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Caldeirão da Bolsa

QE3 cada vez menos provavel ... >>>

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por m2010 » 17/7/2011 23:54

Caro Euroverde, deflação estagnação, double dip, depressão, RECESSÃO, vai ser o tema dos media no futuro.


Mais o desemprego...

Um abraço.
 
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por EuroVerde » 17/7/2011 23:47

Num país como o nosso que mal tem uns anos de crescimento vêm logo mirar "olha este já está a enriquecer demais para o meu gosto", é porque arrajam ou criam situações para se provocar uma crise mais ou menos durável.

Porque os EUA vão ajudar Grécia e Portugal não? a Clinton decide visitar Athenas porque sabe e olha para o futuro e médio oriente.

Segundo sei, na crise de 1929 a Fed não injectava dinheiro no sistema e também não havia austeridade. Agora o modelo actual é ircriando e emprestando dinheiro e ao mesmo tempo começar a pensar em austeridade na América. Alías, Obama já começa a falar mais em reduzir défice do que criar emprego.
Apesar disto tudo, há riscos de deflação e os credores da América não vão gostar de continuar a ver o dólar a depreciar para níveis que a curto prazo são impensaveis.
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por m2010 » 17/7/2011 23:46

Simples, ou talvez não.

Republicanos não queremaumento de impostos.

democratas não querem ceder nos gastos na "saúde para todos".

conclusão: Não se entendem, e a bolsa vai cair até ao fim do ano 30%.

E só aí fazem um acordo.

2- chegam a acordo, mas o monstro lá como cá é muito gastador. Logo osmercados vão sempre reagir em baixa.

Um abraço.
 
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por migluso » 17/7/2011 22:57

Nos outros países escandinavos houve recessão durante 2 ou 3 anos.

Foi quanto custou criar as bases de um modelo económico mais sustentável no longo prazo.

Eu não afirmei que austeridade provocava crescimento nos anos em que as medidas são tomadas.

Mas afirmo que é a única forma de um país corrigir desequilíbrios orçamentais e de dívida e simultaneamente criar as bases para um crescimento sustentável no futuro.
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por Pantone » 17/7/2011 21:58

Economics focus
Cut or loose
History suggests that austerity and growth just do not mix


... In only one of the cases considered — a period of Danish fiscal consolidation from 1983 to 1986 — did rising domestic demand lead an expansion. And Denmark in 1983 could scarcely be more different from America today. Its economy was stronger, growing at 4% per year when austerity began (compared with 1.9% in the first quarter for America). More important, Denmark had stratospheric interest rates. Consolidation succeeded in bringing long-term rates down from a peak of 23%. Durable-goods consumption and investment boomed. House prices rose by 60% from 1982 to 1986, raising household wealth and buoying confidence...

Original em http://www.economist.com/node/18956566
 
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por migluso » 17/7/2011 20:38

Muffin Escreveu:migluso, nem vou comentar a tua vontade de meter no lixo 50 anos de teoria económica ao reduzi-la a uma "fé".

Se pudesses dizer que "Keynesianos" defendiam a não redução dos gastos públicos no fim da segunda guerra, agradecia, por mera curiosidade.

Quanto ao exemplo que dás, a situação económica internacional dos anos 80/90 e a actual ñao são comparáveis para poderes generalizar da forma que o queres fazer (e.g. evoluçao da taxa de juro e evolução dos mercados exportadores).

Nas condições actuais, austeridade=depressão. Que Portugal não tenha outra alternativa, é outra questão.


Muffin, se formos por aí, diria que tu estás a meter no lixo 250 anos de teoria económica.

Eu falei em fé pois não há nenhum exemplo empírico de o que tu defendes ter resultado em desenvolvimento sustentável e de longo prazo, à excepção da 2.ª GGM

Paul Samuelson em 1943
The final conclusion to be drawn from our experience at the end of the last war is inescapable–were the war to end suddenly within the next 6 months, were we again planning to wind up our war effort in the greatest haste, to demobilize our armed forces, to liquidate price controls, to shift from astronomical deficits to even the large deficits of the thirties–then there would be ushered in the greatest period of unemployment and industrial dislocation which any economy has ever faced.

http://cafehayek.com/2011/07/keynes-vs-reality-2.html

A situação económica nos países escandinavos era em tudo idêntica à actual. Bolha imobiliária, seguida de crises financeira e económica.

