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Caldeirão da Bolsa

Deficit 2010 fica em 8,6%! 2007 e 08 acima de 3%!! 2009 10%!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por migluso » 31/3/2011 17:13

Pressure on bondholders to share the burden of banks’ losses is growing. In Denmark, the government inflicted so- called haircuts on senior creditors and depositors of regional lender Amagerbanken A/S, which failed after losing money on investments including real-estate loans


Tivéssemos feito o mesmo em relação ao BPN e o país estaria um pouquinho menos mal...
http://www.bloomberg.com/news/2011-03-3 ... nding.html

Entretanto, os mercados accionistas europeus estão em queda e simultaneamente as yields estão a subir (as yields de Espanha entretanto inverteram a tendência de queda que levavam esta manhã).
Não é um bom sinal.

No mercado fala-se em fortes vendas de obrigações europeias - Espanholas, Italianas, Francesas. Esperemos que seja apenas rumor ou um movimento isolado do dia de hoje, marcado pelo anúncio da fraude das contas públicas portuguesas e pela banca irlandesa.
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por pepi » 31/3/2011 17:02

pepi Escreveu:Alguém que tenho grande consideração e gostava que fosse o próximo Ministro das Finanças:

"Ninguém pode dizer que não teremos novos impactos da nacionalização do BPN".


António Nogueira Leite diz que a revisão do défice de 2010 é "mais um episódio no descontrolo e absoluta falta de rigor a que chegou o actual Ministério das Finanças" e que, ao contrário do que hoje disse Teixeira dos Santos, "ninguém pode dizer que não teremos novos impactos da nacionalização do BPN nas contas públicas". "É por outro lado certo que teremos novos impactos no défice e na dívida com origem nas empresas do sector empresarial do Estado que estão em absoluto descontrolo e ruptura financeira"


Uma vez que:

Faria de Oliveira
Empréstimos da CGD ao universo BPN superam cinco mil milhões
12 Janeiro 2011 | 10:50
Maria João Gago - mjgago@negocios.pt

A totalidade dos empréstimos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos ao universo BPN superavam os cinco mil milhões de euros, no final de 2010.
A maior parte dos apoios de liquidez está hoje nos veículos que gerem os activos problemáticos, num total de 3,9 mil milhões, revelou o presidente da CGD, Faria de Oliveira, na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.

O presidente da CGD revelou hoje que a totalidade dos empréstimos do banco público ao universo BPN superavam os cinco mil milhões de euros no final de 2010, dos quais apenas 3,5 mil milhões de euros beneficiam de garantia estatal.

Do total dos apoios, a maior parte está repartido pelos três veículos - Parvalorem, Parups e Parparticipadas - num total de 3,9 mil milhões de euros, dos quais 3,1 mil milhões estão avalizados pelo Estado e os restantes 795 milhões beneficiam de garantias prestadas com recurso a activos destas sociedades.

Por seu turno, o próprio banco tem 400 milhões de euros em papel comercial colocado na CGD e com garantia estatal, além de apoios de assistências de mercado monetário de 746 milhões de euros, especificou Fernando Faria de Oliveira.

 
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por pepi » 31/3/2011 16:52

Alguém que tenho grande consideração e gostava que fosse o próximo Ministro das Finanças:

Nogueira Leite
"Sector empresarial do Estado está em ruptura financeira"
Francisco Teixeira

"Ninguém pode dizer que não teremos novos impactos da nacionalização do BPN".


António Nogueira Leite diz que razões da revisão do défice de 2010 eram "conhecidas de todos".

António Nogueira Leite diz que a revisão do défice de 2010 é "mais um episódio no descontrolo e absoluta falta de rigor a que chegou o actual Ministério das Finanças" e que, ao contrário do que hoje disse Teixeira dos Santos, "ninguém pode dizer que não teremos novos impactos da nacionalização do BPN nas contas públicas". "É por outro lado certo que teremos novos impactos no défice e na dívida com origem nas empresas do sector empresarial do Estado que estão em absoluto descontrolo e ruptura financeira"

Depois de ter sido pressionado pelo Eurostat, o Governo reviu em alta o défice do ano passado, passando de 7,3% ara 8,6%. Uma situação "previsível", segundo Nogueira Leite, porque os "regulamentos europeus eram há muito conhecidos". Responsáveis? "O ministro das Finanças e a instituições europeias" que conhecendo a real situação do sector empresarial público- nomeadamente o dos transportes - e regulamentos que não são de agora nada fizeram.

