[Focus] Vale a pena ser Funcionário Público?
Estas duas situações ilustram na perfeição o que tenho defendido neste tópico (eu conheço variadíssimos casos, relacionados com câmaras municipais, exactamente iguais). E isto está tudo legal, do ponto de vista meramente formal.
Não adianta, portanto, olhar para rácios e % porque esses não nos dão a real situação do pais:
Não adianta, portanto, olhar para rácios e % porque esses não nos dão a real situação do pais:
Ecoboys
E ainda dizem que o estado não cria emprego. Veja-se este exemplo. O Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, procura-se alguém para trabalhar como técnico superior num Parque Nacional. Seguindo as boas práticas que se exigem a quem gere a coisa pública, a seleção será feita por concurso. Procura-se alguém que:
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a) Seja detentor de relação jurídica de emprego por tempo indeterminado – nada de desempregados ou contratados a prazo.
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b) Tenha uma Licenciatura em Psicologia – que em situação alguma pode ser substituída por outro qualquer grau educacional ou experiência profissional. É mesmo só para psicólogos.
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Que experiência se pede a este psicólogo? Tudo coisas óbvias para uma carreira exclusiva a licenciados em Psicologia: Representação e promoção de imagem da região, designadamente junto dos órgãos de comunicação social. Experiência em gestão de conteúdos funcionais de divulgação, para inclusão em páginas da Internet. Experiência de organização de exposições no domínio da Conservação da Natureza e da Biodiversidade. Experiência no âmbito da visitação (!) em áreas protegidas. (gosto particularmente desta última)
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Só não se entende uma coisa. Porque razão não publicaram o nome do visitador candidato desejado, com fotografia e número de BI?
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No mesmo dia o ICNB publica também um outro anúncio para um técnico superior da carreira técnica superior, para a sua Unidade de Gestão de Sistemas. Neste caso, pretende-se um Licenciado em Geografia – mas apenas na variante Geografia Humana – nada de ideias, licenciados em outros ramos da Geografia.
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Pede-se apenas uma experiência de 15-anos-15 em 1. Sistemas de Informação Geográfica e 2. na área da Conservação da Natureza. Para afinar mais o perfil dos candidatos, exige-se também 10-anos-10 de trabalho em Sistemas de Informação, designadamente ‘configuração de computadores, instalação de software, gestão de rede informática, normalização de protocolos de segurança e apoio ais utilizadores’.
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Mas como este perfil é capaz de ter ainda mais que um candidato – convém evitar surpresas - faz-se um derradeiro fine tuning dos candidatos: Experiência profissional na utilização de software de Sistemas de Informação Geográfica da ESRI, Arc View 3.2, Arc Gis – só falta mesmo o número de série. Cumulativamente, o candidato geógrafo humano tem que ter tido formação em Autocad e em Programação de Computadores.
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E se depois disto ainda resistirem 1,01 candidatos no mundo inteiro, resolve-se o excesso com a exigência de fluência em Francês. Pow! Já está, Manel.
Aproveitem malta. É o fim de festa.
http://blasfemias.net/2011/04/08/ecoboys/
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
O que acho interessante saber é: temos FPs a mais ou eles são "caros" para o Estado?
Uma outra pergunta é: a qualidade dos serviços? Serem poucos e bons, leva a que sejam melhores renumerados. Mas isso é mesmo verdade?
Depois apareçem outras questões, como por exemplo:
Se a decisão fôr despedir, que critérios irão ser usados? Quem decidirá isso? Possivelmente passará pelo chefe do serviço, que sendo o que ganha mais, não poderá corresponder ao profissional que seja mais eficiente e além disso poderá utilizar critérios subjectívos para retirar os que ele menos gosta...
Fica ainda outra questão: despedir significa mais desemprego. Isso levará a mais custos para o Estado, pois despedir tem custos. Um outro custo será para a sociedade pelo simples facto de que a taxa de desemprego aumentará.
Despedir será uma boa solução?
Eu acho que não.
