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Caldeirão da Bolsa

Bruxelas defende que bancos devem falir...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por kpt » 21/10/2010 22:06

AutoMech Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Qual é o mal de ter dinheiro em casa?


Mal não é nenhum, mas não é isento de riscos Lion. Um simples assalto ou um incêndio também podem perfeitamente acontecer.


Lion_Heart Escreveu:As pessoas agoras e que viraram banco-dependentes.Usam o MB para tudo e depois queixam-se.
São os pequenos judeus como eu gosto de chamar.


O nosso MB (e o sistema de pagamentos em geral) é dos melhores que existem na Europa. Eu afirmo isto sem reservas porque trabalhei numa multinacional onde os pagamentos era cruciais para o negócio e conhecia razoavelmente as opções de outros paises.

Tens por exemplos os Franceses que passam cheques para tudo e para nada.

Tens os Italianos que vão todos os meses com um camião de facturas (giros) para os correios, perder entre meia hora a uma hora.

Tens os Espanhóis que quase que dão a conta para débito bancário para pagar ao arrumador de carros.

Aqueles que cá vieram e puderam ver como nós pagamos as facturas nos MB ficaram encantados.

Não vamos por isso dizer que isto vicia as pessoas porque a grande adesão ao MB e pagamentos de facturas nos MB é uma coisa má (acho naturalíssimo porque é super confortável) e não percebo porque é que apelidas de judeus essas pessoas (o que me inclui a mim pessoalmente e confesso que não gostei particularmente).

Se há risco de falência de um banco. Claro que há. Mas também há de ser assaltado em casa...


Automech, parece-me que há por aqui quem já ache que ter uma conta num banco é ser um capitalista sem escrúpulos e ganancioso. Isto só visto, ter uma conta bancária é a coisa mais básica e natural do mundo, daí que me choca ver este tipo de comentários sobre quem tem contas bancárias.

Realmente, quem ganha 2% ou 3% de juro por ano é cá um ganancioso. Só mesmo os mais audazes é que o fazem e pelos vistos devem ser castigados.

Só falta o vosso banco falir, vocês perderem as poupanças ou parte delas e ainda virem para aqui dizer que foi óptimo o que aconteceu e que deveria acontecer todos os dias à vontade do freguês.
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por kpt » 21/10/2010 21:46

joao5 Escreveu:Se desenvolveres esta tese és candidato a PhD pela LSE, LBS, etc. A sério.
Mas tem em conta que:
1. Os créditos que os Bancos dão, já são titularizados! É aliás esse um dos factores que originou a crise do subprime.
2. Os bancos finlandeses tinham adquirido titulos de crédito sobre o crédito que o LB tinha disponibilizado a uns tantos americanos.
3. Na hora de pagar, esses bacanos que tinham sido incentivados a pedir 100k para adquirir um bem cujo preço de mercado era de 80k (mas que se iria valorizar em 30%!), entraram em default.
4. Em consequência as casas foram para o mercado e só deram 60k.
5. Os bancos finlandeses começaram a fechar posições, inicialmente com perdas de 40%. Quando fecharam as posições todas viram que tinham todo o seu capital e os depósitos que tinham captado perdidos.
6. Nada diferente do teu modelo. Que faz o finlandês que tem um titulo de empréstimo de 100k mas que só recebe 60k que foi quanto rendeu a venda da casa?
Bom, podes dizer que ao menos não perdeu o capital todo.
Mas se esse finlandês receber 100k, o finlandês seguinte só pode receber 20 para o banco manter a sua situação equilibrada, certo?
A tentação do Banco, para evitar o pânico, é de também pagar a este os 100.
Só que a partir deste momento, não há mais dinheiro. O Banco para pagar 200 já vendeu 3 titulos(por 60 cada) e já foi ao mercado buscar +20k.
Quando o 3º depositante se apresentar, não há dinheiro. KAPUTT.
7. Argumento: o Banco só deveria ter pago 60 ao titular do depósito de 100 - Assim todos perdem de forma igual.
MAS PERDEM.
8. Queres passar o problema que é gerido por instituições especializadas, os bancos, para os depositantes. Que me interessa a mim que o Banco me dê um titulo sobre um devedor cujo activo se desvalorizou? Não perco dinheiro?
9. Não há forma de resolver este duplo problema:
- Há devedores que não cumprem e há activos que se desvalorizam;
10. É nisto que consiste a essência da Gestão de Risco que os Bancos fazem.
- Quando corre bem, remuneram os capitais alheios (tx juro) e os capitais próprios (dividendos).
- Quando corre mal, aparece uma CGD a mobilizar fundos de apoio que poderiam, por exemplo, ter entregue ao Estado (Sim, pode e deve fazê-lo), para que este tivesse reduzido o seu endividamento externo, reduzindo a conta de juros pago ao exterior e equilibrando por esta via o Orçamento. Como tal não sucedeu - e o défice orçamental tem de baixar, se não é pela despesa que se reduz (e será), então aumentam-se os impostos. Ou não?
.


De todo, só posso concluir que interpretaste mal o que eu disse.

Vou reexplicar-te.