A poucas horas do Presidente dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas, Nogueira Leite critica "os sucessivos apelos do Governo ao longo do último ano para que sejam feitos acordos e compromissos com os partidos da oposição com base em contas que ninguém conhece".

Daí, insiste o economista, "não se percebe como pessoas responsáveis podem sugerir a correcção credível e sustentável dos problemas sem o conhecimento do que se passa". "Os interesses de Portugal devem estar acima dos interesses de todos os protagonistas", conclui.
 
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por Lion_Heart » 31/3/2011 16:46

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por jcldsm » 31/3/2011 15:58

yabadoo Escreveu:
pdcarrico Escreveu:Interessante, interessante (...já que estamos em maré de discussão livre...) era contrair o empréstimo e depois, com o guito na mão, arruinar por completo a nossa credibilidade financeira - chutar mais uns submarinos (desta vez imaginários), inventar uns rumores de um 2º e 3º BPN, deixar uns rumores de défice acima de 15%, inventar uma crise política maior, programar um TGV de Celorico de Basto até Alcabideche, etc...

Deixar as yields chegarem a 15%, depois comprar e depois dizer que as notícias eram todas mentira!

:evil: :evil: :evil: :evil:
:lol: :lol: :lol: :lol:


Por favor, Socrates, se estiveres a ler isto, o pdcarrico está a BRINCAR, ok ?!


Sobretudo não dar ideias ao homem. Uma fértil imaginação já ele tem e já se viu que o tipo não tem o mínimo escrupulo.
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por yabadoo » 31/3/2011 15:55

pdcarrico Escreveu:Interessante, interessante (...já que estamos em maré de discussão livre...) era contrair o empréstimo e depois, com o guito na mão, arruinar por completo a nossa credibilidade financeira - chutar mais uns submarinos (desta vez imaginários), inventar uns rumores de um 2º e 3º BPN, deixar uns rumores de défice acima de 15%, inventar uma crise política maior, programar um TGV de Celorico de Basto até Alcabideche, etc...

Deixar as yields chegarem a 15%, depois comprar e depois dizer que as notícias eram todas mentira!

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por pdcarrico » 31/3/2011 15:40

AutoMech Escreveu:
pdcarrico Escreveu:Interessante, interessante (...já que estamos em maré de discussão livre...) era contrair o empréstimo e depois, com o guito na mão, arruinar por completo a nossa credibilidade financeira - chutar mais uns submarinos (desta vez imaginários), inventar uns rumores de um 2º e 3º BPN, deixar uns rumores de défice acima de 15%, inventar uma crise política maior, programar um TGV de Celorico de Basto até Alcabideche, etc...

Deixar as yields chegarem a 15%, depois comprar e depois dizer que as notícias eram todas mentira!



Cariço a ministro das finanças, já ! O Socrates e o Teixeira dos Santos são meninos da catequese ao pé deste senhor. :mrgreen:


Eu humildemente aceito!! ;) Depois não me esqueço de todos vocês quando precisar da minha colecção de boys :)
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por Automech » 31/3/2011 15:35

pdcarrico Escreveu:Interessante, interessante (...já que estamos em maré de discussão livre...) era contrair o empréstimo e depois, com o guito na mão, arruinar por completo a nossa credibilidade financeira - chutar mais uns submarinos (desta vez imaginários), inventar uns rumores de um 2º e 3º BPN, deixar uns rumores de défice acima de 15%, inventar uma crise política maior, programar um TGV de Celorico de Basto até Alcabideche, etc...

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por pdcarrico » 31/3/2011 15:33

pepi Escreveu:
Eu percebi a tua ideia, mas acho que se isso acontecesse de facto (i.e., o FE+FMI dessem uma tranche grande à cabeça), o mercado rapidamente ajustaria a yield do mercado à taxa que esse fundo emprestaria... Por muito ineficiente que o mercado seja, parece-me que o impacto ia ser limitado, pois ao fim de pouco tempo o mercado se ajustava... n achas?


