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Caldeirão da Bolsa

TC declara cortes dos subsídios inconstitucionais

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por rmachado » 13/7/2012 14:04

Ulisses Pereira Escreveu:Mas será que é difícil de entender que se taxar o capital ele rapidamente voa para outros países?


Tens razão... mas não é precisa taxar o capital, basta deixar de "ajudar" o capital... :)

É só tirar uns beneficios, os fundos imobiliários pagarem IMI and so on...
 
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por MarcoAntonio » 13/7/2012 13:34

Ulisses Pereira Escreveu:Mas será que é difícil de entender que se taxar o capital ele rapidamente voa para outros países?


Se se continuar a taxar os rendimentos de trabalho e a inflingir proporcialmente mais austeridade aos que menos têm via impostos como o IVA, o consumo continua a cair desastrosamente (sem dar tempo à economia para se readaptar, o que é um processo lento) e o desemprego continua a subir desalmadamente para valores record.

Ao subir o desemprego, sobem as despesas do Estado (especialmente via SS) e caiem as receitas fiscais.

O que terá de ser corrigido via mais austeridade...



Isto não é especulação, é a descrição do que já tem estado a acontecer durante estes meses todos.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Mcmad » 13/7/2012 13:32

Não é preciso taxar o capital. Baixa deixar de salvar a banca com o dinheiro do trabalho.
Confira as minhas opiniões

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por tava3 » 13/7/2012 12:44

Não foi o que aconteceu com os subsidios da fp e dos pensionistas? Provavelmente vão buscar aos privados também e só é furto com os do capital?
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por JMHP » 13/7/2012 12:36

tavaverquenao2 Escreveu:O que é certo é que falta o dinheiro e os do costume já não podem mais, logo, temos de ir buscar onde o há.


Temos?!.... O dinheiro dos outros certo?! :roll:

O desespero é tanto que estamos a um passo de legalizar o furto.... :oh:
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por tava3 » 13/7/2012 12:12

Ulisses, eu queria escusar-me a comentar, mas parece-me um assunto sério e vou faze-lo na mesma, apesar de ser complicado ir contra a corrente, como pudeste observar, infantil, emplastro, enfim. Mas se uma das soluções passar por aqui, há que arranjar medidas para esse capital não fugir, eu sei que é duro e que todos queremos austeridade mas é nos bolsos dos outros. O que é certo é que falta o dinheiro e os do costume já não podem mais, logo, temos de ir buscar onde o há.
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por Ulisses Pereira » 13/7/2012 11:25

Mas será que é difícil de entender que se taxar o capital ele rapidamente voa para outros países?
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

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por tava3 » 13/7/2012 10:40

Entrevista à Antena 1
Presidente do Tribunal Constitucional defende que se taxe o capital e não só o trabalho


O presidente do Tribunal Constitucional (TC), em entrevista à Antena 1, afirma que se olhou de forma errada para o acórdão que considerou inconstitucional o corte dos subsídios de férias e de Natal aos trabalhadores da função pública e pensionistas. Como alternativas, sugere que se taxe não apenas os rendimentos trabalho, mas também os do capital.

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/pre ... ho-1554731
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por mais_um » 13/7/2012 0:45

altrio,

A nossa "discussão" não está esquecida mas vou para fora e só volto dia 22, nessa altura continuamos. :wink:
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por alexandre7ias » 12/7/2012 22:12

12.JUL.2012  18:23
Sobretaxa do Natal rendeu 50 milhões menos que o previsto

Entrevista ao Presidente do Tribunal de Contas (Foto: D.R.)
Relatório do Tribunal de Contas mostra que o Imposto de Natal ficou aquém do previsto. Receitas extraordinárias valeram 4,6 mil miljhões

