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Caldeirão da Bolsa

Sabe quanto custa ao Estado uma perna partida?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por tava3 » 27/4/2012 13:59

Também já tinha ouvido dizer que o dinheiro não dá felicidade ou que é. :wink:
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por mcarvalho » 27/4/2012 13:52

permitam-me que cite Bocage... um louco da época.. um depravado... um bota de elástico.. um visionário ou... simplesmente um realista... tipo o miúdo que gritou .. contra toda a carneirada deslumbrada:

o REI VAI NÚ..


bem.. dizia então o nosso amigo Bocage ..



Um homem rico, outro pobre
Grave moléstia prostrou.
Qual deles morreu? O rico,
que mais remédios tomou.
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colesterol

por mcarvalho » 27/4/2012 9:28

1 comp/dia x 30 dias x 12meses x 30 ou 40 anos x milhões de pessoas...

negáocio ou preocupação .. ou ambas as coisas?

cump

mcarvalho

.........


Este estudo tem sido apoiado por varias "Escolas Medicas"europeias ! O colesterol parece deixar de ser o "papao"- e passa a ser considerado uma rendosa criacao da Industria Farmaceutica ! As normas alimentares aqui recomendadas estao a ter actualidade crescente ! Segue-as ..! O colesterol não é aquele inimigo que nos têm feito crer – 01/06/2011 Cirurgião cardíaco admite enorme erro!Por Dr. Lundell Dwight, MDNós os médicos com todos os nossos treinos, conhecimento e autoridade, muitas vezes adquirimos um ego bastante grande, que tende a tornar difícil admitirmos que estamos errados. Então, aqui está. Admito estar errado... Como cirurgião com uma experiência de 25 anos, tendo realizado mais de 5.000 cirurgias de coração aberto, hoje é a minha vez de corrigir o erro de muitos médicos, com este facto científico. Eu treinei muitos anos com outros médicos proeminentes, tidos como " opinion makers". Bombardeado com literatura científica, participando sempre em seminários de formação, com formuladores de opinião que insistiam que a doença cardíaca resulta do simples facto de haver níveis elevados de colesterol no sangue.A terapêutica aceite era a prescrição de medicamentos para baixar o colesterol e uma dieta severa restringido a ingestão de gordura. Por fim, insistindo que baixar o colesterol é baixar as doenças cardíacas. Qualquer recomendação diferente era considerada uma heresia e poderia possivelmente resultar em erros médicos.Ora, isto não está a funcionar! Estas recomendações não são cientificamente ou moralmente defensáveis. Assimilar a descoberta de há alguns anos, de que a inflamação na parede da artéria é a verdadeira causa da doença cardíaca é lenta, levando a uma mudança de paradigma na forma como as doenças cardíacas e outras doenças crónicas serão tratadas.As recomendações dietéticas estabelecidas há muito tempo têm criado uma epidemia de obesidade e diabetes, cujas consequências tornam pequena qualquer peste histórica, em termos de mortalidade, sofrimento humano e terríveis consequências económicas.Apesar do facto de 25% da população tomar medicamentos caros à base de estatina e apesar do facto de termos reduzido o teor de gordura da nossa dieta, vão morrer este ano mais americanos de doença cardíaca do que nunca. As estatísticas do American Heart Association, mostram que 75 milhões dos americanos sofrem, actualmente, de doenças cardíacas, 20 milhões têm diabetes e 57 milhões têm pré-diabetes. Estes transtornos estão a afectar pessoas cada vez mais jovens e em maior número todos os anos.Dito simplesmente: sem a presença de inflamação no corpo, não há nada que faça com que o colesterol se acumule nas paredes dos vasos sanguíneos e cause doenças cardíacas e derrames. Sem a inflamação, o colesterol movimenta-se livremente por todo o corpo como a natureza determina. É a inflamação que faz o colesterol ficar preso.A inflamação não é complicada - é simplesmente a defesa natural do corpo face a um invasor externo, tal como toxinas, bactérias ou vírus. O ciclo de inflamação é perfeito na forma como ela protege o corpo contra esses invasores virais e bacterianos. No entanto, se se expuser permanentemente o organismo à agressão por toxinas ou alimentos nocivos, os quais ele não foi