Não sei se seria assim. Muitos dos vendedores fazem-no por necessidade de liquidez, outros por imposição contratual (decisões baseadas em ratings) e outros pela leitura própria que fazem da capacidade de pagamento. Destes três grupos apenas os últimos podem repensar uma ideia de reentrar no mercado de dívida com a recompra do Estado Português. Para além disso os empréstimos do FMI, e possivelmente os dos do fundo também, tem normalmente garantias que as obrigações normais não têm.

pepi Escreveu:Outra coisa, o Juncker disse que precisamos de 70 Milhões de Euros. O que estará a considerar, uma vez que as necessidades a curto prazo são bem menores?! Deve haver tanto lixo debaixo daquele tapete que nem o BCE quer uma auditoria às contas públicas...


nós temos dívida acima de 150 mil milhões. Supondo uma maturidade média de 5 anos, significa que a cada ano e com défice zero, precisaríamos de refinanciar 30. Se a isso juntarmos três défice acumulados (2011 a 2013) de mais uns 10% do PIB.

... os 70 mil milhões até podem ser pouco se Portugal ficar com as linhas do mercado cortadas por uns 3/4 anos ..
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por Lion_Heart » 31/3/2011 15:25

Televisões e jornais internacionais destacam esta quarta-feira o novo máximo nos juros da divida pública portuguesa. As visitas de Dilma Rousseff e Lula da Silva são descritas como um balão de oxigénio para a crise política e económica.

Em Portugal aumenta a incerteza e as bocas do mundo repetem e contrariam as palavras de José Sócrates.

Aos olhos do ABC, Diario Digital espanhol, Sócrates é «um antipático contra todos».

Por insistir que Portugal não precisa de ajuda externa, o primeiro-ministro é comparado a um condutor que viaja em contramão numa auto-estrada convencido que os outros é que estão errados.

Errada também pode estar a previsão do défice português para 2011. A provável revisão é noticia de primeira pagina na versão europeia do norte-americano Wall Street Journal.

Na Europa, o britânico The Guardian destaca as visitas de Lula da Silva e Dilma Rouseff e a possível ajuda a Portugal

In TVI24
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por pepi » 31/3/2011 15:24

pdcarrico Escreveu:
pepi Escreveu:
pdcarrico Escreveu:Bem ... acho que interessante era conseguirmos um financiamento do fundo de estabilização equivalente a 90% do PIB, e com ele comprar em mercado secundário toda a dívida emitida de OT's e BT's.


Porque será que isso não aconteceu na Irlanda e na Grécia onde as yields continuam em máximos?


Pois é ... essa pergunta é muito pertinente. Primeiro porque os empréstimos são em tranches e por exemplo no caso da Irlanda as necessidades de liquidez eram enormes para o curto prazo por conta dos resgates da banca. Ou seja, qualquer dinheiro que chegasse já tinha destino certo.

Existe possivelmente outro problema que deve ter que ver com pressões dos credores, que segundo julgo saber seriam, para a Grécia e Irlanda, na sua maioria bancos alemães.

Para Portugal é uma questão do balanço fechar (entre receita e despesa), e possivelmente alguma necessidade de liquidez de curto prazo. Estou em crer que se tivéssemos uma linha de financiamento grande e relativamente barata e com ela comprássemos a dívida, logo enxugaríamos alguns milhares de milhões de euros em juros a cada ano (mesmo tendo que pagar juros ao fundo de estabilização). Com bastante austeridade poderia ser possível fazer o balanço fechar.

Mas o problema é que não nos dão para a mão essa massa toda nem mesmo se viessem para cá governar.


Eu percebi a tua ideia, mas acho que se isso acontecesse de facto (i.e., o FE+FMI dessem uma tranche grande à cabeça), o mercado rapidamente ajustaria a yield do mercado à taxa que esse fundo emprestaria... Por muito ineficiente que o mercado seja, parece-me que o impacto ia ser limitado, pois ao fim de pouco tempo o mercado se ajustava... n achas?

Outra coisa, o Juncker disse que precisamos de 70 Milhões de Euros. O que estará a considerar, uma vez que as necessidades a curto prazo são bem menores?! Deve haver tanto lixo debaixo daquele tapete que nem o BCE quer uma auditoria às contas públicas...
 