A receita fiscal obtida no ano passado com a sobretaxa de IRS, mais conhecida como o imposto de Natal, foi de 790 milhões de euros, 50 milhões abaixo dos objetivos do Governo.
O Tribunal de Contas divulgou hoje um relatório sobre a execução orçamental de 2011 e mostra que a receita efetiva do Estado teria sido de 37.504,8 milhões de euros e não 43.165,7 milhões de euros (diferença de 4,6 mil milhões) se não existissem as receitas extraordinárias, um valor inferior, por exemplo à receita de 2008 (39,3 mil milhões de euros), expurgada também de medidas extraordinárias.
As receitas efetivas totalizaram 42.165,7 milhões, mais 5.125,9 milhões (13,8%) do que em 2010, evolução que resulta, essencialmente, das várias receitas extraordinárias no valor de 4.660,9 milhões. A transferência de fundos de pensões do setor bancário para o Estado rendeu 3.263,1 milhões; a sobretaxa extraordinária em sede de IRS 790 milhões; a receita proveniente do processo de reprivatização da EDP - Energias de Portuga atingiu 600 milhões e, por fim, a receita proveniente da alienação de imóveis ficou-se pelos 7,8 milhões de euros.
As receitas extraordinárias da Administração Central representaram 11,1% da receita efetiva em 2011, em muito superior ao verificado nos anos anteriores, de acordo com as contas do Tribunal de Contas. Já em 2008 e 2010 este tipo de receitas irrepetíveis tinha representado 3,6 e 2,6% da receita efetiva, respetivamente.
Em 2008 o Estado conseguiu obter 1.382 milhões de euros com receitas provenientes de concessões hídricas e em 2010, 730,8 milhões de euros com a quinta fase de reprivatização da Galp, da privatização da Siderurgia Nacional e mais 163,8 milhões de euros com a alienação de património imobiliária. O Tribunal de Contas, que voltou a identificar várias falhas na prestação de informação e algumas incongruências nas contas, fruto de omissões, utilização de informação com datas diferentes e muitas falhas na informação a que os serviços do Estado com autonomia financeira estão obrigados a prestar.Pedro Araújo
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por Mcmad » 12/7/2012 20:21

Aguardemos pela decisão do TC sobre cortes nas férias e feriados a pedido dos partidos mais à esquerda.
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por MarcoAntonio » 12/7/2012 19:20

gorgol Escreveu:
Eu defendo primeiro a alimentação e só depois a educação. Curiosamente não vejo alimentação gratuita para todos. Existe um banco alimentar mas não existe um banco educacional, porque será?



Isto não é exacto pois existe uma série de prestações sociais que pretendem precisamente cobrir estas necessidades mais elementares, nomeadamente o rendimento de inserção social (sobre o qual confesso que tenho críticas à forma como foi aplicado no passado) bem como por exemplo as ajudas à alimentação infantil (que chegam a incluir alimentação gratuita) aos mais carenciados dentro do plano escolar.

Também não creio que a referência ao Banco Alimentar faça grande sentido ou seja demonstrativa do que quer que seja. Em primeiro lugar organizar um Banco Alimentar (e parece que nem esse funciona lá muito bem) e um Banco Escolar tem complexidades completamentne distintas. Depois, a existência de uma coisa e a não existência da outra não significa que uma esteja bem cuidada e a outra mal. Na verdade estou em crer que há mais críticas à (falta) de qualidade do ensino português na actualidade do que à quantidade de gente em Portugal que passa fome.

O tema é complexo e pessoalmente desencorajaria uma abordagem simplista mas, para além das diferenças de complexidade, eu diria que mais depressa se forma um Banco Alimentar contra a Fome do que um Banco contra o Analfabetismo porque simplesmente as pessoas são mais sensíveis à primeira do que à segunda e isto cria um sentimento de urgência maior (o que não está necessariamente em linha com a gravidade global dos respectivos problemas, coisa que pode ser difícil de avaliar por ser pouco directa).
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por artista_ » 12/7/2012 17:49

gorgol Escreveu:Cada um deve ter a saúde e educação que está disposto a ter. São serviços que podem ser valorizados pelo preço, necessidades e desejos de cada um. Eu até tenho o direito de não ser operado perante o doença concreta. Aceito um nível de apoio para os mais necessitados.