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por Pantone » 17/7/2011 16:13

migluso, nem vou comentar a tua vontade de meter no lixo 50 anos de teoria económica ao reduzi-la a uma "fé".

Se pudesses dizer que "Keynesianos" defendiam a não redução dos gastos públicos no fim da segunda guerra, agradecia, por mera curiosidade.

Quanto ao exemplo que dás, a situação económica internacional dos anos 80/90 e a actual ñao são comparáveis para poderes generalizar da forma que o queres fazer (e.g. evoluçao da taxa de juro e evolução dos mercados exportadores).

Nas condições actuais, austeridade=depressão. Que Portugal não tenha outra alternativa, é outra questão.
 
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por migluso » 17/7/2011 10:03

Muffin Escreveu:
rubini Escreveu:De um ponto de vista de política propriamente dita, deveriam era preocupar-se mais com o desemprego do que com o défice. Fazer o contrário é contraproducente mas isso sou eu que digo, claro.


E também eu... :)
mas o que está na moda é o défice e austeridade. Os desempregados que procurem emprego e se não há, sempre se pode dizer que é um desemprego estrutural, e assim deixa de ser chatice, passa a ser um fado... :(


Há quem tenha fé que o aumento de gastos públicos, na medida em que aumentará a procura agregada, tenha um efeito positivo na criação de emprego.

A segunda guerra mundial provou que de facto em determinadas situações aquilo acontece. Este é o único período da história que os defensores de gastos públicos evocam para defender os seus argumentos.

Mas, imagine-se, o fim daquela guerra levou a uma redução significativa e abrupta dos gastos públicos, e ao contrário do que vários keynesianos defendiam na altura, a consequência foi.... "a era dourada do crescimento".

Muffin,
Já debatemos várias vezes este assunto. Infelizmente, constato que não deste qualquer importância à forma como os países escandinavos ultrapassaram a crise financeira e económica de finais de 80 e início de 90. Mas eu volto a lembrar-te. Foi com austeridade.

Rubini,
Disseste bem. É uma questão política e não económica. Os nossos políticos do pós 25 de Abril sempre adoptaram essa linha de pensamento. Estamos pela 3.ª vez a ser intervencionados.
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por Pantone » 17/7/2011 0:55

rubini Escreveu:De um ponto de vista de política propriamente dita, deveriam era preocupar-se mais com o desemprego do que com o défice. Fazer o contrário é contraproducente mas isso sou eu que digo, claro.


E também eu... :)
mas o que está na moda é o défice e austeridade. Os desempregados que procurem emprego e se não há, sempre se pode dizer que é um desemprego estrutural, e assim deixa de ser chatice, passa a ser um fado... :(
 
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por Pantone » 17/7/2011 0:52

rubini Escreveu:Se não fosse a Fed a comprar obrigações no mercado secundário, as yields estavam no tecto há muito tempo. Adivinhem o que acontece se eles deixarem de fazer isso agora.


Já o deixaram de fazer há duas semanas e pelas informaçoes disponíveis, as yelds têm vindo a baixar.

Como várias teorias avançadas para justificar a ausência de intervenção, e.g. hiperinflação, também essa não tem confirmação na realidade em que vivemos.
 
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por rubini » 16/7/2011 22:09

A economia norte-americana está ligada ao suporte básico de vida há 2 anos. É uma espécie de MySpace. Eliminar o QE seria equivalente a desligar a ficha da tomada.

Discutir se o QE é bom ou mau é útil e produtivo, mas a pergunta é se ele vai existir ou não. E eu acho que vai mesmo. Seja lá o que eles vão fazer, eles vão fazê-lo. Acham que o Obama, o Geitner e o Bernanke são burros ou andam nisto há 2 dias? A bolsa não reflecte os fundamentais da Economia, está inflaccionada pela emissão de moeda e de um crescimento falso, mas eles vão pontapear mais um bocado para a frente. Chama-se "ganhar tempo", e enquanto isso fazem outras políticas..

