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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por JMHP » 3/10/2012 14:17

pocoyo Escreveu:
JMHP Escreveu:Catalunha tem 7,5 milhões de habitantes e produz "a mesma riqueza que Portugal"


O presidente do Governo regional catalão defendeu hoje a viabilidade económica de uma Catalunha independente, considerando que a região produz, com 7,5 milhões de habitantes, o mesmo que Portugal, com dez.
"A Catalunha é uma economia perfeitamente viável" que produz com 7,5 milhões de habitantes "a mesma riqueza que Portugal", com uma população de dez milhões, disse Artur Mas, numa conferência de imprensa na Generalitat, sede do Governo regional catalão.

Num encontro com jornalistas sobre a conferência de presidentes de terça-feira, Mas insistiu nas críticas à "injusta e desleal" distribuição dos esforços de contenção do défice, entre a Administração Central e as autonomias.

Apesar disso, Mas reiterou o empenho de todos em manter os compromissos com a Europa.

Mas defendeu a realização, nos próximos quatro anos -- dentro da legislatura que sairá das eleições antecipadas de Novembro --, de uma consulta popular sobre a autodeterminação catalã, defendendo um novo Estado dentro da UE, do euro e com "pontos" para o resto de Espanha.

A conferência de presidentes reuniu na terça-feira, em Madrid, o presidente do Governo, Mariano Rajoy, e os presidentes de todas as comunidades autónomas espanholas e das cidades de Ceuta e Melilla.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=582075


Grande mer*a nós também podiamos mandar embora 5 milhões de tugas e produziamos o mesmo.


Não será isso uma medida experimentalista?! :shock:

Espera... Algo semelhante aconteceu com o holocausto da 2ª guerra mundial que dizimou milhões de pessoas. :roll:
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por Quico » 3/10/2012 14:07

pocoyo Escreveu:Grande mer*a nós também podiamos mandar embora 5 milhões de tugas e produziamos o mesmo.


Bem visto! Imagem
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por Hramos3 » 3/10/2012 14:06

pocoyo Escreveu:Grande mer*a nós também podiamos mandar embora 5 milhões de tugas e produziamos o mesmo.


Só não dizes "produzíamos mais" porque não queres.

Bastava despachar Desempregados e RSIistas e passavas logo para um superavit... Se despachasses os reformados também crescíamos mais que a China!
 
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por PT_Trader » 3/10/2012 14:02

JMHP Escreveu:Catalunha tem 7,5 milhões de habitantes e produz "a mesma riqueza que Portugal"


Só?!

Basta eles terem uma das cidades mais visitadas no mundo inteiro, para esses valores até serem muito redutores.
 
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por PT_Trader » 3/10/2012 14:00

Krupper Escreveu:mas mais dinheiro = mais dívida, ou não?


Menos produto = mais dívida, ou não?
 
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por pocoyo » 3/10/2012 13:57

JMHP Escreveu:Catalunha tem 7,5 milhões de habitantes e produz "a mesma riqueza que Portugal"


O presidente do Governo regional catalão defendeu hoje a viabilidade económica de uma Catalunha independente, considerando que a região produz, com 7,5 milhões de habitantes, o mesmo que Portugal, com dez.
"A Catalunha é uma economia perfeitamente viável" que produz com 7,5 milhões de habitantes "a mesma riqueza que Portugal", com uma população de dez milhões, disse Artur Mas, numa conferência de imprensa na Generalitat, sede do Governo regional catalão.

Num encontro com jornalistas sobre a conferência de presidentes de terça-feira, Mas insistiu nas críticas à "injusta e desleal" distribuição dos esforços de contenção do défice, entre a Administração Central e as autonomias.

Apesar disso, Mas reiterou o empenho de todos em manter os compromissos com a Europa.

Mas defendeu a realização, nos próximos quatro anos -- dentro da legislatura que sairá das eleições antecipadas de Novembro --, de uma consulta popular sobre a autodeterminação catalã, defendendo um novo Estado dentro da UE, do euro e com "pontos" para o resto de Espanha.