Certo..

gorgol Escreveu:Demagógico eu? Se fizeres uma auto reflexão facilmente se conclui que tens estado a defender a tua dama, numa abordagem cooporativa.


Eu disse que estavas a ser demagógico porque usaste dados falsos e conclusões mal fundamentadas. Eu isso não faço... acusares-me de corporativista e de defender a minha dama é uma conclusão desprovida de importância, se isso é mais ou menos verdade interessa para quê? o que interessa são os argumentos...

gorgol Escreveu:Eu defendo primeiro a alimentação e só depois a educação. Curiosamente não vejo alimentação gratuita para todos. Existe um banco alimentar mas não existe um banco educacional, porque será?


Mais demagogia... eu também defendo isso, aliás todos defenderão isso. Quando escreves isso dá a idéia que ou era uma educação melhor ou passamos todos fome, como se o estado português estivesse a gastar todo o dinheiro na saúde e na educação!? :roll:

O problema é que os funcionários todos do estado levam apenas pouco mais de 20% do orçamento de estado... e nos outros 80% os cortes pouco se têm visto!

Ou seja, a questão não é propriamente uma escolha entre a saúde e educação ou a alimentação. A situação é que se está a cortar aqui para meter em muitos outros sitios de utilidade duvidosa, onde ainda não se cortou nada ou muito pouco!

gorgol Escreveu:Pergunto-me se não fosses professor passavas tanto tempo com este tema. Para mim defendes os teus interesses (legítimos), mas é uma visão parcial.


Para tua informação não sou só professor, aliás a minha formação inicial não é da via ensino. Na minha opinião tenho estado a defender o que considero justo, e também a educação... aliás já muitas vezes aqui disse que se for realmente necessário que se corte, o problema é que não vejo cortes em muitas coisas que já deviam ter sido cortadas e custa-me ver a degradação do ensino ao nível que vai ter no próximo ano letivo, quando vejo que havia muito onde cortar até se chegar ai...

Também não percebo o que te incomoda o tempo que passo com este tema... eu pergunto-me é o que te motivará a ti para chegares ao ponto de usar dados falsos para sustentares as tuas posições?! :shock:
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por gorgo » 12/7/2012 17:27

artista Escreveu:
gorgol Escreveu:
Temos de relacionar a redução de professores com a redução de alunos.



Quando se quer ver as coisas de uma forma arranja-se cada desculpa! :mrgreen:

Qual redução, vai lá ver quantos alunos estavam no sistema público em 2010 e quantos estarão em 2012 para ver se há alguma redução?!

E o aumento da escolaridade obrigatória para os 18 anos não te diz nada?! Isso não faz aumentar o número de alunos?!

E a crescente saída de alunos do privado devida à crise económica!?

Podes consultar esta tabela, página 13:

http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId= ... os2011.pdf

Onde podes ver que em 2000 o número total de alunos era inferior a 2009/10... e o número de professores era idêntico!!! Para o ano que vem o número de alunos será maior do que em 2010 e, com os cortes entretanto operados, o número de professores será muito menor!


gorgol Escreveu:Por outro lado em tudo existem prioridades.

Seria um bom exercicio aos portugueses onde cortavam, nesta dificuldade:

Alimentação

Vestuário

Quantidade e qualidade da Saúde

Qualidade e quantidade da Educação

Mobilidade
etc.

Eu não vejo problemas que se corte na saúde e Educação.

São variáveis que podem ser ajustadas consoante as posses, desejos e motivações de cada um.

Há tanta educação/formação que devidamente avaliada à posteriori pouco acrescentou. O mal é estabelecerem-se vacas sagradas.


Pois, se não te importas que a saúde e a educação tenha uma qualidade claramente menor assume-o diretamente, não é preciso arranjares argumentos falsos e/ou demagógicos! :wink:


Cada um deve ter a saúde e educação que está disposto a ter. São serviços que podem ser valorizados pelo preço, necessidades e desejos de cada um. Eu até tenho o direito de não ser operado perante o doença concreta. Aceito um nível de apoio para os mais necessitados.