Em primeiro lugar, é mentira que todos os créditos concedidos pelos bancos estejam titularizados, e mesmo que estejam tal não significa que o banco já os tenha vendido, pelo que é indiferente estarem ou não titularizados.

Segundo, eu não sugeri tão pouco que os bancos ou os depositantes andem a comprar ou a vender títulos de crédito.

O que eu sugeri foi algo muitooo diferente que passa pelo seguinte:

Por cada depósito que os bancos recebem, vão aplicar esse dinheiro em concessão de crédito ou na compra de activos tais como, obrigações acções ou outros.

Portanto, o que eu sugiro, é que os bancos titularizem ou simplesmente dêem como garantia uma percentagem de todos os seus créditos concedidos, com base no respectivo valor do depósito recebido. Quando falo de créditos, podia falar de outros activos dados como garantia imediatamente.

Os activos dados como garantia jamais poderiam entrar na massa insolvente do banco, pelo que os outros credores nunca poderiam tocar-lhes.

Esta situação não é mais do que fazer com que os depositantes tenham privilégio sobre os demais credores, conferindo assim uma maior segurança aos depositantes.

Se com isso as taxas de juro dos depósitos deviam descer? Claro que sim, menor o risco, menor a remuneração.

Ou seja, isto asseguraria que os depositantes tivessem mais probabilidades de recuperar a totalidade ou parte do seu dinheiro.

E quando me refiro a dar créditos como garantia, falo em dar uma percentagem da totalidade dos créditos e não apenas os maus créditos.

Na prática, em teoria, a parte do dinheiro que tinhas depositado e que não conseguias recuperar corresponderia apenas ao crédito mal parado ou incobrável! Portanto, essa questão do subprime não tem nada mas mesmo nada a ver com isto.

Aliás, a minha sugestão não se prende tão pouco em comprar ou vender crédito mas tão simplesmente dar créditos ou outros activos como garantia aos depositantes e que estes apenas as accionariam caso o banco falisse.

O princípio é de que os depositantes deveriam ser credores privilegiados do banco, pois não se esqueçam que as outras entidades que financiam os bancos são outros bancos e os bancos centrais que, como normal da sua actividade, estão sujeitos ao risco de crédito e o seu crédito deve ser subordinado face ao dos depositantes.

Os depositantes quando metem dinheiro num banco não estão numa óptica empresarial nem estão a exercer qualquer actividade. Simplesmente financiam o banco porque não há alternativas viáveis onde ter o dinheiro.

Ter dinheiro no colchão durante anos a fio não é minimamente inteligente nem contribui em nada para a economia!
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por joao5 » 21/10/2010 21:20

kpt Escreveu:
joao5 Escreveu:Óptimo. De acordo, não devem ser os contribuintes.
Então QUEM? SE tens lá 1 milhão e o Fundo só dá 100 k quem te repõe o resto?
...


Se tivesses feito o trabalho de casa como sugeri, que passava por leres os meus posts anteriores, nomeadamente onde específico "quem" é que te "repõe o resto" já saberias a resposta :)


Li. Será isto?
kpt Escreveu:Eu diria que cada depositante deveria receber em troca uma garantida, um colateral dado pelo Banco. Por exemplo, os bancos seriam obrigados a titularizar todos os seus créditos concedidos e cada depositante recebia como garantia um título de crédito no montante do seu depósito. Seria também importante que esses créditos titularizados, em caso de insolvência do banco, não pudessem entrar para a massa insolvente e seria como se o banco não tivesse esses créditos, ou seja, para garantir que os depositantes nunca ficariam sem os seus títulos de crédito.

Desta forma, os depositantes, após esgotadas todas as formas de recuperação dos seus depósitos (indemnizações dos fundos de garantia, etc), tinham sempre como salvaguarda os títulos de crédito.