A conferência de presidentes reuniu na terça-feira, em Madrid, o presidente do Governo, Mariano Rajoy, e os presidentes de todas as comunidades autónomas espanholas e das cidades de Ceuta e Melilla.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=582075


Grande mer*a nós também podiamos mandar embora 5 milhões de tugas e produziamos o mesmo.
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por JMHP » 3/10/2012 13:55

Catalunha tem 7,5 milhões de habitantes e produz "a mesma riqueza que Portugal"


O presidente do Governo regional catalão defendeu hoje a viabilidade económica de uma Catalunha independente, considerando que a região produz, com 7,5 milhões de habitantes, o mesmo que Portugal, com dez.
"A Catalunha é uma economia perfeitamente viável" que produz com 7,5 milhões de habitantes "a mesma riqueza que Portugal", com uma população de dez milhões, disse Artur Mas, numa conferência de imprensa na Generalitat, sede do Governo regional catalão.

Num encontro com jornalistas sobre a conferência de presidentes de terça-feira, Mas insistiu nas críticas à "injusta e desleal" distribuição dos esforços de contenção do défice, entre a Administração Central e as autonomias.

Apesar disso, Mas reiterou o empenho de todos em manter os compromissos com a Europa.

Mas defendeu a realização, nos próximos quatro anos -- dentro da legislatura que sairá das eleições antecipadas de Novembro --, de uma consulta popular sobre a autodeterminação catalã, defendendo um novo Estado dentro da UE, do euro e com "pontos" para o resto de Espanha.

A conferência de presidentes reuniu na terça-feira, em Madrid, o presidente do Governo, Mariano Rajoy, e os presidentes de todas as comunidades autónomas espanholas e das cidades de Ceuta e Melilla.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=582075
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por Krupper » 3/10/2012 13:07

PT_Trader Escreveu:
JMHP Escreveu:
rmachado Escreveu:O Cem aflorou questões pertinentes e dá-me a sensação que isto só se resolve (admitindo a continuação do Euro) se a Europa começar a pensar em conjunto.

Pq não baixam os juros 1% ou 0,5%...

Deviamos bater o pé a Troika... não é não pagar (embora esta opção comece a parecer boa... xiça) e começar a negociar os juros...

É que neste momento gastamos mais dinheiro a pagar juros e afins do que no funcionamento corrente do Pais...


rmachado... Mesmo se fosse possível termos um juro a 1% a nossa divida continuaria a sua escalada ascendente, ajudava aliviar a pressão, mas a longo-prazo dado que os juros que pagamos hoje foram contraídos alguns anos atrás e não é possível ir aos mercados financiar uma economia como a nossa com empréstimos de curto-prazo mesmo que a 1%.

Só existem até ver duas opções para a nossa situação... Ou alterar-se o modelo económico radicalmente que nos poderia levar finalmente ao crescimento, que como o Cem explicou é praticamente impossível... Ou saímos do Euro, algo que todos receamos e ninguém deseja.


Ainda há uma 3ª hipótese que é termos mais tempo, mais dinheiro, e dinheiro mais barato. Assim talvez já dê para entrarmos nos carris, ainda que para além disto possa haver um default parcial (mesmo continuando no euro). É uma hipótese viável.


mas mais dinheiro = mais dívida, ou não?
 
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por PT_Trader » 3/10/2012 12:25

O que vos apresento em baixo é um estudo recente, elaborado pela Deloitte, e que dá-nos a realidade que muitos não querem ver, ou fingem não querer ver.

Agora pergunto-vos, em que posição estão os custos com a mão-de-obra?
Anexos
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por PT_Trader » 3/10/2012 12:02

JMHP Escreveu:
Nahoot Escreveu:Caro Cem,

Tenho andado a seguir esta thread (dentro dos possiveis, tendo em conta que cada vez que cá se vem aumenta em 3 páginas) e gostava que me explicasse uma coisa.
Já por algumas vezes me pareceu que fizeste (e outras pessoas) referência à necessidade de baixar os ordenados. Ora, objectivamente, isso tem estado a acontecer. Tanto na função pública, com os cortes de subsidios, como nos privados.
Curiosamente no Negócios veio esta noticia: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=581811
Ora, se os ordenados estão a baixar, mas os custos de produção estão a subir, será que o problema não está noutro sitio?
Parece-me a mim (que não percebo nada disto) que por este andar vamos ter ordenados chineses, e mesmo assim não iremos ser competitivos.