Demagógico eu? Se fizeres uma auto reflexão facilmente se conclui que tens estado a defender a tua dama, numa abordagem cooporativa.

Eu defendo primeiro a alimentação e só depois a educação. Curiosamente não vejo alimentação gratuita para todos. Existe um banco alimentar mas não existe um banco educacional, porque será?

Pergunto-me se não fosses professor passavas tanto tempo com este tema. Para mim defendes os teus interesses (legítimos), mas é uma visão parcial.
 
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por artista_ » 12/7/2012 16:51

gorgol Escreveu:
Temos de relacionar a redução de professores com a redução de alunos.



Quando se quer ver as coisas de uma forma arranja-se cada desculpa! :mrgreen:

Qual redução, vai lá ver quantos alunos estavam no sistema público em 2010 e quantos estarão em 2012 para ver se há alguma redução?!

E o aumento da escolaridade obrigatória para os 18 anos não te diz nada?! Isso não faz aumentar o número de alunos?!

E a crescente saída de alunos do privado devida à crise económica!?

Podes consultar esta tabela, página 13:

http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId= ... os2011.pdf

Onde podes ver que em 2000 o número total de alunos era inferior a 2009/10... e o número de professores era idêntico!!! Para o ano que vem o número de alunos será maior do que em 2010 e, com os cortes entretanto operados, o número de professores será muito menor!


gorgol Escreveu:Por outro lado em tudo existem prioridades.

Seria um bom exercicio aos portugueses onde cortavam, nesta dificuldade:

Alimentação

Vestuário

Quantidade e qualidade da Saúde

Qualidade e quantidade da Educação

Mobilidade
etc.

Eu não vejo problemas que se corte na saúde e Educação.

São variáveis que podem ser ajustadas consoante as posses, desejos e motivações de cada um.

Há tanta educação/formação que devidamente avaliada à posteriori pouco acrescentou. O mal é estabelecerem-se vacas sagradas.


Pois, se não te importas que a saúde e a educação tenha uma qualidade claramente menor assume-o diretamente, não é preciso arranjares argumentos falsos e/ou demagógicos! :wink:
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por artista_ » 12/7/2012 16:35

rmachado Escreveu:
artista Escreveu:
altrio Escreveu:
artista Escreveu:E no final deste ano e próximo palpita-me que ainda vai cair muito... no caso dos professores, este ano será o que haverá cortes maiores! No ano passado julgo que os cortes reduziram cerca de 15 mil o número de professores, este ano penso que se atingirão os 25/30 mil!! :shock:


Só estas medidas contribuem para um aumento do desemprego vindo da função pública em pelo menos 7%.


Só em professores, nos últimos dois anos (setembro de 2011 e setembro de 2012) serão cerca de 40 mil professores, um corte a rondar os 30%!!! :shock:

Eu custa-me é a perceber como é que eles continuam a dizer que o que estão a fazer é para melhorar as condições de ensino dos alunos! :shock: :roll: Porque não assumir que no estado em que o país se encontra teremos todos de fazer um esforço para fazer o mesmo com condições piores? dessa forma podiam até conseguir sensibilizar os pais (e todos de uma forma geral) para um maior acompanhamento dos seus educandos, envolvendo-se mais nas suas tarefas escolares!


Artista, onde é que se pode consultar esses números?
E estamos a falar de que professores?

Não é para me "atirar" aos mesmos, é mesmo para perceber.
É que os sindicatos atiram números para fora mas penso que contam com os que nunca deram aulas mas estão habilitados para o fazer e isto parece-me ser errado.


Não são os que nunca deram aulas não... estamos a falar de professores contratados, alguns com quase 20 anos de tempo de serviço. No meu caso já leccionei em 17 anos e tenho cerca de 10 de tempo de serviço!

