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Caldeirão da Bolsa

OFF Topic: Vem aí o FMI. O meu dinheiro está seguro?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por aefernandes » 11/4/2011 10:59

A-330 Escreveu:Olá aefernandes,

Quando o FMI entra em um país , ele impõe um pacote de austeridade que tem necessariamente que ser aprovado pelo parlamento sim ou sim , correto?

Outra pergunta.Pode o FMI impor e ou costuma impor medidas de austeridade que inclua também classe política que viva com luxos de monarquia? Refiro-me a carros , cartões , 300 acessores , etc ?

Fica uma equipe deles a monitorar constantemente o que estamos a fazer e a ver onde pode haver mais cortes(na despesa pública),já que se devem passar coisas aqui que nem lhes passa pela cabeça?

A330


Deve de ser assim:
Manter tudo de bom e de melhor para esses...classe política...e lixar ainda mais os que já quase nada tem.

Os técnicos do FMI, da Comissão Europeia e do BCE aterram já esta terça-feira em Lisboa, para fazerem uma análise da situação, sendo que as negociações políticas, propriamente ditas, só começam a 18 de Abril, ou seja, daqui a uma semana.
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por A330-300 » 10/4/2011 3:19

Olá aefernandes,

Quando o FMI entra em um país , ele impõe um pacote de austeridade que tem necessariamente que ser aprovado pelo parlamento sim ou sim , correto?

Outra pergunta.Pode o FMI impor e ou costuma impor medidas de austeridade que inclua também classe política que viva com luxos de monarquia? Refiro-me a carros , cartões , 300 acessores , etc ?

Fica uma equipe deles a monitorar constantemente o que estamos a fazer e a ver onde pode haver mais cortes(na despesa pública),já que se devem passar coisas aqui que nem lhes passa pela cabeça?

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FMI fornecerá ajuda a Portugal antes da UE

por aefernandes » 9/4/2011 18:34

O ministro das Finanças britânico, George Osborne, afirmou esta sexta-feira que o Reino Unido participará no resgate a Portugal, mas que o Fundo Monetário Internacional (FMI) fornecerá um primeiro pacote antes da entrada de «qualquer dinheiro europeu».

Citado pela Bloomberg, George Osborne sublinhou ainda que «ao contrário do caso da Irlanda», o Reino Unido não irá fazer um empréstimo bilateral a Portugal, isto é, «o dinheiro dos contribuintes britânicos não será emprestado directamente a Portugal».

...
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Alemanha: «Portugal está a fazer o seu melhor»

por aefernandes » 9/4/2011 18:30

O Presidente alemão defendeu este Sábado a cooperação europeia, considerando que nenhum país deve apontar o dedo a outro sem olhar para dentro da própria «casa» e sublinhando que «Portugal está a fazer o seu melhor».

«Temos de dar e receber», sublinhou o Presidente da Alemanha, Christian Wulff, durante a conferência de imprensa realizada no final do encontro do Grupo de Arraiolos, que juntou durante dois dias em Budapeste os nove chefes de Estado da União Europeia sem poderes executivos.

...
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html

Em jeito de elogio, o presidente alemão referiu-se especificamente à situação que Portugal atravessa, frisando que o país «está a fazer o seu melhor».
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UE já usou «muita imaginação» com Portugal

por aefernandes » 9/4/2011 18:28

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, afirmou este Sábado que chegou a hora de Portugal se concentrar no acordo que terá de ser aprovado pelos ministros das finanças da União Europeia e garante que a Comissão Europeia já demonstrou imaginação suficiente para lidar com a crise portuguesa.

«Nós já mostrámos bastante imaginação e, especialmente responsabilidade, na forma de ultrapassar as dificuldades económicas de Portugal», disse Rehn.

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...«muitos problemas»

por aefernandes » 9/4/2011 18:27

A resistência de Portugal a pedir ajuda financeira mais cedo criou «incerteza e muitos problemas» para a Europa, disse este Sábado o ministro das Finanças sueco.

Anders Borg falava aos jornalistas à margem da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, no palácio de Godollo, arredores de Budapeste.

