FMI já não vem
Pergunto-me se o pedido da ajuda não aconteceu já? Não me admira nada que sim, depois dos aparentes maus resultados com os pedidos de ajuda da Grécia e Irlanda, decidiram mudar a forma de se efectivar este pedido, não o tornar público e agir como se não houvesse pedido para não alarmar em demasia os mercados...
Afinal o que está a acontecer não é já uma ajuda clara? E Portugal não está já também a fazer bastantes cedências?!
Enfim, fico na dúvida...
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Teixeira dos Santos descarta necessidade de recorrer a ajuda da Europa
21 Fevereiro 2011 | 21:58
Jornal de Negócios com Bloomberg
Teixeira dos Santos, agora em entrevista a um jornal japonês, volta a descartar a necessidade de Portugal recorrer a ajuda para se financiar.
O ministro das Finanças português voltou hoje a rejeitar a necessidade de Portugal recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira.
De acordo com uma entrevista concedida por Teixeira dos Santos ao jornal japonês Nikkei, citada numa curta notícia da Bloomberg, o ministro português garantiu que Portugal vai atingir um défice de 3% do PIB em 2012.
Têm aumentado nos últimos dias as notícias de que Portugal deverá recorrer a ajuda da Europa, sendo que o Governo português tem rejeitado reiteradamente este cenário.
No mercado a pressão está também a crescer, com os juros da dívida portuguesa a 5 anos a atingirem hoje um novo recorde, enquanto na maturidade a 10 anos persistem nos 7,5%.
21 Fevereiro 2011 | 21:58
Jornal de Negócios com Bloomberg
Teixeira dos Santos, agora em entrevista a um jornal japonês, volta a descartar a necessidade de Portugal recorrer a ajuda para se financiar.
O ministro das Finanças português voltou hoje a rejeitar a necessidade de Portugal recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira.
De acordo com uma entrevista concedida por Teixeira dos Santos ao jornal japonês Nikkei, citada numa curta notícia da Bloomberg, o ministro português garantiu que Portugal vai atingir um défice de 3% do PIB em 2012.
Têm aumentado nos últimos dias as notícias de que Portugal deverá recorrer a ajuda da Europa, sendo que o Governo português tem rejeitado reiteradamente este cenário.
No mercado a pressão está também a crescer, com os juros da dívida portuguesa a 5 anos a atingirem hoje um novo recorde, enquanto na maturidade a 10 anos persistem nos 7,5%.
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djovarius Escreveu:Boas tardes,
E a verdade é que hoje o título nacional a 5 anos (OT 5 anos) "paga" hoje já 7,05% enquanto o famoso a 10 anos já vai nos 7,48% - próximo do máximo anterior.
O papel espanhol a 10 anos também já vai perto de 5,50% - o que já é preocupante, embora ainda "comestível".
No nosso caso, não vejo como iremos evitar uma intervenção externa. Afinal, continuamos acima dos 400 pontos base de diferença em relação ao título Alemão e mais de 300 pontos base de diferença do nosso título a um ano em relação à taxa de desconto do nosso Banco Central, o que sinaliza que o mercado cada vez desconfia mais da capacidade de pagamento do emitente da dívida.
Abraço
dj
No BIG estão disponiveis OT a 5 anos, mas com YTM de 6,68%. Sabes onde podemos comprar OT a 5 anos com essas YTM (+ de 7%)?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Boas tardes,
E a verdade é que hoje o título nacional a 5 anos (OT 5 anos) "paga" hoje já 7,05% enquanto o famoso a 10 anos já vai nos 7,48% - próximo do máximo anterior.
O papel espanhol a 10 anos também já vai perto de 5,50% - o que já é preocupante, embora ainda "comestível".
No nosso caso, não vejo como iremos evitar uma intervenção externa. Afinal, continuamos acima dos 400 pontos base de diferença em relação ao título Alemão e mais de 300 pontos base de diferença do nosso título a um ano em relação à taxa de desconto do nosso Banco Central, o que sinaliza que o mercado cada vez desconfia mais da capacidade de pagamento do emitente da dívida.
