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Caldeirão da Bolsa

Falência da Republica Portuguesa iminente?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por tonirai » 4/11/2010 13:32

Razao_Pura Escreveu:Anda tudo obcecado com o FMI...

Alguém consegue arranjar o video do programa de ontem (03/11/2010)"Negócios da semana " da SIC Notícias?
Quem não viu, posso assegurar que foi uma grande lição.

R.P.

Razão, será este?


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por Razao_Pura » 4/11/2010 13:22

Anda tudo obcecado com o FMI...

Alguém consegue arranjar o video do programa de ontem (03/11/2010)"Negócios da semana " da SIC Notícias?
Quem não viu, posso assegurar que foi uma grande lição.

R.P.
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por pocoyo » 4/11/2010 12:13

Pergunta do momento, se passar os 7% vem o FMI?

Quem tiver o contacto do Teixeirinha, faça a pergunta. :)
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por Elias » 4/11/2010 12:06

Juros da dívida nacional aproximam-se do recorde histórico

04.11.2010 - 10:54 Por Ana Rita Faria
publico.pt

Os juros das obrigações do Tesouro português a dez anos estão a negociar nos 6,58 por cento, próximo do máximo histórico de 6,63 por cento registado no final de Setembro.

No dia seguinte à aprovação do Orçamento do Estado para 2011, os mercados internacionais continuaram a penalizar a dívida pública nacional, encarecendo os custos a que o Estado se financia.

Os juros das obrigações portuguesas a dez anos estão a negociar a uma taxa de juro de 6,58 por cento. O spread, ou seja, a diferença em relação às obrigações alemãs, que são a referência para os investidores, está nos 409,6 pontos base.

Os outros países da zona euro com problemas de dívida estão a acompanhar esta subida. Na Irlanda, as obrigações do Tesouro a dez anos negoceiam nos 7,785 por cento, acima do juro cobrado à dívida portuguesa. O mesmo acontece na Grécia (11,057 por cento). Em Espanha, os juros mantém-se em subida, mas continuam em níveis bastante inferiores aos de Portugal (4,35 por cento).

No dia 28 de Setembro, os juros da dívida pública nacional bateram um recorde de 6,6 por cento, o que levou o Governo a apresentar novas medidas de austeridade logo no dia seguinte, como a subida do IVA para 23 por cento e um corte de cinco por cento na massa salarial da função pública. Essas medidas estão inscritas no Orçamento do Estado para 2011 ontem aprovado no Parlamento, mas, aparentemente, não surtiram ainda o efeito de acalmar os investidores.

A ajudar à escalada dos juros da dívida poderá estar a decisão tomada ontem pela Reserva Federal norte-americana de lançar novos estímulos à economia dos EUA, através de um novo programa de compra de obrigações. Isto poderá estar a levar os investidores a mostrar um maior apetite pelo risco.
 
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Juros da dívida aceleram e superam fasquia dos 6,4%

por cogumelo » 4/11/2010 11:13

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=452043


Juros da dívida aceleram e superam fasquia dos 6,4%
04 Novembro 2010 | 09:40
Paulo Moutinho - paulomoutinho@negocios.pt

Os juros da dívida de Portugal continuam a agravar-se. Sobem pela oitava sessão consecutiva, acima dos 6,4%, acompanhando a escalada da taxa das obrigações de dívida pública da Irlanda num dia em que também as “bunds” estão em alta, perante o maior apetite dos investidores pelo risco.

A taxa exigida pelos investidores para financiarem a dívida nacional está já nos 6,423%, a subir 12,6 pontos base. Está mesmo no nível mais elevado desde 29 de Setembro, aproximando-se do nível mais elevado de sempre que foi fixado em 28 de Setembro, acima dos 6,6%.

Este recorde forçou o Governo a apresentar novas medidas de austeridade no dia seguinte, propondo uma nova subida do IVA para 23%, e cortes médios nos salários da Função Pública de 5%. Estas medidas foram integradas na proposta de Orçamento do Estado para 2011, ontem aprovado na generalidade pela Assembleia da República com a abstenção do PSD.