projectado para processar, ocorre uma situação chamada inflamação crónica. A inflamação crónica é tão prejudicial quanto a inflamação aguda é benéfica.Que pessoa sensata se exporia repetida e voluntariamente a alimentos ou outras substâncias, conhecidas por causarem danos ao organismo? Bem, talvez os fumadores, mas pelo menos eles fizeram essa escolha conscientemente. O resto de nós simplesmente seguiu a dieta correntemente recomendada, baixa em gordura e rica em óleos poli-insaturados e hidratos de carbono, sem saber que estava causando danos repetidos aos vasos sanguíneos. Esta agressão repetida cria uma inflamação crónica que leva à doença cardíaca, diabetes, ataque cardíaco e obesidade. Deixem-me repetir isto. A lesão e a inflamação crónica nos nossos vasos sanguíneos é causada pela dieta de baixo teor de gordura recomendada durante anos pela medicina convencional.Quais são os maiores culpados da inflamação crónica? Simplesmente, a sobrecarga de carboidratos simples, altamente processados ​ ​(açúcar, farinha branca e todos os produtos fabricados a partir deles) e o excesso de consumo de óleos ómega-6 (vegetais como soja, milho e girassol), que se encontram em muitos alimentos processados.Imaginem esfregar uma escova dura repetidamente sobre a pele macia até que ela fique muito vermelha e quase a sangrar. Façam isto várias vezes ao dia, todos os dias, durante cinco anos. Se fosse possível tolerar esta dolorosa escovagem, teríamos um sangramento, inchaço e infecção dessa área, que ficaria pior a cada agressão repetida. Esta é uma boa maneira de visualizar o processo inflamatório que pode estar a acontecer no seu corpo neste momento.Independentemente de onde ocorre o processo inflamatório, externamente ou internamente, é a mesma coisa. Eu olhei para dentro de milhares e milhares de artérias. Nas artérias doentes, parece que alguém pegou numa escova e esfregou repetidamente contra a parede vascular. Várias vezes por dia, todos os dias, os alimentos que comemos criam pequenas lesões resultando em mais lesões, fazendo com que o corpo responda de forma contínua e adequada, com a inflamação.Enquanto saboreamos um tentador donut, o nosso corpo responde de forma alarmante, como se chegasse um invasor estrangeiro declarando guerra. Alimentos carregados de açúcares e hidratos de carbono, simples ou processados, ​ ​com óleos omega-6 para durarem mais nas prateleiras, foram a base da dieta americana durante seis décadas. Estes alimentos, lentamente, têm vindo a envenenar toda a gente.Como é que um simples donut cria uma cascata de inflamação fazendo-nos adoecer?Imagine que entorna melaço no seu teclado. Aí é possível visualizar o que ocorre dentro da célula. Quando consumimos hidratos de carbono simples, como o açúcar, o açúcar no sangue sobe rapidamente. Em resposta, o pâncreas segrega insulina, cuja principal finalidade é fazer com que o açúcar entre dentro da célula, onde é armazenado para energia. Se a célula estiver cheia e não precisar de glicose, o excesso é rejeitado para evitar que prejudique o trabalho.Quando as células cheias rejeitam a glicose extra, o açúcar do sangue sobe, produzindo mais insulina e a glicose converte-se em gordura armazenada.O que é que isto tudo tem a ver com a inflamação? O açúcar no sangue é controlado numa faixa muito estreita. Moléculas a mais de açúcar ligam-se a uma variedade de proteínas, que por sua vez lesam as paredes dos vasos sanguíneos. Estas repetidas lesões às paredes dos vasos sanguíneos desencadeiam a inflamação. Ao elevar o nível de açúcar no sangue várias vezes por dia, todos os dias, é exactamente como se esfregasse uma lixa no interior dos delicados vasos sanguíneos.Mesmo que não sejamos capazes de ver isto, pode ter a certeza de que está acontecendo. Eu vi, em mais de 5.000 pacientes que operei nos meus últimos 25 anos, que partilhavam um denominador comum - inflamação nas artérias.Voltemos ao donut. Esse apetitoso com aparência inocente, não só contém açúcares como também é frito num dos muitos óleos ómega-6, como o de soja. As batatas fritas e o peixe frito são embebidos em óleo de soja, os alimentos processados ​ ​são fabricados com óleos ómega-6, para alongar a sua vida útil. Enquanto o ómega-6 é