Se desenvolveres esta tese és candidato a PhD pela LSE, LBS, etc. A sério.
Mas tem em conta que:
1. Os créditos que os Bancos dão, já são titularizados! É aliás esse um dos factores que originou a crise do subprime.
2. Os bancos finlandeses tinham adquirido titulos de crédito sobre o crédito que o LB tinha disponibilizado a uns tantos americanos.
3. Na hora de pagar, esses bacanos que tinham sido incentivados a pedir 100k para adquirir um bem cujo preço de mercado era de 80k (mas que se iria valorizar em 30%!), entraram em default.
4. Em consequência as casas foram para o mercado e só deram 60k.
5. Os bancos finlandeses começaram a fechar posições, inicialmente com perdas de 40%. Quando fecharam as posições todas viram que tinham todo o seu capital e os depósitos que tinham captado perdidos.
6. Nada diferente do teu modelo. Que faz o finlandês que tem um titulo de empréstimo de 100k mas que só recebe 60k que foi quanto rendeu a venda da casa?
Bom, podes dizer que ao menos não perdeu o capital todo.
Mas se esse finlandês receber 100k, o finlandês seguinte só pode receber 20 para o banco manter a sua situação equilibrada, certo?
A tentação do Banco, para evitar o pânico, é de também pagar a este os 100.
Só que a partir deste momento, não há mais dinheiro. O Banco para pagar 200 já vendeu 3 titulos(por 60 cada) e já foi ao mercado buscar +20k.
Quando o 3º depositante se apresentar, não há dinheiro. KAPUTT.
7. Argumento: o Banco só deveria ter pago 60 ao titular do depósito de 100 - Assim todos perdem de forma igual.
MAS PERDEM.
8. Queres passar o problema que é gerido por instituições especializadas, os bancos, para os depositantes. Que me interessa a mim que o Banco me dê um titulo sobre um devedor cujo activo se desvalorizou? Não perco dinheiro?
9. Não há forma de resolver este duplo problema:
- Há devedores que não cumprem e há activos que se desvalorizam;
10. É nisto que consiste a essência da Gestão de Risco que os Bancos fazem.
- Quando corre bem, remuneram os capitais alheios (tx juro) e os capitais próprios (dividendos).
- Quando corre mal, aparece uma CGD a mobilizar fundos de apoio que poderiam, por exemplo, ter entregue ao Estado (Sim, pode e deve fazê-lo), para que este tivesse reduzido o seu endividamento externo, reduzindo a conta de juros pago ao exterior e equilibrando por esta via o Orçamento. Como tal não sucedeu - e o défice orçamental tem de baixar, se não é pela despesa que se reduz (e será), então aumentam-se os impostos. Ou não?
.
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por Automech » 21/10/2010 21:11

Lion_Heart Escreveu:Qual é o mal de ter dinheiro em casa?


Mal não é nenhum, mas não é isento de riscos Lion. Um simples assalto ou um incêndio também podem perfeitamente acontecer.


Lion_Heart Escreveu:As pessoas agoras e que viraram banco-dependentes.Usam o MB para tudo e depois queixam-se.
São os pequenos judeus como eu gosto de chamar.


O nosso MB (e o sistema de pagamentos em geral) é dos melhores que existem na Europa. Eu afirmo isto sem reservas porque trabalhei numa multinacional onde os pagamentos era cruciais para o negócio e conhecia razoavelmente as opções de outros paises.

Tens por exemplos os Franceses que passam cheques para tudo e para nada.

Tens os Italianos que vão todos os meses com um camião de facturas (giros) para os correios, perder entre meia hora a uma hora.

Tens os Espanhóis que quase que dão a conta para débito bancário para pagar ao arrumador de carros.

Aqueles que cá vieram e puderam ver como nós pagamos as facturas nos MB ficaram encantados.

Não vamos por isso dizer que isto vicia as pessoas porque a grande adesão ao MB e pagamentos de facturas nos MB é uma coisa má (acho naturalíssimo porque é super confortável) e não percebo porque é que apelidas de judeus essas pessoas (o que me inclui a mim pessoalmente e confesso que não gostei particularmente).

Se há risco de falência de um banco. Claro que há. Mas também há de ser assaltado em casa...
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por amsfsma » 21/10/2010 20:32

Nem me dou ao trabalho de refutar certos raciocínios aqui expressos, deixo penas umas "verdades básicas".

-Não existe Estado, o que existe são contribuintes;

-Alguns contribuintes não têm que pagar os erros ou os azares de outros contribuintes;

-Os depositantes devem pedir satisfações judiciais aos bancos e pessoas a quem confiaram o dinheiro;

-O Estado deve ser um mero garante do funcionamento da lei e dos tribunais.

-Os depositantes no tempo das vacas gordas privatizam os SEUS lucros e acham-se os maiores em relação àqueles que fazem os depósitos nos bancos mais conservadores e que por isso remuneram pior os depósitos mas depois, no tempo das vacas magras acham que o contribuinte, duma forma solidária, deve partilhar os SEUS prejuízos.

Quem comeu a carne que coma os ossos! :evil:
 
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por kpt » 21/10/2010 20:30

joao5 Escreveu:Óptimo. De acordo, não devem ser os contribuintes.
Então QUEM? SE tens lá 1 milhão e o Fundo só dá 100 k quem te repõe o resto?
...


Se tivesses feito o trabalho de casa como sugeri, que passava por leres os meus posts anteriores, nomeadamente onde específico "quem" é que te "repõe o resto" já saberias a resposta :)
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por kpt » 21/10/2010 20:28

Lion_Heart Escreveu:
No caso BPN fomos todos nós para safar uma meia duzia de especuladores.

Quem fez depositos a prazo num banco que pagava o triplo dos outros é especulador.

E ja todos sacaram o €€€ de la.


Não acho que quem tenha lá depósitos seja especulador, até porque muitos seriam clientes desde há largos anos, altura em que nem sequer havia essas taxas, certo?! Ou será que o BPN só tinha clientes novos com taxas de 8%?

Mais, é demagogia aquilo que têm dito acerca dos dinheiros públicos no BPN.

O Estado ainda não perdeu nada com o BPN. Como já disse noutro post, quem lá pôs dinheiro foi a CGD e foi a título de empréstimo e não a fundo perdido. Custa perceber isso? Só haverá perda se no futuro o BPN não for capaz de devolver mas isso também a CGD pode perder dinheiro a emprestar a outros bancos ou a todos nós.