“Ainda que tenha havido acordo para a aprovação do Orçamento, os mercados sabem que o consenso político não vai durar para sempre, o que obriga a alguma cautela”, disse Michael Leister, especialista do mercado de dívida do West LB, ao Negócios. Acrescentou que Portugal “está refém dos problemas na Irlanda”.

Os juros da dívida nacional sobem, mas menos do que os da Irlanda, que hoje viu a taxa das obrigações a 10 anos a superar os 7,6%. Regista-se uma subida de 15,7 pontos base, que acentua o diferencial entre os juros do País face à Alemanha. Também o “spread” de Portugal sobe, para 397 pontos base.

Hoje, num dia de fortes ganhos nas bolsas depois da Fed ter anunciado novas medidas de estímulo à economia dos EUA, os investidores mostram maior apetite pelo risco, o que leva a que também as “bunds” alemãs estejam a subir. A taxa exigida à maior economia da Europa está agora nos 2,452%.

A Alemanha é responsável, em grande parte, pelo agravamento dos juros da dívida dos países da chamada "periferia" da Zona Euro, já que o país pretende que os investidores assumam perdas na dívida de países que recorram ao fundo de estabilização da UE, caso este assuma carácter permanente a partir de 2013.
cumps,
cogumelo
 
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por Automech » 4/11/2010 3:26

RiscoCalculado Escreveu:
Eu diria que sem grande auxílio por parte da UE ( e logo do contribuinte alemão) e/ou do BCE o default é praticamente inevitável.
Se o FMI entrar em cena diria que o default é bem mais provável ( do que caso não faça)


Salvo erro, a dívida que está como colateral no BCE já atinge perto de 30% do PIB.

Portanto, se a dívida publica anda nos 85% do PIB aprox, só o BCE é (indirectamente) o credor de 25% da nossa dívida publica total.

Parece, portanto, óbvio que se o BCE fecha a torneira a coisa imediatamente colapsa.

Eu o que mais me surpreende é que, perante este centenário, perante o endividamento das empresas publicas (que devem ser outros 20% do PIB não contabilizados), perante o que ainda vai vir das PPPs e a bomba relógio do BPN (só para citar alguns), o governo ande alegremente como se nada fosse e fala do TGV, por exemplo, como se fossem trocos.

É a insanidade completa. Por isso é que destaco o ponto mais relevante para mim, a par do default:

Infelizmente, sem perda da soberania política, penso que não será.


Cada vez mais os nossos governos serão moços de recados (e se calhar é melhor acrescentar 'felizmente')
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Re: Plantar eucaliptos

por Mares » 4/11/2010 1:57

Caso os eucaliptos sobrevivam, após esses 10 anos, existirá certamente um mercado externo interessado em os comprar. Já relativamente aos CTs ou OTs, dúvido que, sejá lá fora ou cá dentro, tenham assim tanto interesse....



ebalves Escreveu:Alguem podia fazer uma comparação entre a rendibilidade de plantar eucaliptos (+/- 10 anos) e os certificados de tesouro a 10 anos. Qual é a melhor poupança?
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por RiscoCalculado » 4/11/2010 1:39

"O objectivo é co-responsabilizar os países mais fortes da zona euro e os credores privados em processos de reescalonamento de dívida soberana."

Eu destacaria antes esta frase.


Ok , fiz um edit ao meu post e cortei o bold em "A proposta visa desonerar os contribuintes alemães da fatia de leão dos custos associados ao resgate financeiro da Europa periférica e
"
a parte mais importante para mim é aquela que refere que um default parcial é cada vez mais provável.


Eu acredito que a zona euro vai vencer esta crise. Sem default. É provável que as dificuldades se mantenham por meia dúzia de anos e que sejam superadas com a ajuda do FMI.


Eu diria que sem grande auxílio por parte da UE ( e logo do contribuinte alemão) e/ou do BCE o default é praticamente inevitável.
Se o FMI entrar em cena diria que o default é bem mais provável ( do que caso não faça)


Mas no fim, estou em crer que sairemos da crise, enquanto zona euro, mais fortes que os nossos concorrentes directos, pois o sistema obriga a que os ajustamentos sejam estruturais.