«Olhem para Espanha, Grécia, Irlanda e outros países que foram empurrados para taxas de juro mais altas devido ao facto de ter havido um bloqueio político em Lisboa», afirmou.
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vem-não-vem do FMI

por aefernandes » 8/4/2011 15:53

O que se passou com o vem-não-vem do Fundo Monetário Internacional (FMI) é um bom exemplo de como se faz política em Portugal.

Durante meses, José Sócrates (e a sua "entourage" próxima) jurou que não governaria com o FMI. Pelo caminho, diabolizou (literalmente) a instituição. Porque, supostamente, o FMI tem um receituário de consequências terríveis para o País: austeridade levada ao extremo, cortes a direito, perda de credibilidade do País, etc.

De tanto insistir nesta cruzada, Sócrates conseguiu que se começasse a questionar sobre o beco sem saída em que o País se meteria se recorresse ao fundo. E nem sequer as palavras sensatas de Mário Soares, que teve a espinhosa missão de chefiar dois Governos onde, com a ajuda do Fundo, corrigiu os desequilíbrios do País, chegaram para trazer moderação à discussão política.

problema é que o primeiro-ministro foi obrigado a engolir o que disse, recorrendo mesmo a ajuda externa (União Europeia e FMI). E com isso criou um problema extra: quem o ouviu até agora vai ficar a pensar: "Então se o Fundo é assim tão mau, por que recorreu a eles?". Mais: o cidadão comum vai pensar que os problemas, com o FMI, em vez melhorar... vão piorar. Como convencê-lo, depois de tanta retórica disparatada, que o País fica melhor com ajuda externa (os bancos voltam a ter financiamento, o Estado não interrompe salários e pagamentos, as empresas voltam a contar com linhas de crédito, os particulares têm os seus depósitos seguros nos bancos...)? É graças a comportamentos destes que os cidadãos têm cada vez menos respeito pelos políticos.

Camilo Lourenço
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=478473
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Banca recebe «dotação específica»

por aefernandes » 8/4/2011 15:41

Não é só o Estado que vai ser socorrido; a banca também vai ser ajudada. Da verba total disponibilizada a Portugal, os bancos vão receber uma «dotação específica». Tudo em prol estabilização financeira e medidas adicionais para manter a liquidez e solvência do sector financeiro.

«É muito possível, de facto é mesmo certo, que terá de haver uma dotação específica para a estabilização financeira e medidas adicionais para manter a liquidez e solvência do sector financeiro e sector bancário». «Isto é uma questão que tem de ser definida no processo de negociação».

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fin ... -1729.html
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De quanto dinheiro vai precisar Portugal?

por aefernandes » 8/4/2011 15:40

Olli Rehn disse que «nesta fase, as estimativas são muito, muito provisórias» e, embora seja prematuro apontar um montante exacto da ajuda (que só será determinado depois de uma análise exaustiva da situação do país) avançou com um valor provavelmente «na ordem dos 80 mil milhões de euros».

Para além de arriscar este montante, o comissário europeu arriscou então um prazo para a extensão do programa: «Estamos a falar de um programa multianual, muito provavelmente um programa de três anos».
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Três anos ao colo do FMI

por aefernandes » 8/4/2011 15:39

A ajuda prolongar-se-á, à partida, por três anos - e hoje o ministro das Finanças admitiu que Portugal precisa de auxílio «não por meia dúzia de meses», mas por um período «mais alargado», como de resto, parece que vai acontecer.
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E já há datas definidas:

por aefernandes » 8/4/2011 15:38

O novo pacote de austeridade deverá estar concluído em meados de Maio e ser implementado pelo Governo saído das eleições do dia 5 de Junho.

«O nosso objectivo é concluirmos [aprovar a ajuda] no Ecofin de meados de Maio [dias 16 e 17]», explicou o comissário europeu para os Assuntos Económicos. A primeira tranche deverá chegar 10 dias depois, ou seja, ainda no mês que vem.