Abraço
dj
E a verdade é que hoje o título nacional a 5 anos (OT 5 anos) "paga" hoje já 7,05% enquanto o famoso a 10 anos já vai nos 7,48% - próximo do máximo anterior.
O papel espanhol a 10 anos também já vai perto de 5,50% - o que já é preocupante, embora ainda "comestível".
No nosso caso, não vejo como iremos evitar uma intervenção externa. Afinal, continuamos acima dos 400 pontos base de diferença em relação ao título Alemão e mais de 300 pontos base de diferença do nosso título a um ano em relação à taxa de desconto do nosso Banco Central, o que sinaliza que o mercado cada vez desconfia mais da capacidade de pagamento do emitente da dívida.
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
mais_um Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Afinal parece que era boato , e o FMI ja esta de novo ao virar da esquina.
"Portugal sob pressão para pedir ajuda já
17 Fevereiro 2011 | 00:01
Helena Garrido - Helenagarrido@negocios.pt
O governo português está a ser alvo de fortes pressões de Berlim para pedir ajuda ao FMI e ao Fundo Europeu de Estabilização, ainda antes deste ser revisto, o que deverá acontecer no final de Março. Lisboa (ainda) resiste.
No princípio, no meio e no fim está a Alemanha. Nas duas últimas reuniões dos ministros europeus das Finanças, Berlim - por palavras e actos - mostrou que quer que Portugal tome a iniciativa de pedir a intervenção dos fundos europeu e internacional.
Em Lisboa, Maria João Rodrigues, conselheira da União Europeia, advertiu ontem que Portugal corre o risco de se tornar num mero fornecedor de mão-de-obra da Alemanha."
in Negocios.pt
Quando se navega a vista e se quer tapar o sol com a peneira acontece isto.
O destino foi traçado muito tempo atras e adiar o inveitavel só traz mais custos.
Já li o mesmo a 10 de Janeiro, mas duvido que antes de um leilão de OT mal sucedido, o Socrates mande a toalha ao chão....
Pois, as OT a 5 anos ja estao nos 7% também, mas como ja muitas vezes disse nem que estivessem a 10% o que interessa é que emprestem (eu (o Socrates) nao pago).
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Lion_Heart Escreveu:Afinal parece que era boato , e o FMI ja esta de novo ao virar da esquina.
"Portugal sob pressão para pedir ajuda já
17 Fevereiro 2011 | 00:01
Helena Garrido - Helenagarrido@negocios.pt
O governo português está a ser alvo de fortes pressões de Berlim para pedir ajuda ao FMI e ao Fundo Europeu de Estabilização, ainda antes deste ser revisto, o que deverá acontecer no final de Março. Lisboa (ainda) resiste.
No princípio, no meio e no fim está a Alemanha. Nas duas últimas reuniões dos ministros europeus das Finanças, Berlim - por palavras e actos - mostrou que quer que Portugal tome a iniciativa de pedir a intervenção dos fundos europeu e internacional.
Em Lisboa, Maria João Rodrigues, conselheira da União Europeia, advertiu ontem que Portugal corre o risco de se tornar num mero fornecedor de mão-de-obra da Alemanha."
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Quando se navega a vista e se quer tapar o sol com a peneira acontece isto.
O destino foi traçado muito tempo atras e adiar o inveitavel só traz mais custos.
Já li o mesmo a 10 de Janeiro, mas duvido que antes de um leilão de OT mal sucedido, o Socrates mande a toalha ao chão....

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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OCDE: Portugal e Espanha estão a ser "absolutamente exe
Espera! Afinal já não deve vir!
OCDE: Portugal e Espanha estão a ser "absolutamente exemplares"
O secretário-geral da OCDE não poupa nas palavras. Diz que Lisboa e Madrid estão a fazer, e bem, o é preciso para reequilibrar as finanças públicas.
Em entrevista à Bloomberg TV, Angel Gurría considera mesmo que os Governos dos países ibéricos estão a ser “absolutamente exemplares” no combate ao endividamento público.