essencial - e faz parte da membrana de cada célula, controlando o que entra e sai dela – ele deve estar em equilíbrio correcto com o ómega-3.Com o desequilíbrio provocado pelo consumo excessivo de ómega-6, a membrana celular passa a produzir substâncias químicas chamadas citoquinas, que causam inflamação. Actualmente, a dieta habitual do americano tem produzido um extremo desequilíbrio dessas duas gorduras (ómega-3 e ómega-6). A relação de zonas de desequilíbrio varia de 15:1 para um valor tão alto como 30:1, a favor dos ómega-6. Isto representa uma quantidade tremenda de citoquinas pró-inflamatórias. Na alimentação actual, o ideal e saudável seria uma proporção de 3:1.Para piorar a situação, o excesso de peso que você transporta por comer esses alimentos cria uma sobrecarga de gordura nas células que produzem grandes quantidades de substâncias químicas pró-inflamatórias, que se somam às lesões causadas pelo açúcar elevado no sangue. O processo, que começou com um donut, transforma-se num ciclo vicioso que ao longo do tempo cria a doença cardíaca, hipertensão arterial, diabetes e, finalmente, a doença de Alzheimer, visto que o processo inflamatório continua inabalável.Não há como escapar ao facto de que, quanto mais alimentos processados e preparados industrialmente consumirmos, mais caminharemos para a inflamação, pouco a pouco, dia a dia. O corpo humano não consegue processar, nem foi concebido para consumir os alimentos embalados, com açúcares e ensopados em óleos ómega-6.Há apenas uma resposta para acalmar a inflamação. É voltar aos alimentos mais próximos do seu estado natural. Para construir músculos, comer mais proteínas. Escolha hidratos de carbono muito complexos, como frutas e vegetais coloridos. Reduzir ou eliminar gorduras ómega-6, causadoras de inflamação, como o óleo de milho e de soja e os alimentos processados, ​ ​que são feitos a partir deles. Uma colher de sopa de óleo de milho contém 7,280 mg de ómega-6, o de soja contém 6,940 mg. Em vez disso, use azeite ou manteiga de animal alimentado com pastagem. As gorduras animais contêm menos de 20% de ómega-6 e são muito menos propensas a causar inflamação do que os óleos poli-insaturados rotulados como supostamente saudáveis. Esqueça a "ciência" que nos tem martelado a cabeça durante as últimas décadas. A ciência que diz que a gordura saturada, por si só, causa doença cardíaca é inexistente. A ciência que diz que a gordura saturada aumenta o colesterol no sangue também é muito fraca. Como agora sabemos que o colesterol não é a causa da doença cardíaca, a preocupação com a gordura saturada é ainda mais absurda hoje.A “teoria do colesterol” levou à nenhuma gordura, recomendações de baixo teor de gordura, que criaram os alimentos que agora estão causando uma epidemia de inflamação.A medicina tradicional cometeu um erro terrível quando aconselhou as pessoas a evitar a gordura saturada em favor de alimentos ricos em gorduras ómega-6. Agora, temos uma epidemia de inflamação arterial, levando a doenças cardíacas e a outros assassinos silenciosos.O melhor que você tem a fazer é escolher alimentos integrais, como os que a sua avó preparava (frutas, verduras, cereais, manteiga, banha de porco) e não aqueles que a sua mãe encontrou nos corredores de supermercado, cheios de alimentos industrializados. Eliminando alimentos inflamatórios e aderindo a nutrientes essenciais de produtos alimentares frescos e não-processados, você irá reverter anos de danos nas artérias e em todo o seu corpo, causados pelo consumo da dieta típica americana.O ideal é voltarmos aos alimentos naturais e muito trabalho físico (exercícios). [Nota do editor: o Dr. Dwight Lundell é ex-Chefe de Gabinete e Chefe de Cirurgia no Hospital do Coração Banner, Mesa, Arizona. Fez clínica privada no Cardiac Care Center, em Mesa, Arizona. Recentemente, o Dr. Lundell deixou a cirurgia para se concentrar no tratamento nutricional de doenças cardíacas. É o fundador da Fundação de Saúde Humana, que promove a saúde humana com foco na ajuda às grandes corporações de promoção do bem estar. É autor de "A Cura para a Doença Cardíaca e A Grande Mentira do Colesterol"
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por Automech » 27/4/2012 7:47