«Este calendário é suficiente para cobrir as necessidades financeiras de Portugal», defendeu Olli Rehn, citado pela Lusa.
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por migueljat » 8/4/2011 15:22

Excelente compilação

Obrigado

cumps
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BCE:

por aefernandes » 8/4/2011 14:03

Ajudar Portugal é «trabalho duro» que começa já
Jean-Claude Trichet falou no final da conferência após a reunião do ministros das Finanças da Zona Euro

O processo de assistência financeira a Portugal implica um «trabalho duro» que vai começar de imediato, disse esta sexta-feira o presidente do Banco Central Europeu (BCE), que alertou para a necessidade de o país proceder também a profundas reformas estruturais.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de ministros das Finanças da Zona Euro, e alargada aos ministros dos restantes 10 países da União Europeia, na qual foi formalmente lançado o processo de ajuda a Portugal, Jean-Claude Trichet advertiu que é necessário agora negociar «um programa ambicioso» que contemple não só «um ambicioso ajustamento orçamental», mas também «reformas estruturais que são essenciais».

«Há trabalho duro a começar de imediato», disse Trichet citado pela Lusa.

O programa de ajuda a Portugal atingirá, provavelmente, os 80 mil milhões de euros e poderá abranger um período de três anos, estimou também hoje em Godollo, Hungria, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn. Grande parte desse valor destina-se para apoiar a banca.

O Comissário Europeu dos Assuntos Económicos e Monetários indicou também no final da reunião da Zona Euro que os trabalhos que vão levar à aprovação da assistência financeira a Portugal deverão terminar em meados de Maio.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html
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UE quer ambicioso programa de privatizações

por aefernandes » 8/4/2011 13:48

A Comissão Europeia quer que Portugal preveja um ambicioso programa de privatizações, no novo programa económico que terá de ser negociado com a União Europeia e com o FMI.

Presidente da CGD contra a privatização do banco

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/emp ... -1728.html
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... É perigoso ter dinheiro no banco?

por aefernandes » 8/4/2011 13:28

Hoje, a 8 de Abril de 2011 podemos dizer que é mais seguro ter o dinheiro no banco em Portugal do que era em 5 de Abril, antes de o Governo português ter ido pedir apoio financeiro aos seus pares europeus. O risco de falência imediata foi afastado. Quanto ao futuro, veremos. Muito dependerá dos termos do acordo que concessão de crédito que firmarmos e outra parte não menos importante dependerá do que conseguirmos fazer em termos de trabalho de casa. Mas para já e olhando até para a experiência passada dos outros países que tiveram de passar pelo mesmo, falar de uma corrida aos bancos é um disparate com a agravante de ter o perígo próprio de qualquer movimento brusco de multidões. Todos se lixam, literalmente. Vamos ter tempos complicados pela frente, mas parte da complicação justifica-se precisamente porque comprámos a garantia de que vamos ter arcaboiço para cumprir com as nossas responsabilidade fundamentais. Essa é uma parte boa do ajuda externa, perante o cenário que se estava a criar. Esperemos que haja outras.

Quanto ao que fazer com o seu dinheiro? A melhor protecção que pode arranjar é o conhecimento. Procure conhecer melhor como funcionam as finanças, os diversos produtos disponíveis, quais os principais riscos, cautelas a ter e, claro, quais os seus direitos. Pergunte, pergunte, pergunte! E comprove sempre que possível que não está a ser enganado. Conheça as vantagens da diversificação informada – como é que é o provérbio sobre pôr os ovos todos no mesmo cesto?

Demore o seu tempo e se se arrepender de algum investimento não hesite em exercer o seu direito de denúncia do contrato. Há sempre um período de reflexão para o arrependimento.

Estar informado foi, é e será sempre a melhor protecção para reduzir o risco a que sujeita o seu capital seja ele escasso ou avultado. É tembém uma excelente forma de exercer a cidadania, dar crédito ao “eu” político que há em todos nós.