Se não fosse a Fed a comprar obrigações no mercado secundário, as yields estavam no tecto há muito tempo. Adivinhem o que acontece se eles deixarem de fazer isso agora.

De um ponto de vista de política propriamente dita, deveriam era preocupar-se mais com o desemprego do que com o défice. Fazer o contrário é contraproducente mas isso sou eu que digo, claro.
 
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por Pantone » 16/7/2011 21:18

migluso Escreveu:
Muffin Escreveu:Sim, o Governo conseguiu passar um insuficiente estímulo orçamental (o aumento de alguns pacotes do governo federal foram, em parte, para compensar os cortes orçamentais de diversos Estados) e quanto aos déficits a maior parte são derivados dos mecanismos automáticos e/ou vêm alinhados no aumento de gastos dos governos Bush (Nos tempos de Bill Clinton os EUA tinham um superávit).

O problema do déficit americano não tem a ver com estímulos, tem a ver por exemplo com uma política de baixos impostos e um aparelho militar que todos conhecemos.

A crise de 2008 veio agravar o problema em face da descida dos impostos colectados (por desaceleração da economia) e do aumento das despesas de carácter social.

Afirmar que o déficit americano foi provocado por estímulos, ou gastos do Estado que não vinham desde antes da crise, não é correcto.


Tens razão em muito do que dizes, mas no fim afirmares que mais de 1 trilião em estímulos não tem impacto no défice é, como dizer, tipicamente krugmaniano.


migluso, em lado nenhum afirmei que "mais de 1 trilião em estímulos não tem impacto no défice".

Essa do trilião é aliás um bom exemplo de uma frase retirada de contexto para servir de soundbite.

Com meu conhecimento, o plano de estímulos economico Americano foi de 838.000 milhões de dólares, e foi implementado há mais de dois anos.
 
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por migluso » 16/7/2011 19:31

Muffin Escreveu:Sim, o Governo conseguiu passar um insuficiente estímulo orçamental (o aumento de alguns pacotes do governo federal foram, em parte, para compensar os cortes orçamentais de diversos Estados) e quanto aos déficits a maior parte são derivados dos mecanismos automáticos e/ou vêm alinhados no aumento de gastos dos governos Bush (Nos tempos de Bill Clinton os EUA tinham um superávit).

O problema do déficit americano não tem a ver com estímulos, tem a ver por exemplo com uma política de baixos impostos e um aparelho militar que todos conhecemos.

A crise de 2008 veio agravar o problema em face da descida dos impostos colectados (por desaceleração da economia) e do aumento das despesas de carácter social.

Afirmar que o déficit americano foi provocado por estímulos, ou gastos do Estado que não vinham desde antes da crise, não é correcto.


Tens razão em muito do que dizes, mas no fim afirmares que mais de 1 trilião em estímulos não tem impacto no défice é, como dizer, tipicamente krugmaniano.
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por migluso » 16/7/2011 19:12

Muffin Escreveu:migluso, não que tenha grande interesse, o que Friedman faria ou não faria só ele poderia responder.

De qualquer forma aqui fica um trecho de uma entrevista de 2000.

http://macromarketmusings.blogspot.com/ ... -have.html


Esse link não prova nada.
Os links com os gráficos da evolução da M2 que postei atrás são muito claros.
No Japão a autoridade monetária fez o que passo a citar do teu link:

In 1989, the Bank of Japan stepped on the brakes very hard and brought money supply down to negative rates for a while. The stock market broke. The economy went into a recession, and it’s been in a state of quasi recession ever since. Monetary growth has been too low.


