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Caldeirão da Bolsa

PEC - próximos capítulos (2011 - 2012 - 2013)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Nyk » 24/3/2011 13:10

AutoMech Escreveu:
pocoyo Escreveu:Levantar o sigilo bancário a quem receber o RSI, e controlar a conta de 6 em 6 meses.


Não resolve Pocoyo. Nos feirantes é sabido que há uma grande incidência de RSIs, apesar de muitos não precisarem e todos eles trabalham em cash. O mesmo acontece com quem faz biscates.

E quem trabalha em empresas, como não desconta nem ele nem o patrão, é o próprio patrão a pagar também por fora e não por conta bancária.

E também não são montantes suficientemente elevados para gerar sinais exteriores de riqueza.


Acabar com o dinheiro em moeda e passar só a existir dinheiro digital, todos tinham que ter conta bancaria e cartão para pagamentos.
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por artista_ » 24/3/2011 13:07

Mares Escreveu:O RSI não é um abuso e também não é uma "esmola" (como já te tinha respondido antes), mas sim uma contribuição social (temporária) e que deverá ser acompanhada por medidas efectívas de integração. Como podes pensar que alguém queira "viver" com 170 euros/mês e que se sinta benificiado pelo sistema?


Temporária?! Deves estar a brincar, imaginas quantos a estão a receber há anos? e que nem lhes passa pela cabeça mudar a situação?!

Há quem queira viver com 170 euros por mês sim, em primeiro lugar porque muitas vezes são vezes dois mais abono de família dos filhos. Depois porque complementam esses rendimentos com outros provenientes de actividades não declaradas... para quê arranjar um emprego a ganhar 475 euros se têm garantidos 170 (no mínimo) sem fazer nada, facilmente com os biscates ganham o mesmo fazendo muito menos... daqui a uns anos terão direito a reformas mínimas porque nunca descontaram para nada, aí vêm as queixas, de que o estado não ajuda, que são pobres, etc...

Mares Escreveu:Contrariamente, as reformas "douradas" tem custos de 7 mil milhões de euros/ano, sendo notoriamente insuportável aos cofres do Estado e a qual os Alemães vão querer saber...


Aqui concordo contigo, terá de haver uma "reforma" nas reformas...
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por Automech » 24/3/2011 13:02

pocoyo Escreveu:Levantar o sigilo bancário a quem receber o RSI, e controlar a conta de 6 em 6 meses.


Não resolve Pocoyo. Nos feirantes é sabido que há uma grande incidência de RSIs, apesar de muitos não precisarem e todos eles trabalham em cash. O mesmo acontece com quem faz biscates.

E quem trabalha em empresas, como não desconta nem ele nem o patrão, é o próprio patrão a pagar também por fora e não por conta bancária.

E também não são montantes suficientemente elevados para gerar sinais exteriores de riqueza.
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por FilRib » 24/3/2011 12:58

Acho que vou deixar de acompanhar estas conversas. São tópicos a mais sobre o mesmo e mesmo assunto...

Já não consigo!
 
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por Automech » 24/3/2011 12:56

Mares Escreveu:O RSI não é um abuso e também não é uma "esmola" (como já te tinha respondido antes), mas sim uma contribuição social (temporária) e que deverá ser acompanhada por medidas efectívas de integração. Como podes pensar que alguém queira "viver" com 170 euros/mês e que se sinta benificiado pelo sistema?


Esse é o raciocino (correto) no papel, na teoria.

Na prática em muitos casos, não só não é temporário, como se tornou permanente e ainda incentivou pessoas a trabalharem, recebendo por fora, sem descontar, de forma a poderem receber também o RSI.

Nesses casos trata-se de um duplo roubo, não descontando e recebendo uma prestação indevida. E não penses que são excepções...

Qual é a tua proposta para conseguires com que o RSI seja realmente entregue a quem dele necessite ?
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por pocoyo » 24/3/2011 12:52

AutoMech Escreveu:
Mares Escreveu:Desculpa-me mas estás a ter uma visão muito estreita da realidade. Vês como um custo para a sociedade e não vês como uma mais-valia a integração dessas pessoas na sociedade.


Já te fartaste de falar mas continuas sem dizer como é que garantias um RSI sem abusos, realmente para quem precisa (com o qual concordo) mas que não seja subvertido.

E é isso que os alemães, que deste como exemplo na página anterior, também querem saber.


Simples Mech,

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por Mares » 24/3/2011 12:51

AutoMech Escreveu:
Mares Escreveu:Desculpa-me mas estás a ter uma visão muito estreita da realidade. Vês como um custo para a sociedade e não vês como uma mais-valia a integração dessas pessoas na sociedade.


Já te fartaste de falar mas continuas sem dizer como é que garantias um RSI sem abusos, realmente para quem precisa (com o qual concordo) mas que não seja subvertido.

E é isso que os alemães, que deste como exemplo na página anterior, também querem saber.