Mas que ajustamentos estruturais estão em curso ? Será que está a ser dada mais importância ao sector da educação (que não seja apenas para as estatísticas) ?? Será que está a ser seguida uma política de fomento do sector exportador ?? Eu vejo muito pouco ou nada a ser feito ....


As alterações à lei que estão em cima da mesa são para prevenir futuras crises.
Assim quero crer ou assim espero.


Pelo facto de responsabilizar a 100% os credores e logo torná-los mais avessos a emprestar aos países em dificuldade ?? Eu diria que este tipo de medida leva sim a que um país opte mais rapidamente pela saída do euro.

Suponho que a tua linha de raciocínio seja algo do género : se os devedores de alguns países tiverem mais dificuldade em se endividar então deixam de o fazer e logo deixam de importar mais do que exportam ....

Ora, isto na minha opinião parte de uma concepção errada do sistema dinâmico do qual a nossa economia faz parte e logo da origem do problema. Tentarei fazer um post sobre este assunto logo que possível.
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por artista_ » 4/11/2010 1:02

elbmurcs Escreveu:Vão ter que ser despedidos funcionários públicos. Por mais voltas que se dê, é sempre uma coisa difícil.


A questão não estará tanto ai, como já alguém aqui referiu, o estado vai ter de decidir entre deixar de prestar os serviços que presta, ou então legalizar a escravidão! Para já tem cortado nos serviços que presta (menos comparticipações em medicamentos, abono de família, subsídio de desemprego, etc) e ainda baixou salários e aumentou uma série de impostos! Mas se não se encontrar forma de crescer, de produzir mais, estas medidas não vão chegar e seguir-se-ão mais medidas de austeridade... eu já estou a pensar no que virá a seguir, mas certamente a resposta não estará em mais descidas de salários dos funcionários públicos, até parece que são eles os únicos que têm de pagar a crise, que é por causa deles que o país chegou a este ponto!?

abraços

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por migluso » 4/11/2010 0:17

RiscoCalculado Escreveu:one size does not fit all
http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2010/11/one-size-does-not-fit-all.html

Com a aprovação do OE na generalidade, muitos observadores ficaram ontem intrigados com a continuação da subida dos juros exigidos à República Portuguesa nos mercados internacionais. Afinal de contas, não era a aprovação do OE a condição necessária para que os mercados nos deixassem respirar de alívio? Em teoria, sim; um documento com a chancela de um Estado da zona euro deveria ser suficiente. Na prática, não, porque, em matéria de execução orçamental, o Estado português falhou em 2010 e, com um Governo minoritário, arrisca-se a falhar de novo em 2011. Pelo menos é esse o receio - fundado ou não. De resto, não é um exclusivo português; também na Irlanda e na Grécia começam a abrir-se brechas políticas. Na Irlanda surgem dúvidas acerca do apoio parlamentar que um novo programa de austeridade, necessário para pagar os custos de nacionalização do principal banco privado, poderá gerar. E na Grécia aproximam-se eleições - salvo erro - municipais, que poderão, num cenário extremo, forçar a queda do Governo.
Ou seja, assistimos ao início do fim do euro tal como este existe hoje. Julgo que se confirmará o que os críticos da moeda única sempre afirmaram: à primeira grande crise económica, o euro falharia. É uma pena, pois, sem dúvida alguma, o euro trouxe enormes vantagens, nomeadamente na contenção da inflação e no acesso ao crédito, para os países que a ele aderiram. Infelizmente, esta crise evidencia que, na ausência de uma união política e de uma política orçamental federal, uma abordagem de "one size fits all" não funciona. Enquanto na Alemanha e na Holanda vivem-se, novamente, tempos de prosperidade, na Europa periférica vivem-se e viver-se-ão tempos muito difíceis. Assim, alguma coisa vai mudar e de forma dramática.
Ora, nos últimos dias, a Alemanha tem vindo a forçar o debate relativo à definição de um enquadramento institucional que permita a reestruturação da dívida dos países mais devedores. O objectivo é co-responsabilizar os países mais fortes da zona euro e os credores privados em processos de reescalonamento de dívida soberana. A proposta visa desonerar os contribuintes alemães da fatia de leão dos custos associados ao resgate financeiro da Europa periférica e, por outro lado, abre caminho ao perdão de dívida que países como Grécia, Irlanda e Portugal terão inevitavelmente de negociar se as suas respectivas populações não estiverem - como parecem não estar - para grandes ajustes. Resta saber se isso será compatível com a manutenção do euro nestes mesmos países. Infelizmente, sem perda da soberania política, penso que não será.