Como a noticia explica e bem, a subida de preços deve-se sobretudo ao aumento de preços na energia a nível global, dado que somos um país extremamente dependente de energia importada, havendo um aumento global da energia é óbvio que seremos mais prejudicados do que outros países.

Infelizmente é um sector que não controlamos e está muito exposto à conjectura externa ao contrário do custo da nossa mão-de-obra que depende exclusivamente de nós.


Não está totalmente correcto.

Os custos de contexto tb dependem de nós. A energia em Portugal é relativamente cara, devido às asneiradas que fizemos, ie, depende de nós.

Para além do custos com pessoal, também há outros custos (que curiosamente nunca referes) que tb dependem de nós (eg, carga fiscal).
 
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por PT_Trader » 3/10/2012 11:59

JMHP Escreveu:
rmachado Escreveu:O Cem aflorou questões pertinentes e dá-me a sensação que isto só se resolve (admitindo a continuação do Euro) se a Europa começar a pensar em conjunto.

Pq não baixam os juros 1% ou 0,5%...

Deviamos bater o pé a Troika... não é não pagar (embora esta opção comece a parecer boa... xiça) e começar a negociar os juros...

É que neste momento gastamos mais dinheiro a pagar juros e afins do que no funcionamento corrente do Pais...


rmachado... Mesmo se fosse possível termos um juro a 1% a nossa divida continuaria a sua escalada ascendente, ajudava aliviar a pressão, mas a longo-prazo dado que os juros que pagamos hoje foram contraídos alguns anos atrás e não é possível ir aos mercados financiar uma economia como a nossa com empréstimos de curto-prazo mesmo que a 1%.

Só existem até ver duas opções para a nossa situação... Ou alterar-se o modelo económico radicalmente que nos poderia levar finalmente ao crescimento, que como o Cem explicou é praticamente impossível... Ou saímos do Euro, algo que todos receamos e ninguém deseja.


Ainda há uma 3ª hipótese que é termos mais tempo, mais dinheiro, e dinheiro mais barato. Assim talvez já dê para entrarmos nos carris, ainda que para além disto possa haver um default parcial (mesmo continuando no euro). É uma hipótese viável.
 
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por JMHP » 3/10/2012 11:56

Nahoot Escreveu:Caro Cem,

Tenho andado a seguir esta thread (dentro dos possiveis, tendo em conta que cada vez que cá se vem aumenta em 3 páginas) e gostava que me explicasse uma coisa.
Já por algumas vezes me pareceu que fizeste (e outras pessoas) referência à necessidade de baixar os ordenados. Ora, objectivamente, isso tem estado a acontecer. Tanto na função pública, com os cortes de subsidios, como nos privados.
Curiosamente no Negócios veio esta noticia: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=581811
Ora, se os ordenados estão a baixar, mas os custos de produção estão a subir, será que o problema não está noutro sitio?
Parece-me a mim (que não percebo nada disto) que por este andar vamos ter ordenados chineses, e mesmo assim não iremos ser competitivos.


Como a noticia explica e bem, a subida de preços deve-se sobretudo ao aumento de preços na energia a nível global, dado que somos um país extremamente dependente de energia importada, havendo um aumento global da energia é óbvio que seremos mais prejudicados do que outros países.

Infelizmente é um sector que não controlamos e está muito exposto à conjectura externa ao contrário do custo da nossa mão-de-obra que depende exclusivamente de nós.
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por alexandre7ias » 3/10/2012 11:50

03.OUT.2012 10:54
FT: Programa português poderá ser prolongado até 2015

Passos (Foto: D.R.)
Correspondente do jornal financeiro em Bruxelas avança incertezas dos líderes europeus relativamente ao programa financeiro a Portugal

O correspondente do Financial Times em Bruxelas revela hoje que os responsáveis europeus começam a admitir que o programa de resgate a Portugal possa ser estendido até meados de 2015.

Num artigo de opinião onde analisa o impacto da austeridade na Europa e a forma como se reflecte nas eleições dos diversos países, Peter Spiegel admite que "para muitos líderes europeus o grande choque veio de Portugal".

