"Buy strength, avoid weakness"
Bom tópico Elias. Concordo contigo no que dizes. Juntaria ao que dizem, o típico comentário, amanhã é que vai ser, amanhã com a noticia xpto a acção vai voar... Não passam de esperanças que servem apenas para não enfrentar a dura realidade de se "desfazer" de uma posição perdedora.
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- Registado: 30/9/2010 13:54
"Buy strength, avoid weakness"
"Buy strength, avoid weakness"
Quando o tema é mercados financeiros, não gosto muito de dar conselhos, pois sempre defendi que cada um deve ser responsável pelas suas decisões de investimento (para o bem e para o mal).
No entanto, não posso ficar indiferente ao facto de haver no Caldeirão tantas e tantas pessoas (umas com mais experiência, outras nem por isso) que se sentem "entaladas" com posições perdentes e que manifestam as suas dúvidas e preocupações. Estou a pensar em acções como o BCP, a Mota-Engil, a Martifer e a EDP Renováveis (entre outras) e refiro-me a posições que foram abertas há muitos meses e que acumulam agora perdas de 20, 30 ou 40% (e nalguns casos bastante mais). Todas as acções que referi encontram-se nos mínimos do ano, ou andam lá perto, e nalguns casos em mínimos de vários anos. Embora sem poder responder à questão "o que devo fazer?", pois como referi isso é uma decisão de cada um, gostaria de partilhar algumas ideias genéricas que poderão ajudar a tomar decisões futuras.
Contrariamente ao que frequentemente se julga, nem todas as acções se movem em conjunto; e, particular, quando o mercado sobe, nem todas as acções seguem atrás tipo "meninos da escola bem comportados". A realidade é outra e algumas acções ficam em apatia durante meses ou até anos, nunca mais reunido forças para se levantar e seguir atrás do resto do mercado.
Vem-me à memória um dos aforismos do mercado de acções que mais aprendi a valorizar: "Buy strength, avoid weakness". Este aforismo diznos que devemos comprar as acções que estão fortes e evitar as que estão fracas. A minha experiência diz-me que as acções que estão em máximos do ano têm tendência a fazer novos máximos e por isso aquelas acções que já nos parecem caras constituem, muitas vezes, boas oportunidades, especialmente se escolhermos bem os momentos da compra, como os breakouts ou as correcções. É nessas acções que está o interesse comprador e só o interesse comprador é capaz de fazer subir os preços (não só nas acções, mas em qualquer bem ou serviço). Já as acções que estão em mínimos tendem a caminhar para novos mínimos, pois o interesse comprador é pouco expressivo e incapaz de fazer subir os preços.
Olhando para o mercado de acções (nacional e estrangeiro), não é difícil encontrar acções que estão em clara tendência ascendente e que fazem máximos atrás de máximos. Quem apostou nessas acções, tem visto a sua carteira valorizar-se quase todos os dias. Já quem tem o dinheiro "empatado" em acções que estão apáticas está a perder duplamente: por um lado, tem os seus recursos investidos em acções que não sobem (ou que sobem menos que o mercado) e por outro lado deixa de o poder aplicar em acções com maior potencial de valorização. E fica a ver o bull market a andar para a frente, sem o poder aproveitar.
Esta situação de perda é frequentemente agravada pela aplicação da estratégia, tão frequente mas tão pouco recomendável, de "baixar o preço médio". Isto é meio caminho andado para o desastre, pois trata-se de fazer um erro por cima de outro erro. Se uma acção entra em perda, se a tendência já é descendente e a probabilidade é de continuar, para quê reforçar? Havendo mais dinheiro disponível para investir, é preferível olhar para o resto do mercado, a fim de podermos detectar novas oportunidades.
Não estou com isto a dizer que se deve ir a correr comprar as acções que estão em máximos; contudo, julgo que é importante acompanharmos um leque alargado de acções, a fim de podermos identificar a força relativa das várias acções e tomar as melhores decisões.
Elias
Quando o tema é mercados financeiros, não gosto muito de dar conselhos, pois sempre defendi que cada um deve ser responsável pelas suas decisões de investimento (para o bem e para o mal).
No entanto, não posso ficar indiferente ao facto de haver no Caldeirão tantas e tantas pessoas (umas com mais experiência, outras nem por isso) que se sentem "entaladas" com posições perdentes e que manifestam as suas dúvidas e preocupações. Estou a pensar em acções como o BCP, a Mota-Engil, a Martifer e a EDP Renováveis (entre outras) e refiro-me a posições que foram abertas há muitos meses e que acumulam agora perdas de 20, 30 ou 40% (e nalguns casos bastante mais). Todas as acções que referi encontram-se nos mínimos do ano, ou andam lá perto, e nalguns casos em mínimos de vários anos. Embora sem poder responder à questão "o que devo fazer?", pois como referi isso é uma decisão de cada um, gostaria de partilhar algumas ideias genéricas que poderão ajudar a tomar decisões futuras.
Contrariamente ao que frequentemente se julga, nem todas as acções se movem em conjunto; e, particular, quando o mercado sobe, nem todas as acções seguem atrás tipo "meninos da escola bem comportados". A realidade é outra e algumas acções ficam em apatia durante meses ou até anos, nunca mais reunido forças para se levantar e seguir atrás do resto do mercado.
Vem-me à memória um dos aforismos do mercado de acções que mais aprendi a valorizar: "Buy strength, avoid weakness". Este aforismo diznos que devemos comprar as acções que estão fortes e evitar as que estão fracas. A minha experiência diz-me que as acções que estão em máximos do ano têm tendência a fazer novos máximos e por isso aquelas acções que já nos parecem caras constituem, muitas vezes, boas oportunidades, especialmente se escolhermos bem os momentos da compra, como os breakouts ou as correcções. É nessas acções que está o interesse comprador e só o interesse comprador é capaz de fazer subir os preços (não só nas acções, mas em qualquer bem ou serviço). Já as acções que estão em mínimos tendem a caminhar para novos mínimos, pois o interesse comprador é pouco expressivo e incapaz de fazer subir os preços.
Olhando para o mercado de acções (nacional e estrangeiro), não é difícil encontrar acções que estão em clara tendência ascendente e que fazem máximos atrás de máximos. Quem apostou nessas acções, tem visto a sua carteira valorizar-se quase todos os dias. Já quem tem o dinheiro "empatado" em acções que estão apáticas está a perder duplamente: por um lado, tem os seus recursos investidos em acções que não sobem (ou que sobem menos que o mercado) e por outro lado deixa de o poder aplicar em acções com maior potencial de valorização. E fica a ver o bull market a andar para a frente, sem o poder aproveitar.
Esta situação de perda é frequentemente agravada pela aplicação da estratégia, tão frequente mas tão pouco recomendável, de "baixar o preço médio". Isto é meio caminho andado para o desastre, pois trata-se de fazer um erro por cima de outro erro. Se uma acção entra em perda, se a tendência já é descendente e a probabilidade é de continuar, para quê reforçar? Havendo mais dinheiro disponível para investir, é preferível olhar para o resto do mercado, a fim de podermos detectar novas oportunidades.
Não estou com isto a dizer que se deve ir a correr comprar as acções que estão em máximos; contudo, julgo que é importante acompanharmos um leque alargado de acções, a fim de podermos identificar a força relativa das várias acções e tomar as melhores decisões.
Elias
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