Lion_Heart Escreveu:E porque nao? Porque o Estado fornece a baixo custos e tem as melhores opçoes em todas estas vertentes.

Era tão bom aquele tempo em que tínhamos só a Portugal Telecom pública. O preço era bastante baixo e os serviços incluídos eram imensos.
Isto para não falar nos notários quando eram públicos, esse exemplo de eficiência e simpatia.

Tu agora parecia um comunista a falar Lion. Nem pareces alguém ligado aos mercados há tantos anos...
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por Lion_Heart » 27/4/2012 4:27

Este assunto assim como muito outros nao pode ser tratado de forma leve ou unicamente focada nos custos ou em quem os paga.

Como sabemos quem Governa e Manda neste País não são os Portugueses e muito menos o Estado , mas sim os grandes grupos economicos e alguma banca.

So assim podemos entender a proliferação de hospitais e clinicas privadas em concorrencia directa com o Estado mas que só podem sobreviver as custas deste.

Assim como a banca quer os limites nas pensoes para fazer mais uns ppr da treta.

Um médico em Portugal ganha tanto ou mais que um médico nos EUA , o que é uma aberração tendo em conta os salarios e o sistema de saude de um e outro País.

Alguem se lembra quando o Brasil Nacionalizou (cruz,credo,canhoto) algumas patentes de medicamentos (Ex. Sida) porque simplesmente eram demasiado caros?

Pois, os interesses de um País estão muitas vezes a frente do interesses das empresas e não o contrario como aqui acontece.

Portugal não deveria ter sistema de saude privado! A Suecia nao tem! Nao deveria ter farmacias privadas! A Suecia tb nao tem!

E porque nao? Porque o Estado fornece a baixo custos e tem as melhores opçoes em todas estas vertentes.
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por A330-300 » 26/4/2012 23:48

Economizar na saúde é outra vez acertar o Zé Povinho.

O que sai caro não é o tratamento em si , o que sai caro é as trafulhices que deve haver à grande na compra de remédios , administração de hospitais , obras superfaturadas , etc.

Cortem em despesas e mordomias do estado e já ninguém se vai queixar do preçço de uma perna partida.

Isso é que sai caro.

Eu pago um bom seguro de saúde , não uso o público ,mas mesmo assim acho que não se deve poupar para bem das pessoas. Ainda mais com os tempos que estamos a viver e com os que se avizinham.

A330
 
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por vitcosta » 26/4/2012 22:14

Atomez Escreveu:Tenho um familiar que sofre de fibrose quística. É uma doença genética -- portanto, já nasceu com ela, não fez rigorosamente nada para a ter -- é incurável e mortal a curto prazo se não for tratada.

Um dos tratamentos que faz é um fármaco que tem de tomar diariamente e custa 4000 € por mês. Sim, isso mesmo,e custa quatro mil euros por mês. O fabricante tem lucro zero, só é fabricado porque os serviços de saúde mundiais os obrigam a isso.


É pago a 100% pelo SNS. Se assim não fosse é óbvio que não o podia pagar e ficava condenado à morte...


Isto é um bom exemplo de como a saúde não pode ser tratada como um simples negócio, em que apenas o lucro conta...

Há pouco alguém me disse que o meu patrão esta na falência e como tal, devia não me queixar se por exemplo, perder os subsidios , a esses eu respondo que em 1 mês punha a minha empresa a dar lucro.. Não posso garantir era quantos " negocios" ficavam pelo caminho , diga-se "doentes"..
 
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por atomez » 26/4/2012 21:36

Tenho um familiar que sofre de fibrose quística. É uma doença genética -- portanto, já nasceu com ela, não fez rigorosamente nada para a ter -- é incurável e mortal a curto prazo se não for tratada.

Um dos tratamentos que faz é um fármaco que tem de tomar diariamente e custa 4000 € por mês. Sim, isso mesmo, custa quatro mil euros por mês. O fabricante tem lucro zero, só é fabricado porque os serviços de saúde mundiais os obrigam a isso.