Não é que me interesse muito por modelos matemáticos, mas recomendo que leias o texto no seguinte link, onde se pretende provar que, segundo a regra de Taylor, o QE II não deveria ter existido e, portanto, muito menos um terceiro se recomendará para o futuro.

http://www.econbrowser.com/archives/201 ... ut_10.html

Já agora, e vale o que vale, experimenta calcular a taxa de juro que Portugal deveria ter caso a autoridade monetária adoptasse a fórmula de Taylor ou mesmo a sua variante apresentada no texto.
Depois diz-me se 1,5% é muito alta, dadas a inflação e o output gap do país.

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por Pantone » 15/7/2011 13:47

migluso Escreveu:Mais, o governo também fez exactamente o que os keynesianos também defendem, ou seja, fortes estímulos orçamentais, que estão bem expressos nos défices anuais superiores a 1 trilião de dólares.
Para alguns nunca é demais. Quem pensa que não há limites acaba por morrer de overdose.


Sim, o Governo conseguiu passar um insuficiente estímulo orçamental (o aumento de alguns pacotes do governo federal foram, em parte, para compensar os cortes orçamentais de diversos Estados) e quanto aos déficits a maior parte são derivados dos mecanismos automáticos e/ou vêm alinhados no aumento de gastos dos governos Bush (Nos tempos de Bill Clinton os EUA tinham um superávit).

O problema do déficit americano não tem a ver com estímulos, tem a ver por exemplo com uma política de baixos impostos e um aparelho militar que todos conhecemos.

A crise de 2008 veio agravar o problema em face da descida dos impostos colectados (por desaceleração da economia) e do aumento das despesas de carácter social.

Afirmar que o déficit americano foi provocado por estímulos, ou gastos do Estado que não vinham desde antes da crise, não é correcto.
 
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por Pantone » 15/7/2011 13:36

migluso, não que tenha grande interesse, o que Friedman faria ou não faria só ele poderia responder.

De qualquer forma aqui fica um trecho de uma entrevista de 2000.

http://macromarketmusings.blogspot.com/ ... -have.html
 
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por migluso » 15/7/2011 12:04

Nem por acaso, mais teorias da conspiração:

The AAA bubble re-inflates and suddenly sovereign debt becomes the major force driving the world’s triple-A supply.

Where ABS dissipated, sovereign debt stood in to fill the gap. And more.

It’s one reason why the sovereign crisis is well and truly painful.

It’s a global repricing of risk, again, but one that has the potential for a much larger pop, so to speak.


http://ftalphaville.ft.com/blog/2011/07 ... dcontent=1
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por andre_ferreira » 15/7/2011 11:24

grafico
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por migluso » 15/7/2011 10:05

Muffin Escreveu:
migluso Escreveu:Quanto ao Milton Friedman, tu por acaso vês actualmente algum problema de liquidez que exija que a fed inunde o mercado com dólares?



Quanto à frase citada neste post, a resposta é negativa, evidentemente. Repito-me:
"Quem não interiorizar que vivemos uma situação de excepção (há já três anos!), em que o juro está a 0% e as políticas monetárias convencionais, simplesmente não funcionam, não perceberá o mundo em que vivemos, e repetirá os mesmo erros do passado. "


Dizes que a tua resposta à minha pergunta é negativa, isto é, que não vês nenhum problema de liquidez, mas a seguir defendes outro programa de estímulo monetário deixando implícito que seria isso que Milton Friedman faria.

Sou de opinião contrária.

In this view, the Federal Reserve, by not acting, allowed the money supply as measured by the M2 to shrink by one-third from 1929–1933, thereby transforming a normal recession into the Great Depression. Friedman argued that the downward turn in the economy, starting with the stock market crash, would have been just another recession


http://en.wikipedia.org/wiki/Great_Depression

Aqui está a prova que a Fed fez exactamente o que os monetaristas defendem.

http://research.stlouisfed.org/fred2/series/M2
http://allamericaninvestor.blogspot.com ... graph.html (repara que a oferta de dinheiro nunca chegou a decrescer, apenas cresceu mais devagar)
http://www.clevelandfed.org/research/da ... /index.cfm (apoio às instituições financeiros)

Mais, o governo também fez exactamente o que os keynesianos também defendem, ou seja, fortes estímulos orçamentais, que estão bem expressos nos défices anuais superiores a 1 trilião de dólares.