As palavras de conforto de Gurría surgem numa altura em que se voltaram a intensificar os sinais de pressão nos mercados financeiros, em especial no que diz respeito às condições de financiamento do Estado português. As taxas de juro associadas à dívida pública a dez anos cristalizaram nos 7,4% e chegou a ser quebrado um novo recorde, acima dos 7%, nos juros subjacentes aos títulos com maturidade de cinco anos.
Para o Governo português, a renovada tensão deve-se ao facto de a Europa não estar a dar uma resposta suficientemente célere e convincente de que vai reforçar e flexibilizar o fundo europeu de estabilização, dando assim um sinal concreto de que está disposta a fazer o que for necessário para proteger o euro. Lisboa considera, por seu turno, que está a fazer o seu trabalho de casa – quem está em falta é a Zona Euro.
OCDE: Portugal e Espanha estão a ser "absolutamente exemplares"
O secretário-geral da OCDE não poupa nas palavras. Diz que Lisboa e Madrid estão a fazer, e bem, o é preciso para reequilibrar as finanças públicas.
Em entrevista à Bloomberg TV, Angel Gurría considera mesmo que os Governos dos países ibéricos estão a ser “absolutamente exemplares” no combate ao endividamento público.
As palavras de conforto de Gurría surgem numa altura em que se voltaram a intensificar os sinais de pressão nos mercados financeiros, em especial no que diz respeito às condições de financiamento do Estado português. As taxas de juro associadas à dívida pública a dez anos cristalizaram nos 7,4% e chegou a ser quebrado um novo recorde, acima dos 7%, nos juros subjacentes aos títulos com maturidade de cinco anos.
Para o Governo português, a renovada tensão deve-se ao facto de a Europa não estar a dar uma resposta suficientemente célere e convincente de que vai reforçar e flexibilizar o fundo europeu de estabilização, dando assim um sinal concreto de que está disposta a fazer o que for necessário para proteger o euro. Lisboa considera, por seu turno, que está a fazer o seu trabalho de casa – quem está em falta é a Zona Euro.
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Afinal parece que era boato , e o FMI ja esta de novo ao virar da esquina.
"Portugal sob pressão para pedir ajuda já
17 Fevereiro 2011 | 00:01
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O governo português está a ser alvo de fortes pressões de Berlim para pedir ajuda ao FMI e ao Fundo Europeu de Estabilização, ainda antes deste ser revisto, o que deverá acontecer no final de Março. Lisboa (ainda) resiste.
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O governo português está a ser alvo de fortes pressões de Berlim para pedir ajuda ao FMI e ao Fundo Europeu de Estabilização, ainda antes deste ser revisto, o que deverá acontecer no final de Março. Lisboa (ainda) resiste.
No princípio, no meio e no fim está a Alemanha. Nas duas últimas reuniões dos ministros europeus das Finanças, Berlim - por palavras e actos - mostrou que quer que Portugal tome a iniciativa de pedir a intervenção dos fundos europeu e internacional.
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marath, deixando de lado as "teorias da conspiração" (que até acredito que algumas possam ter algum fundamento) acreditas que a evolução da medicina seria a mesma se não fossem os privados?
O que propões não me parece que faça sentido, até porque não se poderá nunca "nacionalizar" toda a medicina, não poderíamos nunca obrigar os outros países a fazerem o mesmo... de uma forma ou de outra teríamos de pagar a investigação a outros, aqueles que estão dispostos a investir milhões para conseguirem, muitas vezes, pequenas descobertas!
O que propões não me parece que faça sentido, até porque não se poderá nunca "nacionalizar" toda a medicina, não poderíamos nunca obrigar os outros países a fazerem o mesmo... de uma forma ou de outra teríamos de pagar a investigação a outros, aqueles que estão dispostos a investir milhões para conseguirem, muitas vezes, pequenas descobertas!
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marath Escreveu:A esta industria, quando muito, interessa encontrar curas parciais para as doenças, nunca curas definitivas.
Eu penso que é um comentário injusto Marath. Ao longo da história foram descobertas muitas vacinas e curas e muitas delas porque houve um negócio por trás.
Se o progresso poderia ter sido maior ? Isso são especulações na minha opinião. A verdade é que nunca, como hoje, houve tanta investigação na área da saúde e são constantes os anúncios de novos medicamentos ou avanços na procura de cura para doenças (ainda) incuráveis.
