OT - Qualidade dos serviços publicos, FP e afins
O que eles deviam explicar é porque é que o país gasta muito menos em saúde e educação (em percentagem do PIB e do orçamento de estado) que os países da OCDE e mesmo assim não consegue pagar!?
Eu diria que o dinheiro está a ser desviado para outros lados...
Isto é descabido, é uma lavagem ao cérebro dos portugueses:
Eu diria é que existe na sociedade um largo consenso de que os políticos gastam muito mais do que aquilo que deviam! E são gastos a vários níveis, como foi explicado ontem só para as autarquias vão 7 mil milhões de euros/ano... em 2013 vão receber mais que em 2012!!

Eu diria que o dinheiro está a ser desviado para outros lados...
Isto é descabido, é uma lavagem ao cérebro dos portugueses:
"existe um largo consenso na sociedade" para que o nível de serviço público retome "padrões de custo mais comportáveis com o nível de riqueza produzido".
Eu diria é que existe na sociedade um largo consenso de que os políticos gastam muito mais do que aquilo que deviam! E são gastos a vários níveis, como foi explicado ontem só para as autarquias vão 7 mil milhões de euros/ano... em 2013 vão receber mais que em 2012!!


Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Maioria crê em melhor serviço público com menos dinheiro
05 Novembro 2012 | 19:59
António Larguesa - alarguesa@negocios.pt
Imprimir|Enviar|Reportar Erros|Partilhar|Votar|Total: 1 VotoTamanho
As bancadas parlamentares do PSD e CDS sustentam que "existe um largo consenso na sociedade" para que o nível de serviço público retome "padrões de custo mais comportáveis com o nível de riqueza produzido".
Na carta em que sugerem à presidente da Assembleia da República o agendamento da discussão sobre “uma série” de conferências para discutir a reforma do Estado, os dois líderes parlamentares da maioria que suporta o Governo consideram que “reformar o Estado, tornando-o cada vez mais eficiente ao serviço dos cidadãos, é um imperativo decorrente do quadro de emergência nacional” que o País atravessa e dos compromissos internacionais assumidos.
“Esta reforma estrutural, há longo tempo adiada, mas tornada obrigatória pelas circunstâncias presentes, impõe a mobilização do conjunto da sociedade portuguesa e de todos os intervenientes, da sociedade civil aos parceiros sociais e, em particular, do sistema político”, lê-se na carta enviada esta segunda-feira a Assunção Esteves.
Luís Montenegro (PSD) e Nuno Magalhães (CDS), que assinam a missiva, argumentam que “existe um largo consenso na sociedade portuguesa de que o nível de serviço público deve ser melhorado ao mesmo tempo que deve retomar padrões de custo mais comportáveis com o nível de riqueza produzido”.
Os presidentes dos grupos parlamentares que suportam o Governo afirmam estar “firmemente convencidos que gastar menos não implica necessariamente pior serviço”. “Antes pelo contrário”, acrescentam. PSD e CDS entendem que tornar o Estado “mais eficiente e concentrado nas funções nas quais é insubstituível” garantirá “a sua sustentabilidade” e reforça a capacidade de chegar “sobretudo a quem mais necessita”.
À semelhança do que fez nos últimos dias o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ao endereçar um convite e ao reunir com o socialista António José Seguro, também os grupos parlamentares social-democrata e democrata-cristão convidaram “todos os sectores da sociedade, a começar pelo principal partido da oposição, a reponderar e a repensar conjuntamente as funções do Estado e a procurar soluções concretas para a redução estrutural da despesa pública”.
A manter-se a posição do secretário-geral do PS, que esta segunda-feira disse que "a responsabilidade do corte de quatro mil milhões que está previsto é de quem negociou [as últimas actualizações ao programa da troika]: o governo e a troika", o convite agora endereçado pelo PSD e pelo CDS arrisca-se também a ser "chumbado" no âmbito parlamentar.
Já agora fica aqui o link para uma notícia relevante:
Governo vai repensar separação entre público e privado na Saúde
(...)
Aliás, com a adopção da directiva europeia dos cuidados de saúde transfronteiriços – em que os cidadãos podem ser atendidos noutro país num serviço público ou privado –, a associação que representa os hospitais privados portugueses já disse que não faz sentido os portugueses poderem ser atendidos no privado lá fora, com a comparticipação do Estado português, e não poderem ser atendidos no privado em Portugal.
(...)