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por pdcarrico » 31/3/2011 15:23

Interessante, interessante (...já que estamos em maré de discussão livre...) era contrair o empréstimo e depois, com o guito na mão, arruinar por completo a nossa credibilidade financeira - chutar mais uns submarinos (desta vez imaginários), inventar uns rumores de um 2º e 3º BPN, deixar uns rumores de défice acima de 15%, inventar uma crise política maior, programar um TGV de Celorico de Basto até Alcabideche, etc...

Deixar as yields chegarem a 15%, depois comprar e depois dizer que as notícias eram todas mentira!

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por pdcarrico » 31/3/2011 15:14

pepi Escreveu:
pdcarrico Escreveu:Bem ... acho que interessante era conseguirmos um financiamento do fundo de estabilização equivalente a 90% do PIB, e com ele comprar em mercado secundário toda a dívida emitida de OT's e BT's.


Porque será que isso não aconteceu na Irlanda e na Grécia onde as yields continuam em máximos?


Pois é ... essa pergunta é muito pertinente. Primeiro porque os empréstimos são em tranches e por exemplo no caso da Irlanda as necessidades de liquidez eram enormes para o curto prazo por conta dos resgates da banca. Ou seja, qualquer dinheiro que chegasse já tinha destino certo.

Existe possivelmente outro problema que deve ter que ver com pressões dos credores, que segundo julgo saber seriam, para a Grécia e Irlanda, na sua maioria bancos alemães.

Para Portugal é uma questão do balanço fechar (entre receita e despesa), e possivelmente alguma necessidade de liquidez de curto prazo. Estou em crer que se tivéssemos uma linha de financiamento grande e relativamente barata e com ela comprássemos a dívida, logo enxugaríamos alguns milhares de milhões de euros em juros a cada ano (mesmo tendo que pagar juros ao fundo de estabilização). Com bastante austeridade poderia ser possível fazer o balanço fechar.

Mas o problema é que não nos dão para a mão essa massa toda nem mesmo se viessem para cá governar.
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por pdcarrico » 31/3/2011 15:05

pocoyo Escreveu:Boa, tu és rato!!!

:roll: :roll: :roll:

Nem gosto muito de queijo, mas acho que vou ficar contente com essa espécie de elogio ;)
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por pepi » 31/3/2011 15:04

pdcarrico Escreveu:Bem ... acho que interessante era conseguirmos um financiamento do fundo de estabilização equivalente a 90% do PIB, e com ele comprar em mercado secundário toda a dívida emitida de OT's e BT's.


Porque será que isso não aconteceu na Irlanda e na Grécia onde as yields continuam em máximos?
 
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por pdcarrico » 31/3/2011 14:59

pocoyo Escreveu:
pdcarrico Escreveu:Bem ... acho que interessante era conseguirmos um financiamento do fundo de estabilização equivalente a 90% do PIB, e com ele comprar em mercado secundário toda a dívida emitida de OT's e BT's.

Como a yield já está, em todos os prazos, acima de 8/9%, o valor de desconto face ao valor de emissão (quando colocada em mercado primário) já deve ser em torno de quase 30%.

É como se houvesse um hair-cut automático, mas sem negociação com os credores porque era relativo a uma negociação livre em mercado secundário.

O problema é que não garantiremos um financiamento tão grande e se fosse para um prazo de uns cinco anos, duvido que nos dessem uma taxa muito interessante.


Boa, tu és rato!!!
Não tinha pensado nisso, mas que era grande jogada, lá isso era.


Seria um bom negócio mas no pressuposto de se conseguir financiamento mais barato e em dimensão maior do que se falou. Parece-me que tal não será possível.

yabadoo Escreveu:
pdcarrico Escreveu:Bem ... acho que interessante era conseguirmos um financiamento do fundo de estabilização equivalente a 90% do PIB, e com ele comprar em mercado secundário toda a dívida emitida de OT's e BT's.


E porque é que, nesse cenário, quem agora tem OT e BT a desconto as quereria vender ? Pelo que percebi ficavam a perder dinheiro com esse negócio.


Sim, poderiam não as querer vender, ou seja com a pressão de recompra hipotética do Estado Português, valorizar-se-iam as OT's e dessa forma o desconto não seria tão grande.