Duvido que tivéssemos melhor sem as empresas ligadas à industria farmacêutica, se fosse o estado a fazer essa investigação. Basta ver o que aconteceu no sector das telecomunicações onde hoje, pelo mesmo dinheiro, temos muito mais do que tínhamos quando a PT era monopólio.
A concorrência livre é salutar em todos os sectores.
marath Escreveu:Com os médicos passam-se outros problema. Alguns são influenciados a prescrever determinados medicamentos em detrimento de outros.
Isso pode ser é uma perversão do capitalismo, mas não um defeito Marath. O capitalismo claro que pode induzir a comportamentos pouco éticos. É por isso que uma das obrigação do estado é regular as actividades económicas, criando regras que previnam e punam quem tente subverter o sistema.
Se é fácil ? Não (senão não estávamos a discutir aqui). Mas apontar isto como um ponto negativo para a iniciativa privada é ignorar os enormes benefícios desta nos progressos que os cuidados de saúde têm tido.
P.S. O resto do teu post já não está relacionado com "saúde com um negócio" por isso não vou comentar para nos centrarmos no essencial (embora haja ali alguns pontos, como o da justiça, que tem muito que se lhe diga - só como achega, basta pensar que os nossos códigos processuais são algo inacreditável nos nossos dias e os juízes pouco podem fazer, em determinados casos, a não ser cumprir passos burocráticos)
AutoMech Escreveu:marath Escreveu:Sem doença não há negocio, logo a doença passou a fazer parte do negócio. Quanto mais doença, mais negocio.marath Escreveu:Se a saúde (prestação de serviços de saúde) é um negocio então a doença é um negocio. Isto é que me preocupa, daí eu não confiar numa empresa, que quer maximizar o lucro, para tomar conta da saúde.
Duma forma simplista o capitalismo dos nossos dias assenta na procura de lucro por parte empresas.
À excepção de monopólios e esquemas, esses lucros só são gerados se a empresa oferecer produtos ou serviços que as pessoas lhes comprem voluntariamente.
Não é o negócio que induz a doença, mas sim o contrário. Se uma empresa procurou o lucro e conseguiu desenvolver uma cadeira de rodas eléctrica, que alguém comprou e pela qual ficou satisfeito, será essa exploração da doença (incapacidade de locomoção) criticável ? Longe disso na minha opinião.
Aliás, tens um negócios privados, que procuram o lucro e que para a sua actividade precisam, não da doença, mas da própria morte: funerárias, floristas, etc.
Estaríamos melhores sem funerárias ?
O exemplo das funerárias é pertinente e de facto ainda nunca ouvi relatos de que as funerárias andassem a matar futuros clientes.
O problema é que matar uma pessoa deixa sempre rasto, matar muitas, deixaria um rasto gigante e seriam presos. Criar um vírus, larga-lo num país esquecido pela sorte e depois esperar que ele se propague aos países ricos para vender algo que atenue a doença, já é mais difícil de detectar.
Apenas para dar um exemplo especulativo simples: Qual é o interesse que a industria farmacêutica tem em descobrir a cura para a gripe? Se a descobrissem e a divulgassem o vírus seria erradicado da raça humana...e depois? Quem compraria os milhões de vacinas e a panóplia de medicamentos existentes para curar a gripe?
A esta industria, quando muito, interessa encontrar curas parciais para as doenças, nunca curas definitivas.
Com os médicos passam-se outros problema. Alguns são influenciados a prescrever determinados medicamentos em detrimento de outros. Outros apenas trabalham para quem lhes pode pagar muito dinheiro. Isto, volto a dizer, na minha modesta opinião, não pode ser válido quando falamos da saúde humana, e em ultima instância da vida humana. Para mim o facto de alguém ser rico não lhe pode permitir ter acesso a serviços de saúde que um pobre não tem. Para mim isto é imoral.
Eu sou de tempo em que médicos de elevadíssima capacidade profissional e cientifica, consultavam os doentes em casa, e apenas cobravam a quem lhes podia pagar...e nenhum morreu pobre.