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=587519
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
mais_um Escreveu:O teu raciocínio falha em dois aspetos. Primeiro, as escolas não são concorrentes abrangem graus de ensino diferentes (uma vai até ao 3º ciclo e outra abrange o secundário), ou seja não fazem concorrência
Mas mais_um, nesse caso a comparação também não é justa. Eu quando li o exemplo pensei que estávamos a comparar coisas iguais.
mais_um Escreveu:(o mundo não é só grande aglomerados urbanos onde é possível existir interessados em abrir negócios competitivos, e mesmo nessas situações com o tempo acabas por ficar reduzido a 2 ou 3 agentes, vê o caso das telecomunicações, após a liberalização, pareciam cogumelos, agora restam quantos? E dos que existem quantos é que tem capacidade de sobreviver? Na área empresarial de dados tens dois, a PT e a ONI e esta tens grandes dificuldades em sobreviver).
Exacto, mas convenhamos que estamos melhor agora do que apenas com a PT, ou não ? Se a tua resposta for sim, isso indicia que a concorrência trouxe melhoria.
mais_um Escreveu:Segundo, mesmo que fossem concorrentes, o facto de uma falir significava que deixavas de ter concorrência, ou seja terias uma situação de monopólio e neste caso nada te garantia que a qualidade existia, nem que no caso de a qualidade ser má aparecesse concorrência.
Mas tu nunca estás pior se tiveres uma boa e uma má do que se tiveres apenas uma (seja ela boa ou má).
E se a má falir o pior que te pode acontecer é ficares com a boa, que se pode eventualmente tornar-se má.
Ou seja, quando há uma boa e má, tens a opção de escolher a boa. Quando só tens uma, tens de rezar para que seja boa, porque não tens alternativa. Mesmo que seja má é essa que consomes. É isso que sinto nalguns serviços do estado.
mais_um Escreveu:Há um mito com a história da concorrência, o facto de existir vários operadores não te garante qualidade (obviamente varia muito com o negocio e com a conjuntura), quando muito garante um preço com menor margem de lucro.
E só isso já é positivo porque obténs o mesmo, ainda que seja mau, por um preço melhor. Ou seja, não ficas pior.
Convenhamos é que haverá algum incentivo para que um deles possa melhorar o serviço, pelo mesmo preço, se tal representar mais lucro (algo que no estado não se procura).
Já reparaste na quantidade de coisas que a Zon e a Meo estão a oferecer hoje a mais (mais velocidade, mais canais, mais serviços gratuitos) pelo mesmo preço que há 3 ou 4 anos, sem que ninguém lhes tivesse pedido ? Se um deles não tivesse inovado o outro não ia atrás. E porque é que inovam ? Pois, concorrência. Teríamos nós o mesmo se o mercado fosse apenas Zon ou apenas Meo ?
mais_um Escreveu:Hoje em dia as pessoas estão a valorizar mais o preço que a qualidade, não é por acaso que o “low cost” está na moda.
Mais uma vez porque têm opção desse low cost e houve quem percebesse que era isso que as pessoas querem.
mais_um Escreveu:Como já referi a qualidade tem um custo e há cada vez menos pessoas dispostas a pagar esse custo.
Mas é assim mesmo mais_um. O mercado concorrencial tende a oferecer o que as pessoas querem. No público e/ou nos monopólios (e até em oligopólios) isso nem sempre acontece. A pessoa consome o que lhe é dado.
mais_um Escreveu:Nota: é preferível haver alternativas, mas economicamente nem sempre é viável.
Claro, mas mesmo quando isso acontece é possível oferecer mais com o mesmo custo. Mas é preciso haver atitude, como referes, ou algum tipo de incentivo.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AutoMech Escreveu:
Ou seja, se o estado for eficiente conseguiria sempre superar os privados, proporcionando, no mínimo, serviço idêntico (e, como tem menos custos, além de ficar com a parte correspondente à margem de lucro, ainda pouparia mais qualquer coisa).
Correcto, seria assim num mundo perfeito, eventualmente nos países nórdicos seja assim.

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
artista Escreveu:Ok, já percebi, faltava-me algo então... enfim, é uma história apenas.
Uma história apenas, salvo seja. Já deixei aqui várias e podia continuar, mas como parece que já estou conotado como o anti publico vou parar.

artista Escreveu:Não sei o que levou a que não te fizessem no público, só sabendo isso podíamos perceber.
Não foi não me fazerem. Eles fazem ! E para mim até era mais perto no CS de Loures do que no privado em Lisboa.
O probelma é que nem sequer atendem o telefone para marcar (e pelos vistos é recorrente e normal isso acontecer porque na minha USF disseram-me logo que não valia a pena ligar para lá). Tinha de lá ir pessoalmente só para fazer a porcaria duma simples marcação.
artista Escreveu:No estado deves ter comparticipação do estado, não?