Publicada por Ricardo Arroja


"O objectivo é co-responsabilizar os países mais fortes da zona euro e os credores privados em processos de reescalonamento de dívida soberana."

Eu destacaria antes esta frase. No fundo mais não é do que devolver justiça ao sistema.

Eu acredito que a zona euro vai vencer esta crise. Sem default. É provável que as dificuldades se mantenham por meia dúzia de anos e que sejam superadas com a ajuda do FMI.
Para além do povo grego, todos os outros, até à data, parecem aceitar a inevitabilidade dos "esforços" exigidos.

Mas no fim, estou em crer que sairemos da crise, enquanto zona euro, mais fortes que os nossos concorrentes directos, pois o sistema obriga a que os ajustamentos sejam estruturais.

As alterações à lei que estão em cima da mesa são para prevenir futuras crises.
Assim quero crer ou assim espero.

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por RiscoCalculado » 3/11/2010 23:04

one size does not fit all
http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2010/11/one-size-does-not-fit-all.html

Com a aprovação do OE na generalidade, muitos observadores ficaram ontem intrigados com a continuação da subida dos juros exigidos à República Portuguesa nos mercados internacionais. Afinal de contas, não era a aprovação do OE a condição necessária para que os mercados nos deixassem respirar de alívio? Em teoria, sim; um documento com a chancela de um Estado da zona euro deveria ser suficiente. Na prática, não, porque, em matéria de execução orçamental, o Estado português falhou em 2010 e, com um Governo minoritário, arrisca-se a falhar de novo em 2011. Pelo menos é esse o receio - fundado ou não. De resto, não é um exclusivo português; também na Irlanda e na Grécia começam a abrir-se brechas políticas. Na Irlanda surgem dúvidas acerca do apoio parlamentar que um novo programa de austeridade, necessário para pagar os custos de nacionalização do principal banco privado, poderá gerar. E na Grécia aproximam-se eleições - salvo erro - municipais, que poderão, num cenário extremo, forçar a queda do Governo.
Ou seja, assistimos ao início do fim do euro tal como este existe hoje. Julgo que se confirmará o que os críticos da moeda única sempre afirmaram: à primeira grande crise económica, o euro falharia. É uma pena, pois, sem dúvida alguma, o euro trouxe enormes vantagens, nomeadamente na contenção da inflação e no acesso ao crédito, para os países que a ele aderiram. Infelizmente, esta crise evidencia que, na ausência de uma união política e de uma política orçamental federal, uma abordagem de "one size fits all" não funciona. Enquanto na Alemanha e na Holanda vivem-se, novamente, tempos de prosperidade, na Europa periférica vivem-se e viver-se-ão tempos muito difíceis. Assim, alguma coisa vai mudar e de forma dramática.
Ora, nos últimos dias, a Alemanha tem vindo a forçar o debate relativo à definição de um enquadramento institucional que permita a reestruturação da dívida dos países mais devedores. O objectivo é co-responsabilizar os países mais fortes da zona euro e os credores privados em processos de reescalonamento de dívida soberana. A proposta visa desonerar os contribuintes alemães da fatia de leão dos custos associados ao resgate financeiro da Europa periférica e, por outro lado, abre caminho ao perdão de dívida que países como Grécia, Irlanda e Portugal terão inevitavelmente de negociar se as suas respectivas populações não estiverem - como parecem não estar - para grandes ajustes. Resta saber se isso será compatível com a manutenção do euro nestes mesmos países. Infelizmente, sem perda da soberania política, penso que não será.