No inicio desta conversa fui criticado, tendo sido afirmado, se não estou em erro, que eu tinha inveja do vizinho médico ou juiz por estes ganharem muito dinheiro. O problema não é o dinheiro que ganham. Se o Estado puder pagar bem a estas duas profissões fundamentais da vida em sociedade tanto melhor. Mas quem mais recebe maior obrigação tem de prestar um serviço exemplar e isso não se passa na justiça, nem na saúde. O status de um médico ou de um juiz permite muita incompetência camuflada. Incumprimentos de horários, remunerações à hora, absurdas para estar a dormir de prevenção...enfim situações com as quais eu não consigo concordar.
As notas de entrada em medicina são também elas um absurdo. Muitos com vocação e que provavelmente se empenhariam com gosto na profissão ficam de fora. Muitos sem vocação, que se vão tornar em autenticas sanguessugas de dinheiro, incompetentes mas inteligentes e estudiosos, entrarão no sistema.
Volto a dizer que não tenho a solução, mas vejo nesta temática um grande problema de futuro.
AutoMech Escreveu:Aliás, tens um negócios privados, que procuram o lucro e que para a sua actividade precisam, não da doença, mas da própria morte: funerárias, floristas, etc.
Para não falar dos negócios que dão cabo da saúde dos trabalhadores!

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marath Escreveu:Sem doença não há negocio, logo a doença passou a fazer parte do negócio. Quanto mais doença, mais negocio.
marath Escreveu:Se a saúde (prestação de serviços de saúde) é um negocio então a doença é um negocio. Isto é que me preocupa, daí eu não confiar numa empresa, que quer maximizar o lucro, para tomar conta da saúde.
Duma forma simplista o capitalismo dos nossos dias assenta na procura de lucro por parte empresas.
À excepção de monopólios e esquemas, esses lucros só são gerados se a empresa oferecer produtos ou serviços que as pessoas lhes comprem voluntariamente.
Não é o negócio que induz a doença, mas sim o contrário. Se uma empresa procurou o lucro e conseguiu desenvolver uma cadeira de rodas eléctrica, que alguém comprou e pela qual ficou satisfeito, será essa exploração da doença (incapacidade de locomoção) criticável ? Longe disso na minha opinião.
Aliás, tens um negócios privados, que procuram o lucro e que para a sua actividade precisam, não da doença, mas da própria morte: funerárias, floristas, etc.
Estaríamos melhores sem funerárias ?
marath Escreveu:
Alguem falou nos fármacos descobertos graças aos privados. Bem, ainda não existia propriedade privada e já se descobriam fármacos. A doença leva à descoberta dos fármacos. O problema é quando os fármacos levam à descoberta, ou aumento, da doença.
Se a saúde (prestação de serviços de saúde) é um negocio então a doença é um negocio. Isto é que me preocupa, daí eu não confiar numa empresa, que quer maximizar o lucro, para tomar conta da saúde.
Já existiam fármacos, e se não existissem empresas privadas continuariam a haver fármacos. Mas será que o grau de desenvolvimento atingido seria o mesmo? Eu não tenho dúvidas de que não, estaríamos longe do nível que a medicina já atingiu. Não estou a ver como é que alguém me conseguirá convencer de que estou errado, mas estou de espírito aberto, venham os argumentos!

A questão do negócio parece-me completamente demagógica. O importante numa primeira análise é o desenvolvimento, desde que ele existe de uma forma ou de outra tudo vai ficando ao dispôr de todos, mais caro ou mais barato!
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Atomez Escreveu:marath Escreveu:A vida humana não pode ser um negócio. Esta é a minha opinião. Tenho no entanto muito gosto em ouvir todas as opiniões emitidas por indivíduos civilizados e que tenham ideias diferentes das minhas.
Claro que a vida humana não pode ser um negócio. Mas está para aqui alguém a defender isso???
Mas a prestação de serviços de saúde pode muito bem, e quanto a mim deve, ser um negócio. Com todas as vantagens de concorrência e eficiência que isso pode trazer.