Para alguns nunca é demais. Quem pensa que não há limites acaba por morrer de overdose.
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por Pantone » 15/7/2011 10:03

migluso Escreveu:O programa QE2 acabou mas a fed continua a reinvestir o principal, ou seja, o stock de dívida (EDIT - para que não confundas, refiro-me às obrigações do Estado) no balanço da fed mantém-se.


Correcto, tornando assim neutral a política seguida pelo FED.

April 27, 2011, 2:46 p.m. EDT
Fed to maintain balance sheet after QE2 endStories
By Steve Goldstein WASHINGTON (MarketWatch)

Federal Reserve Chairman Ben Bernanke said the Federal Reserve would continue to maintain its balance sheet by reinvesting proceeds of maturing mortgage-backed and Treasury securities once the bond-buying program ends in June. He said that to stop reinvesting proceeds would be an early, tightening step. "We therefore have to make that decision based on the outlook, based on our view of how sustainable the recovery is and what the condition, the situation is with respect to inflation," Bernanke said.
 
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por Pantone » 15/7/2011 9:47

cmcf_CALD Escreveu:DJ EUA: Negociações Dívida Sem Acordo, Líderes Tentam Plano B

WASHINGTON (DJ Bolsa)- As negociações sobre o deficit terminaram na quinta-feira sem um acordo, com os líderes a olharem agora para o plano de recurso apresentado no início da semana pelo senador Mitch McConnell (R., Ky.)... ...A reunião de quinta-feira foi mais curta do que as sessões anteriores e a reunião foi descrita como tendo sido mais calma.

(Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.)

Produzido para a Dow Jones Newswires pela Webtexto (+351 217 786 468) (BLC)


Ou como um tópico sobre o QE3 deriva para a discussão sobre a aprovação dos límites da dívida americana. ;)
 
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por cmcf_CALD » 15/7/2011 8:55

DJ EUA: Negociações Dívida Sem Acordo, Líderes Tentam Plano B

WASHINGTON (DJ Bolsa)- As negociações sobre o deficit terminaram na quinta-feira sem um acordo, com os líderes a olharem agora para o plano de recurso apresentado no início da semana pelo senador Mitch McConnell (R., Ky.).

Os líderes envolvidos nas negociações, que decorreram pelo quinto dia consecutivo na Casa Branca, disseram que podem fazer uma pequena pausa nas negociações e marcar reuniões para discutir com os seus partidos o que se vai seguir. Os líderes do Congresso preveem reunir-se com os seus afiliados esta sexta-feira. Entretanto, a Casa Branca disse que o Presidente Barack Obama, que continua a pressionar para que haja um acordo alargado sobre o orçamento, vai realizar uma nova conferência de imprensa.

Com estas negociações, as partes estão a tentar chegar a acordo sobre o corte do deficit e aumentar o limite de endividamento do governo. Nestas negociações, Obama disse que a sua preferência continua a recair sobre um grande acordo, segundo um alto responsável da Casa Branca - apesar de o presidente da Câmara dos Representantes John Boehner (R., Ohio) ter excluido um acordo de $4 biliões ($4 trilhões) porque isso envolveria um aumento das receitas de impostos. "Eu quero alcançar um acordo o mais abrangente possível", disse Obama, segundo a referida fonte.

Obama reiterou que não vai assinar uma solução de curto prazo para o problema, disse o responsável da Casa Branca. Disse também que um acordo com cortes na ordem dos $2 biliões ($2 trilhões) também é possível se ambos os lados cederem um pouco, segundo refere a fonte. Acrescentou também que uma terceira opção é ser menos ambicioso no deficit, ao mesmo tempo que se mantém o aumento do teto da dívida.

Um mix de opções ainda está sobre a mesa e o calendário apertado está a colocar mais foco sobre o plano de McConnell de aumentar o limite de empréstimos em $2,5 biliões ($2,5 trilhões) até ao final de 2012 em três passos autónomos.