Sim, paguei exactamente o mesmo que pagaria no CS. É o estado que paga ao privado. Situação normal.
artista Escreveu:Acho normal, presumo que seja uma boa gestão de recursos... aliás eu não me lembro de exames que tenha feito no público, todos os que faço são no privado, análises, ecografias, radiografias, electrocardiogramas, etc..
Mas o estado:
- Deveria ter menos custos de equipamento porque compra mais quantidade
- Deveria amortizar equipamentos mais rápido porque consegue ter mais quantidade de exames
- Além disso não necessita de margem de lucro
Ou seja, se o estado for eficiente conseguiria sempre superar os privados, proporcionando, no mínimo, serviço idêntico (e, como tem menos custos, além de ficar com a parte correspondente à margem de lucro, ainda pouparia mais qualquer coisa). Ou não ?
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AutoMech Escreveu:Aqui concordo a 100% contigo mais_um. Mas quando a atitude não existe convenhamos que é preferível ser um serviço onde em vez de 1 alternativa tens 10, certo ?
Sim, quando é economicamente viável existir alternativas mas o mundo não é só restaurantes, cafés e grandes aglomerados populacionais.
AutoMech Escreveu:Se fosse a escola pública fosse a boa e a privada fosse a má não havia problema. A privada ou melhorava ou falia.
Ao serem duas públicas, uma má e outra boa aquilo que se verifica é que os mesmos recursos estão a ser utilizados de forma deficiente numa delas e não há forma de corrigir o problema porque nem a má pode falir, nem sequer tem incentivo para se regenerar.
O teu raciocínio falha em dois aspetos. Primeiro, as escolas não são concorrentes abrangem graus de ensino diferentes (uma vai até ao 3º ciclo e outra abrange o secundário), ou seja não fazem concorrência (o mundo não é só grande aglomerados urbanos onde é possível existir interessados em abrir negócios competitivos, e mesmo nessas situações com o tempo acabas por ficar reduzido a 2 ou 3 agentes, vê o caso das telecomunicações, após a liberalização, pareciam cogumelos, agora restam quantos? E dos que existem quantos é que tem capacidade de sobreviver? Na área empresarial de dados tens dois, a PT e a ONI e esta tens grandes dificuldades em sobreviver).
Segundo, mesmo que fossem concorrentes, o facto de uma falir significava que deixavas de ter concorrência, ou seja terias uma situação de monopólio e neste caso nada te garantia que a qualidade existia, nem que no caso de a qualidade ser má aparecesse concorrência.
Há um mito com a história da concorrência, o facto de existir vários operadores não te garante qualidade (obviamente varia muito com o negocio e com a conjuntura), quando muito garante um preço com menor margem de lucro. Hoje em dia as pessoas estão a valorizar mais o preço que a qualidade, não é por acaso que o “low cost” está na moda.
Como já referi a qualidade tem um custo e há cada vez menos pessoas dispostas a pagar esse custo.
Nota: é preferível haver alternativas, mas economicamente nem sempre é viável.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Ok, já percebi, faltava-me algo então... enfim, é uma história apenas. Não sei o que levou a que não te fizessem no público, só sabendo isso podíamos perceber.
No estado deves ter comparticipação do estado, não? Eu costumo fazer exames no privado porque o estado não faz esse tipo de exames, presumo que em muitos exames seja mais barato para o estado financiar os exames no privado! Acho normal, presumo que seja uma boa gestão de recursos... aliás eu não me lembro de exames que tenha feito no público, todos os que faço são no privado, análises, ecografias, radiografias, electrocardiogramas, etc..
No estado deves ter comparticipação do estado, não? Eu costumo fazer exames no privado porque o estado não faz esse tipo de exames, presumo que em muitos exames seja mais barato para o estado financiar os exames no privado! Acho normal, presumo que seja uma boa gestão de recursos... aliás eu não me lembro de exames que tenha feito no público, todos os que faço são no privado, análises, ecografias, radiografias, electrocardiogramas, etc..
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
artista Escreveu:AutoMech Escreveu:Nem isso está em causa. Mas se um privado me faz um exame com um determinado serviço, porque é que o estado, que nem sequer tem de ter margem de lucro, não consegue prestar o mesmíssimo serviço ?
Não percebi?!
Porque é que o estado tem de prestar o mesmo serviço?! O estado não presta porque tem custos que não pode suportar, para oferecer esse tipo de serviço a todos!
Acho que há aqui mal entendidos, eu não estou a perceber o que estás a querer dizer ou tu não estás a perceber o que eu estou a querer dizer!?