Bons negócios e um excelente fim-de-semana!
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É perigoso ter dinheiro no banco?

por aefernandes » 8/4/2011 13:26

Há perguntas perigosas… Mas por vezes é ainda mais perigoso não lhes dar resposta, articularmente num país onde a iliteracia financeira impera e num tempo propício aos piores oportunísmos! E têm andado muitos pergunta de pré-pânico no ar, provavelmente devido às ameaças de insolvência do Estado e dos Bancos materializadas pelas dificuldades de acesso ao crédito, pelas notícias de salários em risco de não serem pagos, por aquela coisa dos ratings que estão sempre a descer, por só se falar de Portugal “lá fora”, etc. Talvez se devam também a uma concepção errada de que um depósito a prazo ou um certificado de poupança do Estado fossem “activos sem risco”. Não há, nem nunca houve activos sem risco. Há é activos com riscos muito diferentes, mas este nunca é nulo. Tendo dito isto, vamos à questão. Ontem mesmo o Banco de Portugal deu mais um passo para reforçar as garantias de robustez da banca nacional ao estabelecer particulares obrigações de capital colocando a banca nacional a respeitar níveis de exigência em nada inferiores aos dos nossos parceiros.

...
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Técnicos do FMI vão contactar oposição

por aefernandes » 8/4/2011 13:22

Uma missão de técnicos da Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) deverá deslocar-se a Lisboa nos próximos dias para negociar o programa de ajustamento económico.

Aí «terei oportunidade de expor e ouvir sugestões, começando a fazer o trabalho de preparação dos pormenores técnicos quanto aos termos, montantes, prazos, etc», declarou ainda Teixeira dos Santos.

Em Lisboa, os técnicos «vão ter contactos com os partidos políticos», garantiu ainda o porta-voz de Bruxelas. «O que é essencial aqui é que os partidos políticos também falem entre eles». É «também um exercício político com uma dimensão interna».

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«Vamos precisar de ajuda durante muito tempo»

por aefernandes » 8/4/2011 13:21

Parece que a austeridade que o Governo queria impor, mesmo assim não chega. E agora está nas mãos do FMI.

O ministro das Finanças veio já hoje admitir que a ajuda de que Portugal precisa não é só para poucos meses.

«O país precisa de facto de um auxílio que não é um auxílio só de meia dúzia de meses, é por um período mais alargado», disse Teixeira dos Santos, à chegada à reunião entre os ministros das Finanças Europeus, em Budapeste.

Ainda não são conhecidos montantes definidos sobre o apoio financeiro que Portugal vai receber, embora não faltem especulações. O que se pode antecipar é que Portugal vai enfrentar níveis de exigência muito altos em troca dessa ajuda.

«Teremos de ver como podemos avançar, estabelecendo uma série de condições que serão muito duras», disse o ministro das Finanças da Bélgica, à entrada da reunião. Didier Reynders considera de uma ajuda entre os 80 e os 85 mil milhões de euros será «razoável» para Portugal.
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Bruxelas:

por aefernandes » 8/4/2011 13:20

PEC 4 é só o começo
Comissão Europeia diz que pacote de austeridade do Governo é «ponto de partida», mas é preciso ir «mais além»

Nos braços do FMI, Portugal leva no entanto um «trunfo» na manga para as negociações: o PEC 4. Ainda assim, a Comissão Europeia avisa que é preciso ir ainda mais longe.

«O último programa que as autoridades portuguesas apresentaram em 11 de Março ao Parlamento é sem dúvida o ponto de partida», disse o porta-voz da Comissão Europeia para os Assuntos Económicos e Financeiros, liderada por Olli Rehn. O responsável falava à margem da reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro que está a ser dominada pelo pedido de resgate de Portugal.

Mas Amadeu Altafaj avisou que as novas medidas terão de ir «além» do PEC 4 em termos de austeridade e reformas estruturais.

O pacote de austeridade do Governo já previa, entre outras medidas, cortes das pensões, mais receita com impostos especiais sobre consumo, afectar parte dos salários e pensões a produtos de poupança, fim dos benefícios fiscais para os novos contratos de crédito à habitação e a redução de quase mil chefias da função pública.
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Ajuda:

por aefernandes » 8/4/2011 13:11

Programa fica concluído num mês
Processo de apoio financeiro lançado. Preparativos começam já.