Releiam os meus posts anteriores porque não os vou repetir, nomeadamente aquele(s) em que refiro as medidas específicas para diminuir esta problemática.

Depois logo comentam, assim que souberem a minha verdadeira posição e visão sobre o tema.
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por Lion_Heart » 21/10/2010 20:02

joao5 Escreveu:
kpt Escreveu:
joao5 Escreveu:
kpt Escreveu:Ah, deixa-me informar-te que o limite dos 100.000 € está previsto acabar no final de 2011 (de acordo com a lei que aprovou essa alteração), pelo que a partir desse momento deve voltar para os 25.000 €. Então aqui se isto é muito dinheiro vou ali e já volto…

Qual é a fonte?


A fonte é a própria lei que alterou de 25.000€ para 100.000€.

Decreto-Lei n.º 211-A/2008, artigo 12.º, número 1.

"Artigo 12.º
Regime transitório
1 — Até 31 de Dezembro de 2011, o limite de garantia
previsto no n.º 1 do artigo 166.º do Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e na portaria
n.º 1340/98 (2.ª série), de 12 de Dezembro, passa de
€ 25 000 para € 100 000."



Obrigado. Há portanto que estar atento ao que se irá passar a partir de 1 JAN de 2012.


kpt Escreveu:Vou ter que explicar-me melhor. Eu não disse que os valores superiores a 100k devem ser pagos pelos contribuintes!

Óptimo. De acordo, não devem ser os contribuintes.
Então QUEM? SE tens lá 1 milhão e o Fundo só dá 100 k quem te repõe o resto?
...


No caso BPN fomos todos nós para safar uma meia duzia de especuladores.

Quem fez depositos a prazo num banco que pagava o triplo dos outros é especulador.

E ja todos sacaram o €€€ de la.
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por joao5 » 21/10/2010 19:57

kpt Escreveu:
joao5 Escreveu:
kpt Escreveu:Ah, deixa-me informar-te que o limite dos 100.000 € está previsto acabar no final de 2011 (de acordo com a lei que aprovou essa alteração), pelo que a partir desse momento deve voltar para os 25.000 €. Então aqui se isto é muito dinheiro vou ali e já volto…

Qual é a fonte?


A fonte é a própria lei que alterou de 25.000€ para 100.000€.

Decreto-Lei n.º 211-A/2008, artigo 12.º, número 1.

"Artigo 12.º
Regime transitório
1 — Até 31 de Dezembro de 2011, o limite de garantia
previsto no n.º 1 do artigo 166.º do Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e na portaria
n.º 1340/98 (2.ª série), de 12 de Dezembro, passa de
€ 25 000 para € 100 000."



Obrigado. Há portanto que estar atento ao que se irá passar a partir de 1 JAN de 2012.


kpt Escreveu:Vou ter que explicar-me melhor. Eu não disse que os valores superiores a 100k devem ser pagos pelos contribuintes!

Óptimo. De acordo, não devem ser os contribuintes.
Então QUEM? SE tens lá 1 milhão e o Fundo só dá 100 k quem te repõe o resto?
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por joao5 » 21/10/2010 19:34

Drecksack Escreveu:
joao5 Escreveu:
kpt Escreveu:Mas e então e se tiver 1 milhão ou 2 milhões? Contento-me o resto da vida com os 100k?

É justo ou racional? Não me parece.

É sim: A mim parece-me preferível que quem tem 1 milhão perca 900 mil do que andarmos a utilizar dinheiros públicos para assegurar que esses titulares mantêm o seu milhão intacto.
É que aqueles que não têm nem nunca terão esse milhão terão de se "cotizar" via fiscal para repor os dinheiros publicos que permitem estas intervenções "racionais".


:shock: :shock: :shock:

POUPA-NOS POR FAVOR !

Se tivesses nessa situação não terias essa opinião, como é óbvio.


Na tua opinião, se eu tivesse 1 milhão de EUR, deixava de ter os principíos que tenho, é isso?

E seria portanto de opinião que o meu milhão, deveria ser pago com o dinheiro dos contribuintes.

A resposta é NÃO (não mudaria de opinião) e NÂO (os contribuintes não têm que sustentar a minha escolha de detenção de património nem a incompetência do Banco que eu escolhi e em quem confiei esse papel).

Já agora ficas a saber que eu estou nessa situação - na de contribuinte do Estado Português (que utilizou dinheiro de todos nós não para reduzir o endividamento externo mas para garantir estes "milhões" do BPN e agora parece que tem de reduzir o endividamento externo.
Sabes como? Aumentando os impostos. E é nessa situação que eu me encontro, a de pagador de impostos revoltado por ter sido perseguida uma estratégia de protecção de interesses que não merecem a minha concordância.
Pelos vistos têm a tua... Chama-se a isto o direito à diferença!
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por kpt » 21/10/2010 19:31

Lion_Heart Escreveu:Ja agora folgo em saber que tens muito mais que 100K€ em cash depositados num Banco. Fico preocupado por não o colocares em varios.

Portanto o teu Banco porque TU não foste causteloso (ex: dividir capital por varias instituições , diversas aplicações, arte, ouro , etc) não pode falir.