Como escreve, "durante grande parte dos últimos 16 meses houve um apoio político bipartidário, e uma concordância social em cada nova vaga de austeridade e reformas que fazem parte do resgate de 78 mil milhões a Lisboa". Mas, escreve, agora já não é assim. "Com a economia a contrair-se 3% e com o desemprego a crescer para cerca de 16%, o governo de centro direita tem estado empenhado em restaurar a competitividade através do corte da segurança social dos trabalhadores" e tem enfrentado "dias de protesto".

"O resultado, dizem os responsáveis europeus, é o que muitos esperavam mas poucos tinham até agora admitido: o programa de resgate de Portugal vai agora provavelmente ser estendido por um ano, até meados de 2015", refere o FT.

E diz mais, "as dificuldades portugueses para além de inesperadas perdem a cor perante as convulsões em Espanha e Grécia".
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por JMHP » 3/10/2012 11:50

rmachado Escreveu:O Cem aflorou questões pertinentes e dá-me a sensação que isto só se resolve (admitindo a continuação do Euro) se a Europa começar a pensar em conjunto.

Pq não baixam os juros 1% ou 0,5%...

Deviamos bater o pé a Troika... não é não pagar (embora esta opção comece a parecer boa... xiça) e começar a negociar os juros...

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rmachado... Mesmo se fosse possível termos um juro a 1% a nossa divida continuaria a sua escalada ascendente, ajudava aliviar a pressão, mas a longo-prazo dado que os juros que pagamos hoje foram contraídos alguns anos atrás e não é possível ir aos mercados financiar uma economia como a nossa com empréstimos de curto-prazo mesmo que a 1%.

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por nahoot » 3/10/2012 11:42

Caro Cem,

Tenho andado a seguir esta thread (dentro dos possiveis, tendo em conta que cada vez que cá se vem aumenta em 3 páginas) e gostava que me explicasse uma coisa.
Já por algumas vezes me pareceu que fizeste (e outras pessoas) referência à necessidade de baixar os ordenados. Ora, objectivamente, isso tem estado a acontecer. Tanto na função pública, com os cortes de subsidios, como nos privados.
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por alexandre7ias » 3/10/2012 11:41

Buraco do BPN pagava cinco meses de salários à Função Pública
Publicado ontem às 00:00
JORGE FIEL

Foto: Gerardo Santos/Global Imagens
As perdas que o Estado português já assumiu com o BPN elevam-se a 3,5 mil milhões de euros, uma verba astronómica que dava para pagar cinco meses de salários dos funcionários públicos.
Feitas as contas de outra maneira, o buraco que já tapamos dava para evitar a sobretaxa que nos vai levar a todos um subsídio em 2013 (vale 2 mil milhões) e ainda sobrava dinheiro para pagar os dois submarinos comprados aos alemães e para cobrir o encaixe de 500 milhões de euros que Passos Coelho esperava obter nas manobras com a TSU. As contas são da responsabilidade do deputado social-democrata Duarte Pacheco e constam do relatório de 272 páginas que é hoje apresentado à Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar ao Processo de Gestão e Reprivatização do BPN, criada a 28 de Março.

Leia mais na edição e-paper ou na edição impressa.
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Fonte: JN
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por PT_Trader » 3/10/2012 11:31

Renegade Escreveu:
rmachado Escreveu:O Cem aflorou questões pertinentes e dá-me a sensação que isto só se resolve (admitindo a continuação do Euro) se a Europa começar a pensar em conjunto.

Pq não baixam os juros 1% ou 0,5%...

Deviamos bater o pé a Troika... não é não pagar (embora esta opção comece a parecer boa... xiça) e começar a negociar os juros...

É que neste momento gastamos mais dinheiro a pagar juros e afins do que no funcionamento corrente do Pais...


Isso é o que tenho vindo a dizer nos últimos dias.
Só os juros são um balúrdio. Nem a Alemanha havia de gostar de pagar juros de 4%


Isso é o que eu estou farto de dizer.

Se eles tivessem juros nesse nível, também estariam à rasquinha.