Mas isso quer dizer que os credores se sentiriam confiantes em deter dívida Portuguesa, ou seja provavelmente o Estado poderia voltar a financiar-se em mercado primário a taxas mais razoáveis.
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por migluso » 31/3/2011 14:56

pdcarrico Escreveu:Bem ... acho que interessante era conseguirmos um financiamento do fundo de estabilização equivalente a 90% do PIB, e com ele comprar em mercado secundário toda a dívida emitida de OT's e BT's.

Como a yield já está, em todos os prazos, acima de 8/9%, o valor de desconto face ao valor de emissão (quando colocada em mercado primário) já deve ser em torno de quase 30%.

É como se houvesse um hair-cut automático, mas sem negociação com os credores porque era relativo a uma negociação livre em mercado secundário.

O problema é que não garantiremos um financiamento tão grande e se fosse para um prazo de uns cinco anos, duvido que nos dessem uma taxa muito interessante.


É uma boa ideia, nem que seja um empréstimo de 50% da dívida, a pagar juros entre 3 e 4%, para os próximos 5/7 anos.

Claro, uma solução destas obrigaria a orçamentos saldo zero ou excedentários durante a vigência do empréstimo.

A (inevitável) contracção do PIB seria acompanhada por uma redução da dívida, pelo que aquela rácio tão adorado por muitos poderia descer para os 50% do PIB actual.

Agrada-me a ideia...
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por yabadoo » 31/3/2011 14:53

pdcarrico Escreveu:Bem ... acho que interessante era conseguirmos um financiamento do fundo de estabilização equivalente a 90% do PIB, e com ele comprar em mercado secundário toda a dívida emitida de OT's e BT's.


E porque é que, nesse cenário, quem agora tem OT e BT a desconto as quereria vender ? Pelo que percebi ficavam a perder dinheiro com esse negócio.
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por pocoyo » 31/3/2011 14:47

pdcarrico Escreveu:Bem ... acho que interessante era conseguirmos um financiamento do fundo de estabilização equivalente a 90% do PIB, e com ele comprar em mercado secundário toda a dívida emitida de OT's e BT's.

Como a yield já está, em todos os prazos, acima de 8/9%, o valor de desconto face ao valor de emissão (quando colocada em mercado primário) já deve ser em torno de quase 30%.

É como se houvesse um hair-cut automático, mas sem negociação com os credores porque era relativo a uma negociação livre em mercado secundário.

O problema é que não garantiremos um financiamento tão grande e se fosse para um prazo de uns cinco anos, duvido que nos dessem uma taxa muito interessante.


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Não tinha pensado nisso, mas que era grande jogada, lá isso era.
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por pdcarrico » 31/3/2011 14:31

Bem ... acho que interessante era conseguirmos um financiamento do fundo de estabilização equivalente a 90% do PIB, e com ele comprar em mercado secundário toda a dívida emitida de OT's e BT's.

Como a yield já está, em todos os prazos, acima de 8/9%, o valor de desconto face ao valor de emissão (quando colocada em mercado primário) já deve ser em torno de quase 30%.

É como se houvesse um hair-cut automático, mas sem negociação com os credores porque era relativo a uma negociação livre em mercado secundário.

O problema é que não garantiremos um financiamento tão grande e se fosse para um prazo de uns cinco anos, duvido que nos dessem uma taxa muito interessante.
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por helderjsm » 31/3/2011 14:20

Melhores cumprimentos,
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por Automech » 31/3/2011 12:47

Reparem no guião:

A culpa é do INE:
São situações transparentes e que compete ao INE acompanhar essas situações”.


A culpa é da UE:
Ainda assim, Teixeira dos Santos queixou-se destas alterações metodológicas, repetindo o que já havia dito no Parlamento: “ É como mudar o marcador de resultado muito depois de o jogo ter acabado”.


A culpa é da oposição:
Agora, acrescentou, depois do chumbo do PEC IV pela oposição "tudo está bastante pior".
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por rcostab » 31/3/2011 12:43

JMHP Escreveu:Actualização da noticia:

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que hoje os enviará a Bruxelas ao abrigo do reporte semestral das contas públicas, mostram ainda que, no ano passado, a dívida pública se elevou a 92,4%, ultrapassando, pela primeira vez, a barreira dos 90%.

Para este ano, o INE mantém a previsão de um défice de 4,6%, como prometido pelo Governo, mas increve uma previsão de dívida pública de 97,3%.