O RSI não é um abuso e também não é uma "esmola" (como já te tinha respondido antes), mas sim uma contribuição social (temporária) e que deverá ser acompanhada por medidas efectívas de integração. Como podes pensar que alguém queira "viver" com 170 euros/mês e que se sinta benificiado pelo sistema?


Contrariamente, as reformas "douradas" tem custos de 7 mil milhões de euros/ano, sendo notoriamente insuportável aos cofres do Estado e a qual os Alemães vão querer saber...
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por Automech » 24/3/2011 12:41

Mares Escreveu:Desculpa-me mas estás a ter uma visão muito estreita da realidade. Vês como um custo para a sociedade e não vês como uma mais-valia a integração dessas pessoas na sociedade.


Já te fartaste de falar mas continuas sem dizer como é que garantias um RSI sem abusos, realmente para quem precisa (com o qual concordo) mas que não seja subvertido.

E é isso que os alemães, que deste como exemplo na página anterior, também querem saber.
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por Mares » 24/3/2011 12:36

Alguns e os outros....

Os sacrifícios são sempre para os mesmos!!
Anexos
Reformas_2_sistemas.PNG
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por Nyk » 24/3/2011 12:19

Pacote de resgate a Portugal poderá ascender a 80 mil milhões de euros

Os analistas do mercado de dívida estimam que Portugal poderá receber um pacote de resgate no valor de 80 mil milhões de euros.
Um resgate a Portugal “é praticamente inevitável”, diz Jacques Cailloux, um economista do Royal Bank of Scotland, citado pela Bloomberg.

O banco inglês estima que Portugal poderá necessitar de um pacote de resgate até 80 mil milhões de euros, uma estimativa em linha com as restantes opiniões recolhidas pelo Negócios.

Os valores comparam com os cerca de 85 mil milhões de euros atribuídos à Irlanda em Novembro (67,5 mil milhões concedidos pelo FEEF) e os 110 mil milhões acordados com a Grécia, em Maio.

"A probabilidade de um pedido de ajuda é muito próxima de 100%", disse ontem ao Negócios Peter Schaffrik, analista de obrigações do RBC Capital Markets. "Acredito que isso aconteceria mesmo que o Executivo não tivesse caído, mas sem um Governo e, tendo em conta que a discordância partiu de questões orçamentais... não há volta a dar", remata.

O calendário de amortizações da dívida não deixa margem para esperar por outra solução governativa. O Estado já foi este ano buscar aos mercados mais de 13 mil milhões de euros, que convencem os analistas de que Portugal será capaz de honrar os seus compromissos até ao próximo mês de Abril.

As taxas de juro em máximos históricos inibiram que se adiantasse a obtenção de financiamento. E assim o Estado partirá quase do zero para conseguir o dinheiro para pagar os 4,9 mil milhões que tem de saldar em Junho.

Os analistas prevêem que, dado o nível incomportável dos juros, a única solução será recorrer ao fundo europeu, onde os custos de financiamento são menores.


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por Mares » 24/3/2011 11:51

AutoMech Escreveu:Mares, por mais voltas que dês, no final de tudo, objetivamente, o que existe é um montante de dinheiro do estado para distribuir.

Como é que farias a distribuição de ajudas sociais ?



AutoMech, desculpa-me mas estás a ter uma visão muito estreita da realidade. Vês como um custo para a sociedade e não vês como uma mais-valia a integração dessas pessoas na sociedade.

Vou-te reposicionar essa questão no projecto europeu...

O que pensará um trabalhador alemão daquele "povo moreno", que vive num país do sul da europa, que quer viver do nosso dinheiro? Aquele "povinho" que se reforma aos 55 anos (com reformas às vezes superiores ao último salário), que vive dos "nossos impostos", improdutívo, desorganizado, que se recusa a perder privilégios, que só nos cria problemas,...etc.
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por artista_ » 24/3/2011 11:49

O problema do RSI não está só nos milhões que se gastam anulamente com essa "esmola". O problema está sobretudo na mensagem que se passa de que podemos viver sem trabalhar muito, sem produzir, sem descontar para nada... quando perceberem que o não descontar para nada significa uma velhice miserável será tarde de mais, não se pode voltar para trás. O problema está também na mensagem que se passa aos jovens, sobretudo os pais que vivem à conta desse subsídio. Jovens que, de uma forma ou de outra, aprendem que têm direitos mas não têm deveres, que podem viver sem fazer absolutamente nada... e depois dizem que estão à rasca!
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por Nyk » 24/3/2011 11:44

Os países mais expostos a Portugal

Um pedido de ajuda financeira do País parece cada vez mais incontornável. Saiba quais são os países mais expostos a Portugal. Veja a infografia com os activos que cada país tem.
Espanha é o país mais exposto a Portugal, mas os bancos alemães são os que têm mais a perder com problemas na banca nacional.