Mas o teu padeiro, sapateiro , loja de roupa pode! Em especial se essa falência se deve a impostos para pagar as asneiras de outros.


Mas para quem é muito sensivel (ou diz que a Banca o é) então para que temos Banca privada? Não devia ser Estatal? Assim ja não teriamos problemas.
Ou isto é só provatizar lucros , nacionalizar prejuizos? Pelo menos é o que eu vejo.

Quando alguma instituição vai a falência existe sempre coisas que se aproveitam, na Banca é igual. Praticamente só o passivo ia para o buraco. Mas não é precisamente essa a ideia?


Lion_Heart, pouco interessa o que tenho ou deixo de ter. Não falo de mim, falo de generalidades.

Mas mesmo que tenha, não te preocupes que eu sei jogar com o limite de garantia de depósitos ;)

Mas repara, que mesmo assim, se tiveres mais que 2 milhões (e tendo tu cerca de 20 bancos a operar em portugal), esgotas logo o limite de garantia em Portugal. Terás que começar a dispesar por bancos estrangeiros.

Peço-te o favor de releres tudo o que disse neste tópico. Eu não sou contra falência dos bancos.

Aliás, eu disse que sou a favor que se deixem falir bancos desde que os depositantes, através de medidas como aquelas que referi nas páginas anteriores (que não incluem Estado para coisa alguma), usufruam de uma maior garantia quanto aos seus depósitos. Podes ler nas outras páginas o tipo de medidas que referi.

Isto não se trata de despejar dinheiros de todos nós contribuintes para salvar os ricos.

Trata-se de criar condições estáveis para que todos os depositantes tenham o máximo de garantias possíveis, tenham eles 1.000€ ou 10.000.000€.
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por kpt » 21/10/2010 19:24

joao5 Escreveu:
kpt Escreveu:Mas e então e se tiver 1 milhão ou 2 milhões? Contento-me o resto da vida com os 100k?

É justo ou racional? Não me parece.

É sim: A mim parece-me preferível que quem tem 1 milhão perca 900 mil do que andarmos a utilizar dinheiros públicos para assegurar que esses titulares mantêm o sue milhão intacto.
É que aqueles que não têm nem nunca terão esse milhão terão de se "cotizar" via fiscal para repor os dinheiros publicos que permitem estas intervenções "racionais".

kpt Escreveu:Ah, deixa-me informar-te que o limite dos 100.000 € está previsto acabar no final de 2011 (de acordo com a lei que aprovou essa alteração), pelo que a partir desse momento deve voltar para os 25.000 €. Então aqui se isto é muito dinheiro vou ali e já volto…



A fonte é a própria lei que alterou de 25.000€ para 100.000€.

Decreto-Lei n.º 211-A/2008, artigo 12.º, número 1.

"Artigo 12.º
Regime transitório
1 — Até 31 de Dezembro de 2011, o limite de garantia
previsto no n.º 1 do artigo 166.º do Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e na portaria
n.º 1340/98 (2.ª série), de 12 de Dezembro, passa de
€ 25 000 para € 100 000."


Vou ter que explicar-me melhor. Eu não disse que os valores superiores a 100k devem ser pagos pelos contribuintes! Aliás, sabes de onde provem o dinheiro do fundo de garantia de depósitos? São das contribuições dos próprios bancos, não do Estado!
“Artigo 159.º do Reg. Geral das Inst. Crédito
Recursos financeiros116
1 – O Fundo disporá dos seguintes recursos:
a) Contribuições iniciais das instituições de crédito participantes;
b) Contribuições periódicas e contribuições especiais das instituições de crédito
participantes;
c) Importâncias provenientes de empréstimos;
d) Rendimentos da aplicação de recursos;
e) Liberalidades;
f) Produto das coimas aplicadas às instituições de crédito.
2 - Verificando-se uma situação de urgência, designadamente se puderem estar em
causa aspectos de estabilidade sistémica, o Banco de Portugal poderá, nas condições
definidas na sua Lei Orgânica, facultar temporariamente ao Fundo os recursos
adequados à satisfação das suas necessidades imediatas.
Mas eu não estou tão pouco a sugerir que o fundo de garantia deve cobrir mais de 100k.


O que eu falei, como podes ver nas páginas anteriores do tópico, é sobre a criação de medidas que garantam aos depositantes muito maior segurança aos seus depósitos. Podes ver com maior detalhe que tipo de medidas eu referi e posso dizer-te, desde já, que não inclui dinheiros públicos e não seria a favor se tal assim fosse.
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por Lion_Heart » 21/10/2010 19:07

Qual é o mal de ter dinheiro em casa? Muita gente o tem. Ve por ex. em Espanha as notas de 500€ que la estão. Não é nos Bancos de certeza.

As pessoas agoras e que viraram banco-dependentes.Usam o MB para tudo e depois queixam-se.
São os pequenos judeus como eu gosto de chamar.

Só andam com 5€ no bolso. E quando tem algum problema (ex:o mb avariou ou no restaurante não tem,ou o pneu da bike furou) la tem que pedir emprestado ao amigo do lado. Isto é vergonhoso. A mim apetece responder: Vai lavar pratos ou então anda 20km a pé para aprenderes.

