concilie um Estado Social com a necessidade de respeitar a necessidade de autonomia das pessoas".
A deputada socialista afirmou que o mais importante é que "o Estado se concentre nos domínios da intervenção capazes de gerar crescimento", como a educação, saúde, investigação e Segurança Social.
"O importante num Estado Social é contribuir para um crescimento equitativo para todos os cidadãos" defendeu, salientando ainda que isso não é o que está a acontecer, pois "as pessoas com menores
mcarvalho
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alexandre7ias Escreveu:Afinal o homem estava numa festa...
Triste Portugal...
Uma hora antes imagens na tv com a festa, passado uma hora na mesma tv apenas o som com legendas e sem imagens, daqui a uma hora afinal o homem estava a fazer algo de muito importante que não podia estar a acompanhar a situação!
El junior Escreveu:Passos
"Desemprego é um processo pelo qual o país tem que passar"
http://economico.sapo.pt/noticias/desemprego-e-um-processo-pelo-qual-o-pais-tem-que-passar_156218.html
O desemprego não ia sofre uma viragem no final de 2012?? - palavras de PPC á poucos meses atrás!!!
Agora já é em 2013??
Que confiança que verte das palavras de PPC!!!
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O presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, considerou hoje "notável" e "surpreendente" a descoordenação existente entre a Comissão Europeia (CE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), a designada `troika`.
"É notável a descoordenação existente dentro da `troika`. E surpreendente", assinalou o banqueiro, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do banco.
Salgado apontou para as recentes declarações contraditórias proferidas por responsáveis da Comissão Europeia e da diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, acerca do possível alargamento em dois anos do prazo de ajustamento dado à Grécia.
Questionado pelos jornalistas se a `troika` deveria renegociar os termos (prazo e juros) do empréstimo concedido a Portugal, Salgado deu a entender que apoia uma iniciativa deste tipo, que seria positiva para o país, ainda que tenha salientado que é uma questão que está apenas nas mãos dos políticos.
"Já nos foi dado mais um ano. Acredito que Portugal também poderá beneficiar do que estão a fazer aos outros países", afirmou o banqueiro.
"Não sou eu que tenho que dizer se deve haver uma renegociação [das condições do empréstimo internacional a Portugal]. É um problema político e que têm que ser os políticos a resolver", acrescentou.
E acrescentou: "Claro que nos convinha taxas de juro mais baixas, claro que estiveram a cair. Havia lugar a uma, não diria renegociação, mas a uma atenção".
Até porque, na sua opinião, "vai ser muito difícil [Portugal fazer] o ajustamento nesta fase".
Isto,apesar de o esforço do Governo português estar a acolher a simpatia a nível internacional, de acordo com Salgado, que sublinhou que "a Alemanha está convencida que Portugal está a ir no bom caminho e que vai conseguir alcançar os seus objetivos".
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49
"É notável a descoordenação existente dentro da `troika`. E surpreendente", assinalou o banqueiro, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do banco.
Salgado apontou para as recentes declarações contraditórias proferidas por responsáveis da Comissão Europeia e da diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, acerca do possível alargamento em dois anos do prazo de ajustamento dado à Grécia.
Questionado pelos jornalistas se a `troika` deveria renegociar os termos (prazo e juros) do empréstimo concedido a Portugal, Salgado deu a entender que apoia uma iniciativa deste tipo, que seria positiva para o país, ainda que tenha salientado que é uma questão que está apenas nas mãos dos políticos.
"Já nos foi dado mais um ano. Acredito que Portugal também poderá beneficiar do que estão a fazer aos outros países", afirmou o banqueiro.
"Não sou eu que tenho que dizer se deve haver uma renegociação [das condições do empréstimo internacional a Portugal]. É um problema político e que têm que ser os políticos a resolver", acrescentou.
E acrescentou: "Claro que nos convinha taxas de juro mais baixas, claro que estiveram a cair. Havia lugar a uma, não diria renegociação, mas a uma atenção".
Até porque, na sua opinião, "vai ser muito difícil [Portugal fazer] o ajustamento nesta fase".
Isto,apesar de o esforço do Governo português estar a acolher a simpatia a nível internacional, de acordo com Salgado, que sublinhou que "a Alemanha está convencida que Portugal está a ir no bom caminho e que vai conseguir alcançar os seus objetivos".
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
Espanha terá que pagar, em 2013, 48 MIL MILHÕES DE EUROS, só em juros da dívida pública:(
Lá como cá os governos, as burocracias, os sindicatos e os bancos formam um sistema de vasos comunicantes com o BCE, em nome das suas próprias sobrevivências largamente parasitárias, e à custa da destruição fiscal e social das suas economias reais e das suas soberanias.
Em 2013 estaremos mais perto de percebermos em toda a linha a gravidade absoluta desta crise. E em 2014 estaremos certamente mais próximos de uma revolução. Não precisa de ser violenta. A democracia islandesa demonstrou que há espaço para uma revolução democrática pacífica, mas que liberte os povos do cancro de corrupção banqueira e burocrática que os devora sem piedade e todo o cinismo do mundo!
OAM
Link: http://www.youtube.com/watch?v=cby2vsK8O6k (via shareaholic.com)
Lá como cá os governos, as burocracias, os sindicatos e os bancos formam um sistema de vasos comunicantes com o BCE, em nome das suas próprias sobrevivências largamente parasitárias, e à custa da destruição fiscal e social das suas economias reais e das suas soberanias.
Em 2013 estaremos mais perto de percebermos em toda a linha a gravidade absoluta desta crise. E em 2014 estaremos certamente mais próximos de uma revolução. Não precisa de ser violenta. A democracia islandesa demonstrou que há espaço para uma revolução democrática pacífica, mas que liberte os povos do cancro de corrupção banqueira e burocrática que os devora sem piedade e todo o cinismo do mundo!
OAM
Link: http://www.youtube.com/watch?v=cby2vsK8O6k (via shareaholic.com)
mcarvalho
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