Depois do primeiro-ministro português ter apresentado a sua demissão, parece cada vez mais uma realidade o pedido de ajuda de Portugal à Europa.



A imprensa internacional começa a fazer as contas dos seus países. Qual a exposição à banca portuguesa e à dívida pública?


Dados publicados em Dezembro pelo Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) - referentes a meio de 2010 - mostram que os bancos que reportam à instituição (de 56 países) tinham uma exposição a Portugal de 292,6 mil milhões de dólares (cerca de 205 mil milhões de euros ao câmbio actual ou mais que o PIB anual nacional).

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=475409
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por Cardos » 24/3/2011 11:42

Bom dia,

Afinal, O PSD também têm um PEC: "Passos segura reformas com a subida do IVA - Correio da Manhã"!...

PS, PSD ou outro partido qualquer, o Diabo que escolha! :|

Cumprimentos,
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por Nyk » 24/3/2011 11:41

Commerzbank: Demissão de Sócrates é "mais um prego no caixão"

O Commerzbank diz que a demissão do primeiro-ministro vai condenar Portugal a recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira.
A demissão de Sócrates “é mais um prego no caixão em termos de uma adesão a um pacote de resgate”, disse o estratega do banco alemão, David Schnautz, à Bloomberg. “Para a Irlanda, Grécia e Portugal, este pode ser mais um factor de pressão”, explicou o responsável da área de mercados financeiros do banco.

As taxas de juro das obrigações portuguesas voltam hoje a renovar máximos históricos. A subida é mais acentuada nos prazos mais curtos, sinalizando os maiores receios dos investidores relativamente a um eventual incumprimento da dívida soberana.

A taxa de juro das obrigações a dois anos avança 16,8 pontos base para 6,774% e os juros da dívida a cinco progridem 19,6 pontos base para 8,378%. Já a taxa de juros da dívida a 10 anos cresce 8,3 pontos base para 7,714%, segundo as taxas de juro genéricas da Bloomberg.
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por JMHP » 24/3/2011 11:40

Mares Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Mares Escreveu:Primeira pergunta: Sim, concordo com o RSI.


Escolhes que hipótese ?

A) Definir regras, como actualmente, e atribuir o RSI, sabendo que há uma parte que não o merece, porque subverte o sistema (recebendo por fora) e porque temos injustiça fiscal.

B) Acabar com o RSI, sabendo que irás prejudicar, inevitavelmente quem dele realmente precisava.

C) Outra opção. Qual ?


Fico satisfeito que, relativamente à tua segunda questão, aceites que infelizmente tem muita gente que faça associações xenófobas e discriminatórias a quem receba o RSI.

Quanto às hipóteses que colocas aqui, acho que estás a reduzír esta questão a um princípio miserabilista ou economicísta. Como sabes, estamos a falar de valores de 170-180 euros/mês, como se a sociedade estivesse a dar uma "esmola" a uns "pobres coitados".

Mas a sociedade não é isso...

As questões que se deverão colocar são... Quanto a sociedade perde caso tenhamos pessoas dormindo nas ruas? Quanto a sociedade perde caso tenhamos barracas e guetos nas cidades? Quanto a sociedade perde por discriminar e marginalizar cidadãos pela sua etnía, raça ou situação económica?

Finalmente e muito mais importante, quanto perdem esses cidadãos por serem discriminados e quanto eles poderíam contríbuir para uma sociedade melhor?


Essa conversa já não convence, não pega, não faz sentido...

Todas essas preocupações tem sido levadas em conta pelas politicas sociais ao longo das ultimas decadas, em nome da pobreza e dos mais desfavorecidos foram aprovadas politicas que ajudaram a empurrar o país para uma situação desastrosa.

Ao fim de 3 décadas e meia de democracia e com um estado social obeso, ficamos com mais pobres, mais desempregados, uma classe média falida e com dividas que ultrapassa aquilo que produzimos.

Agora já não são só os pobres que sofrem.... É um país inteiro que é pedinte!!

Tudo isto não é suficiente para demonstrar que este sistema económico e social falhou?!
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por Elias » 24/3/2011 11:31

AutoMech Escreveu:Mares, por mais voltas que dês, no final de tudo, objetivamente, o que existe é um montante de dinheiro do estado para distribuir.

Como é que farias a distribuição de ajudas sociais ?


Vai a eito e se faltar guito derruba-se o governo e a seguir aumenta-se o IVA (foi o que aconteceu em 2002, em 2005 e agora em 2011).
 
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por Automech » 24/3/2011 11:29

Mares, por mais voltas que dês, no final de tudo, objetivamente, o que existe é um montante de dinheiro do estado para distribuir.

Como é que farias a distribuição de ajudas sociais ?
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por Mares » 24/3/2011 11:19

AutoMech Escreveu:
Mares Escreveu:Primeira pergunta: Sim, concordo com o RSI.


Escolhes que hipótese ?