É pago a 100% pelo SNS. Se assim não fosse é óbvio que não o podia pagar e ficava condenado à morte...
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por TheTraveler » 26/4/2012 21:07

mcarvalho Escreveu:Caro Traveller


não esperava essa de si

peço-lhe que releia o que escrevi


Como alguém disse: "Vivo como escrevo, depressa e com montes de erros." :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
E cada vez pior...
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por Lion_Heart » 26/4/2012 18:03

Há muito dinheiro a rolar para prestar cuidados de saúde
26 Abril 2012 | 12:00
Alexandra Machado - amachado@negocios.pt


Não é fácil dar um valor global para o sector da saúde. O que é mais revelado é a despesa nacional com a saúde, incluindo pública e privada, e que atinge os 16 mil milhões de euros. Mas há mais negócio para além disso.
A despesa de Portugal com a saúde atinge 16 mil milhões de euros, sendo cerca de 10 mil milhões de euros referentes ao sector público. É esta despesa que o Governo quer reduzir rapidamente e de forma relevante.

Os últimos dados para Portugal da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que na despesa da saúde, 68% é suportada pelo Estado e 25% já sai do bolso dos portugueses. 7% fica para outras entidades, como seguradoras, organização não governamentais, etc.

Não é fácil dar um valor global para este sector. No entanto, aos cuidados de saúde contabilizados em 8,9 mil milhões de euros pela Health Cluster Portugal, juntam-se os valores das farmácias, superior a três mil milhões de euros, os prémios de seguros superiores a 500 milhões de euros. Partes desagregadas que dão um bolo significativo.

E que se, por um lado se quer ver diminuído, no que se refere à componente pública, por outro pretende-se aumentar, para promover investigação e desenvolvimento e negócios inovadores em Portugal. É isso que tenta o Health Cluster Portugal, uma organização que agrega cerca de 100 intervenientes neste sector e que quer fomentar a criação ligada às ciências da vida. E se não for para vender cá, para exportar.

Para onde vai o dinheiro na saúde?


Cuidados de saúde: Público versus privado

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) dá prejuízo, mas gera negócios à sua volta. Os últimos dados referem proveitos neste sector de 9,6 mil milhões de euros (sendo cinco mil milhões referentes aos hospitais EPE), mas 8,8 mil milhões são financiados pelos impostos. Mas este valor não resulta em negócio. Muito vai para pagar pessoal. De acordo com um estudo do ISEG para o Health Cluster Portugal, os cuidados de saúde, referentes a um universo de 68 mil empresas, representam um volume de negócio um pouco abaixo dos nove mil milhões de euros. A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada reclama representar 105 hospitais e clínicas, com uma facturação próxima de mil milhões de euros. Só os cinco maiores grupos facturaram 958 milhões de euros.

Extensões da saúde: Custos para uns, receitas para outros

Os cuidados de saúde revestem-se de muitas componentes. Uma das formas de verificar os negócios ligados à saúde é ver os custos que o SNS regista com fornecimentos e serviços externos. Nos dados de 2010 totalizam quatro mil milhões de euros. De acordo com um relatório da ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde) foi facturado ao SNS por entidades contratualizadas 490 milhões de euros em meios complementares de diagnóstico e terapêutica. Segundo o INE os laboratórios de análises clínicas facturam 444 milhões de euros (ao público e privado). Já as actividades de enfermagem têm um negócio de 167 milhões de euros. As ambulâncias representam um volume de 27 milhões de euros.

Seguros: Mais pessoas mas ainda com pouco peso

Há mais pessoas com seguros de saúde. Em 2010 já eram mais de dois milhões de pessoas, ou seja, cerca de 20% dos portugueses têm seguro.

Estes utilizadores pagaram, em prémios, um total de 535 milhões de euros em prémios, um valor superior ao que tinha sido registado no ano anterior. De acordo com dados da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), a maior parte das despesas pagas pelas seguradoras está relacionada com ambulatório e internamento hospitalar. Do total das pessoas com seguros, mais de metade utilizou o seguro de saúde, o que as seguradoras designam de sinistros. Os custos com estes sinistros para as seguradoras atingiram, em 2010, um total de 400 milhões de euros. Na saúde privada, 10% das despesas provêem de pagamentos pelos seguros, sendo os restantes 90% pagos pelos utilizadores ou subsistemas como o dos bancários, EDP e PT.