Acredito que seja melhor haver um corte salarial progressívo; introdução de metas de eficiência e qualidade; etc, etc.
Uma outra pergunta é: a qualidade dos serviços? Serem poucos e bons, leva a que sejam melhores renumerados. Mas isso é mesmo verdade?
Depois apareçem outras questões, como por exemplo:
Se a decisão fôr despedir, que critérios irão ser usados? Quem decidirá isso? Possivelmente passará pelo chefe do serviço, que sendo o que ganha mais, não poderá corresponder ao profissional que seja mais eficiente e além disso poderá utilizar critérios subjectívos para retirar os que ele menos gosta...
Fica ainda outra questão: despedir significa mais desemprego. Isso levará a mais custos para o Estado, pois despedir tem custos. Um outro custo será para a sociedade pelo simples facto de que a taxa de desemprego aumentará.
Despedir será uma boa solução?
Eu acho que não.
Acredito que seja melhor haver um corte salarial progressívo; introdução de metas de eficiência e qualidade; etc, etc.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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AutoMech Escreveu:JLC, não podemos concluir se a quantidade de FPs é demasiada ou não apenas pela sua % da população activa.
Esse indicador é importante mas, mas do que isso, é aquilo que produzem para o país e isso é muito mais difícil de aferir objectivamente.
Tem havido algumas tentativas de estudos, que deixam muito a desejar, mas que mostram por exemplo que o peso do SPA em % do PIB vs o PIB per capita é muito superior ao de outros paises, o que pode indiciar (apenas parcialmente) que o estado come demasiado do PIB do país.
Este mostra o que quero dizer, apesar de ser muito parcial, porque envolve todo o SPA:
Fonte: http://desmitos.blogspot.com/2010/11/re ... smo-2.html
Ou seja, podemos até ter menos FPs em % da população activa (isso é um facto) mas, ainda assim podemos ter FPs a mais, atendendo aos serviços públicos que produzem actualmente (eu arrisco a dizer que nas autarquias isso acontece).
A chave do problema está, muito provavelmente, e como tu próprio já referiste, na distribuição correcta desses FPs.
Eu mais atrás também já disse isso:AutoMech Escreveu:Há países em que o peso dos FPs até é superior ao nosso (grande bandeira da defesa dos FPs). O que eu gostava era que se fizesse um estudo comparativo com outros países (por exemplo Suécia que tem um peso alto de FPs):
a) Da distribuição desses FPs por sector, serviço, profissão, etc.
b) Qual a sua produção em termos de serviços públicos
O a) não é difícil de fazer. Já o b) não sei como seria.
AutoMech e JLC,
Observei ambos os gráficos que vcs colocaram e achei-os interessantes. Dá-nos uma indicação de que o número de FPs é menor em Portugal que em muitos outros países ou que o peso dos gastos em relação ao PIB está dentro da média.
O gráfico que gostaria de vêr sería: o rácio entre salário médio de um FP com o salário médio desse país Versus PIB de cada país.
O que eu posso depreender dos vossos gráficos é que o problema não está tanto no número de FP, mas sim no custo por FP em Portugal, que parece-me estar bem acima da média dos restantes países.
Num outro estudo, sería interessante saber-se qual é a idade média para a entrada da reforma nos diversos países.
Finalmente, qual é o peso da segurança social em cada país (em percentagem´do PIB) Vs PIB.
Abraço,
Mares.
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- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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Quando se diz que: "o despedimento na função pública, isso permitiria premiar quem merece e despachar quem está a mais!" Será que isso se verificaria, ou os despedimentos dependeriam da "proximidade com a chefia"?
Está correcta a observação:"(...)quadros na FP está a acabar. Corrijam-me se estiver enganado mas nos ultimos tempos (anos) os que entram é tudo contratados e entradas para os quadros é tudo nos mínimos dos mínimos..." Os efectivos que existiam passaram a contratados a termo!
Há uma situação que se verifica no Caldeirão e provavelmente noutros lados: parece haver uma má vontade/inveja compulsiva relativamente aos funcionários públicos. Sem dúvida que, como no privado, existem bons e maus funcionários: não será um exagero a atribuição de culpas quando a sua situação decorre de medidas políticas e orientações superiores?