Publicada por Ricardo Arroja



Edit: cortado o bold em "visa desonerar os contribuintes alemães da fatia de leão dos custos associados ao resgate financeiro da Europa periférica e"
Editado pela última vez por RiscoCalculado em 4/11/2010 1:43, num total de 1 vez.
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por Elias » 3/11/2010 18:36

Juros das obrigações a curto prazo disparam mais de 15 pontos
03 Novembro 2010 | 17:19
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt

Mercados revelam nervosismo em relação à consolidação orçamental de Portugal, e reflectem esse sentimento nos juros das obrigações que estão a subir com maior expressão nos prazos mais curtos.
“A subida dos juros [da dívida portuguesa] deve-se ao facto de não haver ainda completa confiança na capacidade de Portugal para realizar o seu esforço de consolidação orçamental. Esse é o problema.

Enquanto esta preocupação existir, é natural que as taxas pagas por Portugal continuem a subir”, alertou hoje o presidente da Comissão Europeia , Durão Barroso.

E são estes receios em relação à consolidação orçamental efectiva que estão a ser reflectidos nos juros da dívida nacional.

A taxa de juro das obrigações a 10 anos está a subir 4,3 pontos base para 6,282%, tendo tocado nos 6,314% durante a sessão. Já a “yield” das “bunds” está a descer 5,3 pontos base para 2,417%, o que eleva para 386 pontos o prémio das obrigações portuguesas face às alemãs.

Nos prazos mais curtos a tendência é mais expressiva. O juro das obrigações a cinco anos sobe 15,3 pontos base para 5,104% e a taxa a dois anos está a aumentar 17,9 pontos base para 3,689%.

Esta subida mais expressiva nas obrigações de mais curto prazo espelham o nervosismo que o mercado está a sentir em relação à concretização dos objectivos orçamentais de Portugal, num dia em que o Orçamento do Estado para 2011 foi a provado no Parlamento.

Esta subida surge ainda no dia em que Portugal foi ao mercado obrigacionista. O IGCP foi ao mercado no dia da votação do Orçamento do Estado para 2011 na Assembleia da República. Os juros agravaram-se face às emissões anteriores e a procura desceu, ainda que continue a ultrapassar a oferta em mais de duas vezes. O Estado português financiou-se esta manhã em 1.031 milhões de euros em dívida de curto prazo, acima do montante previsto.
 
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por katanga » 29/10/2010 20:24

"Alguem podia fazer uma comparação entre a rendibilidade de plantar eucaliptos (+/- 10 anos) e os certificados de tesouro a 10 anos. Qual é a melhor poupança? "

Seria uma comparação interessante, mas para isso precisamos de saber o preço a que a madeira é comercializada.

Desde já te digo que isso dos eucalíptos tem sido uma desilusão para muita gente. Os sucessivos incêndios têm feito que muitos proprietários nunca tenham feito um único corte, ou então os madeireiros vêm com desvalorizações brutais.
 
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Plantar eucaliptos

por eba » 29/10/2010 14:54

Alguem podia fazer uma comparação entre a rendibilidade de plantar eucaliptos (+/- 10 anos) e os certificados de tesouro a 10 anos. Qual é a melhor poupança?
 
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A poupança não deveria ser em tempos de bonança...????

por poseidon635 » 29/10/2010 14:46

:shock:

Mas a maior poupança não deveria ser em tempos de bonança (se possível sempre)???

Em tempos de austeridade a poupança será mais difícil, digo eu!! Parece que é tudo ao contrário! :?



in "http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=451223"


"
O director de investimentos do Banco Best sublinha que, numa conjuntura de austeridade, a importância de poupar “acaba por ser maior”. Veja o vídeo onde Diogo Serras Lopes apresenta dicas para a poupança e quais os produtos destinados tanto a aforradores conservadores como aos mais agressivos. Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Poupança, o Negócios falou com Diogo Serras Lopes que acredita que "há uma franja da população que tem alguma dificuldade em realizar poupanças" quer pelos baixos rendimentos disponíveis quer pela reduzida literacia financeira."

in "http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=451223"
 
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por fatimafaria » 29/10/2010 13:02

Pois... Pois... toca a comprar CTs e oferece-los no sapatinho aos familiares.