A) Definir regras, como actualmente, e atribuir o RSI, sabendo que há uma parte que não o merece, porque subverte o sistema (recebendo por fora) e porque temos injustiça fiscal.

B) Acabar com o RSI, sabendo que irás prejudicar, inevitavelmente quem dele realmente precisava.

C) Outra opção. Qual ?


Fico satisfeito que, relativamente à tua segunda questão, aceites que infelizmente tem muita gente que faça associações xenófobas e discriminatórias a quem receba o RSI.

Quanto às hipóteses que colocas aqui, acho que estás a reduzír esta questão a um princípio miserabilista ou economicísta. Como sabes, estamos a falar de valores de 170-180 euros/mês, como se a sociedade estivesse a dar uma "esmola" a uns "pobres coitados".

Mas a sociedade não é isso...

As questões que se deverão colocar são... Quanto a sociedade perde caso tenhamos pessoas dormindo nas ruas? Quanto a sociedade perde caso tenhamos barracas e guetos nas cidades? Quanto a sociedade perde por discriminar e marginalizar cidadãos pela sua etnía, raça ou situação económica?

Finalmente e muito mais importante, quanto perdem esses cidadãos por serem discriminados e quanto eles poderíam contríbuir para uma sociedade melhor?
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por Mares » 24/3/2011 10:52

Nyk Escreveu:30 reacções a um Portugal sem Governo



Empresários, economistas, gestores e dirigentes reagem, em declarações ao Económico, à demissão de José Sócrates.




Fazendo-se um resumo destas declarações podemos vêr "incertezas no futuro", "esta crise política é inoportuna", "é necessário uma base alargada de consenso", "muito triste",....


Estas declarações são preocupantes e poderão antevêr que as atitudes irresponsáveis dos nossos políticos terão consequências muito negativas nas vidas das pessoas e na econommia real.

Apesar de existir um entendimento muito próximo nestas declarações, o mesmo não se viu num sentido de responsabilidade dos deputados no Parlamento.

Isto só demonstra que os politicos que nós temos estão completamente desfasados da realidade.
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por Nyk » 24/3/2011 8:23

Governo/Demissão: Portugal "à beira" de recorrer ao fundo...
24 de Março de 2011, 05:04
Pequim, 24 mar (Lusa) -- A agência noticiosa oficial chinesa Nova China (Xinhua) considerou hoje que "a crise política" em Portugal colocou o país "à beira" de recorrer ao fundo de resgate europeu.

"O parlamento português votou contra as últimas medidas de austeridade do governo, o que levou o Primeiro-ministro, José Sócrates, a demitir - se. A crise política colocou o país à beira de pedir um resgate", diz a Nova China numa cronologia da crise da dívida soberana na zona euro desde a intervenção da União Europeia e do FMI na Grécia, há precisamente um ano.

A avaliação da agência noticiosa chinesa é partilhada pela CCTVnews, canal em língua inglesa, com noticiários de hora a hora, 24 horas por dia.
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por Nyk » 24/3/2011 8:21

30 reacções a um Portugal sem Governo



Empresários, economistas, gestores e dirigentes reagem, em declarações ao Económico, à demissão de José Sócrates.

Joe Berardo, empresário

"Sinto-me extremamente triste por esta situação ter terminado assim. Foi pena ver que os deputados dos partidos estivessem todos a rir no parlamento, pareciam que estavam a gozar. Eu devo estar noutro mundo. Parece que não sabem o que o país vai atravessar com as novas exigências para obter financiamento. Eu acho que estão a brincar com coisas sérias. Tenho a certeza que as pessoas são responsáveis, mas estão a tratar deste assunto de forma leviana. O primeiro-ministro foi a única pessoa que pôs os seus interesses pessoais e partidários de lado para defender o país. Temos que ter um Governo forte para poder fazer a mudança e obter a credibilidade necessária para termos financiamento. Com estes juros não há nenhum partido que possa cumprir com os compromissos financeiros".

Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP

"Nada de especial. Já era previsível".

"O que interessa agora dizer é que, em democracia, quando há bloqueios, há eleições. No futuro é preciso que as forças partidárias, nomeadamente o PS e o PSD, passem a falar com a verdade e com rigor".

Nuno Amado, presidente do Santander Totta

"É a democracia a funcionar"

Américo Amorim, empresário
"Ainda não foi aceite a demissão, o Presidente da República ainda vai ter que ouvir os partidos políticos. Porém, em função do que tinha acontecido no parlamento não havia outra alternativa. Qualquer mudança nunca favorece o país, a instabilidade política nunca foi boa. Mesmo assim acredito que o que aí vem não é pior para o país, mas o futuro a Deus pertence".

Silva Lopes, economista

"O primeiro-ministro andava há que tempos a negar auxílio externo, mas ele já cá está há muitos meses. Se não fosse o BCE, já isto estava de pantanas há muitos meses".