Eu agora não tenho tempo de procurar esses dados. Mas no final do ano lectivo de 2010/2011 já eram mais de 40 mil. Todos os anos em média aumentavam cerca de 3500, pelo que, se não houvesse cortes chegariam perto dos 50 mil no próximo ano. É só ver quantos haverá no próximo ano para perceber quantos cortaram!
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por gorgo » 12/7/2012 16:15

artista Escreveu:
altrio Escreveu:
artista Escreveu:E no final deste ano e próximo palpita-me que ainda vai cair muito... no caso dos professores, este ano será o que haverá cortes maiores! No ano passado julgo que os cortes reduziram cerca de 15 mil o número de professores, este ano penso que se atingirão os 25/30 mil!! :shock:


Só estas medidas contribuem para um aumento do desemprego vindo da função pública em pelo menos 7%.


Só em professores, nos últimos dois anos (setembro de 2011 e setembro de 2012) serão cerca de 40 mil professores, um corte a rondar os 30%!!! :shock:

Eu custa-me é a perceber como é que eles continuam a dizer que o que estão a fazer é para melhorar as condições de ensino dos alunos! :shock: :roll: Porque não assumir que no estado em que o país se encontra teremos todos de fazer um esforço para fazer o mesmo com condições piores? dessa forma podiam até conseguir sensibilizar os pais (e todos de uma forma geral) para um maior acompanhamento dos seus educandos, envolvendo-se mais nas suas tarefas escolares!



Temos de relacionar a redução de professores com a redução de alunos.

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por rmachado » 12/7/2012 16:13

artista Escreveu:
altrio Escreveu:
artista Escreveu:E no final deste ano e próximo palpita-me que ainda vai cair muito... no caso dos professores, este ano será o que haverá cortes maiores! No ano passado julgo que os cortes reduziram cerca de 15 mil o número de professores, este ano penso que se atingirão os 25/30 mil!! :shock:


Só estas medidas contribuem para um aumento do desemprego vindo da função pública em pelo menos 7%.


Só em professores, nos últimos dois anos (setembro de 2011 e setembro de 2012) serão cerca de 40 mil professores, um corte a rondar os 30%!!! :shock:

Eu custa-me é a perceber como é que eles continuam a dizer que o que estão a fazer é para melhorar as condições de ensino dos alunos! :shock: :roll: Porque não assumir que no estado em que o país se encontra teremos todos de fazer um esforço para fazer o mesmo com condições piores? dessa forma podiam até conseguir sensibilizar os pais (e todos de uma forma geral) para um maior acompanhamento dos seus educandos, envolvendo-se mais nas suas tarefas escolares!


Artista, onde é que se pode consultar esses números?
E estamos a falar de que professores?

Não é para me "atirar" aos mesmos, é mesmo para perceber.
É que os sindicatos atiram números para fora mas penso que contam com os que nunca deram aulas mas estão habilitados para o fazer e isto parece-me ser errado.
 
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por artista_ » 12/7/2012 14:57

altrio Escreveu:
artista Escreveu:E no final deste ano e próximo palpita-me que ainda vai cair muito... no caso dos professores, este ano será o que haverá cortes maiores! No ano passado julgo que os cortes reduziram cerca de 15 mil o número de professores, este ano penso que se atingirão os 25/30 mil!! :shock:


Só estas medidas contribuem para um aumento do desemprego vindo da função pública em pelo menos 7%.


Só em professores, nos últimos dois anos (setembro de 2011 e setembro de 2012) serão cerca de 40 mil professores, um corte a rondar os 30%!!! :shock:

Eu custa-me é a perceber como é que eles continuam a dizer que o que estão a fazer é para melhorar as condições de ensino dos alunos! :shock: :roll: Porque não assumir que no estado em que o país se encontra teremos todos de fazer um esforço para fazer o mesmo com condições piores? dessa forma podiam até conseguir sensibilizar os pais (e todos de uma forma geral) para um maior acompanhamento dos seus educandos, envolvendo-se mais nas suas tarefas escolares!
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por altrio » 12/7/2012 12:14

artista Escreveu:E no final deste ano e próximo palpita-me que ainda vai cair muito... no caso dos professores, este ano será o que haverá cortes maiores! No ano passado julgo que os cortes reduziram cerca de 15 mil o número de professores, este ano penso que se atingirão os 25/30 mil!! :shock:


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por migluso » 12/7/2012 12:07

altrio Escreveu:Esses dados são referentes ao funcionalismo público?