Não faria mais sentido critica-se o facto de haver responsáveis que contratualizam determinados serviços, que sofrem várias derrapagens em termos de custas, com graves prejuízos para o erário público e nunca são responsabilizados? Passa depois essa má gestão a ser paga por todos! E não se trata de um caso isolado, infelizmente!
Está correcta a observação:"(...)quadros na FP está a acabar. Corrijam-me se estiver enganado mas nos ultimos tempos (anos) os que entram é tudo contratados e entradas para os quadros é tudo nos mínimos dos mínimos..." Os efectivos que existiam passaram a contratados a termo!
Há uma situação que se verifica no Caldeirão e provavelmente noutros lados: parece haver uma má vontade/inveja compulsiva relativamente aos funcionários públicos. Sem dúvida que, como no privado, existem bons e maus funcionários: não será um exagero a atribuição de culpas quando a sua situação decorre de medidas políticas e orientações superiores?
Não faria mais sentido critica-se o facto de haver responsáveis que contratualizam determinados serviços, que sofrem várias derrapagens em termos de custas, com graves prejuízos para o erário público e nunca são responsabilizados? Passa depois essa má gestão a ser paga por todos! E não se trata de um caso isolado, infelizmente!
Na bolsa, como na vida, referenciar o passado e perspectivar o futuro.
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nportugal Escreveu:Tridion Escreveu:E conconcordo com o despedimento na função pública, isso permitiria premiar quem merece e despachar quem está a mais!
Eu tb!!!!
Eles um dia destes começam a despachar os que estão a mais e os outros...vem ai as privatizações em força, agora é que o Estado vai ficar seco e enxuto, espero que não morra desidratado...
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
O problema dessas comparações é que não são comparativas
. Estou a pensar no caso da educação que na Finlândia é totalmente pública ao contrário de Portugal. E de muitos outros sectores. A diferença é que são eficientes e de boa qualidade ( a educação é considerada a melhor do mundo). Eu sempre achei que não é preciso inventar, basta fazer igual aos melhores....

JLC, não podemos concluir se a quantidade de FPs é demasiada ou não apenas pela sua % da população activa.
Esse indicador é importante mas, mas do que isso, é aquilo que produzem para o país e isso é muito mais difícil de aferir objectivamente.
Tem havido algumas tentativas de estudos, que deixam muito a desejar, mas que mostram por exemplo que o peso do SPA em % do PIB vs o PIB per capita é muito superior ao de outros paises, o que pode indiciar (apenas parcialmente) que o estado come demasiado do PIB do país.
Este mostra o que quero dizer, apesar de ser muito parcial, porque envolve todo o SPA:
Fonte: http://desmitos.blogspot.com/2010/11/re ... smo-2.html
Ou seja, podemos até ter menos FPs em % da população activa (isso é um facto) mas, ainda assim podemos ter FPs a mais, atendendo aos serviços públicos que produzem actualmente (eu arrisco a dizer que nas autarquias isso acontece).
A chave do problema está, muito provavelmente, e como tu próprio já referiste, na distribuição correcta desses FPs.
Eu mais atrás também já disse isso:
Esse indicador é importante mas, mas do que isso, é aquilo que produzem para o país e isso é muito mais difícil de aferir objectivamente.
Tem havido algumas tentativas de estudos, que deixam muito a desejar, mas que mostram por exemplo que o peso do SPA em % do PIB vs o PIB per capita é muito superior ao de outros paises, o que pode indiciar (apenas parcialmente) que o estado come demasiado do PIB do país.
Este mostra o que quero dizer, apesar de ser muito parcial, porque envolve todo o SPA:

Fonte: http://desmitos.blogspot.com/2010/11/re ... smo-2.html
Ou seja, podemos até ter menos FPs em % da população activa (isso é um facto) mas, ainda assim podemos ter FPs a mais, atendendo aos serviços públicos que produzem actualmente (eu arrisco a dizer que nas autarquias isso acontece).