É oficial: o processo de assistência financeira a Portugal foi oficialmente lançado esta sexta-feira pelos ministros das Finanças da Zona Euro e da União Europeia.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, revelou que as negociações vão começar de imediato entre Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) e as autoridades portuguesas.

Juncker pediu a Portugal um «ambicioso» programa de ajustamento orçamental.

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Reembosos de IRS:

por aefernandes » 8/4/2011 12:59

Aqui continua a ser business as usual, ou seja, tudo como dantes. Há quem se questione se, à falta de dinheiro, o Fisco não devolverá o dinheiro dos impostos este ano, mas o Governo já garantiu que isso não está em cima da mesa.

O Ministério das Finanças assegurou ao «Diário Económico» que os reembolsos vão acontecer como no ano passado, ou seja, os contribuintes serão reembolsados, quando a isso tiverem direito.

E mais: para quem entregar a declaração pela Internet, o reembolso será feito num prazo de 20 dias.

Ora, desde o início do mês que a entrega pode ser feita por essa via para os contribuintes da 1ª fase, portanto, quem entregou nos primeiros dias pode contar com o dinheiro a partir de dia 20 de Abril.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fin ... -1729.html
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Certificados de Aforro e do Tesouro:

por aefernandes » 8/4/2011 12:52

Estes são produtos de investimento que, no fundo, são títulos de dívida pública. Ou seja, ao comprá-los, os portugueses estão a emprestar dinheiro ao Estado, em troca de juros.

É aqui que reside algum risco, mas nada que deva motivar alarme. O que acontece é que, se o país entrar em incumprimento, estes produtos podem ser afectados.

O que é que isto quer dizer? Que aqui o Estado pode mudar as regras a meio do jogo, como já tinha feito com algumas linhas de Certificados de Aforro, cortando a taxa de juro. Se Portugal precisar de reestruturar a sua dívida, como já se fala para a Irlanda e Grécia, o Estado pode alterar o prazo de pagamento de juros ou mesmo a taxa de rendimento.

Consequências? Pode acontecer que as pessoas não recebam tanto quanto estavam à espera e não recebam na altura em que estavam a contar.
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Depósitos bancários:

por aefernandes » 8/4/2011 12:51

Uma das crenças que circula entre os portugueses é que, se o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrar em Portugal, como está prestes a acontecer, o dinheiro que têm depositado no banco pode estar em perigo. Não é bem assim. Para que os depósitos estivessem ameaçados era preciso que os bancos entrassem em bancarrota, o que não se perspectiva em Portugal.

Pelo contrário: a nossa banca, ao contrário de muitas na Europa, mostrou-se muito resistente à crise financeira que abalou o mundo desde 2008. Os bancos nacionais tinham pouca exposição ao chamado subprime (activos sem valor, considerados tóxicos) e por isso quase não foram beliscados na altura. O problema da banca nacional foi a situação das contas públicas, que acabou por contagiá-los, retirando-lhes acesso ao financiamento nos mercados, uma situação que tem sido contornada com os empréstimos que chegam do Banco Central Europeu (BCE).

Para garantir que a banca está sólida e assim continua, o capital das instituições está a ser reforçado e ainda ontem o Banco de Portugal deu ordens para que os bancos reforcem os seus capitais até ao final do ano.

Mesmo que algum dos bancos portugueses estivesse em apuros a este nível (veremos o que mostram os novos testes de stress), existe em Portugal em mecanismo chamado Fundo de Garantia dos Depósitos (FGD), que assegura o pagamento de até cem mil euros a cada cliente do banco, se este entrar em bancarrota e não conseguir devolver o dinheiro.

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OFF Topic: Vem aí o FMI. O meu dinheiro está seguro?

por aefernandes » 8/4/2011 12:48

Em alturas de crise como esta, em que o país até teve de pedir ajuda externa, começam a circular muitos rumores e daí até se instalar o pânico vai um passo muito curto. A pergunta que, nesta fase, passa pela cabeça de muitos portugueses é: «Será que o meu dinheiro está seguro?».
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