Talvez não tenhas lidos o meu post lá mais para trás mas a história é simples. Eu tive de fazer um exame. Podia fazê-lo no CS Loures. Primeiro obstáculo: na minha USF avisaram-me que o melhor era ir lá marcar porque por telefone era dificil. Eu, ainda assim, tentei. Não me atenderam o telefone (tentei durante 2 dias, a várias horas).
O mesmo exame podia ser feito num privado, ali em Entrecampos, pelo SNS (ou seja eu pago o mesmo). Liguei para lá, atenderam em dois toques, marcaram de imediato (não me obrigaram a lá ir para marcar, obviamente) e fiz o exame.
Ou seja, um privado, que ainda por cima tem de ter lucro (coisa que o estado não precisa), conseguiu prestar um serviço de qualidade superior. O estado perdeu um cliente e o privado ganhou um.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AutoMech Escreveu:Nem isso está em causa. Mas se um privado me faz um exame com um determinado serviço, porque é que o estado, que nem sequer tem de ter margem de lucro, não consegue prestar o mesmíssimo serviço ?
Não percebi?!
Porque é que o estado tem de prestar o mesmo serviço?! O estado não presta porque tem custos que não pode suportar, para oferecer esse tipo de serviço a todos!
Acho que há aqui mal entendidos, eu não estou a perceber o que estás a querer dizer ou tu não estás a perceber o que eu estou a querer dizer!?
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
rmachado Escreveu:O engraçado nisto tudo é que se formos resumir as várias opiniões que temos, constatamos que o problema não é ser público ou privado.. é todo o processo que está inerente as decisões de gestão e ao empenho das pessoas envolvidas.
Caso prático:
Um amigo meu em tempos ia muitas vezes tirar certidões para compra e venda de casas e normalmente ia ao mesmo serviço que lhe dizia "são 10 dias úteis".
Um vez calhou ir a outro e quando pediu a dita no fim disse são 10 dias certo?
O senhor olhou para ele e disse não dou-lhe já, é só tirar fotocópia e carimbar... os 10 dias são só um prazo máximo estabelecido...
Isto faz-me lembrar os notário em que, quando passaram a privados, mesmo pagando o mesmo, o serviço subiu bastante (pelo menos nos 3 que conheço, dois em Lisboa e 1 na província).
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
mais_um Escreveu:Atitude, é um dos nossos maiores problemas, seja publico, seja privado.
Aqui concordo a 100% contigo mais_um. Mas quando a atitude não existe convenhamos que é preferível ser um serviço onde em vez de 1 alternativa tens 10, certo ?
Em relação aos exemplos que deste de uma escola pública que funciona bem e outra que funciona mal, apesar de concordar que é um probelma de gestão, eu faço uma leitura diferente da tua.
Se fosse a escola publica fosse a boa e a privada fosse a má não havia problema. A privada ou melhorava ou falia.
Ao serem duas públicas, uma má e outra boa aquilo que se verifica é que os mesmo recursos estão a ser utilizados de forma deficiente numa delas e não há forma de corrigir o problema porque nem a má pode falir, nem sequer tem incentivo para se regenerar.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
artista Escreveu:Tu acreditas piamente nos privados, assim como acreditas piamente na concorrência... eu tenho vistos demasiados exemplos de mau funcionamento, tanto dos privados como da suposta concorrência!
Isso não é verdade Artista. Apenas defendo que a falta de concorrência tende (mas não implica necessariamente) a causar uma qualidade inferior. Na minha opinião, mesmo com as chatices que possa ter com a Zon (ou Meo, ou Cabo Visão ou outra qualquer), estou hoje mil vezes melhor (quer em preço, quer em serviços) do que quando a PT tinha o monopólio.
Idem para os bancos (eu lembro-me muitíssimo bem do que era o sector bancário público antes da Nova Rede aparecer). Aliás a Nova Rede é um belíssimo exemplo de como o resto do sector teve de ir a reboque das inovações que eles introduziram, quer em produtos, quer na qualidade de serviço (mais tarde abandalharam, sim, mas no início era comparar o Ritz com a pensão do Rossio).
artista Escreveu:A minha mensagem tinha a ver especificamente com a saúde, obviamente que gratuito não se pode pedir que tenhas as condições e os luxos de alguns privados onde pagas bem, parece-me lógico, aceitável... ou não?!
Nem isso está em causa. Mas se um privado me faz um exame com um determinado serviço, porque é que o estado, que nem sequer tem de ter margem de lucro, não consegue prestar o mesmíssimo serviço ?
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
mais_um Escreveu:O facto de cumprir a legislação não implica que o serviço seja de qualidade.