A chave do problema está, muito provavelmente, e como tu próprio já referiste, na distribuição correcta desses FPs.
Eu mais atrás também já disse isso:
AutoMech Escreveu:Há países em que o peso dos FPs até é superior ao nosso (grande bandeira da defesa dos FPs). O que eu gostava era que se fizesse um estudo comparativo com outros países (por exemplo Suécia que tem um peso alto de FPs):
a) Da distribuição desses FPs por sector, serviço, profissão, etc.
b) Qual a sua produção em termos de serviços públicos
O a) não é difícil de fazer. Já o b) não sei como seria.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Boas:
Comecei de tarde a querer responder e emitir opinião, mas entretanto tive uma reunião e adiei.
Como entretanto já tinha alinhavado uma ideias aqui vão elas:
PESO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NA POPULAÇÃO ACTIVA (Dados de 2004)
> (Fonte EUROSTAT)
> Suécia---------------- 33,3%
> Dinamarca----------- 30,4%
> Bélgica---------------- 28,8%
> Reino Unido--------- 27,4%
> Finlândia------------- 26,4%
> Holanda-------------- 25,9%
> França---------------- 24,6%
> Alemanha------------ 24%
> Hungria--------------- 22%
> Eslováquia------------ 21,4%
> Áustria---------------- 20,9%
> Grécia---------------- 20,6%
> Irlanda---------------- 20,6%
> Polónia---------------- 19,8%
> Itália------------------- 19,2%
> República Checa--- 19,2%
> PORTUGAL--------- 17,9%
> Espanha-------------- 17,2%
> Luxemburgo---------- 16%
Não há pois funcionários públicos a mais. Há sectores em falta e outros em excesso.
A reforma administrativa deverá começar por mudar o seguinte:
Cada ministro deste e de outros governos tem, para seu serviço pessoal e
sob as suas ordens directas, uma média de 136 pessoas (entre secretários e
subsecretários de estado, chefes de gabinete, funcionários do gabinete,
assessores, secretárias e motoristas) e 56 viaturas, apenas CINCO vezes
mais que no resto da Europa.
Resulta que somos o 3º país da U.E. com menor percentagem de funcionários
públicos na população activa.
Assim se informa e se faz política em Portugal.
Gostava também de vos deixar um link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administração_pública_em_Portugal
cumps
JLC
Comecei de tarde a querer responder e emitir opinião, mas entretanto tive uma reunião e adiei.
Como entretanto já tinha alinhavado uma ideias aqui vão elas:
PESO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NA POPULAÇÃO ACTIVA (Dados de 2004)
> (Fonte EUROSTAT)
> Suécia---------------- 33,3%
> Dinamarca----------- 30,4%
> Bélgica---------------- 28,8%
> Reino Unido--------- 27,4%
> Finlândia------------- 26,4%
> Holanda-------------- 25,9%
> França---------------- 24,6%
> Alemanha------------ 24%
> Hungria--------------- 22%
> Eslováquia------------ 21,4%
> Áustria---------------- 20,9%
> Grécia---------------- 20,6%
> Irlanda---------------- 20,6%
> Polónia---------------- 19,8%
> Itália------------------- 19,2%
> República Checa--- 19,2%
> PORTUGAL--------- 17,9%
> Espanha-------------- 17,2%
> Luxemburgo---------- 16%
Não há pois funcionários públicos a mais. Há sectores em falta e outros em excesso.
A reforma administrativa deverá começar por mudar o seguinte:
Cada ministro deste e de outros governos tem, para seu serviço pessoal e
sob as suas ordens directas, uma média de 136 pessoas (entre secretários e
subsecretários de estado, chefes de gabinete, funcionários do gabinete,
assessores, secretárias e motoristas) e 56 viaturas, apenas CINCO vezes
mais que no resto da Europa.
Resulta que somos o 3º país da U.E. com menor percentagem de funcionários
públicos na população activa.
Assim se informa e se faz política em Portugal.