"Agora teremos que ir ao Fundo Europeu, nas suas condições actuais. Bem sei que as condições são difíceis e eu próprio já disse que tinha medo do Fundo, mas é inevitável".

"Deixámos degradar a situação e agora estamos numa situação desesperada. E não sei quem vai agora fazer acordos com o Fundo, porque para isso é preciso que haja do lado de cá alguém com capacidade para negociar. E agora não temos ninguém com essa capacidade".

"Não vejo bem como vamos sobreviver três meses sem auxílio externo, mas também não vejo bem como é que vamos negociá-lo [sem Governo]. Talvez a União Europeia e o Banco Central Europeia arranjem maneira, e eu espero bem que sim, de nos aguentarem mais uns meses, até que se possa negociar. Mas depois paga-se a factura".

"Não houve responsabilidade, ninguém ganhou juízo. Andaram todos a evitar o inevitável. Nem o Governo, nem o líder da oposição, nem o Presidente da República, nenhum quis declarar que a vinda do Fundo era inevitável".

"Estou surpreendido que o Presidente da República não tenha dito nada sobre isto. Não é indiferente o que ele fez ou não fez para ajudar nesta situação grave do país".

"Agora há que rezar a Nossa Senhora de Fátima para que o BCE nos vá aguentando mais uns tempos".

Miguel Almeida, presidente da Sonaecom

"A única coisa que posso dizer é que este não é o melhor momento para irmos para eleições".

Ilídio Pinho, IP Holding

"A situação e o ambiente político que rodearam este Governo nos últimos tempos tornou intolerável a convivência com os partidos da oposição. Chegados aqui, não existia outra alternativa senão ao Primeiro-Ministro pedir a demissão e irmos para eleições. Não acredito que vamos ficar piores, a convicção que tenho é que a oposição (os partidos que vão concorrer às eleições) já criaram condições de confiança nos mercados externos".

Pais do Amaral, empresário

"É um desastre. Vai mergulhar o país numa crise muito mais profunda do que aquela em que já estava".

"O timing desta crise política não podia ter sido pior" e "têm responsabilidade nisto os partidos da oposição e o próprio Presidente da República".

"Agora esperam-nos mais três meses de incerteza, esperam-nos eleições, e acredito que vamos passar por tempos muito maus, porque o país não se vai conseguir financiar e é inevitável a intervenção externa".

"Já estávamos mal, vamos ficar pior. Toda a gente sabe que para o país seguir em frente era preciso tomar medidas adicionais. Se as pessoas fingem não saber isso, ou são ignorantes ou têm uma agenda política".

Luigi Valle, vice-presidente do Pestana:

"Este Governo e este primeiro-ministro tinham de cair. Mas isso não significa que a partir de amanhã o PS, PSD e CDS não façam um esforço para se entenderem".

"Devemos ter eleições rapidamente".

"Devemos ter um governo de coligação, de entendimento entre todos os partidos políticos para que a própria Europa compreenda que Portugal está a tentar fazer tudo para sair desta crise profunda que já vem de alguns anos".

"Se o FMI tiver de vir porque os partidos políticos não se conseguem entender, muito bem".

António Saraiva, presidente da CIP

Não era "o momento oportuno" para um período eleitoral e que o país vai "mais fragilizado a Bruxelas".

"Vamos ter que colocar uma das maiores fatias de dívida em Abril e vamos fazê-lo numa situação mais frágil", afirmou o dirigente.

"Não sei se as eleições vão trazer essa base alargada".

"O Governo é o conselho de administração da empresa Estado e vai honrar os seus compromissos".

Bernardo Vasconcellos e Sousa, proprietário e presidente do HotelStock

"Tudo isto era inevitável há muito tempo. Não penso que a realização de eleições seja um drama.

Os credores e quem empresta o dinheiro quer é que haja alguém que continue a aplicar a austeridade a que o comportamento do país obrigou. Isto é produto de anos e anos de politicas ineficientes, de um país que não trabalha, e não quer dizer que seja culpa das pessoas. Mas para as pessoas trabalharem mais tem que aderir a um projecto.

É preciso alterar o imobilismo e as eleições podem ser clarificadoras.

Chegado ao ponto em que isto chegou [a situação] já não agrava muito mais. É muito mais importante a questão da falta de acreditar no futuro do país, os credores não acreditam no futuro do país, não acreditam que se aumentem as exportações porque o país não sabe ter indústria... temos que nos pôr na pele das pessoas a quem Portugal pede dinheiro emprestado".

Paulo Varela, presidente do grupo Visabeira

"Lamento imenso esta situação e penso que a solução passará necessariamente por fazer eleições e reunir um consenso o mais alargado possível que envolva o máximo de partidos.

Os impactos vão ser extremamente negativos para o país, para a economia, para todos, a situação já era difícil. Pode piorar mais, não tenho dúvidas sobre isso".

Pedro Gonçalves, Soares da Costa

"O que vai acontecer nos próximos meses é uma incógnita, quem quer que seja que hoje venha afirmar o que acontece de uma maneira ou de outra está a fazer pura especulação.