Nem eu disse que era. Apenas afirmei que tinha que ver com o regulador (publico) se essa qualidade resultar do não cumprimento da lei. Num restaurante podes ser muito mal atendido, apesar de todas as normas legais serem cumpridas.
mais_um Escreveu:E o facto de haver concorrência não te garante qualidade.
É verdade, mas podemos olhar à nossa volta e tentar perceber se existe um padrão entre qualidade e concorrência. Na minha opinião existe correlação, mas isso sou eu.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
mais_um Escreveu:rmachado Escreveu:O engraçado nisto tudo é que se formos resumir as várias opiniões que temos, constatamos que o problema não é ser público ou privado. É todo o processo que está inerente as decisões de gestão e ao empenho das pessoas envolvidas.VIXIUM Escreveu:Apenas umas notas para um tópico que julgo fundamental:
1) Há bom e mau público
2) Há bom e mau privado
Dois comentários que sintetizam o cerne da questão.
O problema está na atitude, tenho um amigo que tem dois filhos com problemas visuais, andaram em duas escolas públicas, no mesmo concelho, quase na mesma rua, uma até ao 3º ciclo e depois passaram para a secundária. Na escola do 3º ciclo o material especifico de apoio não estava onde devia estar, os horários eram mal feitos, no princípio de cada ano escola ele tinha que ir à escola chatear meio mundo até entrarem nos eixos. Na outra escola tudo funcionava na perfeição, o material de apoio específico estava na sala onde os filhos iam ter aulas e devido a essa especificidade aquela turma tinha sempre aulas na mesma sala. Ambas são públicas, não há concorrência, ambas estão no mesmo meio, ambas tem o mesmo apoio da autarquia, uma funciona bem, outra funciona mal, o que muda? As pessoas que estão a gerir a escola…
A concorrência embora influencie alguns negócios não é a solução, não é possível ter dois aeroportos em Lisboa, ou dois hospitais nas Caldas da Rainha abertos 24 horas, não é economicamente viável, mas isso não quer dizer que tenham que funcionar mal, tem é que ser bem geridos, ter as pessoas bem formadas e motivadas, não só nas competências como na atitude, esse sim o maior problema, quer no público quer no privado. Tenho colegas meus da província a ligar para mim nos serviços centrais para meterem cunhas para tratar de assuntos de trabalho porque eu tento sempre resolver os problemas. Eles é que tratam do negócio, são eles que pagam o meu ordenado, eu sou um custo, se eles não ganharem dinheiro eu não sou necessário, por isso eles tem que ser bem tratados e eu tento estar sempre disponível, quando vou almoçar, quando saiu do escritório deixo sempre a minha extensão reencaminhada para o meu telemóvel e não há nenhuma ordem de serviço ou recomendação para tal.
Atitude, é um dos nossos maiores problemas, seja publico, seja privado.
Começo a concordar contigo muitas vezes... não sei se isto será bom!


Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
rmachado Escreveu:O engraçado nisto tudo é que se formos resumir as várias opiniões que temos, constatamos que o problema não é ser público ou privado. É todo o processo que está inerente as decisões de gestão e ao empenho das pessoas envolvidas.
VIXIUM Escreveu:Apenas umas notas para um tópico que julgo fundamental:
1) Há bom e mau público
2) Há bom e mau privado
Dois comentários que sintetizam o cerne da questão.
O problema está na atitude, tenho um amigo que tem dois filhos com problemas visuais, andaram em duas escolas públicas, no mesmo concelho, quase na mesma rua, uma até ao 3º ciclo e depois passaram para a secundária. Na escola do 3º ciclo o material especifico de apoio não estava onde devia estar, os horários eram mal feitos, no princípio de cada ano escola ele tinha que ir à escola chatear meio mundo até entrarem nos eixos. Na outra escola tudo funcionava na perfeição, o material de apoio específico estava na sala onde os filhos iam ter aulas e devido a essa especificidade aquela turma tinha sempre aulas na mesma sala. Ambas são públicas, não há concorrência, ambas estão no mesmo meio, ambas tem o mesmo apoio da autarquia, uma funciona bem, outra funciona mal, o que muda? As pessoas que estão a gerir a escola…
A concorrência embora influencie alguns negócios não é a solução, não é possível ter dois aeroportos em Lisboa, ou dois hospitais nas Caldas da Rainha abertos 24 horas, não é economicamente viável, mas isso não quer dizer que tenham que funcionar mal, tem é que ser bem geridos, ter as pessoas bem formadas e motivadas, não só nas competências como na atitude, esse sim o maior problema, quer no público quer no privado. Tenho colegas meus da província a ligar para mim nos serviços centrais para meterem cunhas para tratar de assuntos de trabalho porque eu tento sempre resolver os problemas. Eles é que tratam do negócio, são eles que pagam o meu ordenado, eu sou um custo, se eles não ganharem dinheiro eu não sou necessário, por isso eles tem que ser bem tratados e eu tento estar sempre disponível, quando vou almoçar, quando saiu do escritório deixo sempre a minha extensão reencaminhada para o meu telemóvel e não há nenhuma ordem de serviço ou recomendação para tal.