Basta recordar que têm uma dívida de 80 e tal % do PIB e nos últimos 10 anos tiveram, por 5 vezes, um défice superior a 3%.
 
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por Renegade » 3/10/2012 11:27

rmachado Escreveu:O Cem aflorou questões pertinentes e dá-me a sensação que isto só se resolve (admitindo a continuação do Euro) se a Europa começar a pensar em conjunto.

Pq não baixam os juros 1% ou 0,5%...

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Isso é o que tenho vindo a dizer nos últimos dias.
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por rmachado » 3/10/2012 11:22

O Cem aflorou questões pertinentes e dá-me a sensação que isto só se resolve (admitindo a continuação do Euro) se a Europa começar a pensar em conjunto.

Pq não baixam os juros 1% ou 0,5%...

Deviamos bater o pé a Troika... não é não pagar (embora esta opção comece a parecer boa... xiça) e começar a negociar os juros...

É que neste momento gastamos mais dinheiro a pagar juros e afins do que no funcionamento corrente do Pais...
 
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Re: Re

por PT_Trader » 3/10/2012 11:01

Cem pt Escreveu:Essa é a grande questão e num regime concorrencial em que os nossos parceiros da europa do norte na zona Euro têm um custo unitário de produção abaixo do nosso só conseguiremos ser competitivos e inverter ciclos de recessão se formos mais competitivos que eles.

Para baixar esse custo médio unitário de produção ponderada só temos 2 opções: ou passamos a ser muito mais competitivos através de aumentos substanciais de produção per capita ou baixamos os custos de produção.

Para subir a produtividade só em sonhos, tal só seria possível com pessoal altamente formado e motivado e essencialmente acompanhado por fortes investimentos em equipamentos de ponta. Motivar pessoal a trabalhar mais com salários mais baixos ou com mais impostos de cima do pêlo é uma miragem e investir fortemente em R&D e novos equipamentos com empresários e Bancos muito descapitalizados é outra tarefa impossível.

Resta baixar os custos de produção através do fator dos salários baixos, mas será que queremos ser a China da Europa para quem já sentiu na zona Euro um nível de vida que era na realidade irrealista para as nossas possibilidades?
Abraço.


Este é um argumento muito utilizado.

Podes dizer-me onde há estatísticas sobre os custos unitários de produção em cada país? É que estou farto de procurar e não encontro, a não ser meras tendências...

Há outra alternativa que não referiste - baixar os custos de contexto. Os custos com pessoal são uma parte, e não a totalidade dos custos que uma empresa tem.

De resto, baixar os custos unitários de produção não é assim tão simples como referes, aliás, é muito mais complexo. Diria que não tanto como aumentar o produto, mas é tb extremamente complexo. Tu estás a referir um cenário de há 20 anos atrás. Hoje, temos um mercado de trabalho globalizado, onde trabalhar em Portugal ou na Holanda é encarado pelos jovens da mesma forma como antigamente se mudava do Porto para Lisboa. As nossas empresas concorrem directamente com empresas de outros países, e a mão-de-obra qualifica tem de ser paga, e bem paga.
 
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por LFA1 » 3/10/2012 10:58

CemPt escreveu:

Sim, claro que a parte má da equação é a perda de poder de compra dos cidadãos em relação à Europa e resto do mundo.

Deixaremos de comprar artigos importados de elevado valor que passarão a valer mais do dobro em Euros (carros, plasmas, i-Pads, etc) porque estou convencido que a desvalorização da nova moeda iria ser brutal para praticamente cerca de metade.

Tudo isto acompanhado de medidas temporárias do tipo "corralito" em que os cidadãos só poderiam levantar das contas um valor limitado por mês para evitar fugas de capital dramáticas, bem como a transformação forçada de um dia para o outro, no anúncio da medida de deixarmos o Euro, da denominação de todas as contas em Euros para o novo Escudo nos Bancos sedeados em território nacional.