Outra coisa diferente é o direito a todos, sem exceções, terem acesso aos serviços de saúde. Isso pode muito bem ser conseguido e garantido sem o Estado ser o dono dos serviços de saúde e esses serviços serem prestados por funcionários públicos, com todas as ineficiências, baixa produtividade, irresponsabilidade que daí resultam...
Antes de mais as minhas desculpas por aparentemente abandonar o debate. Não é o caso. Simplesmente não tenho tido tempo para vir ao Caldeirão.
Esta questão, como disse logo no primeiro post que coloquei a propósito, é delicada. Os argumentos são muitos mas há um fundamental. Se os serviços ligados à saúde são um negocio (para não referir vida humana e ter outra resposta como a do Atomez) e se, como é sabido, no capitalismo os privados tem como objectivo maximizar o lucro, então o objectivo de todas as empresas ligadas à prestação de serviços de saúde será maximizar a doença. E o mais grave é que isso de facto acontece no planeta em que vivemos. Sem doença não há negocio, logo a doença passou a fazer parte do negócio. Quanto mais doença, mais negocio.
Alguem falou nos fármacos descobertos graças aos privados. Bem, ainda não existia propriedade privada e já se descobriam fármacos. A doença leva à descoberta dos fármacos. O problema é quando os fármacos levam à descoberta, ou aumento, da doença.
Se a saúde (prestação de serviços de saúde) é um negocio então a doença é um negocio. Isto é que me preocupa, daí eu não confiar numa empresa, que quer maximizar o lucro, para tomar conta da saúde.
Outra discussão é a da ineficiência dos funcionários públicos...está muito na moda, mas fica para depois. Adianto no entanto que os maiores incompetentes que passaram pela minha vida, até hoje, foram privados. Operadores de comunicações moveis, empresas de prestação de serviços de manutenção, canalizadores, construtores civís, etc. Tambem já lidei com alguns incompetentes no sector público, mas claramente encontro mais no privado.
Peço-vos que não concluam, com esta ultima frase que quero o Estado em todos os sectores de actividade. Para mim Estado é legislação, fiscalização, impostos, saúde, justiça, educação (juntamente com os privados) e defesa\Administração Interna.
zecatreca Escreveu:
Artista
Sinceramente nem estava a pensar em CR7´s...estava a pensar nuns da 2ªliga.
Ordenados de 2000/2500euros(supondo) VS 500/700euros!
Talvez o exemplo não seja o ideal.![]()
Queria apenas colocar em discussão as profissões com desgaste rápido.
...
Cumprimentos
Zeca, há jogadores na 1ª Divisão a ganhar isso. Não serão muitos mas há bastantes. Na 2ª B a média não ganha isso, daí para baixo ninguém ganha isso... e depois há as outras modalidades!

Eu não conheço as leis das profissões de desgaste rápido mas concordo que deve haver alguma protecção em relação aos desportistas, quanto mais não seja incentiva-se o pessoal a fazer desporto, poupa-se na saúde!

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moppie85 Escreveu:Atomez Escreveu:AutoMech Escreveu:artista Escreveu:Aqui concordo com a opção sugerida pelo A330, cada um tem o direito de se reformar quando quiser, recebendo o que tiver direito nessa altura em função do que descontou!
Mas esse é o maio engano das pessoas Artista. Ninguém descontou para a sua reforma (a não ser em planos privados).
O sistema é basicamente redistributivo, o que significa que os trabalhadores actuais descontam para os reformados actuais (e não para a sua própria reforma futura).
É por isso que o sistema entrou em ruptura porque ao passo que antes havia muito trabalhadores para um reformado, hoje o rácio começa a aproximar-se perigosamente de um.
Faça-se como na Suiça -- as reformas pagas pelo estado têm um limite máximo que cobre apenas as necessidades básicas de sobrevivência e os descontos obrigatórios são baixos.
Quem quiser reformas mais altas, pois que poupe e invista para isso.
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Amén... mas quem pagaria os RSI e as "isenções" de pagamento da Segurança Social oferecido pelo governo às empresas como incentivo?
Vi esta reportagem e na altura achei muito falaciosa. Não é o tecto nas reformas que faz com que o sistema na suica seja sustentável.