Atitude, é um dos nossos maiores problemas, seja publico, seja privado.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Referiram aí atrás o Hospital da L u z.
Muito recentemente (algumas semanas atrás), também estiveram com os sistemas em baixo. Ia em 2/3 dias. Depois não tive conhecimento quando retomou, mas, pelo que soube, havia uma probabilidade muito grande de perda de dados. E ali, existe uma grande concentração de sistemas num gigante fornecedor alemão (reduzindo ao minimo o nº de integrações, teoricamente a solução será mais estável, e a resolução mais rápida, quanto mais não seja não se verifica o jogo do empurra entre os fornecedores: o problema é sempre do outro lado...)
O único objectivo deste apontamento é que, quando estas situações são para correr mal, correm mesmo mal.
Muito recentemente (algumas semanas atrás), também estiveram com os sistemas em baixo. Ia em 2/3 dias. Depois não tive conhecimento quando retomou, mas, pelo que soube, havia uma probabilidade muito grande de perda de dados. E ali, existe uma grande concentração de sistemas num gigante fornecedor alemão (reduzindo ao minimo o nº de integrações, teoricamente a solução será mais estável, e a resolução mais rápida, quanto mais não seja não se verifica o jogo do empurra entre os fornecedores: o problema é sempre do outro lado...)
O único objectivo deste apontamento é que, quando estas situações são para correr mal, correm mesmo mal.
- Mensagens: 231
- Registado: 14/8/2009 12:27
- Localização: 14
Viva
Todos os meus filhos estiveram em Colégio Privado. Hoje ou estudam em universidades públicas ou em liceus públicos. O budget não chega. Supresa das surpresas: o ensino público, pelo menos nas áreas que consigo acompanhar, não é nada mau. Antes pelo contrário. É dedicado, é empenhado e luta para aparecer. O reverso da medalha é que enquanto num colégio se prepara uma ou duas turmas de determinada área para entrar na faculdade no público preparam-se 10 a 12 dessa mesma área. As médias de entrada deixam de fazer sentido sem a dimensão do universo e sem procurar explicar os porquês dos desvios padrão que existem, e grandes, no público. Muito mais que no privado. Vá-se lá saber porquê!
Obrigado.
VIXIUM
Todos os meus filhos estiveram em Colégio Privado. Hoje ou estudam em universidades públicas ou em liceus públicos. O budget não chega. Supresa das surpresas: o ensino público, pelo menos nas áreas que consigo acompanhar, não é nada mau. Antes pelo contrário. É dedicado, é empenhado e luta para aparecer. O reverso da medalha é que enquanto num colégio se prepara uma ou duas turmas de determinada área para entrar na faculdade no público preparam-se 10 a 12 dessa mesma área. As médias de entrada deixam de fazer sentido sem a dimensão do universo e sem procurar explicar os porquês dos desvios padrão que existem, e grandes, no público. Muito mais que no privado. Vá-se lá saber porquê!

Obrigado.
VIXIUM
Editado pela última vez por VIXIUM em 31/10/2012 19:14, num total de 3 vezes.
- Mensagens: 306
- Registado: 21/10/2012 19:07
- Localização: 16
altrio Escreveu:Eu depois de ter os meus filhos em escolas privadas, passei-os para escolas públicas e considero que globalmente estão melhor.
Claro que há também escolas públicas onde nunca poria os meus filhos, nem que fosse obrigado. No entanto, quando se encontra escolas públicas com boas condições, com um corpo docente estável e que se sente bem na escola, o empenho é sincero. Na verdade, foi este o principal motivo que me fez tirar os miúdos da escola privada - o empenho dos professores era mais "para mostrar" do que genuíno...
Ora aqui está uma opinião equilibrada sobre as escolas públicas e privadas. Alguém que admite que em certas escolas públicas não colocaria os seus filhos, certamente não será por causa da qualidade da gestão das escola ou dos professores... digo eu!

O que me surpreende é que tenhas encontrado uma escola pública com um corpo docente estável. Cada vez mais isso é uma raridade! Posso saber de que zona do país estamos a falar?!

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Boa tarde
Apenas umas notas para um tópico que julgo fundamental:
1) Há bom e mau público
2) Há bom e mau privado
Posto isto, que é fundacional, penso que estaremos mais em condições de direccionar a discussão, se o entenderem, para quais as áreas em que queremos que continue o público e quais aquelas em que queremos que entre o privado.