Neste contexto de situações mais difíceis de finanças públicas tivemos varias mudanças mas nenhuma assim.

Teremos que aguardar os próximos dias, pelos momentos de colocação da dívida para saber como é que os mercados vão reagir.

E uma incógnita as consequências que isto poderá ter para a economia portuguesa.

Obviamente que estes factores de incerteza são sempre perturbadores para os agentes económicos. Estes são tempos de incerteza".

Carlos Barbot, presidente do grupo Barbot

"É pena não se ter evitado isto. É pena não se terem entendido, é pena não terem falado com o Presidente da República. Acho que nos estão a levar para uma situação muito complicada"

Hipólito Pires, gestor

"Na minha opinião, acho que agora ficamos ainda pior do que o que estamos, mas temos que esperar para ver o que acontece. O país fica pior. Na minha opinião vai haver eleições, agora não se sabe é quando. Primeiro temos que ouvir qual é a decisão do Presidente da Republica. Agora, é indissociável que o FMI ou outra instituição idêntica entre em Portugal".

Luís Cabaço Martins, presidente da Antrop

"Gostamos de ter interlocutor e trabalhamos com qualquer Governo. O importante agora é que se encontrem soluções de estabilidade governativa. Esperamos que, sem prejuízo de estarmos perante um governo demissionário, seja possível continuarmos a trabalhar porque o país não pára."

Biagio Lapolla, responsável do Royal Bank of Scotland

"Isto traz consequências negativas nos mercados. Não muda muito a visão, porque os investidores já todos tinham a certeza que um resgate era inevitável. Mas é óbvio que é negativo, porque traz problemas de credibilidade na execução das políticas e mesmo na representação europeia. Pode haver 'downgrades' do 'rating', se as agências acreditarem que esta crise política precipita a ajuda externa, que é uma condição clara para o corte do rating".

Augusto Mateus, economista

"Aquilo de que o país precisa é de uma plataforma de convergência política, social e técnica. Portugal precisa de um governo maioritário ou de um acordo maioritário para tomar as medidas necessárias, que foi o que não aconteceu. E mesmo o acordo político não chega. Falta convocar as forças sociais e em matérias-chave encontrar pessoas altamente competentes".

"Essas matérias são a racionalização do Estado, as questões realizadas com o funcionamento dos mercados e com a criação de condições para gerar riqueza promover os investimentos. Isto requer capacidade técnica para não termos medidas demasiado genéricas".

"Em Abril e Junho Portugal vai ter que financiar o défice deste ano e pagar dívida acumulada pelos défices de anos anteriores. Não pode correr o risco de default. A haver dificuldades, não podem ser os credores a sofrer as consequências, temos que ter ajustamento interno. Espero que as próximas emissões tenham sucesso, mas com juro muito mais elevado. Penso que será possível enfrentar estas condições por dois ou três meses".

João Picoito, director-geral da Nokia Siemens Network

"Portugal necessita de encontrar rapidamente uma solução de estabilidade política alargada para se poder concentrar nos graves problemas económicos que tem de ultrapassar".

Pedro Seabra, presidente da consultora CB Richard Ellis em Portugal

"Já estávamos numa situação de total falta de financiamento de elevado custo da dívida pública, que é o que nos penaliza e isto não muda nada nesse sentido. Contudo, creio que houve alguma precipitação e teria sido melhor que este PEC tivesse sido aprovado nalguns pontos."

"Seja como for, vais sair um país mais forte e que espero empenhado em mudar o paradigma de gastar acima das possibilidades."

"De alguma forma, o FMI já cá está porque tínhamos um Governo a seguir indicações do exterior."

Ricardo Sousa, presidente da Century 21 Portugal

"Eles deviam ter tentado negociar e a demissão do Governo é negativa. Era a última opção a ser tomada e devia evitar-se a crise política porque vem agravar a nossa situação. Penso que a melhor solução era que Sócrates não se tivesse demitido, pelo menos para já. Não se devia ter sido precipitado e num clima de chantagem. Agora o país pára."

"Com este cenário de crise política é mesmo inevitável que o FMI venha porque vai haver uma maior quebra de confiança e um agravamento da situação económica."

"Tem de haver um esforço grande para que haja uma alternativa e um caminho de mudança. O desafio é grande e os políticos têm de se coordenar e pensar no país."

Miguel Júdice, presidente executivo do grupo Lágrimas

"Acredito que a entrada do FMI pode não ser uma consequência directa, depende do que se fizer no caso de queda do Governo."

"Penso que terá de ser um Governo de coligação, pelo menos para ter uma maior base de suporte. Mas acredito que Sócrates se voltará a candidatar."

Jorge Armindo, presidente da Amorim Turismo:

"A credibilidade do País a nível europeu já sofreu bastante. Isto foi um mau princípio, não se ter conseguido acordo entre os líderes políticos".