Porque é que o TS nao se lembrou disto? :idea:

Podia até fazer uma publicidadezita na TV.
 
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por axman » 29/10/2010 9:57

mais_um Escreveu:Com tanta poupança, posso estar enganado mas parece-em que este Natal não vai ser bom para o comercio.

Mas bom, bom era a malta comprar CT em massa e assim o Estado deixava de precisar de emitir OT.


Esforço de poupança dos portugueses tem vindo a aumentar


Os dados do Banco de Portugal (BdP) revelam, aliás, que o dinheiro investido em contas com prazos superiores a dois anos não pára de crescer.

No início de 2009, os portugueses tinham perto de cinco mil milhões de euros investidos neste tipo de contas, mas em Agosto deste ano o número multiplicou-se, passando para os 22 mil milhões de euros.
António Ribeiro sublinhou que existem cada vez mais bancos que oferecem contas com taxas crescentes ao longo dos anos, mas pediu cuidado aos portugueses em relação à rentabilidade real dos depósitos.

No Dia Mundial da Poupança, comparar taxas e fazer contas são os conselhos da DECO na hora de pensar onde investir as poupanças em época de crise.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... id=1698167



Isso não é investimento - é especulação!
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por mais_um » 29/10/2010 9:49

Com tanta poupança, posso estar enganado mas parece-em que este Natal não vai ser bom para o comercio.

Mas bom, bom era a malta comprar CT em massa e assim o Estado deixava de precisar de emitir OT.


Esforço de poupança dos portugueses tem vindo a aumentar


Os dados do Banco de Portugal (BdP) revelam, aliás, que o dinheiro investido em contas com prazos superiores a dois anos não pára de crescer.

No início de 2009, os portugueses tinham perto de cinco mil milhões de euros investidos neste tipo de contas, mas em Agosto deste ano o número multiplicou-se, passando para os 22 mil milhões de euros.
António Ribeiro sublinhou que existem cada vez mais bancos que oferecem contas com taxas crescentes ao longo dos anos, mas pediu cuidado aos portugueses em relação à rentabilidade real dos depósitos.

No Dia Mundial da Poupança, comparar taxas e fazer contas são os conselhos da DECO na hora de pensar onde investir as poupanças em época de crise.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... id=1698167

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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por mais_um » 29/10/2010 9:38

Elias Escreveu:
AutoMech Escreveu:
mais_um Escreveu:Sou optimista e como tal não acredito que Portugal vá à falência, por isso depois de ouvir a entrevista do Teixeira dos Santos, decidi dar mais um contributo ao país e fui emprestar dinheiro ao Estado Português, comprei certificados do tesouro. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:


Ora deixa cá ver um catálogo da Worten: portáteis a bom preço, LCDs, MP4s, smartphones, Fifa 2010 OU PES2010.

Tantas coisas onde aplicar o dinheiro e vais logo comprar CTs. :mrgreen:


Ora essa! Dar uma esmola aos mais necessitados sempre foi uma boa acção :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:


E até estamos perto do Natal.... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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por Elias » 29/10/2010 9:23

AutoMech Escreveu:
mais_um Escreveu:Sou optimista e como tal não acredito que Portugal vá à falência, por isso depois de ouvir a entrevista do Teixeira dos Santos, decidi dar mais um contributo ao país e fui emprestar dinheiro ao Estado Português, comprei certificados do tesouro. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:


Ora deixa cá ver um catálogo da Worten: portáteis a bom preço, LCDs, MP4s, smartphones, Fifa 2010 OU PES2010.