Eu já estive nos dois lados e conheço, penso que relativamente bem, os dois mundos. Público e Privado. Neste momento e porque deixei o privado - aposta no cavalo errado, dirão alguns - tornei-me FP e professor na universidade em full time. Se tivesse pensado apenas no meu bolso teria ficado com um pé cá e outro lá. A maioria dos professores na minha área fá-lo. Mas decidi apostar num projecto consistente, que pensei que fosse apreciado, que o mercado avalia e acarinha - o PSI 20 recorre e emprega estes alunos em força e, mais em força, o estrangeiro vem buscá-los. Os resultados da área têm sido bons e o mercado em geral aprecia-os. A investigação tem-se consolidado.
No final, tenho fortes dúvidas sobre se vale a pena ou se valeu a pena. Estou sempre a tempo de ir para o Privado. Apesar da idade não perdoar estou convicto de que conseguiria. Não em universidade mas em empresa. Valerá a pena lutar? Com o ordenado cortado em 30% e em vias de perder mais um bom bocado facilmente repunha a situação no privado e multiplicava o income por 5 ou 6. Vale a pena pensar na causa pública? Vale a pena continuar a pensar que podemos bater-nos com o exterior de igual para igual quando, at the end of the day, o dinheiro não chega? Quando o exterior - algum, não todo - nem sabe os milagres que se fazem muitas vezes na FP para chegar a determinados resultados? Quando no exterior há uma má vontade - por desconhecimento de muito do que se passa e sem generalizar (há empresas que sabem e muito bem o que aqui se faz) - contra a FP?
Bom mesmo seria encetarmos o debate sobre o Estado que se quer e o que não se quer. Sob pena de o Estado bom acabar todo delapidado e metido num saco de gatos que pode não ser generalizável. Que não é generalizável, seguramente, no meu caso.
Obrigado.
VIXIUM
Apenas umas notas para um tópico que julgo fundamental:
1) Há bom e mau público
2) Há bom e mau privado
Posto isto, que é fundacional, penso que estaremos mais em condições de direccionar a discussão, se o entenderem, para quais as áreas em que queremos que continue o público e quais aquelas em que queremos que entre o privado.
Eu já estive nos dois lados e conheço, penso que relativamente bem, os dois mundos. Público e Privado. Neste momento e porque deixei o privado - aposta no cavalo errado, dirão alguns - tornei-me FP e professor na universidade em full time. Se tivesse pensado apenas no meu bolso teria ficado com um pé cá e outro lá. A maioria dos professores na minha área fá-lo. Mas decidi apostar num projecto consistente, que pensei que fosse apreciado, que o mercado avalia e acarinha - o PSI 20 recorre e emprega estes alunos em força e, mais em força, o estrangeiro vem buscá-los. Os resultados da área têm sido bons e o mercado em geral aprecia-os. A investigação tem-se consolidado.
No final, tenho fortes dúvidas sobre se vale a pena ou se valeu a pena. Estou sempre a tempo de ir para o Privado. Apesar da idade não perdoar estou convicto de que conseguiria. Não em universidade mas em empresa. Valerá a pena lutar? Com o ordenado cortado em 30% e em vias de perder mais um bom bocado facilmente repunha a situação no privado e multiplicava o income por 5 ou 6. Vale a pena pensar na causa pública? Vale a pena continuar a pensar que podemos bater-nos com o exterior de igual para igual quando, at the end of the day, o dinheiro não chega? Quando o exterior - algum, não todo - nem sabe os milagres que se fazem muitas vezes na FP para chegar a determinados resultados? Quando no exterior há uma má vontade - por desconhecimento de muito do que se passa e sem generalizar (há empresas que sabem e muito bem o que aqui se faz) - contra a FP?
Bom mesmo seria encetarmos o debate sobre o Estado que se quer e o que não se quer. Sob pena de o Estado bom acabar todo delapidado e metido num saco de gatos que pode não ser generalizável. Que não é generalizável, seguramente, no meu caso.
Obrigado.
VIXIUM
- Mensagens: 306
- Registado: 21/10/2012 19:07
- Localização: 16
AutoMech Escreveu:artista Escreveu:Obviamente que os serviços públicos são bons tendo em conta que são tendencialmente gratuitos para todos!
São bons, na tua perspectiva, Artista.![]()
E o facto de ser tendencialmente gratuito não é justificação para baixa qualidade. Há muitas empresas que oferecem melhor serviço por um preço mais baixo, simplesmente porque são mais eficientes. Uma das formas de ser mais eficiente é estar em concorrência.