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por Zeb_PT » 26/4/2012 17:09

Esses valores são baseados em controle de gestão, e englobam custos desde eletricidade até à senhora das limpezas pois essas facturas também têem de ser pagas. Num exercício rápido envolvendo uma consulta existem gastos como:
- Ordenado do médico.
- Material utilizado (desgaste, amortização ou mesmo utilização completa como por exemplo umas luvas esterilizadas)
- Eletricidade
- Sistemas informáticos (hardware, software e suporte)
- Gastos com recepção
- Limpeza
- ...

Uma boa comparação é olharmos realmente para o privado sem comparticipações ou seguros para responder à pergunta: "Quanto custa em média uma consulta?"
http://marketapprentice.wordpress.com

Para muito errar e muito mais aprender!

"who loses best will win in the end!" - Phantom of the Pits

Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
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por majomo » 26/4/2012 16:46

TheTraveler Escreveu:
tavaverquenao2 Escreveu:
TheTraveler Escreveu:E, já que há indignação com os valores, era suposto no preço da consulta estar só o valor de custo do tempo do médico?

Parece-me que seria mais lógico...e sério.
Eu já vi valores, pelo mesmo tempo de que falaram, de 120 euros!!!


tavaverquenao2 Escreveu:"Parece-me que seria mais lógico...e sério." ...O valor correspondente aos minutos de consulta para um preço à hora, seja qual for.


Desde que depois o paciente que tenha um problema grave e precise de uma consulta mais demorada pague a triplicar, porque não.

E, já agora, e para não haver discriminação e já que as coisas devem ser cobradas conforme o tempo gasto, porque não:
Quem mora mais longe da central, paga mais pela electricidade já que requer mais infraestruturas.
Idem pela água.
Idem pela gasolina em relação à distância para Sines.
Idem num restaurante para a distância entre a mesa e a cozinha. Café na primeira mesa a contar do balcão, 50 cêntimos, na mesa mais longe, 1€.
Etc, etc.
Ou só os médicos é que têm que cobrar conforme o tempo gasto e não por uma média.


Fale-se de médias... qual a média de consulta por hora?
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
-Devo usar STOP's
-A tendência é minha amiga
-Não posso transformar um lucro em perda
-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
-As ações podem subir/descer mais do que penso e mais rápido
-Cumprir as regras anteriores...
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por tava3 » 26/4/2012 14:48

TheTraveler, que raio de comparação é essa? No caso da edp, era o mesmo que eu pagar consumo o dia todo quando só consumi umas horas. :wink:
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por mcarvalho » 26/4/2012 14:44

Caro Traveller


não esperava essa de si

peço-lhe que releia o que escrevi

..

concerteza que tem havido evolução .. e a mais importante foi omo sabe " o simples gesto de lavar as mãos"

o que está em causa não é a ciencia .. mas o que se aproveitam dela sem em nada a beneficiarem

o que está em causa são os custos

dantes havia complicações .. hoje poderá haver menos.

mas os custos é que são exponenciais.. está a pagar a todos... desde o ministro, as funcionários até ..sei lá

só para tratar uma perna partida..


peço-lhe que analize por este prisma
Editado pela última vez por mcarvalho em 26/4/2012 14:49, num total de 1 vez.
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por vitcosta » 26/4/2012 14:42

Pagar conforme o tempo , tipo táxi, não é de certeza adequado a uma consulta médica...

Tudo parte do bom senso e de uma relação de confiança, que estão hoje em crise ...

Aplicar custos em saúde vai ser sempre complexo...


tavaverquenao2 Escreveu:"Parece-me que seria mais lógico...e sério." ...O valor correspondente aos minutos de consulta para um preço à hora, seja qual for.
 
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por TheTraveler » 26/4/2012 14:42

tavaverquenao2 Escreveu:
TheTraveler Escreveu:E, já que há indignação com os valores, era suposto no preço da consulta estar só o valor de custo do tempo do médico?

Parece-me que seria mais lógico...e sério.
Eu já vi valores, pelo mesmo tempo de que falaram, de 120 euros!!!


tavaverquenao2 Escreveu:"Parece-me que seria mais lógico...e sério." ...O valor correspondente aos minutos de consulta para um preço à hora, seja qual for.