A dificuldade de reembolsar dívidas em Euros por parte do Estado e de muitas empresas e famílias será porventura dramático, se calhar a melhor solução do nosso País será mandar às malvas os credores e dizer que todas as dívidas se pagarão, e é se querem, na nova moeda ao câmbio antes do dia da nova moeda ser desvalorizada, para que tudo o que seja dívida seja denominado no futuro em novos Escudos sem que a desvalorização cambial que se siga afete o valor nominal da ex-dívida em Euros. Mas isto sou eu a pensar no melhor cenário para um grupo (Estado, famílias e empresas) que representa mais de 300% do PIB medido em dívidas a diferentes credores.


Pontos positivos:

A parte positiva será a muito maior competitividade dos nossos produtos ao nível das exportações, permitindo às empresas exportadoras margem para aumentar preços e lucros, e a consequente distribuição dessa nova "riqueza" em novos investimentos, criação de novo emprego e aumento consequente dos salários do pessoal para tentar compensar a perda salarial via desvalorização cambial, até se estabelecer novo equilíbrio na balança comercial.

O futuro Governo deverá certamente transformar a dívida de Euros no novo Escudo antes de este ser desvalorizado e assim transformar um valor de uma dívida soberana considerável num pacote de dívida muito mais aceitável (cerca de metade!) e sem que precisemos de para isso nos endividarmos lá fora para pagar os juros, é só pôr a rotativa dos Escudos a funcionar apesar da criação da consequente inflação de mais massa monetária em circulação.

Os custos competitivos do turismo e dos nossos produtos atrairão muita gente de fora e novos investidores externos criarão mais empregos e prosperidade.

Muitos dos capitais, que fugirem na altura de incerteza de abandonarmos o Euro, regressarão ao novo câmbio ajustado.

As remessas dos emigrantes em Euros e Dollars mais as exportações darão um novo alento às reservas de divisas mas isso para mim é negativo porque vai incentivar a que a nova classe política que se vai seguir (PS?) possa infelizmente voltar aos tempos dos gastos à "tripa forra". Nem tudo será cor de rosa!

Este futuro "aumento" interno salarial denominado na nova moeda promoverá certamente a retoma da procura interna para a recuperação rápida da Economia e a reposição de um novo tecido empresarial adaptado ao novo cenário, embora, repito, à custa de mais inflação.

Portanto a prazo concordo que as perspetivas até podem ser benéficas à custa de um depauperamento forçado do nosso atual poder de compra, infelizmente quanto mais tarde tomarmos esta posição "radical" de deixar a zona Euro mais pobres estaremos, mais ficaremos a dever e mais elevados serão os custos desta medida radical.

Só que não há ninguém que na nossa classe política de verdadeiros tótós os tenha no sítio para avançarmos para este cenário e por sua vez cada tuga gosta de olhar para a sua carteira e refilar de forma veemente se lhe vão ao bolso se ninguém lhes mostrar as consequências de uma nova luz ao fundo do túnel...


Concordo em absoluto com tudo o que dizes neste post. E digo mais: desenganem-se aqueles que pensam que a nossa dívida, atenta a sua dimensão e trajectória, pode ser paga nos moldes actuais. Esta dívida ou é paga com inflação (através de um retorno ao escudo), ou há um perdão substancial da mesma.
 
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Re: Re

por PT_Trader » 3/10/2012 10:52

Cem pt Escreveu:e que se ganhe tempo até aparecer na Alemanha outra força política mais complacente à mutualização das dívidas soberanas europeias, baixando radicalmente as taxas de juro das obrigações dos membros da Comunidade Europeia para que assim se autorize uma fórmula de algum crescimento e reabra o sistema interbancário europeu para retoma do crédito às Economias da zona Euro, com prazos mais alargados para a diminuição das dívidas públicas de cada país.


O que me choca é a naturalidade com que muitas pessoas dizem isto. Isto sim, é o factor mais importante. Muitas pessoas olham para o que é feito em Portugal, o que não interessa para nada, ou quase nada. Se em Berlim não mudarem de ideias, continuaremos a ver uma série de economias de vários países a serem destruídas, e parece que não se passa nada...
 
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Re: Re

por nfmarque » 3/10/2012 10:46

Muffin Escreveu:
JMHP Escreveu:...a situação das empresas é extremamente difícil e complicada, muitas estão a lutar pela sua sobrevivência com falta de liquidez e muito dependentes das oscilações de preços dos mercados externos.