O dinheiro não fala! Aprendam isto.

com o MB não vais a muitos lados, mas com €€€€€ na mão vais a todos.
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por MatildeSerrano » 21/10/2010 19:07

joao5 Escreveu:
kpt Escreveu:Mas e então e se tiver 1 milhão ou 2 milhões? Contento-me o resto da vida com os 100k?

É justo ou racional? Não me parece.

É sim: A mim parece-me preferível que quem tem 1 milhão perca 900 mil do que andarmos a utilizar dinheiros públicos para assegurar que esses titulares mantêm o sue milhão intacto.
É que aqueles que não têm nem nunca terão esse milhão terão de se "cotizar" via fiscal para repor os dinheiros publicos que permitem estas intervenções "racionais".


:shock: :shock: :shock:

POUPA-NOS POR FAVOR !

Se tivesses nessa situação não terias essa opinião, como é óbvio.
Editado pela última vez por Visitante em 21/10/2010 19:14, num total de 1 vez.
 
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por Lion_Heart » 21/10/2010 19:03

kpt Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Vamos la a ver se nos entendemos.
Voces são capitalistas ou é conforme da mais jeito?
Essa proposta da UE nem se devia colocar, tem que ser a regra.


Ser capitalista não é sinónimo de anarquismo ou de falta de humanismo ou um mínimo de socialismo.

Mas já agora, se o teu banco falisse e perdesses todas as tuas poupanças depois também queria ver se continuavas a considerar-te um capitalista incondicional e sem regras…

Ninguém está a pedir que os bancos não possam falir. Simplesmente, pedimos que sejam criadas as condições e medidas necessárias para que caso isso aconteça o impacto na economia e nas famílias seja o menor possível.

O que eu peço é que sejam os accionistas e alguns credores (aqueles que realmente assumem riscos operacionais normais da sua actividade ao financiar os bancos) a suportar as perdas de uma falência dos bancos e não os respectivos depositantes.

É que tu, por mais voltas que dês, não encontras uma alternativa viável à colocação do teu dinheiro num banco e as razões são várias, desde logo o facto de ser necessária uma conta bancária para pagar um sem número de serviços prestados hoje em dia. Imaginam o que era ir à PT, à ZON, à EDP, à EPAL ou seja lá o que for pagar a factura com dinheiro vivo? Era preciso tirar um dia de férias por mês para fazer uma coisa dessas. E o vosso patrão, paga-vos com dinheiro vivo? Normalmente é por transf. bancária e por vezes talvez com cheque. E as pessoas? Guardavam as suas poupanças em casa? Que condições de segurança conseguiriam assegurar ao seu dinheiro (mesmo com cofres) e à sua própria vida? Era um convite aos assaltantes… o país virava do avesso com uma série de roubos a tudo o que era casa à procura de dinheiro vivo.

Já para não falar no facto de que ter o dinheiro fora do sistema bancário é ficar cada vez mais pobre face à inflação existente. Uma pessoa que tem um depósito no banco não é porque é ganancioso ou porque quer rentabilizar o dinheiro, é porque, no mínimo, quererá evitar a desvalorização do seu dinheiro em face da inflação (já o nosso amigo Warren Buffet dizia que a inflação é o seu pior inimigo.), para além de quase ser obrigado a ter uma conta bancária nos dias que correm pelos motivos que já enumerei e tantos outros.

Será que conta bancária é ser capitalista??!! Em Cuba e na Coreia do Norte também há contas bancárias. Serão eles capitalistas?


Ja agora folgo em saber que tens muito mais que 100K€ em cash depositados num Banco. Fico preocupado por não o colocares em varios.

Portanto o teu Banco porque TU não foste causteloso (ex: dividir capital por varias instituições , diversas aplicações, arte, ouro , etc) não pode falir.

Mas o teu padeiro, sapateiro , loja de roupa pode! Em especial se essa falência se deve a impostos para pagar as asneiras de outros.


Mas para quem é muito sensivel (ou diz que a Banca o é) então para que temos Banca privada? Não devia ser Estatal? Assim ja não teriamos problemas.
Ou isto é só provatizar lucros , nacionalizar prejuizos? Pelo menos é o que eu vejo.

Quando alguma instituição vai a falência existe sempre coisas que se aproveitam, na Banca é igual. Praticamente só o passivo ia para o buraco. Mas não é precisamente essa a ideia?
Editado pela última vez por Lion_Heart em 21/10/2010 19:11, num total de 1 vez.
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por joao5 » 21/10/2010 19:01

kpt Escreveu:Mas e então e se tiver 1 milhão ou 2 milhões? Contento-me o resto da vida com os 100k?

É justo ou racional? Não me parece.