A forma como se faz os descontos na suiça é que uma parte dos descontos é para o estado e outra parte para um plano privado (uma espécie de PPR) obrigatório. E depois, quem quiser pode reforçar a parte privada.
Em portugal, para se aplicar a mesma bitola, tinhamos que, por exemplo, baixar para metade as contribuições para o estado e essa metade ía obrigatoriamente para PPR. Ía dar no mesmo.
A moralidade que eles têm e nós não, é um limite máximo na reforma do estado. Parece-me bem.
Agora, creio que sabemos bem a diferença da sustentabilidade da suiça versus a nossa. Podíamos começar pelo facto de na suiça o despedimento ser tão liberal quanto nos estados unidos. Só isso é uma grande diferença. Para se comparar, temos que comparar tudo. E, na minha opinião, não gostava de ver portugal nesse caminho.
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artista Escreveu:zecatreca Escreveu:Reparem no seguinte exemplo:
Um jogador de futebol VS pedreiro/servente(etc.)
O jogador de futebol neste momento tem um trabalho de desgaste rápido. Ok. E o valor que ganha não é suficiente para ter uma qualidade de vida melhor? se tiver juizo ainda consegue iniciar outra actividade profissional, no final da vida útil futebolistica( 35?38anos?).
Comparando um e outro, qual é que tem uma profissão mais desgastante?
É engraçada a visão selectiva das coisas... fala-se de jogador de futebol e pensa-se logo em CR7 ou Messi! Esquecem-se que a grande maioria dos profsionais (ou semi-profissionais) desta área terá rendimentos na média do salário Nacional (não tenho números mas sei quanto ganham em média os jogadores da 2ª, 3ª divisão ou dos Distritais... e depois também se esquecem que as leis referem-se a desportistas e não especificamente a Futebolistas...
Ou seja, os que têm altos rendimentos são uma parte pequenissima do total dos desportistas, uma parte que pode ser considerada como uma excepção...
Artista
Sinceramente nem estava a pensar em CR7´s...estava a pensar nuns da 2ªliga.
Ordenados de 2000/2500euros(supondo) VS 500/700euros!
Talvez o exemplo não seja o ideal.

Queria apenas colocar em discussão as profissões com desgaste rápido.
...
Cumprimentos
zecatreca Escreveu:Reparem no seguinte exemplo:
Um jogador de futebol VS pedreiro/servente(etc.)
O jogador de futebol neste momento tem um trabalho de desgaste rápido. Ok. E o valor que ganha não é suficiente para ter uma qualidade de vida melhor? se tiver juizo ainda consegue iniciar outra actividade profissional, no final da vida útil futebolistica( 35?38anos?).
Comparando um e outro, qual é que tem uma profissão mais desgastante?
É engraçada a visão selectiva das coisas... fala-se de jogador de futebol e pensa-se logo em CR7 ou Messi! Esquecem-se que a grande maioria dos profsionais (ou semi-profissionais) desta área terá rendimentos na média do salário Nacional (não tenho números mas sei quanto ganham em média os jogadores da 2ª, 3ª divisão ou dos Distritais... e depois também se esquecem que as leis referem-se a desportistas e não especificamente a Futebolistas...
Ou seja, os que têm altos rendimentos são uma parte pequenissima do total dos desportistas, uma parte que pode ser considerada como uma excepção...
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Patoshik Escreveu:Conseguem ver uma pessoa de 65 anos a trabalhar na construção civil, no último ano ajudei numas obras lá em casa e um dos serventes estava a meses de se reformar, tinha 64. Pois em certos trabalhos mais pesados eu dizia-lhe "deixe tar eu faço isso", metia pena.
Ora cá está um exemplo com que me deparo várias vezes. O homem "...metia pena."

Alguém neste tópico falou em trabalhos/empregos de desgaste.
Como é que ainda não colocaram este tipo de trabalhos nesse campo?
Reparem no seguinte exemplo:
Um jogador de futebol VS pedreiro/servente(etc.)
O jogador de futebol neste momento tem um trabalho de desgaste rápido. Ok. E o valor que ganha não é suficiente para ter uma qualidade de vida melhor? se tiver juizo ainda consegue iniciar outra actividade profissional, no final da vida útil futebolistica( 35?38anos?).