Não, creio serem para a economia do país.
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por artista_ » 12/7/2012 12:06

MarcoAntonio Escreveu:Em todo o caso esta discussão é útil porque 9 em cada 10 portugueses comuns que falam dos "funcionários públicos" não tem noção nenhuma disto que temos estado a falar e das grandezas reais dos números e de como têm evoluído, elaborando sobre ideias feitas sem qualquer relação com a realidade. A maior parte deles diz sempre o mesmo anos a fio passando completamente por cima do muitíssimo que já se fez sobre esta matéria.

Digo mais, se se tivesse feito o mesmo em todas as parcelas como se fez à despesa com pessoal... por esta altura Portugal tinha um superavit orçamental brutal!


E no final deste ano e próximo palpita-me que ainda vai cair muito... no caso dos professores, este ano será o que haverá cortes maiores! No ano passado julgo que os cortes reduziram cerca de 15 mil o número de professores, este ano penso que se atingirão os 25/30 mil!! :shock:

Mas se é preciso força... apenas deixo duas notas:
1- Tenho muitas reservas em relação à diminuição da qualidade do ensino no próximo ano, já o escrevi aqui algumas vezes. Na minha opinião para o ano atingiremos níveis demasiado baixos para um país que se quer desenvolvido;
2- Tenho pena (e alguma vergonha também) que o estado português tenha inventado uma lei nova para despedir professores (que contrata há 5/10/15/20 anos) sem lhes pagar qualquer indemnização. Quem tem colocado ações em tribunal tem ganho, e obrigado o estado a pagar as referidas indemnizações, mas mais uma vez os mais fracos é que ficam prejudicados!

EDIT: Por outro lado, em função do que escreveste no segundo parágrafo citado, seria bem mais lógico cortar no resto antes de cortar naquilo que vai reduzir drasticamente a qualidade dos serviços... digo eu
Editado pela última vez por artista_ em 12/7/2012 12:12, num total de 2 vezes.
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por altrio » 12/7/2012 12:00

Zeb_PT Escreveu:Desculpem-me intrometer na vossa discussão, a produtividade depende da industria, negócio e mesmo departamento. Com se faz no privado (nos bons exemplos) é através de KPI's que depende do output que se está a pretender.
Um exemplo simples seria na loja do cidadão o numero de pessoas atendidas.


Ora essa, a discussão não é nossa!

Sim, esses métodos já existem. Mas não é fácil traduzi-los num número para definir um aumento salarial.

migluso Escreveu:O método já existe, pois existem dados referentes à produtividade.

http://peprobe.com/peprobe-library/docu ... tivity.pdf

Se calhar é mais difícil medir a inflação do que a produtividade...


Esses dados são referentes ao funcionalismo público?
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por migluso » 12/7/2012 11:45

altrio Escreveu:Pois, o problema da tua proposta é mesmo esse. Mas, sem um método de medir a produtividade é difícil ultrapassá-lo.


O método já existe, pois existem dados referentes à produtividade.

http://peprobe.com/peprobe-library/docu ... tivity.pdf

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por migluso » 12/7/2012 11:43

Zeb_PT Escreveu:Desculpem-me intrometer na vossa discussão, a produtividade depende da industria, negócio e mesmo departamento. Com se faz no privado (nos bons exemplos) é através de KPI's que depende do output que se está a pretender.
Um exemplo simples seria na loja do cidadão o numero de pessoas atendidas.


Exacto..

Quanto à questão de fundo, o ideal seria o aumento dos salários estar dependente da produtividade de cada unidade produtiva, isto é, cada hospital, cada escola, em último caso, cada pessoa.
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