É sim: A mim parece-me preferível que quem tem 1 milhão perca 900 mil do que andarmos a utilizar dinheiros públicos para assegurar que esses titulares mantêm o sue milhão intacto.
É que aqueles que não têm nem nunca terão esse milhão terão de se "cotizar" via fiscal para repor os dinheiros publicos que permitem estas intervenções "racionais".

kpt Escreveu:Ah, deixa-me informar-te que o limite dos 100.000 € está previsto acabar no final de 2011 (de acordo com a lei que aprovou essa alteração), pelo que a partir desse momento deve voltar para os 25.000 €. Então aqui se isto é muito dinheiro vou ali e já volto…


Qual é a fonte?
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Re: Eh paa, voces estao a entrar em panico...

por joao bravo » 21/10/2010 18:48

bboniek00 Escreveu:
joao bravo Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Vamos la a ver se nos entendemos.
Voces são capitalistas ou é conforme da mais jeito?
Essa proposta da UE nem se devia colocar, tem que ser a regra.


Discordo totalmente o capitalismo tem a ver também com conservação de bens em instituições consideradas seguras. Senão óbviamente é uma tourada !! O que não seria empresas e indivíduos falidos por essas situação. Não ! Assim voltamos ao dinheiro debaixo do colchão.


Primeiros: quando ha reguladores como o nosso Banco de Portugal e seu mui competente ex-governador, esse problema nao se poe; tudo sob controlo.

Segundos: a ter em conta que nao ha nada de mal com o princiipio de "conforme daa mais jeito" ! Por exemplo nao se sobe para cima dum burro pelo lado da cabec,a embora nao seja impossiivel.

Terceiros: "senao... ee uma tourada". Qual senao... jaa ee uma tourada.

Temos que confiar em Bruxelas ! Senao... em quem vamos confiar ? Que raio !


O problema é quando os reguladores não fazem o seu trabalho como devem.
Bruxelas ? lol quer minimizar custos é claro !

Até 100k€ é garantido e se a empresa ou o indivíduo tiver mais ? É justo que perca tudo ? Não ! Os bancos devem apoiar a economia ! Não é contribuir para a sua destruição. Se são mal geridos a culpa não é de certeza de quem lá mete o dinheiro.
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por kpt » 21/10/2010 18:47

joao5 Escreveu:
kpt Escreveu:Mas já agora, se o teu banco falisse e perdesses todas as tuas poupanças depois também queria ver se continuavas a considerar-te um capitalista incondicional e sem regras…


A que poupanças te referes?
- Os depósitos estão garantidos até 100 k;
- Os valores mobiliários que tens mantém-se teus independentemente da falência;
- Perderás parcialmente na liquidação de fundos geridos pelo Banco;
- Perderás parcialmente (eventualmente tudo) o que tiveres subscrito em Obrigações do Banco que faliu - mas quando as subscreves tens de estar consciente desse risco!


Poupanças refiro-me a depósitos apenas.

Mas achas que 100k é muito dinheiro? Para além disso ainda é preciso ver para crer quanto ao Estado (fundo de garantia) assumir as suas responsabilidades no caso de um grande banco falir! É que já confio muito pouco no Estado. O estado nem dinheiro tem para as suas despesas quanto mais para isto. Eu acho que o fundo de garantia não teria massa suficiente para cobrir sequer os depósitos do BCP, por exemplo, ainda que fossem limitados a 100k por titular.

Mas e então e se tiver 1 milhão ou 2 milhões? Contento-me o resto da vida com os 100k?

É justo ou racional? Não me parece. Nota novamente que o depositante, na sua génese, não tem em mente assumir riscos nem está a efectuar qualquer acto especulativo/ganancioso ao fazer um depósito.

Ah, deixa-me informar-te que o limite dos 100.000 € está previsto acabar no final de 2011 (de acordo com a lei que aprovou essa alteração), pelo que a partir desse momento deve voltar para os 25.000 €. Então aqui se isto é muito dinheiro vou ali e já volto…
Editado pela última vez por kpt em 21/10/2010 18:48, num total de 1 vez.
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por joao5 » 21/10/2010 18:40

kpt Escreveu:Mas já agora, se o teu banco falisse e perdesses todas as tuas poupanças depois também queria ver se continuavas a considerar-te um capitalista incondicional e sem regras…


A que poupanças te referes?
- Os depósitos estão garantidos até 100 k;
- Os valores mobiliários que tens mantém-se teus independentemente da falência;
- Perderás parcialmente na liquidação de fundos geridos pelo Banco;
- Perderás parcialmente (eventualmente tudo) o que tiveres subscrito em Obrigações do Banco que faliu - mas quando as subscreves tens de estar consciente desse risco!
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Eh paa, voces estao a entrar em panico...

por bboniek33 » 21/10/2010 18:36

joao bravo Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Vamos la a ver se nos entendemos.
Voces são capitalistas ou é conforme da mais jeito?
Essa proposta da UE nem se devia colocar, tem que ser a regra.


Discordo totalmente o capitalismo tem a ver também com conservação de bens em instituições consideradas seguras. Senão óbviamente é uma tourada !! O que não seria empresas e indivíduos falidos por essas situação. Não ! Assim voltamos ao dinheiro debaixo do colchão.


Primeiros: quando ha reguladores como o nosso Banco de Portugal e seu mui competente ex-governador, esse problema nao se poe; tudo sob controlo.