O INE faz ainda uma revisão em alta dos défices e dívidas públicas de 2008 e de 2007, designadamente devido a alterações no valor do PIB, que deitam também por terra a ideia de que Portugal tinha conseguido, antes da crise financeira, cumprir os critérios do euro.

Em 2007, o valor agora definitivo do défice orçamental é estabelecido em 3,1% do PIB, e o de 2008 sobe para 3,5% – em ambos os casos acima do limite de 3% estabelecido pelas regras do euro
.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=476857

Imagem[/b]



"Ainda está para nascer quem faça melhor do que eu em relação ao defice!!!!"

Este Sr. Sousa bem que podia contratar o Futre para lhe dar umas luzes de como tirar o Pais do buraco!
 
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por Elias » 31/3/2011 12:40

De facto Portugal falha o limite do défice há 7 anos consecutivos.

Mas sejamos claros: isto só é possível porque esse incumprimento não tem consequências; ou seja, teoricamente há multas previstas para estas situações de incumprimento mas na prática elas não têm sido aplicadas e por isso a malta continua alegremente a não cumprir...


Portugal falha limite do défice desde 2004

Margarida Peixoto
31/03/11 12:02
economico.pt

Os dados do INE mantêm a estimativa de 4,6% para este ano.

Há 7 anos que Portugal tem um défice acima de 3%. Este ano será mais um.

Desde 2004 que Portugal fura todos os anos o limite de 3% para o défice orçamental imposto por Bruxelas. O reporte do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado hoje reviu os défices orçamentais desde 2007 em alta, mostrando que o último período de esforço de consolidação atravessado pela economia - no primeiro Governo de José Sócrates - não foi o suficiente para cumprir as regras comunitárias.

A correcção às contas - que em 2007 já tinham sido dadas como fechadas - ficou a dever-se à inclusão de três empresas públicas do sector dos transportes no perímetro de consolidação. Isto quer dizer que os défices destas empresas passaram a contar para o valor total do défice das administrações públicas. São elas a Refer, o metropolitano de Lisboa e o metro do Porto. Em 2007 foram acrescentados 0,4 pontos ao défice e nos anos seguintes, 0,5 pontos em cada um.

Os dados de 2011 continuam, ainda assim, a manter a mesma previsão de défice orçamental (4,6%). Este valor é previsto e é da responsabilidade do Ministério das Finanças.
 
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por JMHP » 31/3/2011 12:40

Teixeira dos Santos já respondeu:

O ministro das Finanças assegurou esta manhã que o défice orçamental do ano passado foi de 6,8% do PIB, bem abaixo dos 7,3% que o Governo visava. E frisou que as alterações contabilísticas que levam o défice para 8,6% só têm impacto em 2010.

“Apesar desta alterações, o resultados de 2011 não estão de forma alguma em perigo”, assegurou o ainda ministro das Finanças, referindo-se à meta de 4,6%.

“Estas alterações não afectam nem prejudicam os objectivos de 2011”, insistiu, acrescentando que “estamos no caminho certo para atingir as metas”.

“Não é segredo para ninguém que tínhamos responsabilidades com o BPN, nada estava escondido”. Quanto às empresas de transportes, prosseguiu, “a sua situação também é pública, nada disto estava no segredo dos deuses. São situações transparentes e que compete ao INE acompanhar essas situações”.

Ainda assim, Teixeira dos Santos queixou-se destas alterações metodológicas, repetindo o que já havia dito no Parlamento: “ É como mudar o marcador de resultado muito depois de o jogo ter acabado”.


"Não temos legitimidade para pedir ajuda externa"

“Este resultado não tem de afectar as condições em que temos vindo a viver, porque nada é realmente novo”, frisou ainda Teixeira dos Santos, referindo-se à possibilidade de os mercados financeiros castigarem ainda mais Portugal perante estes novos números. Agora, acrescentou, depois do chumbo do PEC IV pela oposição "tudo está bastante pior".

Questionado sobre se Portugal terá de recorrer a ajuda externa, Teixeira dos Santos frisou que numa atitude de "estoicismo" o Governo fará tudo para não faltar aos compromissos do Estado português – mas, pedir ajuda não. "Daqui até lá [às eleições], este Governo não tem legitimidade, nem condições para negociar seja o que for nesse sentido".

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Editado pela última vez por JMHP em 31/3/2011 12:41, num total de 1 vez.
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