"Agora, há que tentar minimizar os efeitos que advirão. Vamos ter um período em que o Governo não governa e temos de esperar pelas eleições, que não sabemos o que nos vai trazer".

"Vamos ter alguns meses muito duros face ao potenciais compradores de divida.
Agora é inevitável vir o FMI após esta situação. Eu era daqueles que acreditavam que não vinha, mas neste momento acredito que não há outra solução".


"Deve criar-se condições para que se crie uma maioria confortável para governar.
Defendo um Governo de coligação PS, PSD e CDS. Não estou a ver como se pode governar com o PS na oposição".

António Pires de Lima, presidente da Unicer

"Foi a crónica de uma morte anunciada por todos há muito tempo. É importante uma clarificação política com a credibilidade a ser questionada todos os dias".

"Era importante que as eleições pudessem ser antecipadas para Maio".

"Vamos viver momentos de ainda maior intranquilidade do ponto de vista empresarial e da economia".


"Ninguém sabe o que vai acontecer, mas é desejável um governo com todos os partidos democráticos."

João Vieira Lopes, presidente da CCP

A demissão do primeiro-ministro não surpreendeu o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), face aos "desenvolvimentos dos últimos dias". Para João Vieira Lopes, o importante não é a cor política do futuro Governo mas sim a existência "de uma base alargada".

Antonio Carlos Rodrigues, vice-presidente do conselho consultivo do grupo Casais - Construção

"Isto é muito mau para o país, para os bancos, para as empresas. O país está numa situação tão instável, tão frágil na sua capacidade de gestão...que um dia destes vamos ter um estrangeiro a mandar em nós. Tudo o que precisamos é de um esforço comum e este não é um problema do governo, dos políticos. Demos um sinal muito claro de que não temos força suficiente para fazer esse esforço e isso é muito negativo. E não vai ser um novo governo que vai resolver esta situação."

Pedro Gouveia, director da construtora San José

"Era a crónica da morte anunciada. Estávamos à espera que esta situação acontecesse porque a credibilidade do governo e as medidas tomadas já não faziam sentido. Agora a incógnita é saber as consequências que estas medidas vão ter para os mercados externos. Não sei até que ponto é que esta situação actual não vai ser uma descompressão e vai desbloquear algumas situações. Quanto ao resto são questões eminentemente partidárias.

Fortunato Frederico - presidente do grupo Kyaia (Fly London) e presidente da APICCAPS

"É uma situação má que vai criar mais dificuldades ao país, a somar às que já temos. Só vai criar dificuldades. Nas próximas eleições, o povo vai escolher, mas um governo de minoria não vale a pena. O melhor é que se vote para uma maioria, para um Governo estável."

Eduardo Rangel, Presidente do Grupo Rangel

"A queda do Governo era inevitável e ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Portugal necessita de um Governo que trabalhe com o apoio de outros partidos políticos, para que desta forma não imponha ao país as medidas que pretende tomar, sem uma ampla maioria de apoio".

"O Governo que resulte destas eleições, em maioria ou minoria, deve procurar, com a ajuda do Presidente da República, constituir-se com uma grande base de apoio: pelo menos o PS, PSD e CDS, e, melhor ainda, se fosse possível com outros partidos. Os programas dos partidos para Portugal teriam que ser fundidos de forma a que as medidas urgentes de reestruturação do país tivessem o máximo apoio para não comprometer o seu sucesso. Só assim admito que não seriam necessárias ajudas externas como o FMI".

"Caso este apoio não se verifique, vamos continuar como estamos: sem credibilidade nos mercados internacionais, pagando a dívida a juros altíssimos, com a eventual entrada do FMI, com contestação permanente, com o desemprego a aumentar, com mais empresas a falir, com mais cortes nos apoios sociais e nas reformas e sem dinheiro para a economia".

"O apoio interpartidário é essencial para que Portugal possa dar aos mercados internacionais a certeza de que os programas apresentados são para cumprir. Não pode acontecer o que aconteceu com este governo, em que o PS, em minoria, se isolou e pretendia sozinho tomar medidas que afectam gravemente o dia-a-dia dos portugueses".

"Aliás, desde o início da crise, o PS deveria ter percebido que um governo minoritário não iria sobreviver muito tempo. Nessa altura, o Presidente da República deveria ter forçado o Governo a conseguir apoios junto de outros partidos".

"Espero que, no período de campanha eleitoral que se avizinha, os partidos tenham o bom senso de não se opor duramente, o que poderá colocar em risco a criação de coligações no próximo Governo, independentemente do resultado deste sufrágio".


Bruno Bobone, Presidente do Grupo Pinto Basto

"A queda do governo tornou-se inevitável face à má condução da situação pelo primeiro ministro que durante demasiado tempo tentou esconder a situação de dificuldade que vivemos e que agora tentou ganhar protagonismo na tomada de posição, sempre na perspectiva de ganhar imagem pública e nunca se preocupando com a realidade do país e dos portugueses".