Gostava também de vos deixar um link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administração_pública_em_Portugal
cumps
JLC
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Mares Escreveu:Pelo artigo que iniciou este tópico, indica as vantagens que tb aponta aqui.
Agora faço-lhe a seguinte pergunta: Que motivos o levaríam adeixar a função pública (claro, excluíndo aquele em que vc aponta, que sería por despedimento)?
Qualquer emprego que me pagasse a diferença, que eu acho justa em dinheiro, pela perda de qualidade vida que eu tenho actualmente.
E tb concordo que um cargo público de cariz político (ministros, secretários de estado, subsecretários, DGerais, etc) deve ser responsabilizado a nível judicial por gestão danosa (estou a sonhar!!!) e por aproveitamento da "rex pública" - coisa pública (estou a delirar!!!!)...[/i]
Editado pela última vez por nportugal em 7/4/2011 19:01, num total de 1 vez.
Tridion Escreveu:Eu como funcionário público (administração local) julgo que existe algum fundo de verdade nas generalizações que estão a fazer neste tópico.
Mas as generalizações valem o que valem, é a mesma coisa que dizer que no privado todos fogem ao fisco.
No meu caso particular compensa ser FP, mas não por causa dos ordenados ou da leveza do serviço, mas pelas opções que tomei na minha vida, nomeadamente na opção onde morar, que me permitiram ter uma alta qualidade de vida.
A melhor coisa para mim na FP é o respeito dos superiores (sejam políticos ou chefes) pelo trabalhador. Talvez por não se poder despedir faz com que o trabalhador reinvindique os seus direitos. Neste campo o privado deveria aprender alguma coisa especialmenente com os bons trabalhadores.
O pior já foi enumerado por vocês, má gestão, corrupção, compadrio com privados, cunhas, maus políticos e politiquices, falta de rigor e ambição e míopia estratégica!
Mas gosto do trabalho que faço e nunca, mas nunca no trabalho com os privados me senti inferiorizado, bem pelo contrário já vi muitos projectos encomendados incompletos, com pouco rigor e qualidade...e que por vezes fazem disparar os preços das obras.
Não gosto muito do tom da escrita de alguns caldeiristas sobre o tema, mas não levo a mal porque são generalizações...
De qualquer forma, em relação ao meu salário o vosso dinheiro está bem entregue!
Pelo artigo que iniciou este tópico, indica as vantagens que tb aponta aqui.
Agora faço-lhe a seguinte pergunta: Que motivos o levaríam adeixar a função pública (claro, excluíndo aquele em que vc aponta, que sería por despedimento)?
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Salaire annuel brut des enseignants du secondaire en Rang Salaire en fin
de carrière Rang Salaire en début
de carrière
Luxembourg 1er 91 650 1er 52 564
Suisse 2e 64 418 2e 33 461
Corée 3e 61 767 12e 22 416
Pays-Bas 4e 51 959 7e 25 514
France 13e 38 634 19e 20 153
Moyenne des pays de l'OCDE - 38 120 - 21 727
Suite du tableau en bas de page...
Source : "Regards sur l'éducation 2006", OCDE
É engraçado ver que os salários dos professores portugueses são superiores à média da OCDE e superiores aos salários franceses em cerca de 4.000€ anuais.
Afinal até somos um país rico!!
de carrière Rang Salaire en début
de carrière
Luxembourg 1er 91 650 1er 52 564
Suisse 2e 64 418 2e 33 461
Corée 3e 61 767 12e 22 416
Pays-Bas 4e 51 959 7e 25 514
France 13e 38 634 19e 20 153
Moyenne des pays de l'OCDE - 38 120 - 21 727
Suite du tableau en bas de page...
Source : "Regards sur l'éducation 2006", OCDE
É engraçado ver que os salários dos professores portugueses são superiores à média da OCDE e superiores aos salários franceses em cerca de 4.000€ anuais.
Afinal até somos um país rico!!
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E concordo com o despedimento na função pública, isso permitiria premiar quem merece e despachar quem está a mais!