Desde que depois o paciente que tenha um problema grave e precise de uma consulta mais demorada pague a triplicar, porque não.

E, já agora, e para não haver discriminação e já que as coisas devem ser cobradas conforme o tempo gasto, porque não:
Quem mora mais longe da central, paga mais pela electricidade já que requer mais infraestruturas.
Idem pela água.
Idem pela gasolina em relação à distância para Sines.
Idem num restaurante para a distância entre a mesa e a cozinha. Café na primeira mesa a contar do balcão, 50 cêntimos, na mesa mais longe, 1€.
Etc, etc.
Ou só os médicos é que têm que cobrar conforme o tempo gasto e não por uma média.
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por TheTraveler » 26/4/2012 14:34

mcarvalho Escreveu:há 100 anos era de borla...

quem tratava da perna partida .. era o endireita..

fazia o mesmo sózinho .. e não levava nada..


O risco de gangrena ou morte vinham como bónus. Mas ao menos era de borla. Sim, de borla. Que o endireita alimentava-se do ar e da luz.
Mas se o mcarvalho acha que aquilo era mesmo bom, pode poupar taxas moderadoras de hoje em dia ao se tratar com mézinhas caseiras, cházinhos e endireitas. É de borla, e parece que o efeito é o mesmo.
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por tava3 » 26/4/2012 14:33

"Parece-me que seria mais lógico...e sério." ...O valor correspondente aos minutos de consulta para um preço à hora, seja qual for.
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VitoCosta

por mcarvalho » 26/4/2012 14:29

oh oh

o que está em causa é o quanto custa ao ESTADO uma perna partida.. que não são 50 €



o médico leva o que quiser a quem lá quiser ir

como o advogado o trolha ou cangalheiro!!!

que hoje o dito endireita .. faça isso .. entrou no esquema.. a ver quem mais se aproveita da desgraça alheia..

e se não houver desgraça.. criam-na.. e uma cosma é pior.

e .. isto é evolução.. há 100 e há 40 anos não levava nada e eu conheci alguns.. cada um pagava o que podia.. conforme as posses e a satisfação
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por tava3 » 26/4/2012 14:27

TheTraveler Escreveu:E, já que há indignação com os valores, era suposto no preço da consulta estar só o valor de custo do tempo do médico?

Parece-me que seria mais lógico...e sério.
Eu já vi valores, pelo mesmo tempo de que falaram, de 120 euros!!!
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por vitcosta » 26/4/2012 14:20

mcarvalho Escreveu:
vitcosta Escreveu:
majomo Escreveu:A minha grande dúvida é o porquê dos serviços de saúde serem caríssimos...

Esses preços tabelados são difíceis de compreender... como justificar que uma simples consulta médica possa custar, preço mínimo, 50€?!!! :?


Não sei onde viu esse valor de 50€, mas estamos a falar de médias.

Estamos a pagar o consultório, a recepcionista a enfermeira que esta na sala de pensos, o trabalho do arquivo em enviar o processo, a informática a luz o ar condicionado, etc, etc tudo conta.

A mesma coisa com um dte internado custa em media 150 euros dia (sem qualquer exame)


`por isso a perna partida fica tão cara..

temos de pagar o ministro da saude... os secretários de estados..os hospitais.. os gestores os enfermeiros, os auxiliares.. os... os... etc..

há 100 anos era de borla...

quem tratava da perna partida .. era o endireita..

fazia o mesmo sózinho .. e não levava nada..

depois vieram os espertos, os ecomistas e todos os terminados em "istas " .. acabaram com eles e agora têm o monopólio"... aumentando exponencialmente os custos.. e .. tão preocupados estão com o dinheiro.. que operam a perna que está boa......



Não levava nada?? Não sei em que mundo andas... aqui pelo Norte ainda se ouvem histórias dessas, vão ao endireita e pagam :
- Ou o que querem (que por vergonha dão sempre bastante)

-ou pagam pelos produtos "ervas, chãs" às vezes centenas de euros.

Já ouvi muitos a dizerem que pagaram muito dinheiro, mas que "é muito bom , "esta sempre muita gente lá" "uma senhora entrou paralitica e saiu a andar"

mas se pagarem 50 euros a um médico , é um ladrão...