Tantas coisas onde aplicar o dinheiro e vais logo comprar CTs. :mrgreen:


Ora essa! Dar uma esmola aos mais necessitados sempre foi uma boa acção :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
 
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por Automech » 29/10/2010 9:19

mais_um Escreveu:Sou optimista e como tal não acredito que Portugal vá à falência, por isso depois de ouvir a entrevista do Teixeira dos Santos, decidi dar mais um contributo ao país e fui emprestar dinheiro ao Estado Português, comprei certificados do tesouro. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:


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por mais_um » 29/10/2010 9:05

Sou optimista e como tal não acredito que Portugal vá à falência, por isso depois de ouvir a entrevista do Teixeira dos Santos, decidi dar mais um contributo ao país e fui emprestar dinheiro ao Estado Português, comprei certificados do tesouro. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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por Elias » 27/10/2010 13:03

Bolsa cai e juros da dívida disparam com falta de acordo no Orçamento (act)
27 Outubro 2010 | 11:34
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt

A bolsa de Lisboa inverteu a tendência de ganhos desta manhã e negoceia agora em baixa de mais de 1%, com o anúncio de Eduardo Catroga de que não conseguiu chegar a acordo com o Ministro das Finanças para o Orçamento do Estado de 2001.

Os juros das obrigações soberanas a 10 anos, que esta manha desciam na ordem do 2,5 pontos base, dispararam 14,5 pontos base para 5,781%. A impulsionar a remuneração que os investidores exigem para deter dívida pública, estará o anúncio do mandatado por Passos Coelho, para chegar a acordo para a aprovação do Orçamento do Estado para 2011.

Banca leva bolsa nacional quedas em dia misto na Europa

O índice PSI-20 desce 1,22% para 7.929,55 pontos, com 17 cotadas em baixa e três a subir. Já as restantes praças europeias negoceiam em território misto, com os resultados das cotadas europeia a não contribuírem para definir uma tendência clara ao mercado, enquanto os investidores a especulam relativamente à decisão que a Reserva Federal vai tomar, na próxima semana, para suportar o crescimento da economia norte-americana.

Por cá, a banca é o sector que mais pressiona, depois de ter sido um dos sectores mais pressionados pelo agravamento dos desequilíbrios das contas públicas durante a crise orçamental que assolou a Europa. O BCP perde 1,19% para 0,662 euros, enquanto o BES desce 1,77% para 3,542 euros e o BPI desvaloriza 0,94% para 1,575 euros.

Também a pressionar está a retalhista Jerónimo Martins, ao descer 1,50% para 10,17 euros, enquanto a Zon Multimédia impede maiores perdas e valoriza 4,26% para 3,963 euros.

De resto a cotada liderada por Rodrigo Costa já esteve em alta de mais 7% na sessão, renovando máximos de Fevereiro, mas também já se encontrou em baixa de 4,2%, ao tocar os 3,64 euros. A Sonaecom ganha 1,47% para 1,592 euros e a Portugal Telecom é uma das que mais pressiona, ao descer 0,72% para 10,365 euros.

A bolsa nacional subia há quatro sessões consecutivas, impulsionadas pela expectativa de que o Orçamento do Estado que inclui os maiores cortes orçamentais dos últimos 30 anos iria contribuir para equilibrar as contas públicas.


Juros da dívida pública disparam e expandem prémio de risco português

Também juros da dívida acusam os receios relacionados com a aprovação do Orçamento do Estado. Depois de terem descido durante parte da manhã, os juros da dívida pública a 10 anos ascendem agora 17,1 pontos base para 5,807%. Já a “yield” das obrigações com maturidade a cinco anos aumenta 8,4 pontos e no prazo de dois anos o ganho é de sete pontos para 3,049%.

O prémio de risco que os investidores exigem para deter dívida portuguesa a 10 anos, em vez da equivalente alemã que serve de referênica para a Europa, sobe para 322,4 pontos base, nas obrigações com maturidade a 10 anos.
 
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por elbmurcs » 7/9/2010 14:00

Vão ter que ser despedidos funcionários públicos. Por mais voltas que se dê, é sempre uma coisa difícil.
 
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por Alladin Broker » 7/9/2010 13:23

O Portugal dos serviços desmedidos e do estado "buraco negro" está falido, mas o Portugal das energias renováveis, do carro eléctrico, do mar que nos torna o centro, entre a Europa e os Estados Unidos, não está.

Diz-nos a história que é preciso morrer o velho, para poder nascer o novo e esta transição deve ser o menos dolurosa possivel. Cabe a cada um de nós, simplificar essa transição...com esperança, muita tolerância e solideriedade entre todos...

Abraço
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