Porque é que eu fui fazer o exame a um laboratório privado, pagando o mesmo, quando o podia fazer no centro de saúde de Loures ?
Provavelmente o estado até consegue ter menos custos do que o laboratório privado e logo poderia arrumar com a concorrência. Mas não tem esse incentivo e, como tal, perdeu um 'cliente' (felizmente não fui obrigado a fazer o exame no público, o que certamente seria o desejo de muitos).artista Escreveu: Os privados que queiram subsistir terão certamente que ser melhores, ou ter alguma outra coisa para oferecer, se não fossem ninguém lá iria, certo?!
Ou porque a resposta do público não é razoável. Depende da perspectiva. Na Finlândia praticamente não há escolas privadas, por exemplo.
Tu acreditas piamente nos privados, assim como acreditas piamente na concorrência... eu tenho vistos demasiados exemplos de mau funcionamento, tanto dos privados como da suposta concorrência!
Se os portugueses fossem como os finlandeses tudo seria diferente! Um exemplo não serve de muita coisa... digo eu!
A minha mensagem tinha a ver especificamente com a saúde, obviamente que gratuito não se pode pedir que tenhas as condições e os luxos de alguns privados onde pagas bem, parece-me lógico, aceitável... ou não?!
Parece que nos casos em que os privados gerem hospitais financiados pelo estado a coisa já não funciona tão bem, muito longe de funcionar tão bem. Quando não há dinheiro e o cacau não vem diretamente das pessoas a quem prestam o serviço é muito mais difícil ser eficiente, seja público seja privado!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
.A presença policial nas imediações do Parlamento está a ser reforçada. A concentração de pessoas obrigou a PSP a abrir um corredor de segurança para acompanhar os carros dos deputados desde a saída da garagem do lado da Rua de São Bento até à Calçada da Estrela, passando à frente do Parlamento.
Fonte: Sol
Bom exemplo da qualidade.
Mau exemplo de como a qualidade não tem beneficio para os contribuintes!
O engraçado nisto tudo é que se formos resumir as várias opiniões que temos, constatamos que o problema não é ser público ou privado.. é todo o processo que está inerente as decisões de gestão e ao empenho das pessoas envolvidas.
Caso prático:
Um amigo meu em tempos ia muitas vezes tirar certidões para compra e venda de casas e normalmente ia ao mesmo serviço que lhe dizia "são 10 dias úteis".
Um vez calhou ir a outro e quando pediu a dita no fim disse são 10 dias certo?
O senhor olhou para ele e disse não dou-lhe já, é só tirar fotocópia e carimbar... os 10 dias são só um prazo máximo estabelecido...
Caso prático:
Um amigo meu em tempos ia muitas vezes tirar certidões para compra e venda de casas e normalmente ia ao mesmo serviço que lhe dizia "são 10 dias úteis".
Um vez calhou ir a outro e quando pediu a dita no fim disse são 10 dias certo?
O senhor olhou para ele e disse não dou-lhe já, é só tirar fotocópia e carimbar... os 10 dias são só um prazo máximo estabelecido...
- Mensagens: 2125
- Registado: 24/8/2004 10:42
- Localização: Carregado
AutoMech Escreveu:artista Escreveu:Obviamente que os serviços públicos são bons tendo em conta que são tendencialmente gratuitos para todos!
São bons, na tua perspectiva, Artista.![]()
E o facto de ser tendencialmente gratuito não é justificação para baixa qualidade. Há muitas empresas que oferecem melhor serviço por um preço mais baixo, simplesmente porque são mais eficientes. Uma das formas de ser mais eficiente é estar em concorrência.
Porque é que eu fui fazer o exame a um laboratório privado, pagando o mesmo, quando o podia fazer no centro de saúde de Loures ?
Provavelmente o estado até consegue ter menos custos do que o laboratório privado e logo poderia arrumar com a concorrência. Mas não tem esse incentivo e, como tal, perdeu um 'cliente' (felizmente não fui obrigado a fazer o exame no público, o que certamente seria o desejo de muitos).artista Escreveu: Os privados que queiram subsistir terão certamente que ser melhores, ou ter alguma outra coisa para oferecer, se não fossem ninguém lá iria, certo?!
Ou porque a resposta do público não é razoável. Depende da perspectiva. Na Finlândia praticamente não há escolas privadas, por exemplo.
Nem queiras saber as razões para ser "mais barato" no privado..
E muitas são mesmo por inépcia do Estado.. mas enfim tinha muito para contar a cerca disto.
- Mensagens: 2125
- Registado: 24/8/2004 10:42
- Localização: Carregado