Portugal no seu melhor ...(são as chamadas medicinas alternativas)
 
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por mcarvalho » 26/4/2012 14:14

vitcosta Escreveu:
majomo Escreveu:A minha grande dúvida é o porquê dos serviços de saúde serem caríssimos...

Esses preços tabelados são difíceis de compreender... como justificar que uma simples consulta médica possa custar, preço mínimo, 50€?!!! :?


Não sei onde viu esse valor de 50€, mas estamos a falar de médias.

Estamos a pagar o consultório, a recepcionista a enfermeira que esta na sala de pensos, o trabalho do arquivo em enviar o processo, a informática a luz o ar condicionado, etc, etc tudo conta.

A mesma coisa com um dte internado custa em media 150 euros dia (sem qualquer exame)


`por isso a perna partida fica tão cara..

temos de pagar o ministro da saude... os secretários de estados..os hospitais.. os gestores os enfermeiros, os auxiliares.. os... os... etc..

há 100 anos era de borla...

quem tratava da perna partida .. era o endireita..

fazia o mesmo sózinho .. e não levava nada..

depois vieram os espertos, os ecomistas e todos os terminados em "istas " .. acabaram com eles e agora têm o monopólio"... aumentando exponencialmente os custos.. e .. tão preocupados estão com o dinheiro.. que operam a perna que está boa......
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por vitcosta » 26/4/2012 14:06

majomo Escreveu:A minha grande dúvida é o porquê dos serviços de saúde serem caríssimos...

Esses preços tabelados são difíceis de compreender... como justificar que uma simples consulta médica possa custar, preço mínimo, 50€?!!! :?


Não sei onde viu esse valor de 50€, mas estamos a falar de médias.

Estamos a pagar o consultório, a recepcionista a enfermeira que esta na sala de pensos, o trabalho do arquivo em enviar o processo, a informática a luz o ar condicionado, etc, etc tudo conta.

A mesma coisa com um dte internado custa em media 150 euros dia (sem qualquer exame)
 
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por TheTraveler » 26/4/2012 13:56

joaoventura Escreveu:
majomo Escreveu:A minha grande dúvida é o porquê dos serviços de saúde serem caríssimos...

Esses preços tabelados são difíceis de compreender... como justificar que uma simples consulta médica possa custar, preço mínimo, 50€?!!! :?


Ainda para mais o facto de nem demorar em muitos casos 10 minutos. Ou então o médico ganha cerca de 6h*50€ = 300€ por hora?! Há qualquer coisa nessas contas que não está certa.. :shock:


Já li e reli essa lista, e não vejo onde estão esses 50€ por consulta...

E, já que há indignação com os valores, era suposto no preço da consulta estar só o valor de custo do tempo do médico?
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por mcarvalho » 26/4/2012 13:48

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=553221

Metade do mundo nas mãos de 10 farmacêuticas
26 Abril 2012 | 00:01
Rui Neves - ruineves@negocios.pt
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A liderança do sector mantém-se nas mãos da gigante norte-americana Pfizer.
O negócio mundial de medicamentos vale 791,4 mil milhões de dólares (601,24 mil milhões de euros). De acordo com o relatório anual da Pharmaceutical Executive Magazine, relativo ao ano de 2010, uma dezena de multinacionais farmacêuticas, cinco europeias e outras tantas norte-americanas, controlam perto de metade deste mercado.

A liderança do sector mantém-se nas mãos da gigante norte-americana Pfizer, com sede em Nova Iorque, que fechou 2010 com vendas de 58,5 mil milhões de dólares (44,5 mil milhões de euros), mais 28,9% do que no ano anterior. Um desempenho sobretudo alimentado pela aquisição da Wyeth e que lhe dá uma quota mundial na ordem dos 8%.

Já a suíça Novartis ultrapassou a Sanofi-Aventis, garantindo o segundo lugar, com 42 mil milhões de dólares (31,9 mil milhões de euros), contra 40,3 mil milhões (30,6 mil milhões de euros) da multinacional francesa, que caiu para o terceiro lugar. E a norte-americana Merck saltou do 7.º para o 4.º lugar, com 39,8 mil milhões de dólares (30,2 mil milhões de euros).

............

em portugal emerge uma empresa que mexe em tudo e tenta imitar a Industria Farmaceutica..

A EDP
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