Mas lembrem-se que a FP também dá trabalho a pessoas capazes, mas com deficiências e consequente menor capacidade produtiva, que em Portugal com os nosso empresários muito dificilmente teriam emprego.
Mas lembrem-se que a FP também dá trabalho a pessoas capazes, mas com deficiências e consequente menor capacidade produtiva, que em Portugal com os nosso empresários muito dificilmente teriam emprego.
Editado pela última vez por Tridion em 7/4/2011 18:54, num total de 1 vez.
pocoyo Escreveu:nportugal Escreveu:pocoyo Escreveu:nportugal Escreveu:AutoMech Escreveu:Não fizeste a profissionalização (penso que é assim que se chama) ?
Sou Licenciado pela UC em via ensino (já tenho a profissionalização integrada) média de 15 valores... neste momento no concurso de professores concorro com uma média de 28,5 valores (o ano de estágio - profissionalização) só conta 0,5 valores...
Só te acontece isso porque não queres efectivar longe de casa.
Mais uma falácia... concorro para todo o país (já trabalhei dois anos na terceira - açores) e agora estou colocado a 200km de casa... sim isto é muito perto da casa... não consigo imaginar o que é longe para ti!!!
Qual é o teu grupo?
Conheço uma pessoa que concorre todos os anos e fica sempre perto de casa e tem menos graduação do que tu.
Já o tinha referido anteriormente... sou licenciado em História...
AutoMech Escreveu:pocoyo Escreveu:AutoMech Escreveu:Não fizeste a profissionalização (penso que é assim que se chama) ?
Não tem nada a ver.
Se és contratado como é que podes progredir se não pertences aos quadros.
Põe-te fino, mech!!!
Não tinha reparado na tabela do Marco, daí a duvida se o nportugal era profissionalizado ou não (ainda que isso não o tornasse num efectivo, como é óbvio). Foi por curiosidade, já que estamos a falar do caso especifico do nportugal
edit: pocoyo, eu não bebo enquanto escrevo !
A questão é que o caso não é "específico do nportugal", é o de cerca de 42 mil professores neste momento, números nos quais eu também me incluo... é claro que cada um terá a sua especificidade mas a essência é idêntica, todos os anos temos de concorrer (ainda nem percebi se este ano haverá concursos?!), a grande maioria muda de escola todos os anos, se conseguirmos um horário completo ganhamos cerca de mil euros líquidos!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Eu como funcionário público (administração local) julgo que existe algum fundo de verdade nas generalizações que estão a fazer neste tópico.
Mas as generalizações valem o que valem, é a mesma coisa que dizer que no privado todos fogem ao fisco.
No meu caso particular compensa ser FP, mas não por causa dos ordenados ou da leveza do serviço, mas pelas opções que tomei na minha vida, nomeadamente na opção onde morar, que me permitiram ter uma alta qualidade de vida.
A melhor coisa para mim na FP é o respeito dos superiores (sejam políticos ou chefes) pelo trabalhador. Talvez por não se poder despedir faz com que o trabalhador reinvindique os seus direitos. Neste campo o privado deveria aprender alguma coisa especialmenente com os bons trabalhadores.
O pior já foi enumerado por vocês, má gestão, corrupção, compadrio com privados, cunhas, maus políticos e politiquices, falta de rigor e ambição e míopia estratégica!
Mas gosto do trabalho que faço e nunca, mas nunca no trabalho com os privados me senti inferiorizado, bem pelo contrário já vi muitos projectos encomendados incompletos, com pouco rigor e qualidade...e que por vezes fazem disparar os preços das obras.
Não gosto muito do tom da escrita de alguns caldeiristas sobre o tema, mas não levo a mal porque são generalizações...
De qualquer forma, em relação ao meu salário o vosso dinheiro está bem entregue!
Mas as generalizações valem o que valem, é a mesma coisa que dizer que no privado todos fogem ao fisco.
No meu caso particular compensa ser FP, mas não por causa dos ordenados ou da leveza do serviço, mas pelas opções que tomei na minha vida, nomeadamente na opção onde morar, que me permitiram ter uma alta qualidade de vida.