"É agora fundamental que o líder da oposição demonstre as suas qualidades de pessoa de confiança e capaz de dirigir o país num momento tão difícil d e modo a conseguir obter uma maioria que lhe dê estabilidade governativa".

"Quanto à intervenção externa penso que nada se altera pois o momento que vivíamos era já de enorme instabilidade e, por isso, a intervenção externa viria na mesma".

Miguel Beleza, economista

"A oportunidade é má devido à situação do país e dos mercados internacionais"

"Era um desfecho esperado desde há dois ou três dias e na verdade a confiança antes desta crise política já não era grande face às taxas de juro que Portugal está a pagar. Gostaria de ver agora uma coligação alargada, com pelos menos dois partidos, por um período de vigência limitado".

"Estão em causa mais de dois meses que é um tempo considerável e não é positivo, pois tornará mais difícil o problema de financiamento do País".

Um eventual pedido de ajuda externa "não é uma derrota ou vitória da selecção nacional, é uma alternativa".

"Recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira, e através disso ao FMI, não é uma desgraça e pode até ser uma solução para o país".

"Gostaria de ver as pessoas a olhar para a ajuda externa com tranquilidade e ver os prós e contras. O Fundo, bem ou mal, goza de maior credibilidade no exterior, o que traria mais confiança aos mercados internacionais, porque a probabilidade do programa de consolidação das contas públicas ser cumprido é maior".

"Não era nada mau se fossem mais baixos os juros que temos de pagar (...)as medidas de austeridade até podiam ser aplicadas por um período de tempo mais curto, pelo que não é exacto dizer que o FMI equivale a um apertar maior do cinto".
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por Nyk » 24/3/2011 8:16

Bancos precisam de mil milhões para cumprir novas exigências de capital


BCP e Banif são, segundo o BPI, os bancos nacionais que enfrentarão maiores dificuldades para atingir a meta de 8% exigida pelo BCE e a Comissão Europeia.
Mesmo sem a aprovação do PEC IV, a nova meta para o rácio de capital "core Tier I" dos bancos portugueses, prevista no documento apresentado pelo Governo, vai ter de ser cumprida até ao final do ano. Esse foi o compromisso firmado com o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia. O BPI estima que os bancos têm de reforçar em quase mil milhões de euros os seus capitais para chegarem ao objectivo de 8% no final de 2011.
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por Automech » 24/3/2011 4:04

MarcoAntonio Escreveu:O que eu quero saber é como saímos da bronca, quais são as alternativas e o que se propõe a fazer...


Sim, não tenhamos ilusões Marco. Quem vier a seguir irá fazer o mesmo.

O problema ou se ataca pela receita ou pela despesa ou por ambos. Na receita não me admiro que o IVA seja, mais uma vez, o escolhido e alguma subida do IRS.

Na despesa é que ninguém teve coragem de mexer muito, mas é aí que o FMI pode mudar mais as "virgulas".

80% da nossa despesa corrente primária são despesas com pessoal, reformas e prestações sociais / subsidios.

Os outros 20% dividem-se em juros (aos quais não conseguimos fugir) e aos consumos intermédios (onde se pode e deve poupar mas tem impacto limitado).

Qualquer medida de redução da despesa a sério tem de meter inevitavelmente alguma das seguintes:
- Redução de reformas
- Redução significativa das prestações sociais
- Mais redução dos salários dos FPs

Despedimentos de FPs também poderia ser considerado (se tal fosse possível legalmente), mas no imediato iria agravar a situação por causa das indemnizações e porque ficariam à mesma a receber o subsidio de desemprego.

E o efeito apenas seria sentido a longo prazo (e estou a falar dos que estão no quadro porque os outros, como é o caso dos 40.000 professores, provavelmente vão sendo todos progressivamente não renovados).

E depois há o resto que se deve começar mas que vai levar tempo (tipo fundir organismos públicos, eliminar concelhos, acabar com coisas tipo governos civis, etc).

Não há grande volta a dar.

Eu não estou a dizer que concordo ou não concordo. Os números são o que são.
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por MarcoAntonio » 24/3/2011 2:59

O Correio da Manhã avança (ou sugere) que Passos Coelho subirá (subiria) o IVA para 24 ou 25%...



Mas é aparentemente o único jornal que fala de tal coisa. Na verdade, e para variar, ao longo dos últimos dias - e das últimas horas em particular - o tempo tem sido praticamente todo gasto a dizer com que é que não se concorda e o que é que não se aprova.

O que eu quero saber é como saímos da bronca, quais são as alternativas e o que se propõe a fazer...

É que os PEC's vão continuar. Vão mudar umas vírgulas apenas e eu estou curioso em saber quais são as vírgulas.


Já o circo partidário é coisa que nunca me cativou e agora menos de que nunca!
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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