Segundos: a ter em conta que nao ha nada de mal com o princiipio de "conforme daa mais jeito" ! Por exemplo nao se sobe para cima dum burro pelo lado da cabec,a embora nao seja impossiivel.

Terceiros: "senao... ee uma tourada". Qual senao... jaa ee uma tourada.

Temos que confiar em Bruxelas ! Senao... em quem vamos confiar ? Que raio !
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por joao bravo » 21/10/2010 18:08

Lion_Heart Escreveu:Vamos la a ver se nos entendemos.
Voces são capitalistas ou é conforme da mais jeito?
Essa proposta da UE nem se devia colocar, tem que ser a regra.


Discordo totalmente o capitalismo tem a ver também com conservação de bens em instituições consideradas seguras. Senão óbviamente é uma tourada !! O que não seria empresas e indivíduos falidos por essas situação. Não ! Assim voltamos ao dinheiro debaixo do colchão.
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por kpt » 21/10/2010 18:02

Lion_Heart Escreveu:Vamos la a ver se nos entendemos.
Voces são capitalistas ou é conforme da mais jeito?
Essa proposta da UE nem se devia colocar, tem que ser a regra.


Ser capitalista não é sinónimo de anarquismo ou de falta de humanismo ou um mínimo de socialismo.

Mas já agora, se o teu banco falisse e perdesses todas as tuas poupanças depois também queria ver se continuavas a considerar-te um capitalista incondicional e sem regras…

Ninguém está a pedir que os bancos não possam falir. Simplesmente, pedimos que sejam criadas as condições e medidas necessárias para que caso isso aconteça o impacto na economia e nas famílias seja o menor possível.

O que eu peço é que sejam os accionistas e alguns credores (aqueles que realmente assumem riscos operacionais normais da sua actividade ao financiar os bancos) a suportar as perdas de uma falência dos bancos e não os respectivos depositantes.

É que tu, por mais voltas que dês, não encontras uma alternativa viável à colocação do teu dinheiro num banco e as razões são várias, desde logo o facto de ser necessária uma conta bancária para pagar um sem número de serviços prestados hoje em dia. Imaginam o que era ir à PT, à ZON, à EDP, à EPAL ou seja lá o que for pagar a factura com dinheiro vivo? Era preciso tirar um dia de férias por mês para fazer uma coisa dessas. E o vosso patrão, paga-vos com dinheiro vivo? Normalmente é por transf. bancária e por vezes talvez com cheque. E as pessoas? Guardavam as suas poupanças em casa? Que condições de segurança conseguiriam assegurar ao seu dinheiro (mesmo com cofres) e à sua própria vida? Era um convite aos assaltantes… o país virava do avesso com uma série de roubos a tudo o que era casa à procura de dinheiro vivo.

Já para não falar no facto de que ter o dinheiro fora do sistema bancário é ficar cada vez mais pobre face à inflação existente. Uma pessoa que tem um depósito no banco não é porque é ganancioso ou porque quer rentabilizar o dinheiro, é porque, no mínimo, quererá evitar a desvalorização do seu dinheiro em face da inflação (já o nosso amigo Warren Buffet dizia que a inflação é o seu pior inimigo.), para além de quase ser obrigado a ter uma conta bancária nos dias que correm pelos motivos que já enumerei e tantos outros.

Será que conta bancária é ser capitalista??!! Em Cuba e na Coreia do Norte também há contas bancárias. Serão eles capitalistas?
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por Lion_Heart » 21/10/2010 16:36

Vamos la a ver se nos entendemos.
Voces são capitalistas ou é conforme da mais jeito?
Essa proposta da UE nem se devia colocar, tem que ser a regra.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por kpt » 21/10/2010 15:56

mfsr1980 Escreveu:Posso levantar 200.000€ para pôr debaixo do colchão?
E depois não me vêem com maluqueiras que estou a "lavar" o dinheiro?

EDIT: Começo a ficar preocupado! se o bancos não oferecem garantia e se os governos lavam as mãos como pilatos então não resta outra alternativa (tal como em 1929) senão guardar a massa debaixo do colchão!

Estes "gajos" são loucos!


Poder podes, mas as operações de levantamento/depósito acima de 12.500€ estão sujeitos a reporte ao Banco de Portugal.

Ou seja, essa operação fica sujeita a "investigação", ainda que remotamente (digo eu).

A melhor maneira de não levantar ondas é ir levantando aos poucos.

Contudo, também podes levantar todo de uma vez caso estejas de consciência tranquila e não esteja relacionado com actividades ilicitas ;)
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por Automech » 21/10/2010 15:55

mfsr1980 Escreveu:Posso levantar 200.000€ para pôr debaixo do colchão?
E depois não me vêem com maluqueiras que estou a "lavar" o dinheiro?


Se o dinheiro é teu e foi legitimamente ganho não tens nada a temer.

mfsr1980 Escreveu:EDIT: Começo a ficar preocupado! se o bancos não oferecem garantia e se os governos lavam as mãos como pilatos

Dão garantias de depósitos até 100.000 euros. O melhor é dividires o dinheiro em vários bancos em tranches de 100.000 euros.
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