A melhor coisa para mim na FP é o respeito dos superiores (sejam políticos ou chefes) pelo trabalhador. Talvez por não se poder despedir faz com que o trabalhador reinvindique os seus direitos. Neste campo o privado deveria aprender alguma coisa especialmenente com os bons trabalhadores.
O pior já foi enumerado por vocês, má gestão, corrupção, compadrio com privados, cunhas, maus políticos e politiquices, falta de rigor e ambição e míopia estratégica!
Mas gosto do trabalho que faço e nunca, mas nunca no trabalho com os privados me senti inferiorizado, bem pelo contrário já vi muitos projectos encomendados incompletos, com pouco rigor e qualidade...e que por vezes fazem disparar os preços das obras.
Não gosto muito do tom da escrita de alguns caldeiristas sobre o tema, mas não levo a mal porque são generalizações...
De qualquer forma, em relação ao meu salário o vosso dinheiro está bem entregue!

nportugal Escreveu:Mares Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Mares, podes confirmar na tabela que ali coloquei que os professores contratados licenciados recebem limpos entre 900 a 1100 euros sensivelmente.
Sim, tens lá valor para todo tipo... até mesmo professores não licenciados...
Quanto ao caso aqui apresentado, como chegas ao valor líquido/ilíquido para um professor licenciado com 14 anos de serviço? E onde está esse caso na tabela que tu indicas?
Um professor contratado não progride na carreira!!! Já o disse e estou a repetir... para o M Educação eu sou equivalente a um recém licenciado...
Então faz valer o teu ponto de vista. Participa onde vejas que possas fazer valer o teu ponto de vista.
Os recursos para a Educação terá de ser visto como algo que deva chegar a todos e não só a alguns. Esses recursos deverão ser atribuídos por mérito e não por antiguidade.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
pocoyo Escreveu:AutoMech Escreveu:Não fizeste a profissionalização (penso que é assim que se chama) ?
Não tem nada a ver.
Se és contratado como é que podes progredir se não pertences aos quadros.
Põe-te fino, mech!!!
Não tinha reparado na tabela do Marco, daí a duvida se o nportugal era profissionalizado ou não (ainda que isso não o tornasse num efectivo, como é óbvio). Foi por curiosidade, já que estamos a falar do caso especifico do nportugal

edit: pocoyo, eu não bebo enquanto escrevo !

No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
nportugal Escreveu:pocoyo Escreveu:nportugal Escreveu:AutoMech Escreveu:Não fizeste a profissionalização (penso que é assim que se chama) ?
Sou Licenciado pela UC em via ensino (já tenho a profissionalização integrada) média de 15 valores... neste momento no concurso de professores concorro com uma média de 28,5 valores (o ano de estágio - profissionalização) só conta 0,5 valores...
Só te acontece isso porque não queres efectivar longe de casa.
Mais uma falácia... concorro para todo o país (já trabalhei dois anos na terceira - açores) e agora estou colocado a 200km de casa... sim isto é muito perto da casa... não consigo imaginar o que é longe para ti!!!
Qual é o teu grupo?
Conheço uma pessoa que concorre todos os anos e fica sempre perto de casa e tem menos graduação do que tu.
EDIT: vou sair da net.
Editado pela última vez por pocoyo em 7/4/2011 18:12, num total de 1 vez.
pocoyo Escreveu:nportugal Escreveu:AutoMech Escreveu:Não fizeste a profissionalização (penso que é assim que se chama) ?
Sou Licenciado pela UC em via ensino (já tenho a profissionalização integrada) média de 15 valores... neste momento no concurso de professores concorro com uma média de 28,5 valores (o ano de estágio - profissionalização) só conta 0,5 valores...
Só te acontece isso porque não queres efectivar longe de casa.
Mais uma falácia... concorro para todo o país (já trabalhei dois anos na terceira - açores) e agora estou colocado a 200km de casa... sim isto é muito perto da casa... não consigo imaginar o que é longe para ti!!!