No âmbito do plano de McConnelln, haveria um aumento inicial de $700 mil milhões ($700 bilhões) seguindo-se dois aumentos adicionais de $900 mil milhões ($900 bilhões) nos últimos meses. Os votos seriam procedimentalmente estruturados de forma a os republicanos, e mesmo os democratas que estejam em campanha para a reeleição, possam votar relativamente ao aumento do teto da dívida sem bloquear um aumento do limite da dívida.

Os líderes do Congresso começaram a olhar para este plano como uma possibilidade, apesar de não ser a solução ideal.

O Congresso tem de aumentar o limite de empréstimos de $14,29 biliões ($14,29 trilhões) até 2 de agosto ou os EUA podem não ter receita suficiente para cumprir com as suas obrigações. O Tesouro já está a usar manobras financeiras para manter os seus compromissos, mas diz que vai ficar sem alternativas a não ser que possa recorrer a mais empréstimos.

Mas os republicanos e os democratas estão num impasse quanto aos termos de um aumento do limite de empréstimos. Os republicanos que controlam a Casa dos Representantes dos EUA, querem cortes significativos da despesa em troca do seu apoio, mas não são favoráveis ao aumento de impostos. Muitos democratas, que controlam o Senado dos EUA, querem aumentar o teto da dívida sem quaisquer condições associadas, mas estão de acordo com o corte na despesa desde que o Congresso admita um aumento das receitas de impostos, tais como a eliminação das isenções fiscais para certos setores da indústria como a indústria petrolífera.

A reunião de quinta-feira foi mais curta do que as sessões anteriores e a reunião foi descrita como tendo sido mais calma.

(Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.)

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por Pantone » 15/7/2011 8:34

EuroVerde Escreveu:Este é um tópico bastante contributivo! 8-)

Há sempre a possibilidade de crescimento economico, aumento do PIB, criação de riqueza para pagar a astronomica dívida?

Se um país A tem 10 e deve 20, e com os 10 gera 3, então em pouco mais de 6 anos paga a divida.

Se um país B tem 10 e deve 9, e com os 10 que tem gerar 1 ou pouco mais, então demorará em principio 9 anos, mais do que o país A na suas obrigações.

Portanto um país estar mais endividado que outro pode não significar nada relativamente à sua capacidade de honrar suas obrigações. :evil:


Euroverde, exacto. São dois conceitos paralelos, o nível da Dívida e o crescimento da dívida.

Os últimos ataques à Italia e Espanha por exemplo, não estiveram ligados com o nível, mas com o fraco crescimento previsto.

Se a dívida crescer a 3% mas a economia crescer a 5% o nível da dívida (medida em função do PIB) irá gradualmente ir decrescendo.

Para além de que numa situação de crise o Estado recauda menos receitas e tem mais despesas. É normal a dívida aumentar em situações de crise, e diminuir em alturas de expansão.

O problema é quando não se vislumbra expansão...
 
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por Pantone » 15/7/2011 8:25

migluso Escreveu:Quanto ao Milton Friedman, tu por acaso vês actualmente algum problema de liquidez que exija que a fed inunde o mercado com dólares?


Migluso, estava a responder a três posts anteriores. A ti respondia-te no parágrafo dos glutões. ;) O que vem antes, como referes, não se aplica a nada que tenhas dito. Peguei no teu texto mas devia ter cortado a 1ª parte, com as devidas desculpas :)

Quanto à frase citada neste post, a resposta é negativa, evidentemente. Repito-me:
"Quem não interiorizar que vivemos uma situação de excepção (há já três anos!), em que o juro está a 0% e as políticas monetárias convencionais, simplesmente não funcionam, não perceberá o mundo em que vivemos, e repetirá os mesmo erros do passado. "
Editado pela última vez por Visitante em 15/7/2011 8:35, num total de 1 vez.
 
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por migluso » 15/7/2011 1:00

Quanto ao Milton Friedman, tu por acaso vês actualmente algum problema de liquidez que exija que a fed inunde o mercado com dólares?
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