Eu não creio que seja possível a sobrevivência da esmagadora maioria das empresas exportadoras portuguesas se Portugal sair do Euro e voltar a uma nova moeda como o Escudo...


JMHP, independentemente das consequências para o resto da economia, do que não restam dúvidas é dos benefícios para as empresas exportadoras! O que escreves parece-me pouco realista.

Se as empresas exportadoras ganharem de um dia para o outro um ganho de competitividade de 30 ou 50% tens dúvidas "a esmagadora maioria" sobreviverá?!

Quantos aos aumentos de custos que apontas ou serão em menor grau que o aumento da competitividade ou apenas incidirão a médio ou longo prazo.

Pondo um exemplo mais prático (porque não abundam), como evoluiram as exportações da Islândia quando desvalorizou a moeda em 50% (atenção que a tipologia do sector exportador pode fazer variar os resultados para outros países).

http://www.tradingeconomics.com/iceland/exports
http://www.tradingeconomics.com/iceland/currency


A saida do euro esta muito dependente das ações do bce/fmi. Porque sem financiamento o estado de teria de cunhar moeada para pagar os custos de operação (ss/fp), gerando uma inflação mensal nunca abaixo dos 2 digitos. E mesmo as dividas em escudos estariam dependentes da taxa directora do banco de portugal (alguem ainda se lembra dos depositos a prazo a 15%?).

Mas se calhar o maior problema é que o estrangeiro não é otario e não esta disposto a vender os seus produtos sem ser em hard currency, mesmo as empresas exportadoras iriam precisar de dinheiro para comprar as materias primas (eur/usd). E a que juros?? e quem iria emprestar? so o bce/fmi conseguiria fornecer liquidez
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por setas » 3/10/2012 9:33

Mota Soares foi o único ministro a actualizar declaração de rendimentos


Fonte :

http://www.ionline.pt/portugal/mota-soa ... endimentos
 
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por setas » 3/10/2012 9:30

citação:

O Tribunal Constitucional obriga os titulares de cargos políticos a actualizarem a sua declaração de rendimentos sempre que registem um acréscimo patrimonial superior a 50 salários mínimos mensais (24 250 euros aos valores actuais). No Palácio Ratton, o caixote de papel reservado ao xix governo mantém-se praticamente com o mesmo volume desde que o executivo de Passos Coelho tomou posse. Este ano o TC recebeu apenas um aditamento à declaração do ministro da Solidariedade e Segurança Social. A 10 de Julho, Pedro Mota Soares acrescentou dois prédios urbanos em Cascais, adquiridos por herança.

A não actualização das declarações poderá ter três leituras: o património dos ministros encolheu no primeiro ano em que Portugal esteve sob intervenção externa, o acréscimo nos seus rendimentos foi inferior a 50 salários mínimos ou as declarações ainda estão a caminho do TC. O primeiro-ministro e o ministro da Economia, por exemplo, continuam sem ter qualquer conta bancária.

Se por um lado é sabido que o rendimento de alguns ministros baixou consideravelmente face ao que auferiam nas anteriores actividades profissionais, por outro o património da maioria dos governantes estará hoje mais elevado, beneficiando do retorno do investimento em várias aplicações financeiras.

No total, os membros do governo declaram ter investimentos globais superiores a 4,5 milhões de euros em depósitos, acções, planos de poupança, seguros e fundos de investimentos. Paulo Macedo, Paula Teixeira da Cruz e Miguel Relvas lideram o pódio dos ministros com aplicações financeiras mais elevadas. Paulo Macedo tem mais de um milhão de euros investidos, estando mais de metade está em certificados de aforro. Do outro lado do barómetro, Miguel Macedo declarou 8 mil euros numa conta no BCP, enquanto Passos Coelho e Álvaro Santos Pereira não reportaram, até agora, qualquer investimento financeiro. Por sua vez, os créditos contraídos junto da banca fixavam-se na altura em torno de 1,14 milhões de euros.

O incumprimento na apresentação de declarações, a sua omissão e inexactidão são punidos judicialmente, embora o Ministério Público já tenha alertado para as dificuldades em controlar os rendimentos dos políticos, uma vez que a área de actuação aumentou e os recursos se mantiveram.
 
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