Comparando um e outro, qual é que tem uma profissão mais desgastante?
Pata-Hari Escreveu:Eu acho fabuloso, simplesmente fabulosos que os alemães exijam. Eles, que produzem podem trabalhar até aos 67. Nós e os gregos queremos trabalhar até aos 55 ou 60. Mas eles que paguem. Quem paga, manda. E ainda bem que são eles a mandar porque eles, de facto, produzem e geram riqueza. Nós não.
Até que enfim uma excelente medida. Queremos os beneficios da Europa, teremos que aceitar as regras da Europa.
Nesta parte concordo.
Se dão o exemplo e ainda por cima pagam, temos de aceitar as regras.
Porém, a política de reformas devia ser "esmiuçada" tendo como objectivo, separar actividades que exijam esforço físico, que são, sem dúvida, de desgaste rápido.
Cumprimentos
marath Escreveu:
Cavalheiro,
Em primeiro lugar eu não o insultei. Terei todo o gosto em verificar a sua bravura, pessoalmente, quando o cavalheiro desejar.
Por outro lado, pela capacidade de interpretação de textos que o cavalheiro demonstra, escuso-me a novas explicações sobre qualquer assunto com V. Ex.ª.
Para os restantes:
Em nenhum momento do meu raciocínio defendi o Comunismo. Esta defesa aliás seria um contra-censo para alguem que investe em bolsa. Quando comentamos as palavras de outro devemo-nos cingir ao que foi dito. O contrário é conversa fiada. Como disse, na minha modesta opinião, a saúde não pode ser um negocio. (ponto final).Tudo o resto são conjecturas vossas e não minhas. Se querem debater o que eu disse muito bem. Se querem debater o que dizem que eu disse, estão a falar sozinhos.
Caro Cavalheiro,
Gostaria de lhe lembrar que a confrontação física é resultado direto da pobreza da argumentação.E não só , mas vou ficar apenas pelo que está aqui a ser discutido , não me extendendo neste esclareçimento , já que presumo eu, teve em casa em altura devida.
Aliás, custa-me imaginar V. Ex.ª,distinta figura,investidor em bolsa, a expor em público o melhor e o pior de si e das suas extremadas emoções quando confrontado apenas , com uma opinião diferente da sua.
Quanto aos restantes ,não se chateiem que não estão sós. Pareçe que já somos muitos a interpretar mal este cavalheiro que tão bem se expressa quando literalmente escreve o contrário daquilo que pareçe pensar.

A330
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marath Escreveu:A vida humana não pode ser um negócio. Esta é a minha opinião. Tenho no entanto muito gosto em ouvir todas as opiniões emitidas por indivíduos civilizados e que tenham ideias diferentes das minhas.
Claro que a vida humana não pode ser um negócio. Mas está para aqui alguém a defender isso???
Mas a prestação de serviços de saúde pode muito bem, e quanto a mim deve, ser um negócio. Com todas as vantagens de concorrência e eficiência que isso pode trazer.
Outra coisa diferente é o direito a todos, sem exceções, terem acesso aos serviços de saúde. Isso pode muito bem ser conseguido e garantido sem o Estado ser o dono dos serviços de saúde e esses serviços serem prestados por funcionários públicos, com todas as ineficiências, baixa produtividade, irresponsabilidade que daí resultam...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
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marath Escreveu:A vida humana não pode ser um negócio. Esta é a minha opinião. Tenho no entanto muito gosto em ouvir todas as opiniões emitidas por indivíduos civilizados e que tenham ideias diferentes das minhas.
Pois eu acho que tudo na vida humana pode ser um negócio e ainda assim ser benéfico para essa mesma vida humana.
Já foram dados exemplos como a investigação científica financiada em grande parte por privados, grandes laboratórios, etc etc...
Mas a própria actividade médica é com toda a clareza um enorme negócio (e ainda bem).
Duvido que todos os marrões empenhados em obter médias fantásticas anos a fio o fizessem apenas pelo amor à bela arte de salvar o próximo

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