Lion_Heart Escreveu:Mares Escreveu:O papel empreendedor do Estado é muito maior que esse projecto critícado por muitos.
Mas o Estado tem substituído o privado, talvez mais por culpa de falta de iniciativa dos privados do que por questões politico-partidárias.
Sabemos que em Portugal tem muita empresa que vive à sombra do Estado, e sem a presença do Estado ainda estaríamos no meio do século passado.
Também, teríamos casos em que a concorrência não existiría, caso o Estado não estivesse presente ou então serviços básicos não existiríam se o Estado não fizesse o investimento.
Investimento público poderá ser rentável. Não existe nada que prove o contrário. Existem sim maus exemplos de má gestão, mas acredito que parte serão resolvídos, sem que as pessoas que lá estão sejam despedidas.
No meu post anteríor coloco-te também algumas perguntas, que as deixo aqui para saber a tua opinião.Se sim, qual sería o modelo para colocár-nos a crescer de novo?
Se não, o que sería preciso mudar na sua relação com a inciatíva privada?
O modelo das PPPs só tem desvantagens ou tem algumas vantagens? O que pode-se aproveitar desse modelo de desenvolvimento? Ou o Estado deve desbaratar tudo e entregar as PPPs aos privados a qualquer preço?
As PPPs tem ou não um papel social na sociedade?
Mares da exemplos de onde o Estado esta e exista concorrência.
Para mim PPP não deve existir sequer, ou uns ou outros. As PP para mim são : da ca o bife e fica tu com os ossos.
Ja agora se discoras arranja um contrato com alguma PPP para ver o que esta la escrito.
Se nap encontrares é porque deve ser secreto. se é secreto é porque não é bom.
Tens muitos exemplos onde tens Estado e privadas concorrendo (transportes, energia, etc, etc). Concordo que a gestão de muitas estatais poderá não estar sendo feita de forma optimizada. É um problema real, em parte associados a erros do passado. Corrigindo-se esses erros, vejo as empresas estatais como lucratívas e de qualidade. O Estado não poderá descartar as empresas só por questões ideológicas. Tem pessoas lá trabalhando, tem uma estrutura, essas pessoas tem direitos... então é um assunto muito delicado. Acho que tem de se fazer com cuidado e com um compromisso assumído por todas as partes (Estado, sindicatos, sociedade).
As PPPs é um universo muito alargado e que precisam de ser explicadas às pessoas. Não poderá ser um discurso de líderes do PSD que vão explicar isso. O que tem se visto é um denegrir das PPPs, pois dentro da ideologia do PSD isso é somente para confundir.
Dentro das PPPs tens hospitais, estradas, águas, logistica, etc, etc...
A participação do Estado é fundamental nestas estruturas, visto que essas empresas/serviços existem unicamente porque cabe muitas das vezes ao Estado o papel de empreendedor.
No passado tivemos muitos exemplos onde o Estado tomou a iniciativa e posteriormente essas empresas foram para a iniciativa privada. Se essas inciativas tivessem partido do privado (que não aconteçeu) possivelmente não teríamos essas empresas.
Então é tudo uma questão de equilíbrio e vêr onde o peso do Estado poderá ser alocado, tendo em vista o interesse da sociedade no seu todo.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
nportugal Escreveu:AutoMech Escreveu:Não fizeste a profissionalização (penso que é assim que se chama) ?
Sou Licenciado pela UC em via ensino (já tenho a profissionalização integrada) média de 15 valores... neste momento no concurso de professores concorro com uma média de 28,5 valores (o ano de estágio - profissionalização) só conta 0,5 valores...
Só te acontece isso porque não queres efectivar longe de casa.

AutoMech Escreveu:Não fizeste a profissionalização (penso que é assim que se chama) ?
Sou Licenciado pela UC em via ensino (já tenho a profissionalização integrada) média de 15 valores... neste momento no concurso de professores concorro com uma média de 28,5 valores (o ano de estágio - profissionalização) só conta 0,5 valores...
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